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Quais são os tipos de transtornos mentais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os principais tipos de transtornos mentais são os transtornos emocionais, como a ansiedade e depressão; transtornos externalizantes e psicoses.

Os transtornos emocionais são os transtornos mentais mais frequentemente encontrados, sendo representados por medo, ansiedade, depressão e sintomas somáticos, ainda transtorno de stress pós-traumático, transtornos somatoformes (que provocam sintomas físicos), síndrome do pânico, fobias, estados obsessivos, entre outros.

Lembrando que a depressão, a ansiedade e os sintomas dos transtornos somatoformes muitas vezes se manifestam em conjunto e com os mesmos sinais e sintomas.

Os transtornos externalizantes incluem a dependência de substâncias como álcool e drogas, transtorno de personalidade antissocial e transtorno de conduta.

Nas psicoses, a pessoa apresenta uma dificuldade em discernir o que é e o que não é realidade. Como por exemplo os quadros de esquizofrenia. Trata-se de um dos transtornos de maior dificuldade em realizar um diagnóstico.

Existe tratamento para os transtornos mentais?

Sim. O tratamento dos transtornos mentais é feito com medicamentos e psicoterapia, conforme cada caso. E na grande maioria das vezes é bastante eficaz.

O/A médico/a psiquiatra é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e pela orientação do tratamento.

Saiba mais em:

Transtornos mentais: Como identificar e tratar?

Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?

Ando muito irritada, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O nervosismo e a irritabilidade podem ser sintomas de um quadro de transtorno de humor, como transtorno de ansiedade generalizada ou depressão. Porém, devem ser investigadas outras causas como por exemplo, tensão pré-menstrual, menopausa, hipertireoidismo, entre outros.

Os transtornos de humor são caracterizados por sinais e sintomas físicos e psíquicos incontroláveis, que perduram por mais de 6 meses e interferem nos hábitos de vida diários sociais e profissionais, causando grande sofrimento para a pessoa. Junto com a irritabilidade, podem acontecer taquicardia, falta de ar, sudorese, "angústia no peito", "bolo na garganta", até aumento da pressão arterial, aumento ou perda de apetite e descontrole da glicemia.

O diagnóstico será definido através de uma avaliação médica detalhada, com exame físico e exames complementares, quando indicados, para exclusão de outras doenças. Após esse rastreio pode-se indicar o melhor tratamento.

Na suspeita de transtorno de ansiedade agende uma consulta com médico clínico geral ou psiquiatra para avaliação inicial e orientações quanto ao tratamento.

Saiba mais sobre o assunto nos links abaixo:

Como identificar alguém com transtorno da personalidade esquiva?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pessoas com transtorno da personalidade esquiva são muito tímidas, socialmente inibidas, se sentem inadequadas em situações sociais e são muito sensíveis a comentários e avaliações negativas, podendo ficar extremamente magoadas nessas situações. Acreditam que são inferiores, incapacitadas ou que não têm qualidades.

As características mais comuns no caso do transtorno são:

  • Indivíduos que evitam atividades e situações que mantenham contato direto com outras pessoas (o que justamente demonstra a "esquiva")
  • Apresentam timidez e inibição extremas, buscam passar despercebidas quando estão com os outros, evitando a todo custo chamar a atenção devido ao medo da desaprovação e da rejeição
  • São pessoas muito reservadas pelo receio exagerado de críticas destrutivas
  • Apresentam dificuldade em relações interpessoais, por medo de não ser aceito ou mesmo ser ridicularizado
  • Se sente inferior, incapaz na maioria das vezes
  • Raramente se envolve com outras pessoas sem se certificar primeiro de que é estimada e que não será criticada
  • Evitam qualquer atividade "nova" ou assumir algum tipo de risco

E todos esses sintomas prejudicam significativamente a qualidade de vida da pessoa, já que interferem nas suas relações pessoais, sociais e profissionais. O tratamento deve ser encorajado e é feito com medicamento associado a psicoterapia.

O psiquiatra é o especialista para o tratamento do transtorno.

Saiba mais em:

O que é dismorfia corporal e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dismorfia corporal é um transtorno mental cujo principal sintoma é a preocupação extrema com um problema ou imperfeição imaginária, ou mínima do próprio corpo.

Uma pessoa com transtorno dismórfico corporal (TDC), como conhecido no meio médico, tem uma percepção distorcida da própria imagem, desenvolvendo uma aversão à sua imagem.

Normalmente afeta pessoas tímidas, ansiosas e deprimidas que são obcecadas por detalhes que ninguém mais vê. O transtorno geralmente tem início na adolescência, mas pode ocorrer também na infância.

Quais os sintomas da dismorfia corporal?

Os sintomas que caracterizam o transtorno e devem estar obrigatoriamente presentes são quatro, que estão melhor descritos a seguir:

  • Preocupações exageradas com algum problema mínimo, ou até inexistente do corpo,

    • Nas mulheres se observam preocupações maiores com a pele, peso, rosto, quadris e nádegas, enquanto os homens têm uma maior preocupação com queda de cabelo e órgãos genitais;
  • Alterações de comportamento,
    • Comportamentos repetitivos, como se olhar no espelho várias vezes ou sinalizar sobre o seu "problema" todo o tempo,
    • Se comparar a outras pessoas,
    • Questionar familiares e amigos sobre o seu "defeito",
    • Tentar disfarçar o seu "problema" com maquiagem, óculos, roupas, acessórios, múltiplas cirurgias plásticas, o que às vezes acaba chamando mais a atenção do que o próprio "defeito" em si;
  • Apresentar um nível de preocupação tão elevado, que gera sérios prejuízos na sua vida pessoal e profissional, podem se recusar a sair de casa, ou aceitar desafios e promoções em relação de trabalho;
  • Não pode haver outra causa que justifique os sintomas, como por exemplo transtornos semelhantes, de humor (transtorno de ansiedade) ou transtornos alimentares como a bulimia e anorexia.

Pessoas com dismorfia corporal podem apresentar dificuldades emocionais associadas, como depressão e ansiedade. Cerca de 25% apresenta ideias suicidas ou já tentou o suicídio.

Portanto é preciso distinguir a dismorfia corporal de uma simples insatisfação com uma parte do corpo. Se existe muito sofrimento psicológico ou interferência negativa no dia-a-dia, deixa de ser uma mera insatisfação e torna-se um transtorno psiquiátrico que precisa ser tratado.

O/A médico psiquiatra é o/a responsável para avaliar, acompanhar e tratar desse transtorno.

Leia também: Dismorfia corporal tem cura? Qual o tratamento?

Como tratar o transtorno de personalidade histriônica?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento do transtorno de personalidade histriônica é feito sobretudo com psicoterapia e medicamentos. Em alguns casos, pode ser necessário incluir a terapia familiar.

O tempo de duração do tratamento pode ser de anos e requer muito comprometimento e confiança entre o paciente e o terapeuta.

Psicoterapia

A terapia cognitiva-comportamental é o método de psicoterapia mais usado para tratar o transtorno histriônico. No entanto, independentemente da técnica utilizada, a psicoterapia é essencial para o controle dos sintomas e o sucesso do tratamento.

O objetivo da psicoterapia é auxiliar a pessoa a identificar seus padrões de comportamento inadequados, e monitorá-los, favorecendo o desenvolvimento do autocontrole e as mudanças comportamentais.

Medicamentos

As medicações utilizadas para tratar o transtorno de personalidade histriônica atuam sobretudo no controle da ansiedade e da impulsividade. Pois é comum a associação entre esses transtornos mentais.

As opções de medicamentos são diversas, sendo os mais utilizados, os antidepressivos, estabilizadores de humor e por vezes, ansiolíticos.

Importante lembrar que nunca deve iniciar qualquer medicação sem orientação médica, porque em alguns casos, os transtornos podem ser confundidos pela sua semelhança e coexistência, entretanto, medicamentos indicados em alguns transtorno, são totalmente contraindicados e prejudiciais em outros.

Terapia familiar

No intuito de auxiliar na aceitação e adesão ao tratamento, a terapia familiar passa a ser um fator essencial. Sempre que possível, e com a concordância do paciente, o terapeuta pode optar pelo tratamento conjunto e orientações aos familiares e pessoas do seu convívio.

Se o paciente não aceitar o tratamento, o que é frequente nos casos de transtorno de personalidade, os resultados poderão ser insatisfatórios e as alterações nos padrões de comportamento muito superficiais e limitadas.

Características do transtorno de personalidade histriônica

Pessoas com transtorno de personalidade histriônica são extremamente emotivas e precisam constantemente chamar a atenção e obter elogios dos outros. O uso do corpo ou da beleza, através de comportamentos indevidos ou sedutores são frequentes.

O/A médico/a psiquiatra é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do transtorno de personalidade histriônica.

Saiba mais em:

Como identificar alguém com transtorno de personalidade histriônica?

Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?

Transtorno esquizoafetivo: Quais as causas e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As causas do transtorno esquizoafetivo não é totalmente conhecida, mas sabe-se que o distúrbio tem início em uma alteração no desenvolvimento do sistema nervoso e que afeta a transmissão dos impulsos nervosos entre as células cerebrais.

Sabemos também que existem fatores de risco responsáveis por aumentar o risco do desenvolvimento do transtorno, sobretudo os fatores genéticos, hereditários e ambientais.

Pessoas que tenham casos de esquizofrenia na família têm mais chances de desenvolver o transtorno. Assim como pessoas que apresentem problemas familiares, participam de ambientes hostis por tempo prolongado ou estresse maior.

O transtorno esquizoafetivo acomete mais adultos jovens, sem diferença entre os gêneros.

Entretanto trata-se de um transtorno de difícil diagnóstico, que deve ser avaliado por um profissional no tema, o psiquiatra.

Saiba mais em: Quais os sintomas do transtorno esquizoafetivo?

Como tratar o transtorno esquizoafetivo?

O tratamento do transtorno equizoafetivo varia de acordo com os sinais e sintomas, podendo abranger um ou mais tipos, como:

  • Psicoterapia
  • Medidas educacionais
  • Medicamentos
  • Programa de atividade física
  • Atividades cognitivas
  • Estimulação cerebral

A psicoterapia e a medicação, na maioria das vezes é a base principal do tratamento do transtorno esquizoafetivo, como de diversos outros transtornos de humor.

Dentre as medicações principais, fazem uso de antipsicóticos, anticonvulsivantes, entre outros.

O objetivo dos tratamentos é controlar os sintomas e levar à pessoa a retomar às suas atividades diárias.

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Anorexia tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A anorexia tem cura, porém a recuperação completa pode demorar anos. O tratamento da anorexia, assim como de outros transtornos alimentares, é multidisciplinar e envolve médicos, médico psiquiatra, psicólogo e nutricionista.

O tratamento inclui o ganho de peso através de dieta hipercalórica, orientada pelo nutricionista para recuperação e manutenção do peso adequado, psicoterapia realizada com psicólogo ou psicoterapeuta e apoio social-familiar durante todo o processo e, principalmente, nas possíveis recaídas.

Em muitos casos de anorexia, a pessoa precisa ficar internada para que os alimentos sejam reintroduzidos gradualmente na dieta e o coração não entre em sobrecarga. 

Os medicamentos usados para tratar o transtorno servem para controlar e tratar a ansiedade, a depressão e as atitudes compulsivas, uma vez que não há uma medicação específica para tratar a anorexia.

Contudo, uma vez que alguns medicamentos psiquiátricos podem provocar aumento de peso ou de apetite, muitas pessoas deixar de tomar a medicação, o que dificulta a cura da anorexia.

A psicoterapia, nomeadamente a terapia cognitivo-comportamental e a terapia familiar desempenham um papel muito importante no tratamento da anorexia.

Sem tratamento, a anorexia pode causar diminuição da massa óssea e muscular, desmineralização dos dentes, retardo no crescimento, perda total da gordura corporal, prisão de ventre grave, desnutrição extrema e morte.

Por isso, é indicado consultar o clínico geral ou médico de família que coordenará esse cuidado global do paciente.

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Como é o tratamento para transtorno depressivo maior?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento do transtorno depressivo maior é feito em três grandes pilares:

  1. Uso de medicamentos específicos
  2. Psicoterapia
  3. Atividades físicas

Além do tratamento químico, está comprovada a necessidade do tratamento físico e psíquico para alcançar um resultado realmente satisfatório. Claro que cada pessoa possui características próprias que possibilitam ou não o tratamento conjunto desde o início, mas sempre que possível esse deve ser o tratamento recomendado.

Medicamentos

Os medicamentos mais prescritos são os antidepressivos, pois previnem novas crises e melhoram gradualmente os sintomas. Normalmente, em poucas semanas após o início do tratamento medicamentoso, a pessoa já apresenta uma melhora visível do quadro.

Contudo, mesmo com uma diminuição dos sintomas, a medicação deve ser mantida muitas vezes por tempo prolongado, durante meses, anos ou toda a vida, dependendo de cada caso. Portanto só deve ser suspenso após orientação médica.

Psicoterapia

A psicoterapia é parte fundamental do tratamento do transtorno depressivo maior, pois além de atuar na origem da depressão, também leva a pessoa a monitorar os seus comportamentos e pensamentos, fazendo-as refletir sobre as suas emoções, orientando quanto à forma de dominar os impulsos e evitar crises ou piora do quadro.

Dentre os métodos de psicoterapia mais usados no tratamento do transtorno depressivo maior está a terapia cognitivo comportamental.

Atividades físicas

A prática regular de atividades físicas contribui para a melhora física e psíquica do quadro depressivo, ajudando na prevenção de novas crises. Meditação, Yoga, terapias de grupo, são excelentes escolhas para o tratamento de depressão.

Os efeitos benéficos da atividade física no tratamento da depressão decorre principalmente pela liberação de dois hormônios, durante o exercício: a endorfina e a dopamina.

A endorfina está associada à sensação de bem-estar, prazer, e euforia, enquanto a dopamina desempenha efeito relaxante. A ação desses hormônios no organismo pode promover um equilíbrio mental e social durante um tempo prolongado, ajudando a prevenir novas crises.

Além da atividade física, é imprescindível incentivar mudanças comportamentais e no estilo de vida, como evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, evitar o uso de drogas, bem como outras situações que podem favorecer o desenvolvimento de uma crise.

A atividade escolhida deve ser uma que a pessoa goste e sinta prazer em praticar, para que compareça e mantenha o máximo de tempo possível, buscando o bem-estar geral e melhor estado de humor.

É importante lembrar que o tratamento do transtorno depressivo maior deve ser mantido pelo tempo determinado pelo médico psiquiatra, ainda que os sintomas já não estejam presentes. A interrupção do tratamento antes do tempo aumenta as chances de retorno das crises e sintomas de abstinência ou piora da depressão.

Saiba mais em: As 4 Formas para Combater a Depressão