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Como identificar alguém com transtorno da personalidade esquiva?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pessoas com transtorno da personalidade esquiva são muito tímidas, socialmente inibidas, se sentem inadequadas em situações sociais e são muito sensíveis a comentários e avaliações negativas, podendo ficar extremamente magoadas nessas situações. Acreditam que são inferiores, incapacitadas ou que não têm qualidades.

As características mais comuns no caso do transtorno são:

  • Indivíduos que evitam atividades e situações que mantenham contato direto com outras pessoas (o que justamente demonstra a "esquiva")
  • Apresentam timidez e inibição extremas, buscam passar despercebidas quando estão com os outros, evitando a todo custo chamar a atenção devido ao medo da desaprovação e da rejeição
  • São pessoas muito reservadas pelo receio exagerado de críticas destrutivas
  • Apresentam dificuldade em relações interpessoais, por medo de não ser aceito ou mesmo ser ridicularizado
  • Se sente inferior, incapaz na maioria das vezes
  • Raramente se envolve com outras pessoas sem se certificar primeiro de que é estimada e que não será criticada
  • Evitam qualquer atividade "nova" ou assumir algum tipo de risco

E todos esses sintomas prejudicam significativamente a qualidade de vida da pessoa, já que interferem nas suas relações pessoais, sociais e profissionais. O tratamento deve ser encorajado e é feito com medicamento associado a psicoterapia.

O psiquiatra é o especialista para o tratamento do transtorno.

Saiba mais em:

O que é dismorfia corporal e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dismorfia corporal é um transtorno mental cujo principal sintoma é a preocupação extrema com um problema ou imperfeição imaginária, ou mínima do próprio corpo.

Uma pessoa com transtorno dismórfico corporal (TDC), como conhecido no meio médico, tem uma percepção distorcida da própria imagem, desenvolvendo uma aversão à sua imagem.

Normalmente afeta pessoas tímidas, ansiosas e deprimidas que são obcecadas por detalhes que ninguém mais vê. O transtorno geralmente tem início na adolescência, mas pode ocorrer também na infância.

Quais os sintomas da dismorfia corporal?

Os sintomas que caracterizam o transtorno e devem estar obrigatoriamente presentes são quatro, que estão melhor descritos a seguir:

  • Preocupações exageradas com algum problema mínimo, ou até inexistente do corpo,

    • Nas mulheres se observam preocupações maiores com a pele, peso, rosto, quadris e nádegas, enquanto os homens têm uma maior preocupação com queda de cabelo e órgãos genitais;
  • Alterações de comportamento,
    • Comportamentos repetitivos, como se olhar no espelho várias vezes ou sinalizar sobre o seu "problema" todo o tempo,
    • Se comparar a outras pessoas,
    • Questionar familiares e amigos sobre o seu "defeito",
    • Tentar disfarçar o seu "problema" com maquiagem, óculos, roupas, acessórios, múltiplas cirurgias plásticas, o que às vezes acaba chamando mais a atenção do que o próprio "defeito" em si;
  • Apresentar um nível de preocupação tão elevado, que gera sérios prejuízos na sua vida pessoal e profissional, podem se recusar a sair de casa, ou aceitar desafios e promoções em relação de trabalho;
  • Não pode haver outra causa que justifique os sintomas, como por exemplo transtornos semelhantes, de humor (transtorno de ansiedade) ou transtornos alimentares como a bulimia e anorexia.

Pessoas com dismorfia corporal podem apresentar dificuldades emocionais associadas, como depressão e ansiedade. Cerca de 25% apresenta ideias suicidas ou já tentou o suicídio.

Portanto é preciso distinguir a dismorfia corporal de uma simples insatisfação com uma parte do corpo. Se existe muito sofrimento psicológico ou interferência negativa no dia-a-dia, deixa de ser uma mera insatisfação e torna-se um transtorno psiquiátrico que precisa ser tratado.

O/A médico psiquiatra é o/a responsável para avaliar, acompanhar e tratar desse transtorno.

Leia também: Dismorfia corporal tem cura? Qual o tratamento?

Como tratar o transtorno de personalidade histriônica?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento do transtorno de personalidade histriônica é feito sobretudo com psicoterapia e medicamentos. Em alguns casos, pode ser necessário incluir a terapia familiar.

O tempo de duração do tratamento pode ser de anos e requer muito comprometimento e confiança entre o paciente e o terapeuta.

Psicoterapia

A terapia cognitiva-comportamental é o método de psicoterapia mais usado para tratar o transtorno histriônico. No entanto, independentemente da técnica utilizada, a psicoterapia é essencial para o controle dos sintomas e o sucesso do tratamento.

O objetivo da psicoterapia é auxiliar a pessoa a identificar seus padrões de comportamento inadequados, e monitorá-los, favorecendo o desenvolvimento do autocontrole e as mudanças comportamentais.

Medicamentos

As medicações utilizadas para tratar o transtorno de personalidade histriônica atuam sobretudo no controle da ansiedade e da impulsividade. Pois é comum a associação entre esses transtornos mentais.

As opções de medicamentos são diversas, sendo os mais utilizados, os antidepressivos, estabilizadores de humor e por vezes, ansiolíticos.

Importante lembrar que nunca deve iniciar qualquer medicação sem orientação médica, porque em alguns casos, os transtornos podem ser confundidos pela sua semelhança e coexistência, entretanto, medicamentos indicados em alguns transtorno, são totalmente contraindicados e prejudiciais em outros.

Terapia familiar

No intuito de auxiliar na aceitação e adesão ao tratamento, a terapia familiar passa a ser um fator essencial. Sempre que possível, e com a concordância do paciente, o terapeuta pode optar pelo tratamento conjunto e orientações aos familiares e pessoas do seu convívio.

Se o paciente não aceitar o tratamento, o que é frequente nos casos de transtorno de personalidade, os resultados poderão ser insatisfatórios e as alterações nos padrões de comportamento muito superficiais e limitadas.

Características do transtorno de personalidade histriônica

Pessoas com transtorno de personalidade histriônica são extremamente emotivas e precisam constantemente chamar a atenção e obter elogios dos outros. O uso do corpo ou da beleza, através de comportamentos indevidos ou sedutores são frequentes.

O/A médico/a psiquiatra é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do transtorno de personalidade histriônica.

Saiba mais em:

Como identificar alguém com transtorno de personalidade histriônica?

Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?

Transtorno esquizoafetivo: Quais as causas e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As causas do transtorno esquizoafetivo não é totalmente conhecida, mas sabe-se que o distúrbio tem início em uma alteração no desenvolvimento do sistema nervoso e que afeta a transmissão dos impulsos nervosos entre as células cerebrais.

Sabemos também que existem fatores de risco responsáveis por aumentar o risco do desenvolvimento do transtorno, sobretudo os fatores genéticos, hereditários e ambientais.

Pessoas que tenham casos de esquizofrenia na família têm mais chances de desenvolver o transtorno. Assim como pessoas que apresentem problemas familiares, participam de ambientes hostis por tempo prolongado ou estresse maior.

O transtorno esquizoafetivo acomete mais adultos jovens, sem diferença entre os gêneros.

Entretanto trata-se de um transtorno de difícil diagnóstico, que deve ser avaliado por um profissional no tema, o psiquiatra.

Saiba mais em: Quais os sintomas do transtorno esquizoafetivo?

Como tratar o transtorno esquizoafetivo?

O tratamento do transtorno equizoafetivo varia de acordo com os sinais e sintomas, podendo abranger um ou mais tipos, como:

  • Psicoterapia
  • Medidas educacionais
  • Medicamentos
  • Programa de atividade física
  • Atividades cognitivas
  • Estimulação cerebral

A psicoterapia e a medicação, na maioria das vezes é a base principal do tratamento do transtorno esquizoafetivo, como de diversos outros transtornos de humor.

Dentre as medicações principais, fazem uso de antipsicóticos, anticonvulsivantes, entre outros.

O objetivo dos tratamentos é controlar os sintomas e levar à pessoa a retomar às suas atividades diárias.

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Anorexia tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A anorexia tem cura, porém a recuperação completa pode demorar anos. O tratamento da anorexia, assim como de outros transtornos alimentares, é multidisciplinar e envolve médicos, médico psiquiatra, psicólogo e nutricionista.

O tratamento inclui o ganho de peso através de dieta hipercalórica, orientada pelo nutricionista para recuperação e manutenção do peso adequado, psicoterapia realizada com psicólogo ou psicoterapeuta e apoio social-familiar durante todo o processo e, principalmente, nas possíveis recaídas.

Em muitos casos de anorexia, a pessoa precisa ficar internada para que os alimentos sejam reintroduzidos gradualmente na dieta e o coração não entre em sobrecarga. 

Os medicamentos usados para tratar o transtorno servem para controlar e tratar a ansiedade, a depressão e as atitudes compulsivas, uma vez que não há uma medicação específica para tratar a anorexia.

Contudo, uma vez que alguns medicamentos psiquiátricos podem provocar aumento de peso ou de apetite, muitas pessoas deixar de tomar a medicação, o que dificulta a cura da anorexia.

A psicoterapia, nomeadamente a terapia cognitivo-comportamental e a terapia familiar desempenham um papel muito importante no tratamento da anorexia.

Sem tratamento, a anorexia pode causar diminuição da massa óssea e muscular, desmineralização dos dentes, retardo no crescimento, perda total da gordura corporal, prisão de ventre grave, desnutrição extrema e morte.

Por isso, é indicado consultar o clínico geral ou médico de família que coordenará esse cuidado global do paciente.

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Como é o tratamento para transtorno depressivo maior?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento do transtorno depressivo maior é feito em três grandes pilares:

  1. Uso de medicamentos específicos
  2. Psicoterapia
  3. Atividades físicas

Além do tratamento químico, está comprovada a necessidade do tratamento físico e psíquico para alcançar um resultado realmente satisfatório. Claro que cada pessoa possui características próprias que possibilitam ou não o tratamento conjunto desde o início, mas sempre que possível esse deve ser o tratamento recomendado.

Medicamentos

Os medicamentos mais prescritos são os antidepressivos, pois previnem novas crises e melhoram gradualmente os sintomas. Normalmente, em poucas semanas após o início do tratamento medicamentoso, a pessoa já apresenta uma melhora visível do quadro.

Contudo, mesmo com uma diminuição dos sintomas, a medicação deve ser mantida muitas vezes por tempo prolongado, durante meses, anos ou toda a vida, dependendo de cada caso. Portanto só deve ser suspenso após orientação médica.

Psicoterapia

A psicoterapia é parte fundamental do tratamento do transtorno depressivo maior, pois além de atuar na origem da depressão, também leva a pessoa a monitorar os seus comportamentos e pensamentos, fazendo-as refletir sobre as suas emoções, orientando quanto à forma de dominar os impulsos e evitar crises ou piora do quadro.

Dentre os métodos de psicoterapia mais usados no tratamento do transtorno depressivo maior está a terapia cognitivo comportamental.

Atividades físicas

A prática regular de atividades físicas contribui para a melhora física e psíquica do quadro depressivo, ajudando na prevenção de novas crises. Meditação, Yoga, terapias de grupo, são excelentes escolhas para o tratamento de depressão.

Os efeitos benéficos da atividade física no tratamento da depressão decorre principalmente pela liberação de dois hormônios, durante o exercício: a endorfina e a dopamina.

A endorfina está associada à sensação de bem-estar, prazer, e euforia, enquanto a dopamina desempenha efeito relaxante. A ação desses hormônios no organismo pode promover um equilíbrio mental e social durante um tempo prolongado, ajudando a prevenir novas crises.

Além da atividade física, é imprescindível incentivar mudanças comportamentais e no estilo de vida, como evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, evitar o uso de drogas, bem como outras situações que podem favorecer o desenvolvimento de uma crise.

A atividade escolhida deve ser uma que a pessoa goste e sinta prazer em praticar, para que compareça e mantenha o máximo de tempo possível, buscando o bem-estar geral e melhor estado de humor.

É importante lembrar que o tratamento do transtorno depressivo maior deve ser mantido pelo tempo determinado pelo médico psiquiatra, ainda que os sintomas já não estejam presentes. A interrupção do tratamento antes do tempo aumenta as chances de retorno das crises e sintomas de abstinência ou piora da depressão.

Saiba mais em: As 4 Formas para Combater a Depressão

Quais as causas do transtorno de personalidade esquizóide?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O transtorno de personalidade esquizóide tem como causas reconhecidas:

  • Herança genética
  • Fatores sociais e ambientais

O transtorno parece ter uma forte relação com herança genética, já que é comum a presença de parentes com o mesmo transtorno, ou transtornos semelhantes, como a esquizofrenia.

Entretanto, diversos estudos apontam para uma associação com problemas afetivos e de criação na infância. Pessoas que passaram por problemas de abuso, maus tratos, carência de afeto ou perda importantes durante o início da sua vida.

Portanto, embora não esteja totalmente definida, a causa do transtorno parece ser uma associação dos fatores genéticos, com problemas sociais e emocionais na sua formação.

Transtorno de personalidade esquizóide

Parece ser mais comum em homens, sobretudo se tiverem familiares com esquizofrenia ou transtorno de personalidade esquizotípica.

O transtorno de personalidade esquizóide normalmente começa a se manifestar no início da idade adulta em vários tipos de situações. Porém, durante a infância ou adolescência, pode se manifestar sob a forma de solidão e relacionamentos fracos com pessoas da mesma idade.

Pessoas com esse tipo de transtorno, preferem ficar sozinhas, passando grande parte do tempo isoladas, sem contato social ou interação com os outros.

Aparentam ser ineptos socialmente, superficiais e completamente absorvidos no seu próprio mundo, uma vez que não procuram interações sociais e raramente respondem às tentativas de aproximação das outras pessoas. Não exibem emoções, é comum pouca ou nenhuma expressão facial sobre aquilo que estão sentindo.

Além de afetar as relações sociais e pessoais, o transtorno de personalidade esquizóide pode prejudicar a atividade profissional do indivíduo, sobretudo se o trabalho exigir contato direto com outras pessoas. Por isso são pessoas que optam por trabalhos isolados, e desempenham bons resultados e destacam-se naquilo que fazem.

O tratamento do transtorno é feito com psicoterapia e medicamentos psiquiátricos.

O/A médico/a psiquiatra é o/a responsável pelo diagnóstico e tratamento desses casos.

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Quais os sintomas do transtorno de personalidade esquizóide?

Qual é o tratamento para o transtorno de personalidade esquizóide?

Quais são os sintomas do transtorno de humor e as suas causas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O transtorno de humor é um distúrbio mental cujos principais sintomas são as variações de humor, afeto, ânimo, sentimentos, pensamentos e comportamentos.

As crises dos transtornos de humor se caracterizam por momentos de depressão ou mania (euforia). Os transtornos mais graves podem se manifestar ainda com delírios, alucinações ou alterações da consciência.

É importante ressaltar que as alterações de humor causadas por outros transtornos mentais ou pelo uso de medicamentos não são consideradas transtornos de humor puramente, mas sim um sintoma da doença de base ou um efeito colateral do remédio. Situações em que exige um outro tipo de abordagem e tratamento.

Contudo, em pessoas com transtorno do humor essas emoções são muito mais intensas, duradouras e muitas vezes desproporcionais à realidade.

Independentemente do tipo de transtorno, a evolução dos sintomas ocorre por fases e no intervalo entre elas, a pessoa pode voltar ao seu estado psicológico "normal".

Causas

As causas do transtorno de humor estão relacionadas com fatores biológicos (transmissão dos sinais cerebrais), psicológicos, sociais e culturais.

O stress e os traumas que ocorrem ao longo da vida favorecem significativamente o desenvolvimento dos transtornos de humor, dependendo do contexto e da importância que esses eventos tiveram na vida da pessoa. Especialmente pessoas que tenham predisposição genética, ou história familiar de transtornos psicológicos.

Estar numa relação afetiva em que a pessoa não se sinta feliz, satisfeita ou terminar relações conjugais podem, por exemplo, levar à depressão. Assim como não se sentir parte integrada de uma equipe de trabalho, ou se sentir extremamente sobrecarregado/a, pode precipitar uma crise de depressão e ansiedade generalizada.

Portanto, as causas dos transtornos de humor devem ser avaliadas em conjunto, levando em consideração os aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais do indivíduo.

O/A médico/a responsável pelo diagnóstico e tratamento é o/a psiquiatra. Na suspeita de transtornos de humor, recomendamos agendar uma consulta.

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