A presença de piócitos na urina geralmente é sinal de inflamação do trato urinário. Os piócitos são leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos. São as células de defesa do organismo.
Os níveis de piócitos na urina podem estar altos em diversas situações, sendo a principal delas a infecção urinária. Outras possíveis causas incluem: tuberculose do trato urinário, infecção por fungos e vírus, nefrite e glomerulonefrite (inflamação dos rins), pedra nos rins, uso de substâncias irritantes, traumas, câncer, entre outras.
O nível normal de piócitos na urina é de até 5 por campo ou até 10.000/ml. Acima disso é considerado piúria. Para determinar a causa da inflamação ou infecção, é necessário avaliar outros dados do exame de urina.
Se a leucócito-esterase (também chamada esterase leucocitária) e o nitrito estiverem positivos, é provável que seja infecção urinária. A presença de hemácias (glóbulos vermelhos) e proteína na urina pode indicar inflamação nos rins ou cálculos renais.
Cabe ao médico que solicitou o exame de urina interpretar os resultados, de acordo com os sinais e sintomas apresentados, além de outros exames que podem ter sido solicitados.
Saiba mais em:
- Células epiteliais na urina: O que isso significa?
- Corpos cetônicos positivo no exame de urina: O isso significa?
- Bactérias na urina são sinal de infecção urinária?
- Células epiteliais raras ou bactérias raras na urina, o que significam?
- Nitrito na urina: O que isso significa?
Referências
SBN. Sociedade Brasileira de Nefrologia. Biomarcadores na Nefrologia.
Para gestante nenhum anti-inflamatório é recomendando, pois, podem causar problemas cardíacos no feto.
As mulheres que estão amamentando devem evitar o uso de anti-inflamatórios. Entretanto, se houver mesmo necessidade, pode fazer uso de medicamentos considerados de baixo risco para a amamentação como ibuprofeno, cetoprofeno e diclofenaco.
Mulheres grávidas ou que estão amamentando, devem buscar orientação de um médico de família ou obstetra antes de usar anti-inflamatórios ou qualquer o outro medicamento.
Anti-inflamatórios na gravidezDe forma geral, não é recomendado o uso de qualquer anti-inflamatório não-esteroide (AINEs) durante a gestação.
Sua utilização somente deve ser feita após rigorosa avaliação médica para evitar complicações como prolongamento de trabalho de parto, maior risco de hemorragia pós-parto e aumento da pressão pulmonar do bebê.
Tanto a Aspirina® como o AAS®, ambos compostos por ácido acetilsalicílico devem ser evitados durante a gravidez. Este medicamento pode provocar anemia, hemorragia e inibição do trabalho de parto, especialmente, quando usado em doses elevadas.
Anti-inflamatórios durante a amamentaçãoA maior parte dos anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs), passam para o leite materno. No entanto, alguns deles chegam ao bebê em pequenas quantidades ou mesmo podem não ser absorvidos pelo seu sistema gastrointestinal. Estes medicamentos incluem:
- Ibuprogeno: Buscopan®, Trifene®
- Ácido mefenâmico: Ponstan®, Pontin®
- Cetoprofeno: Profenid®
- Diclofenaco: Voltaren®, Cataflan®, Biofenac®, Diclofenac®
- Celoxib: Celebra®
- Piroxican: Feldene®
- Flurbiprofeno: Allergan®
- Fenoprofeno: Trandor®
- Ácido flufenâmico: Nobelisin®
- Cetorolaco: Toradol®
Esses são os anti-inflamatórios mais indicados, embora a dose e o tempo de uso deva ser definido pelo médico de acordo com a situação e condições de saúde da mãe.
Para saber mais sobre uso de anti-inflamatórios durante a amamentação e gravidez:
Quais remédios posso tomar na gravidez?
Dor de cabeça na gravidez: quais remédios posso e quais não posso tomar?
Posso tomar ibuprofeno durante a amamentação?
Ibuprofeno pode ser tomado durante a gravidez?
Referências
Aragão, F.F.; Tobias, A.F. Pharmacological treatment of pain in pregnancy. BrJP, (2)4:374-80, 2019.
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de teratogênese em humanos. FEBRASGO, 2018.
Os principais sintomas do período fértil são as modificações que ocorrem no muco vaginal, que fica mais abundante e transparente na ovulação, semelhante a uma clara de ovo. Outros sinais e sintomas comuns durante o período fértil incluem:
- Dor pélvica ou abdominal,
- Pequeno aumento da temperatura corporal,
- Distensão do abdômen,
- Acne e
- Sangramento.
A ovulação também é percebida em algumas mulheres através de sintomas mais subjetivos, como:
- Sensação de peso nas mamas,
- Seios inchados ou doloridos,
- Variações de humor,
- Aumento da libido e do apetite,
- Ganho de peso,
- Enxaqueca e
- Náuseas.
Entretanto, como dito no início, o sintoma mais evidente do período fértil é a alteração do muco cervical que sai pela vagina. Quanto maior a estimulação do hormônio estrógeno, mais abundante, aquoso e transparente fica o muco.
Se a mulher estiver ovulando, o muco tem a propriedade de formar um fio quando distendido entre as polpas digitais de dois dedos, como o polegar e o indicador, por exemplo. No pico do período fértil, esse fio pode se esticar até os 10 cm de comprimento.
Depois da ovulação, a progesterona modifica novamente a secreção vaginal, que se torna escassa, espessa, opaca, grumosa e perde a capacidade de formar o fio quando esticada entre dois dedos.
Dessa forma, a mulher pode identificar o seu período fértil de forma mais palpável. Para isso, ela deve treinar em verificar todos os dias o seu muco cervical, introduzindo 2 dedos na vagina para obter uma amostra da secreção.
A secreção vaginal tende a ficar progressivamente mais molhada até a ovulação e depois disso fica mais seca. Assim, se a mulher tiver relações apenas no período em que o muco está mais seco, significa que ela não está no período fértil e poderá evitar a gravidez.
Entretanto, esse não é considerado um método anticoncepcional seguro, pois depende de muita disciplina e treino por parte da mulher. Para maiores esclarecimentos sobre como identificar o seu período fértil e evitar uma gravidez, consulte o/a médico/a de família ou ginecologista.
Saiba mais em:
É normal ter sangramento durante o período fértil?
É normal sentir enjoo e dor no período fértil?
Muco cervical: o que indica nas diferentes fases do ciclo menstrual?
Referência
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Os cuidados gerais com o piercing inflamado incluem manter o local limpo e seco. Por isso, evitar atividades físicas nos primeiros dias, para reduzir o suor e preferir tecidos leves que ajudem na transpiração, são úteis para esse cuidado.
Até dois dias após a colocação do piercing no umbigo, orelha, nariz, língua, boca, é normal que ocorra um pequeno inchaço local, dor leve, vermelhidão e a presença de uma secreção transparente. Entretanto, se estes sinais se mantiverem por mais de 3 dias ou se tornarem mais intensos, é preciso procurar um médico de família ou clínico geral para avaliar a ferida.
Para evitar complicações, siga as seguintes recomendações:
1. Lave as mãos antes de tocar no piercingVocê deve lavar as mãos sempre que for tocar no local do piercing para não causar a piora da inflamação. Este cuidado também evita infecções.
2. Lave a área do piercingAo lavar o local do piercing, você retira, além da sujeira, secreções ou crostas acumuladas que podem agravar a inflamação e causar infecção. Por este motivo, manter o local do piercing limpo é um cuidado importante no tratamento. Você deve lavar a região com água e sabão neutro ou antibacteriano 3 vezes ao dia. Após lavar, seque a área suavemente com gazes ou toalha limpas.
3. Use soro fisiológico para limpeza localApós a lavagem com água e sabão, use soro fisiológico para concluir a limpeza do local. O uso do soro fisiológico com ajuda de uma gaze ou algodão, auxilia na retirada de crostas e secreções acumuladas e/ou endurecidas.
4. Mantenha o local do piercing secoA umidade provocada pela presença de secreções ou mesmo suor provocam a piora do quadro. É importante que você evite deixar a região do piercing úmida secando sempre que perceber umidade.
5. Evite o atrito com o piercingO atrito com o piercing machuca ainda mais a região e pode contribuir para o agravamento da inflamação. Por isso, prefira usar roupas soltas e evite usar acessórios próximos ao piercing. Procure também não dormir friccionando o local perfurado.
6. Cuide da sua alimentaçãoO consumo de alimentos fritos, doces e refrigerantes podem atrapalhar ou dificultar o processo de cicatrização. Por este motivo, evite-os e priorize alimentos anti-inflamatórios como alho, gengibre, cebola, brócolis, atum, salmão, laranja e acerola.
Não utilize receitas caseiras com babosa, mel ou outros ingredientes, pois além de atrapalhar cicatrização também podem provocar contaminação da perfuração. Além disso, evite o uso de cosméticos e maquiagens na região. Estes produtos podem conter substância que causam irritação local.
Se mesmo com todos cuidados a inflamação não melhorar em dois ou três dias, é importante que você procure um médico de família ou clínico geral para que a necessidade de usar antibióticos seja avaliada.
Antibiótico para piercing infeccionadoO antibiótico deverá ser indicado pelo médico, que irá pesquisar o seu histórico de saúde, alergias e uso de medicamentos que possam interagir com esse antibiótico. A forma de uso e tempo necessário vão depender da gravidade da inflamação. Em geral, as orientações são:
- Pomadas: devem ser aplicadas após a limpeza do local do piercing de acordo com a orientação médica. As mais utilizadas são Diprogenta ou Trok-G.
- Antibióticos orais: dependendo do grau da infecção e do estado da ferida, pode ser necessário o uso de antibióticos orais como a cefalexina por 7 a 10 dias.
Alguns sinais funcionam como alerta para você saber se a inflamação está se tornando muito intensa ou mesmo se está se transformando em infecção. Estes sinais são:
- Inchaço (edema) e vermelhidão que já dura mais de 3 dias,
- Dor intensa no local que impede até mesmo toques leves na região,
- Febre e sensação de fraqueza ou mal-estar,
- Aumento da área avermelhada ao redor do piercing,
- Secreção com pus (purulenta) de cor branca, amarelada ou esverdeada,
- Presença de sangue no local.
Ao perceber qualquer um destes sintomas, procure um clínico geral ou médico de família para que um tratamento mais eficaz seja iniciado o mais rapidamente possível.
As complicações mais comuns que ocorrem ao se colocar o piercing são:
1. InfecçãoAs infecções ocorrem geralmente de três a quatro dias após a colocação do piercing e podem ser tratadas com pomadas com antibióticos ou antibióticos orais de acordo com orientação médica,
2. AlergiaEm alguns casos pode acontecer a alergia ao piercing. Para evitar estas alergias, dê preferência a piercing de aço cirúrgico, prata ou ouro.
3. QueloidesQueloide é crescimento anormal do tecido cicatricial que se forma no local de um traumatismo, corte, perfuração ou cirurgia na pele. Em alguns casos, as pessoas sentem dor, coceira leve e sensação de queimação ao redor da cicatriz.
Para evitar a inflamação e possíveis complicações, escolha um profissional confiável para colocar o seu piercing, observe as condições de higiene do local e exija o uso de produtos descartáveis para efetuar a perfuração.
Se você deseja saber mais sobre piercing, leia:
- Piercing no tragus inflamado: o que fazer?
- Piercing no septo: que cuidados devo ter?
- O que fazer para ajudar a cicatrização do piercing no septo?
- Causas de mau cheiro no umbigo e como tratar
- Como saber se o piercing está inflamado? 5 sinais importantes
- Piercing: cuidados para cicatrização, inflamação e infecção
Referências
SBD. Sociedade Brasileira de Dermatologia.
O vômito verde é provocado principalmente pela presença de bile, que ocorre devido ao jejum prolongado, e ingestão de alimentos e bebidas de cor verde. Geralmente, vomitar verde não indica doenças graves.
Entretanto, se você está vomitando verde e apresenta outros sintomas como perda de apetite e cólicas, por exemplo, pode indicar obstrução intestinal, quadro que necessita de avaliação médica.
1. Presença de bileO vômito verde ocorre principalmente devido ao jejum prolongado, quando o estômago permanece vazio por longo tempo. Nesta situação, a bile que se acumula no estômago é eliminada em forma de vômito que varia da coloração verde-claro amarelado até o verde musgo. Além disso, pode ter, algumas vezes, um sabor amargo.
É importante que você saiba que vomitar bile também pode ser um sinal de uma doença grave chamada obstrução intestinal, da qual trataremos a seguir, e que necessita de atendimento de emergência.
O que posso fazer? Se você está em jejum prolongado e vomitando bile, procure ingerir líquidos como água, água de coco e sucos. Tente também comer alimentos leves como frutas e faça repouso. Bebidas como refrigerantes devem ser evitados, pois, podem irritar a parede do estômago.
2. Obstrução intestinalVomitar verde devido a presença de bile pode indicar obstrução intestinal, doença grave que bloqueia o fluxo alimentos, líquidos digestivos e gases pelo intestino. Nestes casos, além do vômito verde você também pode sentir cólicas, inchaço no abdome e perda de apetite.
Quando a obstrução intestinal é parcial e afeta o intestino delgado é comum ocorrer vômito verde e diarreia. Já nos casos de obstrução total do intestino grosso, a pessoa apresenta prisão de ventre (constipação).
O que posso fazer? A obstrução intestinal é uma emergência médica que requer cirurgia na maior parte dos casos. Por este motivo, você deve buscar rapidamente uma emergência hospitalar.
3. Gripes, resfriados e infecções respiratóriasSe você estiver gripado ou resfriado, o vômito verde pode vir acompanhado de uma secreção mais espessa e mau cheiro. Isto ocorre porque o catarro produzido nos quadros gripais pode ser engolido e expelido com o vômito.
Fique atento porque a presença de secreção verde no vômito, por ser um indicativo de infecção das vias respiratórias superiores. Nestas situações sintomas como febre, sensação de fraqueza e mal-estar e dor de cabeça podem estar presentes.
O que posso fazer? Procure beber bastante líquido e lavar o nariz com 3ml de soro fisiológico em cada narina. Entretanto, na presença de febre e demais sintomas busque um médico de família e otorrinolaringologista.
4. Intoxicação alimentarA ingestão de alimentos contaminados pode causar intoxicação alimentar devido à contaminação por vírus e bactérias. Nestas situações a pessoa pode vomitar repetidas vezes, vomitando não somente os alimentos contaminados, mas também a bile, o que provoca vômito verde.
O que posso fazer? Consuma bebidas isotônicas, ricas em eletrólitos como sódio, potássio e cálcio.
Vômito verde na gravidez, o que pode ser?A náusea e o vômito verde ou amarelado é conhecido como enjoo matinal e se deve às rápidas variações hormonais (estrogênio, progesterona e hCG) que ocorrem no início da gravidez.
É bastante frequente nos três primeiros meses de gravidez e, embora seja chamado de enjoo matinal, pode ocorrer em qualquer momento do dia. Costuma desaparecer na 12ª semana de gestação. É considerado normal quando você consegue se alimentar e ingerir líquido normalmente.
Entretanto, se os enjoos e vômitos, impedirem que você se alimente e, por este motivo, provocarem perda de peso e desidratação, e forem acompanhados de dor abdominal, diarreia ou ambos, é importante que você procure o seu médico de família ou ginecologista.
Quando devo me preocupar?Alguns sintomas servem de alerta e indicam que algo mais grave pode estar acontecendo. Estes sintomas incluem:
- Vômito que persiste por mais de 24 a 48 horas,
- Não conseguir ingerir mais que alguns goles de líquido,
- Sinais de desidratação: boca seca, sede, redução na quantidade de urina e fraqueza,
- Febre alta (acima de 38 graus),
- Vômitos com cheiro de fezes,
- Vômitos pretos ou com presença de sangue,
- Dor abdominal constante,
- Barriga inchada (abdome distendido),
- Prisão de ventre (constipação).
Ao perceber estes sintomas, você deve buscar imediatamente um serviço de emergência.
Para saber mais sobre vômitos, você pode ler os seguintes artigos:
O que causa o vômito amarelo e amargo e o que fazer
Tossir muito e vomitar um líquido amarelo, o que pode ser?
Estou com vômito amarelo, pode ser perigoso? Como faz para parar?
O que comer quando está vomitando?
Referência:
FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.
O tremor nas mãos pode ter diversas causas. As mãos trêmulas podem ser causadas por doenças como Parkinson e hipertireoidismo, ou por diferentes situações como ansiedade, efeito colateral de medicamentos, abstinência de álcool, abuso de estimulantes, tremor essencial, e pode também ser uma reação fisiológica e natural do organismo.
Uma das causas mais comuns de tremores nas mãos é o chamado tremor essencial, que geralmente se torna mais evidente no adulto jovem. Esse tipo de tremor não tem uma causa conhecida, mas sabe-se que pode ter origem em fatores hereditários.
O tremor essencial normalmente afeta mãos e braços, mas também pode afetar a cabeça. Geralmente se manifesta quando os braços estão estendidos e parados ou quando a pessoa executa movimentos mais finos como escrever, tomar uma xícara de café ou beber água num copo.
O tremor essencial não costuma impedir a realização de tarefas diárias nem evoluir ao ponto de trazer complicações mais graves, mas pode interferir na qualidade de vida se for muito intenso.
No Mal de Parkinson, o tremor nas mãos está presente mesmo em repouso, melhorando quando a pessoa movimenta o membro afetado, o movimento do tremor lembra o de esmagar o pão ou enrolar cigarros, e piora em situações de fadiga, frio ou fortes emoções. Vale lembrar que nem todos os portadores da doença apresentam tremor.
Veja também: Quais os sintomas do Mal de Parkinson?
Outra causa frequente de tremores nas mãos é o chamado tremor fisiológico, que aparece principalmente quando é necessário executar movimentos que exigem precisão, como passar uma linha pelo fundo de uma agulha, por exemplo.
O tremor fisiológico geralmente passa despercebido em situações normais, mas pode ser agravado em algumas situações, tais como:
- Uso de corticoides e certos medicamentos usados para tratar asma e doenças psiquiátricas e neurológicas;
- Consumo excessivo de estimulantes como nicotina e cafeína;
- Medo, ansiedade e emoções fortes;
- Fadiga muscular;
- Abstinência de álcool;
- Hipertireoidismo.
Nesses casos, o tremor normalmente desaparece com a retirada ou tratamento da causa.
Em caso de tremores nas mãos ou em qualquer outra parte do corpo, procure um médico clínico geral, médico de família ou um neurologista.
Saiba mais em:
Coração acelerado, tremores no corpo e formigamento nas mãos e braços, o que pode ser?
Tenho tremores ou espasmos no pescoço do lado esquerdo. Que médico devo procurar?
Pequenas alterações no ciclo menstrual como, por exemplo, a menstruação vir por um dia somente e parar, são consideradas normais. Geralmente, ocorrem devido ao início da menstruação, ao uso de anticoncepcionais e outros medicamentos, estresse, ovulação, gravidez.
As mesmas causas também podem explicar o fato de a menstruação descer por 2 ou 3 dias e parar. Entretanto, quando estas alterações ocorrem frequentemente podem ser provocadas por problemas na tireoide, pólipo uterino e Síndrome do Ovário Policístico (SOP).
Vejamos mais sobre as causas de a sua menstruação vir por 1, dois ou três dias somente:
Começo do ciclo menstrualNo início do ciclo menstrual é comum que você perceba pequenos sangramentos, geralmente, descritos por algumas mulheres como “pouca menstruação” ou “menstruação fraca”.
Nos casos em que o endométrio descama lentamente, é normal que a menstruação ocorra por apenas um dia antes de a menstruação ocorrer em seu fluxo habitual.
O que posso fazer: Nestas situações apenas observe a sua menstruarão, pois, o fluxo menstrual se regulariza espontaneamente sem a necessidade de intervenção.
Uso de anticoncepcionais e outros medicamentosQuando a mulher está começando o tratamento com pílulas anticoncepcionais ou quando há a interrupção abrupta do uso do anticoncepcional pode ocorrer sangramento menstrual em pouca quantidade e este sangramento pode ser confundido com a menstruação.
Este sangramento pode ser confundido com o início da menstruação que ocorre durante apenas um dia e é semelhante à borra de café. Além das pílulas anticoncepcionais, os antibióticos também podem causar alterações no ciclo menstrual.
O que posso fazer: Retome o uso regular da pílula anticoncepcional diariamente e em um mesmo horário, se você esqueceu de tomar ou suspendeu seu uso por conta própria. Se pretende deixar de usar a pílula é importante consultar o médico de família ou ginecologista. No caso de alterações do ciclo devido ao uso de antibióticos, busque orientações com o médico que prescreveu a medicação.
Estresse emocionalNas situações em que o estresse emocional é muito intenso, podem ocorrer alterações na produção de hormônios como estrogênio e progesterona. As variações hormonais podem levar a mulher a menstruar somente por um dia.
O que posso fazer: Busque formas de reduzir o estresse como a prática de atividade física, adote de hábitos que tragam sensação de satisfação e felicidade, medite, crie momentos de lazer na sua rotina. Tente não se preocupar excessivamente com seu ciclo menstrual, pois esta atitude agrava o estresse e pode prolongar as alterações no seu ciclo.
OvulaçãoNo período em que ocorre a liberação do óvulo durante a ovulação, em torno do 14o dia do ciclo menstrual, o rompimento do folículo pode provocar um sangramento breve. Este sangramento não indica nenhuma gravidade, dura somente um dia e pode ser confundido com a menstruação.
O que posso fazer: Estes pequenos sangramentos da ovulação são esporádicos e não precisam de intervenção, pois cessam de forma espontânea.
GravidezDurante a gravidez a menstruação não ocorre. Entretanto, no início da gestação algumas mulheres apresentam um pequeno sangramento chamado nidação. O sangramento de nidação dura de 1 a 3 dias, apresenta uma coloração rosada e é considerado normal.
O que posso fazer: Apenas observe o sangramento. Se ele se tornar intenso e/ou demorar mais de 3 dias, busque o médico de família ou obstetra para avaliar o seu estado de saúde e o do seu bebê.
MenopausaNo período da menopausa, pode ocorrer a redução do ciclo menstrual e a menstruação pode se tornar irregular provocando sangramento de apenas um, dois ou três dias. Isto acontece devido à redução dos níveis de estrogênio do corpo.
O que posso fazer: Por ser uma situação normal que surge com a idade da mulher, não é necessário preocupar-se. Entretanto, se os sintomas da menopausa como presença de ansiedade e depressão, secura vaginal, insônia e fogachos causarem muito incômodo ou comprometerem o desenvolvimento das suas atividade diárias, procure um médico de família ou ginecologista.
Hipertireoidismo e HipotireoidismoO hipertireoidismo é caracterizado pelo aumento da atividade da glândula tireoide que provoca o aumento exagerado da produção de hormônios e, por este motivo, a aceleração de funções vitais do organismo. Já o hipotireoidismo é a redução da atividade da tireoide que, por sua vez, causa a diminuição da produção hormonal.
Entre as alterações causadas pelo hipertireoidismo e pelo hipotireoidismo está a irregularidade menstrual que pode se manifestar com sangramentos que podem durar um, dois ou 3 dias.
O que posso fazer: Nos casos de suspeita de hiper ou hipotireoidismo é preciso procurar o médico de família ou endocrinologista para a realização de exame de sangue e ultrassonografia da tireoide para definir o tratamento adequado.
Pólipo uterinoO pólipo uterino é o crescimento anormal de células na parede interna do útero (endométrio). Este crescimento forma nódulos dentro do útero e são comuns durante a menopausa. Estes pólipos podem causar menstruação que dura apenas um dia.
O que posso fazer: É necessária a avaliação do ginecologista para definir tratamento que pode ser feito com anticoncepcionais em mulheres que apresentam sintomas como, por exemplo, sangramentos intensos ou apenas acompanhamento de 6 em 6 meses para acompanhar se o pólipo cresce ou não.
Síndrome do Ovário Policístico (SOP)A Síndrome do Ovário Policístico é caracterizada pela presença de vários cistos nos ovários e desequilíbrio dos níveis de hormônios no sangue. Isto pode provocar irregularidade menstrual com menstruações que duram apenas um dia, acne, crescimento de pelos em excesso no corpo, facilidade para ganhar peso, acne e queda de cabelo.
O que posso fazer: Uma avaliação médica com a realização de exames de sangue e ultrassom é a melhor forma de definir o tratamento mais adequado.
Quando devo me preocupar?A menstruação em pouca quantidade e que dura um dia ou mesmo dois ou três dias não é, por si, um motivo de preocupação. Entretanto, vice deve estar atenta se surgirem os seguintes sintomas:
- Menstruação que não ocorre por tempo superior a 3 meses,
- Dor intensa durante as menstruações,
- Sangramentos frequentes entre as menstruações,
- Aumento da quantidade do sangramento,
- Tonturas,
- Desmaios.
Na presença destes sintomas, procure a avaliação de um médico de família ou ginecologista. Em caso de sangramento intenso e sensação de desmaios ou tonturas, se dirija à uma emergência hospitalar.
Para saber mais sobre menstruação, você pode ler:
Dúvidas sobre menstruação, sangramentos e escapes
Durante a pausa desse mês a menstruação veio diferente?
Minha menstruação veio duas vezes este mês, é normal?
Minha menstruação está irregular. O que pode ser?
Referências
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.
Sim. Sempre que houver relação sem proteção, existe a chance de engravidar, mesmo que não tenha ejaculação dentro da vagina.
Isso porque líquido seminal, líquido liberado pelo pênis durante a relação, já pode conter espermatozoides, embora raro, pode acontecer. Outro fator é o período em que ocorre a relação. Se acontecer próximo ao período fértil da mulher, aumenta a probabilidade.
De acordo com a sua pergunta, provavelmente ela não está grávida, visto que não houve penetração sem proteção durante a relação, somado ao fato de apresentar um teste de farmácia negativo, mas não podemos excluir com toda a certeza.
Portanto, a única forma de confirmar é com teste de gravidez, de 10 a 15 dia após o atraso menstrual. Se a menstruação não vier na data esperada, aguarde uma semana e repita o exame de gravidez. Se puder fazer o exame de sangue, Beta HCG, é ainda melhor.
Quantos centímetros precisa para engravidar?Não é preciso grande penetração para engravidar. Na verdade, pode nem penetrar, mas ejacular próximo à vagina, para possibilitar uma gravidez.
Muitos casais ainda fazem uso do método de coito interrompido para evitar uma gravidez. Esse método consiste em retirar o pênis da vagina quando percebe a proximidade da ejaculação. Entretanto, o método tem uma taxa de falha muito alto, por volta de 20%.
O que comprova que não depende da penetração ou ejaculação dentro da vagina. O líquido pré-ejaculatório ou líquido seminal já são contém espermatozoides.
Para evitar uma gravidez é preciso fazer uso de um contraceptivo, seja oral, como os anticoncepcionais femininos ou de barreira, como a camisinha (feminina ou masculina).
Gravidez pode acontecer somente com o líquido seminal?Sim. Embora a quantidade de espermatozoides seja baixa no líquido seminal, existe a possibilidade de a gravidez ocorrer.
Para que serve o líquido seminal?O líquido seminal ou pré-ejaculatório é expelido do pênis antes da ejaculação. Este líquido tem a função de fazer lubrificação durante o sexo. Além disso, auxilia no equilíbrio da acidez da uretra, uma vez que no homem a uretra libera tanto os espermatozoides como a urina.
Para evitar a gravidez e as infecções sexualmente transmissíveis, utilize camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais. Para esclarecer possíveis dúvidas, busque o médico de família ou urologista.
Entenda como calcular o seu período fértil no artigo: Como calcular o Período Fértil?
Referências
- Hatcher, R.A., Nelson, A.L., Trussell, J., et al. Contraceptive Technology. New York: Ayer Company Publishers. 2018
- World Health Organization. Family planning/contraception.
- Killick, S.R., Leary, C., Trussell, J., Guthrie, K.A. Sperm content of pre-ejaculatory fluid. Human Fertility, 14(1):48–52, 2011.
- Kovavisarach, E., Lorthanawanich, S., Muangsamran, P. Presence of Sperm in Pre-Ejaculatory Fluid of Healthy Males. Journal of the Medical Association of Thailand, 99:S38–41, 2016.