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O que não pode comer quem tem problemas de fígado?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pessoas com problemas de fígado devem evitar:

  • Alimentos gordurosos,
  • Alimentos fritos,
  • Açúcar,
  • Sal,
  • Bebidas alcoólicas,
  • Molhos, condimentos,
  • Creme de leite, leite, queijo, manteiga, margarina e
  • Embutidos como salsicha, salame, linguiça e mortadela.

A dieta de um paciente com problema no fígado deve contemplar alimentos integrais, com baixo índice glicêmico. O leite e os derivados devem ser desnatados. Também deve-se evitar os doces, os alimentos com alto teor de açúcar e as gorduras de origem animal.

Evitar alimentos gordurosos Prefira alimentos integrais

Os carboidratos, como pão, massas e arroz, devem ser preferencialmente integrais, pois contêm mais fibras solúveis. As fibras unem ao açúcar e às gorduras do bolo alimentar, dificultando a sua absorção.

Diminua o consumo de carboidratos

Alimentos como pães, massas, arroz e batata devem ser consumidos em poucas quantidades. Sempre que possível, consumir a versão integral desses alimentos.

Substitua leites e derivados integrais por desnatados

O leite e os derivados como queijos e iogurtes devem ter sempre o menor teor de gordura possível. Por isso os queijos ricota e cottage são os mais aconselhados. Os demais produtos que consumir, procure sempre pelas opções de desnatados.

Evite alimentos gordurosos

Alimentos gordurosos, como carne vermelha, embutidos, alimentos industrializados e frituras devem ser evitados por pessoas com problemas no fígado. Por ser um dos órgãos que atuam na quebra e eliminação de gordura, quanto mais consumir, mais sobrecarrega o fígado, piorando o problema já existente.

Evite doces e alimentos com muito açúcar

O excesso de glicose (açúcar) aumenta os níveis de triglicerídeos no sangue, agravando os problemas no fígado, da mesma forma que as gorduras.

Aumente o consumo de frutas e vegetais

As frutas, as verduras, os legumes e os vegetais em geral são fontes de fibras. As fibras dificultam a absorção de gorduras e açúcar, auxiliando na digestão e reduzindo a sobrecarga no fígado.

Dê preferência a alimentos com baixo índice glicêmico

Batata-doce e frutas como maçã e pera liberam o açúcar mais lentamente. Isso evita picos de glicose no sangue que, em excesso, é transformada em gordura e armazenada no fígado.

Evite bebidas alcoólicas

O álcool é metabolizado pelo fígado. O abuso de bebidas alcoólicas é uma das principais causas de acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática). Além disso, o álcool é bastante calórico, tendo apenas menos calorias que as gorduras, ficando à frente do açúcar e das proteínas no que toca às calorias.

Aposte nos ácidos graxos mono e poli-insaturados

São as chamadas "gorduras boas", pois protegem o coração e os vasos sanguíneos. Podem ainda ajudar a reduzir o colesterol ruim, auxiliando uma das funções hepáticas, que é o controle do colesterol. São alguns dos alimentos que contêm esses ácidos graxos:

  • Castanhas
  • Nozes
  • Amêndoas
  • Azeite
  • Salmão
  • Atum
  • Sardinha
  • Sementes de linhaça
  • Quinoa

A dieta para pacientes com problemas de fígado deve ser elaborada por um especialista, nutricionista ou nutrólogo, conforme as recomendações do médico hepatologista.

Leia também:

Esteatose hepática tem cura? Qual o tratamento?

Dor no fígado: 6 sintomas que indicam problemas no fígado

Quando o gosto amargo na boca é sinal de problema de fígado e o que fazer

O que não pode comer quem tem problemas de rins?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Quem tem problemas de rins NÃO pode comer carambola e deve evitar alimentos que tenham muito potássio, fósforo e sal (sódio), além de controlar a ingestão de alimentos gordurosos e ricos em açúcar.

Carambola

A fruta contém uma substância tóxica que é eliminada por rins saudáveis, mas que não pode ser excretada pelos rins de pacientes com insuficiência renal ou função renal comprometida. Essa toxina então permanece no organismo, podendo causar diversas alterações neurológicas, como: Confusão mental, agitação, insônia, fraqueza muscular, alteração da sensibilidade dos membros, convulsões, coma e até a morte, dependendo do caso.

Alimentos ricos em potássio - EVITAR!
  • Abacate, banana-nanica, banana-prata, açaí, água de coco;
  • Figo, laranja, maracujá, melão, damasco, graviola, fruta-do-conde;
  • Tangerina, uva, mamão, goiaba, jaca, laranja-pera, maracujá;
  • Kiwi, feijão, chocolate, extrato de tomate.

Pessoas com problemas renais, acumulam potássio no sangue porque os seus rins não são capazes de eliminá-lo. Quando os níveis de potássio ficam muito elevados, pode causar fraqueza muscular intensa, arritmias e até uma parada cardíaca.

Alimentos com muito sal (sódio) - EVITAR!
  • Temperos prontos;
  • Alimentos enlatados;
  • Sucos em pó;
  • Salames e embutidos;
  • Queijos, Manteiga ou Margarina com sal.

O consumo de sal em excesso provoca um aumento da pressão arterial (pressão alta). Manter a pressão arterial sob controle é fundamental para retardar a progressão da doença renal crônica.

Alimentos ricos em fósforo - EVITAR!
  • Carnes processadas;
  • Refrigerantes e
  • Cerveja.

Assim como o potássio, o fósforo também tende a ficar acumulado no sangue de pacientes com insuficiência renal, pois os seus rins não conseguem eliminá-lo. O excesso de fósforo no sangue provoca coceira e estimula a produção do paratormônio, um hormônio produzido pelas glândulas paratireoides, que em excesso causam complicações como perda óssea.

Controlar o consumo de alimentos gordurosos e ricos em açúcar, é fundamental para reduzir os níveis de colesterol, pois favorece os rins e o sistema cardiovascular.

O que pode comer quem tem problemas nos rins

Não existe uma dieta única para todas as pessoas com problemas de rins. Cada paciente deve ser avaliado de forma individual pelo médico nefrologista e ter a sua dieta elaborada por uma nutricionista.

No entanto, os alimentos que podem ser consumidos e mais indicados para quem tem problemas nos rins, são:

  • Verduras e legumes (Couve-flor, repolho, pimentão)
  • Frutas: maça, mirtilo, morango, framboesa, uva vermelha e cítricos (laranja e limão)
  • Clara de ovo
  • Peixe e carne magra
  • Cebola, alho e azeite
  • Grãos integrais.

Além disso, aumentar a ingesta de água, pelo menos 2 litros de água por dia, para quem não tem comprometimento renal grave. Nos casos de insuficiência renal, o cálculo de água por dia deverá ser definido pelo médico nefrologista que o acompanha.

Quem tem problemas renais pode comer ovo?

Depende da situação. Na insuficiência renal, o ideal é que não seja consumido. Os ovos outros alimentos ricos em proteínas, como os laticínios, a carne vermelha, carne branca, pães, biscoitos, massas e arroz, são fundamentais para o organismo, porém em situações de comprometimento renal importante, como na insuficiência dos rins, deve ser evitado ou mesmo, contraindicado para evitar complicações mais graves.

Entretanto, na grande maioria das vezes, as doenças renais são mais simples, como pedras nos rins e cisto renal, e nessas situações o ovo pode ser consumido. Para definir a quantidade indicada, é preciso avaliar caso a caso, com um profissional da área, nutrólogo ou nutricionista.

Dicas para reduzir o potássio de alguns alimentos

Para ajudar na variedade de alimentos e opções de dietas, pode usar algumas dicas valiosas como:

1. Antes de cozinhar os legumes, como a batata, mantenha em um recipiente grande de água por 2 a 3 horas, já cortada e sem casa, trocando a água algumas vezes. Esse procedimento reduz a concentração de potássio nos alimentos;

2. Cozinhar os alimentos antes de comer, especialmente as frutas, porque também reduz o seu teor de potássio;

3. Cozinhar os alimentos com bastante água e

4. Usar como temperos especiarias, salsinha, cebolinha, cebola e alho. Evite ao máximo o sal de cozinha.

Veja também:

Referência:

Sociedade Brasileira de Nefrologia.

Ibuprofeno pode causar sangramento e diarreia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Ao tomar Ibuprofeno, como qualquer outra medicação, a pessoa poderá ter alguns efeitos colaterais. Sangramento e diarreia não são os sintomas adversos mais frequentes do uso do Ibuprofeno.

Tanto diarreia quanto constipação pode acontecer em quem está tomando Ibuprofeno. Em geral, entre 1 a 3 % das pessoas que tomam Ibuprofeno podem apresentar diarreia.

Já o sangramento é um efeito colateral menos frequente e pode ser preocupante. Menos de 1% das pessoas que usam Ibuprofeno podem apresentar algum tipo de sangramento.

Ou seja, esses 2 sintomas são raros enquanto efeito colateral do Ibuprofeno. Porém, na presença de algum deles, principalmente no caso de algum tipo de sangramento, é importante suspender a medicação e procurar o/a médico/a para uma avaliação e troca de medicamento.

O Ibuprofeno é um anti-inflamatório que pode ser indicado para vários tipos de dores, cólica menstrual, febre ou outras condições. Como efeitos colaterais mais comuns têm: coceira na pele, tontura, náusea, dor no estômago, azia e zumbido nos ouvidos. Por isso, efeitos colaterais como diarreia e sangramento são menos comuns mas podem se manifestar.

Se você está tomando a medicação e apresentando esses ou outros sintomas, procure um serviço de saúde para uma avaliação.

Ibuprofeno pode ser tomado durante a gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O Ibuprofeno não deve ser tomado durante a gravidez sem a devida indicação médica.

O Ibuprofeno é um anti-inflamatório que apresenta riscos para a gravidez. Essa medicação pode aumentar o risco de abortamento, anomalias cardíacas, fenda palatina, insuficiência cardíaca, disfunção dos rins, oligodrâmnio, hemorragia intracraniana e hemorragia gastrointestinal.

Por isso, o seu uso durante a gravidez deve ser feito apenas com a indicação médica e pelo tempo prescrito pelo/a profissional.

É importante a realização das consultas de pré-natal de rotina durante a gravidez. Elas são ofertadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Não utilize nenhuma medicação sem a devida indicação médica durante a gravidez.

Tatuagem tem contraindicação? Quais os riscos?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Tatuagem tem contra-indicação para indivíduos que tenham alguma alergia aos pigmentos utilizados ou já tenham alguma doença de pele (como psoríase e vitiligo). A tatuagem também é contraindicada durante a gravidez amamentação.

Os maiores riscos de se fazer uma tatuagem estão vinculados a infecções locais na pele ou sistêmicas que envolvem o organismo todo. Hipersensibilidade na pele ou reação alérgica é comum associada aos pigmentos que são usados para colorir a tatuagem. Apesar dos efeitos entre tatuagem e câncer não estejam bem estabelecidos, alguns pigmentos e metais (mercúrio, cobalto, cromo, cádmio, manganês) foram relacionados com a possibilidade de causar câncer a longo prazo.

O uso de agulhas e/ou tintas contaminadas aumentam a possibilidade de contaminação pelos vírus da AIDS e hepatite B e C. Se o material não estiver bem esterilizado e o local ou o tatuador não seguir rigorosamente as condições de higiene, há risco de infecções cutâneas provocadas por vírus, fungos ou bactérias, alergias, abscesso, erisipela e até uma infecção generalizada, nos casos mais graves. As tintas também podem ser tóxicas e altamente alergênicas.

Pessoas tatuadas podem sentir uma dor maior e sensação de queimação local durante a realização do exame de ressonância magnética.

No caso das grávidas e das mulheres que estão amamentando, a tatuagem não é indicada para evitar que, no caso de haver alguma contaminação, o feto ou o bebê não seja infectado.

Antes de fazer uma tatuagem, é importante recolher informações sobre os locais e visitá-los, para se certificar que os tatuadores utilizam materiais descartáveis, verificar como esterilizam esses materiais e se trabalham sempre com luvas. Além disso, é fundamental verificar se as tintas e os equipamentos têm a aprovação da Anvisa no rótulo. 

Secreção pulmonar: qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento da secreção pulmonar pode ser feito através de fisioterapia respiratória, que utiliza manobras específicas na caixa torácica para mobilizar a secreção e facilitar a sua eliminação pela tosse ou escarro. Além disso, em alguns casos poderá ser necessário o uso de antibióticos.

Antes da fisioterapia pode ser feita uma inalação com soro fisiológico para umedecer a secreção pulmonar e facilitar a sua mobilização e posterior eliminação.

A secreção também pode ser retirada através de uma aspiração pulmonar, quando o paciente está inconsciente ou impossibilitado de tossir.

Nestes casos, o fisioterapeuta também realiza a inalação com soro e as manobras terapêuticas, mas como o paciente não pode tossir ou escarrar, a secreção é aspirada com um tubo.

Pessoas que ficam acamadas por tempo prolongado, mesmo que não tenham doença pulmonar, tendem a acumular secreção nos pulmões e muitas vezes precisam de fisioterapia respiratória.

A retirada da secreção pulmonar pelo fisioterapeuta melhora a respiração do paciente e pode prevenir complicações, como infecções.

O tratamento é igual para todos os tipos de secreção pulmonar?

O tratamento fisioterapêutico normalmente sim, variando se a secreção pulmonar estiver mais ou menos fluida.

Na realidade, o tratamento da secreção pulmonar propriamente dita é paliativo, pois visa apenas aliviar esse sintoma e melhorar temporariamente a condição do paciente.

Cada tipo de secreção pulmonar indica um tipo de doença, que precisa receber tratamento com medicamentos e condutas específicas. Se a doença não for tratada, a pessoa continuará a produzir secreção.

Quais os tipos de secreção pulmonar e as doenças associadas?
  • Secreção mucosa:

    • É semelhante à clara de ovo, esbranquiçada e viscosa;
    • Aparece em pacientes com bronquite crônica e asma brônquica, quando não há infecção bacteriana;
    • No caso da asma brônquica, a secreção pode ter coloração amarelada, mas não significar uma infecção bacteriana;
  • Secreção purulenta:
    • É amarelada ou esverdeada e extremamente viscosa, podendo ficar "grudada" na superfície do objeto em que foi colhida;
    • Pode apresentar grumos consistentes, podendo também ser chamada de "secreção em medalhões";
    • Ocorre tipicamente em casos de infecção pulmonar bacteriana;
    • Na pneumonia pneumocócica, a secreção adquire cor de ferrugem;
    • Infecções causadas por Klebsiella pneumoniae deixam a secreção arroxeada, semelhante à geleia de framboesa;
    • Infecção por Pseudomonas aeruginosa confere um aspecto esverdeado à secreção pulmonar;
  • Secreção biliosa:
    • É semelhante à pasta de anchovas;
    • Indica abscessos do fígado que chegaram ao pulmão pela comunicação que há entre o trato respiratório e o músculo diafragma, que fica acima do fígado;
  • Secreção hemática:
    • Apresenta raias de sangue;
    • Pode ocorrer em casos de tuberculose, câncer nos brônquios e tromboembolismo pulmonar;
    • Nessas situações, pode haver ainda hemoptise franca, que é a eliminação de sangue vivo;
  • Secreção rósea: Se tiver aspecto espumoso, aerado, pode ser uma congestão pulmonar;
  • Secreção enegrecida ou cinzenta: Pode ser observada em mineradores de carvão, fumantes ou pacientes com mucormicose.

A secreção pulmonar é um sinal de que algo está acontecendo no aparelho respiratório e precisa ser investigado, pois pode indicar doenças graves.

Em caso de secreção pulmonar, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou pneumologista.

Dor nos rins: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dor nos rins pode ser sintoma de pedra nos rins (cálculo renal) ou nas vias urinárias. As pedras obstruem a passagem da urina pelo rim, fazendo o órgão dilatar, o que provoca dor. Nesses casos, a pessoa sente uma dor intensa no lado direito ou esquerdo da coluna lombar, que geralmente irradia para o abdômen e para a virilha.

Se a causa da cólica renal for pedra nos rins, além da dor, podem estar presentes outros sinais e sintomas, como presença de sangue na urina, saída de pequenos fragmentos do cálculo na urina, náuseas, vômitos, dor ou ardência ao urinar, aumento do número de micções e vontade urgente de urinar.

Outras possíveis causas de dor nos rins (cólica renal) incluem coágulos sanguíneos, ligadura cirúrgica do ureter, doença policística renal, infecção urinária e compressão provocada por tumor.

Dor nos rins ou nas costas?

Como a dor nos rins é sentida na região lombar (parte de baixo das costas), é comum os pacientes associarem uma dor nas costas com um problema renal. No entanto, a maioria das doenças renais não provoca dor nas costas, mesmo uma insuficiência renal crônica.

A imensa maioria das dores nas costas tem origem em problemas ósseos ou musculares da coluna lombar (lombalgia - dor na coluna lombar). Na lombalgia, a dor geralmente piora quando a pessoa anda, levanta-se ou senta-se, podendo melhorar em algumas posições.

Já a dor provocada por pedras nos rins é excruciante e não está relacionada com movimentos do tronco. Ela não piora nem melhora se a pessoa mudar de posição.

Essa característica é importante para diferenciar a dor nos rins causada por problemas renais da dor nas costas relacionada com a coluna lombar (lombalgia).

Qual é o tratamento para dor nos rins?

Em primeiro lugar, deve-se procurar um médico clínico geral ou médico de família para que seja diagnosticada a causa da dor nos rins. Se ela for mesmo renal, em alguns casos, o paciente pode ser encaminhado ao médico nefrologista ou se tiver origem na coluna, ao ortopedista ou neurologista, a depender da causa.

O tratamento da cólica renal causada por pedra nos rins é feito com medicamentos analgésicos, antiespasmódicos e anti-inflamatórios, por via oral, injeção ou aplicados na veia. Nos casos mais graves, quando a dor não melhora, o paciente precisa ser internado.

As pedras nos rins muitas vezes são eliminadas espontaneamente pela urina, o que alivia imediatamente a dor. Em outros casos, os cálculos precisam ser retirados através de cirurgia.

A cirurgia para retirar as pedras dos rins é indicada nos casos de pedras maiores, que não passam pelas vias urinárias. O procedimento pode ser feito para remover os cálculos ou reduzir o tamanho dos mesmos, através de ondas de choque, laser, cirurgia comum ou através de introdução de sonda pela uretra.

Em caso de dor nos rins, consulte um médico clínico geral ou médico de família para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Dor nos rins durante a gravidez é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dor nos rins durante a gravidez não é normal. Se a dor tiver mesmo origem renal, pode ser decorrente de uma infecção urinária ou da presença de pedra nos rins ou nas vias urinárias, ou ainda ser ocasionada por outros problemas renais. 

Porém, essa "dor nos rins" pode ser na verdade uma dor na coluna lombar (lombalgia), bastante comum durante a gravidez devido às transformações que ocorrem no corpo da mulher. 

É importante lembrar que até 20% das grávidas chegam a ter infecção urinária durante o primeiro trimestre de gravidez. Portanto, é importante estar atenta a sintomas de infecção urinária como: ardência ou dor para urinar, mudança do odor e cor da urina ou ainda aumento da frequência urinária.

Já em relação a dor lombar vale lembrar de algumas características que a ajudam a diferenciar da dor nos rins:

  • Pode irradiar para a perna;
  • Pode vir associada a uma contratura da musculatura ao longo da coluna;
  • Piora com movimentos ou se a mulher ficar muito tempo sentada ou em pé;
  • Pode melhorar com o repouso.

Cerca de 50% a 80% das mulheres grávidas apresentam algum tipo de lombalgia, principalmente entre o 5º e o 7º mês de gestação. Há casos em que a dor lombar já começa na 8ª semana de gravidez. A lombalgia é frequente na gravidez por conta de vários fatores, como:

  • O hormônio relaxina deixa os ligamentos mais frouxos, inclusive os da coluna e da bacia para poder acomodar o bebê e facilitar o parto;
  • À medida que o bebê cresce, a mulher sofre alterações posturais. Uma delas é o aumento da curvatura da coluna lombar (as nádegas ficam mais "empinadas para trás");
  • O aumento do útero e o crescimento do feto provocam um ganho de peso na grávida. Isso afeta o seu equilíbrio e provoca uma sobrecarga na coluna lombar.

Veja também: Dor nos rins: o que pode ser e o que fazer?

A grande maioria dos casos de dor lombar não está relacionada com os rins, mas sim com problemas articulares, ósseos ou musculares na coluna.

No entanto, no caso das grávidas, devido ao aumento do risco de infecção urinária, as doenças renais e do aparelho urinário também devem ser consideradas e investigadas.

O melhor é marcar uma consulta com o médico obstetra ou médico de família para que a origem da dor nos rins seja devidamente diagnosticada e tratada, prevenindo assim complicações para a mulher e para o bebê. 

Leia também: 

É normal ter dor lombar na gravidez?

Dor nas articulações na gravidez é normal?

Como aliviar a dor nos rins?

Gengivite é contagiosa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. Gengivite não é contagiosa. A gengivite não é uma doença e as bactérias que provocam essa inflamação não são transmissíveis de pessoa a pessoa a ponto de causar gengivite em alguém. Por isso, a gengivite não é contagiosa.

A gengivite é uma inflamação da gengiva, induzida por placas bacterianas nos dentes. A gengivite pode atingir pessoas de qualquer idade. No entanto, essa inflamação da gengiva é o problema dentário mais frequente na infância.

Os sintomas da gengivite incluem vermelhidão excessiva da gengiva, inchaço e, por vezes, sangramento, principalmente após escovação e uso de fio dental. A causa mais comum de gengivite é a higiene oral inadequada ou ausente.

Gengivite Qual é o tratamento para gengivite?

O tratamento da gengivite começa por ter uma higiene bucal adequada, com escovação regular dos dentes e uso de fio dental após as refeições. Nos casos mais avançados de gengivite, pode ser necessário utilizar antibióticos e anti-inflamatórios. Quando o tratamento clínico não traz resultados, pode ser indicada a cirurgia periodontal.

Os objetivos do tratamento da gengivite nos casos mais avançados são controlar a infecção e remover o tártaro. O tártaro é uma placa formada por bactérias, que fica entre a gengiva e os dentes. Nesses casos, é indicado o uso de medicamentos anti-inflamatórios e antibióticos.

Algumas medidas que auxiliam o tratamento da gengivite:

  • Fazer lavagem bucal com água morna misturada com vinagre e sal;
  • Depois de escovar os dentes, passar um pedaço de algodão pequeno embebido em água oxigenada nos dentes e na gengiva (com recomendação do/a profissional e na concentração indicada);
  • Escovar adequadamente os dentes depois das principais refeições e usar o fio dental;
  • Pode ser necessário indicar suplementação com vitamina C e mudanças dos hábitos alimentares, já que a falta de vitamina C pode piorar a gengivite;
  • Quem fuma deve parar de fumar até que a gengivite esteja curada. A fumaça do cigarro favorece a proliferação de bactérias, piorando a inflamação.
Como prevenir a gengivite?

1. Ter uma higiene bucal adequada, com escovação correta dos dentes e uso adequado do fio dental; 2. Evitar o consumo de alimentos e bebidas doces, sobretudo quando não é possível escovar os dentes depois; 3. Escovar os dentes antes de dormir, diariamente; 4. Não fumar, pois o cigarro prejudica a gengiva e os dentes; 5. Fazer visitas regulares ao dentista.

Procure um/a dentista para realizar uma avaliação da sua saúde bucal e recomendar tratamento adequados de acordo com seu caso.

O que é gengivite e como tratar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Gengivite é uma inflamação reversível da gengiva, induzida por placas bacterianas nos dentes. A gengivite pode atingir pessoas de qualquer idade. A causa mais comum de gengivite é a higiene oral inadequada ou ausente.

A gengivite é uma inflamação detectável com a vermelhidão excessiva da gengiva associada ao inchaço e, por vezes, sangramento, principalmente após escovação e uso de fio dental. Essa inflamação da gengiva é o problema dentário mais frequente na infância.

A gengivite é causada por uma placa formada por bactérias, que surge entre a gengiva e os dentes. Caso essa placa não seja removida através da escovação e do uso de fio dental diariamente, ocorre produção de ácidos que causa irritação da mucosa da gengiva, gerando a inflamação.

Gengivite

No início da gengivite, é possível reverter os danos, pois o osso e o tecido que mantém os dentes no lugar ainda não foram atingidos. Sem tratamento, a gengivite pode evoluir para uma periodontite e danificar definitivamente os dentes.

Qual é o tratamento para gengivite?

O tratamento da gengivite na infância consiste em melhorar as técnicas e frequência da higiene oral, com o uso de escovas de dente apropriadas e supervisão dos cuidadores durante a higiene em crianças com menos de 8 anos de idade.

Após a infância, o tratamento da gengivite será de acordo com as causas e a presença de outras lesões dentárias como placa bacteriana, periodontite ou mesmo problemas gerais como má nutrição, deficiência de vitaminas, imunodeficiência, hipertensão e mudanças hormonais.

Dentro disso, o tratamento pode incluir limpeza dos dentes, aumento da frequência das escovações, uso do fio dental, reposição de vitamina, controle das condições de saúde como hipertensão e diabetes, além de fortalecimento da imunidade em pessoas que fazem tratamento com imunodepressores.

Quais são os sintomas da gengivite?

Os sintomas da gengivite incluem vermelhidão, inchaço e aumento da sensibilidade na gengiva, podendo causar sangramento durante a escovação. A gengivite também pode provocar a retração da gengiva.

Durante um quadro de gengivite pode haver formação de bolsas entre os dentes e a gengiva que podem acumular restos de alimentos e placa bacteriana.

Como prevenir a gengivite?

Para prevenir a gengivite, é fundamental ter uma boa higiene bucal, com escovação adequada e uso correto do fio dental para remover a placa bacteriana e os restos de alimentos, controlando o desenvolvimento do tártaro.

Contudo, é muito importante realizar limpeza nos dentes feitas por um dentista. Quando a placa bacteriana acumula-se e fica mais dura, só é possível removê-la no dentista

Também recomenda-se não fumar, uma vez que o cigarro prejudica a gengiva e os dentes.

Procure um/a dentista para realizar uma avaliação da sua saúde bucal e recomendar tratamento adequado de acordo com seu caso.

Dor no cóccix durante a gravidez é normal? O que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, dor no cóccix durante a gravidez é normal e ocorre principalmente devido às alterações hormonais que deixam o cóccix mais instável.

Quando a mulher está grávida, o seu corpo libera um hormônio chamado relaxina, que deixa as articulações e os ligamentos mais frouxos para permitir o alargamento da bacia e facilitar o parto.

Isso provoca uma instabilidade no cóccix, que faz com que o cóccix se desloque mais do que o normal, principalmente quando a grávida senta ou levanta, causando dor.

A dor no cóccix é mais comum nos últimos meses da gravidez, quando o corpo da grávida atinge o auge das alterações posturais. 

O que fazer para evitar a dor no cóccix durante a gravidez?

Para evitar a dor no cóccix ao se sentar, sente-se com a coluna ereta, com as nádegas ligeiramente empinadas para trás, até se sentir confortável.

Use também uma proteção almofadada para se sentar ou sente-se sobre uma almofada em forma de anel, com um buraco no meio. Essas almofadas podem ser vendidas em lojas de artigos ortopédicos.

A aplicação de compressas quentes durante 20 minutos também ajuda no alívio da dor.

Se mesmo assim continuar com dor no cóccix, fale com seu/sua médico/a obstetra ou médico/a de família durante as consultas de pré-natal.

Ardência no estômago depois de comer: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Ardência no estômago depois de comer pode ser sintoma de doença do refluxo gastroesofágico, que muitas vezes é confundida com gastrite, azia ou má digestão.

A doença do refluxo caracteriza-se pelo retorno do conteúdo ácido do estômago para o esôfago, devido ao mau funcionamento de uma válvula que separa os dois órgãos chamada esfincter.

Como resultado, o conteúdo gástrico, que inclui também o ácido que ajuda na digestão, volta para o esôfago, que não está preparado para recebê-lo.

Se não for devidamente tratado, o refluxo pode causar esofagite (inflamação do esôfago), podendo ainda provocar um estreitamento do órgão e o aparecimento de úlcera. Esses casos mais graves podem estar relacionados com câncer de esôfago.

Veja também: Refluxo tem cura? Qual o tratamento?

A sensação de ardência ou queimação sobe do estômago em direção à garganta, com regurgitação do ácido estomacal quando chega à boca.

O refluxo é mais comum quando a pessoa bebe em excesso ou come alimentos gordurosos ou muito condimentados, pois relaxam o esfincter e permitem o refluxo gástrico.

Os medicamentos antiácidos apenas aliviam os sintomas de ardência ou queimação, mas não curam o problema.

Sentir ardência no estômago depois de comer deixa de ser normal se o paciente tiver azia e regurgitação duas vezes por semana ou mais. Nesses casos, deve-se consultar o/a médico/a gastroenterologista para avaliar a situação e indicar o tratamento adequado.

Também pode lhe interessar: O que é dispepsia?