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Para que serve a ocitocina, o hormônio do amor?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A ocitocina também conhecida como “hormônio do amor” é produzida no cérebro por uma glândula chamada hipófise. Produzido por homens e mulheres, atua para melhorar o humor e as interações sociais, fortalece os laços afetivos entre parceiros e ajuda a reduzir a ansiedade e melhora a libido e o desempenho sexual. Este hormônio também exerce importante função no momento do parto e durante a amamentação.

Efeitos da ocitocina no organismo1. Melhora o humor

A ocitocina atua como um regulador do estado de humor das pessoas, o que possibilita expressar as emoções de forma benéfica e saudável, ajuda a reduzir o estresse e melhora a convivência entre as pessoas. Pode ser utilizada, mediante indicação de uma/a psiquiatra, no tratamento de pessoas com transtorno de ansiedade generalizada, fobia social e depressão.

2. Cria e fortalece os laços afetivos

A criação dos vínculos afetivos entre mão e filhos ou filhas, bem como a formação e fortalecimento dos laços de afeto entre companheiros é outra função desempenhada pela ocitocina. Nestes casos, a ocitocina é produzida e liberada quando há contato de pele e quando existe a formação de uma relação de confiança entre as pessoas.

Por ter como um dos efeitos possibilitar a união entre as pessoas e o desenvolvimento das ligações de carinho, a ocitocina é conhecida como hormônio do amor.

A empatia é outra sensação desencadeada pela presença de ocitocina no organismo. Além destas ações, quanto maior a concentração deste hormônio no sangue, maior é a sensação de felicidade e bem-estar.

Alguns estudos indicam que a ocitocina pode ser importante para o tratamento de autismo, depressão pós-parto e esquizofrenia.

3. Melhora a libido e o desempenho sexual

A ocitocina parece atuar também melhorando a libido e o desempenho sexual em homens e mulheres. Nos homens, atua juntamente com a testosterona e, na mulher, com a progesterona no sentido de despertar o interesse pelo contato íntimo e facilitar a lubrificação vaginal e o orgasmo.

4. Auxilia no trabalho de parto

A ocitocina auxilia no trabalho de parto por estimular as contrações uterinas de forma ritmada. Como medicamento, é usada para induzir o trabalho de parto, especialmente quando este não aconteceu no tempo previsto ou quando está ocorrendo de forma muito demorada.

A indicação do uso de ocitocina para a indução do trabalho de parto exige uma avaliação clínica cautelosa pelo/a obstetra. O uso indiscriminado e sem prescrição adequada pode levar ao parto prematuro ou aborto.

5. Ajuda na amamentação

Ao sugar o seio da mãe durante a amamentação, o bebê estimula a produção de ocitocina pelo organismo da mãe. Deste modo, a ocitocina ajuda no processo de amamentação e favorece a criação de vínculo afetivo entre a mãe e o bebê.

A ocitocina pode ser encontrada em farmácias?

Sim. A ocitocina pode ser encontrada de forma sintética, em farmácias e para uso como medicamentos. Entretanto sua utilização somente deve ser efetuada mediante prescrição médica.

Como aumentar a ocitocina no organismo

Atitudes simples são capazes de aumentar naturalmente a produção de ocitocina pelo seu corpo:

  • Praticar atividade física;
  • Estar com as pessoas que você gosta;
  • Estabelecer contato físico por meio de carinho, abraços massagem;
  • Efetuar o contato íntimo com seu parceiro ou parceira;
  • Praticar a generosidade e as boas ações;
  • Amamentar.

Quanto mais relaxado/a e livre de tensões você estiver, mais ocitocina o seu corpo produzirá sem precisar de remédios. Isto ampliará a sensação de bem-estar no seu cotidiano.

Zolpidem serve para ansiedade?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O zolpidem não serve para tratar a ansiedade, sendo indicado apenas para o tratamento de insônia. Porém, como a insônia pode aumentar o risco de problemas como depressão e ansiedade, o tratamento com zolpidem pode levar também à melhora dessas condições.

No entanto, existem outros medicamentos que têm efeito hipnótico (ou seja, que ajudam a dormir) e que também são ansiolíticos, como os benzodiazepínicos. Exemplos desses medicamentos são:

  • Clonazepam;
  • Bromazepam;
  • Diazepam.

Se notar que continua com muita ansiedade, mesmo resolvendo o problema do sono com o zolpidem, pode conversar com o médico para avaliar a possibilidade de usar um benzodiazepínico. O médico prescreverá por um período curto, pois o uso prolongado (acima de 14 dias) leva a efeitos como atolerância (perda do efeito) ou à dependência do medicamento.

Já o zolpidem pode ser usado por 3 a 12 meses sem serem desenvolvidos os efeitos indesejáveis dos benzodiazepínicos. Por isso, ele é especialmente útil nos casos de insônias que precisam detratamento mais longo (insônias transitórias ou crônicas). É possível que o médico tenha receitado o zolpidem por essas razões.

Leia também:

Referência:

Asnis GM, Thomas M, Margaret A Henderson MA. Pharmacotherapy Treatment Options for Insomnia: A Primer for Clinicians. Int J Mol Sci. 2015 Dec 30;17(1):50.

Depressão e ansiedade: quais os sintomas e as diferenças entre elas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A depressão e a ansiedade são transtornos mentais que muitas vezes surgem juntos, mas que apresentam diferenças marcantes, com características diferentes entre eles, embora alguns sintomas possam surgir tanto na ansiedade como na depressão.

O que é depressão?

A depressão é um distúrbio de humor que caracteriza-se por sentimentos de tristeza, perda, raiva ou frustração, que interferem na vida diária da pessoa. A duração dos sintomas pode ser de algumas semanas, meses ou anos.

O que é ansiedade?

A ansiedade é um distúrbio mental que deixa a pessoa excessivamente preocupada e apreensiva com muitas coisas. A preocupação e a tensão nesses casos é desproporcional à situação em si e a pessoa sente muita dificuldade em controlar a ansiedade. Para ser considerada uma doença, os sintomas da ansiedade devem durar por mais de 6 meses.

Qual a diferença entre ansiedade e depressão?

A melhor forma de identificar as diferenças entre ansiedade e depressão é analisar os sintomas de cada um dos transtornos.

Quais são os sintomas de depressão?

Os sintomas de depressão incluem:

  • Humor irritável ou deprimido;
  • Dificuldade para adormecer ou excesso de sono;
  • Grandes mudanças no apetite, geralmente com ganho ou perda de peso;
  • Cansaço e falta de energia;
  • Sentimentos de inutilidade, auto-aversão e culpa;
  • Dificuldade de concentração;
  • Movimentos mais lentos que o normal;
  • Inatividade e desinteresse por atividades habituais;
  • Sentimentos de desesperança e abandono;
  • Pensamentos repetitivos de morte ou suicídio;
  • Perda de interesse em atividades que antes despertavam prazer e satisfação.

No caso das crianças, os sintomas podem ser diferentes dos adultos. Nesses casos, deve-se observar sobretudo as mudanças no desempenho escolar, no sono e no comportamento.

Quais são os sintomas de ansiedade?

O principal sintoma do transtorno de ansiedade é a presença constante de preocupação ou apreensão por pelo menos 6 meses, mesmo quando não há uma causa aparente ou ela é pouco relevante. As preocupações parecem flutuar de um problema para outro, podendo incluir problemas que envolvem família, relacionamentos interpessoais, trabalho, dinheiro e saúde.

Outros sintomas do transtorno de ansiedade incluem:

  • Dificuldade de concentração;
  • Fadiga;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade para adormecer e permanecer dormindo ou ter um sono pouco tranquilo e reparador;
  • Inquietação ao acordar.

A ansiedade também pode causar sintomas físicos, como tensão muscular, problemas estomacais, transpiração e falta de ar.

Quais as causas de depressão e ansiedade?

A depressão é causada por uma combinação de fatores psíquicos, sociais e biológicos. Pode ser desencadeada por situações adversas e estressantes no decorrer da vida como desemprego, luto, trauma psicológico.

Outros fatores como alcoolismo, dependência de drogas e isolamento social também podem contribuir para o aparecimento de um quadro de pressivo. Também há uma associação familiar seja por causas genéticas ou sociais, por exemplo, filhos de pais que apresentam depressão tem maior risco de também desenvolverem o transtorno.

As causas do transtorno de ansiedade também se relacionam a fatores biológicos, psicológicos e relacionados a eventos ou experiências de vida. É possível que os distúrbios ansiosos tenham influência genética, no entanto, eventos traumáticos, estresse crônico e outras circunstâncias relacionados a história pessoal também contribuem para o aparecimento dos transtornos ansiosos.

Qual é o tratamento para depressão e ansiedade?

O tratamento da ansiedade e da depressão é feito com psicoterapia e medicamentos antidepressivos, estabilizadores de humor, ansiolíticos e sedativos.

A psicoterapia desempenha um papel muito importante no tratamento desses transtornos, pois ajuda a pessoa a identificar as causas da ansiedade ou depressão e entender a relação entre seus pensamentos, comportamentos e sintomas.

O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da ansiedade e da depressão.

Dor no braço esquerdo pode ser ansiedade?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A dor no braço esquerdo, que começa no peito, pode ser ansiedade. Mas também pode ser um sinal de problemas cardíacos, inclusive de infarto. Por isso, quando a dor é intensa, começa de repente e não melhora, procure um pronto-socorro.

Como existem outras causas possíveis para a dor no braço esquerdo, é importante observar se existem outros sinais de ansiedade para ter mais certeza.

Sinais comuns de ansiedade são:

  • Tensão muscular;
  • Ritmo da respiração alterado;
  • Medo e suor intensos;
  • Coração batendo rápido;
  • Dificuldade para relaxar, que pode afetar o sono;
  • Frio na barriga, bolo na garganta ou dor de estômago.

Se a ansiedade causar problemas e afetar o seu bem-estar, procure um médico de família, psicólogo ou psiquiatra. Eles vão indicar tratamentos que ajudam a controlá-la, como meditação, ioga, acupuntura, psicoterapia ou, em alguns casos, medicamentos. Exercícios físicos também podem ajudar. No caso específico da dor no braço, fisioterapia pode ser indicada em alguns casos.

Saiba mais sobre outras causas de dor no braço esquerdo em:

Referência:

Gautam S, Jain A, Gautam M, Vahia VN, GautamIndian A. Clinical Practice Guidelines for the Management of Generalised Anxiety Disorder (GAD) and Panic Disorder (PD). J Psychiatry. 2017; 59(Suppl 1): S67–S73.

Zatesko P, Rejane Cristina Ribas-Silva RC. Eficácia da Acupuntura no Tratamento de Ansiedade e Estresse Psicológico. Rev Bras Terap e Saúde. 2016; 6(2):7-12.

Como controlar a ansiedade. Tadashi Kadomoto. Youtube

Existe um botão anti-pânico e ansiedade no seu corpo. Peter Liu. Youtube

Pontadas no coração podem ser ansiedade?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Pontadas no coração podem ser sintomas de ansiedade, especialmente quando acontece uma crise muito intensa. Nesse caso, podem surgir outros sintomas comuns como:

  • Medo e suor intensos;
  • Respiração alterada;
  • Coração acelerado;
  • Tremores;
  • Sensação de frio na barriga ou de bolo na garganta.

O mal-estar causado pela ansiedade pode ser tão intenso que a pessoa muitas vezes pensa que vai morrer. Por isso, algumas vezes é preciso procurar um médico e tomar medicamentos. Se você perceber que a ansiedade é muito intensa, muito frequente e atrapalha a sua vida, procure um médico de família, um psicólogo ou um psiquiatra.

Entretanto, em alguns casos é possível tentar algumas medidas que costumam ser eficazes para sair da crise de ansiedade. Respirar profundamente por alguns minutos, relaxando ao inspirar, acalma e ajuda a sair da crise de ansiedade. Morder levemente a ponta da língua também tem o mesmo efeito.

No caso de ter problemas cardíacos, pressão alta ou diabetes, sentir dor forte no coração ou no peito, que pode irradiar para o braço, procure com urgência um pronto-socorro.

Leia também:

Referência:

Gautam S, Jain A, Gautam M, Vahia VN, GautamIndian A. Clinical Practice Guidelines for the Management of Generalised Anxiety Disorder (GAD) and Panic Disorder (PD). J Psychiatry. 2017; 59(Suppl 1): S67–S73.

Como controlar a ansiedade. Tadashi Kadomoto. Youtube

Existe um botão anti-pânico e ansiedade no seu corpo. Peter Liu. Youtube

Síndrome de Burnout: quais os sintomas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional provocado pelo excesso de trabalho e que tem como sintomas a exaustão extrema, estresse e esgotamento físico. Resulta de situações desgastante de trabalho que demandam muita responsabilidade ou competitividade.

É comum entre profissionais de saúde (médicos, enfermeiros), professores, jornalistas, policiais e outros trabalhadores que atuam sob pressão e responsabilidades constantes. É também conhecida como Síndrome de Esgotamento Profissional.

Sintomas da Síndrome de Burnout

Os sinais e sintomas da Síndrome de Burnout estão relacionados a sofrimentos psicológicos, problemas físicos e nervosismo.

  • Dor de barriga;
  • Cansaço físico e mental excessivos;
  • Tontura;
  • Dor de cabeça frequente;
  • Insônia;
  • Dificuldade de concentração;
  • Insônia;
  • Negatividade constante;
  • Sentimentos de fracasso e insegurança;
  • Isolamento;
  • Sentimentos de incompetência;
  • Fadiga;
  • Alterações de apetite;
  • Dores musculares;
  • Alterações repentinas de humor;
  • Pressão arterial elevada;
  • Distúrbios gastrointestinais;
  • Sentimentos de derrota e desesperança;
  • Alterações nos batimentos cardíacos.

Inicialmente os sintomas podem ser leves e, com o passar do tempo, vão se intensificando. O estresse elevado e a vontade de permanecer na cama, se constantes, podem indicar o início da Síndrome de Burnout.

Como tratar a Síndrome de Burnout Psicoterapia e medicamentos

O tratamento da síndrome de Burnout é feito com psicoterapia, entretanto o uso de medicamentos antidepressivos e/ou ansiolíticos podem sem necessários. Mudanças no estilo de vida e nos hábitos são necessários para que o tratamento seja mais efetivo. Estas mudanças são pensadas durante a psicoterapia.

A pessoa com Síndrome de Burnout começa a sentir melhora após um a três meses de terapia, a depender da gravidade da síndrome e da adesão ao tratamento. Por estes motivos, é importante que você persista na terapia e nos medicamentos e não abandone o tratamento, o que pode levar a piora dos sintomas.

Atividade física

A prática regular de atividade física e exercícios de relaxamento são importantes aliados para redução do estresse e da ansiedade, além de ajudar a amenizar os sintomas da síndrome.

Será que piorei da Síndrome de Burnout?

Quando o tratamento não é seguido adequadamente ou é interrompido, os sintomas da Síndrome de Burnout se tornam mais intensos e indicam agravamento do quadro.

A piora do quadro leva a:

  • Perda total da motivação;
  • Distúrbios gastrointestinais intensos;
  • Depressão: pode se desenvolver nos casos mais graves de Síndrome de Burnout. Nestes casos, se fazem necessárias avaliações detalhadas para um tratamento e acompanhamento médico mais específico.
Diagnóstico da Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout somente pode ser diagnosticada após avaliação detalhada efetuada por psicólogo/a ou psiquiatra. Se percebe os sintomas da síndrome, não demore a procurar um profissional especializado.

É possível prevenir a Síndrome de Burnout?

É possível sim prevenir a Síndrome de Burnout por meio da adoção de hábitos, estilos de vida e medidas que promovam o alívio do estresse e das situações de pressão no trabalho.

  • Pratique atividade física regularmente;
  • Evite o consumo de álcool e outras drogas que alteram a sua consciência;
  • Reserve horários destinados ao lazer com amigos e familiares;
  • Fale com alguém da sua confiança sobre o que você está sentindo;
  • Quebre a sua rotina algumas vezes e aproveite para um passeio ou outra atividade que não costuma praticar;
  • Evite contato com pessoas negativas;
  • Estabeleça pequenos objetivos para a sua vida pessoal e profissional.

Ao perceber os sintomas da Síndrome de Burnout, busque um serviço de saúde para uma avaliação, pode ser necessário o acompanhamento por psicólogo.

Depressão causa dor?

Sim, a depressão pode causar dor. Isso pode ocorrer devido à falta de substâncias produzidas pelo cérebro que atuam como analgésicos naturais do corpo. A falta dessas substâncias em pessoas deprimidas pode desencadear dores.

Os sintomas físicos da depressão podem incluir ainda:

  • Dor de cabeça;
  • Dor crônica;
  • Problemas digestivos;
  • Falta de energia;
  • Cansaço;
  • Mal-estar geral;
  • Dificuldade em adormecer ou dormir demais;
  • Diminuição ou aumento do apetite;
  • Emagrecimento ou ganho de peso.

A dor pode ainda causar depressão ou piorar a depressão já existente. Por isso, a depressão também é muito comum entre pessoas que têm dor crônica, como aquelas com fibromialgia.

A depressão também pode piorar as dores que a pessoa já costuma ter. Mesmo a depressão leve pode afetar a capacidade do indivíduo deprimido gerenciar efetivamente a dor e permanecer ativo.

Quais são os sintomas de depressão?
  • Sentimentos frequentes de tristeza, raiva, abandono, baixa auto-estima ou desesperança;
  • Menos interesse ou prazer em atividades que antes eram prazerosas;
  • Dificuldade de concentração;
  • Pensamentos de morte, suicídio ou danos a si mesmo;
  • Humor irritável ou deprimido;
  • Sentimentos de inutilidade, autoaversão e culpa;
  • Dificuldade de concentração;
  • Movimentos mais lentos ou rápidos que o normal.
O que é depressão?

A depressão é um distúrbio de humor no qual sentimentos de tristeza, perda, raiva ou frustração interferem na vida diária por um período de algumas semanas ou mais. A depressão é uma doença, que afeta o funcionamento do corpo.

Quais as causas da depressão?

A depressão é causada por alterações em certas substâncias químicas produzidas no cérebro. O transtorno depressivo é muitas vezes transmitido dos pais para os filhos.

Isso pode ser devido à genética, aos comportamentos aprendidos em casa ou ao ambiente em que a pessoa vive.

A depressão também pode ser desencadeada por um fato estressante ou infeliz na vida. Na maioria dos casos, é uma combinação desses fatores.

Além disso, existem muitos fatores que podem causar depressão, tais como:

  • Alcoolismo ou uso de drogas;
  • Dor crônica (como em casos de fibromialgia, por exemplo);
  • Situações estressantes ou eventos na vida, como perda de trabalho, divórcio ou morte de um cônjuge ou outro membro da família;
  • Isolamento social.

Às vezes, a depressão não tem uma causa ou razão clara.

Depressão tem cura? Qual é o tratamento?

Depressão tem cura. O tratamento da depressão inclui medicamentos (antidepressivo, estabilizador de humor), mudanças no estilo de vida e psicoterapia.

Os antidepressivos atuam restaurando os níveis adequados das substâncias químicas no cérebro, o que ajuda a aliviar os sintomas.

Algumas pessoas podem se sentir melhor após algumas semanas de uso do antidepressivo. No entanto, na maioria dos casos, é necessário tomar esses medicamentos por pelo menos 4 a 9 meses. Esse tempo é necessário para obter uma resposta completa e impedir que a depressão reapareça.

Os medicamentos antidepressivos devem ser tomados todos os dias. O paciente não deve parar de tomar a medicação por conta própria, mesmo que se sinta melhor ou tenha efeitos colaterais. Quando chegar a hora de interromper o uso do medicamento, a dose deve ser reduzida lentamente ao longo do tempo, conforme orientação médica.

A psicoterapia, especialmente a terapia cognitivo-comportamental, ensina a combater pensamentos negativos. A pessoa aprende como estar mais consciente dos seus sintomas e como detectar os fatores que pioram a depressão.

A psicoterapia também pode ajudar a entender os problemas que podem estar por trás dos pensamentos e sentimentos.

A eletroconvulsoterapia pode melhorar o humor das pessoas com depressão grave ou pensamentos suicidas que não melhoram com outros tratamentos.

O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da depressão.

Ressaca: quais os sintomas, causas e como curar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da ressaca incluem mal-estar, dor de cabeça, fraqueza, boca seca, náuseas, vômitos, diarreia, batimentos cardíacos acelerados, sensibilidade à luz e cansaço. Tratam-se dos efeitos colaterais causados pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Essas alterações fisiológicas ocorrem depois que o organismo inicia o processo de eliminação do álcool.

Os sintomas da ressaca surgem quando as enzimas responsáveis pelo metabolismo do álcool no fígado não são capazes de realizar esse trabalho devido ao excesso de álcool no sangue.

O que é a ressaca e por quê ela ocorre?

Para que o álcool seja metabolizado, o corpo necessita fazer um esforço significativo e, durante esse processo, o fígado e o sistema nervoso são os mais prejudicados.

Quando entra na circulação sanguínea, o álcool dilata os vasos sanguíneos. O fígado que, em geral, é capaz de processar somente uma dose de bebida alcoólica por hora, precisa duplicar o seu trabalho para conseguir metabolizar o álcool presente no sangue.

A seguir, o álcool inibe a ação do hormônio antidiurético, o que faz a pessoa urinar com mais frequência e perder grandes quantidades de líquidos, causando desidratação.

Outra consequência do excesso de álcool é a diminuição da quantidade de glicose (açúcar) que chega ao cérebro. Lembrando que a glicose é a única fonte de energia utilizada pelas células nervosas.

Quando o consumo de álcool é interrompido, começam a surgir os primeiros sintomas da ressaca. A dor de cabeça, o enjoo, os batimentos cardíacos acelerados e a lentidão dos reflexos são causados pela dilatação dos vasos sanguíneos.

A desidratação e a acidez do sangue causadas pelo excesso de álcool provocam vômitos, falta de apetite e boca seca. A desidratação também provoca dores de cabeça.

A fraqueza e o cansaço são decorrentes da redução dos níveis de glicose sanguínea, que pode levar ao coma alcoólico nos casos mais graves.

A sensibilidade à luz é provocada pelo excesso de estímulos dos neurotransmissores que captam as luzes e os sons.

Como curar a ressaca?

Para curar a ressaca, recomenda-se fazer repouso e ter uma alimentação leve, evitando frituras, doces e alimentos gordurosos para não sobrecarregar ainda mais o fígado.

A hidratação com água, chá, água de coco e sucos de frutas naturais é fundamental para repor o excesso de líquidos perdidos.

A frutose, açúcar presente nas frutas e no mel, também é excelente para curar a ressaca, pois torna o metabolismo do álcool mais rápido e acelera o seu processamento pelo corpo.

Para combater a azia, recomenda-se beber leite ou tomar um antiácido. Para as náuseas, podem ser usados medicamentos que auxiliam o esvaziamento do estômago.

Os analgésicos usados para aliviar a dor de cabeça, como o ácido acetilsalicílico e o paracetamol devem ser evitados. O ácido acetilsalicílico pode levar à gastrite alcoólica e o paracetamol associado ao álcool pode causar doença grave no fígado.

Como evitar a ressaca?

Para evitar a ressaca, o primeiro passo é preparar o fígado e o estômago ainda antes de começar a beber, alimentando-se, especialmente com alimentos com alto teor de gorduras e carboidratos (massa, pão, arroz, batata).

Também é muito importante beber bastante água para combater a desidratação, antes, durante e depois do consumo de bebidas alcoólicas. O ideal é beber 200 ml de líquido não alcoólico a cada 20 minutos enquanto estiver consumindo álcool.

A mesma importância tem a alimentação. A pessoa deve comer com alguma frequência enquanto estiver bebendo, especialmente carboidratos.

Esses cuidados também diminuem a agressão às mucosas do estômago e do esôfago causada pelo álcool, ajudando a reduzir a sensação de queimação e os enjoos.

Os medicamentos usados para prevenir a ressaca devem ser usados com cautela e, mesmo assim, a pessoa não está imune à ressaca se beber sem limites.

Contudo, nem todas as pessoas que bebem em excesso têm ressaca. O aparecimento dos sintomas depende da quantidade ingerida de álcool, da hidratação e da habituação do fígado ao álcool. Vale lembrar que não importa o tipo de bebida alcoólica consumida, mas sim a quantidade.

Também vale ressaltar que, mesmo com todos esses cuidados, a pessoa não está totalmente livre de ter uma ressaca no dia seguinte. Por isso, a melhor forma de evitá-la é beber com moderação.