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Secreção pulmonar: qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento da secreção pulmonar pode ser feito através de fisioterapia respiratória, que utiliza manobras específicas na caixa torácica para mobilizar a secreção e facilitar a sua eliminação pela tosse ou escarro. Além disso, em alguns casos poderá ser necessário o uso de antibióticos.

Antes da fisioterapia pode ser feita uma inalação com soro fisiológico para umedecer a secreção pulmonar e facilitar a sua mobilização e posterior eliminação.

A secreção também pode ser retirada através de uma aspiração pulmonar, quando o paciente está inconsciente ou impossibilitado de tossir.

Nestes casos, o fisioterapeuta também realiza a inalação com soro e as manobras terapêuticas, mas como o paciente não pode tossir ou escarrar, a secreção é aspirada com um tubo.

Pessoas que ficam acamadas por tempo prolongado, mesmo que não tenham doença pulmonar, tendem a acumular secreção nos pulmões e muitas vezes precisam de fisioterapia respiratória.

A retirada da secreção pulmonar pelo fisioterapeuta melhora a respiração do paciente e pode prevenir complicações, como infecções.

O tratamento é igual para todos os tipos de secreção pulmonar?

O tratamento fisioterapêutico normalmente sim, variando se a secreção pulmonar estiver mais ou menos fluida.

Na realidade, o tratamento da secreção pulmonar propriamente dita é paliativo, pois visa apenas aliviar esse sintoma e melhorar temporariamente a condição do paciente.

Cada tipo de secreção pulmonar indica um tipo de doença, que precisa receber tratamento com medicamentos e condutas específicas. Se a doença não for tratada, a pessoa continuará a produzir secreção.

Quais os tipos de secreção pulmonar e as doenças associadas?
  • Secreção mucosa:

    • É semelhante à clara de ovo, esbranquiçada e viscosa;
    • Aparece em pacientes com bronquite crônica e asma brônquica, quando não há infecção bacteriana;
    • No caso da asma brônquica, a secreção pode ter coloração amarelada, mas não significar uma infecção bacteriana;
  • Secreção purulenta:
    • É amarelada ou esverdeada e extremamente viscosa, podendo ficar "grudada" na superfície do objeto em que foi colhida;
    • Pode apresentar grumos consistentes, podendo também ser chamada de "secreção em medalhões";
    • Ocorre tipicamente em casos de infecção pulmonar bacteriana;
    • Na pneumonia pneumocócica, a secreção adquire cor de ferrugem;
    • Infecções causadas por Klebsiella pneumoniae deixam a secreção arroxeada, semelhante à geleia de framboesa;
    • Infecção por Pseudomonas aeruginosa confere um aspecto esverdeado à secreção pulmonar;
  • Secreção biliosa:
    • É semelhante à pasta de anchovas;
    • Indica abscessos do fígado que chegaram ao pulmão pela comunicação que há entre o trato respiratório e o músculo diafragma, que fica acima do fígado;
  • Secreção hemática:
    • Apresenta raias de sangue;
    • Pode ocorrer em casos de tuberculose, câncer nos brônquios e tromboembolismo pulmonar;
    • Nessas situações, pode haver ainda hemoptise franca, que é a eliminação de sangue vivo;
  • Secreção rósea: Se tiver aspecto espumoso, aerado, pode ser uma congestão pulmonar;
  • Secreção enegrecida ou cinzenta: Pode ser observada em mineradores de carvão, fumantes ou pacientes com mucormicose.

A secreção pulmonar é um sinal de que algo está acontecendo no aparelho respiratório e precisa ser investigado, pois pode indicar doenças graves.

Em caso de secreção pulmonar, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou pneumologista.

O que é o saco de Douglas e para que serve?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O saco de Douglas ou fundo de saco de Douglas é o espaço anatômico localizado entre o útero e o reto no caso das mulheres e entre a bexiga e o reto no caso dos homens.

Por ser um espaço na região abdominal, o saco de Douglas pode acumular líquidos das estruturas ao redor (útero, ovário, abdômen, peritônio e tubas uterinas) e facilitar o diagnósticos de patologias como cisto de ovário, doenças inflamatórias pélvicas, apendicite supurada, peritonite ou gravidez ectópica.

A utilidade do saco de Douglas é justamente saber se ele está livre de líquidos ou se existe algum tipo de líquido dentro dele. O tipo de líquido presente, com pus, com sangue ou límpido, poderá indicar a origem e colaborar no diagnóstico da patologia.

A avaliação do saco de Douglas é feita nos exames de imagem (ultrassom, ressonância, tomografia) ou no exame especular. Com eles, é possível identificar se o saco encontra-se livre e permeável ou se há presença de alguma massa, estrutura ou líquido dentro dele.

Urina doce é sinal de diabetes?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Urina doce pode ser um sinal de diabetes, porque quando a urina está doce significa que existe açúcar presente nela (glicosúria), o que acontece quando a quantidade de açúcar no sangue está aumentada (hiperglicemia) e esse excesso está passando para urina, sinais característicos do diabetes mellitus, mas para se ter certeza é necessário a realização de exames de sangue. Com esses resultados e o exame clínico do paciente, o médico poderá confirmar se é diabetes ou não.

Sinais e sintomas do diabetes:

  • fome aumentada (polifagia),
  • sede aumentada, com aumento da ingestão de líquidos (polidipsia),
  • urinar muito (poliúria),
  • perda de peso,
  • açúcar alto no sangue,
  • perda de açúcar pela urina.

O endocrinologista é o médico especialista no diagnóstico e tratamento do diabetes.

Leia também:

Diabetes tem cura?

Diferença entre o diabetes tipo 1 e 2

O que é H. pylori?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

H. pylori (Helicobacter pylori) é uma bactéria encontrada na mucosa do estômago, que pode causar gastrites, úlceras e até câncer de estômago. Calcula-se que a H. pylori esteja presente em pelo menos metade da população mundial. Contudo, apenas uma pequena parte dos portadores irão desenvolver alguma doença relacionada a essa bactéria.

Uma vez no estômago, a H. pylori se multiplica e provoca uma inflamação crônica na parede do órgão, causando assim a gastrite. A bactéria enfraquece a camada protetora de muco do estômago e do duodeno (porção inicial do intestino), permitindo que o ácido entre em contato com a parede sensível desses órgãos.

Sabe-se que mais de 90% das úlceras são causadas pela Helicobacter pylori. Quanto ao câncer gástrico, a infecção por H. pylori é considerada um importante fator de risco para o desenvolvimento do tumor, além de estar associada a um tipo raro de linfoma de estômago.

Quais os sintomas da infecção por H. pylori?

Na maioria das vezes, a infecção por H. pylori não provoca sintomas nem causa doenças durante toda a vida. Porém, uma parcela pequena da população pode desenvolver úlceras no estômago ou na porção inicial do intestino (duodeno), ou ainda câncer de estômago, devido a agressão causada por essa bactéria.

Existem outros fatores de risco associados ao desenvolvimento de úlceras, como predisposição genética e o tipo de bactéria, já que existem espécies mais agressivas do que outras.

Se forem pequenas, as úlceras podem ainda assim não causar sintomas, enquanto as lesões maiores costumam provocar sangramento intenso. Um sintoma clássico da úlcera é a dor abdominal ou queimação sentida na “boca do estômago”. A dor costuma ser mais intensa quando o estômago está vazio. Outros sintomas incluem:

  • Sensação de saciedade ou empanzinamento;
  • Dificuldade para beber quantidades habituais de líquidos;
  • Fome e sensação de estômago vazio, geralmente uma a três horas depois de comer;
  • Náusea e vômito, que pode ter sangue;
  • Perda de apetite;
  • Perda de peso;
  • Eructação (arrotos);
  • Fezes escuras ou com sangue.
Como ocorre a infecção por H. pylori?

A infecção por H. pylori normalmente acontece na infância e está relacionada com más condições de habitação e higiene. Não está claro como a Helicobacter pylori é transmitida de uma pessoa para outra. As bactérias podem se disseminar através do contato boca-a-boca, doenças do trato gastrointestinal (especialmente quando ocorre vômito), contato com fezes e ingestão de alimentos e água contaminados com a bactéria.

Acredita-se que a transmissão ocorra de pessoa para pessoa pelas vias oral-oral ou fecal-oral. A transmissão pela via oral-oral ocorre através do contato com a saliva ou gotículas de secreção de uma pessoa previamente infectada.

Já a via fecal-oral seria mais predominante em populações com baixo nível socioeconômico. Neste caso, a Helicobacter pylori é transmitida pela ingestão acidental de fezes, água ou alimentos contaminados pela bactéria.

Qual é o tratamento para H. pylori?

O tratamento para a infecção por H. pylori é realizado com medicamentos antibióticos, associados ou não a medicamentos antiácidos, durante 10 a 14 dias.

Infecção por H. pylori tem cura?

A infecção por Helicobacter pylori tem grandes chances de cura, desde que o tratamento seja feito corretamente e durante o tempo determinado. A erradicação da bactéria reduz o risco de aparecimento de uma nova úlcera.

Porém, às vezes pode ser difícil curar completamente a infecção por H. pylori, havendo a necessidade de diferentes tipos de tratamentos. Em alguns casos, pode ser realizada uma biópsia do estômago para identificar o tipo de bactéria e utilizar um antibiótico mais específico.

Há ainda casos em que a infecção por H pylori não tem cura, mesmo quando são usados todos os tipos de medicação disponíveis. Quando não acontece a cura, os medicamentos ao menos amenizam os sintomas.

Quais as possíveis complicações da infecção por H. Pylori?

Uma infecção crônica por Helicobacter pylori pode causar complicações, como:

  • Úlceras no estômago e no intestino,
  • Hemorragia, por úlcera sangrante;
  • Perfuração da parede do estômago (úlcera perfurada - urgência médica);
  • Gastrite crônica,
  • Câncer de estômago e
  • Linfoma do tecido da mucosa gástrica, um outro tipo de câncer.

Alguns sinais e sintomas graves que começam repentinamente podem indicar a presença de obstrução intestinal, perfuração ou hemorragia. Procure imediatamente um serviço de urgência em caso de:

  • Fezes pretas, escuras ou com sangue;
  • Vômitos intensos que podem ter sangue ou conteúdo semelhante a borra de café;
  • Vômitos com conteúdo do estômago (sinal de obstrução intestinal);
  • Dor abdominal intensa, acompanhada ou não de vômito.

O diagnóstico e tratamento da infecção por H. pylori é da responsabilidade do médico gastroenterologista.

Para saber mais, você pode ler:

Teste de urease positivo, o que significa?

H. pylori positivo é sinal de câncer de estômago?

Referência

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

O que é cisto hemorrágico e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Cisto hemorrágico é um tipo de cisto de ovário em que ocorre sangramento no seu próprio interior. Trata-se de um saco fechado com conteúdo pastoso, líquido ou semi-sólido, cuja parede sangra para dentro do cisto.

O cisto hemorrágico é um tumor benigno e faz parte dos chamados cistos de ovário funcionais, o que significa que não estão relacionados com nenhuma doença. Os cistos funcionais são muito comuns em mulheres que não utilizam anticoncepcionais hormonais e estão em idade fértil. Esses cistos surgem durante a ovulação, a partir do crescimento dos folículos, que darão origem ao óvulo (cistos foliculares).

Quais os sintomas do cisto hemorrágico?

Normalmente o cisto hemorrágico provoca dor pélvica de início súbito no período da ovulação, geralmente do lado onde o cisto está localizado, direito ou esquerdo. Essa dor abdominal é decorrente do sangue que fica aprisionado no cisto.

Eventualmente o cisto hemorrágico pode se romper, causando o quadro de cisto hemorrágico roto, e o sangue se espalhar para a cavidade abdominal, causando fortes dores abdominais em casos de rotura de cistos muito grandes.

Se o sangramento for muito intenso, pode ser necessário fazer uma cirurgia para conter a hemorragia. Contudo, na maioria dos casos, o sangramento para espontaneamente e não requer procedimentos cirúrgicos.

Em caso de dor abdominal ou dor pélvica durante o período fértil, consulte um médico ginecologista.

Leia também:

Quais os riscos de ter um cisto hemorrágico?

Cisto hemorrágico é grave? Qual o tratamento?

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Quais são os sintomas de uma cólica renal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A cólica renal caracteriza-se como uma dor intensa na região lombar que começa subitamente e pode irradiar para a lateral do abdômen, virilha e região genital. Sua principal causa é a presença de pedra nos rins (cálculo renal). Os sintomas normalmente têm início quando a pedra sai do rim e obstrui o canal que leva a urina do rim à bexiga (ureter), causando uma dilatação do rim que provoca dores intensas.

A cólica renal geralmente manifesta-se apenas em um lado do corpo, não piora com os movimentos, nem melhora com o repouso. Também pode haver sangue na urina devido à lesão causada pela passagem do cálculo renal pelo canal da urina.

A cólica renal pode ser uma das piores dores na escala de intensidade da dor. A dor é tão forte que pode causar náuseas e vômitos.

Outros sintomas que podem estar presentes em caso de pedra nos rins incluem febre e calafrios.

O que é cálculo renal?

O cálculo renal é uma massa sólida composta por pequenos cristais. Podem estar presentes uma ou mais pedras no rim ou no ureter (canal que a urina percorre do rim à bexiga).

Quais as causas do cálculo renal?

Existem diferentes tipos de cálculo renal. A causa do problema depende do tipo de cálculo. As pedras podem se formar quando a urina tem um alto teor de certas substâncias que formam cristais. Esses cristais podem se tornar pedras ao longo de semanas ou meses.

O principal fator de risco para desenvolver pedra no rim é não beber bastante líquido. Os cálculos têm mais chances de se formar se a pessoa produzir menos de 1 litro de urina por dia.

Sabe-se ainda que as doenças do intestino delgado aumentam o risco de formação de pedra nos rins. Outras substâncias, como certos medicamentos, também podem formar pedras.

Os cálculos renais de cálcio são os mais comuns. Ocorrem mais frequentemente em homens entre 20 e 30 anos de idade. O cálcio pode ser combinado com outras substâncias para formar a pedra, como oxalato, fosfato ou carbonato. Porém, o oxalato é o mais comum deles e está presente em certos alimentos, como espinafre, e também é encontrado em suplementos de vitamina C.

Outros tipos de cálculo renal incluem:

  • Pedras de cistina: podem se formar em pessoas com cistinúria, um distúrbio hereditário que afeta homens e mulheres;
  • Pedras de estruvita: são encontradas principalmente em mulheres com infecção do trato urinário. Essas pedras podem crescer muito e bloquear os rins, ureteres ou bexiga;
  • Pedras de ácido úrico: são mais comuns em homens do que em mulheres. Eles podem ocorrer devido à gota ou quimioterapia.
Qual é o tratamento para cálculo renal?

O tratamento para cálculo renal depende do tipo de pedra e da gravidade dos sintomas. Cálculos pequenos quase sempre passam pelo trato urinário e são eliminados com a urina.

Medicamentos

Para aliviar dor intensa da cólica renal, são usados medicamentos analgésicos. Há casos de cólica renal que necessitam de hospitalização, para administrar soro através da veia.

Para alguns tipos de cálculo renal, podem ser prescritos medicamentos para impedir a formação das pedras ou ajudar a quebrar e eliminar a substância responsável pela formação dos cálculos. Esses medicamentos podem incluir:

  • Alopurinol, para cálculos de ácido úrico;
  • Antibióticos, para pedras de estruvita;
  • Diuréticos;
  • Soluções de fosfato;
  • Bicarbonato de sódio ou citrato de sódio;
  • Tansulosina para relaxar o ureter e facilitar a passagem da pedra.
Cirurgia

A cirurgia para tirar pedras dos rins pode ser necessária se:

  • O cálculo for muito grande para ser eliminado;
  • O cálculo estiver crescendo;
  • A pedra estiver bloqueando o fluxo de urina, causando infecção ou danos aos rins;
  • A dor for incontrolável.

A litotripsia é usada para remover pedras com menos de 1,25 cm. Esse método usa ondas de ultrassom ou ondas de choque para quebrar as pedras em pequenos fragmentos que são eliminados pela urina. É também chamada litotripsia extracorpórea por onda de choque.

Para retirar pedras grandes, é feito um pequeno corte na pele das costas e o cálculo é extraído com uma sonda (endoscópio). A uretroscopia pode ser usada para cálculos no trato urinário inferior.

A cirurgia aberta do rim (nefrolitotomia) pode ser necessária se os outros métodos não funcionarem ou não forem possíveis de serem realizados. Porém, esses casos são raros.

É comum os cálculos renais voltarem a aparecer. Isso ocorre com mais frequência se a causa não for identificada e tratada.

Em caso de cólica renal, deve-se procurar atendimento médico com urgência para receber os medicamentos que irão aliviar a dor e o melhor tratamento para eliminar o cálculo renal, caso seja indicado.

Esse atendimento emergencial pode ser feito pelo/a médico/a clínico/a geral, porém, o seguimento para retirada do cálculo poderá ser feita com o/a médico/a urologista ou nefrologista, dependendo da localização da pedra e de outras comorbidades presentes.

Corrimento vaginal e ardência para urinar, o que é?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Após a relação sexual, a pessoa pode sentir ardência para urinar o que não necessariamente chega a ser dor. Pela fricção que ocorre durante o ato sexual, é normal sentir essa ardência após a relação. Contudo, essa ardência, em geral, deixa de existir após algumas micções.

Outra situação que pode ocorrer é a infecção de urina, muito frequente em mulheres com vida sexual ativa. A infecção urinária pode ser desencadeada com o ato sexual. Com ela, a mulher pode sentir dor ou ardência ao urinar, vontade constante de urinar e ainda notar a presença de sangue na urina. A infecção urinária é normalmente tratada com medicamentos antibióticos.

O corrimento vaginal pode ser normal quando apresenta coloração clara ou esbranquiçada, parecida com clara de ovo, não possui cheiro forte, não provoca coceira ou ardência. Neste caso, trata-se de uma secreção vaginal normal.

No entanto, corrimento vaginal branco, amarelo ou esverdeado, com odor desagradável tipo peixe podre ou azedo, pode ser algum tipo de infecção ou inflamação vaginal que precisa ser avaliada e tratada adequadamente pelo clínico geral, médico de família ou ginecologista.

Você pode observar essa ardência e o corrimento. Caso fique constante, é recomendável procurar um serviço de saúde para uma avaliação e uso da medicação indicada.

Saiba mais em:

Quais os sintomas da pressão alta?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas de hipertensão são variados, mas na maioria das vezes só se manifestam quando a pressão está bastante elevada. Além disso, quando ocorre dor de cabeça por hipertensão, nem sempre está localizada na nuca, pode ser difusa e de tipos variados.

Podemos citar como sintomas relacionados a pico hipertensivo:

  • Dores de cabeça;
  • Dores no peito;
  • Tonturas;
  • Suor frio;
  • Zumbido no ouvido;
  • Fraqueza, mal-estar;
  • Visão embaçada ou pontinhos brilhantes na visão; e
  • Sangramento nasal, nos casos mais graves.

A dor de cabeça ocasionada por hipertensão, é mais frequente pela manhã, e pode desaparecer ao longo do dia; ao contrário da dor relacionada a problemas de visão ou enxaqueca, que costumam piorar com o decorrer do dia.

É sempre importante lembrar que, na maioria dos casos, a hipertensão arterial pode não manifestar sintomas. A doença vai se desenvolvendo aos poucos, o organismo se habitua a pressão alta e por isso não causa sintomas, o que chamamos de sinais de alerta. Dificultando um diagnóstico precoce.

Sabendo que as crises de hipertensão são a principal causa de doenças cardiológicas e cerebrovasculares, como infarto do coração e acidente vascular cerebral (AVC), e a frequência de sintomas, o mais indicado é que mantenha um acompanhamento médico regular, aferindo sua pressão pelo menos 1x ao ano, e mantendo hábitos de vida saudáveis, principalmente nos casos em que haja história familiar de hipertensão arterial.

Quais os sintomas da pressão alta de evolução acelerada (hipertensão maligna)?

Em geral, nesses casos, a pressão arterial está muito elevada e as crises são mais graves com maior risco de morte ou sequelas. Os sintomas costumam se apresentar com:

  • Sonolência;
  • Confusão mental;
  • Distúrbio visual;
  • Dor de cabeça intensa associado a náusea e vômitos;
  • Palpitação;
  • Suor frio;
  • Palidez;
  • Tremor nas mãos;
  • Dor no peito.
O que é a hipertensão arterial?

A hipertensão arterial é o aumento da pressão arterial acima dos valores considerados normais, ou seja, pressão máxima igual ou superior a 140 mmHg e pressão mínima igual ou superior a 90 mmHg.

A pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue na parede das artérias durante a sua circulação.

Em algumas condições, como esforço físico ou emoções fortes, é normal que a pressão arterial aumente um pouco, mas logo em seguida volta ao normal.

Assim, a pressão alta só é considerada grave e provoca problemas de saúde quando os seus valores permanecem altos durante horas, dias ou meses, ou, quando a pressão se eleva muito e rapidamente.

Portanto, o controle da hipertensão arterial é fundamental para prevenir tais complicações. O tratamento da pressão alta e o acompanhamento do paciente devem ser feitos pelo/a médico/a cardiologista.

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Quais os sintomas de problemas no pâncreas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas de problemas no pâncreas geralmente se iniciam com dores abdominais, que podem ser por todo o abdômen, ou a dor ser referida na parte superior do abdômen e em "barra", como um "cinturão apertando", com ou sem irradiação para as costas.

Outros sintomas descritos são:

  • Náuseas, vômitos;
  • Mal-estar;
  • Febre;
  • Icterícia (coloração amarelada dos olhos e da pele);
  • Falta de apetite;
  • Fraqueza, dores musculares;
  • Perda de peso;
  • Diabete mellitus;
  • Anemia.

Todos os sintomas vão variar conforme a causa da doença e a gravidade do caso. As principais causas de problemas no pâncreas incluem:

  • Pancreatite aguda ou crônica;
  • Tumor;
  • Diabetes descompensado;
  • Presença de cálculos ou cistos no sistema digestivo.
Sintomas de pancreatite

Na pancreatite aguda, os sintomas geralmente se iniciam de forma súbita, durante pouco tempo, com dores abdominais intensas, em região superior do abdômen. Eles podem ser acompanhadas de vômitos e febre.

No caso de evoluir para pancreatite crônica, os sintomas podem vir de forma mais gradativa, ou intermitente. Eles são as dores abdominais, mal-estar, náuseas e emagrecimento. Ela pode destruir lentamente o pâncreas

As causas podem estar relacionadas com presença de cálculos na vesícula (pancreatite aguda), alcoolismo (pancreatite crônica) e excesso de gordura corporal, entre outras, ou seja, pessoas obesas estão mais propensas a desenvolver a pancreatite.

Em cerca de 15 a 20% dos casos de pancreatite, a doença se apresenta de uma forma muito grave, com altas taxas de mortalidade, sobretudo quando vem acompanhada de alguma infecção.

Tratamento para pancreatite

O tratamento para a pancreatite é feito com medicamentos para aliviar a dor e facilitar a digestão, dieta e mudanças de hábitos.

A dieta deve ser controlada, com baixo teor de gorduras, em pequenas quantidades e várias vezes ao dia.

Nos casos mais graves, deve ficar em dieta zero, internação hospitalar, com nutrição por via endovenosa apenas, até que haja uma melhora do quadro pancreático.

A bebida deve ser evitada e está totalmente contraindicado o tabagismo, pois esses hábitos pioram consideravelmente qualquer quadro de pancreatite.

Dependendo da causa e da gravidade da pancreatite, pode ser indicada ainda, cirurgia ou endoscopia.

Sintomas de diabetes tipo 1 e 2

Os sintomas de ambos os tipos de diabetes incluem entre outros, a poliúria (urina muito), polifagia (sente muita fome) e polidipsia (sente muita sede). E esses sintomas são decorrentes da incapacidade do pâncreas em produzir insulina, hormônio que retira o açúcar do sangue para dentro da célula, resultando em hiperglicemia.

O sistema imunológico do paciente com diabetes tipo 1 ataca as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina, causando baixa ou nenhuma produção deste hormônio (insulina). É mais comum em crianças e adolescentes.

Já o diabetes tipo 2 é caracterizado pela má utilização ou produção inadequada da insulina. É o tipo mais comum de diabetes e está mais relacionado à má alimentação e ao excesso de peso, embora também seja necessário algum grau de predisposição genética. É mais frequente em pessoas acima de 40 anos.

As causas dos diabetes tipo 1 e 2 estão relacionadas com maus hábitos alimentares, sedentarismo, obesidade, sobrepeso, estresse diário e hereditariedade.

Tratamento para diabetes

O tratamento do diabetes tipo 1 é feito com injeções de insulina, dieta adequada e exercícios físicos.

O tratamento do diabetes tipo 2 é feito com medicamentos sob a forma de comprimidos. A medicação melhora a resposta das células à insulina, estimula a produção de insulina pelo pâncreas, reduz a absorção de açúcar pelo intestino e aumentam a eliminação de glicose pela urina.

Também podem ser usados medicamentos injetáveis para favorecer a produção de insulina e auxiliar a perda de peso. À medida que o tempo passa, a pessoa pode precisar de insulina.

Além dos medicamentos, o tratamento do diabetes tipo 2 também inclui a prática regular de exercícios físicos e dieta adequada.

Sintomas de câncer de pâncreas

No início, o câncer pancreático praticamente não manifesta sintomas, dificultando um diagnóstico precoce. Quando estão presentes, os sintomas podem se manifestar com dores abdominais, perda de peso, icterícia, fraqueza, diarreia, tontura, anemia e Diabetes tipo II.

Dentre as principais causas do câncer de pâncreas estão:

  • Tabagismo contínuo (pode aumentar em 3 vezes o risco de desenvolver câncer de pâncreas)
  • Consumo excessivo de gordura ou bebidas alcoólicas
  • Exposição prolongada a produtos químicos como pesticidas e solventes
  • Pancreatite crônica
  • Diabetes mellitus.
Tratamento do câncer de pâncreas

O tratamento do câncer de pâncreas pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia e cuidados paliativos.

O tratamento cirúrgico tem como objetivo ressecar o tumor. Já a radioterapia e a quimioterapia podem ser administradas de forma isolada ou associada a cirurgia. Esses dois tratamentos servem para reduzir o tamanho do tumor e aliviar os sintomas.

Quando o câncer de pâncreas já se alastrou para outros órgãos do corpo (metástase), o tratamento é paliativo e serve apenas aliviar os sintomas.

Se estiver com alguns dos sintomas apresentados, consulte um/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família. Dependendo do diagnóstico, ele poderá lhe encaminhar para um serviço especializado, seja gastroenterologista, oncologista ou endocrinologista.

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Dor ao urinar pode ser gravidez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dor ao urinar não é um sintoma de gravidez. Na mulher, isso pode indicar a presença de cistite (infecção urinária) ou vulvovaginite.

O primeiro sinal da gestação normalmente é o atraso da menstruação. Depois, entre a 5ª e a 6ª semana de gravidez, podem surgir náuseas, vômitos, aumento da sensibilidade nos seios, vontade frequente de urinar e cansaço.

À medida que a gestação avança, a barriga começa a crescer e podem surgir outros sintomas como azia, desconforto na região pélvica, mudanças de humor, falta de ar e tontura.

Contudo, as alterações que ocorrem no corpo e no organismo da mulher durante a gravidez aumentam as chances dela desenvolver cistite, uma inflamação na bexiga causada quase sempre por bactérias que habitam o intestino.

A dor ao urinar nesse caso é decorrente da infecção urinária, que pode ter sido desencadeada pela gravidez. Contudo, não se trata propriamente de um sintoma típico da gestação.

Veja também: Com quantos dias aparecem os primeiros sintomas de gravidez?

Infecção urinária (cistite)

A cistite é uma forma de infecção urinária que acomete a bexiga. Quando a infecção ocorre na uretra, é chamada uretrite, enquanto que nos rins ela é denominada pielonefrite.

Sintomas

Além de dor ou ardência ao urinar, a cistite pode dificultar a eliminação da urina, aumentar o número de micções e a pessoa pode ter a sensação de bexiga cheia após urinar. Também pode haver vontade urgente de urinar e presença de sangue na urina.

Leia também: O que é cistite e quais os sintomas?

Mulheres x Homens

As infecções urinárias são bem mais comuns nas mulheres do que nos homens devido à diferença de tamanho da uretra e à distância que ela fica do ânus em ambos os sexos.

A mulher tem a uretra mais próxima do ânus, o que facilita a infecção do canal por bactérias que habitam o intestino. Além disso, a uretra das mulheres tem cerca de 7 cm a menos que a dos homens, o que também favorece a chegada das bactérias na bexiga.

Gravidez

Com as alterações anatômicas e fisiológicas que o sistema urinário da mulher sofre durante a gravidez, a tendência para desenvolver cistite é ainda maior. Por isso algumas mulheres podem interpretar a dor ao urinar como um sintoma de que está grávida, quando na verdade pode estar com uma infecção urinária ou uma vulvovaginite.

Saiba mais em: Sintomas de Gravidez

Tratamento

O tratamento da cistite na maioria dos casos consiste no uso de medicamentos antibióticos e aumento da ingesta hídrica. Se não for devidamente tratada, a infecção pode atingir os rins (pielonefrite) e tornar-se bem mais grave.

Nas gestantes o tratamento é ainda mais importante pois a infecção urinária pode levar a complicações como parto prematuro, baixo peso e aumenta o risco de mortalidade perinatal.

Veja também: Qual o tratamento para cistite?

Vulvovaginite

A vulvovaginite é uma infecção da vagina causada por bactérias, protozoários ou fungos. Os sinais e sintomas podem incluir dor ou ardor ao urinar, presença de corrimento vaginal e coceira intensa. O tratamento pode ser feito com cremes vaginais, ou medicamentos via oral, conforme o tipo de infecção.

Ao sentir dor ao urinar, a mulher deve consultar um médico clínico geral ou médico de família para que a origem da dor seja devidamente identificada e tratada.

Saiba mais em:

Dor ao urinar, o que pode ser?

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Infecção urinária dificulta a tentativa de gravidez?

Sangramento acompanhado com um mau cheiro terrível?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sangramento ou corrimento com odor desagradável, geralmente, indica algum tipo de infecção ou inflamação vaginal, precisa procurar um médico para uma melhor avaliação e diagnóstico. Não é esperado que o uso do anticoncepcional injetável altere o odor da menstruação, portanto é importante investigar a causa desse odor.

O sangramento menstrual não costuma ter odor fétido, quando isso ocorre é importante avaliar qual o motivo do cheiro desagradável. Diversas situações podem ocasionar essa mudança no odor da menstruação, entre elas o sangramento excessivo e abundante e a presença de vulvovaginites como a vaginose bacteriana são as mais comuns.

A utilização de absorventes ou tampões por longos períodos também podem contribuir para a modificação do odor do sangue menstrual. Mais raramente a presença de tumores de colo uterino também podem ocasionar a presença de sangramento vaginal de odor pútrido.

O que é Vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana é uma vulvovaginite causa por uma bactéria, a Gardnerella vaginalis, essa bactéria causa um corrimento branco acinzentado com um forte odor semelhante a peixe.

Quando a mulher está com essa vulvovaginite é esperado que a sua menstruação também apresente um odor desagradável devido a mistura entre o sangue e a secreção vaginal infectada, no entanto, o cheiro fétido permanece mesmo na ausência de menstruação.

O tratamento da vaginose bacteriana é muito simples e fácil de ser realizado, é feito através do uso de creme vaginal ou de medicamento antibiótico.

Na presença de odor fétido menstrual consulte um médico ginecologista ou médico de família para uma avaliação.

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Quem tem diabetes deve evitar comer o quê?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Quem tem diabetes deve evitar comer principalmente doces, sobremesas e qualquer tipo de alimento com grande quantidade de açúcar, além de alimentos gordurosos, farinha branca e bebidas alcoólicas.

Dentre os alimentos que devem ser evitados pelos diabéticos, estão:

- Açúcar: Açúcar comum, açúcar mascavo, açúcar cristal, mel, rapadura, melado, bolos, balas, sorvetes, geleias, frutas cristalizadas, doce de leite, refrigerantes, sucos prontos ou artificiais, caldo de cana, goiabada, chocolates e todos os doces, sobremesas e alimentos preparados com açúcar.

- Gorduras saturadas: Carnes gordas de porco e de vaca, como bacon, toucinho, picanha, cupim e costela, embutidos (salsicha, linguiça, salame, mortadela, presunto), pele de aves, frituras, leite de coco, manteiga, queijos amarelos, leite integral.

- Farinha branca: Pessoas com diabetes também devem evitar alimentos refinados ou preparados com farinha de trigo refinada, como arroz, pães e massas não integrais. Nesses casos, deve-se dar preferência à versão integral desses alimentos. 

- Bebidas alcoólicas também são fortemente desaconselhadas, pois além de aumentar a glicose no sangue, interferem na ação da insulina, com risco de causar hipoglicemia reativa após o seu consumo. 

Outros alimentos que quem tem diabetes deve ficar atento: 

Os adoçantes não-calóricos, como sucralose, sacarina, aspartame e stévia devem ser consumidos nas quantidades adequadas, ou seja, 1 sachê ou 3 a 5 gotas por copo. Os adoçantes calóricos, como o mel, devem ser usados com moderação e sempre respeitando as orientações do nutricionista.

Alimentos diet não precisam ser evitados, mas é preciso atenção quanto ao valor calórico real e nutricional dos mesmos. Apesar de não conter açúcar, os alimentos dietéticos podem ter muitas calorias devido à quantidade de gorduras e outros ingredientes.

Isso acontece, por exemplo, com chocolates, sorvetes, pães, macarrão e biscoitos que, mesmo na versão diet, possuem elevado teor calórico e devem ser evitados por quem tem diabetes.

Já a versão diet de gelatinas e refrigerantes têm praticamente zero de calorias e por isso podem ser consumidos sem tanta preocupação.  

Os alimentos light não são isentos de açúcar. Eles têm apenas um menor valor calórico quando comparados com os alimentos convencionais.

Uma dieta para quem tem diabetes tem como objetivo manter os níveis de açúcar no sangue dentro dos limites desejáveis. O plano alimentar deve ser individualizado e cuidadosamente elaborado por um nutricionista, conforme o estilo de vida, tipo de trabalho, hábitos alimentares, uso de medicamentos e o tipo de Diabetes do paciente.

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