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Posso tomar antibiótico com o estômago vazio?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Depende do antibiótico. Em geral, os antibióticos não devem ser tomados com o estômago vazio porque podem causar irritação gástrica, além do fato do alimento ajudar a proteger o estômago.

Porém, há antibióticos que precisam ser ingeridos com o estômago vazio ou em jejum para o alimento não interferir na absorção do medicamento.

Por exemplo, tomar amoxicilina com o estômago cheio não interfere na sua ação. Já a claritromicina é absorvida mais lentamente na presença de alimentos, demorando mais tempo para chegar à corrente sanguínea. Neste caso, o ideal é que seja ingerida com o estômago vazio.

É importante lembrar que antibióticos e outros medicamentos devem ser ingeridos com um copo cheio de água.

Posso tomar antibiótico com leite?

Não se deve tomar antibiótico com leite, pois o leite pode diminuir o efeito da medicação. Isso ocorre porque o leite estimula a produção de sucos digestivos que podem agir sobre a medicação e limitar o seu efeito.

Outra razão para não tomar antibiótico com leite é o fato do leite conter cálcio, um mineral que pode interagir com os compostos da fórmula do remédio e promover uma inativação química do mesmo, cortando o seu efeito.

Posso tomar antibiótico com chá ou café?

O chá e o café possuem cafeína, que em grandes quantidades pode aumentar os efeitos colaterais do antibiótico e também aumentar a sua excreção, além de poder causar irritação e excitação.

Beber álcool corta o efeito do antibiótico?

O álcool não corta diretamente o efeito do antibiótico, mas aumenta a eliminação de urina. Como consequência, o antibiótico é excretado mais rapidamente do organismo, diminuindo o seu efeito. A bebida alcoólica irrita a parede do estômago, assim como o medicamento, o que aumenta o risco de gastrite.

Além disso, tanto o antibiótico como o álcool são processados pelo fígado, o que sobrecarrega o órgão.

Para maiores esclarecimentos, fale com o/a médico/a que receitou o antibiótico para saber a forma correta de tomar o medicamento e siga corretamente as suas orientações.

O que é Cytotec e para que serve?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Cytotec ® é o nome comercial do medicamento cujo composto farmacológico é o misoprostol, uma prostaglandina sintética. Pode ser usado por via oral, vaginal ou sublingual. Essa medicação inicialmente foi lançada no mercado para tratamento e prevenção de úlceras gástricas e duodenais.

Porém, posteriormente, foi observado que o Cytotec ® também possui efeito de dilatação do colo do útero da mulher e promoção de contrações uterinas, ou seja, um medicamento que facilita a expulsão do embrião e/ou feto.

Cytotec ® provoca aborto?

Dependendo da idade gestacional (mês da gravidez que a mulher se encontra), a dilatação do colo do útero pode significar uma indução ao trabalho de parto ou um aborto.

O misoprostol quando utilizado como método abortivo tem eficácia de até 95%.

Para que serve o Cytotec ®?

O misoprostol faz parte do grupo de medicamentos denominados antiácidos e antiulcerosos. Trata-se de um produto sintético idêntico à prostaglandina E1, uma substância que protege a parede interna do estômago. 

Assim, o Cytotec ® promove a mesma ação da prostaglandina produzida pelo organismo, ou seja, bloqueia a secreção de suco gástrico e induz a produção de muco. Dessa forma, o Cytotec ® protege a mucosa digestiva. 

O Cytotec ® é indicado para prevenir o aparecimento de úlceras gástricas ou duodenais, muitas vezes provocadas pelo uso de medicamentos anti-inflamatórios. Sabe-se que essa classe de medicamentos diminui a quantidade de prostaglandinas no estômago e no duodeno, o que pode causar úlceras.

No Brasil, por apresentar uma legislação restritiva, a medicação somente é disponível para indução de trabalho de parto ou abortamento (nos casos previstos pela lei) em hospitais e maternidades, devendo ser prescrito pelo/a médico/a ginecologista-obstetra. O remédio não é comercializado ao público geral.

Quais os efeitos colaterais da anestesia raquidiana?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os possíveis efeitos colaterais da anestesia raquidiana incluem falta de ar, queda da pressão arterial, arritmias cardíacas, alergias (coceira), frio, dor de cabeça, tremores e náuseas. 

Após a punção lombar, pode vazar um pouco de liquor (líquido que envolve o cérebro), o que aumenta a pressão dentro do crânio e pode causar dor de cabeça.  

A dor de cabeça ocorre em até 1% das pessoas submetidas à anestesia raquidiana e está relacionada com o calibre da agulha utilizada, o tipo de cirurgia e a idade do/a paciente, sendo mais comum em pessoas jovens.

A dor geralmente melhora na posição deitada e piora ao ficar em pé ou sentar-se.

O tratamento nesses casos é feito com repouso, hidratação e medicamentos analgésicos.

Outro efeito colateral da anestesia raquidiana é a dificuldade para respirar (falta de ar), que pode ser apenas uma sensação ou uma dificuldade respiratória de fato. Trata-se de uma complicação que pode ser evitada usando menos anestésico, sendo facilmente remediada.

As complicações decorrentes unicamente da anestesia raquidiana são muito raras, mas podem ocorrer. Os riscos também estão relacionados com a própria cirurgia e condição clínica do/a paciente. 

As complicações respiratórias, cardiovasculares e alérgicas, o frio, os tremores e as náuseas são tratados de maneira simples com medicamentos. Em geral, os efeitos colaterais são leves.

De qualquer maneira, é importante que a equipe médica tenha bons equipamentos e uma estrutura hospitalar segura para detectar e tratar precocemente qualquer intercorrência. Bem como é importante você dizer à equipe médica sobre a presença de qualquer alergia ou problema de saúde.

Leia também:

Quais os efeitos colaterais da anestesia peridural?

Qual a diferença entre a anestesia raquidiana e peridural?

Quais os riscos da anestesia geral?

Febre que não passa mesmo tomando remédio: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Febre que não passa mesmo tomando remédio pelo tempo indicado deve ser investigada. A febre é um mecanismo do nosso organismo de aumentar a temperatura corporal na presença de alguma infecção, doença auto-imune ou uma situação de alerta.

Normalmente, no início de um quadro febril, as pessoas usam algum tipo de medicamento para reduzir ou cessar a febre. Após o uso dessas medicações e a não melhora do quadro ou então do aparecimento de outros sintomas, a pessoa deve procurar um serviço de saúde para investigar a origem dessa febre e proceder com o tratamento específico indicado.

Em alguns casos, a febre apresenta como um sinal de alerta e que algumas vezes o próprio corpo é capaz de resolver.

Quando alguma infecção é confirmada, geralmente pode ser indicado o uso de antibiótico para tratar a infecção, destruir o micro-organismo causador da infecção e, por consequência, acabar o mecanismo que está produzindo a febre. Nesse caso, o antibiótico deve ser usado pelo tempo indicado na receita médica.

Quando a febre é o único sintoma apresentado, recomenda-se esperar mais 3 dias para que outros sintomas possam se manifestar. A exceção a essa indicação é para bebês com menos de 3 meses.

O que fazer para baixar a febre?

1. Tire as roupas quentes e vista roupas frescas;

2. Utilize o remédio antitérmico indicado pelo/a médico/a na dose prescrita na receita;

3. Tome banho com água morna (cerca de 34ºC);

4. Aumente a ingestão de líquidos.

Em caso de bebês com menos de 3 meses, com febre de 40ºC e ainda com presença de sintomas com gemidos, irritação, falta de ar ou manchas na pele, o/a médico/a pediatra ou o/a médico/a de família deverá ser contactado.

Adultos com febre que dura mais de 3 dias podem consultar o/a clínico/a geral ou médico/a de família.

Maconha pode cortar o efeito de alguns medicamentos?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pouco se sabe se a maconha pode cortar o efeito de algum medicamento ou não. Porém, a maconha pode interagir com alguns tipos de medicação, como opioides, depressores do sistema nervoso central, antidepressivos e anticonvulsivantes.

Fumar maconha regularmente pode reduzir as concentrações de enzimas no sangue, interferindo na ação de certos medicamentos. Há ainda medicações que podem aumentar ou diminuir a concentração de THC (tetraidrocanabinol), o principal psicotrópico encontrado na planta.

As evidências indicam que fumar mais de 2 cigarros de maconha por semana já pode ser suficiente para produzir algum tipo de interação medicamentosa.

Antidepressivos

Em relação aos antidepressivos, a fluoxetina é um fármaco com baixa interação com a maconha. Por outro lado, sabe-se que outra classe de antidepressivos, como a dos tricíclicos, já possui maior possibilidade de interação.

Anticonvulsivantes

Quanto aos anticonvulsivantes, como o topiramato, pode haver um aumento dos níveis da medicação na corrente sanguínea se a pessoa fumar maconha.

Há ainda outros anticonvulsivantes que se usados juntamente com a maconha podem ter a sua concentração no sangue diminuída, tais como a zonisamida. Pacientes que usam esse tipo de medicamento e fumam maconha podem manifestar efeitos colaterais e alterações laboratoriais.

Depressores do sistema nervoso central

Sabe-se que a maconha também pode aumentar os efeitos sedativos, respiratórios e psicomotores de medicamentos depressores do sistema nervoso central, assim como do álcool.

Anestésicos

Entretanto, sabe-se que a maconha pode potencializar o efeito de alguns medicamentos anestésicos como halotano e ciclopropano, criando uma condição potencialmente perigosa.

Antibióticos

Não há estudos que confirmem que a maconha corta o efeito da Benzetacil, a penicilina benzatina, ou qualquer outro antibiótico.

Outros medicamentos

Os canabinoides, substâncias ativas da maconha, causam aumento da frequência cardíaca. Por isso, o seu uso, juntamente com anticolinérgicos, pode aumentar ainda mais esse efeito.

Pessoas que utilizam varfarina e fumam maconha regularmente devem ser acompanhadas de perto para verificar possíveis interações.

Para o seu próprio bem e para evitar possíveis efeitos indesejados, o paciente deve sempre informar o médico que lhe prescreveu o medicamento se faz uso de maconha ou qualquer outra droga.

Terminei a cartela do anticoncepcional, quando a menstruação deve vir?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Em geral, a menstruação vem entre 3 a 7 dias após terminar a cartela do anticoncepcional. 

As pílulas anticoncepcionais podem ter 21, 24 ou 28 comprimidos em cada cartela.  

Na cartela com 21 comprimidos, a mulher faz uma pausa de 7 dias entre um cartela e outra e, durante essa pausa, ela apresentará a menstruação. 

Na cartela contendo 24 comprimidos, a pausa entre as cartelas deve ser de 4 dias e, nesse período haverá a menstruação.  

Nas medicações com 28 comprimidos, a mulher menstrua quando está nos últimos 4 comprimidos da cartela. 

Para uma melhor eficácia do anticoncepcional, a mulher deve fazer o uso contínuo da pílula, realizando apenas os intervalos programados entre uma cartela e outra, evitando pausas além dessas. 

Algumas pílulas de baixa dosagem e o uso direto sem intervalos entre cartelas fazem a mulher não menstruar. Isso não significa que o efeito anticoncepcional não esteja ativo. 

Em caso de dúvidas quanto ao uso do anticoncepcional, bem como na ausência de menstruação, procure um serviço de saúde para uma avaliação. 

O que acontece se alguém tomar vários remédios para dormir?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O uso de vários remédios para dormir indica que a causa da insônia não está sendo devidamente tratada. Como consequência, a pessoa desenvolverá:

  • Sonolência durante o dia,
  • Déficit de memória (esquecimentos frequentes),
  • Dores de estômago,
  • Indisposição, cansaço e
  • Oscilação de humor.

A pessoa que usa muitos calmantes, especialmente, na intenção de dormir bem, deixa de ter o controle total dos seus atos porque parece estar constantemente "sedada". Com isso a alimentação fica prejudicada, a musculatura enfraquece, esquece com facilidade, não encontra as palavras que gostaria de falar, pode causar fraqueza, atrofia muscular e dores crônicas pelo sedentarismo.

Felizmente, a maioria dos casos de insônia tem tratamento, e nem sempre é preciso fazer uso de medicamentos fortes ou por mais de 4 semanas. Na verdade, uma das causas comuns de insônia ou sono "leve", aquele sono que parece não ser suficiente, é a apneia do sono.

A apneia do sono é a parada da respiração por alguns segundos, ou minutos, que estimula o organismo a despertar para respirar profundamente de novo e oxigenar melhor o cérebro e demais órgãos. Com isso o sono fica fragmentado, o corpo não se recupera como deveria.

Para o tratamento da apneia do sono, é importante a higiene do sono, medidas que ajudam em promover um sono adequado, como se alimentar pouco antes de dormir, apagar as luzes e focos luminosos no quarto, evitar atividades extenuantes a noite e evitar hábitos de vida ruins, como a obesidade, o tabagismo, o estresse e o sedentarismo.

Além disso, alguns casos ainda precisam de um suporte nesse tratamento, como uso de CPAP, um tipo de máscara colocada no rosto, que não machuca, e facilita a entrada de ar nos pulmões, durante o sono.

Leia também: Apneia do sono tem cura? Qual o tratamento?

Aparelho de CPAP nasal

Outra causa comum de dificuldade de dormir, e uso de medicamentos com essa finalidade, são os quadros de ansiedade e depressão. Para isso, quanto mais lúcido e disposto estiver, mais fácil será a busca pelo tratamento correto e possibilidades de cura.

O tratamento da depressão deve ser um conjunto de medidas, que vão desde a prática de atividades físicas prazerosas, medicamentos, até a psicoterapia. Atualmente com diversas terapias inovadoras, esse tratamento multidisciplinar alcança bons resultados mais rapidamente.

O médico psiquiatra é o especialista nesse assunto e dispõe de diferentes tipos de tratamento, opções inovadoras, medicamentosas, com menos efeito colateral, e opções não medicamentosas, que não causam dor, nem sobrecarga do fígado, como a estimulação extra craniana, entre tantas outras. Todas com o mesmo objetivo de eliminar os sintomas de angústia de tristeza e curar a depressão. Procure um tratamento eficaz com o médico especialista.

Leia também: As 4 Formas para Combater a Depressão

Existem muitas outras causas para a insônia, como o próprio uso crônico de medicamentos, o uso excessivo de bebidas com cafeína, hábitos de vida ruins, alterações hormonais, doenças do trato gastrointestinal ou doenças do aparelho respiratório.

Para cada causa da insônia, um tratamento será proposto, e sempre com alta taxa de cura completa desses sintomas. Por isso, recomendamos para qualquer caso de transtornos do sono, seja insônia, roncos, sono inquieto, sonambulismo ou terror noturno, que procure o quanto antes um especialista no sono. Os médicos otorrinolaringologistas, neurologistas e pneumologistas, são os mais indicados.

Contudo, vale ressaltar ainda, que o uso de medicamentos para dormir de forma exagerada ou acidental, pode provocar intoxicação, e que embora não provoque a morte da pessoa, pode causar danos ao cérebro.

Portanto, nesses casos, entre em contato imediatamente com a Central de Disque Intoxicação da ANVISA através do 0800 722 6001 ou para o Centro de Assistência Toxicológica de São Paulo, através do 0800 014 8110.

Se não for possível o contato telefônico, a pessoa deve ser levada para um hospital próximo, o mais rápido possível, para que receba o tratamento adequado.

O que fazer se tomar vários remédios para dormir?

Em caso de superdosagem de medicamentos para dormir, siga os seguintes procedimentos:

  1. Peça ajuda! Você não deve ficar sozinho/a, mesmo que esteja se sentindo bem;
  2. Não provoque vômitos, não resolve o problema pois a medicação já pode ter sido absorvida pelo sangue, e corre o risco de broncoaspiração;
  3. Não beba nenhum líquido, mesmo que seja água ou leite;
  4. Não tente permanecer acordado, caminhando, por exemplo. O esforço físico pode aumentar a ação do medicamento no organismo;
  5. Tenha em mãos os remédios que tomou e ligue para o Disque Intoxicação da ANVISA através do 0800 722 6001 ou para o CEATOX-SP (Centro de Assistência Toxicológica) do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas através do 0800 014 8110;
  6. Siga as instruções dadas pelo centro de atendimento e vá para um hospital imediatamente, levando a embalagem ou a bula do remédio;
  7. Não dirija! Peça um transporte ou a ajuda que chamou no início.

No hospital, o médico saberá indicar o melhor procedimento para cada caso, como por exemplo a lavagem gástrica, que tem excelente resposta quando aplicada em tempo adequado.

Sendo assim, em casos de insônia, procure um médico neurologista ou otorrinolaringologista, para uma avaliação individualizada e para resolver o quanto antes o problema.

Não faça uso de medicamentos controlados ou aumente a dose por conta própria, é bastante prejudicial à saúde!

Em caso de dúvidas entre em contato com seu/sua médico/a de família.

Vômito e Diarreia Podem Cortar o Efeito do Anticoncepcional?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, vômito e diarreia podem cortar o efeito da pílula anticoncepcional, se ocorrerem em até 4 horas após ter tomado o medicamento ou caso esses sintomas persistam por mais de 24 horas.

Já o anticoncepcional injetável ou adesivo não perdem o efeito nem tem a sua eficácia diminuída se a mulher vomitar ou tiver diarreia.

No caso da pílula, ela demora cerca de 3 a 4 horas para ser absorvida pelo corpo. Ter vômitos ou diarreia durante esse período pode eliminar os componentes do anticoncepcional que ainda não tiveram tempo de ser absorvidos pelo organismo.

Se o comprimido ainda estiver no estômago, ele sai com o vômito e é como não ter tomado a dose daquele dia. A diarreia irá expelir e diminuir a absorção da pílula, caso ela já tenha saído do estômago e estiver no intestino.

Quanto aos anticoncepcionais injetáveis, eles são aplicados no músculo e entram diretamente na corrente sanguínea, enquanto que os adesivos são absorvidos pela pele e através dela chegam a circulação. Como não passam pelo estômago nem pelo intestino, pois chegam diretamente ao sangue por outras vias, não perdem o efeito em caso de vômito ou diarreia.

O que fazer se vomitar ou tiver diarreia após tomar a pílula anticoncepcional?

Em caso de episódios de vômito ou diarreia até 4 horas da ingesta do comprimido, o ideal é tomar novamente a pílula. Deve-se ficar atento ao fato de que a cartela irá nesse caso acabar um dia mais cedo, portanto, após a pausa, a nova cartela também reiniciará um dia mais cedo. Há ainda outra possibilidade para não confundir-se que é comprar outra cartela, tomar o comprimido correspondente ao do dia, e seguir esta nova cartela até o fim.

Se vômito ou diarreia persistirem por mais de 24 horas, pode-se seguir tomando a pilula no horário habitual, mas neste caso é imprescindível o uso de outro método contraceptivo de barreira, como a camisinha, até a próxima menstruação.

Se continuar com dúvidas, fale com o seu médico de família ou ginecologista para maiores orientações.

Leia também: 5 Coisas que Podem Cortar o Efeito do Anticoncepcional