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Bicho-de-pé: o que é e como tirar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O bicho-de-pé é uma infecção de pele, causada pela pulga Tunga penetrans.

O macho e a fêmea dessa espécie de pulga se alimentam de sangue, contudo, apenas a fêmea penetra na pele dias após a fecundação, para amadurecimento de seus ovos e para depois eliminá-los no ambiente.

A Tunga penetrans mede em torno de 1 milímetro e vive na terra. Depois de penetrar no corpo, o bicho-de-pé começa a crescer, podendo atingir o tamanho de uma ervilha.

O bicho-de-pé pode produzir cerca de 100 a 200 ovos em uma semana, e após depositar os ovos no hospedeiro ou no meio ambiente, a pulga morre.

A Tunga penetrans pode penetrar em qualquer parte do corpo, porém, as regiões mais acometidas são os pés, sobretudo na planta dos pés, entre os dedos, em torno das unhas e no calcanhar, daí o nome popular “bicho-de-pé”.

Quais são os sintomas do bicho-de-pé?

O local em que a Tunga penetrans se encontra geralmente apresenta uma lesão arredondada, com círculo claro ao redor de um ponto preto. Essa coloração escura no centro, corresponde ao abdômen da pulga carregado de ovos.

O bicho-de-pé pode causar dor, coceira, vermelhidão e desconforto local. A intensidade varia conforme o local afetado e a quantidade de pulgas que causaram a infestação.

Como tirar bicho-de-pé?

O bicho-de-pé deve ser retirado com uma agulha esterilizada, que perfura a pele, permitindo a retirada do parasita e seus ovos. Importante ressaltar a necessidade de limpar e desinfetar o local, antes e após o procedimento.

Para ajudar na cicatrização o mais importante será manter a ferida limpa, seca e com curativo orientado pelo profissional de saúde. Contudo, pode ainda ser indicado o uso de pomada com antibiótico, como a neomicina, uso de medicamentos antifúngicos e anti-inflamatórios.

O procedimento deve ser feito sempre por profissionais de saúde, de maneira que são garantidos os cuidados adequados de higiene para evitar infecções e demais complicações.

Quando há muitas pulgas e a infestação é grande, a pessoa pode necessitar ficar hospitalizada. Nesses casos, o procedimento requer intervenção médica e é feito sob anestesia. Além disso, são administrados medicamentos antibióticos e a pessoa recebe um reforço da vacina contra o tétano.

Dependendo da gravidade da infestação, o bicho-de-pé pode causar gangrena, perda de dedos e tétano se não for tratado adequadamente.

Como prevenir bicho-de-pé?
  • Evite andar descalço ou permanecer em lugares que podem estar infestados pela Tunga penetrans;
  • Use botas de cano alto;
  • Examine regularmente os animais para prevenir infestações e retire os parasitas que encontrar;
  • Evite ir a praias que são frequentadas por animais;
  • Evite entrar em casas abandonadas ou que não estão habitadas, pois podem abrigar pessoas ou animais infectados;
  • Evite entrar em contato com areia e grama cuja procedência não é conhecida.

Para tirar o bicho-de-pé, procure um serviço de saúde para fazer a remoção correta do parasita, com os devidos cuidados de higiene, e receber orientações adequadas.

Fimose impossibilita relações sexuais?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Não, a fimose geralmente não impossibilita as relações sexuais, mas pode ser um grande empecilho quando há sintomas de dor ou irritação da glande (cabeça do pênis). Nesses casos, a masturbação e/ou o ato sexual podem causar dor, desconforto, lacerações, inchaço e sangramento do prepúcio ou do frênulo do pênis. Como consequência, além das alterações locais penianas, pode desenvolver-se um temor de que o desconforto se repita nas próximas relações, o que pode levar a distúrbios da excitação, ereção e orgasmo.

De um modo geral, entretanto, fimose ou alterações anatômicas do freio do pênis não têm qualquer influência direta no desempenho sexual. Excitação, ereção do pênis e orgasmo não dependem da pele ou do freio do pênis, mas de mecanismos e estruturas anatômicas específicas. As dificuldades sexuais experimentadas pelos portadores de fimose, excesso de prepúcio e alterações do freio do pênis dão-se, via de regra, por antecipação da penetração ou condução do ato sexual. Na primeira relação sexual, por exemplo, seja por inexperiência, pressa de penetrar, sem a parceira estar devidamente lubrificada e relaxada, ou intempestividade, pode haver desconforto ou dor prepucial. Além disso, roturas do freio do pênis ou prepúcio, podem ocorrer tanto nos portadores de fimose quanto nos que tem prepúcio normal ou excessivo.

Leia também: Cirurgia de fimose causa aumento ou perda de sensibilidade na glande?

Caso ocorra dor, desconforto ou lacerações penianas, com ou sem consequências no desempenho sexual, o correto é abster-se de qualquer manipulação peniana ou prática sexual e procurar um urologista que avaliará a situação. Ele irá recomendar técnicas adequadas para serem usadas no ato sexual, prescrever medicamentos quando for necessário ou indicar cirurgias para remover o prepúcio ou o freio do pênis.

Saiba mais em: Dor no pênis. O que pode ser?

Candidíase no homem: como reconhecer, tratar e prevenir a candidíase masculina
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A candidíase é uma infecção causada por fungos do gênero Candida, sendo que a Candida albicans é a espécie mais prevalente. Pode acometer diversos locais do corpo, como os genitais (levando a vulvovaginite nas mulheres e balanopostite nos homens), cavidade oral e esôfago, bexiga, pele e unhas, dentre outros locais, menos acometidos.

Não é considerada uma infecção sexualmente transmissível, mas pode ser transmitida através de relações sexuais.

Como reconhecer a Candidíase Peniana (balanopostite)?

É comum que os homens não apresentem sintomas, mas quando se manifestam podemos observar:

  • Coceira intensa é sintoma mais característico;
  • Ardor ao urinar;
  • Ardência ao contato com a secreção vaginal;
  • Pele do pênis avermelhada e brilhante;
  • Inchaço leve da glande ('cabeça do pênis');
  • Descamação ao toque da pele da região peniana (pele friável);
  • Pequenas ulcerações ou vesículas com crostas cobertas por uma secreção esbranquiçada com aspecto de queijo;
  • Excreção de secreção peniana esbranquiçada semelhante ao sêmen.

A candidíase no homem pode estar ligada a fatores imunológicos ("queda" da imunidade) ou relacionados ao nível de açúcar no sangue. Sendo assim, é importante investigar causas que alterem a imunidade, como diabetes, uso de medicações e HIV.

Como é feito o diagnóstico?

Um clínico geral, urologista ou dermatologista podem facilmente diagnosticar a candidíase peniana. As formas de diagnóstico incluem a avaliação dos sintomas clínicos e exames laboratoriais. No caso da avaliação laboratorial, colhe-se amostras de secreção das ulcerações ou vesículas presentes no pênis analisando-as com o auxílio de microscópio. Neste exame serão procurados nas amostra das secreções o fungo do gênero Candida. O mais comum nas infecções genitais é o Candida albicans.

Como tratar?

O tratamento da candidíase peniana consiste no uso de medicamentos antifúngicos em forma de pomadas e cremes, para uso local, e por via oral ou injetável.

É importante buscar orientação médica para, com base nos sintomas e exames laboratoriais, definir a melhor forma de tratamento e retirar possíveis dúvidas. Além disso, é preciso evitar relações sexuais durante o tratamento, seguir a dosagem da medicação prescrita e a duração do tratamento adequado. Estas medidas possibilitam a cura da candidíase e ajudam a evitar a sua reincidência.

Como prevenir a Candidíase Peniana?

A prevenção desta infecção tem seu foco principal em cuidados de higiene e que fortaleçam o sistema imunológico.

  • Higienizar adequadamente a região peniana para manter esta área limpa e seca;
  • Os cuidados de higiene devem ser feitos com mais atenção na área do pênis coberta pelo prepúcio, em homens não circuncidados;
  • Buscar hábito alimentares saudáveis com uma alimentação rica em frutas, legumes, e água;
  • Evitar roupas quentes, apertadas ou molhadas;
  • Usar preservativos durante as relações sexuais;
  • Usar antibiótico apenas sob prescrição médica.

Os fungos se proliferam mais facilmente em ambientes quentes e úmidos. Por este motivo, se deve manter a região genital limpa, seca e priorizar o uso de roupas mais leves.

Em homens com prepúcio longo (pele que recobre a glande - “cabeça do pênis”) ou portadores de diabetes, pode ser necessária a circuncisão - retirada cirúrgica do prepúcio – como uma forma de prevenir a candidíase, uma vez que esta área de mucosa pode ser limitada na sua capacidade de defesa local.

Uma alimentação saudável com baixo consumo de açúcar e a prática de exercícios físicos são hábitos que reforçam o sistema imunológico e ajudam a evitar não somente a candidíase peniana, mas também outras doenças além de influenciar positivamente na qualidade de vida das pessoas.

Conheça mais sobre o assunto nos links:

Estou com candidíase, meu parceiro deve tratar também?

Tenho uma intensa coceira nos testículos...

Qual a diferença entre meningite viral e bacteriana?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A diferença entre meningite viral e bacteriana é que as virais são provocadas por vírus e normalmente apresentam sintomas mais brandos que as bacterianas, que são mais graves e provocadas por bactérias.

Os sintomas da meningite viral são parecidos com os da gripe, com febre e dor de cabeça, e a nuca fica pouco rígida e dolorida.

A maioria dos casos de meningite viral evoluem sem complicações e o tratamento visa apenas controlar os sintomas através de medicamentos para dor e febre.

Streptococcus-pneumoniae, uma das bactérias causadoras de meningite bacteriana

Já a meningite bacteriana é bem mais perigosa que a meningite viral, podendo levar à morte se não for diagnosticada precocemente. O tratamento é feito com medicamentos antibióticos específicos para o tipo de bactéria.

Os tipos de meningites bacterianas mais comuns são causados pelas bactérias meningococo, pneumococos e haemophylus. Dentre os 3 tipos, a meningite meningocócica é a que se transmite mais facilmente pela via respiratória e também a mais temível das meningites bacterianas, pois apresenta um quadro clínico mais grave e de evolução mais rápida.

Já a pneumocócica e a haemophylus são menos frequentes, uma vez que as vacinas disponíveis são bastante eficazes na prevenção desses dois tipos de meningite.

Quais os sintomas da meningite viral e bacteriana? Sintomas de meningite viral

A meningite viral caracteriza-se pelo aparecimento súbito de dor de cabeça, fotofobia (sensibilidade à luz), rigidez de nuca, náuseas, vômitos e febre.

Na meningite causada por enterovírus, a pessoa também pode apresentar sinais e sintomas gastrointestinais e respiratórios, dores musculares e erupções cutâneas.

Em geral, as meningites virais apresentam evolução rápida, benigna e sem complicações, com exceção das pessoas com a imunidade baixa.

Dentre os principais vírus causadores de meningites estão o enterovírus, arbovírus, vírus do sarampo, vírus da caxumba, vírus da coriomeningite linfocítica, HIV-1, adenovírus, vírus do grupo do herpes simples tipo 1 e 2, varicela zoster, Epstein-Barr e citomegalovírus.

A meningite viral pode ser transmitida pela saliva de uma pessoa infectada ao tossir, espirrar, beijar ou falar. No caso do enterovírus, que habita o intestino, a transmissão pode ocorrer através das fezes.

Sintomas de meningite bacteriana

A meningite bacteriana, em crianças com mais de 1 ano de idade e adultos, apresenta como principais sinais e sintomas: febre alta com início súbito, dor de cabeça intensa e contínua, vômitos em jato, náuseas, rigidez de nuca, dor no pescoço, pequenas manchas vermelhas na pele (meningite meningocócica).

Em bebês com menos de 1 ano de idade, os sintomas da meningite bacteriana incluem moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação, choro agudo e persistente, rigidez corporal com ou sem convulsões.

As principais bactérias causadoras de meningite são o meningococo (meningite meningocócica), pneumococo (meningite pneumocócica) e haemophilus influenzae. A transmissão ocorre através da eliminação de gotículas de secreção eliminadas por uma pessoa infectada ao tossir, falar ou espirrar.

Qual é o tratamento para meningite viral e bacteriana?

Geralmente, as meningites virais não necessitam de um tratamento específico. Nesses casos, o tratamento é feito com medicamentos para aliviar a dor e a febre, além de um acompanhamento rígido para identificar precocemente qualquer eventual complicação.

O tratamento da meningite bacteriana é feito com medicamentos antibióticos específicos para a bactéria causadora da infecção.

Para prevenir complicações e possíveis sequelas, é fundamental consultar o/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou infectologista logo no início dos sintomas.

Saiba mais em: O que é meningite?

Omeprazol: para que serve e quais os efeitos colaterais?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O omeprazol é uma medicação que serve principalmente para tratar ou prevenir úlceras no estômago e intestino, doença do refluxo gastroesofágico, azia e síndromes causadas pelo aumento de ácido no estômago. Ele pode ter outras funções que seu médico poderá explicar em consulta.

A eficácia do omeprazol no tratamento das úlceras duodenais (porção inicial do intestino) é de quase 100%, sendo mais eficiente nesses casos do que quando comparado com o seu uso nas úlceras gástricas (estômago). Os resultados podem ser notados em até 4 semanas após o início do tratamento com o medicamento.

Sabe-se, através de estudos, que o omeprazol também é eficaz para tratar úlceras de estômago e intestino que são resistentes a outros tipos de medicação.

Já o tratamento do refluxo é mais prolongado, embora as taxas de cura nesses casos ultrapassaram os 80% depois da quarta semana de uso de omeprazol.

O omeprazol também serve para auxiliar no tratamento de erradicação a bactéria Helicobacter pylori, que pode causar gastrite, úlcera e até câncer de estômago.

O omeprazol pode servir ainda como protetor da mucosa do estômago contra os danos provocados por medicamentos anti-inflamatórios.

Quais os efeitos colaterais do omeprazol? Efeitos colaterais comuns

Os efeitos colaterais do omeprazol considerados comuns, ou seja, que ocorrem em até 10% dos casos, incluem dor de cabeça, diarreia, prisão de ventre, dores abdominais, náuseas, vômitos, gases intestinais, regurgitação, infecções respiratórias, tosse, tontura, aparecimento de manchas vermelhas na pele e dor nas costas.

Efeitos colaterais pouco comuns

Outros efeitos secundários do omeprazol foram observados em menos de 1% das pessoas que tomaram o medicamento. Dentre essas reações estão formigamentos, alterações no sono (insônia ou sonolência), vertigem, coceiras pelo corpo e mal-estar.

Efeitos colaterais raros

Já as reações adversas consideradas raras, que ocorrem em menos de 0,1% dos casos, incluem agitação, depressão, confusão mental, agressividade, alucinações, crescimento das mamas em homens, boca seca, diminuição das plaquetas, hepatite, insuficiência hepática, dores articulares e musculares, fraqueza muscular, sensibilidade à luz, febre, aumento da transpiração, inchaço em mãos e pés, visão turva, alterações no paladar, entre outras.

O omeprazol pode causar ainda encefalopatia hepática em pessoas com insuficiência hepática grave. Trata-se de uma perda das funções cerebrais devido à não eliminação das toxinas do sangue pelo fígado.

É importante ressaltar que o uso prolongado do omeprazol pode ter várias consequências à saúde. Por isso, apenas tome medicação com indicação e receita médica.

Caso você tenha alguma dessas reações descritas acima, pare de tomar o omeprazol e procure um/a médico/a.

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Meu namorado encostou o pênis na minha vagina, sem ejaculação, posso engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Se não houve ejaculação, não houve penetração e nem chegou próximo ao evento de ejacular não existe risco de gravidez. Entretanto, vale a pena ficar atenta até o próximo ciclo menstrual, pois não é fácil avaliar com certeza até qual momento mantiveram proximidade nessa relação.

Apesar disso, no caso de haver menos de 72 h o mais adequado seria agendar uma consulta para ser avaliada por um ginecologista e analisar as possibilidades reais de gestação; e, se houver risco e for a opção de evitar a gravidez, avaliar a possibilidade do uso da pílula do dia seguinte. Caso tenha ultrapassado as 72 h, não poderia mais utilizar a pílula do dia seguinte.

Portanto, se houver alterações no organismo como atraso menstrual, aumento de sensibilidade das mamas, sonolência ou aumento do apetite, sintomas que sugerem gravidez, deverá agendar com ginecologista o quanto antes e conversar sobre todo esse evento.

O "coito interrompido", ou a penetração durante uma relação, permitem a possibilidade de gravidez, e também de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DST), doenças essas que trazem além de muito desconforto, risco de infertilidade e evolução de alguns casos, para câncer.

O médico especialista nesses casos é o ginecologista; para mais esclarecimentos agende uma consulta médica.

Saiba mais sobre os riscos de engravidar:

Fiz exame de papanicolau e gostaria entender resultado...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Significa que você tem uma infecção vaginal por um fungo, a Candida Albicans, e principalmente que não foram encontradas alterações celulares sugestivas de lesões precursoras de câncer. A busca por lesões pré-malignas é o objetivo principal da realização desse exame.

O exame Papanicolau, também conhecido por colpocitologia oncótica cervical ou esfregaço cervicovaginal, é o principal exame para diagnóstico de lesões precursoras de câncer do colo do útero, ou seja, ele mostra se há presença de alterações celulares que podem originar um tumor maligno no colo do útero ou mostra eventualmente a presença do tumor ainda num estágio inicial.

Por isso, o Papanicolau, é considerado um exame de rastreamento de câncer do colo do útero, devido a possibilidade de descobrir lesões pré-neoplásicas, ou seja, lesões que antecedem o câncer, que quando devidamente tratadas impedem a evolução para o câncer.

Eventualmente, ele pode mostrar também outras alterações secundárias como a presença de fungos ou bactérias, como a Candida Albicans ou a Gardnerella Vaginalis, causadores de infecções e inflamações vaginais.

Atualmente também é comum que o material colhido durante a realização do papanicolau também sirva para a pesquisa do HPV (Papilomavírus Humano) no meio cervicovaginal.

Como é feito o exame do Papanicolau?

O exame de Papanicolau é feito através da coleta de uma pequena quantidade de secreção presente no orifício do colo do útero e em sua volta, também pode ser colhido conteúdo do fundo vaginal.

Para tanto, o médico utiliza um espéculo para abertura das paredes vaginais e assim conseguir visualizar o colo do útero, quando devidamente visualizado é então realizada a coleta dessa secreção cervicovaginal através de uma pequena espátula, que é passada envolta do orifício externo do colo do útero e uma pequena escovinha que é introduzida neste orificio para coleta das células presentes.

A amostra colhida é colocada ou em um recipiente líquido, ou em uma placa de vidro e encaminhada ao laboratório para avaliação e análise.

Como entender o resultado do Papanicolau?

No laudo do papanicolau estão presentes vários tópicos, cada um traz informações importantes para a sua correta interpretação.

Tipo da amostra

Neste campo está descrito em qual meio foi colocada a amostra de secreção colhida do colo do útero, se em meio líquido ou em uma lâmina de vidro (meio convencional).

Avaliação pré-analítica

Este é um tópico que pode ou não estar presente no laudo do Papanicolau, ele indica se houve algum problema com a amostra colhida, como a quebra da lâmina, ausência ou problemas na identificação da lâmina, entre outras alterações que inviabilizam a leitura do resultado.

Adequabilidade da amostra

Em alguns casos é possível que a amostra colhida apresente contaminações que impedem a correta análise do material cervical, como presença de sangue, pouco material presente, excesso de células sobrepostas que dificultam a leitura técnica.

Quando alguma dessas condições está presente tem-se que a amostra é insatisfatória e nessa situação é necessário repetir o exame. O mais comum é a amostra preencher todos os critérios de análise, nesse caso vem descrito nesse campo amostra "satisfatória".

Representação da amostra (epitélio representado na amostra)

Aqui está descrito quais tipos de células estão presentes na amostra colhida, é comum está descrito epitélio escamoso, glandular ou metaplásico.

Diagnóstico descritivo

É a parte mais importante da descrição do exame colpocitológico, onde são descritas as alterações celulares sugestivas de malignidade ou é destacada a normalidade do exame. É possível ter três grupos de resultados: Dentro dos limites da normalidade, Alterações celulares benignas e atipias.

Dentro dos limites da normalidade

Este é o resultado de quando o exame é perfeitamente normal, sem nenhuma alteração seja benigna ou maligna.

Alterações celulares benignas (ativas ou reparativas)

Nestes resultados estão descritas alterações que podem ocorrer e não se relacionam a lesões neoplásicas. Podem estar presentes alterações inflamatória decorrentes de agressões externas, uso de Diu, reações alérgicas, exposição a radiação ou mesmo decorrente da atrofia epitelial secundária a menopausa.

Atipias

As atipias são alterações nas células do colo uterino que requerem uma melhor avaliação, a depender do caso o médico pode solicitar a repetição do exame em alguns meses ou encaminhar para a realização de uma colposcopia, de modo a conseguir ver melhor quais alterações celulares estão presentes e se de fato são sugestivas da presença de um tumor.

Células atípicas de resultado indeterminado

As atipias de resultado indeterminado podem corresponder a dois grandes grupos:

  • Atipias possivelmente não neoplásicas ou células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASCUS): indicam alterações celulares que possivelmentenão correspondem a alterações pré-neoplásicas, muitas vezes essas alterações são revertidas espontaneamente com o tempo, por isso, a conduta do médico nesse caso geralmente é repetir o exame de papanicolau em seis meses.
  • Atipia que não pode excluir lesão intraepitelial de alto grau (ASCH): nessa situação há um risco dessa atipia ser decorrente de uma lesão pré-maligna, não é possível descartar essa hipótese, por isso, após esse resultado está indicado a realização de uma colposcopia e eventualmente uma biópsia para esclarecer melhor o resultado.

Atipias em células escamosas

As atipias em células escamosas quando são descritas como lesão intraepitelial de baixo ou alto grau.

  • Lesão intraepitelial de baixo grau, antigamente também era chamada de Neoplasia intraepitelial de baixo grau ou NIC 1: São lesões pré-malignas, mas com baixo risco de tornarem-se câncer, costumam ser reversíveis. Geralmente os médicos optam por repetir o exame em 6 meses ou 1 ano.
  • Lesão intraepitelial de alto grau, antigamente eram denominadas de neoplasia intraepitelial de alto Grau 2 ou 3 (NIC 2 ou 3): esse resultado mostra que as alterações celulares já se estendem para uma camada maior do epitélio do colo uterino, portanto há maior risco desse tipo de lesão pré-maligna originar um câncer. Nessa situação a mulher deve realizar a colposcopia e biópsia. Em alguns casos, pode estar indicado realização de procedimentos de retirada do epitélio acometido, como a conização ou cauterização do colo uterino.
  • Lesão intraepitelial de alto grau, não podendo excluir microinvasão: este é um tipo de lesão pré-maligna de grande risco para o desenvolvimento de câncer, é necessário realização de biópsia uterina e tratamento.
  • Carcinoma epidermoide invasor: é o câncer de colo uterino propriamente dito, após o resultado é importante realização de biópsia e tratamento.
Microbiologia

Por fim, existe um último campo no laudo do papanicolau que mostra as bactérias presentes na vagina e caracterizadas pelo exame. Os resultados mais frequentes são:

  • Lactobacilus: são as bactérias da flora normal vaginal, esse é um resultado perfeitamente normal.
  • Candida sp: este fungo também é encontrado normalmente na vagina, no entanto, quando em grande quantidade pode provocar a candidíase, que causa sintomas como coceira e corrimento branco.
  • Bacilos supracitoplasmáticos (sugestivos de Gardnerella /Mobiluncus): são bactérias que também podem estar presentes normalmente na vagina, quando em grande quantidade podem ocasionar sintomas de vaginose como corrimento e mau cheiro.
  • Trichomonas vaginalis: é uma bactéria causadora da tricomoníase uma infecção vaginal que requer tratamento, portanto, quando essa bactérias vem descrita no papanicolau é necessário realizar o seu tratamento.

É válido ressaltar que o resultado de todo e qualquer exame sempre deve ser interpretado com o apoio do médico que o solicitou, que irá avaliar não apenas o resultado descrito no exame, mas também possíveis sintomas presentes e o contexto individual de cada mulher.

Converse com o seu médico sobre a realização do exame de papanicolau e o seu resultado, pois cada caso precisa ser analisado individualmente.

O que é um AVC e quais os sintomas ou sinais?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

AVC é a sigla usada para acidente vascular cerebral, popularmente chamado de "derrame". Existem 2 tipos: AVC isquêmico e AVC hemorrágico. O mais comum é o isquêmico, representando a grande maioria dos casos.

O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) acontece quando uma artéria está obstruída e falta sangue numa determinada área do cérebro.

Já o acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH) é provocado por um sangramento decorrente do rompimento de um vaso sanguíneo.

Há ainda outro tipo de acidente vascular cerebral, cujos sintomas têm um tempo de duração menor, inferior a 24 horas. Trata-se do ataque isquêmico transitório (AIT). A artéria, nesses casos, fica obstruída por alguns minutos ou durante horas, sendo esse o tempo de duração dos sintomas. Depois disso, o fluxo sanguíneo volta aquela artéria, permitindo o desaparecimento das manifestações e a pessoa volta ao normal.

Contudo, mesmo nos casos de AIT, é importante procurar ajuda, pois o ataque isquêmico transitório pode ser o primeiro sinal de um AVC. Sabe-se que 20% das pessoas que têm um AIT sofre um derrame dentro de um período de 3 meses.

Quais são os sinais e sintomas de um AVC?

Os sintomas do AVC têm início súbito e podem se manifestar isoladamente ou combinados. A pessoa pode apresentar:

⇒ Perda de força, adormecimento ou paralisia em algum membro ou na face, apenas de um lado do corpo; ⇒ Alterações da visão (perda de visão, visão turva, visão dupla, sensação de "sombra" na visão); ⇒ Dificuldade para falar ou entender frases;

⇒ Desequilíbrio, tontura, falta de coordenação ao caminhar ou queda súbita;

⇒ Dor de cabeça forte e persistente;

⇒ Dificuldade para engolir.

Veja também: Suspeita de AVC: o que fazer?

Os sinais e sintomas do AVC variam conforme a área do cérebro que foi afetada. O acidente vascular cerebral é súbito. Os seus sintomas têm início imediato, logo após o rompimento ou a obstrução do vaso sanguíneo. 

Os sintomas do AVC podem se manifestar na face, na força muscular, na fala, na visão e com dor de cabeça. As manifestações podem surgir de forma isolada ou combinada.

Sinais de AVC na Face

A face da pessoa pode ficar “torta” subitamente, com um canto da boca ou uma pálpebra caída. Os sinais ficam ainda mais evidentes quando a pessoa sorri.

Sinais de AVC na Força

A perda de força também tem início súbito e é sentida em um dos braços ou em uma das pernas, podendo também se manifestar com perda de equilíbrio ou dificuldade de andar.

Sinais de AVC na Fala

Outro sinal frequente do AVC é a alteração da fala. A pessoa costuma apresentar um discurso confuso e a sua fala pode tornar-se estranha ou difícil de compreender. O indivíduo também pode apresentar dificuldade para compreender frases.

Sinais de AVC na Visão

O AVC quando acomete a região posterior do cérebro, principalmente, pode provocar perda súbita da visão ou outras manifestações visuais, como visão turva ou visão dupla.

Sinais de AVC: Dor de cabeça

Para finalizar, outro sintoma muito comum de AVC: a dor de cabeça, que costuma ser muito forte e começa subitamente, sem uma causa aparente, podendo levar ao desmaio. Sintoma mais comum nos casos de AVC hemorrágico.

Quais as possíveis sequelas de um AVC? 

As consequências e as possíveis sequelas de um acidente vascular cerebral depende de fatores como: tipo de AVC, tamanho da lesão, localização da área cerebral afetada, estado de saúde da pessoa, e mais importante, o tempo de início do tratamento. 

Tempo é cérebro! Quanto antes for iniciado o tratamento menos risco de sequelas para o paciente.

Cada pessoa irá reagir de forma diferente, de acordo com o caso. 

A recuperação do acidente vascular cerebral costuma ser lenta, mas também depende de cada caso. Aproximadamente 30% das pessoas apresenta uma melhora significativa dos sintomas dentro de 1 mês. 

Contudo, muitos outros irão apresentar sequelas. Por isso, o prognóstico de um AVC geralmente é bastante reservado.

Pouco tempo após um AVC, as células cerebrais começam a morrer. Porém, se a circulação sanguínea não estiver totalmente interrompida, elas ainda podem permanecer vivas durante algumas horas.

Por isso, é muito importante que a vítima de um AVC receba atendimento especializado o quanto antes, a fim de minimizar as lesões cerebrais. 

Aos primeiros sinais e sintomas de um AVC, a pessoa deve procurar assistência médica com urgência. O tratamento imediato pode prevenir sequelas mais graves e salvar a vida do/a doente.

Saiba mais em:

Quais são as principais doenças cardiovasculares e suas causas?

Doenças cardiovasculares: Quais os fatores de risco e como prevenir?

Corrimento vaginal: significado das cores do corrimento (branco, amarelado, cinza, esverdeado, marrom, vermelho, rosa)
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O corrimento vaginal é toda perda líquida ou semilíquida que sai pela vagina, que não seja sangue. Há diferentes tipos de corrimentos e estes podem variar quanto à cor, odor, consistência, quantidade, associação a outros sintomas, como coceira, dor e vermelhidão local.

1. Corrimento branco ou amarelado

A secreção vaginal branca ou branca/amarelada de aspecto grumoso, pastoso semelhante à nata ou ricota, indica infecção, na maior parte dos casos, por um fungo chamado Candida albicans. Este fungo causa a Candidíase.

O corrimento pode formar placas esbranquiçadas que aderem à mucosa vaginal. Neste tipo de infecção, o corrimento vem acompanhado por irritação da vulva, coceira e vermelhidão.

2. Corrimento cinza ou cinza amarelado

A presença de corrimento cinza amarelado, com bolhas e odor ruim semelhante ao de peixe podre e que não causa irritação na mucosa vaginal é causada por vaginose bacteriana. Originado pela alteração da flora natural da vagina, que são microrganismos habituais existentes na flora vaginal.

Este corrimento vem acompanhado de ardência ao urinar e coceira no exterior da vagina. Normalmente é provocado pela Gardnerella vaginalis.

3. Corrimento amarelo ou amarelo-esverdeado

Este tipo de corrimento tem característica purulenta (pus), é malcheiroso e bolhoso. É também associado a sintomas como dor durante as relações sexuais, ardência e coceira. Acomete a vagina, o colo do útero e a uretra. Pode ser causado pela bactéria Trichomonas vaginalis.

A secreção tem aspecto purulento pela presença de bactérias mortas ou cápsulas de bactérias. Esta infecção chama-se Tricomoníase. Vale destacar que algumas pessoas não sentem nenhuma alteração.

4. Corrimento marrom

Este tipo de corrimento consiste no sangue coagulado que vem no fim da menstruação e que se mistura à secreção vaginal normal. Não tem cheiro e nem se associa a sintomas como coceira, vermelhidão, entre outros.

5. Corrimento vermelho ou sangue vivo

Não se pode dizer que este tipo de secreção vaginal é um corrimento como os outros. Ele pode ter causas não relacionadas às infecções vaginais. Pode ser sangue com o corrimento proveniente de lesão do colo do útero, trauma, sangue das paredes da vagina, lesão por Papiloma Vírus Humano (HPV), escape da menstruação devido ao uso de anticoncepcional ou mesmo alterações hormonais.

Pode ser também sinal de uma doença mais grave, como câncer de vagina ou câncer de colo. O ginecologista saberá avaliar cada caso.

6. Corrimento rosa

É um corrimento vermelho, muito clarinho. Consiste em um dos primeiros sintomas da gravidez. Sua causa tem relação com a implantação do embrião na parede do útero, ao qual chamamos nidação, que leva a um pequeno sangramento. Ocorre durante dois a três dias e se mantém com aspecto rosa. Não tem nenhum outro sintoma associado.

7. Corrimento durante gravidez (qualquer cor)

Todo corrimento merece atenção, especialmente quando ocorre durante a gravidez. Neste período os corrimentos anormais podem ocasionar trabalho de parto prematuro, rompimento da bolsa ou infecção da placenta.

Existem corrimentos normais?

Sim. Os corrimentos considerados normais são a lubrificação natural da vagina que também acontecem durante a gravidez ou pela excitação sexual. Todas as mulheres em seu estado de saúde normal, produzem estas secreções.

No período fértil a secreção vaginal se apresenta espessa, transparente e com aspecto de clara de ovo.

Podem ser brancas ou transparentes, não têm cheiro, não coçam e se apresentam em quantidade moderada. Estas secreções também fazem parte do mecanismo de defesa vaginal contra infecções.

Tratamento em caso de corrimento

O tratamento para cada corrimento deve ser prescrito pelo ginecologista, clínico geral ou médico de saúde da família. Cada corrimento tem um agente causador diferente, por isto o tratamento deve ser especificado, após um exame ginecológico.

Na presença de corrimento, é recomendado sempre procurar um médico para avaliação.

Dicas de prevenção
  • Evitar o uso frequente de calças muito apertadas;
  • Usar preferencialmente calcinhas de algodão;
  • Cuidar da higiene íntima mantendo a região seca;
  • Dormir com roupas soltas e arejadas.

Conheça mais sobre esse tema nos artigos:

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Quais são os sintomas de tireoide alterada?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas de tireoide alterada surgem quando a tireoide não está funcionando adequadamente ou por produzir hormônios em excesso (hipertireoidismo) ou em quantidades insuficientes (hipotireoidismo), o que pode ocorrer em homens e mulheres, em qualquer etapa da vida.

Os sintomas de tireoide alterada são:

  • Hipotireoidismo:

    • Falta de energia;
    • Lentidão;
    • Diminuição da frequência cardíaca (o coração bate mais devagar);
    • Intestino preso;
    • Perda de memória;
    • Cansaço excessivo;
    • Intolerância ao frio;
    • Dores musculares e articulares;
    • Sonolência;
    • Pele seca;
    • Unhas quebradiças;
    • Queda de cabelo;
    • Ganho de peso;
    • Irregularidade menstrual;
    • Depressão.
  • Hipertireoidismo:
    • ​Aceleração dos batimentos cardíacos;
    • Ansiedade;
    • Irritabilidade;
    • Problemas para dormir;
    • Aumento de apetite;
    • Perda de peso;
    • Diarreia;
    • Fraqueza;
    • Tremores;
    • Aumento da transpiração;
    • Apesar de se sentir com muita energia, a pessoa também se sente muito cansada;
    • Olhos saltados.

Leia também: Quais são os sintomas de tireoide alterada?

Um sintoma que também pode surgir, tanto no hipo como no hipertireoidismo, é o aumento no volume da tireoide, chamado bócio

A presença de nódulos é outro problema frequente da tireoide, mas apenas em 5% dos casos eles são malignos.

Saiba mais em: Quais os sintomas de um nódulo na tireoide?

A tireoide é uma glândula que está localizada na parte anterior pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão ("gogó") e que produz os hormônios T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina), que agem em todos os sistemas do corpo humano.

A tireoide atua na função de órgãos como, coração, cérebro, fígado e rins, além de desempenhar um importante papel no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, regulação dos ciclos menstruais, fertilidade, peso, memória, concentração, humor e controle emocional.

O diagnóstico e o tratamento das alterações na tireoide são da responsabilidade do médico endocrinologista.

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Coceira na vagina, dor ao urinar e com um corrimento...
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Coceira na vagina, dor ao urinar, atraso menstrual e corrimento branco ou esverdeado podem ter explicações diferentes. Você pode estar com mais de um acometimento ao mesmo tempo, como, por exemplo, infecção urinária e infecção vaginal.

A maioria desses sintomas pode ser justificado por uma infecção vaginal. Essa infecção vaginal é conhecida como vulvovaginite e, as mais comuns são:

  • Candidíase
  • Vaginose bacteriana
  • Tricomoníase

A presença de alguma dessas infecções pode explicar os seus sintomas.

No entanto, nenhuma dessas infecções causa atraso menstrual. Por isso, se o seu atraso menstrual for maior de 15 dias da data esperada de vir a menstruação, é recomendado fazer um teste de gravidez.

Coceira na vagina

A coceira na vagina pode ter diversas causas:

  • desajuste na flora normal vaginal
  • infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
  • alergia ao látex da camisinha
  • redução de estrógeno
  • alergia a produtos de higiene

A coceira na vagina precisa ser avaliada pelo médico ginecologista ou médico de família. Com a história clínica e o exame físico, o médico poderá avaliar se a paciente está com alguma alergia no campo exterior à vagina ou se há alguma infecção na parte interna da vagina.

Como posso aliviar a coceira na vagina?

Para aliviar a coceira, é necessário identificar a causa da infecção e fazer o tratamento correto e completo.

Caso a coceira na vagina seja causada por alergia, é necessário identificar o que está provocando a reação alérgica e afastar o agente irritante para acabar com a coceira.

Além disso, é importante usar calcinhas de algodão e evitar o uso de calça jeans apertada.

Antes de tomar qualquer medicação, é muito importante passar por uma avaliação médica para que haja a identificação do que está causando a coceira. A partir da avaliação, o medico poderá indicar o melhor tratamento para o seu caso. Isso pode ser feito com o uso de pomada interna vaginal ou com comprimidos que devem ser tomados via oral.

Candidíase

Candidíase é uma infecção vaginal causada pelo fungo Candida.

Os principais sintomas são:

  • Corrimento vaginal branco e espesso
  • Coceira e irritação na vagina
  • Dor ao urinar
  • Dor durante a relação sexual

A candidíase não deve ser tratada quando a mulher está sem sintomas. Porém, na presença deles, é importante fazer uma consulta médica para melhor indicação de qual medicação usar. Em geral, o tratamento consiste no uso de pomada vaginal medicamentosa utilizada por 7 a 14 dias.

Vaginose bacteriana

Além de coceira na vagina, a vaginose bacteriana provoca corrimento vaginal cinzento e normalmente com mau cheiro (peixe podre), dor durante as relações sexuais e ardência ao urinar.

A vaginose surge quando ocorre um desequilíbrio nas bactérias que compõem a flora vaginal.

Relações sexuais frequentes, uso de duchas vaginais ou período pré-menstrual favorecem a alteração da flora bacteriana vaginal, podendo desencadear a vaginose.

O tratamento da vaginose pode ser feito com medicamentos antibióticos orais ou pomada vaginal com antibiótico. A vaginose pode ser transmitida para o parceiro, por isso ele também pode precisar receber tratamento.

Tricomoníase

É uma infecção transmitida durante as relações sexuais e causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Na mulher, ele causa vulvovaginite e, no homem, uretrite.

Em alguns casos ela não provoca sintomas. Quando estão presentes, os sintomas podem ser:

  • coceira vaginal intensa
  • corrimento vaginal abundante
  • odor fétido
  • sangramento após a relação sexual

O tratamento dessa infecção (feito com antibióticos orais) é de extrema importância principalmente em mulheres grávidas. Ela pode causar efeitos adversos na gestação inclusive perda gestacional.

Dor ao urinar

A dor ao urinar pode estar presente nos casos dessas infecções vaginais como a candidíase, a vaginose bacteriana ou a tricomoníase. Porém, uma infecção urinária pode ser uma outra explicação do seu problema.

Infecção urinária é muito comum entre mulheres sexualmente ativas. Essa infecção deve ser devidamente tratada uma vez que pode evoluir para uma infecção nos rins ou sistêmica.

Corrimento branco e esverdeado

Esse tipo de corrimento é comum nas vulvovaginites explicadas acima. É muito importante prestar atenção no tipo do corrimento, no cheiro, na cor e na quantidade. Essas informações são úteis para caracterizar qual agentes está causando a infecção.

Coceira antes da menstruação

No período pré menstrual, as alterações hormonais provocam mudanças no pH interno da vagina e isso pode favorecer a proliferação da flora habitual da vagina. Com isso, é comum as mulheres apresentarem sintomas de candidíase, como a coceira, antes da menstruação.

Busque ajuda profissional

Consulte um ginecologista ou médico de família para essa avaliação e indicação do melhor tratamento para seu caso. Esses sintomas são bem irritativos e podem impactar a qualidade de vida da mulher.

Vale a pena ressaltar que o tratamento recomendado deve ser seguido corretamente e pelos dias indicados. Quando o tratamento não é realizado dessa forma, há chances da coceira não desaparecer.

Referência:

FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Como identificar o transtorno opositor desafiador (TOD)?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sinais e sintomas do transtorno opositor desafiador (TOD) são comportamentos antissociais e desafiadores, sendo os mais marcantes: a rebeldia, a teimosia e a recusa em obedecer os adultos.

O transtorno de oposição desafiante ou transtorno desafiador opositivo, como também é conhecido, é um distúrbio frequentemente observado em crianças e adolescentes. Caracteriza-se por perturbações e conflitos com os outros, comportamentos antissociais, dificuldade em seguir regras, normas morais e autoridades, e dificuldades em socialização.

Crianças com transtorno desafiador opositivo são persistentemente desobedientes, solitários e hostis, desafiando constantemente os pais, os professores e outras figuras de autoridades.

São comuns também a dificuldade em controlar as emoções, muitas vezes com explosões de fúria, agressões verbais, hostilidades e desejos de vingança.

Os primeiros sinais do transtorno opositivo desafiador normalmente se manifestam na idade pré-escolar, sendo menos frequente porém possível, durante a adolescência.

Apesar desses comportamentos serem considerados normais em um ou outro momento da infância e adolescência, no transtorno opositivo desafiador essas atitudes são constantes e excessivas quando comparadas com as outras crianças.

Crianças e adolescentes com TOD desafiam as regras morais e sociais e também tendem a perturbar deliberadamente quem as rodeiam. Podem se manifestar em apenas um ou em vários ambientes, como escola, casa, casa de familiares e amigos, entre outros.

Quanto mais cedo for diagnosticado e tratado, maiores as chances de cura ou resposta satisfatória, além de evitar que o quadro se torne mais grave na idade adulta.

Saiba mais em:

Transtorno opositor desafiador (TOD) tem cura? Como é o tratamento?

Quais as causas do transtorno opositor desafiador (TOD)?