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Quais são os sintomas físicos de estresse?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas físicos de estresse (stress) podem incluir diarreia ou prisão de ventre, falta de memória, dores frequentes, dor de cabeça, falta de energia, dificuldade de concentração, falta de libido ou outros problemas sexuais, rigidez no pescoço ou na mandíbula, cansaço, insônia, sono excessivo, dor no estômago, perda ou ganho de peso.

O estresse pode causar muitos tipos de sintomas físicos e emocionais e muitas vezes a pessoa pode não perceber que esses sintomas estão relacionados ao estresse. Com o tempo, o estresse se torna crônico e pode colocar a saúde em risco, podendo aumentar o risco de:

  • Hipertensão arterial (pressão alta);
  • Insuficiência cardíaca;
  • Diabetes;
  • Obesidade;
  • Depressão ou ansiedade;
  • Problemas de pele, como acne ou eczema;
  • Alterações menstruais.

Se a pessoa já tiver alguma doença ou problema de saúde, o estresse crônico pode piorar o quadro.

Por que estresse pode causar sintomas físicos?

O corpo reage ao estresse liberando hormônios. Esses hormônios deixam o cérebro em estado de alerta, aumentam a tensão muscular e aceleram os batimentos cardíacos.

Trata-se de uma reação natural do corpo diante de situações estressantes, preparando a pessoa para enfrentar tais situações. A curto prazo, essas reações são benéficas, pois ajudam a pessoa a gerenciar a situação que está causando o estresse.

Porém, quando o estresse é excessivo e se torna crônico, o corpo permanece em constante estado de alerta, mesmo quando não há perigo. Nesses casos, além de causar sintomas físicos e emocionais, o estresse torna-se prejudicial à saúde, causando doenças e prejudicando o funcionamento normal do corpo.

O que é o estresse?

O estresse é uma sensação de tensão física ou emocional. A palavra vem do inglês stress, que significa literalmente “tensão”. Pode ocorrer devido a qualquer situação ou pensamento que a faça a pessoa se sentir frustrada, irritada ou nervosa.

O estresse é uma reação do corpo a uma situação de desafio, exigência ou necessidade. Pequenos episódios de estresse podem ser positivos, pois ajudam a pessoa a resolver certas situações, como evitar um perigo ou cumprir um prazo, por exemplo. Contudo, quando o estresse dura muito tempo, pode prejudicar a saúde.

Quais são os tipos de estresse?Estresse agudo

Trata-se de um estresse de curto prazo, que desaparece rapidamente. Pode ocorrer, por exemplo, ao frear de repente um veículo, durante uma briga ou discussão, ao pular de paraquedas, entre outras situações perigosas ou emocionantes. Todas as pessoas passam por um estresse agudo em um momento ou outro na vida.

Estresse crônico

Esse tipo de estresse permanece por um período prolongado de tempo. Uma pessoa pode ter estresse crônico devido a dificuldades financeiras, insatisfação no casamento, problemas no trabalho, entre outras situações em que o estresse torna-se constante e duradouro.

Qualquer tipo de estresse que continua por semanas ou meses é considerado crônico. A pessoa pode se acostumar de tal forma a esse estresse prolongado e excessivo que pode nem perceber que se trata de um problema. Se o indivíduo não encontrar maneiras de gerenciar o estresse, a sua saúde pode ser prejudicada.

Quais as causas de estresse?

As causas do estresse variam de pessoa para pessoa e não têm necessariamente que estar associadas a situações ruins. Algumas fontes comuns de estresse incluem:

  • Casar-se ou divorciar-se;
  • Começar um trabalho novo;
  • Morte de um cônjuge ou parente próximo;
  • Demissão do emprego;
  • Aposentadoria;
  • Ter um bebê;
  • Problemas financeiros, no trabalho ou em casa;
  • Mudanças de casa;
  • Tem uma doença grave.

Na presença de sintomas físicos ou emocionais de estresse, consulte um médico de família, um um psicólogo ou um psiquiatra, para receber tratamento, orientações ou ainda encaminhamento para outro profissional para ajudar a gerenciar o seu estresse.

Saiba mais em: Estresse e nervosismo podem causar manchas roxas no corpo?

O que é adrenalina e quais os seus efeitos no nosso corpo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A adrenalina ou epinefrina é um hormônio produzido por glândulas localizadas sobre os rins (glândulas suprarrenais), responsáveis por preparar o corpo para reagir em situações de euforia, medo ou estresse emocional.

Este hormônio tem concentração muito baixa no sangue em condições normais, porém quando sentimos excitação, medo ou sensação de perigo, é secretado em maior quantidade no sangue para que o nosso corpo se prepare para correr, pular ou efetuar movimentos que exigem reflexos rápidos.

Efeitos da adrenalina

Em momentos de grande empolgação ou em situações de luta ou fuga do perigo, real ou imaginário, a adrenalina é secretada em maior quantidade e produz no corpo diversos efeitos:

  • Estimula o coração aumentando a frequência cardíaca;
  • Aumenta o fluxo sanguíneo para a musculatura;
  • Amplia o estado de atenção do cérebro, o que provoca reações mais rápidas e estimulam a memória;
  • Acelera a frequência respiratória;
  • Aumenta a pressão arterial;
  • Nos pulmões, provoca a abertura dos brônquios;
  • Promove a dilatação das pupilas, o que facilita a visão quando nos encontramos em locais escuros;
  • Aumenta a concentração de glicose no sangue pela transformação do glicogênio e gordura em açúcar;
  • Produz energia extra por meio do aumento da glicemia (açúcar no sangue);
  • Inibe a atividade digestiva e excretora para economizar energia;
  • Aumenta a sudorese (suor).
O que estimula a produção de adrenalina?

A produção de adrenalina é estimulada quando passamos por situações que demandam respostas rápidas tanto do nosso cérebro, como do nosso corpo.

Prática de esportes

Praticar esportes, especialmente os esportes radicais, como voo livre, rapel, salto de paraquedas e escalada aumentam os níveis de adrenalina no sangue.

Lembre-se que a alta concentração de adrenalina na corrente sanguínea aumenta a pressão arterial, o que se constitui em um risco para quem tem problemas cardíacos. Por este motivo, antes de iniciar a prática de qualquer esporte radical efetue exames médicos que avaliem a saúde do seu coração.

Momentos importantes da vida e vivência de emoções fortes

Situações que podem acarretar mudança na sua vida, como a realização de um concurso, provas em geral, entrevistas ou momentos nos quais você será avaliado, provocam no corpo o aumento da excreção de adrenalina.

Do mesmo modo, a vivência de emoções fortes como alegria intensa, excitação, ansiedade e raiva também fazem com que seja aumentada a produção de adrenalina pelo organismo.

Medo, perigo e estresse

Diante de ocasiões que nos causam medo, sensação de perigo iminente, preocupação e estresse intensos com situações que possam vir a acontecer, somos colocados em estado de luta ou fuga, para enfrentar tais situações, pela ação da adrenalina. Estes estados – luta ou fuga – são desencadeados exatamente pelo aumento da quantidade de adrenalina lançados na nossa corrente sanguínea.

Redução da glicemia

A redução dos níveis de açúcar no sangue (glicemia) aumenta a produção de adrenalina para que ocorra a transformação de gorduras e glicogênio em glicose.

Adrenalina e estresse

Pessoas que vivem sob estresse constante mantém elevadas as concentrações de adrenalina no sangue, uma vez que seu corpo e seu cérebro se encontram sempre em estado de alerta.

Este estado permanente de atenção e de ativação dos mecanismos de reação rápida do corpo trazem diversos riscos para a saúde. Entre eles estão: doenças cardiovasculares, pressão alta, arritmias cardíacas, desenvolvimento de distúrbios hormonais, neurológicos, psiquiátricos e auto-imunes.

Neste caso, busque realizar atividades que auxiliam no relaxamento e na redução do estresse. Você pode praticar atividade física em academias ou ao ar livre, fazer yoga, meditação, dança ou qualquer atividade que ajude a mediar o estresse diário. Se necessário, não tenha vergonha de procurar atendimento psicológico ou psiquiátrico. Estes profissionais podem ser muito importantes quando estamos submetidos a situação de estresse elevado.

Adrenalina pode ser usada como medicamento?

Sim. A adrenalina pode ser usada em sua forma sintética como medicamento. Entretanto, o uso da adrenalina sintética é efetuado somente em ambiente hospitalar e não é encontrado para compra livre em farmácias.

O medicamento é indicado em casos de:

  • Asma grave;
  • Parada cardiorrespiratória: como estimulante do coração e vasoconstritor (provoca a contração dos vasos sanguíneos);
  • Reações alérgicas graves (reações anafiláticas);
  • Redução intensa da pressão arterial.

Para mais informações sobre a ação da adrenalina no organismo, converse com seu médico de família ou clínico geral.

Estafa: 7 Sintomas que indicam um esgotamento (físico e mental)
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A estafa caracteriza-se por um conjunto de sintomas físicos, emocionais e mentais que indicam um esgotamento. Dor de cabeça, dor de estômago, alterações no apetite e no sono estão entre os principais sintomas de esgotamento físico. O esgotamento mental e emocional manifesta-se principalmente por ansiedade, desânimo e dificuldade de sentir prazer.

Além desses sintomas, a estafa provoca ainda alguns sinais característicos de comportamento como isolamento, fantasias de fugir da realidade, irritabilidade e queda de desempenho nas atividades diárias. Com o tempo, pode haver ainda a ocorrência de doenças frequentes.

1. Sintomas físicos

Os sintomas físicos de esgotamento podem incluir dor de cabeça, dor de estômago, alterações no apetite e no sono, enxaqueca, transpiração, fadiga, pressão alta, alteração nos batimentos cardíacos, dores musculares e problemas gastrointestinais.

2. Sintomas mentais e emocionais

O esgotamento mental pode causar sintomas como ansiedade, desânimo, dificuldade de sentir prazer, dificuldade de raciocinar, preocupação, sentimentos de incapacidade ou inferioridade, falta de motivação e criatividade.

Pessoas que sofrem de estafa geralmente sentem que não têm mais nada para dar e podem temer sair da cama todas as manhãs. Elas se sentem esgotadas emocionalmente, não têm energia para realizar seu trabalho, sentem-se incapazes de lidar com as situações e podem até adotar uma perspectiva pessimista em relação à vida e se sentir sem esperança.

Isso pode desencadear uma depressão. Indivíduos com depressão experimentam sentimentos e pensamentos negativos sobre todos os aspectos da vida, não apenas no trabalho. Os sintomas de depressão também podem incluir uma perda de interesse pelas coisas, sentimentos de desesperança e pensamentos de suicídio.

3. Isolamento

Pessoas com estafa tendem a se sentir sobrecarregadas. Quem sofre de esgotamento costuma ver seu emprego cada vez mais estressante e frustrante. O indivíduo pode ficar cínico sobre suas condições de trabalho e as pessoas com quem trabalha.

Eles também podem se distanciar emocionalmente e começar a sentir-se entorpecidos com o trabalho. Como resultado, elas podem parar de socializar e confiar em amigos, familiares e colegas de trabalho.

4. Fantasias de fugir da realidade

Insatisfeitos com as demandas intermináveis da sua vida diária, indivíduos com estafa podem fantasiar sobre fugir da realidade, seja fugindo de fato ou saindo de férias sozinhos, por exemplo. Em casos extremos, eles podem recorrer a drogas, álcool ou comida como forma de aliviar sua dor emocional.

5. Irritabilidade

A estafa pode fazer a pessoa se descontrolar com amigos, colegas de trabalho e familiares mais facilmente. Lidar com fatores estressantes normais, como preparar-se para uma reunião de trabalho, levar as crianças para a escola e cuidar das tarefas domésticas também pode parecer insuperável, especialmente quando as coisas não saem como o planejado.

6. Queda do desempenho

O esgotamento afeta principalmente as tarefas cotidianas no trabalho ou em casa. A pessoa tem sentimentos negativos em relação às tarefas, dificuldade de concentração e geralmente não tem criatividade.

7. Doenças frequentes

A longo prazo, a estafa pode baixar a imunidade, aumentando a suscetibilidade a resfriados e gripes. O esgotamento também pode levar a problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade.

O que é estafa?

Estafa ou esgotamento é um estado de exaustão emocional, mental e física provocada por estresse prolongado ou repetido. Trata-se de uma condição severa de estresse que leva à exaustão física, mental e emocional grave. Sem tratamento, o esgotamento pode causar doenças físicas e psicológicas, como depressão, doenças cardíacas e diabetes.

O que causa estafa?

Qualquer pessoa continuamente exposta a altos níveis de estresse pode sofrer um esgotamento. O esgotamento surge em resposta ao estresse emocional, físico e interpessoal crônicos.

O estresse que contribui para a exaustão pode vir principalmente do trabalho, mas o estresse do estilo de vida em geral pode aumentar esse estresse.

Características de personalidade e padrões de pensamento, como necessidade de estar no controle, perfeccionismo e pessimismo, também podem aumentar as chances de esgotamento.

Uma vez estabelecida, a estafa pode ter uma ampla gama de efeitos no desempenho no trabalho e no bem-estar pessoal.

Se estiver com sintomas de esgotamento, consulte um médico clínico geral ou médico de família para receber orientações e um tratamento adequado.

Qual é o tratamento para o transtorno da personalidade esquiva?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para o transtorno da personalidade esquiva é feito com psicoterapia e quando necessário medicamentos psiquiátricos. A medicação muitas vezes usada para tratar esse tipo de transtorno de personalidade é composta por antidepressivos e ansiolíticos. Na psicoterapia, dentre os métodos mais utilizados está a terapia cognitivo-comportamental.

O tempo de duração do tratamento do transtorno da personalidade esquiva pode levar anos. O objetivo principal é controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.

A terapia cognitivo-comportamental utiliza várias técnicas para reformular as crenças e os pensamentos desviantes do paciente, fornecendo ferramentas para que ele possa diferenciar os pensamentos, os sentimentos e a realidade.

Ao distinguir esses elementos, torna-se mais fácil perceber os seus processos automáticos de pensamentos e sentimentos negativos que favorecem a manutenção do seu transtorno de personalidade.

Através da psicoterapia, a pessoa analisa os seus comportamentos e toma consciência do quanto esses pensamentos e sentimentos interferem no equilíbrio das suas emoções. Tais pensamentos negativos são analisados, desafiados e colocados em causa pelo próprio paciente, por meio de explicações baseadas no que é real e concreto.

Os resultados da terapia cognitivo-comportamental no tratamento do transtorno da personalidade esquiva são bastante satisfatórios, já que oferece à pessoa uma chance de criar um ambiente novo e estável para regular o seu estado emocional e psicológico.

As sessões podem ser realizadas uma ou duas vezes por semana, podendo depois passar para intervalos mais espaçados de 15 dias.

Contudo, para o sucesso do tratamento é fundamental que exista uma relação de confiança e empatia entre psicoterapeuta e paciente. Caso haja resistência na aceitação da terapia, as mudanças podem ser poucas e os resultados pouco satisfatórios.

O tratamento do transtorno da personalidade esquiva é realizado por médico psiquiatra e psicoterapeuta.

Saiba mais em:

Sou muito estressada e nervosa, pode ser depressão e que posso fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A depressão pode cursar com diferentes sintomas, os principais são a tristeza profunda sem motivo aparente e a falta de prazer em qualquer atividade, mesmo naquelas que anteriormente traziam alegria e eram agradáveis. Os pensamentos suicidas também são indicativos de depressão com um grau importante de acometimento.

Outros sintomas de depressão são:

  • Irritabilidade, angústia, ansiedade;
  • Desânimo, cansaço fácil;
  • Desinteresse, falta de motivação e apatia;
  • Falta de vontade e dificuldade de tomar decisões;
  • Sentimentos de medo, insegurança, desespero ou vazio;
  • Pessimismo, ideias de culpa e baixa auto-estima;
  • Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;
  • Diminuição da libido e do prazer sexual;
  • Perda ou aumento do apetite;
  • Insônia ou aumento do sono;
  • Dores e outros sintomas físicos sem causa justificável.

É importante lembrar que a depressão é uma doença com tratamento, portanto, caso esteja apresentando os sintomas acima procure ajuda profissional, o seu médico pode orientá-lo sobre o tratamento, em alguns casos o psicólogo pode ser essencial também.

Leia mais em:

Donaren pode engordar?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O Donaren pode levar ao aumento do peso, pois um possível efeito colateral é o aumento do apetite, o que pode fazer com que a pessoa ingira mais calorias que o normal. Ainda assim, esse efeito é incomum. Por isso, poucas pessoas engordam devido ao uso do medicamento.

As reações adversas mais comuns são dor de cabeça, cansaço, tontura, sonolência, náusea, boca seca ou sabor desagradável no início do tratamento. Em geral, esses efeitos desaparecem com o uso, mas é importante informar o médico no caso de qualquer reação diferente da esperada.

Outros efeitos adversos possíveis são:

  • Inchaço, agitação, confusão e desorientação mental, tremores, diminuição de memória, sudorese noturna, diminuição de libido, dores musculares, distúrbios gastrointestinais, geniturinários, oftalmológicos (como o embaçamento visual) e sensação de falta de ar (comuns);
  • Reações alérgicas; arritmias, pressão baixa após mudança de postura e outros problemas cardíacos, distúrbios psiquiátricos, dermatológicos e endócrinos; insônia, ansiedade, convulsões, dificuldade para falar, perda auditiva parcial; esofagite de refluxo e hepatite; incontinência e aumento da frequência urinária, impotência, ejaculação retrógrada, ereção prolongada feminina; glaucoma, visão dupla, dor ocular e olho seco; anemia (incomuns);
  • Ereção prolongada, dolorosa ou inapropriada masculina (muito raro) — neste caso, deve-se interromper imediatamente o tratamento e consultar o médico.

A trazodona (que é a substância ativa do Donaren) também pode afetar a coagulação do sangue, resultando em risco de sangramentos nasais e hemorragias.

Leia também:

Referência:Bula do medicamento Donaren®

Deixei de fumar e agora meus intestinos não funcionam...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Primeiro deve realmente parar de fumar e segundo deve procurar ajuda ou de um médico para te receitar medicamentos ou um psicólogo para fazer psicoterapia e tentar "organizar" essas suas ansiedades. dieta rica em fibras e exercícios físicos regulares vão fazer seu intestino funcionar bem depois que resolver o restante.

Valeriana serve para tratar ansiedade?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, a valeriana é uma planta com propriedades calmante e sedativa, sendo indicada para casos leves de ansiedade, estresse, irritabilidade, agitação nervosa e insônia. A Valeriana officinalis, nome científico da planta, possui em sua composição diversas substâncias que atuam juntas para produzir todos esses efeitos, com benefícios comprovados na melhora da qualidade do sono e bem estar.

A Valeriana officinalis pode ser consumida sob a forma de extrato, cápsulas ou chá. O seu principal efeito é diminuir o tempo de indução do sono, ou seja, a pessoa adormece mais rápido. Trata-se de um “sonífero” natural. Por isso, a planta serve para auxiliar o tratamento de insônia associada à ansiedade leve.

Valeriana officinalis

Para usufruir dos benefícios sedativos e melhorar a qualidade do sono, recomenda-se tomar o extrato, a cápsula ou o chá da planta 30 minutos a 2 horas antes de se deitar.

A valeriana também tem ação antiespasmódica, significa que a planta previne e alivia os espasmos musculares de músculos lisos presentes em órgãos como intestino, estômago, útero e bexiga, sendo também indicada para alívio de cólicas. E ainda, é muito utilizada na substituição de ansiolíticos alopáticos, como os benzodiazepínicos (diazepam e lorazepam), por não causar dependência química.

Como a valeriana funciona?

As propriedades medicinais da valeriana vêm da ação conjunta de 3 princípios ativos que atuam no funcionamento das células cerebrais:

  • Valepotriatos: estabilizam as respostas emocionais e induzem à sedação;
  • Sesquiterpenos: aumentam os níveis de GABA, um neurotransmissor que desacelera a atividade cerebral;
  • Lignanas: têm ação sedativa.

Os mecanismos de ação da valeriana, responsáveis pela sua propriedade sedativa, não estão totalmente esclarecidos. Contudo, acredita-se que a sua capacidade de induzir o sono esteja relacionada com o aumento da produção ou com a diminuição da degradação do neurotransmissor GABA.

O GABA é uma substância que atua na modulação da transmissão dos sinais entre as células nervosas. Trata-se de um inibidor do sistema nervoso central, ou seja, diminui a atividade cerebral, causando sonolência e relaxamento.

Quais os efeitos colaterais da valeriana?

Desde que usada nas doses indicadas, a valeriana não produz efeitos colaterais. Porém, em excesso, pode causar cansaço, diminuição dos batimentos cardíacos (bradicardia), arritmia, prisão de ventre, sonolência, cólicas abdominais, tontura, tremores e dilatação das pupilas. Porém, esses efeitos colaterais desaparecem em até 24 horas depois de suspender o seu uso.

O uso de Valeriana officinalis por tempo prolongado pode causar dor de cabeça, cansaço, insônia, dilatação das pupilas e distúrbios cardíacos.

Deve-se ter cuidado quando optar por suspender a valeriana após uso de altas doses e por períodos prolongadas, devido ao risco de síndrome de abstinência.

Quando utilizada junto a outros medicamentos sedativos ou tranquilizantes, a valeriana pode potencializar o efeito dos mesmos. Da mesma forma, o álcool aumenta o efeito sedativo da valeriana. Por essa razão, não se deve misturar bebidas alcoólicas com Valeriana officinalis.

Mulheres grávidas ou que estão amamentando só devem utilizar valeriana com orientação médica.

Como tomar valeriana?

As doses de Valeriana officinalis variam conforme a forma de consumo da planta, os efeitos pretendidos e a sensibilidade de cada pessoa. Em geral, recomenda-se tomar valeriana da seguinte forma:

  • Chá: 1,5 g de valeriana para cada 150 ml de água - tomar até 3 xícaras por dia;
  • Extrato líquido: 30 a 50 gotas, uma a três vezes ao dia;
  • Extrato seco (cápsulas): 100 mg a 400 mg ao dia.

No caso do chá, recomenda-se esmagar a planta e utilizar água fria, deixando depois em repouso durante várias horas (todo o dia ou toda a noite) antes de beber.

Para maiores informações sobre as indicações da valeriana, consulte um médico clínico geral, médico de família ou homeopata.