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Principais causas de dor no testículo e quando devo me preocupar
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor testicular pode atingir homens de qualquer idade, de crianças a idosos. Pode ocorrer no testículo esquerdo, no direito ou em ambos.

As principais causas de dor testicular são: epididimite ou epidídimo-orquite, torção testicular, torção do apêndice testicular, varicocele, hérnia inguinal ou trauma.

Vejamos as principais causas:

Epididimite

O epidídimo é uma estrutura presente no topo do testículo, onde o esperma fica armazenado. Quando esta estrutura fica inflamada tem-se a epididimite. A causa da epididimite geralmente é infecciosa, de origem bacteriana.

As principais bactérias causadoras da epididimite são a N. gonorrhoeae e a C. trachomatis, ambas são transmitidas sexualmente, portanto é uma condição mais frequente em homens jovens sexualmente ativos.

No entanto, também podem existir casos de epididimite originados de outras bactérias como a E. coli e a pseudomonas, principalmente em homens idosos.

Torção testicular

A torção testicular, como o próprio nome diz, ocorre quando o cordão espermático torce, ou seja, gira em torno de si próprio. O cordão espermático é uma estrutura presente no interior do testículo, por onde passam artérias, veias, nervos e o ducto deferente, um canal por onde percorre o esperma.

Este é um quadro mais frequente em crianças recém-nascidas e meninos pós-puberais.

Torção do apêndice testicular

O apêndice testicular é uma estrutura presente nos testículos sem função específica, mas que podem rotacionar e sofrer uma torção, causando dor intensa. Este quadro é mais comum em meninos em idade escolar.

Varicocele

A varicocele corresponde a veias aumentadas de tamanho presente no testículo. Normalmente não causam dor, mas em algumas situações pode gerar desconforto e estar associada a problemas de fertilidade.

Ocorre mais frequentemente em crianças pequenas mas também pode atingir adultos.

Hérnia inguinal

A hérnia inguinal ocorre quando há protusão de conteúdos da cavidade abdominal, como o intestino, por uma falha da parede abdominal na região da virilha. É possível que o conteúdo da hérnia atinja o testículo, aumentando o seu tamanho e causando dor moderada a intensa.

Trauma testicular

O trauma é uma causa frequente de dor testicular, podendo ocorrer durante a prática de esportes ou durante acidentes.

Traumas leves a moderados podem causar dor, inchaço, vermelhidão e hematomas no testículo. Traumas mais intensos podem causar ruptura dos órgãos internos que compõem o testículo, exigindo avaliação médica de urgência.

Qual o tratamento para a dor no testículo?

O tratamento para a dor no testículo irá depender da causa.

Muitas das causas de dor testicular são resolvidas através de procedimentos cirúrgicos. As situações de torção testicular, torção do apêndice testicular e hérnia inguinal são resolvidas através de cirurgia.

Já a epididimite é tratada com o uso de antibióticos.

Em situações de trauma pode ser necessário usar analgésicos, anti-inflamatórios para aliviar a dor. A aplicação de gelo pode também contribuir para o alívio da dor.

Quando se preocupar e procurar um médico?

Algumas situações de dor testicular precisam ser avaliadas por um médico, pois podem corresponder a doenças de maior gravidade que exigem tratamento imediato ou uma investigação mais aprofundada.

Consulte um médico quando:

  • Apresentar dor de forte intensidade e início repentino;
  • Apresentar febre;
  • Notar o aparecimento de um nódulo no testículo;
  • Notar que o testículo está quente, vermelho ou inchado;
  • Apresentar náuseas e vômitos;
  • Sentir dor intensa, que não melhora, após um trauma.

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Referências

Acute scrotal pain in adults. Uptodate.2021

Quais pomadas e cremes usar para tratar pelo encravado?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Em algumas situações, o uso de pomadas e cremes pode ajudar a tratar os pelos encravados, que se encontram inflamados e infectados.

Quando os pelos estão inflamados, causando um quadro de foliculite, o uso de pomadas que contém substâncias anti-inflamatórias podem ajudar a reduzir os sintomas de vermelhidão e inchaço. Quando há infecção no pelo mais extensa, pomadas contendo antibiótico também estão indicadas.

Vejamos as principais pomadas usadas no tratamento do pelo encravado .

1 - Pomadas que reduzem a inflamação

As pomadas contendo corticoesteroides podem ajudar a reduzir a inflamação em volta do pelo encravado e aliviar sintomas de dor, vermelhidão e inchaço.

Geralmente são aplicadas de 2 a 3 vezes ao dia por 7 a 14 dias. Alguns exemplos de pomadas são:

  • Betametasona;
  • Hidrocortisona;
  • Dexametasona.
2 - Pomadas, cremes e loções antibióticos

São indicados quando há sinais de infecção bacteriana associada ao pelo encravado, como presença de pus, secreção amarelada, dor mais intensa e calor na região.

São aplicadas sobre a pele de 1 a 3 vezes ao dia, de 7 até 10 dias.

  • Pomadas de mupirocina, neomicina ou bacitracina.
  • Loção ou gel de clindamicina;
  • Creme de ácido fusídico (Fusidine®, Verutex®).
3 - Pomada contendo corticoide e antibiótico

A associação antibiótico e corticoide em pomadas também é utilizada com muita frequência. Estas pomadas possuem o efeito anti-inflamatório dos corticoides e também apresentam ação antibiótica.

  • Betametasona e gentamicina (Diprogenta®)

É importante aplicar a pomada sobre a pele limpa e seca, assim garante-se uma maior absorção do principio ativo da pomada.

Lembre-se de apenas usar medicamentos sob orientação e supervisão médica, evite a auto-medicação.

Nem sempre o uso de pomadas é necessário no tratamento de pelos encravados e foliculite. Muitas vezes apenas os cuidados locais de higiene, como a lavagem com sabão, são o suficiente para desencravar os pelos e reduzir a inflamação no pelo.

Caso apresente pelo encravado com sinais de inflamação ou infecção, ou ainda apresente outros sintomas como febre, procure um médico para uma avaliação.

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Referência bibliográficas:

Infectious folliculitis. Uptodate. 2021

Muco cervical: o que indica nas diferentes fases do ciclo menstrual?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O muco cervical é uma secreção produzida pelo colo do útero que pode ser, às vezes, percebido na calcinha e é responsável por manter a umidade da vagina e proteger o útero contra infecções. Pode também ser chamado de muco vaginal ou secreção vaginal e apresenta cor clara ou branca e não possui odor.

O aspecto e a quantidade do muco vaginal variam conforme o período do ciclo menstrual e com situações específicas como a gravidez e a presença de infecções ou inflamações. Aprenda neste artigo as diferenças do muco cervical em cada fase do seu ciclo menstrual e quais as situações mais comuns em que ele se modifica.

Muco cervical no primeiro dia do ciclo menstrual

O primeiro dia de menstruação marca o primeiro dia do seu ciclo menstrual. Neste período, a presença do muco vaginal é imperceptível por dois motivos: a baixíssima quantidade de muco e a presença da menstruação.

O muco permanece escasso durante toda a menstruação que, para a maioria, dura de 2 a 7 dias.

Muco cervical logo após a menstruação

Logo após a menstruação, em torno do 8º e 9º dias do ciclo, a mulher tem uma fase seca. Algumas mulheres apresentam muco muito escasso e ainda imperceptível e outras não produzem mudo.

Muco cervical antes o período fértil

A medida em que o período fértil vai se aproximando, o muco cervical se torna, primeiramente, grosso, opaco, de coloração esbranquiçada ou levemente amarelado e pastoso. Além disso, ao tentar esticar o muco entre os dedos, ele se apresenta quebradiço.

Com a elevação dos níveis de estrógeno, a produção de secreção vaginal aumenta em quantidade e o muco cervical se torna mais aquoso, ou seja, mais líquido, leitoso, escorregadio e a vagina se torna mais úmida.

Muco cervical durante o período fértil

No dia da ovulação, período em que é mais fácil engravidar, o muco vaginal fica semelhante à clara de ovo cru e fica transparente, elástico e ainda mais abundante.

Este é o período propício para uma gravidez. Deste modo, se o casal não deseja engravidar, deve evitar as relações sexuais com penetração vaginal neste período o usar um método contraceptivo de barreira como camisinha masculina, feminina ou diafragma com espermicida.

Muco cervical após o período fértil

Após o período fértil, o muco cervical diminui em quantidade e volta a ser opaco, pegajoso e perde a elasticidade. Este tipo de muco ocorre devido à ação da progesterona e indica que a mulher não está mais fértil.

A vagina volta a ficar seca ou permanece com muco vaginal infértil e, portanto, não há risco de gravidez.

Muco cervical durante a gravidez

É normal que as mulheres grávidas apresentem muco vaginal branco, transparente ou leitoso, sem cheiro ou com odor bem fraco. A medida em que a gravidez aumenta a secreção vaginal se torna mais volumosa, especialmente, a partir do 2º e 3º trimestres de gestação.

Por vezes, no início da gravidez pode ocorrer a presença de uma secreção de cor rosada que corresponde a implantação do óvulo fecundado na parede do útero, chamada nidação.

Ao fim da gravidez, já no período do parto, a mulher pode sentir a saída do tampão mucoso, formado pelas secreções vaginais produzidas durante a gravidez, que veda a entrada do útero. A função deste tampão é impedir que as bactérias da vagina entrem no útero e fiquem em contato com o bebê.

Como posso verificar o muco cervical?

Para avaliar o muco cervical, introduza 2 dedos na vagina para obter uma amostra da secreção do local. A retirar os dedos da vagina observe o tipo de muco secretado. Por exemplo: se o muco for abundante, transparente e semelhante à clara de ovo, você está ovulando e, portanto, pode engravidar.

Ao obter mais conhecimento sobre o seu corpo, a avaliação do muco cervical ficará mais fácil.

Algumas características, quando presentes no muco vaginal, indicam que algo anormal está acontecendo com o seu corpo. São sinais de alerta:

  • Odor fétido,
  • Coloração amarelada, esverdeada ou marrom,
  • Coceira vaginal,
  • Dor,
  • Vermelhidão.

Estes sinais podem indicar a presença de infecções e inflamações vaginais. Nestes casos, é necessário buscar avaliação de um médico de família ou ginecologista.

Para saber mais sobre muco cervical, você pode ler:

Quais os sintomas do período fértil?

É possível que haja ovulação na pausa da pílula?

Quais são os sintomas e as causas da infertilidade feminina?

É normal ter sangramento durante o período fértil?

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 52 p.

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Contraceptivo natural: quais os métodos naturais para evitar a gravidez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os contraceptivos naturais são os métodos que se baseiam no reconhecimento do período fértil para serem efetuados e incluem método Billings, tabelinha, temperatura corporal, sintotérmico, coito interrompido, teste de ovulação e amenorreia lactacional.

Estes métodos são também são chamados de métodos contraceptivos comportamentais, pois para serem realizados é necessária a abstenção sexual durante o período fértil ou uso de práticas em que o esperma não é depositado na vagina.

Vale destacar que este métodos podem ser usados para evitar a gravidez, mas não previnem as infecções sexualmente transmissíveis (IST’s).

Conheça neste artigo os métodos naturais de concepção:

Método Billings ou muco cervical

O método Billings consiste na auto-observação das modificações do muco cervical, secreção produzida no colo do útero pela ação dos hormônios femininos, que torna a vagina úmida e, às vezes, pode ser observado na calcinha.

Após a menstruação é comum que ocorra um período de menos umidade na vagina, ou seja mais seco. A seguir, o muco se torna esbranquiçado e pegajoso, mas se quebra ao ser esticado. Ao se aproximar o dia da ovulação, o muco vai se modificando e se torna escorregadio, transparente e elástico, semelhante à clara de ovo, sinal de período fértil e, portanto, a mulher pode engravidar.

O casal que não deseja engravidar, deve evitar relações sexuais com penetração enquanto o muco cervical semelhante à clara de ovo estiver presente e até quatro dias após o seu desaparecimento.

Coito Interrompido

A realização do coito interrompido consiste na retirada do pênis da vagina, um pouco antes da ejaculação. Apesar de ser bastante utilizado, é um método que apresenta alto risco de falha, uma vez que o líquido que sai do pênis antes da ejaculação (líquido seminal), pode conter espermatozoides.

Além disso, pode ocorrer de o homem não ter controle suficiente para retirar o pênis antes que a ejaculação aconteça, o que caracteriza outra falha bastante comum para casais que sam este método.

Tabelinha

Para fazer a popular tabelinha (Método Ogino Knaus), determinar o seu período fértil e evitar a gravidez, é preciso que você observe, pelo menos 6 ciclos menstruais.

Isto quer dizer que você vai marcar em um calendário o primeiro dia de cada menstruação durantes seis meses seguidos para verificar quantos dias durou cada ciclo menstrual. É a partir destas informações que será calculado o seu período fértil. De preferência, faça este cálculo com a ajuda de um médico de família ou ginecologista.

Sabendo do seu período fértil com aplicação da tabelinha, evite relações sexuais com penetração neste período para evitar um gravidez.

Temperatura corporal

O método da temperatura corporal ou basal se fundamenta na verificação da temperatura do corpo em repouso, durante o ciclo menstrual. Os hormônios femininos fazem com a que a temperatura do corpo da mulher sofra variação de acordo com o período do ciclo menstrual.

Antes da ovulação a temperatura do corpo é mais baixa e durante a ovulação ela aumenta alguns décimos de grau, permanecendo assim até a chegada da menstruação seguinte.

Para utilizar este método, você deve medir a sua temperatura corporal ao acordar pela manhã, antes de levantar, e depois de dormir, no mínimo, por cinco horas. As temperaturas devem ser anotadas em um gráfico.

Para evitar a gravidez, o casal não deve ter relações sexuais com penetração vaginal no intervalo de 4 a 5 dias antes da data prevista para a ovulação até o quarto dia de temperatura mais elevada.

Sintotérmico

O método sintotérmico é o uso combinado da tabelinha, do método Billings (muco cervical), da temperatura basal para a identificação do período fértil.

Além da combinação destes métodos você deve estar atenta a alguns sinais e sintomas que indicam que a mulher está no período fértil são:

  • Sensação de peso ou inchaço nos seios,
  • Dor o aumento do abdome,
  • Aumento do desejo sexual,
  • Mudanças de humor,
  • Aumento de peso e
  • Aumento do apetite.

Deste modo, para evitar a gravidez, o casal deve evitar as relações sexuais com penetração vaginal nos dias considerados férteis de acordo com a tabela, características do muco cervical, elevação da temperatura corporal e presença de sinais e sintomas que indicam que a mulher se encontra em seu período fértil.

Amenorreia lactacional

O método da amenorreia lactacional consiste no uso da amamentação para evitar a gravidez, uma vez que a amamentação inibe a fertilidade da mulher.

Para efetuar o método a mulher precisa realizar amamentação exclusiva nos primeiros seis meses após o nascimento do bebê. Igualmente, é possível associar o método da amenorreia lactacional a outro método contraceptivo que não interfira na amamentação.

Para realizar a amenorreia lactacional como anticoncepcional a mulher:

  • Deve amamentar exclusivamente o seu bebê ao seio na hora que ele desejar (amamentação em livre demanda) por até 6 meses,
  • Não oferecer água, chás ou suco ao seu bebê por até 6 meses e
  • Deve apresentar ausência de menstruação.

Se você voltar a menstruar ou decidir introduzir outros alimentos para o seu bebê, converse com o médico de família ou ginecologista para que, juntos, possam escolher um método contraceptivo eficaz.

Vantagens e desvantagens dos anticoncepcionais naturais

Para a escolha do melhor método contraceptivo natural, é preciso que você conheça suas vantagens e desvantagens. Inclui-se entra as vantagens:

  • São gratuitos,
  • Não produzem efeitos colaterais ou malefícios,
  • Permitem que a mulher entre em contato com o seu corpo e o conheça melhor,
  • Proporciona aprendizado sobre a fertilidade feminina,
  • Não interferem no retorno da fertilidade da mulher.

As desvantagens dos anticoncepcionais naturais se encontram no fato de que estes métodos:

  • Não protegem contra as infecções sexualmente transmissíveis,
  • Não devem ser utilizados por mulheres com ciclos menstruais irregulares.

Se você apresentar irregularidades no ciclo ou tiver passado por aborto, aguarde que ocorram, pelo menos, três ciclos menstruais regulares até adotar um método de anticoncepção natural. Converse com o seu médico de família ou ginecologista para escolher o melhor método contraceptivo para você.

Para saber mais sobre métodos anticoncepcionais, você pode ler:

Melhor anticoncepcional: 5 dicas para ajudar na sua escolha

Dúvidas sobre anticoncepcional

Anticoncepcional oral tem efeitos colaterais?

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 52 p.

Pelo encravado na virilha: como tratar e prevenir
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O pelo encravado ocorre quando o pelo cresce para dentro da pele e não para a superfície externa. Desta forma, o pelo forma pequenos nódulos na pele, que podem inflamar e em alguns casos levar a infecções locais, desencadeando dor e desconforto.

Pelos encravados na virilha constituem uma condição muito frequente, isto porque a depilação frequente dos pelos desta área do corpo, que tendem a ser grossos, aumenta o risco do pelo encravar.

Em algumas situações o pelo encravado pode levar a uma inflamação e infecção do pelo, uma condição chamada de foliculite.

O que fazer para desencravar o pelo?

Algumas medidas simples podem ser utilizadas para ajudar o pelo a desencravar naturalmente, sem aumentar a inflamação em volta do pelo. Vejamos:

  1. Aplique água morna ou compressas de água quente no pelo encravado, assim é possível que a pele fica mais amolecida favorecendo a liberação do pelo.
  2. Use cremes esfoliantes na pele na região do pelo encravado, e esfoliação permite retirar as células mortas em volta do pelo, fazendo com que ele se solte mais rapidamente. Faça movimentos circulares gentilmente, sobre a zona de pelos encravados com o esfoliante.
  3. Evite fazer depilação na região onde estão os pelos encravados. A depilação frequente aumenta o risco de inflamações e pode levar a mais pelos encravados, por isso se possível deve-se evitar até que o pelo desencrave.
  4. Caso note que o pelo encravado está apresentando sinais de muita vermelhidão, inchaço, dor ou saída de secreção purulenta, consulte um médico. Se a inflamação for muita intensa pode ser necessário o uso de pomadas contendo corticoesteroides ou mesmo antibióticos, caso haja infecções associadas.
Como prevenir que os pelos encravem?

Alguns métodos de depilação como a depilação com lâmina ou com cera fria aumentam o risco de pelos encravados, por isso, a primeira dica é buscar métodos de depilação que reduzem o trauma na pele, como depilação a laser, a luz pulsada ou com cremes depilatórios. Se optar pelo uso de cera, prefira a cera quente ao invés da fria.

Outras medidas importantes a serem tomadas são:

  • Se for usar lâmina, procure fazer a depilação com a pele molhada e ensaboada, assim facilita o deslizamento da lâmina e evita maiores traumas.
  • Evite usar a mesma lâmina repetidas vezes, lâminas velhas favorecem a ocorrência de lesões e aumentam o risco de pelos encravados.
  • Acalme a pele após a depilação com a aplicação de cremes hidratantes ou água fria.
  • Evite mexer ou coçar a pele se notar bolinhas ou vermelhidão.
  • Mantenha a pele sempre hidratada.
  • Evite repetidas lavagens com substâncias antissépticas, porque podem causar o ressecamento da pele e favorecer o aparecimento de pelos encravados.

Esteja atento a sinais de inflamação e infecção na pele, caso tenha dúvidas procure um dermatologista ou médico de família para uma avaliação.

Também pode ser do seu interesse:

Pelo encravado inflamado: o que fazer?

Qual é o tratamento para foliculite no couro cabeludo?

Referências bibliográficas:

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Enxaqueca menstrual: remédios e medidas caseiras para aliviar a dor
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

Os anti-inflamatórios não esteroides como o naproxeno e ibuprofeno combinados com medicamentos específicos para a enxaqueca como o sumatriptana ou zoltriptano, são a melhor forma medicamentosa de aliviar a enxaqueca menstrual.

Além dos medicamentos, outras medidas caseiras como chás de gengibre e valeriana, regularização do sono e a adoção de uma alimentação leve também podem ajudar a reduzir a dor.

Este tipo de enxaqueca se caracteriza por uma dor de cabeça intensa que ocorre dois dias antes da menstruação e, geralmente, se intensifica nos três primeiros dias de fluxo menstrual.

Remédios para enxaqueca menstrual

Os tratamentos mencionados neste artigo são indicados para os momentos de crise, ou seja, quando a enxaqueca menstrual aparece dois dias antes da menstruação ou nos três primeiros dias de menstruação.

Treximet® + Cambia®: medicamentos de uso oral

Treximet® (sumatriptana-naproxeno) e Cambia® (diclofenaco) são os dois medicamentos mais usados para o tratamento das crises de enxaqueca menstrual.

Treximet® é um comprimido de uso oral específico para enxaqueca que já vem com um anti-inflamatório (naproxeno) em sua composição. Já o Cambia® é um anti-inflamatório em forma de pó solúvel. Ambos têm ação inicial rápida e, por este motivo, são indicados para o alívio rápido das enxaquecas menstruais.

Outros medicamentos específicos para dor de cabeça da classe dos triptanos também podem ser usados: zolmitriptana, almotriptana, eletriptana, rizatriptana e naratriptano. Estes medicamentos somente devem ser utilizados com prescrição médica.

As triptanas não devem ser usadas em mulheres que possuem doenças vasculares.

Entre os anti-inflamatórios não-esteroides, podem ser também indicados ibuprofeno, cetoprofeno e indometacina.

Sumax® injetável

Sumax® injetável (sumatriptana injetável) é um medicamento de ação muito rápida. Seu efeito para alívio da enxaqueca se inicia em até 10 minutos, se a administração do medicamento for efetuada de forma correta. É indicado

em casos de enxaqueca menstrual acompanhada de vômitos ou náuseas.

Zolmitriptana Nasal, Migranal®, Zogenix®, Valeant®: spray nasal

Zolmitriptana Nasal (zolmitriptana), Migranal®, Zogenix®, Valeant® (Dihidroergotamina) são medicamentos apresentados na forma de spray nasal. A ação do spray nasal é mais rápida do que os comprimidos. Além disso, é bastante útil para a mulheres que apresentam vômitos e náuseas intensos e que preferem não tomar injeção.

Medidas caseiras para aliviar a enxaqueca menstrual

As medidas caseiras não substituem o uso de medicamentos. Por este motivo, ao fazer uso dos chás, não suspenda o uso dos remédios.

Chá de Gengibre

O gengibre é uma raiz que tem ação anti-inflamatória e pode ajudar no tratamento das enxaquecas menstruais. Além disso, o gengibre reduz as náuseas presentes nos quadros de enxaqueca.

Para fazer o chá você deve colocar uma colher de chá e gengibre em pó em uma panela com 250 ml de água durante 5 minutos. A seguir deixe esfriar um pouco, mexa bem para misturar o pó com a água e consuma. Você pode beber esse chá até 3 vezes ao dia. Não consuma chá de gengibre se estiver grávida, se tiver pressão alta e/ou diabetes e se usar anticoagulantes.

Chá de valeriana

O chá de valeriana tem ação calmante, ansiolítica e melhora a qualidade do sono. Estas características fazem com que o chá seja eficaz para ajudar no tratamento das enxaquecas menstruais.

Coloque 1 colher de sopa de raiz de valeriana para ferver durante 10 minutos em uma panela com 300 ml de água. Você pode tomar o chá duas vezes ao dia ou 30 minutos à noite, antes de dormir.

Sintomas de da enxaqueca menstrual

A enxaqueca menstrual ocorre devido a variação hormonal que acontece durante o ciclo menstrual e seus sintomas incluem:

  • Dor de cabeça intensa que começa dois dias antes da menstruação e perdura até o terceiro dia de fluxo menstrual,
  • Náuseas,
  • Vômitos,
  • Sensibilidade à luz e
  • Sensibilidade a sons.

Para aliviar os sintomas, além do uso de medicamentos e dos chás, alguns cuidados simples são importantes, inclusive, para prevenir futuras crises. Estes cuidados são:

  • Beba bastante água para evitar a desidratação, especialmente se a enxaqueca menstrual vier acompanhada de vômitos,
  • Regularize o sono e crie um ambiente tranquilo, silencioso e com pouco luz para o repouso,
  • Evite longos períodos de jejum,
  • Evite o consumo de bebidas com cafeína como café e refrigerantes,
  • Busque evitar situações de estresse excessivo.

Se você sente sintomas de enxaqueca menstrual, procure o médico de família, ginecologista ou neurologista.

Para saber mais sobre enxaqueca, você pode ler:

Enxaqueca: como aliviar a dor de cabeça?

Qual é o tratamento da enxaqueca?

Enxaqueca: causas, sintomas e tratamento

Referências

TEPPER D.; V.M,M. Enxaqueca (migrânia) menstrual. The Journal of Head and Face Pain, 2015:p 407-408.

FERREIRA, K.S.; BOLINELLI, L.P.; PAGOTTO, L.C. Migraine and menstrual cycle synchrony in females: is there a relationship? Case report*. Rev Dor, 2015, 16(2):156-8.

7 dúvidas sobre o diafragma contraceptivo
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

O diafragma é um contraceptivo feminino formado por um anel de metal bastante flexível, recoberto por uma fina membrana de látex ou silicone em formato de cúpula. É um método de barreira que, ao ser colocado na entrada da vagina, cobre completamente o colo do útero, impede a passagem dos espermatozoides e evita a fecundação.

Para aumentar a eficácia do diafragma, se recomenda lubrificar suas bordas com uma geleia espermicida que ajudará a imobilizar e matar os espermatozoides.

Diafragma: anel de metal flexível revestido por membrana de látex ou silicone em formato de cúpula. 1. Como usar o diafragma?

As mulheres que escolheram o diafragma como método contraceptivo, devem colocá-lo de 15 a 30 minutos antes do ato sexual e devem utilizá-lo em todas as relações sexuais, independente do período mês.

Você pode inserir o diafragma seguindo os seguintes passos:

  • Passo 1: Lave bem as mãos,
  • Passo 2: Coloque o diafragma contra a luz para verificar se há furos ou qualquer outro defeito,
  • Passo 3: Se for utilizar geleia ou creme espermicida, aplique-o na parte côncava do diafragma. Use a quantidade correspondente à uma colher de chá,
  • Passo 4: Para inserir o diafragma se coloque em uma posição que seja mais confortável para você. Pode ficar deitada, de cócoras ou em pé, com as pernas afastadas e uma delas flexionada,
  • Passo 5: Dobre o diafragma com a parte arredondada para baixo e segure com uma das mãos,
  • Passo 6: Com a outra mão afaste os lábios vaginais e coloque o diafragma dobrado empurrando-o com o dedo indicador em direção ao fundo da vagina,
  • Passo 7: Empurre a borda anterior do diafragma até que ele se ajuste completamente ao colo do útero e
  • Passo 8: Com o dedo indicador, toque o diafragma para verificar se o colo do útero está completamente coberto pela membrana de borracha.
Posturas e inserção do diafragma no canal vaginal. 2. Como fazer para retirar o diafragma?

Para retirar o diafragma coloque o dedo indicador por trás da sua borda anterior e puxe com cuidado para baixo e para fora.

O diafragma só deve ser removido 6 horas após a relação sexual. Após o uso, lave o diafragma com sabão neutro, seque e guarde em estojo específico para isto.

3. Como saber o tamanho do diafragma?

Existem diafragmas de diversos tamanhos. Para saber o tamanho mais adequado para você é importante consultar um médico ginecologista. Este profissional fará a medição do diâmetro do colo do seu útero para indicar o diafragma mais adequado para você.

4. Quais as vantagens do uso do diafragma?

Algumas mulheres decidem usar o diafragma devido às suas vantagens que incluem:

  • Pode ser usado por mulheres de todas as idades, desde a adolescência até a menopausa,
  • Ajuda a mulher a conhecer seu próprio corpo,
  • Não interfere no ciclo menstrual,
  • Pode ser usado com espermicida, o que aumenta a sua eficácia,
  • Protege o colo do útero contra eventuais lesões,
  • Pode ser usado por mulheres que estão amamentando,
  • Não é descartável e, quando usado com os devidos cuidados, tem durabilidade de 3 a 6 anos,
  • Pode ser utilizado juntamente com o preservativo masculino, o que faz com que aumente a proteção contra a gravidez e infecções sexualmente transmissíveis.
5. Quais as desvantagens e efeitos colaterais do uso do diafragma?

Embora apresente diversas vantagens, as desvantagens do uso do diafragma incluem:

  • Exigência de disciplina no uso, devendo ser colocado antes do ato sexual e somente ser retirado 6 horas após a relação,
  • Não evita todas as infecções sexualmente transmissíveis,
  • Reação alérgica à borracha do diafragma ou ao espermicida,
  • Irritação da vagina ou do pênis devido ao uso excessivo de espermicidas.
6. Em quais situações não posso usar o diafragma?

O diafragma não deve ser usado por mulheres que apresentam alteração no posicionamento do útero, musculatura vaginal enfraquecida, queda uterina (prolapso do útero) e rotura do útero. Estes problemas aumentam o risco de o diafragma não ficar na posição correta e, deste modo, não cumprir a sua função de prevenção da gravidez.

O uso durante a menstruação deve ser evitado devido à uma maior possibilidade de inflamação e infecção do colo do útero.

Igualmente, o diafragma é contraindicado para mulheres virgens ou que tenham alergia ao látex. Nos casos de alergia ao látex, procure diafragma de silicone.

7. É preciso usar o diafragma com espermicida? Uso do diafragma com gel espermicida: coloque o gel espermicida dentro da parte côncava do diafragma. Em seguida, insira o diafragma na vagina com parte arredondada para baixo.

O uso do espermicida no diafragma não é obrigatório. Entretanto, ele aumenta a eficácia do método. Quando usados juntos, o diafragma funciona como uma barreira para impedir a passagem dos espermatozoides pelo colo do útero. Já o espermicida age retirando a capacidade de movimentação do espermatozoide e matando-os.

É importante lembrar que o uso do diafragma não dispensa o uso de camisinha, uma vez que não protege de todas a infecções sexualmente transmissíveis, a exemplo do HIV.

Deste modo, diafragma e espermicida contribuem para evitar a gravidez.

Para saber mais sobre diafragma e métodos anticoncepcionais, você pode ler:

O que é espermicida e como funciona?

Dúvidas sobre anticoncepcional

Anticoncepcional: como tomar os diferentes tipos de anticoncepcionais

Melhor anticoncepcional: 5 dicas para ajudar na sua escolha

Referência

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Minha menstruação veio só um dia e parou, o que significa e o que posso fazer?
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

Pequenas alterações no ciclo menstrual como, por exemplo, a menstruação vir por um dia somente e parar, são consideradas normais. Geralmente, ocorrem devido ao início da menstruação, ao uso de anticoncepcionais e outros medicamentos, estresse, ovulação, gravidez.

As mesmas causas também podem explicar o fato de a menstruação descer por 2 ou 3 dias e parar. Entretanto, quando estas alterações ocorrem frequentemente podem ser provocadas por problemas na tireoide, pólipo uterino e Síndrome do Ovário Policístico (SOP).

Vejamos mais sobre as causas de a sua menstruação vir por 1, dois ou três dias somente:

Começo do ciclo menstrual

No início do ciclo menstrual é comum que você perceba pequenos sangramentos, geralmente, descritos por algumas mulheres como “pouca menstruação” ou “menstruação fraca”.

Nos casos em que o endométrio descama lentamente, é normal que a menstruação ocorra por apenas um dia antes de a menstruação ocorrer em seu fluxo habitual.

O que posso fazer: Nestas situações apenas observe a sua menstruarão, pois, o fluxo menstrual se regulariza espontaneamente sem a necessidade de intervenção.

Uso de anticoncepcionais e outros medicamentos

Quando a mulher está começando o tratamento com pílulas anticoncepcionais ou quando há a interrupção abrupta do uso do anticoncepcional pode ocorrer sangramento menstrual em pouca quantidade e este sangramento pode ser confundido com a menstruação.

Este sangramento pode ser confundido com o início da menstruação que ocorre durante apenas um dia e é semelhante à borra de café. Além das pílulas anticoncepcionais, os antibióticos também podem causar alterações no ciclo menstrual.

O que posso fazer: Retome o uso regular da pílula anticoncepcional diariamente e em um mesmo horário, se você esqueceu de tomar ou suspendeu seu uso por conta própria. Se pretende deixar de usar a pílula é importante consultar o médico de família ou ginecologista. No caso de alterações do ciclo devido ao uso de antibióticos, busque orientações com o médico que prescreveu a medicação.

Estresse emocional

Nas situações em que o estresse emocional é muito intenso, podem ocorrer alterações na produção de hormônios como estrogênio e progesterona. As variações hormonais podem levar a mulher a menstruar somente por um dia.

O que posso fazer: Busque formas de reduzir o estresse como a prática de atividade física, adote de hábitos que tragam sensação de satisfação e felicidade, medite, crie momentos de lazer na sua rotina. Tente não se preocupar excessivamente com seu ciclo menstrual, pois esta atitude agrava o estresse e pode prolongar as alterações no seu ciclo.

Ovulação

No período em que ocorre a liberação do óvulo durante a ovulação, em torno do 14o dia do ciclo menstrual, o rompimento do folículo pode provocar um sangramento breve. Este sangramento não indica nenhuma gravidade, dura somente um dia e pode ser confundido com a menstruação.

O que posso fazer: Estes pequenos sangramentos da ovulação são esporádicos e não precisam de intervenção, pois cessam de forma espontânea.

Gravidez

Durante a gravidez a menstruação não ocorre. Entretanto, no início da gestação algumas mulheres apresentam um pequeno sangramento chamado nidação. O sangramento de nidação dura de 1 a 3 dias, apresenta uma coloração rosada e é considerado normal.

O que posso fazer: Apenas observe o sangramento. Se ele se tornar intenso e/ou demorar mais de 3 dias, busque o médico de família ou obstetra para avaliar o seu estado de saúde e o do seu bebê.

Menopausa

No período da menopausa, pode ocorrer a redução do ciclo menstrual e a menstruação pode se tornar irregular provocando sangramento de apenas um, dois ou três dias. Isto acontece devido à redução dos níveis de estrogênio do corpo.

O que posso fazer: Por ser uma situação normal que surge com a idade da mulher, não é necessário preocupar-se. Entretanto, se os sintomas da menopausa como presença de ansiedade e depressão, secura vaginal, insônia e fogachos causarem muito incômodo ou comprometerem o desenvolvimento das suas atividade diárias, procure um médico de família ou ginecologista.

Hipertireoidismo e Hipotireoidismo

O hipertireoidismo é caracterizado pelo aumento da atividade da glândula tireoide que provoca o aumento exagerado da produção de hormônios e, por este motivo, a aceleração de funções vitais do organismo. Já o hipotireoidismo é a redução da atividade da tireoide que, por sua vez, causa a diminuição da produção hormonal.

Entre as alterações causadas pelo hipertireoidismo e pelo hipotireoidismo está a irregularidade menstrual que pode se manifestar com sangramentos que podem durar um, dois ou 3 dias.

O que posso fazer: Nos casos de suspeita de hiper ou hipotireoidismo é preciso procurar o médico de família ou endocrinologista para a realização de exame de sangue e ultrassonografia da tireoide para definir o tratamento adequado.

Pólipo uterino

O pólipo uterino é o crescimento anormal de células na parede interna do útero (endométrio). Este crescimento forma nódulos dentro do útero e são comuns durante a menopausa. Estes pólipos podem causar menstruação que dura apenas um dia.

O que posso fazer: É necessária a avaliação do ginecologista para definir tratamento que pode ser feito com anticoncepcionais em mulheres que apresentam sintomas como, por exemplo, sangramentos intensos ou apenas acompanhamento de 6 em 6 meses para acompanhar se o pólipo cresce ou não.

Síndrome do Ovário Policístico (SOP)

A Síndrome do Ovário Policístico é caracterizada pela presença de vários cistos nos ovários e desequilíbrio dos níveis de hormônios no sangue. Isto pode provocar irregularidade menstrual com menstruações que duram apenas um dia, acne, crescimento de pelos em excesso no corpo, facilidade para ganhar peso, acne e queda de cabelo.

O que posso fazer: Uma avaliação médica com a realização de exames de sangue e ultrassom é a melhor forma de definir o tratamento mais adequado.

Quando devo me preocupar?

A menstruação em pouca quantidade e que dura um dia ou mesmo dois ou três dias não é, por si, um motivo de preocupação. Entretanto, vice deve estar atenta se surgirem os seguintes sintomas:

  • Menstruação que não ocorre por tempo superior a 3 meses,
  • Dor intensa durante as menstruações,
  • Sangramentos frequentes entre as menstruações,
  • Aumento da quantidade do sangramento,
  • Tonturas,
  • Desmaios.

Na presença destes sintomas, procure a avaliação de um médico de família ou ginecologista. Em caso de sangramento intenso e sensação de desmaios ou tonturas, se dirija à uma emergência hospitalar.

Para saber mais sobre menstruação, você pode ler:

Dúvidas sobre menstruação, sangramentos e escapes

Durante a pausa desse mês a menstruação veio diferente?

Minha menstruação veio duas vezes este mês, é normal?

Minha menstruação está irregular. O que pode ser?

Referências

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.

Dor no útero: 7 causas mais comuns e o que fazer
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor no útero pode ter diversas causas e as mais comuns são a inflamação no útero, cólica menstrual, gravidez ectópica, endometriose, miomas e câncer de útero.

O tratamento deve ser feito de acordo com a causa da dor uterina e pode envolver desde o uso de bolsa de água quente para aliviar as cólicas menstruais, até o uso de analgésicos para dor e administração anti-inflamatórios e antibióticos, no caso e inflamações e infecções. Em algumas situações podem ainda ser necessárias cirurgias para retiras miomas ou tumores.

Para definir o melhor tratamento é importante consultar o médico ginecologista.

1. Inflamação no útero

A inflamação no útero é uma condição que acomete os tecidos que formam o útero. Os sintomas incluem dor região inferior da barriga, sangramento e dor durante ou após o ato sexual, sangramento fora do período menstrual, dor ao urinar, presença de corrimento amarelo, cinza ou marrom e sensação de inchaço na barriga.

Quando acontece uma infecção dor órgão reprodutores femininos (tubas uterinas, ovários e colo do útero, chamamos de doença inflamatória pélvica.

As inflamações podem ser causadas pela bactéria (Candida sp.), infecções sexualmente transmissíveis por bactérias como Chlamydia sp. ou Neisseria gonorrhoeae, irritações químicas ou físicas, lesões ou alergias. Quando a inflamação afeta o colo do útero é chamada de cervicite.

2. Cólica menstrual

A cólica menstrual é caracterizada por dor em cólicas no útero que pode irradiar para a região lombar e pernas durante o período menstrual. Geralmente, é uma dor aguda e intermitente (dor que vai e volta).

A dor pélvica provocada pela cólica menstrual pode ser amenizada com uso de analgésicos e compressa de água quente no baixo ventre.

3. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica ocorre quando o óvulo fecundado se fixa em local anormal, ou seja, quando a implantação acontece fora do útero. Neste caso, o óvulo pode implantar-se nas tubas uterinas, em um dos ovários, abdome ou cérvix.

Os sintomas da gravidez ectópica incluem sangramento vaginal ou manchas de sangue que podem vir acompanhados de cólica ou dor no baixo ventre. No entanto, algumas mulheres somente apresentam sintomas quando a estrutura que contém a gravidez ectópica se rompe.

O feto não consegue sobreviver em uma gravidez ectópica. Além disso, é uma situação de risco para a vida da mulher devido ao intenso sangramento. Por este motivo, é importante que você busque uma emergência hospitalar para realização de tratamento cirúrgico.

4. Miomas

Os miomas são tumores benignos localizados no útero e formados por tecido muscular e fibroso. Os sintomas dependem da quantidade de miomas, do seu tamanho e da sua localização dentro do útero. A mulher pode sentir dor uterina, sangramento vaginal anormal, prisão de ventre, vontade de urinar frequentemente e com urgência e história de repetidos abortos espontâneos.

O tratamento somente é efetuado quando o mioma provoca problemas como dor intensa e sangramentos frequentes. Nestas situações, o ginecologista pode prescrever medicamentos para aliviar os sintomas. Quando os medicamentos não fazem efeito, pode ser indicado remover o mioma cirurgicamente.

5. Endometriose

Endometriose é o crescimento do tecido endometrial (tecido de revestimento do interior do útero) para fora da cavidade uterina. É caracterizada por dor antes e durante a menstruação e durante a relação sexual, entretanto, algumas mulheres não apresentam sintomas.

O tratamento envolve o uso de medicamentos para alívio da dor no útero e no baixo ventre e para retardar o crescimento do inadequado do tecido do endométrio. Em alguns casos, é necessário um procedimento cirúrgico para retirar o tecido endometrial que está fora do útero.

6. Adenomiose

Adenomiose uterina é a presença de células do endométrio (camada interna do útero) na musculatura uterina (miométrio). São sintomas comuns da adenomiose a dor crônica no útero, sangramento menstrual intenso e anemia.

Para tratar a anemia podem ser usadas as pílulas anticoncepcionais ou implantação do DIU. Entretanto, quando estas opções não funcionam, pode ser recomendada a cirurgia para retirada do útero (histerectomia).

7. Câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero é um tumor que se forma a partir de alterações que ocorrem no colo do útero, localizado no fundo da vagina. Estas alterações podem ser tratadas e curadas quando descobertas rapidamente.

Entretanto, na medida em que a doença avança a mulher pode apresentar sinais como dor no útero, corrimento e/ou sangramento vaginal.

Estou sentindo dor no útero, o que posso fazer?

O tratamento da dor no útero vai depender da sua causa e pode envolver o uso de analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos ou mesmo, procedimentos cirúrgicos.

Deste modo, se você sentir dor no útero, é importante que você busque o médico de família ou ginecologista.

Dor no útero, fiquei atento a alguns sinais de alerta

Alguns sintomas são sinais de alerta para situações mais graves que podem trazer risco à vida:

  • Sangramento vaginal anormal fora do período menstrual com duração de mais de 7 dias,
  • Sangramento vaginal intenso,
  • Dor intensa no útero,
  • Febre,
  • Tonturas e
  • Desmaios.

Na presença destes sintomas você deve procurar rapidamente um hospital para avaliação e tratamento de emergência.

Para saber mais sobre dor no útero, você pode ler:

Dor pélvica na mulher, o que pode ser?

Quais os sintomas de inflamação no útero?

Dor no pé da barriga pode ser gravidez?

Dor no pé da barriga: o que pode ser?

Referências

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.

O que é nódulo hipoecoico? Pode ser grave?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O nódulo hipoecoico também chamado de hipoecogênico é um nódulo de baixa densidade quando visualizados com exames de imagem como, por exemplo, a ultrassonografia. Este tipo de nódulo é, normalmente, formado de gordura ou líquido e sua presença no exame não indica, necessariamente, uma doença grave.

Para determinar se o nódulo é grave ou não, é preciso uma avaliação médica para analisar a sua localização, se provoca ou não sintomas, entre outras características.

Nódulos hipoecoicos na tireoide, mama e fígado merecem atenção e, geralmente, precisam ser melhor investigados.

Nódulo hipoecoico na tireoide

Um nódulo hipoecoico na tireoide pode indicar malignidade. Entretanto, nestes casos, o médico avaliará o tamanho do nódulo. Quando maiores que 1 cm, se faz necessário efetuar biópisia para determinar a presença de câncer de tireoide.

Os nódulos hipoecoicos de tireoide com 0,5 com são puncionados quando apresentam aumento de vasos sanguíneos, microcalcificações, quando irradiam para os tecidos vizinhos ou quando possui mais altura do que largura.

Todos estes sinais, bem como o tratamento são avaliados pelo médico.

Nódulo hipoecoico na mama

O nódulo de mama, geralmente, não é preocupante sendo comuns a presença de cistos simples e fibroadenoma, ambos considerados lesões benignas.

Fique atenta se perceber alterações no formato da mama ou no seu tamanho. É importante que você faça um acompanhamento médico mais rigoroso, se você tiver história de câncer na família ou caso perceba a presença de um nódulo duro, fixo e quando há muitos vasos sanguíneos.

No entanto, na presença de qualquer nódulo procure um médico para avaliação e diagnóstico adequados. Nos casos em que há suspeita de câncer de mama, o médico de família, ginecologista ou mastologista solicitará punção e/ou biópsia.

Nódulo hipoecoico no fígado

A presença de um nódulo hepático no fígado é insuficiente para determinar se é benigno ou maligno.

Nos casos em que o nódulo aumenta constantemente de tamanho ou possui mais que 1 cm, é possível que o médico solicite tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Estes exames ajudarão a determinar se o nódulo é maligno ou benigno.

Como sei se o nódulo hipoecoico é grave?

Para definir se um nódulo hipoecoico é grave ou não, benigno ou maligno, o médico avaliará:

  • Localização do nódulo,
  • Características do nódulo: tamanho, consistência, infiltração, aos tecidos vizinhos, presença de muitos vasos sanguíneos,
  • História de câncer na família e
  • Sintomas clínicos (emagrecimento sem causa aparente, dor, alteração na forma da região do corpo afetada).

Os nódulos hipoecoicos nem sempre precisam ser removidos cirurgicamente. Em sua maioria são benignos e apenas precisam ser acompanhados com tomografia computadorizada e ultrassom com periodicidade de 3 meses, 6 meses e 1 ano, de acordo com a recomendação médica.

Na presença de um exame de imagem com nódulo hipoecoico, busque um médico para retirar todas as suas dúvidas e efetuar avaliação e diagnósticos adequados. Você pode procurar, inicialmente um médico de família ou clínico geral.

Para saber mais sobre nódulos, você pode ler:

O que é um nódulo hipoecoico e hipoecogênico?

Nódulo na tireoide é perigoso? Qual é o tratamento?

Nódulo em mama direita com dor, o que pode ser?

O que é hiperplasia nodular focal? Como é o tratamento?

Referência

CBRDI. Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

MEDEIROS, M.M.; GRAZIANO, L.G.; SOUZA, J.A.; GUATELLI, C.S.; POLI, R.M.B.; YOSHITAKE, R. et al. Hyperechoic breast lesions: anatomopathological correlation and differential sonographic diagnosis. Rev. Radiol Bras, 2016, 49(1):43–48.

Dor em volta do umbigo: 6 principais causas e tratamento
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Diversas doenças e condições podem causar dor em volta do umbigo. Esta região pode refletir problemas em diferentes estruturas do abdômen, desde doenças nos órgãos internos, como estômago e intestino, quanto problemas nas estruturas mais superficiais da parede abdominal.

Seis causas importantes e frequentes de dor em volta do umbigo que merecem destaque são: a gastroenterite, a gastrite, as úlceras pépticas, gases ou constipação, hérnias umbilicais e apendicite.

1 - Gastroenterite

A gastroenterite é uma inflamação do trato gastrointestinal desencadeada principalmente por infecções ou intoxicações alimentares. É comum as gastroenterites causarem dores abdominais, que podem se localizar próximo do umbigo, em outras áreas do abdômen ou podem atingir toda a barriga. Além de dor, a gastroenterite provoca: diarreia, vômitos, mal-estar e febre.

Qual o tratamento?

O tratamento da gastroenterite inclui hidratação, alimentação leve e uso de medicamentos que aliviam o desconforto e as dores, como analgésicos e antiespasmódicos. Em alguns casos de gastroenterites de origem infecciosa pode ser necessário o uso de antibióticos.

2 - Gastrite

A gastrite é a inflamação da mucosa que reveste o estômago por dentro. É comum esta doença causar dor epigástrica, que é a dor do estômago que se localiza, geralmente, um pouco acima do umbigo. A gastrite cursa também com sintomas de náuseas, azia, sensação de inchaço ou empachamento.

Qual o tratamento?

O tratamento da gastrite consiste principalmente em mudanças alimentares, ao se evitar o consumo de irritantes gástricos como cafeína e alimentos picantes e ácidos. Também está indicado o uso de medicamentos que auxiliam a reduzir a acidez gástrica, como o omeprazol. Quando gastrite é causada pela bactéria H. pylori, também se deve acrescentar ao tratamento antibióticos que visam erradicar esta bactéria.

3 - Úlcera péptica

Uma úlcera seja do estômago ou do duodeno pode causar dor de forte intensidade próximo ao umbigo, principalmente um pouco acima do umbigo na região do estômago. A úlcera também pode causar sintomas de náuseas, vômitos e mal-estar.

Qual o tratamento?

O tratamento das úlceras, da mesma forma que o da gastrite, é realizado através da erradicação da bactéria H. pylori e medicamentos que reduzem a secreção estomacal.

4 - Hérnia umbilical

As hérnias umbilicais são projeções do conteúdo da cavidade abdominal para fora da cavidade, através de falhas do conjunto de tecidos da região umbilical, provocando protuberâncias no umbigo. Podem causar dor intensa ou mesmo passarem despercebida sendo totalmente assintomáticas. Geralmente, a dor da hérnia abdominal piora com os movimentos e esforços físicos.

Qual o tratamento?

O tratamento das hérnias umbilicais é feito através de uma cirurgia de reparação da hérnia. No caso de hérnias muito pequenas e assintomáticas, pode não ser necessária a realização de uma cirurgia, podendo apenas ser feito o acompanhamento da hérnia.

6 - Gases e constipação

A presença de gases e/ou a prisão de ventre é uma causa frequente de dores abdominais. As dores podem ser sentidas em volta do umbigo, se distribuir por toda a barriga ou ficar localizada em alguma parte do abdômen. Os gases e a constipação causam ainda sensação de inchaço na barriga e dificuldade ou dor para evacuar.

Qual o tratamento?

Para aliviar os gases podem ser usados medicamentos, como a simeticona. Além disso, a prática de atividade física, como caminhadas, também ajuda na eliminação dos gases. Cuidados na alimentação são também essenciais, como a redução do consumo de bebidas gaseificadas, comer e mastigar mais devagar e reduzir o consumo de alguns alimentos como feijões, grãos, repolhos e carnes vermelhas.

Já a constipação pode ser tratada através de uma dieta rica em fibras, aumento do consumo de líquidos, prática de atividade física e uso de laxantes, nos casos mais graves.

5 - Apendicite

A apendicite é a inflamação do apêndice, uma pequena estrutura no intestino.A dor no umbigo pode ser um dos sintomas iniciais deste problema, também é comum ocorrer uma dor difusa na barriga no inicio. A medida em que a inflamação no apêndice progride, a dor tende a se localizar mais na área deste órgão, que fica no quadrante inferior direito da barriga.

Qual o tratamento?

O tratamento da apendicite consiste na retirada do apêndice através de cirurgia, que deve ser realizada com urgência, já que o apêndice inflamado pode levar a complicações como infecções ou mesmo ruptura.

Caso apresente dor no umbigo ou em volta do umbigo, consulte um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial.

Também pode ser do seu interesse:

Dor no umbigo, o que pode ser?

Dor no pé da barriga, o que pode ser?

Umbigo inflamado, o que pode ser?

Referências bibliográficas:

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Acute viral gastroenteritis in adults. Uptodate. 2021

Peptic ulcer disease: Treatment and secondary prevention. Uptodate. 2021

Caroço no olhos: quais a principais causas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Caroços no olho são frequentes e podem causar intenso desconforto. Os caroços mais frequentes são aqueles que aparecem nas pálpebras. As causas mais comuns incluem o calázio e o hordéolo (terçol).

No entanto, também não é incomum aparecem caroços e nódulos na região mais interna do olho, como na conjuntiva, a fina membrana que recobre o olho. Entre as possíveis causas destacam-se a pinguécula, o pterígio, o cisto dermoide da órbita e o tumor de conjuntiva.

Vejamos as principais causas de caroço no olho:

Calázio

É um cisto que atinge as pálpebras, sendo mais frequente na pálpebra superior. Ocorre quando as glândulas de gordura ficam obstruídas.

O calázio é uma condição muito comum e, em grande parte das vezes, desaparece espontaneamente no decorrer de algum tempo

Qual o tratamento?

O tratamento do calázio envolve a aplicação de compressas quentes, de duas a três vezes ao dia. Em calázios de grandes dimensões que causam prejuízos à visão pode-se realizar aplicação de corticoesteroides, o que leva à sua redução.

Hordéolo (terçol)

O hordéolo ou terçol, é um nódulo decorrente da obstrução e infecção de glândulas sebáceas presentes nas bordas das pálpebras. Algumas pessoas podem notar ou sentir que tem uma bolinha na pálpebra, que cresce com o decorrer do tempo. Essa bolinha costuma ter um ponto mais amarelado ao centro.

Qual o tratamento?

Também pode desaparecer espontaneamente em alguns dias, a secreção acumulada no seu interior sai sozinha cessando o nódulo e melhorando a inflamação.

A aplicação de compressas quentes durante alguns minutos de duas a três vezes ao dia também facilita a drenagem espontânea do hordéolo. Em algumas situações pode ser indicado o uso de antibióticos, quando há infecção concomitante.

Pinguécula

É uma formação amarelada que aparece na conjuntiva do olho, podendo ser vista apenas como uma mancha, ou ainda formar uma pequena nodulação. É uma condição frequente causada por alterações degenerativas da própria conjuntiva. Um dos fatores de risco para o seu aparecimento é o olho seco.

Qual o tratamento?

A pinguécula é uma alteração benigna, portanto, geralmente não requer nenhum tratamento específico. Caso cause desconforto, podem ser usados colírios lubrificantes ou lágrimas artificiais para alívio dos sintomas.

Pterígio

O pterígio também é uma lesão degenerativa da conjuntiva que cresce em direção a pupila, também pode levar a formação de um pequeno nódulo, como se fosse uma "carne crescida". São fatores de risco para o pterígio o olho seco e a exposição excessiva a luz solar e vento.

Qual o tratamento?

É uma condição benigna, sendo que raramente é necessário algum tratamento. Se causar desconforto ou vermelhidão ocular podem ser usados colírios lubrificantes. Em situações de maior inflamação, anti-inflamatórios ou corticoides tópicos também são utilizados.

Quando o pterígio cresce a ponto de interferir na visão, está indicada a sua retirada através de cirurgia.

Cisto dermoide da órbita

Os cistos dermoides são tumores congênitos, ou seja, estão presentes desde o nascimento e crescem muito lentamente, sendo raros. Podem aparecer em diferentes regiões do corpo, inclusive na órbita ocular. Quando atinge o olho, o cisto dermoide aparece como um nódulo arrendondado, liso e duro.

Qual o tratamento?

O tratamento é feito através da retirada cirúrgica do cisto.

Tumor de conjuntiva

Tumores em forma de caroços ou nódulos, podem surgir na conjuntiva que é a parte branca do olho. Em fases iniciais podem ser confundidos com outras lesões oculares como pinguécula ou pterígio.

Qual o tratamento?

O tratamento dos tumores de conjuntiva é feito através da excisão do tumor.

Na presença de caroços ou nódulos nos olhos, consulte o seu médico de família ou um oftalmologista para uma avaliação e diagnóstico.

Também pode ser do seu interesse:

Pontada no olho: o que pode ser e o que fazer?

Referências bibliográficas:

Chandak et al. Eyelid lesions. Uptodate. 2020

Jacobs D. Pterygium. Uptodate. 2021