O autismo é um transtorno global do desenvolvimento que começa na primeira infância, ou seja, antes dos 3 anos de idade. O transtorno do espectro autista tem como principal sintoma a dificuldade de interação social e comunicação.
Existem diferentes tipos de autismo, com vários graus de intensidade. Há autistas com formas graves do transtorno, com deficiência intelectual e agressividade, sem possibilidade de estabelecer contato interpessoal, e formas mais leves, em que a inteligência e a fala são normais.
A maioria das crianças com autismo é parecida com as outras crianças. Porém, apresentam comportamentos diferentes, com atividades incomuns e algumas vezes incompreensíveis.
Crianças com as formas menos graves de autismo falam e demonstram capacidade intelectual, mas apresentam perturbações ao nível social e comportamental.
O autismo infantil é mais frequente em meninos e os seus primeiros sinais podem surgir já nos primeiros meses de vida da criança. Contudo, o transtorno raramente é diagnosticado precocemente.
Normalmente, o problema é detectado quando os sintomas tornam-se mais evidentes, o que geralmente ocorre entre os 2 e os 3 anos de idade. Uma vez que o transtorno é global, ou seja, afeta o indivíduo como um todo, muitas vezes é confundido com outros tipos de distúrbios psíquicos.
Quais são os sintomas do autismo?Os sintomas do autismo geralmente estão presentes antes dos 3 anos de idade, mas são mais evidentes entre os 2 e os 6 anos. Alguns sinais que podem levar à suspeita de autismo, de acordo com a idade da criança:
- 12 meses: a criança não emite sons nem balbucia e não realiza gestos como apontar ou acenar;
- 16 meses: a criança não pronuncia palavras simples;
- 24 meses: a criança não forma frases com duas palavras.
A perda de capacidades de linguagem ou de socialização, em qualquer idade, também é um sinal de alerta para o autismo. Vale ressaltar que a presença de alguma dessas características não implica necessariamente que a criança tenha autismo. Porém, se estiverem presentes, é importante proceder a uma investigação com uma equipe multidisciplinar, que pode envolver neurologista, pediatra, psicólogo, entre outros especialistas.
Pessoas autistas são difíceis de estabelecer relacionamentos, têm dificuldade no domínio da linguagem, daí os problemas de comunicação, e apresentam padrões de comportamento repetitivos.
Existem vários sinais que caracterizam o indivíduo autista. Pessoas com autismo apresentam pelo menos metade dos seguintes sintomas:
- Dificuldade de relacionamento interpessoal;
- Pouco ou nenhum contato visual com outras pessoas;
- Riso inadequado;
- Busca pelo isolamento social (preferência pela solidão);
- Fixação visual em objetos;
- Aparente insensibilidade à dor;
- Rotação repetitiva de objetos;
- Hiper ou inatividade;
- Ecolalia (repetição de palavras ou frases);
- Recusa de demonstrações de carinho (colo, abraços);
- Não respondem pelo nome;
- Dificuldade de expressar necessidades;
- Dificuldade de aprendizado;
- Repetição desnecessária de assuntos;
- Dificuldade de mudança na rotina;
- Não tem consciência de situações de perigo;
- Acessos de raiva;
- Desorganização sensorial.
Os sinais e sintomas do autismo infantil podem incluir ainda convulsões (cerca de 20% das crianças autistas têm epilepsia), transtornos do sono e alimentares, ansiedade e TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade)
Contudo, vale ressaltar que muitas vezes o autista domina a linguagem, consegue se comunicar e tem uma inteligência normal ou até acima da média. Essas pessoas apresentam menos dificuldade em interagir socialmente e podem ter uma vida praticamente normal.
Como é feito o diagnóstico do autismo?Para o diagnóstico do autismo, são considerados distúrbios em três áreas, com início dos sintomas antes dos três anos de idade:
1. Comprometimento da interação social; 2. Comportamento e interesses restritos e repetitivos; 3. Comprometimento da comunicação verbal e não-verbal.
Quais as causas do autismo?O autismo não possui uma causa definida, mas sabe-se que o transtorno é provocado por anomalias no funcionamento e na estrutura do cérebro. Fatores hereditários também podem estar associados ao aparecimento do autismo.
Crianças com determinadas síndromes genéticas, rubéola congênita, esclerose tuberosa, entre outras doenças, podem ter mais chances de desenvolver autismo.
O autismo também pode estar associado a fatores relacionados com a gestação ou com o parto, além de infecções virais, alterações metabólicas e exposição a metais pesados.
Autismo tem cura? Como é o tratamento?O autismo não tem cura. Porém, com o tratamento adequado e as devidas medidas educacionais e comportamentais, é possível diminuir os comportamentos mais estranhos e oferecer uma maior autonomia ao paciente.
Muitas vezes são usados medicamentos antidepressivos, antipsicóticos ou medicação específica para tratar a hiperatividade.
O autismo é uma doença crônica e o tratamento deve ser instituído assim que seja feito o diagnóstico. O tratamento deve ser multidisciplinar e individual, baseado no grau de comprometimento de cada paciente.
O diagnóstico e tratamento podem ser conduzidos por médico psiquiatra, em associação com outros especialistas, como fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicólogo.
Precisa levar sua filha no pediatra para ser examinada, na maioria das vezes não é nenhuma doença grave e o tratamento, geralmente, faz o caroço desaparecer, mas primeiro de tudo deve levá-la a um pediatra para o correto diagnóstico e tratamento.
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Lábio leporino ou fenda palatina é uma abertura existente no lábio ou no palato (céu da boca) presente desde o nascimento. A fenda ou fissura também pode estar presente no lábio e no céu da boca simultaneamente. Trata-se de uma má formação decorrente da não-junção entre as partes esquerda e direita do lábio e do palato durante o desenvolvimento intrauterino.
O lábio leporino é a má formação congênita (presente desde o nascimento) mais comum observado dentre as malformações do rosto, com 1 caso em cada 650 nascimentos. O nome "fenda palatina" significa literalmente "fissura no céu da boca". Em casos mais raros, pode haver duas fissuras: uma no lado direito e outra no lado esquerdo do céu da boca.
A fenda palatina pode ser identificada a partir da 14ª semana de gravidez através de exames de imagem. Contudo, o diagnóstico definitivo é dado após o nascimento da criança com a avaliação clínica efetuada pelo/a médico/a pediatra.
Quais as causas do lábio leporino?A causa do lábio leporino é uma má formação que ocorre no embrião logo nos primeiros meses de desenvolvimento dentro do útero, mais especificamente entre a 4ª e a 8ª semana de gravidez.
As partes direita e esquerda do lábio e do céu da boca são formadas separadamente durante o estágio embrionário, juntando-se no final do processo de formação do embrião. Quando há uma falha na junção dessas duas estruturas embrionárias que formam os lábios e o céu da boca, surge a fissura palatina.
Acredita-se que o lábio leporino ocorra devido à predisposição genética do feto associada a fatores ambientais durante a gravidez, como
- Consumo de bebidas alcoólicas;
- Fumo;
- Obesidade;
- Falta de vitaminas;
- Uso de medicamentos, como corticoides e anticonvulsivantes;
- Estresse;
- Exposição a substâncias tóxicas e infecciosas ou à radiação.
O risco do bebê nascer com fenda palatina é maior quando o consumo de álcool, cigarro e medicação ocorre no 1º trimestre de gestação.
Pessoas com com lábio leporino têm atraso mental?A fissura palatina é uma má formação exclusivamente física e não tem qualquer interferência com o desenvolvimento mental da criança. Como a fenda prejudica a capacidade de comunicação, o lábio leporino é muitas vezes associado a algum tipo de atraso mental.
Todavia, é importante ressaltar que pessoas com lábio leporino têm o desenvolvimento mental absolutamente normal, exceto nos casos em que a fissura está associada a outras síndromes e anomalias genéticas.
Lábio leporino prejudica a alimentação, a fala e os dentes?O lábio leporino pode trazer dificuldades na alimentação. Em bebês, o problema pode ser resolvido com o uso de bicos e mamadeiras especiais, além de posições específicas para alimentar o bebê.
Quando a fenda surge apenas no lábio, os dentes normalmente não apresentam problemas no crescimento. Contudo, se a fissura chegar à gengiva, a arcada dentária e a mordida sofrem alterações, sendo necessário acompanhamento com profissionais especialistas.
O desenvolvimento da fala também pode ser influenciado pela presença do lábio leporino. Quando a fissura afeta apenas o lábio, provavelmente a criança não terá problemas na fala. Por outro lado, se a fenda ocorrer no céu da boca, a linguagem é prejudicada e é necessário realizar fonoaudiologia.
O lábio leporino também pode prejudicar o crescimento facial e o desenvolvimento da audição.
Qual é o tratamento para lábio leporino e quando deve ser feito?O tratamento do lábio leporino deve começar o mais cedo possível. Logo no 1º mês de vida o recém-nascido já é avaliado e começa a ser preparado para a cirurgia, que normalmente é feita aos 3 meses.
A fenda no lábio pode ser reparada logo nos primeiros meses de vida do bebê. Já a fissura no palato é feita um pouco mais tarde. O momento para a realização dessas cirurgias depende do desenvolvimento da criança e é determinado pela equipe médica, sempre com avaliação do/a médico/a pediatra.
A cirurgia para reparação do lábio geralmente é feita aos 3 meses de vida, enquanto que a operação de reparação do céu da boca normalmente é realizada quando o bebê completa 1 ano de idade.
As cirurgias de correções nasais, funcionais ou estéticas são feitas após a fase de crescimento, entre os 16 e os 18 anos de idade.
O ideal para a criança é iniciar o processo da fala com a cirurgia do palato já realizada. O tratamento com fonoaudiologia pode ser indicado se houver atraso no desenvolvimento da fala ou para corrigir eventuais erros fonéticos. A fonoaudiologia também facilita a alimentação e a reabilitação da audição.
O tratamento do lábio leporino é um processo longo, que requer a intervenção de uma equipe multidisciplinar, principalmente das áreas de cirurgia plástica, odontologia (todas as especialidades) e fonoaudiologia. O apoio de profissionais de outras áreas também é fundamental, como pediatria, otorrinolaringologia, nutrição, psicologia, fisioterapia, enfermagem, entre outras.
O transtorno opositor desafiador não possui uma causa específica. Acredita-se que a origem do distúrbio esteja associada a uma combinação de fatores psicológicos, ambientais e predisposição genética.
Dentre os fatores que favorecem o desenvolvimento do transtorno opositivo desafiador estão:
1) Características da criançaTemperamento negativo, instabilidade emocional, alterações de humor e transtornos no desenvolvimento neurológico.
2) Características dos paisAgressividade, abuso de álcool e outras substâncias, transtornos mentais, paternidade e maternidade precoces, atitudes autoritárias ou muito permissivas.
3) Relacionamentos familiaresRelacionamentos conturbados, negligência, ausência, falta de disciplina, incoerência na hora de disciplinar e disciplina impulsiva.
4) Ambiente socialAmbiente desregrado e sem limites, proximidade com a criminalidade e violência, miséria, entre outras vulnerabilidades socioeconômicas.
Outros transtornos associadosÉ comum que crianças e adolescentes com transtorno de oposição desafiante apresentem outros transtornos associados, como TDAH, ansiedade, transtornos de humor, depressão e dificuldade na linguagem e aprendizagem.
Os primeiros sintomas do transtorno opositor desafiador começam a se manifestar na idade pré-escolar, sendo rara a ocorrência das primeiras manifestações na adolescência.
O tratamento do transtorno opositor desafiador incluir psicoterapia individual, terapia familiar e orientação aos pais e professores.
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Transtorno opositor desafiador tem cura? Como é o tratamento?
Sim. O Paracetamol pode ser utilizado por bebês na dosagem apropriada e indicada pelo/a médico/a.
O Paracetamol é um analgésico indicado para o alívio de dores e febre. O uso dele pode ser feito por bebês, porém a dosagem muda de acordo com o peso do/a bebê. Esse deve ser o cuidado ao oferecer a medicação para bebês, para garantir a eficácia e evitar superdosagem.
Dessa forma, quando for identificada uma situação de dores ou febre, pode ser dado o Paracetamol para o/a bebê. Caso a dor e a febre persistam, é conveniente procurar um serviço de saúde para uma consulta detalhada.
Se o bebê não tem outros sintomas, as fezes não mudaram e esse já é um padrão que ele vem apresentando no decorrer do tempo é normal sim.
É esperado que bebês e crianças tenham alguma variação no hábito intestinal, algumas crianças podem ter um maior número de evacuações do que outras, além disso, mudanças na alimentação e no estilo de vida, como a prática de atividade física também podem interferir no funcionamento do intestino.
No entanto, quando o número de evacuações muda e aparecem alguns sintomas os pais devem ficar mais atentos. Entre esses sintomas podemos destacar:
- Dor abdominal
- Vômitos
- Sangramentos ou muco nas fezes
- Distensão abdominal
- Falta de apetite
- Agitação, choro ou sonolência excessivos
- Fezes líquidas
- Fezes endurecidas
Caso esses sintomas venham acompanhados da mudança de hábito intestinal vale consultar o médico de família ou o pediatra da criança para uma avaliação.
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O sapinho é uma infecção causada por fungos, muito comum em bebês pequenos. Podendo afetar a boca (candidíase oral) ou a região ao redor do ânus, com tendência para se manifestar em períodos em que o organismo do bebê está com a imunidade mais baixa.
O sapinho na boca ocorre sobretudo em bebês que usam mamadeira e chupeta, já que o fungo causador da candidíase oral pode se proliferar facilmente nesses objetos.
SintomasOs sinais e sintomas que caracterizam a presença de sapinho na boca do bebê são pequenos pontos brancos semelhantes a restos de leite, que podem surgir nos lábios, nas gengivas, na parte interna das bochechas e na língua.
As manchinhas são difíceis de sair da boca e podem ser dolorosas. Por isso não se deve tentar tirá-las ou raspá-las, pois pode piorar o quadro e causar ainda mais dor ao bebê.
Os casos mais graves de sapinho podem provocar ainda febre, tosse, inapetência e problemas estomacais.
Vale lembrar que a mãe pode ser infectada pelo bebê através da amamentação. Nesses casos, o sapinho se manifesta no bico do seio, causando coceira, descamação e ardência no local.
TratamentoO tratamento do sapinho em bebês é feito com medicamentos antifúngicos que são aplicados diretamente na boca da criança. Não se trata de uma doença grave, mas é necessário tratá-la adequadamente para que a infecção não se agrave.
O tratamento também deve ser feito pelas mães que estão amamentando para evitar que sejam infectadas ou perpetuem essa infecção.
PrevençãoPara prevenir o aparecimento de sapinho na boca do bebê, recomenda-se higienizar adequadamente as chupetas, as mamadeiras, mordedores, e todos os objetos que fizerem parte do dia a dia do bebê, sobretudo se o bebê ainda não tiver completado 6 meses de vida.
Também deve ser evitado que a criança coloque coisas na boca, ou receba beijos de adultos na boca, já que esse hábito pode favorecer o desenvolvimento do fungo.
O tratamento do sapinho na boca do bebê pode demorar meses e deve ser acompanhado pelo/a médico/a pediatra.
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Sim, embora seja um evento raro, uma otite pode causar meningite devido à proximidade entre o ouvido médio e a meninge, uma membrana que recobre o cérebro, a medula espinhal e todo o sistema nervoso central.
A meningite é uma inflamação das meninges. As meningites podem ser causadas por vírus, bactérias, fungos (meningite fúngica), parasitas, lesões físicas, Infecções, otites, câncer e uso de medicamentos.
Os sintomas da meningite podem incluir febre alta, vômitos, dor de cabeça, dor no pescoço, mal-estar, rigidez de nuca (dificuldade de encostar o queixo no peito) e manchas roxas na pele.
O que é otite?A otite média é uma infecção no ouvido médio (atrás do tímpano) causada por uma bactéria e que ocorre na maioria das vezes após episódios de resfriados ou outras infecções virais, embora também seja frequente após o contato com outras crianças e durante as doenças infecciosas da infância, como o sarampo.
Otite Quais são os sintomas da otite?Os principais sintomas da otite média incluem: dor severa, diminuição da audição, febre, agitação, irritabilidade e choro fácil (crianças), perda de apetite, tontura, vertigem, secreção no ouvido (quando ocorre perfuração do tímpano), vômitos e diarreia (crianças pequenas).
Como prevenir a otite em crianças?- Amamentar, pois o leite materno confere proteção contra a otite e outras infecções;
- Na hora da amamentação, evitar manter o bebê deitado. Se possível, deixá-lo inclinado;
- Manter o calendário vacinal atualizado;
- Não fumar em casa, pois a fumaça do cigarro aumenta o risco de otite devido aos danos que causa na tuba auditiva e às alterações que provoca na mucosa de proteção do nariz e da garganta.
O tratamento da otite é feito com medicamentos antibióticos e analgésicos.
Em caso de suspeita de otite, deve-se consultar um médico clínico geral, médico de família ou pediatra, no caso das crianças.