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Valeriana serve para tratar ansiedade?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, a valeriana é uma planta com propriedades calmante e sedativa, sendo indicada para casos leves de ansiedade, estresse, irritabilidade, agitação nervosa e insônia. A Valeriana officinalis, nome científico da planta, possui em sua composição diversas substâncias que atuam juntas para produzir todos esses efeitos, com benefícios comprovados na melhora da qualidade do sono e bem estar.

A Valeriana officinalis pode ser consumida sob a forma de extrato, cápsulas ou chá. O seu principal efeito é diminuir o tempo de indução do sono, ou seja, a pessoa adormece mais rápido. Trata-se de um “sonífero” natural. Por isso, a planta serve para auxiliar o tratamento de insônia associada à ansiedade leve.

Para usufruir dos benefícios sedativos e melhorar a qualidade do sono, recomenda-se tomar o extrato, a cápsula ou o chá da planta 30 minutos a 2 horas antes de se deitar.

A valeriana também tem ação antiespasmódica, significa que a planta previne e alivia os espasmos musculares de músculos lisos presentes em órgãos como intestino, estômago, útero e bexiga, sendo também indicada para alívio de cólicas. E ainda, é muito utilizada na substituição de ansiolíticos alopáticos, como os benzodiazepínicos (diazepam e lorazepam), por não causar dependência química.

Como a valeriana funciona?

As propriedades medicinais da valeriana vêm da ação conjunta de 3 princípios ativos que atuam no funcionamento das células cerebrais:

  • Valepotriatos: estabilizam as respostas emocionais e induzem à sedação;
  • Sesquiterpenos: aumentam os níveis de GABA, um neurotransmissor que desacelera a atividade cerebral;
  • Lignanas: têm ação sedativa.

Os mecanismos de ação da valeriana, responsáveis pela sua propriedade sedativa, não estão totalmente esclarecidos. Contudo, acredita-se que a sua capacidade de induzir o sono esteja relacionada com o aumento da produção ou com a diminuição da degradação do neurotransmissor GABA.

O GABA é uma substância que atua na modulação da transmissão dos sinais entre as células nervosas. Trata-se de um inibidor do sistema nervoso central, ou seja, diminui a atividade cerebral, causando sonolência e relaxamento.

Quais os efeitos colaterais da valeriana?

Desde que usada nas doses indicadas, a valeriana não produz efeitos colaterais. Porém, em excesso, pode causar cansaço, diminuição dos batimentos cardíacos (bradicardia), arritmia, prisão de ventre, sonolência, cólicas abdominais, tontura, tremores e dilatação das pupilas. Porém, esses efeitos colaterais desaparecem em até 24 horas depois de suspender o seu uso.

O uso de Valeriana officinalis por tempo prolongado pode causar dor de cabeça, cansaço, insônia, dilatação das pupilas e distúrbios cardíacos.

Deve-se ter cuidado quando optar por suspender a valeriana após uso de altas doses e por períodos prolongadas, devido ao risco de síndrome de abstinência.

Quando utilizada junto a outros medicamentos sedativos ou tranquilizantes, a valeriana pode potencializar o efeito dos mesmos. Da mesma forma, o álcool aumenta o efeito sedativo da valeriana. Por essa razão, não se deve misturar bebidas alcoólicas com Valeriana officinalis.

Mulheres grávidas ou que estão amamentando só devem utilizar valeriana com orientação médica.

Como tomar valeriana?

As doses de Valeriana officinalis variam conforme a forma de consumo da planta, os efeitos pretendidos e a sensibilidade de cada pessoa. Em geral, recomenda-se tomar valeriana da seguinte forma:

  • Chá: 1,5 g de valeriana para cada 150 ml de água - tomar até 3 xícaras por dia;
  • Extrato líquido: 30 a 50 gotas, uma a três vezes ao dia;
  • Extrato seco (cápsulas): 100 mg a 400 mg ao dia.

No caso do chá, recomenda-se esmagar a planta e utilizar água fria, deixando depois em repouso durante várias horas (todo o dia ou toda a noite) antes de beber.

Para maiores informações sobre as indicações da valeriana, consulte um médico clínico geral, médico de família ou homeopata.

Dor do lado esquerdo do peito: como saber se é infarto?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para saber se a dor do lado esquerdo do peito é mesmo um infarto do coração, será preciso passar por uma avaliação médica e exames realizados na urgência, o eletrocardiograma e exames de sangue.

No entanto, o tipo da dor e os sintomas associados, ajudam a identificar esse grave problema cardíaco. Na presença de um ou mais dos sintomas abaixo, procure imediatamente uma emergência médica:

  • Dor no peito de início súbito, tipo peso ou aperto,
  • Localizada do lado esquerdo ou no meio do peito,
  • Com irradiação para o pescoço, mandíbula, braço esquerdo, costas, ou mais raramente para o braço direito,
  • Duração maior do que 20 minutos,
  • Sem melhora com o repouso ou com medicações,
  • Respiração rápida ou dificuldade de respirar,
  • Palidez, suor frio,
  • Dor no estômago, mal-estar,
  • Enjoos, tontura e vômitos.
O que posso fazer?

Se tem sinais e sintomas de um ataque cardíaco, pode mastigar um comprimido de aspirina, caso não tenha alergia, para ajudar a dissolver os coágulos que estão impedindo o fluxo de sangue para o coração, e procure imediatamente um pronto-socorro.

Na unidade de emergência você fará exames de sangue e eletrocardiograma. Sendo confirmado o infarto, seguirá para o tratamento mais indicado ao seu caso. Atualmente, existem diversos procedimentos para desobstruir o vaso, sem deixar sequelas, porém deve ser realizado nas primeiras 3 horas do início da dor.

Portanto, quanto antes chegar à emergência, melhor o resultado!

Quando preciso me preocupar com a dor no peito?

Procure um pronto-socorro se você apresentar alguns destes sintomas:

  • Dor no peito por mais de 20 minutos;
  • Dor no peito que não cessa com repouso;
  • Tonturas;
  • Sudorese fria (suor frio);
  • Dificuldade respiratória;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas e vômitos;
  • Palidez.

Os sintomas devem ser ainda mais valorizados, nas pessoas hipertensas, diabéticas e/ou cardiopatas.

Não sendo infarto, o que pode ser?

Angina pectoris, crise de ansiedade ou pânico, dor muscular no tórax, doenças pulmonares e gases em excesso são as causas mais comuns de dor no tórax quando não há associação ao infarto.

1. Angina pectoris

A angina pectoris ou angina do peito é caracterizada como uma dor, ou sensação de pressão temporária no meio do peito, que acontece quando o coração não recebe oxigênio suficiente, assim como no infarto. Por isso é conhecida como "princípio de infarto".

A grande diferença é que na angina, a dor desaparece com o repouso, e dura menos do que 20 minutos.

O que posso fazer?

Se você sente algum dos sintomas de angina pectoris é importante que procure uma emergência hospitalar quanto antes para que sejam feitos exames de sangue e eletrocardiograma. Estes exames associados aos sintomas, também afastarão a possibilidade de ser um ataque cardíaco.

Por este motivo, não atrase a ida ao hospital.

2. Crise de ansiedade ou ataque de pânico

Uma crise de ansiedade, ataque de pânico ou estresse extremo podem provocar dor no peito muito semelhante à do infarto. As dores se concentram no meio do peito e podem ser acompanhadas de falta de ar, bolo na garganta, tontura, náuseas, dor de barriga e suor frio.

Na crise de ansiedade, é possível ter uma causa inicial, uma situação de estresse que tenha desencadeado a dor, no entanto, nem sempre é possível essa diferenciação apenas com a história de início da dor.

Inclusive, pelo risco de mortalidade nos casos de infarto, sempre que houver dúvida, é preciso procurar uma emergência para avaliação.

O que fazer?

As crises de ansiedade ou pânico podem durar até 30 minutos. Ajudar a pessoa a trazer o foco para respiração e orientá-la a realizar respirações lentas e profundas a ajudarão a passar pela crise de forma menos desgastante.

Praticar atividade física, ioga, meditação, promover repouso em um local tranquilo e atividades de lazer ajudam a reduzir a ansiedade e evitar as crises.

3. Dor muscular no tórax

As dores musculares na região do tórax são bastante comuns em pessoas que praticam esportes ou exercícios na academia. A dor torácica também pode acontecer pelo excesso de tosse ou por transportar objetos pesados.

A tensão muscular que ocorre pela vivência de situações de estresse também podem provocar a dor no tórax. A dor pode piorar durante as respirações e ao movimentar o tórax.

O que posso fazer?

O tratamento é feito com o repouso da musculatura e compressa morna no local da dor, por 20 minutos, 3 vezes ao dia. Se a dor persistir por mais de 3 dias, mesmo com o tratamento, procure um médico de família avaliar a necessidade de medicamentos, como relaxante muscular.

4. Doenças pulmonares

A dor no peito é um sintoma bastante comum para quem tem problemas pulmonares como pneumonia, asma, bronquite e enfisema pulmonar.

Nas doenças pulmonares, a dor piora com o movimento, tosse ou ao respirar profundamente. Pode vir acompanhada ainda de tosse, falta de ar ou chiado no peito.

O que posso fazer?

Nestes casos, se recomenda que você procure um pneumologista para avaliação médica e tratamento adequado. Na presença de dificuldade em respirar, febre ou chiado no peito, procure imediatamente uma emergência, pode ser preciso iniciar antibioticoterapia.

5. Gases em excesso

É bastante comum que o excesso de gases seja confundido com dor no peito. O acúmulo de gases ocorre principalmente em pessoas que sofrem de prisão de ventre.

A dor costuma ser forte, em pontadas, que aparece e desaparece subitamente.

O que posso fazer?

Praticar atividade física regularmente e efetuar massagens na região abdominal podem ajudar na eliminação de gases. Se o problema persistir, procure um gastroenterologista para uma avaliação física e possível tratamento com medicamentos.

Na suspeita de infarto, mesmo que haja dúvidas, a recomendação é procurar rapidamente o serviço de emergência. O infarto é uma das causas mais comuns de morte no mundo, por isso é melhor que seja descartado pelo médico do que não tenha tempo para tratar.

Leia mais:

Paroxetina engorda?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Uma reação comum para quem está tomando paroxetina é o ganho de peso. O medicamento também pode causar diminuição de apetite, diarreia, vômitos e náuseas.

A paroxetina pode ser indicada para tratar problemas como depressão, transtorno de pânico e transtorno de ansiedade social.

Se precisa tomar paroxetina e não quer engordar, tome cuidado com a alimentação e faça exercícios físicos regularmente. Caso precise de ajuda, procure um nutricionista e um educador físico.

Se quiser saber mais sobre os efeitos que os antidepressivos podem causar, leia também:

Referência:

Paroxetina. Bula do medicamento.

Meu filho é hiperativo, estou com medo de dar os remédios!
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Medicamentos são as principais armas que os médicos tem para tratar seus pacientes, se for ao médico e não tomar os remédios não adianta procurar um médico. Claro que o ideal seria seu filho não tomar, porém é um caso bem problemático e vocês precisam de ajuda, neste caso: medicação, comece a tratar seu filho.

Leia também: Como saber se meu filho é hiperativo?

Crise de ansiedade: o que é, como identificar os sintomas e o que fazer
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A crise de ansiedade é uma situação incontrolável de medo, sensação de morte e falta de ar, que começa subitamente, após um forte aborrecimento ou estresse. Podem haver ainda mais sintomas como palpitação, "bolo na garganta", dormências, entre outros.

Quais são os principais sintomas de crise de ansiedade?

Os principais sintomas encontrados na crise de ansiedade, podem se dividir em sintomas mentais e sintomas físicos. Os sintomas mentais não podem ser vistos, por isso são menos valorizados, porém causam tanto ou mais mal-estar para a pessoa.

Sintomas mentais

Os sintomas mentais ou psicológicos de uma crise de ansiedade incluem sensação de sufocamento ou falta de ar; dificuldade em engolir ("sensação de bolo na garganta"); formigamento no corpo, principalmente nas mãos; dormência no rosto, braços, e pernas); desmaio ou sensação de desmaio; tontura; dor no estômago; náuseas; medos e sensação de morte.

Sintomas físicos

Durante uma crise de ansiedade podem ocorrer sintomas físicos como tremores; tensão muscular; pele fria e pálida; suor frio; boca seca; palpitação, "coração disparado"; aumento da pressão arterial; diarreia e aumento da frequência urinária.

Como saber se o que tenho é uma crise de ansiedade?

Nem sempre é fácil diagnosticar uma crise de ansiedade. Contudo, podemos dizer que as caraterísticas típicas da crise são:

  • Sintomas típicos: medo incontrolável, dor no peito, falta de ar, tontura, suor frio, dormência, tensão muscular e sensação de morte iminente;
  • Dura em média 10 a 15 minutos, com melhora dos sintomas após esse período;
  • Costuma ter história de aborrecimento e estresse forte antes do início da crise.
O que fazer diante de uma crise de ansiedade?

É preciso pedir ajuda e tentar controlar a sua respiração. Respirar fundo e buscar pensamentos bons, ouvir música agradável e se movimentar, caminhar ou falar com pessoas também favorece a melhora dos sintomas desagradáveis.

A meditação, yoga, para quem já pratica é outra maneira eficaz de aliviar mais rapidamente a crise.

Pessoas que já têm diagnóstico de ansiedade ou pânico não devem temer os sintomas, pois a crise tem um tempo limitado de duração e não causa maiores danos.

Contudo, se a pessoa ainda não tem diagnóstico de ansiedade, será preciso descartar outras doenças e situações de saúde, como os problemas cardíacos, doenças na tireoide ou carência de vitaminas.

O que fazer para ajudar uma pessoa durante uma crise de ansiedade? 1. Conheça um pouco sobre crise de ansiedade

É importante que você que está perto de uma pessoa em crise de ansiedade saiba que a crise chega ao seu pico em 10 minutos e que não dura mais do que 30 minutos. Além disso, os primeiros minutos da crise são os piores momentos, pois os sintomas se apresentam com maior intensidade. A medida em que o tempo vai passando os sintomas reduzem até que passam completamente.

2. Mantenha a calma

Mantenha-se calmo para ajudar a pessoa em crise. A calma transmite segurança para o paciente e a certeza de que a crise passará. Não tente resolver a crise rapidamente, pois não há meios para tal. Ao contrário, tentar fazer com que a crise passe rápido aumenta a ansiedade da pessoa em crise.

3. Evite perguntar sobre os sintomas

Evite perguntar o que a pessoa está sentindo, uma vez que toda a atenção do paciente está nos sintomas e percebe que não consegue controlar. Insistir nas perguntas pode prolongar a crise.

4. Ajude a redirecionar a atenção para a respiração

Ajude a redirecionar lentamente a atenção da pessoa em crise para a própria respiração. Você pode respirar de forma lenta junto com ela, contando 2 tempos em cada inspiração e 2 tempos a cada expiração. O foco na respiração é a medida mais eficaz para aliviar a ansiedade durante a crise.

5. Evite justificativas racionais no momento da crise

Evite buscar motivos racionais durante a crise para que a pessoa não se sinta ainda mais ansiosa. Não faça afirmações como “você está seguro” ou “você não tem motivos para estar ansioso”. As crises de ansiedade e os seus sintomas são incontroláveis.

6. Tratamento das crises de ansiedade

Não existe tratamento para as crises de ansiedade. É preciso, quando ocorrer a primeira crise, buscar um médico para realizar uma avaliação do estado mental e um exame físico e laboratoriais para diagnosticar possíveis distúrbios cardíacos, de tireoide ou alterações nos níveis de algumas vitaminas.

Quando o diagnóstico do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) ou Síndrome do Pânico for definido, os tratamentos específicos para cada caso serão estabelecidos pelo médico.

Crise de ansiedade tem cura?

Sim, a crise tem cura. A crise acaba por se resolver espontaneamente após os 10 ou 15 minutos.Para evitar novas crises, será preciso confirmar o diagnóstico de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), para dar início ao seu tratamento específico.

Se você segue os tratamentos corretamente e conhece os fatores que disparam as crises, estas se tornam menos frequentes.

Em caso de angústia e transtorno mental, procure ajuda em um serviço de saúde mental especializado como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ou diretamente com um/a psiquiatra e psicólogo.

Entenda mais um pouco sobre o Transtorno de ansiedade generalizada no artigo: Transtorno de ansiedade generalizada tem cura? Qual é o tratamento?

Referências

González,M.G.;Martín,P.F. Protocol diagnosis and treatment of anxiety disorder. Medicine: Programa de Formación Médica Continuada Acreditado,v.12 ,n.84, p. 4957-4961,2019.

Marrero,R.R.; DelRivero,E.P.F. Transtornos de ansiedad. Medicine: Programa de Formación Médica Continuada Acreditado,v.12 ,n.84, p. 4911-491,2019.

Dismorfia corporal tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, dismorfia corporal tem cura e o tratamento é feito através de psicoterapia, geralmente cognitivo-comportamental e também pode envolver o uso de medicamentos antidepressivos.

Não existe um remédio específico para tratar a dismorfia corporal. Porém, é possível amenizar os sintomas que normalmente estão associados a esse transtorno mental, como depressão e ansiedade. O tratamento da dismorfia corporal é importante para ajudar a pessoa a se aceitar melhor e ter uma vida normal.

A psicoterapia é uma parte essencial do tratamento, para que a pessoa possa compreender a verdadeira origem dos seus sentimentos de insatisfação.

O que muitas vezes dificulta o tratamento da dismorfia corporal é o fato dos portadores do transtorno não revelarem espontaneamente as suas preocupações com o corpo para o médico ou outros profissionais de saúde. Além disso, existe uma negação por parte do paciente em aceitar o fato de que tem dismorfia corporal.

Por isso é comum uma pessoa com dismorfia corporal só procurar ajuda depois de anos sofrendo com o problema, que geralmente surge na adolescência.

Também é importante saber distinguir uma simples insatisfação com o corpo de um transtorno psiquiátrico como a dismorfia corporal.Quando há muito sofrimento psíquico ou prejuízo na vida diária deixa de ser uma simples insatisfação e passa a ser considerado transtorno dismórfico corporal, que precisa de uma avaliação clínica e requer tratamento.

Leia também: O que é dismorfia corporal e quais os sintomas?

Quais os sintomas do Transtorno de Personalidade Dependente?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pessoas com transtorno de personalidade dependente apresentam muita necessidade de serem cuidadas e têm medo da separação. Sentem-se desconfortáveis ou desamparadas quando estão sozinhas por se acharem incapazes de cuidarem delas mesmas, com preocupações e receios irrealistas de serem deixados à própria sorte.

Quando terminam uma relação afetiva, procuram urgentemente um relacionamento novo para obterem carinho e amparo, adotando comportamentos submissos nas suas relações pessoais.

Os sintomas desse tipo de transtorno de personalidade começam a se manifestar em adultos jovens, em diversas situações e contextos.

Indivíduos com transtorno de personalidade dependente também têm dificuldade em tomar decisões sem antes procurar muitos conselhos e suporte em outras pessoas, ainda que essas decisões sejam rotineiras.

Na verdade, precisam que os outros assumam o controle global das principais áreas das suas vidas. O medo de perder a aprovação e o apoio alheio também as leva a ter dificuldade em discordar da opinião dos outros, às vezes podendo até fazer coisas extremamente desagradáveis pelos outros com receio dessas perdas.

Apresentam dificuldade em começar projetos por iniciativa própria por não confiarem neles mesmos ou nas suas capacidades, embora possam ser motivados e terem energia para isso.

Esses sintomas prejudicam significativamente a vida dessas pessoas, causando muito sofrimento e impedindo de levarem uma vida funcional.

Leia também: Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?

Tratamento

O tratamento para o transtorno de personalidade dependente é feito sobretudo com psicoterapia, sendo a terapia cognitiva-comportamental o método mais utilizado. O objetivo é auxiliar o indivíduo a identificar o seu desequilíbrio e vigiá-lo, ajudando na mudança de comportamento e no desenvolvimento do autocontrole.

Os medicamentos podem ser usados para tratar transtornos mentais que podem estar associados ao transtorno de personalidade dependente, como depressão e ansiedade.

O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e orientação do tratamento do transtorno de personalidade dependente.

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Qual é o tratamento para transtorno dismórfico corporal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Tratamento do transtorno dismórfico corporal é feito principalmente com psicoterapia e quando necessário medicamentos. A terapia cognitiva comportamental é a forma de psicoterapia mais utilizada.

A psicoterapia, ajuda a pessoa a desenvolver comportamentos e estratégias mentais para favorecer a socialização e diminuir os comportamentos repetitivos, como se olhar no espelho e ficar obcecado com o seu "defeito". Os resultados da terapia cognitivo comportamental são bons, com grande melhora dos sintomas.

Entre os medicamentos utilizados estão os antidepressivos da classe dos inibidores da recaptação de serotonina, que melhoram significativamente os sintomas de ansiedade, obsessão, raiva, angústia, tendência suicida e agressividade.

A adesão do paciente é fundamental para o sucesso do tratamento do transtorno dismórfico corporal. Para se tratar adequadamente, é necessário que a pessoa reconheça que o seu problema é psicológico e precisa de um tratamento clínico com psiquiatra e psicoterapeuta.

Contudo, é comum que os pacientes pensem que a solução para o seu "defeito" está nas cirurgias plásticas e nos tratamentos estéticos, o que os leva a procurar médicos e profissionais da área de estética.

O objetivo do tratamento do transtorno dismórfico corporal é reduzir a ansiedade, a angústia e a preocupação do paciente com a sua aparência física, melhorando a sua qualidade de vida em geral.

O médico responsável por diagnosticar e conduzir o tratamento do transtorno é o psiquiatra.

Saiba mais em: Transtorno dismórfico corporal: Quais as causas e como identificar?