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Quais os sintomas dos distúrbios do sono?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os distúrbios do sono podem causar diferentes tipos de sintomas, durante o sono ou no dia seguinte, devido à falta de um sono reparador. Podemos destacar como principais sintomas:

  • Dificuldade para iniciar o sono
  • Dificuldade em manter o sono, despertares noturnos frequentes
  • Dificuldades em ter uma rotina de sono regular
  • Comportamentos não esperados durante o sono
  • Cansaço durante o dia, sonolência diurna
  • Fadiga
  • Sensação de fraqueza
  • Déficit de memória
  • Dificuldade de concentração e atenção
  • Distúrbios de humor
Distúrbios de sono

Os principais tipos de distúrbios do sono incluem: insônia, sonambulismo, apneia do sono, bruxismo, narcolepsia e síndrome das pernas inquietas.

Os distúrbios podem ter como causas problemas emocionais, como depressão, estresse ou ansiedade; doenças crônicas; efeitos adversos de medicamentos; ambiente que não favorece o sono (excesso de luz, ruídos, temperatura inadequada...); consumo exagerado de bebidas com cafeína, bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas; hábito de fumar; hábito de dormir durante o dia (cochilos prolongados); falta de rotina de sono, entre outras.

Insônia

A insônia, um dos distúrbios do sono mais comum, pode se manifestar de diversas formas. Os sintomas podem incluir dificuldade para dormir ou manter o sono, cansaço importante no dia seguinte, associado a distúrbios de atenção e humor.

Os episódios de insônia podem ser temporários, com duração de 2 a 3 semanas, ou crônicos, permanecendo por mais de 3 meses, ou mesmo durante anos.

Apneia do sono

Na apneia do sono, o organismo de forma a se proteger, causa os despertares noturnos cada vez que ocorre uma interrupção prolongada da respiração, ou que leve a uma queda importante de saturação de oxigênio no sangue.

Nesses casos, deve ser investigada a causa da apneia e iniciado o tratamento o quanto antes. Existem pacientes que inclusive tem a necessidade de uso de aparelhos que ajudam na respiração, o CPAP, e que ao iniciar o seu uso, resolvem completamente os sintomas.

Alterações de comportamento durante o sono

Os distúrbios que provocam comportamentos anormais durante o sono são mais frequentes em crianças. Esses distúrbios incluem o sonambulismo, o terror noturno e o distúrbio de comportamento do sono profundo (REM), em que a pessoa pode se movimentar violentamente quando está sonhando, podendo até machucar a pessoa que estiver dormindo ao seu lado, chamado também de sonhos vívidos.

Sabendo que os distúrbios do sono podem causar outras doenças, como hipertensão e diabetes para quem já apresenta predisposição genética, além de causar uma qualidade de vida ruim, é recomendado que procure atendimento e tratamento ao primeiro sinal da doença.

O tratamento dos distúrbios do sono varia conforme a causa, podendo ter atuação de diferentes especialidades médicas, como neurologia, psiquiatria, pneumologia e otorrinolaringologia.

Saiba mais em:

Distúbios do sono: Quais os principais tipos e como identificá-los?

Quais são as fases do sono e o que acontece em cada uma delas?

10 Dicas para Melhorar a Qualidade do Sono

Sono excessivo: o que pode ser?

Transtorno de humor tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Depende. Alguns casos específicos de transtornos de humor podem ser curados, mas na maioria das vezes, são controlados e tratados por toda a vida, com períodos de melhora completa intercalados com episódios de novas crises.

Como é o tratamento?

A base do tratamento de qualquer transtorno de humor é:

  • Medicamentos
  • Psicoterapia
  • Atividade física

O medicamento é essencial para o alívio mais rápido dos sinais e sintomas e para a adesão ao tratamento. Sabendo que a etapa mais difícil de ultrapassar é a aceitação do problema, por não ser visível como uma ferida ou uma hipertensão vista no aparelho de pressão, o próprio paciente demora a procurar atendimento e a iniciar o medicamento.

Em seguida, e não menos importante, deve ser iniciado a psicoterapia, aonde o paciente poderá compreender melhor seus sintomas, e como conduzir as situações cada vez mais de forma autônoma, sem a necessidade de medicações. Existem diversas técnicas de tratamento, como musicoterapia, cognitivo-comportamental, técnicas de respiração entre outras, que serão definidas caso a caso, em conjunto com o/a terapeuta.

Por fim, a atividade física, que comprovadamente auxilia no equilíbrio do corpo, hormônios e neurotransmissores, completando o tratamento mais eficaz para o resultado esperado por quem sente os sintomas tão angustiantes desses transtornos, e por quem convive e ama essas pessoas. As mais indicadas são as atividades em grupo e prazerosas, para evitar o desinteresse.

Depressão

O tratamento da depressão é feito com psicoterapia e medicamentos antidepressivos. As técnicas de psicoterapia mais usadas para tratar esses tipos de transtorno de humor incluem a terapia cognitivo-comportamental e a psicanálise.

Os medicamentos servem sobretudo para proporcionar uma melhor recuperação no início do tratamento, de maneira que a pessoa entenda a necessidade de manter o tratamento pelo tempo que for necessário e evitar fatores que precipitem as crises ou novos episódios.

O tempo de duração mínimo do tratamento com antidepressivos é de 6 a 8 meses. Em 15 dias o medicamento normalmente começa a fazer efeito e grande parte das pessoas começa a sentir uma melhora significativa dos sintomas, porém é fundamental a manutenção, para evitar efeito rebote.

Transtorno Bipolar

O tratamento do transtorno bipolar pode incluir o uso de medicamentos antipsicóticos e antidepressivos, além de psicoterapia. Os remédios podem demorar algum tempo para começarem a fazer efeito, por isso os resultados não são imediatos.

A importância das medicações no tratamento do transtorno bipolar é a capacidade delas prevenirem mudanças bruscas do humor, acalmarem a mente e diminuir a tristeza.

Outros transtornos de humor

Os demais transtornos de humor, como a ansiedade generalizada, esquizotípicos entre outros também tem como base de tratamento o uso de medicamentos antidepressivos, antipsicóticos e ansiolíticos, dependendo de cada caso, além da psicoterapia.

O que vai definir a cura completa ou não é a avaliação médica, história clínica, história familiar e fatores ambientais.

O/A especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento dos transtornos de humor é o/a médico/a psiquiatra.

Saiba mais em:

Quais são os sintomas do transtorno de humor e as suas causas?

Quais são os tipos de transtorno de humor?

Quais os sintomas dos transtornos de personalidade?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sinais e sintomas dos transtornos de personalidade normalmente se manifestam no final da infância ou durante a adolescência, e variam bastante de acordo com o tipo de transtorno. Porém, a confirmação do diagnóstico só pode ocorrer depois dos 18 anos de idade.

Os sintomas em geral mais comuns são:

  • Oscilação no humor
  • Mudança de comportamento constante
  • Comportamentos muito rígidos, dificuldade de adaptação às situações adversas
  • Desinteresse pelos outros ou pelas questões sociais
  • Dificuldade em construir ou manter relacionamentos

Os transtornos de personalidade levam a pessoa a ter um estilo de vida interior ou um comportamento bem diferente do que é esperado dela cultural e socialmente.

Isso se manifesta na interpretação de si mesmo, dos outros e dos acontecimentos (cognição), na adequação à resposta emocional (afetividade), no relacionamento interpessoal e no controle dos impulsos.

Trata-se de perturbações graves que causam muito sofrimento para a pessoa, amigos e seus familiares.

Os transtornos de personalidade têm uma forte relação com fatores hereditários, sendo estes verificados em quase metade dos casos. Portanto, não é só o ambiente que contribui para o desenvolvimento desses transtornos, mas também a hereditariedade.

Um comportamento frequentemente observado em indivíduos com transtornos de personalidade é o abuso de bebidas alcoólicas e outras drogas.

Vale lembrar que os transtornos de personalidade se tornam mais evidentes em momentos de estresse e ansiedade.

O/A médico/a psiquiatra é o/a especialista indicado/a para diagnosticar os transtornos de personalidade e indicar o tratamento mais adequado em cada caso.

Saiba mais em:

Transtorno de personalidade é uma doença mental?

Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?

Qual é o tratamento para os transtornos de personalidade?

Alcoolismo: Como identificar e tratar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas do alcoolismo são o consumo compulsivo de grandes quantidades de bebidas alcoólicas e o desejo incontrolável de beber álcool. Além disso, quando fica sem beber, a pessoa alcoolista manifesta sinais da síndrome de abstinência, como irritabilidade, tremores, suor, ansiedade e náuseas.

O que caracteriza uma pessoa alcoolista não é o tipo de bebida ou a quantidade de álcool que ela consome, mas sim a sua necessidade incontrolável de beber. 

Pessoas que sofrem de alcoolismo normalmente perdem o controle quando começam a beber e não conseguem parar. Se ficam muito tempo sem consumir bebidas alcoólicas, apresentam os sinais e sintomas de abstinência, que refletem a dependência física do álcool.

Com o tempo, a pessoa alcoolista vai se tornando cada vez mais tolerante aos efeitos do álcool e precisa de doses cada vez maiores para ficar embriagada.

O tratamento do alcoolismo pode incluir medicamentos para parar de beber, desintoxicação, aconselhamento em grupo e ainda psicoterapia.

Os remédios normalmente diminuem a vontade de beber e os efeitos agradáveis do álcool. Há ainda medicamentos que potencializam os efeitos da ressaca, inibindo psicologicamente o consumo de bebidas alcoólicas. 

A desintoxicação consiste na retirada do álcool com acompanhamento médico, de maneira que os sintomas da síndrome de abstinência fiquem controlados.

Um dos programas de aconselhamento em grupo mais conhecidos é o dos Alcoólicos Anônimos (AA). Trata-se de um grupo de autoajuda, com larga experiência na reabilitação de casos de alcoolismo.

A psicoterapia tem como objetivo abordar os motivos psicológicos que possam estar por trás da dependência do álcool, além de ajudar o alcoolista com estratégias de mudanças comportamentais e criação de mecanismos defensivos em situações de pressão interior e exterior que o levem a beber.

Contudo, para começar a tratar o alcoolismo é fundamental que a pessoa reconheça o seu vício. Alguns programas de reabilitação dispõem de aconselhamento conjugal e terapia familiar, uma vez que o envolvimento da família pode ajudar muito na recuperação.

O tratamento do alcoolismo é multidisciplinar, podendo envolver médico/a de família, clínico/a geral, psiquiatra, psicológico/a, aconselhamentos e serviços sociais.

Saiba mais em: Quais são os malefícios do álcool?

Ninfomaníaca: o que é, como identificar e tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Ninfomaníaca é o termo utilizado para designar um tipo de transtorno psiquiátrico, aonde ocorre um aumento excessivo, frequente e incontrolável do desejo e da atividade sexual feminina, na ausência de problemas físicos ou hormonais que justifiquem.

Uma mulher ninfomaníaca é viciada em sexo e sente uma necessidade constante de ter gratificação sexual. Nos homens, o distúrbio é denominado satiríase.

No entanto, a ninfomania não é propriamente uma busca desenfreada pelo prazer, mas sim uma tentativa de aliviar o desconforto e a tensão emocional que a pessoa sente. Trata-se de um vício, uma dependência sexual.

Os vícios caracterizam-se por mudanças no comportamento e no funcionamento do cérebro que visam buscar compulsivamente sensações de recompensa ou de alívio de algum desconforto emocional.

No caso de uma mulher ninfomaníaca, a sua hipersexualidade e preocupação com o sexo ocupam a maior parte do seu tempo, prejudicando o funcionamento normal da sua vida pessoal, social e profissional. Além de aumentar o risco de doenças sexualmente transmissíveis, pelo número elevado de parceiros, e risco de se ferir, pelo uso exagerado de objetos de prazer.

Quais as causas da ninfomania?

As causas da ninfomania ainda não estão bem estabelecidas, entretanto parece estar relacionada com a atividade da dopamina, um neurotransmissor cerebral associado à sensação de prazer.

A ninfomania também pode ser consequência do uso de medicamentos agonistas da dopamina, como os usados para tratar a doença de Parkinson, além de lesões cerebrais nas áreas responsáveis pela regulação dos impulsos sexuais.

Muitas vezes, a ninfomania é um sintoma de outras doenças e transtornos, como autismo, demência, transtorno de personalidade borderline, transtorno bipolar, entre outros. O vício em álcool e outras drogas também pode favorecer o desenvolvimento da ninfomania.

Quais os sintomas da ninfomania?

Os principais sintomas da ninfomania são o excesso de masturbação e atividade sexual. A mulher passa boa parte do seu tempo em busca de gratificação sexual e não consegue abandonar esse comportamento compulsivo, mesmo que prejudique a sua vida pessoal e ou profissional.

Uma ninfomaníaca deixa de lado as suas obrigações e responsabilidades para satisfazer o seu vício, o que interfere de forma muito negativa no seu funcionamento normal.

Em geral, uma mulher ninfomaníaca tende a ser infiel repetidamente ou tem dificuldade em se ligar de forma íntima aos seus parceiros.

Qual é o tratamento para a ninfomania?

Por se tratar de um vício, o tratamento para uma ninfomaníaca é semelhante ao que é realizado para outros tipos de dependência, tendo como principais objetivos a abstinência (mesmo que temporária) e a mudança de comportamento.

O tratamento da ninfomania inclui psicoterapia, participação em grupos de apoio, terapia de casal e uso de medicamentos.

Psicoterapia

A terapia cognitivo-comportamental é um dos métodos de psicoterapia mais usado para tratar vícios, entre eles a ninfomania. O tratamento baseia-se na relação entre comportamento, pensamento e emoções, aumentando a motivação para mudanças e atividades recompensadoras. A terapia tem o objetivo de levar a mulher a compreender o porquê do seu comportamento e aprender a controlar os seus impulsos.

Grupos de apoio

Os grupos de apoio podem ser liderados por psicoterapeutas ou mulheres que se recuperaram da ninfomania. Esses grupos são úteis para a partilha dos problemas em comum e das possíveis estratégias para lidar com eles. Também é um ótimo local para a paciente confrontar as suas negações e racionalizar sobre a sua dependência sexual.

Terapia de casal

A terapia de casal pode ajudar a melhorar a satisfação sexual, a ligação e a comunicação entre a paciente e o seu parceiro ou companheiro.

Medicamentos

Quando a ninfomania é consequência de sofrimento emocional, podem ser indicados medicamentos antidepressivos. Se a ninfomania for decorrente de transtorno bipolar, são usados estabilizadores de humor. Nos casos de alterações hormonais, é indicada terapia hormonal, especialmente antiandrogênica.

O diagnóstico e tratamento da ninfomania é da responsabilidade do médico psiquiatra, preferencialmente um especialista em sexualidade.

E sempre que possível, a participação de uma equipe multidisciplinar, com psicoterapeutas, psicólogos, educadores físicos e terapeuta ocupacional.

Saiba mais sobre o assunto em: Fazer sexo em excesso causa algum mal?

Sintomas de transtorno de personalidade narcisista
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O transtorno de personalidade narcisista se caracteriza por comportamentos, sentimentos ou fantasias de grandiosidade além de intenso amor por si próprio. São pessoas com uma necessidade de admiração, mas que ao mesmo tempo manifestam grande falta de empatia pelos outros.

Os sintomas do transtorno de personalidade narcisista começam a se manifestar na adolescência ou início da idade adulta, em diversos tipos de contextos e situações.

Grandeza

Pessoas com esse tipo de transtorno de personalidade têm uma ideia de grandeza sobre elas mesmas, esperando serem reconhecidos com louvor em suas atividades e talentos, porém sem estarem propriamente num nível superior naquilo que fazem.

Indivíduos narcisistas se preocupam frequentemente com fantasias de amores ideais, muito sucesso, inteligência, poder e beleza.

"Especiais e únicos"

Também acreditam que são especiais e únicos e de que apenas outras pessoas especiais ou "superiores" podem compreendê-los, por isso é com elas que eles acham que devem se relacionar.

Inveja

Por se sentirem de um nível elevado, os narcisistas pensam que são constantemente alvo da inveja alheia, embora sejam eles próprios os invejosos em muitas situações. Também é comum serem arrogantes e insolentes.

Presunção

Outra característica marcante do transtorno de personalidade narcisista é a presunção, ou seja, estão constantemente à espera de obediência automática ou tratamentos especiais da parte de outras pessoas.

Exploradores

Costumam ser exploradoras nas relações pessoais, procurando tirar vantagem sobre os outros para conseguirem aquilo que querem, além de manifestarem comportamentos arrogantes.

A sua falta de empatia se manifesta na dificuldade em se colocar no lugar das outras pessoas, relutando em se identificar ou reconhecer emoções, carências, necessidades e sentimentos verdadeiros dos outros.

Tratamento

O tratamento para o transtorno de personalidade narcisista pode incluir o uso de medicamentos, psicoterapia, terapia familiar e mudanças nas rotinas.

A psicoterapia exerce um papel fundamental na resposta ao tratamento, pois ajuda a pessoa a identificar os seus pensamentos distorcidos e vigiá-los, favorecendo o desenvolvimento do autocontrole.

A duração do tratamento pode levar anos e requer esforço por parte do paciente e do terapeuta. Além disso, pessoas com transtornos de personalidade costumam ser relutantes em aceitar a psicoterapia, visto que os resultados podem ser limitados e pouco satisfatórios em alguns casos.

Os medicamentos usados para tratar o transtorno de personalidade narcisista servem para controlar os transtornos mentais que possam estar associados, como depressão, psicoses, ansiedade, entre outros.

Pessoas com sintomas de transtornos de personalidade devem ser avaliadas por um médico psiquiatra, que irá diagnosticar o transtorno e orientar o tratamento, conforme cada caso.

Saiba mais em:

Dor no coração: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no coração pode ter diversas causas, sendo as mais comuns: o infarto agudo do miocárdio (infarto cardíaco), pericardite e outras doenças cardíacas, doenças pulmonares, como a pneumonia e derrame pleural, ansiedade, síndrome do pânico ou mesmo excesso de gases.

A dor no coração em aperto, acompanhada de suor frio e falta de ar, normalmente está associada ao Infarto Agudo do Miocárdio. A dor pode irradiar para os braços, costas, pescoço e mandíbula, causando sensação de formigamento. Entretanto, nem todas as dores no peito, são indicativas de infarto.

1. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

O infarto ocorre quando parte da musculatura cardíaca deixa de receber irrigação sanguínea e, por consequência, oxigênio. Esta falta de oxigênio leva a morte das células, o que chamamos de necrose.

A dor que se manifesta nos casos de infarto é descrita como em aperto, pontada ou queimação. Esta dor, normalmente, irradia-se para o braço esquerdo, ombro, costas, pescoço ou mandíbula, provocando sensação de formigamento.

Os fatores de risco para a doença são a idade, acima de 45 anos, pressão alta mal controlada, sobrepeso, colesterol elevado, tabagismo e história familiar de doenças cardiovasculares.

Veja mais em : Dores no braço podem ser sintomas de ataque cardíaco?

2. Angina do peito ou Angina pectoris

A angina do peito ou angina pectoris é caracterizada por uma dor em aperto no coração, provocada pela má circulação nas artérias do coração, artérias coronárias. A dor é sinal de que a musculatura cardíaca está em sofrimento por falta de oxigênio. Se o quadro de angina permanecer por tempo prolongado, desenvolve-se o infarto.

A angina pode ser classificada estável, quando melhora após o repouso, ou instável, quando não melhora, caracterizando um quadro mais grave.

A dor geralmente é precipitada por esforço físico, mas pode ocorrer acontecer a noite, em repouso, inclusive acordando a pessoa devido à dor. Algumas pessoas sentem dor no estômago ou na mandíbula.

Pessoas com colesterol elevado, alimentação com excesso de carboidratos, hipertensão descompensada, diabetes e tabagistas são mais propensas a desenvolver não só o infarto, mas também a angina de peito e acidente vascular cerebral.

Leia mais em: o que é angina e quais os sintomas? e qual a diferença entre angina estável e angina instável?

3. Costocondrite

A costocondrite é uma inflamação das cartilagens que ligam as costelas ao osso esterno (osso do meio do peito). As causas mais comuns são o excesso de atividade física e má postura.

Por vezes pode causar dor tão intensa, que se assemelha a dor do infarto, levando a pessoa a procurar atendimento de urgência.

4. Pericardite

O coração fica alojado dentro de um saco membranoso chamado pericárdio. A pericardite é, portanto, uma inflamação do pericárdio. A dor provocada por esta inflamação é muito forte e pode ser confundida com a dor do infarto.

Doenças reumatológicas e infecções dentárias não tratadas são algumas das causas comuns de pericardite.

5. Arritmias cardíacas

As alterações na frequência do ritmo cardíaco, sejam batimentos cardíacos lentos, acelerados ou fora do ritmo, são chamadas de arritmias cardíacas. Estas alterações de ritmo podem desencadear sintomas como tonturas, mal-estar, palidez, dor no coração e suor frio.

As causas mais comuns de arritmia são a hipertensão, distúrbios de tireoide, insuficiência cardíaca, anemia, doença coronariana, envelhecimento e atividade física de alta intensidade.

Pessoas saudáveis, principalmente se houver história familiar de doenças cardíacas, também podem apresentar alterações cardiovasculares de forma aguda durante a vida.

6. Pneumonia

A pneumonia é uma doença infecciosa que acomete o pulmão, apresentando como sintoma comum a dor no peito. Entretanto, na maioria das vezes a dor se diferencia por piorar com a respiração profunda e com os movimentos, inclusive tosse.

A febre é outro sinal típico da doença, mas pode não estar presente em pacientes com imunidade baixa como idosos, diabéticos e imunodeprimidos.

Outras doenças pulmonares como pleurite ou derrame pleural também podem causar dores no peito.

7. Ansiedade

Durante as crises de ansiedade as pessoas experimentam o aumento da tensão da musculatura das costelas e aumento da frequência cardíaca, que podem vir acompanhados da sensação de dor em aperto no peito. Além disso, a dor pode associar-se à respiração superficial e rápida, aumento da transpiração, náuseas e alteração do funcionamento intestinal.

A ansiedade é bastante incapacitante e pode comprometer a vida cotidiana das pessoas.

Veja também: Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?

8. Síndrome do pânico

As pessoas com síndrome do pânico apresentam crises repentinas de medo intenso, acredita-se que por um desequilíbrio dos neurotransmissores responsáveis por enviar sinal de "perigo", sem que realmente existam, provocando taquicardia, perda do controle de si mesmo, suor frio, falta de ar, dormência e dor no peito.

A dor no peito que ocorre durante os ataques de pânico tem início súbito, localizada no tórax e pescoço, com duração de no máximo 10 minutos.

9. Excesso de gases

O acúmulo de gases é a causa mais comum de dor no peito.

O excesso de gases intestinais empurra os órgãos da cavidade abdominal para cima, provocando a sensação de dor em pontadas no peito. Pessoas que têm prisão de ventre são muito propensas à "dor no coração" por acúmulo de gases.

O que posso fazer ao sentir dor no coração?

Procure um cardiologista se a dor cardíaca for do tipo aperto peso ou queimação, com duração superior a 10 minutos e se vir acompanhada de:

  • Tontura
  • Náusea
  • Suor frio
  • Falta de ar
  • Dor de cabeça intensa
  • Formigamento
  • Taquicardia
  • Dificuldade de engolir

Diante destes sintomas procure um médico ou unidade hospitalar imediatamente, especialmente se a pessoa for portadora de hipertensão, cardiopatias, diabetes ou história familiar de infarto agudo do coração.

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Maca Peruana funciona? Quais seus benefícios?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A Maca Peruana é usada por homens e mulheres devido ao efeito de melhora na disposição física, e acreditar causar um aumento da libido. Embora esse último, não seja um benefício reconhecido por toda comunidade médica.

O alimento é uma planta originária do Peru, muito semelhante ao rabanete, que pode ser consumido como farinha ou em cápsulas. Considerado um fitoesteroide (esteroide natural presente nas plantas), rico em ferro, cálcio, ômega 3, zinco, magnésio e algumas outras substâncias necessárias para o bom funcionamento do organismo.

E devido a sua composição, auxilia os casos de anemia por carência de ferro, reduz os riscos de doenças cardiovasculares, regula os níveis de colesterol e diminui o risco de diabetes.

Maca Peruana em pó 10 Prováveis benefícios da maca peruana 1. Reduz o risco de doenças cardiovasculares

Nutrólogos e pesquisadores dessa suplementação, garantem o efeito do seu uso, na redução do colesterol ruim, e estabilização das frações de colesterol, o que reduz o risco de doenças cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio.

2. Promove a libido

Alguns estudos apontam para uma relação entre o uso da maca peruana e o aumento da libido. Isto ocorre porque o consumo da planta estimula o hormônio luteinizante que ajuda na produção de testosterona. Estes mesmos estudos observaram que seu uso regular, durante 8 semanas, já possibilita observar sinais de melhora na libido.

3. Auxilia no tratamento da disfunção erétil

Pesquisas indicaram também, uma resposta no tratamento conjunto para disfunção erétil, uma vez que provoca a dilatação dos vasos sanguíneos da região genital. Este efeito depende das causas da disfunção, equilíbrio emocional e/ou relacionadas aos estilos de vida.

4. Aumenta a fertilidade masculina

Da mesma forma, devido ao estímulo aumentado de testosterona, alguns estudos sugerem que o consumo diário de maca peruana provoca o aumento da contagem de espermatozoides no sêmen e melhora a sua motilidade, o que confere aumento da fertilidade.

5. Ajuda no equilíbrio hormonal

Adrenal, tireoide, pâncreas, ovários e testículos são glândulas que secretam hormônios distintos e importantes ao funcionamento do organismo. A maca peruana ajuda, indiretamente, a equilibrar o sistema hormonal uma vez que atua na estimulação desses hormônios.

6. Ameniza os efeitos da menopausa

Para as mulheres em período de menopausa, a maca peruana ajuda a melhorar sintomas como as ondas de calor, episódios de ansiedade e depressão, tensão e mal estar. Esta planta atua na estabilização hormonal e faz com que os sintomas da menopausa se tornem mais amenos.

7. Auxilia no tratamento da osteoporose

Alguns estudos mencionam que a maca peruana tem efeito semelhante ao estradiol para a melhora da osteoporose. Este hormônio (estradiol) ajuda a fixar o cálcio nos ossos, o que promove o seu crescimento e melhora a densidade óssea. Portanto, a maca desempenha estas funções, sem os efeitos negativos do consumo do estradiol produzido sinteticamente.

8. Estabiliza o humor

A maca peruana pode ajudar a reduzir o estresse, ansiedade, depressão ao provocar a estabilização do humor. A planta foi testada em alguns homens saudáveis sem diagnóstico de depressão e se observou que a suplementação com esta planta reduz os escores de depressão e ansiedade.

9. Reduz o risco de diabetes

Médicos da área da nutrologia, acreditam no efeito de redução do risco de diabetes, porque a maca peruana possui um alto teor de fibras, o que promove uma redução na absorção de glicose para o sangue. Sabendo que para adquirir esse benefício, é fundamental a associação a um estilo de vida saudável.

10. Provoca o ganho de massa muscular

Por estimular a produção de testosterona, alguns estudos apresentam indícios de que a maca peruana pode potencializar o ganho de massa e força muscular. Para se obter este ganho, é necessário que o seu consumo seja aliado à atividade física e alimentação saudável. Esta ação ainda está sendo estudada com mais profundidade para fins de comprovação científica.

Outros benefícios são sugeridos na literatura, como melhora da atenção, do humor entre outros, porém assim todos os relatados, é preciso que sejam replicados e avaliados pelos órgãos reguladores, para que seja reconhecido seus benefícios, perante a comunidade médica científica.

Tipos de maca peruana

Há vários tipos diferentes de maca peruana com funções distintas. Dentre eles são mais comuns:

Maca peruana amarela

É a mais comum e difundida no Brasil. Mais indicada para mulheres na menopausa e para a tensão pré-menstrual. Especialmente nas mulheres, parece ajudar a equilibrar o sistema hormonal. Além disso, melhora o humor em homens e mulheres.

Maca peruana negra

Tem efeitos potenciais no aumento da libido. Para os homens aumenta a contagem e motilidade dos espermatozoides e é conhecida como viagra natural. Tem importante função no combate ao estresse e fortalecimento do sistema imunológico.

Maca peruana vermelha

É a mais rica em polifenóis (substância antioxidantes). Desempenha maior função estimulante e termogênica, o que promove força e resistência. É excelente para auxiliar no tratamento da depressão. Há estudos promissores com maca peruana vermelha em relação ao combate de câncer de próstata e perda de densidade óssea.

Formas de Consumir

Os efeitos da maca peruana são observados algumas semanas após a início do seu consumo. A dose varia de acordo com a necessidade e pode ser consumida na forma de farinha ou manipulada para uso em cápsulas.

Quando consumida em pó, ou farinha, recomenda-se adicionar aos alimentos sem aquecer a maca peruana. Algumas sugestões de consumo:

  • Adicionar em sucos
  • Utilizar como molho para saladas de frutas, verduras e legumes
  • Polvilhar sobre os alimentos
  • Comer com pitaya
Efeitos colaterais e Contraindicações

Se a dose for adequadamente ajustada, não há efeitos colaterais e a única contraindicação é para pessoas alérgicas à maca peruana.

Entretanto, alguns casos merecem atenção:

  • Pessoas que têm alguma disfunção hormonal como problemas de tireoide, câncer de mama, útero, ovários e fibrose uterina não é indicado o consumo da maca peruana sem orientação médica.
  • Em mulheres grávidas e mulheres que estão amamentando, a segurança do consumo da maca ainda não é comprovada, deste modo o melhor é não consumir.
  • Não é interessante o uso em crianças, pois podem promover alterações hormonais.

Não utilize maca peruana sem a orientação de um médico ou nutricionista.