Sim, é possível o Beta-hCG estar positivo e a mulher não estar grávida. Isso é chamado de teste falso positivo e ocorre em casos de tumores germinativos (ovarianos ou testiculares - isto é, o Beta-hCG pode ser positivo inclusive em homens, que obviamente não estarão grávidos). Também pode ocorrer na gestação ectópica (em que o embrião não se implanta no local correto, geralmente se implantando nas tubas uterinas). Nestes casos, a gestação certamente não irá à termo e é condição de urgência que deve ser tratada cirurgicamente.
Amostras de pacientes com doenças trofoblásticas como coriocarcinoma ou mola hidatiforme que secretam hCG também podem produzir resultados positivos na ausência de gravidez. Finalmente, mesmo mulheres saudáveis não grávidas, quando na menopausa, podem apresentar falso positivo para gravidez. Determinações seriadas podem ser usadas na suspeita de gravidez anormal, quando o ritmo de elevação na concentração de hCG é menor do que o esperado.
É importante lembrar que o diagnóstico da gravidez não deve se basear somente no resultado do exame laboratorial, mas sim na correlação do resultado do teste com os sinais e sintomas clínicos. Além disso, um resultado negativo não deve ser considerado isoladamente para exclusão de gravidez, sugerindo realizar novo teste em amostra colhida após 7 dias (falso negativo). Quando o resultado for indeterminado, atenção especial na evolução, com repetição após 72 horas.
Veja também: Resultado do Exame de Gravidez - Beta-HCG
O diagnóstico de gravidez pode ser feito a partir do 2º dia de atraso menstrual e na gravidez normal a concentração dobra a cada 2 dias da 2ª.à 5ª.semana de evolução.
A interpretação dos resultados do exame deve ser realizada pelo médico que o solicitou, em conjunto com a história e o exame clínico. Para maiores informações, procure um médico clínico geral ou preferencialmente um ginecologista.
Sim. O corrimento marrom, associado a menstruação atrasada, pode ser um sinal de gravidez. Isso ocorre porque no momento em que o embrião se implanta na parede interna do útero, pode romper alguns pequenos vasos, causando um sangramento, chamado sangramento de nidação.
O sangramento de nidação tem como características principais: pequeno volume, quase imperceptível em algumas mulheres, de coloração amarronzada ou rosada, com duração de no máximo 2 a 3 dias.
Um corrimento marrom volumoso ou com duração maior que 3 dias não deve ter relação com a gravidez. Nesse caso devem ser pesquisadas outras causas como: sangramento de escape, infecções ou tumores. Para identificar a causa correta e tratamento, procure um ginecologista.
Como confirmar a gravidez?Para confirmar ou descartar uma gravidez, basta realizar o teste de farmácia e/ou teste de sangue com a dosagem do hormônio Beta HCG, de preferência após 7 dias de atraso menstrual.
Esses são os primeiros exames que apontam para a gravidez. Depois é importante avaliar o local aonde o embrião foi implantado e a possibilidade da gravidez evoluir satisfatoriamente, com a ultrassonografia e demais avaliações médicas.
Causas de corrimento marromExistem diversas outras causas para o aparecimento de um corrimento marrom na mulher. As mais comuns são:
- Uso de anticoncepcionais (sangramento de escape),
- Infecção urinária,
- Candidíase,
- Vaginose bacteriana,
- Doença sexualmente transmissível,
- Traumas,
- Aborto e o
- Câncer.
Com a avaliação das queixas e exame clínico, é provável que o médico defina as possibilidades para esse corrimento.
Corrimento marrom na gravidezNo caso de gravidez, além da sangramento de nidação, existem outros sintomas, como o atraso menstrual, enjoo pela manhã, maior sensibilidade nas mamas e sonolência. No exame clínico, o ginecologista é capaz de observar outros sinais como amolecimento do colo do útero e coloração da vulva alterada.
Entretanto, até 30% das grávidas podem ter algum tipo de sangramento no início da gestação, e cerca de metade deles são indicativos de aborto, por isso é tão importante informar ao médico sobre qualquer um evento de sangramento.
Corrimento marrom com uso de anticoncepcionaisChamado de sangramento de escape, o corrimento marrom ou menstruação escura, em pouca quantidade ou fora do período menstrual aguardado, é comum em mulheres que recorrem a anticoncepcionais hormonais.
Corrimento marrom na infecção vaginalNo caso de infecções, a mulher apresenta além do corrimento, queixas de ardência local, ardência e dor ao urinar, incômodo durante as relações, o corrimento tem mau cheiro e pode haver irritação na mucosa da vagina. Na candidíase é comum a presença de secreção esbranquiçada e coceira intensa.
Neste caso é preciso iniciar o tratamento com antibióticos ou antifúngicos o quanto antes, para evitar complicações de saúde como a dificuldade para engravidar. O ginecologista deverá avaliar o melhor tratamento, caso a caso.
Corrimento marrom nos casos de tumor ou câncerNos casos de tumor benigno ou câncer, a tumoração pode ou não ser visualizada ao exame clínico e ginecológico, porém pode ter como primeiro sintoma, a presença de pequenos sangramentos ou corrimento escuro. Os sintomas associados são de queixa de falta de apetite e perda de peso. A dor não costuma estar presente nos estágios iniciais da doença.
O que pode causar sangramento na gravidez?Uma das causas de sangramento nas primeiras semanas de gravidez é o aumento da irrigação sanguínea do útero, facilitando esses episódios, embora na maioria das vezes não seja sinal de alarme.
Os sangramentos que ocorrem depois dos primeiros meses de gestação, já preocupam, porque podem sinalizar um problema grave.
Causas de sangramento na primeira metade da gestação- Sangramento de nidação, pequeno sangramento marrom, devido à penetração do embrião na parede do útero;
- Gravidez ectópica, quando a gestação acontece fora do útero, o local mais comum é a trompa (ou tuba), por isso recebe o nome de gravidez tubária;
- Gestação molar, uma espécie de tumor da placenta que simula uma gestação, mas sem embrião;
- Aborto, ou início de abortamento.
Na segunda metade pode ser sinal de descolamento prematuro da placenta, ruptura do útero, placenta prévia, vasa prévia ou ainda início de trabalho de parto prematuro.
Outras causas de sangramento durante a gravidez incluem alterações hormonais, relação sexual, presença de pólipo uterino, candidíase, tricomoníase, herpes genital, entre outras.
Portanto, sempre que ocorrer sangramento ou corrimento, de qualquer cor ou tipo, procure imediatamente um ginecologista para avaliação.
Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:
- Corro risco de engravidar menstruada?
- Minha menstruação veio parecendo borra de café e bem pouca?
- Qual a diferença do sangramento da nidação e do escape?
- Corrimento marrom após relação sexual: o que pode ser?
- Corrimento amarelo pode ser gravidez?
- Corrimento marrom na gravidez é normal?
Referências:
UpToDate. Patient education: Vaginal discharge in women (The Basics). Sep 28, 2020
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Sim, é normal sair um líquido transparente da vagina durante a gravidez. Trata-se de uma secreção vaginal normal e que aumenta à medida que a gravidez avança, sendo mais intensa no 2º e no 3º trimestre de gestação.
Mesmo antes de engravidar, as mulheres já possuem um corrimento vaginal fisiológico, ou seja, normal, que é estimulado pelo hormônio estrogênio.
Porém, durante a gravidez, devido à maior produção hormonal e ao aumento do aporte sanguíneo para a região da vagina, o corrimento torna-se mais intenso.
É importante lembrar que para ser considerado "normal", a secreção vaginal deve ser constituída por um líquido transparente ou esbranquiçado semelhante à clara do ovo, não ter cheiro forte e não causar coceira ou ardência.
Se o corrimento for branco, amarelo ou esverdeado, com cheiro tipo peixe podre ou azedo, pode ser sinal de alguma infecção ou inflamação vaginal.
Neste caso, é preciso consultar o/a médico/a que está realizando seu pré-natal para que o problema seja tratado e não traga riscos para você e para o feto.
Os possíveis sinais e sintomas de um aborto espontâneo incluem sangramento vaginal (com sangue de coloração viva ou escura), dores abdominais ou cólicas, saída pela vagina de um coágulo de sangue ou um jato de líquido claro ou rosa, dor na coluna lombar (parte de baixo das costas), contrações uterinas doloridas e febre (aborto infectado).
Porém, vale lembrar que os abortos espontâneos nem sempre apresentam esses sinais e sintomas. É comum a mulher apresentar um aborto sem saber, sobretudo no início da gravidez.
Quais são os sintomas de uma ameaça de aborto?Uma ameaça de aborto provoca sangramento vaginal fraco ou moderado. Pode haver dores abdominais, tipo cólicas, normalmente pouco intensas.
O colo do útero encontra-se fechado e o volume uterino condiz com o tempo de gravidez. Não há sinais de infecção. Ao exame de ultrassom, tudo está normal e o feto está vivo.
Quais são os sintomas de um aborto completo?Esse tipo de aborto ocorre geralmente antes da 8ª semana de gestação. Nesses casos, a perda de sangue e as dores diminuem ou acabam depois da expulsão do embrião.
O colo uterino pode estar aberto e o tamanho do útero está menor que o esperado para a idade gestacional. No exame de ultrassom, a cavidade uterina está vazia ou com imagens de coágulos.
Quais são os sintomas de um aborto inevitável e incompleto?Apresenta sangramento maior que na ameaça de abortamento. A perda de sangue diminui com a saída de coágulos ou restos embrionários.
As dores geralmente são mais fortes que na ameaça de aborto. O colo do útero encontra-se aberto e o ultrassom confirma o diagnóstico.
Quais são os sintomas de um aborto retido?Normalmente evolui com a regressão dos sinais e sintomas da gravidez, podendo ocorrer sem os sinais de ameaça de abortamento. O colo uterino encontra-se fechado e não há sangramentos.
O exame de ultrassom mostra ausência de vitalidade ou presença de saco gestacional sem embrião.
Quais são os sintomas de um aborto infectado?Um aborto infectado provoca febre, sangramento vaginal com odor fétido, dores abdominais e eliminação de secreção com pus pelo colo uterino. A infecção geralmente é provocada por bactérias da própria flora vaginal.
Muitas vezes, está associado a manipulações do interior do útero através de técnicas inadequadas e inseguras.
Trata-se de um caso grave que deve ser tratado, independentemente da vitalidade do feto, pois pode evoluir para peritonite (infecção generalizada do interior do abdômen).
O que pode causar um aborto espontâneo?Cerca de metade dos casos de aborto são causados por anomalias genéticas. Outras causas comuns de aborto incluem:
- Falta de produção de hormônios;
- Alterações hormonais;
- Deficiências do sistema imunológico;
- Problemas renais;
- Diabetes descompensado;
- Doenças infecciosas (rubéola, toxoplasmose, HIV, sífilis…).
Os abortos espontâneos nem sempre têm a causa identificada, principalmente se o aborto acontecer logo nas primeiras semanas de gravidez.
Quais são os fatores de risco para ocorrer um aborto?IdadeMulheres grávidas aos 40 anos têm 40% de chances de terem um aborto. Aos 45 anos, o risco é de até 80%.
Abortos anterioresGestantes que já tiveram abortamentos anteriores têm mais chances de sofrerem um aborto espontâneo.
TabagismoFumar mais de 10 cigarros por dia pode aumentar em até 3 vezes as chances de abortamento. O abuso de álcool e o uso de drogas também eleva os riscos.
Uso de medicamentosO uso de medicamentos anti-inflamatórios durante o período da concepção aumenta as chances de aborto.
Baixo peso ou excesso de pesoSabe-se que mulheres com índice de massa corpórea (IMC) inferior a 18,5 ou superior a 25 apresentam mais riscos de terem um aborto. IMC menor que 20 indica peso abaixo do normal e acima de 25 significa sobrepeso.
Na presença de qualquer um desses sinais e sintomas de abortamento, entre em contato imediatamente com o/a médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral ou procure um serviço de urgência.
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Sim, dor no pé da barriga pode ser gravidez. No início da gestação, é possível haver dores (cólicas) no baixo ventre ou pé da barriga devido ao crescimento do útero. A dor costuma ser leve, mas a intensidade varia em cada mulher.
Além de dor no pé da barriga, pode surgir também desconforto pélvico ou sensação de peso na região inferior do abdômen, como se algo estivesse torcido dentro da barriga.
Outros sintomas iniciais de gravidez incluem atraso da menstruação, náuseas com ou sem vômitos, mamas doloridas e inchadas e aumento da frequência urinária.
É importante observar com que frequência a dor no pé da barriga ocorre, bem como a ocorrência de outros sintomas.
Em quanto tempo aparecem os primeiros sintomas de gravidez?Os primeiros sinais e sintomas de gravidez normalmente aparecem depois de 3 semanas que ocorreu a fecundação, ou seja, o encontro do espermatozoide com o óvulo.
Contudo, algumas gestantes podem apresentar os primeiros sintomas de gravidez logo no 6º dia após a fecundação. O atraso menstrual geralmente é o primeiro sintoma de gravidez. Contudo, alguns sinais podem surgir antes mesmo do atraso menstrual.
Vale lembrar que os sinais e sintomas de gravidez variam muito de mulher para mulher, bem como a intensidade, frequência e duração dos mesmos. Uma mesma mulher pode apresentar sintomas diferentes de uma gestação para outra.
Muitos dos primeiros sintomas de gravidez podem ser parecidos com as manifestações da tensão pré-menstrual.
Quais são os sintomas de gravidez?No início da gestação, além do atraso menstrual, podem estar presentes os seguintes sinais e sintomas:
- Dor no pé da barriga (dores abdominais), náuseas, vômitos;
- Aumento das mamas, alterações no paladar, gases;
- Tonturas, desejos alimentares, inchaço abdominal;
- Sangramento vaginal, dor de cabeça, dor nas mamas;
- Escurecimento dos mamilos, cansaço, sonolência;
- Constipação intestinal, tonturas, dor de cabeça;
- Aumento da frequência urinária, tontura, variações de humor;
- Dor na coluna lombar, acne e corrimento vaginal.
Depois, ao longo da gravidez, a mulher pode apresentar manchas na pele, aparecimento de uma linha escura no centro do abdômen, estrias, dor nas costas, azia, dor nas pernas, varizes (se houver predisposição) e hemorroidas.
A maioria das gestantes deixa de sentir náuseas depois do 3º mês de gravidez. Também é depois dos 3 primeiros meses que a sonolência diminui.
Identificar os sintomas de gravidez é muito importante para iniciar o acompanhamento pré-natal o mais precocemente possível.
Dentre as medidas que podem ser tomadas logo no início da gravidez incluem: controle dos níveis de glicose (açúcar) no sangue, controle da alimentação, suplementação com ácido fólico e ferro, controle da pressão arterial, tratamento precoce de infecções, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar.
Se a menstruação não estiver atrasada, é muito provável que a dor não seja sinal de gravidez e por isso deve ser investigada pelo médico a de família, clínico/a geral ou ginecologista.
Para saber mais, leia:
Dor no útero: 7 causas mais comuns e o que fazer
Dor no pé da barriga: o que pode ser?
Referências
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Sim. É normal sentir cólicas leves no início da gravidez. As cólicas do início da gestação são, em geral, de leve intensidade e localizada no baixo ventre ou “pé da barriga”. O desconforto é causado pelo aumento da circulação sanguínea no local, necessário para fornecer nutrientes e oxigênio ao bebê e permitir o desenvolvimento da gravidez.
Outro sintoma que pode estar presente no início da gravidez é a sensação de desconforto na pelve, semelhante a uma cólica menstrual leve. Nesse caso, a grávida costuma ter a sensação de que tem algo torcido dentro da barriga.
A intensidade e a forma de percepção da dor ou do desconforto pode variar em cada mulher. É importante observar qual a frequência dessa cólica, a localização e a associação com outros sintomas como constipação intestinal, sangramentos ou febre.
Contudo, as cólicas no início da gravidez também podem ter outras causas, que podem ou não estar relacionadas com a gestação, tais como contrações uterinas, prisão de ventre, gases, vermes, diverticulose, pedras nos canais urinários e infecção urinária.
O início da gravidez é marcado pelo aparecimento de alguns sinais e sintomas como atraso da menstruação, náuseas com ou sem vômitos, cólicas no baixo ventre, tensão nos seios e aumento da frequência urinária.
Quando as cólicas na gravidez podem ser graves?As cólicas que ocorrem durante a gravidez são mais comuns a partir do segundo trimestre de gestação e ocorrem na região inferior do abdômen (baixo ventre ou pé da barriga). Em alguns casos, a cólica também pode ser sentida no lado direito ou esquerdo da barriga.
Normalmente, essas dores são consideradas “normais” e são causadas pelo estiramento dos ligamentos da pelve e pelo aumento de tamanho do útero, que comprime estruturas da cavidade abdominal.
Porém, cólicas no baixo ventre durante a gravidez, semelhantes a cólicas menstruais intensas, podem ser sintomas de contrações uterinas. Esse tipo de dor requer uma atenção especial, já que as contrações podem provocar aborto ou parto prematuro.
As cólicas que ocorrem durante a gravidez ao fazer esforços físicos, por exemplo, melhoram com o repouso. Se a dor persistir, pode ser sintoma de contrações uterinas.
É importante realizar as consultas de pré-natal rigorosamente, para acompanhar a evolução da gestação e o desenvolvimento do feto.
Para saber mais sobre dor na barriga durante a gravidez, você pode ler:
Dor no pé da barriga durante a gravidez, o que pode ser?
Dor na barriga do lado esquerdo durante a gravidez, o que pode ser?
O exame de gravidez pode vir negativo mesmo a mulher estando grávida, quando isso ocorre trata-se de um resultado falso-negativo.
Diferentes razões podem levar a um falso-negativo, como a realização do teste numa fase muito precoce de gravidez, ciclos menstruais irregulares, uso de medicamentos, urina diluída, erro de leitura, teste de gravidez com a validade vencida ou gravidez ectópica.
Teste de gravidez feito muito precocementeOs testes de gravidez de urina, ou teste de farmácia, são os mais suscetíveis a apresentarem resultados falsamente negativos, principalmente quando são realizados muito antes do preconizado, quando os níveis de hormônio beta-HCG estão ainda baixos e não conseguem ser detectados pelo exame.
Por isso, geralmente é recomendado que a mulher aguarde o atraso menstrual para realizar o teste e o repita em uma semana, de modo a ter um resultado mais preciso.
A maioria dos testes atuais são sensíveis o suficiente para diagnosticar uma gravidez a partir do primeiro dia de atraso menstrual, ou mesmo alguns dias antes, no entanto, essa sensibilidade pode variar de teste para teste.
Portanto, é importante, sempre conferir o quanto o teste é sensível na embalagem ou bula do próprio teste de gravidez.
Ciclos menstruais irregularesMulheres que apresentam ciclos menstruais irregulares podem não conseguir identificar adequadamente o atraso menstrual e realizar o teste também prematuramente, o que pode levar a não detecção dos níveis de beta-HCG.
Nessa situação, a recomendação também é a repetição do teste em pelo menos 1 semana.
Urina diluídaAlgumas situações podem fazer com que a urina fique diluída e apresente uma menor concentração do hormônio beta-HCG, dificultando a avaliação desse hormônio.
O uso de medicamentos da classe dos diuréticos podem tornar a urina diluída a ponto de dificultar a detecção do hormônio beta-HCG num momento precoce da gravidez.
Se a mulher beber muito líquidos pode ocorrer também grande diluição da urina dificultando a concentração do beta-HCG e a sua detecção pelo teste.
Por isso está recomendado que o teste seja feito de preferência durante a manhã com a primeira urina do dia.
Erro de leituraVer o resultado do teste muito cedo ou muito rapidamente também pode fazer com que se entenda que o teste é negativo enquanto, na verdade, não foi esperado o tempo de funcionamento do teste. Por isso, deve-se proceder às recomendações de leitura do fabricante do teste utilizado.
Teste com a validade vencidaTestes utilizados fora do prazo ou armazenados em condições inapropriadas podem perder a sua capacidade de avaliação e sensibilidade. Confira sempre a validade do teste e repita com outro kit se necessário.
Gravidez ectópicaUma gravidez ectópica apresenta menores índices de hormônio beta-HCG, podendo levar a um teste falso-negativo. A gravidez ectópica ocorre quando o embrião se implanta fora do útero, é diagnosticada através da realização de uma ultrassonografia.
Caso ainda tenha dúvidas sobre o resultado de um teste de gravidez negativo, repita-o em sete dias. É valido lembrar que o atraso menstrual pode ser causado por outras condições, portanto, caso o atraso da menstruação persista na ausência de gravidez. consulte um médico de família ou ginecologista para uma avaliação.
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Não existem evidências claras de que o chá de maconha provoque aborto, mas o seu efeito durante a gravidez é controverso.
Em um estudo feito com mulheres internadas devido a abortos induzidos, cerca de 65% delas utilizam algum tipo de chá, inclusive o chá de maconha. Entre os chás utilizados foram utilizados chás de buchinha, arruda, boldo, canela, laranja e até de pimenta.
Destas que usaram chás para interromper a gestação, houve complicações como infecções e hemorragias em aproximadamente 12% dos casos.
O percentual de mulheres com complicações decorrentes de aborto induzido por chás foi maior do que nas que utilizaram medicamento para o efeito.
Assim, conclui-se que os efeitos do chá de maconha na gravidez são inconclusivos e não se pode afirmar com certeza se provoca ou não aborto.
Quais são os efeitos do chá de maconha?Os principais efeitos físicos agudos causados pelo chá de maconha incluem hiperemia das conjuntivas (olhos avermelhados), xerostomia (boca seca), taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos, podendo chegar a 140 batimentos por minuto ou mais) e dilatação das pupilas.
A longo prazo, se a maconha for fumada, os pulmões também são afetados e aumentam os riscos de problemas respiratórios, como aumento de crises de bronquite.
Apesar da fumaça da maconha conter substâncias cancerígenas, ainda não existem provas científicas que o seu uso crônico aumente os riscos de câncer de pulmão.
Veja também: Maconha pode fazer bem à saúde?
De qualquer maneira, o uso de todo e qualquer tipo de droga, legal ou ilegal, é contraindicado durante a gravidez pelos possíveis riscos a saúde da gestante e da criança.
Mesmo os chás de plantas ou ervas que não possuem princípios psicotrópicos não devem se consumidos indiscriminadamente por mulheres grávidas, pois existem chás que podem induzir o aborto.
Portanto, caso tenha dúvida sobre quais chás podem ou não ser consumidos na gestação é importante consultar o médico de família ou obstetra que acompanha o pré-natal.