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Como eliminar pedras nos rins?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As pedras nos rins, ou cálculos renais, podem ser eliminados espontaneamente, quando bem pequenos, ou pode ser preciso estímulo, como:

  • Aumentar o consumo de água,
  • Uso de medicamentos ou
  • Procedimentos urológicos (laser, litotripsia e cirurgias).

Os tratamentos propostos para eliminar as pedras nos rins, vão variar de acordo com o tipo de material que forma o cálculo, tamanho do cálculo, localização e se tem ou não, sinal de infecção associada.

1. Aumentar o consumo de de água

O aumento da ingesta de água facilita a eliminação de pedras pequenas e pode evitar a sua formação, devido ao aumento do fluxo de urina, o que impede a concentração de sais minerais no parênquima renal.

Além do consumo de água, também é importante evitar o consumo dos sais minerais em excesso, como sódio e potássio nos alimentos, o que contribui para a formação das pedras.

2. Medicamentos Citrato de potássio

Indicado para cálculos formados por ácido úrico e oxalato de cálcio, com o objetivo de evitar a formação de novos cálculos e por vezes, dissolver as pedras de ácido úrico.

Buscopan® (escopolamina)

O uso de buscopan®, buscopan composto®, anti-inflamatórios e analgésicos fortes, além de aliviar a dor, auxiliam no relaxamento da parede do ureter, o que facilita a passagem da pedra, dependendo do seu tamanho.

3. Procedimentos urológicos

Cálculos compostos por estruvita, cálculos grandes (acima de 2 cm) ou com sinal de infecção, devem ser tratados por procedimentos cirúrgicos, cirurgia aberta e/ou antibioticoterapia.

Conheça um pouco sobre cada um dos procedimentos mais indicados para eliminar as pedras nos rins, por vezes, realizados em ambulatório, sem necessidade de anestesia ou internação:

  • Litotripsia extracorpórea com ondas de choque (LECO):

Procedimento bastante utilizado, com resposta satisfatória e baixo risco. Pode ser realizado em ambiente de consultório ou ambulatório, sem anestesia e sem necessidade de internação. A maioria das pessoas tolera bem e pode retornar a atividade laboral logo após o procedimento.

Trata-se de um aparelho que emite ondas de choque, fragmentando a pedra em pedaços menores, o que permite a sua passagem pelo ureter e eliminação espontânea pela urina.

Indicado em quase todos os casos de pedras nos rins. As contraindicações são: gravidez, coagulopatias (doenças de coagulação), presença de infecção urinária e obstrução do cálculo distal (mais próximo da saída da urina).

  • Nefrolitotomia percutânea

Procedimento realizado por uma punção direta no rim para chegar ao cálculo. Através desse "furo", são introduzidos aparelhos que fragmentam e removem a pedra.

  • Ureteroscopia flexível (ureterolitotripsia):

Nesse caso, o médico introduz um aparelho endoscópico muito fino e flexível pela uretra que chrga ao ureter, com o qual o médico pode fragmentar e retirar as pedras com pinças especiais.

  • Nefrolitotomia aberta (“anatrófica”)

Primeira cirurgia descrita para cálculos. Atualmente muito pouco indicada, porém casos refratários, cálculos impactados ou muito grandes, podem necessitar dessa abordagem mais invasiva.

  • Cateter de duplo J

O cateter duplo J é um cateter com duas pontas, inserido no ureter após um procedimento cirúrgico que manipule o ureter, para evitar a obstrução desse canal. Toda a manipulação da via urinária promove uma reação inflamatória, que pode evoluir com obstrução e infecção da via. O cateter deve ser retirado após a resolução completa do problema urológico.

Quanto tempo demora para expelir uma pedra no rim?

Não é possível determinar o tempo que uma pedra no rim demora para sair, e nem mesmo se conseguirá sair espontaneamente.

Como vimos, dependendo da localização da pedra e do tamanho dessa pedra, pode sair facilmente e nem causar sintomas como pode levar horas para ser eliminada, e precisar de auxílio de medicamentos e hidratação venosa.

Por fim, se for um cálculo grande, ou de localização ainda distante da saída, e não conseguir passar pelo canal (ureter), acaba por obstruir a passagem da urina, sendo preciso um procedimento cirúrgico para resolver essa obstrução.

Por isso, se tem o diagnóstico de pedra nos rins, procure um urologista e mantenha um acompanhamento regular. Assim, sempre que novas pedras forem identificadas, podem ser tratadas antes de causar dor, obstrução ou outros problemas.

Dicas para expelir pedra nos rins
  • Aumentar a ingesta de água - a dica mais valiosa é mesmo beber ao menos 2 litros de água por dia, para evitar o acúmulo de sais e formação de novas pedras, além de expelir mais rapidamente as pedras de tamanho pequeno;
  • Alimentação saudável - reduzir a quantidade de sal e proteína animal, como a carne vermelha, reduz a formação de cálculo renal, no entanto, nenhum alimento deve ser abolido da dieta, para evitar prejuízos a saúde;
  • Reduzir a quantidade de alimentos ricos em cálcio também ajuda, mas deve ser muito pequena essa redução, visto que a falta de cálcio traz outros problemas graves como a osteoporose. Sendo assim, uma das dicas mais importantes é fazer acompanhamento nutricional com profissional da área, nutricionista;
  • Atividade física regular - existem diversos trabalhos comprovando que a prática de exercícios regular, sem exagero, para evitar a desidratação, tem sido benéfica para auxiliar na eliminação de pedras e na prevenção de formar novas pedras.
Quando está indicada cirurgia para a retirada de pedras nos rins?

O tratamento cirúrgico para retirada de pedra nos rins está indicado nos casos de:

  • Presença de cálculo com mais de 10 mm;
  • Presença de sinais de infecção urinária associada, como febre, mal-estar e alterações laboratoriais compatíveis com infecção;
  • Presença de sintomas como dor intensa, náuseas e/ou vômitos apesar do tratamento clínico medicamentoso; ao que chamamos de sintomas refratários, mesmo nos casos de cálculos pequenos;
  • Nos casos de obstrução persistente e/ou progressiva, apesar do tratamento;
  • Pacientes com história de insuficiência renal aguda, ou portador de rim único.

Cabe ao médico urologista, analisar os diferentes fatores sobre os cálculos renais e as condições de saúde do paciente, para indicar o melhor tratamento, para cada caso.

Leia também, sobre esse assunto, os seguintes artigos:

Referência:

Sociedade Brasileira de Nefrologia

Portal de Urologia

Tireoidite de Hashimoto tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Apesar da tireoidite de Hashimoto não ter cura, a doença pode ser totalmente controlada com uso diário dos comprimidos.

A maioria das pessoas com tireoidite de Hashimoto vão tomar a medicação durante a vida toda.

A tireoidite de Hashimoto é uma inflamação crônica autoimune da tireoide. Ela é uma das causas mais comuns de hipotireoidismo.

O tratamento é feito com reposição do hormônio tireoidiano em falta no organismo e a dosagem ideal é ajustada de acordo com resultados do exame de sangue.

Nunca comece a tomar remédios nem troque a dosagem dos medicamentos em uso sem conversar com seu médico de família, clínico geral ou endocrinologista.

Toda hérnia tem que ser operada?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, nem toda hérnia umbilical ou inguinal tem indicação absoluta de cirurgia, embora o único tratamento definitivo seja a cirurgia, alguns casos de hérnia pequenas, sem queixas ou pessoas com contraindicações, pode ser indicado apenas acompanhamento.

O que pode ser feito durante esse acompanhamento é:

  • Evitar pegar peso ou fazer força exagerada e
  • Fortalecimento muscular

A sociedade brasileira de hérnia e parede abdominal desaconselha o uso de cintos e faixas.

Porém, hérnias grandes ou sintomáticas precisam ser operadas, a não ser que a pessoa tenha alguma contraindicação absoluta para a cirurgia, como doenças graves ou ter menos de 5 anos de idade. Fora esses casos excepcionais, todas essas hérnias devem ser operadas devido ao maior risco de complicação.

O estrangulamento é a complicação mais grave e temida de uma hérnia, com uma frequência estimada de 3%.

Chamamos de estrangulamento quando a parte do intestino que formou a hérnia fica presa na abertura que permitiu o seu extravasamento, e por algum motivo não consegue mais retornar para dentro do abdômen.

Se isso não for tratado com urgência, essa parte do intestino "estrangulada" deixa de receber oxigênio através do sangue. O resultado é uma isquemia (necrose), que provoca a morte dessa parte da alça intestinal, rompimento da sua parede, permitindo a passagem de líquidos e fezes que estavam no interior do órgão para dentro do abdômen. E é esse material intestinal que leva a uma infecção generalizada, muitas vezes fatal.

Saiba mais em: Uma hérnia pode estourar?

Quais os sintomas de estrangulamento da hérnia?

Os sinais e sintomas principais são: dor súbita, contínua e intensa durante várias horas no local da hérnia, febre, distensão (estufamento) abdominal, mudança de aparência da hérnia (escurecimento ou vermelhidão), aumento da frequência cardíaca, perda de apetite, náuseas e vômitos.

Na presença desses sintomas, procure atendimento médico com urgência para avaliação e tratamento imediato. É importante lembrar que o estrangulamento pode ocorrer em hérnias pequenas ou grandes.

Como é a cirurgia para hérnia?

A cirurgia para hérnia inguinal pode ser feita pelo método convencional (aberta) ou por laparoscopia. A cirurgia aberta é realizada por meio de um corte na região da virilha e a hérnia é recolocada na cavidade abdominal. Depois, a incisão é fechada e a parede abdominal é reforçada com um material sintético.

Depois da cirurgia, a pessoa pode retornar às suas atividades aos poucos. Em geral, são necessárias aproximadamente 6 semanas para uma recuperação completa.

A cirurgia por laparoscopia é realizada através de pequenos “furinhos” feitos no abdômen, por onde serão introduzidos o material cirúrgico, e por onde a hérnia será reparada. O local também é reforçado com o material sintético e o tempo de recuperação desse procedimento é menor e menos incômodo.

Quais as causas de hérnia?

As principais causas de hérnia inguinal e umbilical são o aumento da pressão dentro do abdômen e a presença de uma área de fragilidade na parede abdominal.

O aumento de pressão na cavidade abdominal pode ser causado por esforço excessivo para evacuar, levantamento de pesos, gestação, obesidade, tosse crônica, entre outras condições.

Já a fragilidade na parede abdominal costuma estar presente desde que a pessoa nasce. Contudo, também pode surgir posteriormente com a idade, sedentarismo, ou exercícios físicos intensos, tosse crônica, predisposição genética, traumatismos, cirurgias no abdômen, permanecer de pé por períodos prolongados, entre outros fatores.

Em geral, a hérnia pode ser empurrada suavemente para dentro da cavidade abdominal quando a pessoa está deitada. Aplicar gelo sobre a hérnia diminui o inchaço e auxilia essa manobra chamada redução. Quando a redução não for possível, pode ser um sinal de encarceramento.

Uma vez que a hérnia não é um tipo de lesão com cura espontânea e que pode causar complicações graves, a indicação da cirurgia para correção é bastante comum.

Para maiores esclarecimentos e avaliação do seu caso, recomendamos consultar um médico cirurgião geral.

Leia também: Quais são os tipos de hérnia?

Uma hérnia pode voltar depois da cirurgia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, uma hérnia pode voltar depois da cirurgia, embora o risco seja pequeno.

Dependendo da técnica cirúrgica utilizada, das características anatômicas da pessoa e do tipo de atividade desempenhada, há chances de uma hérnia (inguinal, umbilical, incisional, femural) voltar a depois da cirurgia.

No passado, quando se fazia uma cirurgia para tratar uma hérnia, a fraqueza ou falha na parede abdominal que provocava o aparecimento da hérnia era corrigido costurando-se o próprio tecido do/a paciente.

Como o tecido é frágil por natureza, havia mais chances dele afrouxar e a hérnia voltar a aparecer no mesmo local.

Com o passar do tempo, a cirurgia passou a ser feita com a colocação de uma tela, uma espécie de "remendo" que reforça a região. Com essa técnica, o risco da hérnia retornar é muito menor.

Em caso de recidiva (retorno da hérnia), é necessário realizar uma segunda cirurgia cirurgia para retirada da hérnia.

Leia também:

Hérnia inguinal: como é a cirurgia e recuperação pós operatório?

Quantos dias após a cirurgia de hérnia inguinal posso ter relação?

Toda hérnia tem que ser operada?

O consumo de cápsulas de ômega 3 é desaconselhado em alguma situação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, o consumo de cápsulas de ômega 3 é desaconselhado e deve ser interrompido a partir do 8º mês de gravidez, até ao nascimento do bebê, uma vez que a sua ação vasodilatadora pode aumentar o risco de sangramento, principalmente no momento do parto.

Pacientes que tomam medicamentos anticoagulantes devem utilizar doses reduzidas de cápsulas de ômega 3, devido à ação anticoagulante do suplemento e capacidade de redução da viscosidade do sangue ("afina o sangue"), ambos associados ao uso da medicação, aumentam o risco de sangramentos. Por isso, nesses casos, a suplementação diária não deve ultrapassar os 500 mg de ômega 3.

O seu consumo diário, nas doses adequadas, traz diversos benefícios para a saúde do coração, dos vasos sanguíneos e outras estruturas. Alguns deles:

  • Diminui a agregação plaquetária, apesar de não haver um consenso, parece reduzir o risco de formação de coágulos, uma importante causa de infarto do miocárdio (ataque cardíaco);
  • Reduz os níveis de colesterol ruim e triglicerídeos;
  • Diminuição dos estados inflamatórios;
  • Reduz a pressão arterial;
  • Diminui a viscosidade do sangue, o que permite uma melhor circulação sanguínea, com melhor nutrição e oxigenação dos tecidos.

Saiba mais em: Quais são os benefícios do ômega 3?

É importante lembrar que o excesso de nutrientes, seja ele qual for (ômega 3, sais minerais, vitaminas entre outros), pode trazer malefícios para a saúde.

Por isso, a utilização de cápsulas de ômega 3 deve ser indicada por um médico ou nutricionista, que terão em consideração o histórico do paciente e a suas necessidades, indicando quanto, quando e como se deve tomar.

Leia também:

Ômega 3 aumenta o colesterol?

Posso tomar Ômega 3 na gravidez?

Comer ovo aumenta o colesterol?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Comer ovo pode ou não aumentar o colesterol. Tudo depende da capacidade do organismo em absorver o colesterol. Sabe-se que cerca de 80% da população é pouco sensível às concentrações de colesterol na alimentação, ou seja, o impacto do consumo de ovos e outros alimentos ricos em colesterol é muito pequeno.

Durante décadas acreditou-se que comer ovo aumentava o LDL (colesterol ruim) e a recomendação era para que o consumo não ultrapassasse os 2 ovos por semana, uma vez que a gema é rica em colesterol, com cerca de 200 mg.

Porém, atualmente, os médicos e os nutricionistas já admitem o consumo de 4 ovos por semana. Se for cozido, a maioria das pessoas pode até comer 1 ovo por dia, sem prejuízos para o colesterol. 

Os estudos científicos verificaram que as doenças cardiovasculares estão mais associadas a fatores hereditários e ao consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas (laticínios, carne vermelha, embutidos, alimentos industrializados...) do que com os níveis de colesterol dos ovos.

No entanto, é importante lembrar que a gema do ovo é rica em colesterol e o seu consumo em excesso pode sim, aumentar o colesterol. Assim, indivíduos que têm colesterol elevado devem limitar o seu consumo a 2 ovos por semana.

Pacientes com colesterol elevado devem consumir ovos de acordo com a orientação de um médico clínico geral, endocrinologista ou nutrólogo.

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Ômega 3 aumenta o colesterol?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, ômega 3 não aumenta o colesterol. Os ácidos graxos ômega 3 fazem parte do grupo das gorduras insaturadas, que são aquelas que não aumentam o colesterol no sangue.

Pelo contrário, o ômega 3 tem como principais funções:

  • Reduzir os níveis de colesterol total
  • Reduzir o LDL (colesterol ruim)
  • Aumenta o HDL (colesterol bom)
  • Pode reduzir os níveis de triglicerídeos
Qual é a importância do ômega 3 na dieta?

Na dose certa, o consumo diário de ômega 3 ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, trazendo vários benefícios para o coração e vasos sanguíneos, tais como:

  • Ajuda a impedir a formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos, uma importante causa de infarto e acidente vascular cerebral ("derrame");
  • Pode atenuar processos inflamatórios;
  • Dilata os vasos sanguíneos, produzindo uma discreta redução da pressão arterial;
  • Diminui a viscosidade do sangue, o que melhora a circulação sanguínea.
Qual alimento é rico em ômega 3?

O ômega 3 está presente principalmente em peixes como salmão, atum, sardinha, truta, cavala e arenque.

O consumo diário de ômega 3 deve ser superior a 1,8 g, o equivalente a 300 gramas de peixe por semana.

Contudo, as sociedades médicas de cardiologia, ginecologia e obstetrícia, orientam a todos, mas principalmente as gestantes, evitar o consumo de peixes com alto teor de mercúrio, como tubarão, peixe-espada, cavala-rei ou peixe-telha.

Os quatro tipos de peixes ou mariscos mais indicados para o consumo, por possuírem baixo teor de mercúrio são: camarão, atum light, salmão e bagre.

Existe algum risco em tomar cápsulas de ômega 3?

Sim, por exemplo, gestantes no último trimestre de gestação.

Portanto, para tomar cápsulas de ômega 3 ou qualquer outra medicação, mesmo que substâncias naturais, é importante ser avaliado por um profissional da área, médico ou nutricionista.

Ser avaliado e analisar todo o histórico de saúde da pessoa e as suas necessidades.

Pode lhe interessar também:

Qual a eficácia da camisinha?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A eficácia da camisinha na prevenção da gravidez é de 98%. Isso significa que se o preservativo for usado corretamente, desde o início da penetração, a probabilidade da mulher engravidar é de apenas 2%.

Porém, se a camisinha estourar, a sua eficácia passa a praticamente zero, nenhuma.

Por isso, durante a relação, é importante verificar a integridade da mesma. Se acontecer dela estourar, deve-se interromper imediatamente o ato sexual e colocar um novo preservativo.

Apesar de não ser 100% eficaz, a camisinha é considerada um método anticoncepcional seguro, além de evitar uma gravidez não planejada, é o melhor método de barreira contra agentes infecciosos que causam doenças sexualmente transmissíveis.

Leia também: Relação com camisinha qual probabilidade ocorrer gravidez?

Quantos dias dura o efeito da pílula após parar de tomar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O efeito da pílula dura somente um dia. Se parou de tomar o anticoncepcional significa que já estava desprotegida a partir do dia seguinte, com risco de engravidar.

A pílula anticoncepcional é um medicamento que faz efeito enquanto ele é utilizado. Ao parar de tomar a pílula, a ovulação volta a acontecer, podendo haver uma gravidez. Por isso, ao deixar de tomar a pílula, a mulher deve usar outro método anticoncepcional para não engravidar.

Porém, há diversos fatores que influenciam a permanência do efeito do anticoncepcional no organismo, como o tempo em que tomou a pílula, quantas pílulas tomou na última cartela, se menstruou após parar de tomar e assim por diante.

Quanto tempo leva para engravidar após parar de tomar a pílula?

Ao interromper o uso do medicamento, o corpo se prepara para iniciar novamente a ovulação. Esse processo leva em média de 1 a 3 meses, fazendo a ovulação e a menstruação voltarem ao normal. Nos primeiros meses após a parada da pílula, pode acontecer de não haver ovulação e a mulher não menstruar.

Por isso, o tempo para uma mulher engravidar após parar de tomar a pílula é variável, podendo ser no próximo ciclo ou até 6 meses após o término da pílula.

Há quem consiga engravidar logo no primeiro mês que deixou o anticoncepcional. Já em outros casos, o corpo pode demorar mais para eliminar completamente os hormônios do medicamento, fazendo com que as funções do organismo demorem mais para voltar ao normal.

Para quem usa anticoncepcional injetável trimestral, os efeitos demoram de 6 a 8 meses para desaparecer após a última injeção. Na presença de excesso de peso, os efeitos do anticoncepcional podem demorar ainda mais para desaparecer. Nesses casos, gravidez pode levar mais tempo para acontecer.

Caso você tenha parado de usar o anticoncepcional mas queira buscar um outro método contraceptivo, consulte o/a médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.

O que significa gravidez incipiente?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Gravidez incipiente significa que a gravidez está no início.

Quando a ultrassonografia é realizada no período inicial da gestação, pode constar no laudo essa frase: gravidez incipiente. O significado disso é que muitas vezes não é possível uma análise pormenorizada do conteúdo gravídico justamente por estar bem no início da formação do embrião.

Nesse caso, as análises pormenorizadas serão realizadas nos próximos exames.

Posso estar grávida mesmo com o exame dando negativo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, é possível estar grávida com o exame negativo. Os níveis do hormônio hCG começam a subir depois de 8 dias que ocorreu a fecundação, logo após a implantação do óvulo fecundado no útero. Se o exame de gravidez for feito antes dessa fase, o resultado poderá ser um falso negativo. Isso porque ainda não há uma quantidade de hormônio circulante que seja suficiente para ser detectada pelo exame.

Por isso, para evitar um resultado falso negativo, é necessário esperar pelo menos 7 dias após a relação para fazer o exame Beta-hCG. Qualquer exame de gravidez, seja o teste de farmácia ou o exame Beta-hCG, feito antes desse período, pode dar negativo e a mulher estar grávida.

Porém, no seu caso, que já está com 2 meses de atraso da menstruação, se o exame de gravidez deu negativo, é muito provável que você não esteja grávida e o atraso menstrual tenha uma outra causa. O melhor é repetir o exame Beta-hCG. Se continuar negativo, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista para que a causa do seu atraso menstrual seja devidamente diagnosticada.

Com quanto tempo de gravidez o exame dá positivo? Teste de gravidez de farmácia

O teste de gravidez de farmácia pode dar positivo logo no 1º dia de atraso menstrual. Contudo, para o teste não falhar, é necessário que os níveis de Beta-hCG estejam altos o suficiente para serem detectados na urina. Por isso, recomenda-se fazer o teste de gravidez de farmácia com 15 dias de atraso menstrual, quando a sua eficácia é de 99%.

Se a mulher não souber a data prevista para vir a menstruação, recomenda-se fazer o teste de farmácia 21 dias depois que ocorreu a última relação desprotegida.

Os testes de gravidez de farmácia (Beta-hCG qualitativo), feitos com urina, demoram um pouco mais para acusar positivo, uma vez que a concentração do hormônio na urina é bem menor que no sangue.

Os exames de Beta-hCG qualitativo não mostram a quantidade de hormônio encontrada no sangue. Esses testes dizem apenas "positivo" ou "negativo"

Exame Beta-hCG

O exame de sangue Beta-hCG pode detectar uma gravidez ainda antes da menstruação atrasar. O exame pode dar positivo depois de 8 dias que ocorreu a concepção (união do óvulo com o espermatozoide).

Os exames quantitativos de beta-hCG são mais precisos, pois eles indicam a quantidade da subunidade "beta" do hCG presente no sangue. Esses testes podem detectar uma gravidez depois de apenas uma semana que se iniciou a gestação, mesmo quando a menstruação ainda não está atrasada.

Na presença de atraso menstrual e outros sintomas de gravidez, é recomendado a repetição do exame depois de 14 dias. Se fizer novamente o teste e continuar negativo, consulte com a/o ginecologista, médica/o de família ou clínica/o geral para que esses sintomas sejam devidamente investigados.

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Homem com HPV pode ter filhos?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Homem com HPV pode ter filhos. O vírus HPV não é transmitido de pai para filhos e também não afeta a fertilidade masculina. Por isso, pessoas infectadas pelo vírus podem ter filhos normalmente.  

No caso dos homens, as verrugas anogenitais (ânus e pênis) são os principais sintomas do HPV. No caso das mulheres, as verrugas podem aparecer na vagina e colo do útero, podendo causar câncer de colo uterino.

O HPV é um vírus facilmente transmitido, sendo a via sexual o seu principal meio de transmissão. Quanto maior o número de parceiras ou parceiros, maiores são os riscos de contágio.

Quais os sintomas do HPV no homem?

No homem, o HPV se manifesta na forma de verrugas genitais fixas ou moles, lisas ou rugosas. Aparecem principalmente na glande ("cabeça" do pênis) e no prepúcio (pele que recobre a glande), podendo surgir ainda no saco escrotal, na região posterior do pênis, na região anal e na uretra (canal da urina).

O HPV é mais comum em homens que não fizeram a cirurgia de fimose, ou seja, que têm a glande recoberta pela pele.

O tamanho das lesões varia entre 3 e 5 milímetros de diâmetro e tendem a aparecer em grupos de 3 ou 4 verrugas, geralmente com aspecto de couve-flor.

Veja também: Como é feito o diagnóstico do HPV?

Assim como na mulher o HPV está muito associado ao câncer de colo de útero, no homem, o HPV está presente em praticamente 70% dos casos de câncer de pênis

Grande parte dos homens com HPV não manifesta sintomas, sendo assim difícil de identificar a doença apenas pela observação. O diagnóstico nesses casos é feito por meio de uma peniscopia, um exame que permite identificar a presença de lesões microscópicas que denunciam a presença do vírus.

Como ocorre a transmissão do HPV no homem?

 A transmissão do HPV no homem ocorre pelo contato direto com a pele ou a mucosa infectada de outra pessoa. Não é necessário haver penetração para que o HPV seja transmitido. Basta manipular o local afetado para poder contrair o vírus.

Além disso, apesar do uso de preservativo ser indicado para prevenir todas as formas de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), inclusive o HPV, a transmissão pode ocorrer, uma vez que existem partes da pele que não ficam totalmente protegidas com a camisinha, podendo haver contado com a lesão nessas áreas.

Uma possibilidade de prevenção ao vírus HPV recentemente ofertada é a vacina que pode proteger contra os principais tipos de HPV associados ao câncer e às verrugas genitais.

Leia também: Quem tem HPV pode doar sangue?

Como tratar HPV no homem?

Não existe um medicamento ou tratamento capaz de curar definitivamente o HPV, seja no homem ou na mulher. Mesmo após a remoção das verrugas, elas reaparecem em até 25% dos casos. 

O tratamento para HPV inclui o uso de medicamentos aplicados diretamente no local, sobretudo à base de ácidos, além de procedimentos cirúrgicos para destruir ou retirar as verrugas.

Homens com HPV devem procurar um urologista, médico/a de família, dermatologista ou infectologista para receber uma avaliação e iniciar o tratamento adequado.

Saiba mais em:

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