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Posso tomar 2 pílulas do dia seguinte em 1 semana?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Tomar a pílula do dia seguinte 2 vezes na mesma semana pode não ser seguro para a saúde. Isso porque ela não foi testada para o uso repetido e contém uma quantidade elevada de hormônio. O uso frequente da pílula do dia seguinte pode desregular e dificultar o reconhecimento das fases do ciclo menstrual, assim como do período fértil.

O correto é tomar a pílula do dia seguinte em dose única como método contraceptivo de emergência em situações pontuais, como em uma relação em que o método contraceptivo tenha falhado. Ela não deve ser usada como método anticoncepcional de rotina.

A pílula do dia seguinte não funciona para prevenir a gravidez nas relações sexuais desprotegidas após o seu uso. Por isso, após seu uso, o correto é usar um método de barreira, como o preservativo.

Para uso rotineiro, há outros métodos anticoncepcionais mais eficazes. Um médico de família ou um ginecologista são os profissionais mais indicados para ajudar na escolha do melhor anticoncepcional.

Leia também:

Referências:

Diad. Bula do medicamento.

FEBRASGO. Pílula do dia seguinte - Posicionamento Febrasgo.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Anticoncepção de emergência : perguntas e respostas para profissionais de saúde. 2. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2011. p.14, 23, 30.

Quais os benefícios da pera durante a gravidez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Especialmente durante a gestação, o consumo de frutas e o hábito de uma alimentação saudável são essenciais. Os benefícios que as frutas trazem à mãe também são repassados ao bebê e, deste modo, algumas frutas são mais benéficas que outras. A pera se enquadra nesta condição de trazer benefícios importantes para a mulher e o feto durante a período gestacional.

Nesse artigo procuramos descrever com um pouco mais de detalhes os benefícios oferecidos por essa fruta.

1. Auxilia na manutenção do peso

A pera é uma fruta que possui alta densidade nutricional. É rica em nutrientes, fibras e possui baixo teor calórico. Isto quer dizer que a pera é capaz de oferecer nutrição e, ao mesmo tempo, auxiliar na manutenção do peso por promover saciedade, e evitar o sobrepeso é importante para que não ocorram complicações durante a gravidez.

2. Promove o bom funcionamento intestinal

Durante a gravidez é comum que os intestinos funcionem de forma mais lenta. Nestes casos, a pera pode ser uma importante aliada para promover o bom funcionamento intestinal. A alta concentração de fibras presentes na fruta ajuda a regular a função e estimula a motilidade intestinal. A maior concentração de fibras da fruta é encontrada em sua casca. Por este motivo, lave bem a pera e consuma sem descascá-la.

3. Ajuda a manter a hidratação

Rica em água e potássio, a ingestão de pera auxilia na hidratação do organismo. Na gravidez o estado de hidratação da mulher deve ser observado, uma vez que a água é importante no desenvolvimento da gestação e formação do bebê. Além disso, o potássio é importante para o bom funcionamento do coração, dos neurônios e do coração.

4. Promove reforço ao sistema imunológico

A grande quantidade de vitamina C presente na pera ajuda a fortalecer o sistema imunológico a mulher grávida, reduzindo o risco de gripes e infecções. Estes distúrbios podem ser bastante prejudiciais durante a gestação.

Portanto, a pera é um alimento benéfico para ser acrescentado à sua dieta, durante e depois da gravidez, promovendo uma alimentação saudável, fundamental para o desenvolvimento do bebê e para sua saúde. Sendo assim, recomendamos que procure um/a nutrólogo/a ou nutricionista para obter um plano alimentar adequado às suas necessidade.

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Que alimentos e bebidas devem ser evitados durante a gravidez?

Quais os fatores de risco para o câncer de mama?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Os principais fatores de risco para o câncer de mama estão relacionados com a idade, com os aspectos endócrinos e genéticos.

Os aspectos endócrinos relacionam-se sobretudo com o estímulo estrogênico, seja endógeno ou exógeno, com aumento do risco proporcional ao tempo de exposição. Possuem risco aumentado:

  • mulheres com história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos);
  • menopausa tardia (após os 50 anos);
  • primeira gravidez após os 30 anos;
  • nuliparidade (mulheres que nunca engravidaram)
  • terapia de reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se prolongada por mais de cinco anos.

Outros fatores incluem:

  • exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 40 anos;
  • ingestão regular de bebida alcoólica, mesmo que em quantidade moderada (30g/dia);
  • obesidade, principalmente quando o aumento de peso se dá após a menopausa;
  • sedentarismo.

A prática de atividade física e o aleitamento materno exclusivo são considerados fatores protetores.

A história familiar, sobretudo em parentes de primeiro grau com menos de 50 anos, é um importante fator de risco para o câncer de mama e pode indicar predisposição genética associada à presença de mutações em certos genes. Entretanto, o câncer de mama de caráter hereditário (predisposição genética) corresponde a cerca de 5-10% do total de casos.

Consulte um médico ginecologista para avaliar o risco de câncer de mama e fazer o rastreamento para diagnóstico precoce.

O que é vaginismo e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Vaginismo é uma contração involuntária da musculatura vaginal antes ou durante a penetração. Essa contração exagerada provoca dor, além de dificultar ou impedir uma relação ou uso de absorvente interno.

O vaginismo também impede ou dificulta a realização de exames ginecológicos (introdução de espéculo vaginal), o uso de cremes vaginais ou qualquer outro procedimento que implique a introdução de algo na vagina, mesmo que a mulher tenha a intenção de o fazer.

O vaginismo é considerado uma disfunção sexual. A contração involuntária e vigorosa da musculatura do assoalho pélvico é uma reação de defesa inconsciente, associada a situações ameaçadoras ou dolorosas.

Existem 2 tipos de vaginismo:

Primário: A mulher nunca conseguiu ter uma relação sexual completa pois a contração da musculatura ocorreu logo na primeira tentativa de penetração. Trata-se da maioria dos casos de vaginismo.

Secundário: Neste caso, a mulher mantinha relações normalmente, mas desenvolveu vaginismo após algum tempo de insatisfação com a vida sexual, passado de abuso ou traumas.

Quais são os sintomas do vaginismo?

Os principais sintomas do vaginismo são: dor, desconforto ou ardência durante a relação sexual. Muitas vezes a contração fecha a vagina, impossibilitando a penetração ou, quando ela ocorre, provoca dor.

Geralmente, os músculos da parte interna da coxa também se contraem de forma involuntária, aparentemente pela ansiedade e medo dos sintomas, que a mulher já reconhece.

Essa situação leva a um ciclo vicioso de ansiedade e medo ⇒ contração ⇒ dificuldade ou impossibilidade de penetração ⇒ aumento das contrações involuntárias ⇒ dor na penetração ⇒ mais contração ⇒ mais dor.

Isso faz com que a mulher evite cada vez mais ter relações sexuais e se afaste do parceiro aos primeiros sinais de carícias.

Mulheres com vaginismo também têm grande dificuldade em fazer exames ginecológicos e colocar absorventes internos pelo já exposto. Qualquer tentativa de penetração na vagina, mesmo que não esteja relacionada com sexo, dispara a contração da musculatura do assoalho pélvico.

Contudo, o vaginismo pode se manifestar de diferentes formas em cada mulher. Há mulheres que não conseguem ter relações sexuais, mas conseguem realizar exames ginecológicos. Em outros casos, são capazes de ter relações apenas com penetração parcial, mas ainda sentem dor ou ardência.

Nos casos mais graves de vaginismo, a mulher pode permanecer virgem por vários anos durante o casamento, sem qualquer possibilidade de haver penetração.

Quais as causas do vaginismo?

O vaginismo pode ter origem em fatores físicos ou emocionais. Dentre as causas físicas que podem impedir ou dificultar a penetração e causar dor estão:

  • Inflamações e infecções vaginais;
  • Lesões na vagina ou na vulva;
  • Doenças sexualmente transmissíveis (DST);
  • Hímen com anormalidades;
  • Líquen escleroso;
  • Dor crônica na abertura da vagina (vulvodinia);
  • Problemas na anatomia vaginal;
  • Dores no pós-parto;
  • Doença inflamatória pélvica;
  • Disfunções hormonais;
  • Atrofia vaginal;
  • Excesso de tensão dos músculos vaginais e do assoalho pélvico;
  • Falta de excitação ou lubrificação vaginal;
  • Endometriose.

Os principais fatores psicológicos que podem estar na origem do vaginismo são:

  • Ansiedade;
  • Medo de sentir dor durante a penetração;
  • Traumas associados a exames ginecológicos;
  • Experiências sexuais traumáticas no passado, como abusos ou violência sexual;
  • Experiência insatisfatória, dolorosa ou de violação na primeira relação sexual;
  • Educação sexual repressora;
  • Tabus religiosos;
  • Falta de informação sobre o que é uma relação sexual;
  • Falta de conhecimento do próprio corpo;
  • Problemas de relacionamento com o parceiro.
Qual é o tratamento para vaginismo?

Quando a causa do vaginismo é alguma inflamação, infecção ou hipersensibilidade de algum nervo, o tratamento é feito com medicamentos.

Para as causas de origem psicológica, são indicadas outras formas de tratamento, como terapia sexual, técnicas de relaxamento, exercícios para os músculos do assoalho pélvico, treino de introdução de objetos específicos na vagina para combater a ansiedade e o medo, além de cirurgia, em casos mais raros.

O vaginismo tem cura e o tratamento deve ser multidisciplinar, com participação do médico ginecologista, fisioterapeuta e psicólogo.

Este é o 1º mês que tomo anticoncepcional, tive relação com coito interrompido depois da cartela ter acabado, posso engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Nesse caso, se fez o uso correto do anticoncepcional no primeiro mês, sem esquecimentos, ou mudança de horário, estando apenas na semana entre as cartelas, é muito pouco provável que engravide, pois a eficácia do medicamento já está completa.

Os anticoncepcionais conferem eficácia de 96%, em média, a partir da primeira cartela. Durante o primeiro mês orienta-se o uso de outro contraceptivo em conjunto. Após o primeiro mês, sempre que fizer o uso de forma correta, com cuidado inclusive se fizer uso de outros medicamentos ou situações que possam interferir na sua ação do remédio, a mulher já está protegida em relação a gravidez.

O mais importante agora é que mantenha o uso do medicamento de forma correta. Inicie a segunda cartela na data estipulada, conforme orientação médica, para dar continuidade a sua proteção.

A grande maioria dos anticoncepcionais indica como intervalo entre as cartelas, o período de 7 (sete) dias, confirme com seu médico, de acordo com a sua medicação, o tempo que deve aguardar para iniciar a próxima cartela. Em alguns casos o médico orienta a emendar as cartelas.

Para mais esclarecimentos agende consulta com seu médico ginecologista.

Saiba mais sobre o assunto em:

Uso anticoncepcional Femina e estou com sangramento escape?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Quando acontece um "sangramento de escape", um sangramento fora do período esperado, significa um efeito colateral comum, entre as mulheres que fazem uso de anticoncepcionais.

Nesses casos, existem duas condutas a serem tomadas: Primeiro, aguardar por um tempo, até que o organismo se adapte à medicação e não aconteça mais esses pequenos sangramentos, o que geralmente ocorre dentro de poucos meses. E a outra opção, no caso de intolerância ao efeito, ou no caso de frequência alta de sangramentos, será avaliar a troca da medicação, visto que hoje dispomos de muitas formas de contracepção eficazes.

Procure seu médico ginecologista para uma reavaliação e de acordo com as opções, poderá decidir pela melhor contracepção no seu caso.

Leia também: Posso trocar de anticoncepcional sem ir ao ginecologista?

Qual a melhor opção para evitar a gravidez atualmente?

Não existe uma melhor opção, ou melhor método contraceptivo, mas o método mais adequado para cada tipo de paciente.

Atualmente, com as inúmeras opções de contraceptivos no mercado, é possível indicar uma opção terapêutica de forma mais individualizada, reduzindo assim as chances de efeitos adversos, ao mesmo tempo em que mantém a proteção contra a gravidez.

Deve ser realizada uma avaliação médica minuciosa prévia, para identificar possíveis fatores de risco e interação medicamentosa, antes de planejar o tratamento.

Após a avaliação, serão apresentadas as opções de tratamento para cada caso, as quais podemos citar aqui como as principais opções:

  • Contraceptivo orais combinados (anticoncepcionais orais - pílula)
  • Injeção anticoncepcional
  • Implante de anticoncepcional
  • Dispositivo intrauterino (DIU) e Sistema intrauterino (SIU)
  • Anel vaginal
  • Adesivo (patch)
  • Diafragma
  • Espermicida
  • Camisinha (masculina e feminina)

Vale ressaltar que a camisinha é o único método que comprovadamente protege ambas as partes, de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), portanto, mesmo fazendo uso de outro método contraceptivo, o uso da camisinha estará sempre indicado.

Existem ainda outros métodos de proteção contra gravidez, como o coito interrompido, a tabelinha, observação do muco vaginal, sabendo que não são métodos confiáveis; e ainda, a ligadura de trompas e vasectomia.

Para maiores esclarecimentos e avaliação quanto ao método mais indicado no seu caso, fale com o médico da família ou ginecologista.

Leia também: Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?

Tomei a pílula do dia seguinte e a camisinha estourou?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pode sim. As chances são menores, mas pode engravidar sim.

A pílula do dia seguinte só garante eficácia para a primeira relação na qual foi utilizada, e sua proteção varia com o tempo que levou para tomar a mesma. O uso nas primeiras 24h garante maior proteção.

Após o seu uso, a fertilidade da mulher pode ser imediatamente restabelecida. A pílula age retardando a ovulação e interferindo no muco e desenvolvimento da parede do útero, com objetivo de evitar a fecundação. Mas não é possível garantir que atue por mais de 24h com a mesma eficácia.

Ao contrário, sabemos que sua eficácia varia com o tempo que leva para tomar a mesma. Por exemplo, estudos descrevem proteção contra gravidez entre 90 e 98%, quando seu uso for feito nas primeiras 24h. Após 48 a 72h, a eficácia reduz para 75%.

Da mesma maneira que para a pílula de 5 dias (120 h), quanto mais tempo levar para tomar a pílula, menor a eficácia da medicação, com isso maior risco de gravidez.

A pílula do dia seguinte é composta por uma alta concentração hormonal, sendo assim, o uso corriqueiro da medicação, além de reduzir sua eficácia, aumentar os riscos de efeitos colaterais graves, como a trombose venosa e tromboembolismo pulmonar.

No caso de nova falha, o mais recomendado é que procure seu médico ginecologista para avaliação e definição de melhor abordagem.

A Federação brasileira das associações de ginecologia e obstetrícia (febrasgo), não recomenda o uso rotineiro ou repetido de pílulas do dia seguinte, devido aos riscos de efeitos colaterais já descritos.

Não é toda mulher que pode fazer uso dessa medicação de maneira segura.

Portanto, não faça uso de medicamentos hormonais antes de conversar com seu médico da família ou ginecologista.

Saiba mais em: Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?

Quais os tipos de DIU?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

O DIU (Dispositivo Intra Uterino) é um mecanismo contraceptivo, inserido no útero da mulher por um médico ginecologista. Há duas categorias, com funcionamentos distintos:

1. DIUs medicados ou ativos

O DIU medicadoou ativo, além de matriz de polietileno ou aço inoxidável, contêm substâncias (metais como o cobre ou hormônios como a progesterona) que exercem ação bioquímica local, aumentando a eficácia anticonceptiva. Dentre os DIUs medicados, os que são mais utilizados são os que possuem cobre ou progesterona.

Cobre: o modelo de cobre é feito de plástico, com filamentos de cobre enrolados em suas hastes.

Com hormônio: O modelo com hormônio é de plástico e a haste vertical é envolvida por uma cápsula que libera continuamente pequenas quantidades de levonorgestrel. O Sistema Intra-uterino LNG-20 (Mirena) faz parte desse tipo de DIU.

2. DIUs não medicados ou inertes

O DIU não medicado ou inerte, não contêm ou não liberam substâncias ativas: São feitos de plástico (polietileno) ou aço inoxidável. Por exemplo, a “alça de Lippes” é inteira de plástico.

Esse modelo de DIU não é usado atualmente; contudo, mulheres que já o utilizam podem continuar com o uso até 6 meses depois da menopausa, quando deverá ser retirado.

Caso deseje utilizar o DIU como método contraceptivo, consulte seu ginecologista. Ele é o profissional mais indicado para sanar todas as suas dúvidas e para inseri-lo.