Perguntar
Fechar
Como distinguir sangramento de menstruação?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para verificar a diferença entre sangramento vaginal e menstruação você deve observar o dia que o corre o sangramento, duração e o aspecto do fluxo. Se o seu ciclo for regular, a sua menstruação tem dias certos para vir, enquanto que o sangramento pode ocorrer em qualquer dia do ciclo menstrual.

Observe também a aparência e consistência do sangue, pois cada mulher tem o fluxo menstrual com um determinado aspecto e o sangramento tende a ser diferente do fluxo menstrual.

Como diferenciar um Sangramento de Escape?

Os sangramentos de escape que podem ocorrer ao longo do ciclo menstrual costumam ter uma cor menos viva, duram pouco tempo e a perda de sangue é mínima.

Normalmente, duram apenas alguns dias ou até mesmo um dia. A mulher normalmente nota o sangramento pela mancha que surge na calcinha.

Esses sangramentos normalmente estão relacionados com o uso de algum tipo de anticoncepcional hormonal como pílula, adesivo, anel vaginal, DIU e implantes.

Algumas mulheres também podem perder um pouco de sangue durante a ovulação, algo que também é raro, mas que pode acontecer e confundir com o sangramento de nidação.

Como diferenciar um Sangramento de Nidação (sangramento de gravidez)?

Algumas mulheres podem apresentar um pequeno sangramento, muito leve durante a implantação do embrião, o que seria o sinal precoce de uma gravidez. Pode apresentar uma cor vermelha clara, rósea ou ainda marrom.

Esse sangramento chama-se sangramento de nidação pode ocorrer de 2 a 3 dias após a relação sexual desprotegida, no entanto, é raro de ocorrer.

Por isso, se a mulher tiver dúvida se apresentou um sangramento de nidação e está grávida o ideal é realizar um teste de gravidez, caso apresente atraso menstrual.

Como diferenciar um Sangramento de Menstruação?

O sangramento que vem na data próxima a da menstruação é provável que seja a própria menstruação. Entre uma menstruação e outra, o número de dias é variável, mas costuma apresentar uma certa regularidade.

A duração da menstruação varia em média de 3 a 7 dias, o número de dias que a mulher fica menstruada costuma ser o mesmo nos diferentes ciclos menstruais. Já outros tipos de sangramento podem apresentar uma grande variação na sua duração.

A aparência do fluxo menstrual pode variar de mulher para mulher, mas, em geral, o sangramento costuma ser mais abundante e apresentar um vermelho mais vivo do que o sangramento de escape.

Além disso, o sangramento menstrual pode se iniciar em quantidade muito pequena e permanecer alguns dias assim até aumentar em intensidade, ou pode começar em grande quantidade e reduzir aos poucos.

Grande parte das mulheres apresenta uma resolução espontânea para esses sangramentos fora do período menstrual. Contudo, se o sangramento persistir ou for muito incômodo, consulte o ginecologista, médico de família ou clínico geral para uma avaliação

Veja também:

Bactérias na urina são sinal de infecção urinária?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a presença de bactérias na urina é o principal sinal de uma infecção urinária, principalmente se o resultado do exame indicar também presença de leucócitos e nitrito. Pessoas saudáveis e sem sintomas de doenças normalmente não apresentam bactérias na urina.

Em algumas situações pode aparecer bactérias na urina em pequena quantidade, sem outras alterações. Nesses casos, pode ser que a amostra de urina foi contaminada e o exame precisa ser repetido.

Também há casos em que a pessoa pode ter bactérias na urina e não apresentar sintomas de infecção urinária. É a chamada bacteriúria assintomática, mais comum em pessoas idosas, com diabetes ou que utilizam sonda vesical.

A infecção urinária geralmente é causada pela bactéria E. coli, proveniente do intestino. Quando há infecção, é comum encontrar também leucócitos e nitrito na urina.

Os leucócitos são glóbulos brancos, ou seja, são as células de defesa do organismo. A presença deles na urina, normalmente, indica alguma inflamação nas vias urinárias, geralmente infecção urinária.

A associação entre nitrito e infecção urinária deve-se ao fato das bactérias converterem o nitrato, um metabólito abundante na urina, em nitrito.

Além de bactérias na urina, uma pessoa com infecção urinária também poderá apresentar os seguintes sintomas:

  • Aumento da frequência urinária;
  • Dor ou ardência durante a micção;
  • Vontade urgente de urinar;
  • Dor lombar;
  • Febre;
  • Corrimento amarelado na uretra.

Saiba mais em: Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?

O diagnóstico da infecção urinária na maioria das vezes é clínico, ou seja, é feito apenas através da avaliação do médico sobre o relato dos sintomas e a realização do exame físico.

No entanto, em alguns casos, pode ser necessário solicitar o exame de urina tipo 1 que mostra a presença de bactérias e de uma urocultura (exame de urina tipo 2), que irá identificar a bactéria causadora da infecção e qual o melhor antibiótico para tratá-la.

É importante lembrar que cabe ao médico que solicitou o exame de urina interpretá-lo, uma vez que os resultados devem ser analisados em conjunto com a história clínica, os sintomas e o exame físico do paciente.

Também podem lhe interessar:

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Urologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

Após a menstruação meus seios continuam muito doloridos...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Seios doloridos e inchados é realmente comum antes da menstruação (o que incomoda as mulheres) e tende a passar assim que a menstruação desce. Quando não passa, pode significar um distúrbio hormonal.

Para saber se é decorrente da menopausa, é preciso passar por uma avaliação médica e coletar exames de sangue que identificam as taxas hormonais. Dependendo do exame físico, também pode ser indicado realizar uma ultrassonografia dos seios, ou mamografia.

Provavelmente o que tem é uma alteração hormonal, que na maioria das vezes tende a melhorar em poucos dias, espontaneamente. Importante lembrar de manter os exames de prevenção atualizados, especialmente o preventivo e a mamografia.

Causas de mamas doloridas após a menstruação
  • Flutuação hormonal - sem dúvida é a causa mais comum de mamas doloridas, mesmo fora do período menstrual

  • Idade - mulheres mais idosas têm maior predisposição a dores nas mamas

  • Mamas volumosas - pelo peso exercido no tórax e musculatura, mulheres com mamas grandes tem dor nos seios com frequência

  • Sedentarismo ou Exercícios exagerados - tanto a falta de atividade física, que enfraquece a musculatura, como atividade física exagerada, podem causar dor nos seios

  • Etnia - estudos mostram ainda relação com a etnia. Mulheres asiáticas tem muito menos queixa de dor nas mamas, em relação as demais etnias.

  • Fibroadenoma - tumor benigno comum entre as mulheres, que pode ou não causar dor na mama. Mas nesse caso, a dor é localizada na região onde palpa o nódulo e não tem mais sintomas.

  • Câncer de mama - o câncer raramente causa dor nas mamas. Os sintomas quando aparecem são de nódulo palpável, mudanças na cor da pele e mudanças no aspecto da pele, que fica mais áspero, parecido à casca de laranja.

Sempre que palpar um nódulo na mama, mesmo que sem mais sintomas, é preciso procurar um ginecologista para avaliação e tratamento.

De qualquer forma, se a dor nas mamas após a menstruação for intensa ou se tornar frequente, mais recomendado é que procure um ginecologista para avaliação.

Saiba mais sobre esse assunto nos artigos:

Seios inchados cinco dias após a menstruação. O que pode ser?

Com quantos dias aparecem os primeiros sintomas de gravidez?

Referências:

Mehra Golshan and cols. Breast pain. UpToDate: May 26, 2020.

Estou com uma bolinha no seio direito, tipo espinha...
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Bolinha no seio que parece uma espinha pode ser infecção na glândula de Montgomery. Pode ser necessário o tratamento com antibióticos ou drenagem

O que são as glândulas de Montgomery?

As glândulas de Montgomery são glândulas sebáceas que representam um estágio intermediário entre glândulas mamárias e sudoríparas. Na superfície da pele, os ductos dessas glândulas formam elevações conhecidas como tubérculos de Montgomery.

Elas são localizadas ao redor do mamilo, na aréola, a parte mais escura do seio.

Posso espremer essas bolinhas?

Não é indicado espremer essas bolinhas, pois elas podem inflamar e causar infecção local. Nesse caso, vão ter aspecto de espinha e causar dor.

Ao espremê-las, as bactérias da pele podem entrar pelos ductos da glândula e provocar uma infecção. Com isso, a pele fica mais tensa, quente, com vermelhidão e até pus. Pode também evoluir para casos mais graves como abscesso. Nesses casos, é necessário procurar um médico para tratar os problemas.

Para que servem as glândulas de Montgomery?

Essas glândulas secretam gordura, que lubrifica e protege a aréola de infecções. Essas glândulas fazem parte da anatomia normal da mama. Se você tem essas bolinhas, não é motivo de preocupação.

Elas podem ficar mais evidentes durante a gestação e amamentação. Isso faz parte da adaptação do corpo materno nesse período.

A secreção das glândulas de Montgomery parece ser importante para o início da amamentação, logo que o bebê nasce. O cheiro da secreção faz o bebê:

  • Girar a cabeça em direção à mama, favorecendo o alinhamento da cabeça do bebê com a mama
  • Saber o local que deve sugar para se alimentar
  • Saber como mover a boca e a língua para retirar o leite da mama e engoli-lo

Em conjunto com o leite materno, tem um efeito calmante no bebê, diminuindo a irritação e aumentando a sonolência. Quanto mais glândulas a mãe tem, mais notáveis são esses efeitos.

Elas regridem no período após o parto em 30 a 50% das gestantes.

O que devo fazer com as bolinhas no seio?

Essas bolinhas são parte da estrutura mamária. É normal que estejam presentes na região da aréola. Por isso, não é necessária nenhuma intervenção médica.

Em raros casos, essas glândulas podem ficar obstruídas, adquirindo o aspecto mais parecido com o de uma espinha. Isso pode resultar em:

  • inflamação aguda
  • cisto de Montgomery
  • saída de líquido claro ou acastanhado das mamas

Quando não há infecção, esses cistos devem ser apenas observados, pois a maioria se resolve espontaneamente em semanas a meses. Em raríssimos casos uma drenagem é necessária.

As bolinhas nos seios são comuns e não apresentam nenhuma malignidade. Caso você queira se certificar, você pode consultar um médico de família, ginecologista ou clínico geral que irá lhe examinar e indicar a melhor conduta para o seu caso.

O que são os cistos de Montgomery?

Esses cistos podem se desenvolver ao redor da aréola e serem percebidos como uma massa ou bolinha maior que uma espinha. Nesses casos, a mulher também não costuma apresentar nenhum sintoma.

Conhecido como cisto retro areolar, ele pode ser detectado no exame clínico durante a consulta médica.

Quando há sinais de infecção (como vermelhidão, calor e aumento da sensibilidade), a mulher deve procurar o médico, pois pode ser necessária a realização de tratamento com antibióticos.

Leia também:

Estou com caroço no bico do seio o que pode ser?

Dor nos bicos dos seios. O que pode ser?

Tenho bolinhas nos mamilos. O que pode ser e o que fazer?

Principais causas da coceira no bico da mama

Referência:

FEBRASGO — Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Doucet S, Soussignan R, Sagot P, Schaal B. The secretion of areolar (Montgomery's) glands from lactating women elicits selective, unconditional responses in neonates. PLoS One, 2009. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0007579

O que faço para saber se ainda sou virgem?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para tentar saber se ainda é virgem, vá a um médico ginecologista e peça para ele verificar se o seu hímen já foi rompido. O hímen é uma membrana bem fina localizada na entrada da vagina e que geralmente se rompe na primeira relação sexual.

Se o hímen estiver rompido, é provável que você já não seja virgem, ou seja, já teve relação sexual com penetração. Caso o hímen ainda esteja intacto, você pode ou não ser virgem. A presença do hímen não é uma garantia de que nunca houve penetração.

Isso porque existem hímens complacentes, que são bem elásticos e podem não se romper logo na primeira relação. Outros podem ter uma anatomia que permitem a passagem do pênis e só irão se romper depois de algum tempo.

A avaliação médica também permite que o ginecologista observe outros sinais que podem sugerir a penetração, principalmente se a relação foi a pouco tempo.

Porém o mais importante é que tendo em visto essa situação, você deve agendar o quanto antes uma consulta com médico ginecologista, não só para saber se ainda é virgem, mas também para orientações gerais quanto a relação sexual e cuidados para evitar doenças sexualmente transmissíveis.

Leia mais sobre o assunto em:

Como saber se o hímen foi rompido?

Fazer sexo em excesso causa algum mal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Fazer sexo em excesso ou ter relação todos os dias não causa propriamente nenhum mal. Fisicamente, o excesso de relações sexuais pode provocar alguma dor, desconforto ou ardência nos órgãos genitais, tanto no homem como na mulher. Isso acontece pelo atrito, que gera pequenas lesões e causa esses sintomas.

Homens que praticam sexo em excesso podem ficar com o esperma mais escuro, com uma coloração avermelhada ou marrom. Trata-se de uma condição chamada hematospermia, que é a presença de sangue no líquido seminal. No entanto, não costuma ser nada de grave. Se a causa for mesmo o excesso de sexo, o tratamento é feito com abstinência sexual e repouso.

É difícil definir exatamente o que é "sexo em excesso". Há pessoas que ficam satisfeitas fazendo sexo uma vez por semana, enquanto outras querem fazer 3 vezes por dia. Não é possível estabelecer um limite, por exemplo: sexo faz bem até "x" relações sexuais por dia, mais do que isso pode ser prejudicial. Os limites e a quantidade variam de pessoa a pessoa.

Por outro lado, ao mesmo tempo que há um certo limite físico para o sexo, existe também um limite comportamental. Se a necessidade de fazer sexo começar a interferir no cotidiano da pessoa, ao ponto dela deixar de lado outras atividades que lhe são importantes, como trabalho, estudos, vida social ou lazer, pode se tratar de algum tipo de compulsão.

Nesses casos, o mais indicado é procurar um sexólogo ou psicoterapeuta para identificar a origem do distúrbio. Alguns medicamentos também podem inibir a compulsão sexual e auxiliar o indivíduo a restabelecer a sua rotina normal, se esse for o caso.

Sempre é importante preservar-se nos momentos das relações sexuais, tendo em conta um ambiente confortável e seguro, sentindo confiança com a pessoa em que está se relacionando e além de usar preservativo masculino ou feminino em toda relação sexual.

Em caso de dúvida, procure o médico de família, ginecologista ou clínico geral para conselhos mais adaptados ao seu caso, principalmente nas recomendações de métodos contraceptivos.

Veja também: o que é realmente um orgasmo.

O líquido que sai para lubrificar pode engravidar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. O líquido que sai do pênis durante a lubrificação pode engravidar.

Esse líquido pode conter espermatozoides e portanto, é capaz de causar gravidez.

Mesmo que a quantidade de esperma não seja grande, nesse líquido pode haver espermatozoide. Apesar de estarem em número reduzido, basta que um deles consiga chegar ao óvulo para ocorrer fecundação e uma gravidez.

Qualquer relação sexual com penetração do pênis na vagina sem o uso de camisinha, pílula anticoncepcional ou outro método contraceptivo, mesmo que tenha sido praticado o coito interrompido, pode engravidar.

coito interrompido consiste na retirada do pênis da vagina no momento da ejaculação. Apesar desta prática diminuir um pouco as chances de gravidez, uma vez que a ejaculação ocorre fora da vagina, ainda há chances da mulher engravidar. O coito interrompido não é método anticoncepcional adequado e eficiente.

Use algum método contraceptivo caso você não queira engravidar.

O que é sangramento de escape e como parar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sangramento de escape é a perda mínima de sangue que pode ocorrer ao longo do ciclo menstrual.

Geralmente, é associado ao uso de anticoncepcional hormonal como pílula, adesivo, anel vaginal implante intradérmico e DIU (Dispositivo intra uterino) ou no início da gravidez (primeiros 3 meses). A frequência do escape é maior nos primeiros meses de uso do anticoncepcional, mas ao fazer o uso correto, o escape não está associado com a redução da eficácia do anticoncepcional.

Como parar o sangramento?

Para a maioria das mulheres o sangramento para sozinho, não precisando de intervenção com medicações ou mudança de método anticonceptivo. Caso o sangramento de escape incomode demasiadamente, a mulher pode procurar o ginecologista, clínico geral ou médico de família para orientações.

As mulheres fumantes são mais propensas a esse tipo de sangramento. A interrupção do tabagismo é sugerida como medida de melhora.

Como identificar?

Esse sangramento é diferente do sangramento da menstruação pois tem uma coloração de sangue menos vivo, não é prolongado, costuma durar alguns dias ou mesmo apenas 1 dia, é percebido na calcinha manchada e às vezes a mulher não sente necessidade do uso de absorvente.