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Não quero engordar, qual pílula anticoncepcional tomar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

As pílulas anticoncepcionais indicadas para quem não quer engordar são aquelas que possuem baixas doses de hormônios, pois estão associadas a menos efeitos colaterais como a retenção de líquido, principal responsável pela sensação de ganho de peso.

Existem anticoncepcionais que não engordam?

De forma geral, os anticoncepcionais orais não engordam. A sensação aumento de peso ocorre pela retenção de líquido e não pelo ganho de gordura corporal.

Anticoncepcionais com menor chance de causar sensação de ganho de pesoAnticoncepcionais de drospirenona como progestágeno

Os anticoncepcionais à base de uma substância chamada drospirenona de progestágeno são os anticoncepcionais com menor chance de provocar a retenção de líquidos. Por este motivo, estes medicamentos reduzem a sensação de aumento de peso.

Anticoncepcionais com baixa dosagem de estradiol

Os contraceptivos com dosagem baixa de estradiol podem ser uma opção para as mulheres que possuem predisposição à retenção de líquidos.

DIU (dispositivos intrauterinos)

O DIU de progestágeno libera lentamente o hormônio progestágeno que tem absorção muito baixa pelo organismo e, deste modo, tem menor chance de provocar retenção de líquido.

Por outro lado, o DIU de cobre é um contraceptivo não hormonal, isto é, ele não libera nenhum hormônio. Por isso, não causa retenção de líquido.

Anticoncepcionais injetáveis engordam?

Há comprovações científicas de que o anticoncepcional injetável trimestral, por ter dosagem muito elevada de hormônios, provoca aumento de peso.

Uma das explicações para este efeito é que estes contraceptivos bloqueiam a atividade dos ovários e, por consequência, a produção de hormônios androgênios (hormônios masculinos) que levam à redução de músculos (massa magra) e aumento de gordura corporal. Além disso, estes medicamentos promovem a redução da libido.

Ainda não há comprovação científica de que as pílulas (anticoncepcionais orais) causam este mesmo efeito no organismo. A sensação de ganho de peso provocada pelas pílulas está relacionada mais diretamente à retenção de líquidos.

Como escolher o seu anticoncepcional?

Para escolher com maior segurança o seu método contraceptivo é fundamental consultar um ginecologista, médico de família ou clínico geral. Estes profissionais farão uma avaliação inicial para efetuar a indicação da medicação mais apropriada ao seu caso.

Durante a consulta, informe ao médico se você tem tendência a reter líquidos para que a escolha do anticoncepcional não agrave esta condição. Em geral, quanto menos hormônio, menor a retenção de líquido.

É preciso deixar bem claro que o que funciona para uma paciente, pode não ser adequado para outra.

Os efeitos colaterais dos contraceptivos variam para cada mulher e nem todas ganham peso com o uso da pílula. Algumas podem até emagrecer, tomando o mesmo medicamento. Tudo depende do organismo e do estilo de vida de cada mulher.

Não inicie o uso de anticoncepcionais sem orientação médica.

Leia mais

Anticoncepcional engorda?

Anticoncepcional injetável engorda?

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Conheça os melhores anticoncepcionais

5 causas de barriga tremendo e quando devo me preocupar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A sensação de barriga tremendo ocorre, principalmente, em pessoas com tendência a formar excesso de gases. Também é comum durante a gravidez, no período menstrual e nos casos de síndrome do intestino irritável.

Todas essas são situações podem ser resolvidas de forma simples e não oferecem riscos de vida. No entanto, outra causa possível desse sintoma é o aneurisma de artéria aorta.

O aneurisma de aorta é uma doença grave, que oferece risco de morte. Por isso, se perceber algo "batendo" ou "pulsando" na barriga, como as batidas do coração, procure imediatamente um serviço de urgência.

1. Gases intestinais

Os gases intestinais são a principal causa de barriga tremendo ou "movimentos" na barriga. Isso ocorre pela produção aumentada de gases pelas bactérias intestinais, quando comemos com muita pressa, quando comemos conversando, engolindo ar, ou quando a alimentação é muito gordurosa ou de difícil digestão.

A sensação pode vir acompanhada de barriga inchada, azia e cólicas. Para evitar o excesso de gases procure se alimentar com calma, mastigar mais vezes, evitar alimentos pesados e beber líquidos durante a refeição.

2. Gravidez

Na gravidez é possível perceber o bebê mexendo a partir do quarto mês. Algumas mulheres percebem antes, em meados do terceiro mês. A barriga aumenta de tamanho, se torna mais endurecida e os movimentos estarão presentes no "pé da barriga".

Se suspeitar de gravidez, pelo atraso menstrual ou devido à relação desprotegida, entre outros sintomas, é importante realizar quanto antes um teste de gravidez e dar início ao pré-natal no posto de saúde mais próximo.

3. Menstruação

A menstruação é a descamação da parede mais interna do útero, quando não ocorreu a fecundação, ou seja, uma gravidez. Essa descamação pode causar cólicas ou sensação de "tremores no pé da barriga".

Nesse caso, a mulher estará no período menstrual. Se a cólica ou os tremores forem muito incômodos, pode tomar um medicamento para aliviar, como o buscopan®. Mas é importante conversar com o médico para ter certeza da causa e de não haver contraindicações.

4. Síndrome do Intestino Irritável

A síndrome do intestino irritável (SII) é uma alteração na motilidade do intestino. Causa mudanças frequentes no hábito intestinal, que intercala em episódios de constipação e diarreia. Além do hábito intestinal, apresenta sintomas de dor e distensão abdominal, excesso de gases e urgência para evacuar.

A causa ainda não foi bem definida, mas parece ter forte relação com situações de ansiedade e estresse. O tratamento se baseia nas mudanças de hábitos de vida, especialmente com a dieta FODMAPs, certos medicamentos e psicoterapia.

A FODMAPs é atualmente uma das dietas mais recomendadas e com ótimo resultado no tratamento de SII. A dieta não restringe alimentos, mas busca o equilíbrio entre os nutrientes. O consumo de lacticínios (leite, iogurtes, sorvete e queijos), frutose e doces, deve ser evitado, enquanto o consumo de produtos sem lactose, sementes e certos grãos, estimulado.

5. Aneurisma de Aorta

O aneurisma é uma malformação vascular, que pode acometer qualquer vaso do corpo. Como a artéria aorta é a maior artéria que temos e a mais calibrosa, um aneurisma nessa região é muito perigoso. A sua ruptura tem uma alta incidência de morte.

Por isso, se perceber um tremor ou pulsação na barriga, especialmente se sentir essa pulsação quando aperta com as pontas dos dedos, procure imediatamente o seu médico de família, ou um serviço de urgência para avaliação.

O médico especialista nesse caso é o cirurgião vascular ou angiologista.

Quando se preocupar?

O sintoma de barriga tremendo associado a gases ou cólicas intestinais podem não oferecer riscos. Já o aneurisma de aorta ou um problema na gestação sim. Se o tremor vier acompanhado de um dos sinais e sintomas abaixo, procure uma emergência imediatamente:

  • Pulsação na barriga, como se fosse o coração batendo,
  • Excesso de gases que evolui com dor e rigidez na barriga,
  • Gestante com tremor e dor na barriga,
  • Sangramento vaginal,
  • Febre alta (acima de 38º)
  • Desmaios, sonolência.
Tremores no pé da barriga

Quando os tremores estão localizados no pé da barriga, pode sugerir gravidez, especialmente quando associado ao atraso menstrual.

As cólicas menstruais também causam dor e sensação de tremor nessa região, pela contração muscular uterina. E os próprios gases intestinais, que podem se localizar em qualquer região do abdome.

Na suspeita de gravidez, procure realizar o teste antes de recorrer a qualquer medicação. O uso de medicamentos durante a gestação, especialmente nos primeiros meses, pode causar abortamento ou malformação no bebê.

Para maiores esclarecimentos converse com o seu médico de família.

Referências:

Harvard Heatlh Publishing. Try a FODMAPs diet to manage irritable bowel syndrome. Updated: September 17, 2019.

Ministério da Saúde do Brasil. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica; n. 31).

Para que servem os exames de TGO e TGP?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os exames de TGO e TGP têm como utilidade o diagnóstico de doenças do sistema hepatobiliar (fígado e vesícula biliar), além de colaborar com a identificação de doenças do pâncreas, infarto de miocárdio e doenças musculares, como as miopatias e exercício físico intenso.

Sempre que uma célula que contenha TGO ou TGP sofre uma lesão, essas enzimas escapam para o sangue, aumentando a sua concentração sanguínea. Deste modo, lesões em tecidos ricos nestas enzimas, como o coração (infarto do miocárdio); fígado (hepatites), ou lesões musculares, causam um aumento dos níveis sanguíneos de TGO e TGP.

As duas enzimas surgem em quantidades bastante semelhantes nas células do fígado, por isso, as doenças hepáticas comuns, como a esteatose hepática, desencadeia um aumento nos níveis tanto da TGO quanto da TGP.

Exame de TGO, para que serve?

A TGO (transaminase glutâmico-oxalacética), também chamada AST (aspartato aminotransferase), é uma enzima encontrada em diversas células do nosso corpo, como, por exemplo, no fígado, coração, músculos, rins e cérebro.

Sendo assim, o exame é indicado para investigar problemas como:

  • Hepatite alcoólica
  • Cirrose
  • Infarto Agudo do coração (IAM)
  • Doenças musculares (miopatia, exercício físico extenuante, trauma)
  • Doença de Wilson
  • Problemas na tireoide.
Qual o valor normal de TGO (AST)?

O valor de referência, considerado normal de TGO no sangue pode variar de acordo com o método de análise nos laboratórios, porém em geral é de: 5 a 40 U/L.

Exame de TGP, para que serve?

A TGP (transaminase glutâmico-pirúvica), também chamada ALT (alanina aminotransferase), é uma enzima presente quase que exclusivamente nas células do fígado. Portanto, o seu aumento sugere o comprometimento neste órgão, como por exemplo:

  • Hepatite viral
  • Hepatite crônica
  • Hepatite autoimune
  • Hepatite medicamentosa (p.ex.: aas, paracetamol, entre outros)
  • Doenças genéticas que comprometem o fígado, como a Doença de Wilson, Hemocromatose e Deficiência de alta-1 antitripsina.

Têm como utilidade ainda, diferenciar doenças hepáticas de doenças no pâncreas, colaborar com a identificação de infarto de miocárdio e problemas musculares, visto que nessas situações, a enzima aumento menos em comparação a TGO.

Qual o valor normal de TGP(ALT)?

O valor de referência, considerado normal de TGP no sangue pode variar de acordo com o método de análise nos laboratórios, porém em geral é de: 7 a 56 U/L.

Pode lhe interessar também, os artigos:

Referência:

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Lawrence S Friedman, et al.; Approach to the patient with abnormal liver biochemical and function tests. UpToDate, Jun 10, 2020.

Creatinina alta: o que fazer para baixar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para baixar a creatinina alta é preciso que os rins recuperem a sua capacidade de filtrar o sangue, dado que não existe um medicamento específico para baixar a creatinina. Diferentes medidas podem ser necessárias para recuperar função renal, conforme a causa do aumento da creatinina.

Se o aumento da creatinina for decorrente da insuficiência renal aguda, deve-se tratar a causa dessa insuficiência.

Se, por outro lado, o aumento da creatinina for decorrente de uma insuficiência renal crônica o tratamento irá focar no controle de fatores de risco, como a diabetes e a hipertensão.

Além disso, em situações de insuficiência renal grave apenas a hemodiálise pode ser capaz de baixar a creatinina.

Como baixar a creatinina na insuficiência renal aguda?

Os rins podem recuperar completamente a sua função em casos de insuficiência renal aguda, quando a agressão sofrida por eles é pontual. O tratamento, nesses casos, deve ser direcionado à doença que está danificando os rins.

Outras medidas que ajudam a baixar a creatinina nessa forma de insuficiência renal são:

  • Hidratação: nos casos em que a causa da insuficiência renal é a desidratação.
  • Suspensão de medicamentos tóxicos ao rim: se o uso de fármacos for o motivo do aumento da creatinina.
  • Procedimentos de desobstrução das vias urinárias: em algumas situações a insuficiência renal é causada por obstrução nas vias urinarias provocas por cálculos ou tumores, nessas situações procedimentos devem ser realizados para restaurar o fluxo de urina, permitir o funcionamento renal e assim reduzir a creatinina.
  • Hemodiálise: indicada para casos em que há distúrbios graves e difícil tratamento.
Como baixar a creatinina na insuficiência renal crônica?

A creatinina também pode estar alta na insuficiência renal crônica, quando os rins apresentam uma lesão irreversível, devido aos anos de agressão provocada por diabetes, hipertensão arterial, drogas ou medicamentos tóxicos.

Nesta situação, dificilmente a pessoa irá recuperar completamente a função renal e conseguir baixar os valores da creatinina.

Geralmente nos estágios iniciais da doença renal crônica a recuperação pode ser maior.

Para controlar o aumento da creatinina na insuficiência renal crônica é necessário:

  • Mudanças na dieta: é importante reduzir o consumo de alimentos que aumentam o potássio como abacate, banana-nanica, banana-prata, figo, laranja, maracujá, melão, tangerina, uva, mamão, goiaba, kiwi, feijão, chocolate.
  • Controle adequado do diabetes: os níveis de açúcar no sangue deve ser mantidos sobre controle para evitar maior lesão renal.
  • Controle adequado da hipertensão arterial: a pressão arterial também precisa ser controlada.
  • Introdução ou ajuste de medicamentos: o uso de medicamentos que reduzem a quantidade de proteína perdida pela urina é essencial para o controle dos valores de creatinina.
Como baixar a creatinina na doença renal avançada?

Nos estágios finais já há maior dificuldade em recuperar a função renal. Em casos mais graves o dano renal é tão grande que apenas através de hemodiálise consegue-se abaixar os valores de creatinina, já que o sistema renal torna-se incapaz de filtrar o sangue.

É importante lembrar que a creatinina alta indica que os rins não possuem mais a mesma capacidade de filtração. Por isso, ela vai se acumulando no sangue e os seus valores ficam elevados.

Entretanto, visto que a creatinina é resultante do metabolismo de moléculas presente nos músculos, indivíduos mais musculosos ou esportistas podem apresentar níveis elevados de creatinina sem terem problemas renais.

Portanto, é importante que os valores da creatinina sejam avaliados individualmente, já que podem variar em razão de idade, sexo e massa muscular.

Para saber mais sobre creatinina e problemas renais, você pode ler:

O que não pode comer quem tem problemas de rins?

Ureia alta: o que fazer para baixar?

Quais são os valores de referência de creatinina?

O que é creatinina?

Creatinina alta: o que significa quando está alta, e quais são os sintomas?

Referência

Sociedade Brasileira de Nefrologia.

O que fazer para parar de vomitar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para parar de vomitar é importante saber o que está provocando o vômito ou a náusea. Isso pode envolver a mudança na alimentação e o uso de medicamentos indicados.

O que fazer quando está vomitando?

O mais importante a se fazer quando está vomitando é preocupar-se com a hidratação. Quando a pessoa vomita, ela perde muito líquido e pode piorar o quadro caso não haja uma reposição adequada.

Tomar água com frequência e fazer uso do soro de reposição oral ou soro caseiro são medidas essenciais para evitar a desidratação.

O que fazer depois de vomitar?

Depois de vomitar é importante enxaguar a boca com água para limpar os resíduos que ficaram na boca. Com o vômito, ocorre a saída de conteúdo ácido do estômago e isso pode causar aftas e gengivite. Enxaguar a boca ou escovar os dentes pode ajudar a eliminar esse conteúdo e proteger a mucosa bucal.

Além disso, é recomendado manter o repouso para evitar tonturas e dar um tempo para o corpo se recuperar.

Imediatamente após o vômito, é necessário aguardar alguns minutos para ingerir alimentos sólidos.

Quando após o vômito ocorre um alívio do mal estar anterior (por exemplo nos casos de enxaqueca), a pessoa pode voltar a estabelecer suas atividades de rotina.

Medidas dietéticas para parar de vomitar

Algumas atitudes podem ajudar a pessoa no controle das náuseas e vômitos:

  • Fracionar a dieta em pequenas refeições com intervalos menores;
  • Realizar as refeições em ambiente tranquilo e arejado;
  • Manutenção de horários estabelecidos para as refeições;
  • Comer pequenas quantidades de carboidratos;
  • Dar preferência a alimentos que sejam da sua preferência;
  • Evitar deitar-se logo após as refeições, mantendo a cabeça elevada em relação ao estômago por até uma a duas horas após a ingestão de alimentos;
  • Evitar preparações de alimentos em temperaturas extremas, preferindo preparações a temperatura ambiente ou alimentos frios;
  • Evitar ficar próximo à cozinha na hora da preparação da refeição, para impedir que os cheiros dos alimentos durante o cozimento acentuem as náuseas;
  • Evitar frituras, alimentos gordurosos, condimentados, salgados, ácidos, açucarados e com odor forte;
  • Evitar alimentos azedos, como limão, picles ou balas duras, bem como a oferta de líquidos durante às refeições;
  • Procurar fazer refeições com alto teor proteico ao invés daquelas ricas em carboidratos e gordura.
Quando devo usar medicamento para parar de vomitar?

O uso de remédios para cortar o vômito e a náusea deve ser feito caso a pessoa esteja com muito incômodo.

Isso se deve pois os remédios que cortam o vômito podem causar efeitos colaterais indesejáveis como tontura, tremores, sedação e queda.

Quando o vômito está muito forte e contínuo, o mais recomendado é procurar um serviço de saúde para avaliação médica detalhada.

Os remédios que ajudam no controle da náusea e vômitos podem ser:

  • Metoclopramida (Plasil®)
  • Ondansetrona (Vonau®)
  • Dimenidrinato (Dramin®)
  • Bromoprida ((Digesan®)

As doses e a frequência indicadas dependerão do caso clínico da pessoa. É importante buscar uma ajuda médica em casos de vômitos contínuos e incontroláveis.

Por que estou vomitando?

Vômitos e náuseas repentinas podem ser provocados por fatores diversos. As principais causas são:

  • Gastroenterite viral aguda
  • Intoxicação alimentar

Nesses casos mais comuns, a náusea e os vômitos geralmente se resolvem em até 48 horas.

Outras causas podem explicar vômitos e náuseas como por exemplo:

  • Gravidez
  • Ingestão de bebidas alcoólicas
  • Enxaqueca
  • Instabilidade emocional
  • Estresse
  • Pielonefrite
  • Bulimia nervosa
  • Anorexia nervosa
  • Exposição à agrotóxico

O uso de alguns medicamentos também podem provocar náuseas e vômitos, como:

  • Antibióticos
  • Digoxina
  • Anticonvulsivante
  • Quimioterápicos
  • Remédios para o controle do diabetes (como a Metformina)
  • Anticoncepcional
  • Opioides
  • Vitaminas em doses altas
Bebi muito, o que fazer para parar de vomitar?

Após ingestão de bebidas alcoólicas, é comum a pessoa apresentar episódios de vômitos. Nesse caso, é indicado que a pessoa pare de ingerir mais bebidas alcoólicas naquele momento, tome líquidos para reposição e se alimente. Além disso, a pessoa pode tomar um analgésico que ajudará na ressaca no dia seguinte.

Como a indicação exata do que fazer para parar de vomitar dependerá do fator que está causando, você pode procurar um médico de família ou clínico geral para uma consulta detalhada e investigação da causa da náusea e vômito.

Leia também:

Como fazer soro caseiro?

Estou com vômito amarelo, pode ser perigoso? Como faz para parar?

O que é intoxicação alimentar e quais os sintomas?

Vomitar sangue: o que pode ser?

O que comer quando está vomitando?

Referências:

Academia Americana de Médicos de Família

Como saber se o hímen foi rompido?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Somente através de um exame ginecológico o médico é capaz de afirmar se o hímen foi rompido ou não.

O exame vaginal, realizado pelo ginecologista, permite observar a presença, ausência ou ruptura recente do hímen, que ocorre durante o ato sexual vaginal com penetração, pela introdução de dedos e objetos ou por traumas vaginais.

Algumas mulheres podem apresentar um sangramento vaginal leve logo após a ruptura do hímen. Entretanto, esse sangramento não é obrigatório acontecer, pois o hímen é uma membrana muito fina que fica na entrada da vagina e,em algumas situações, quando é rompido, essa membrana se adapta à mucosa vaginal.

Sintomas do rompimento do hímen Sangramento

O sintoma mais comum do rompimento do hímen é o sangramento vaginal que pode ocorrer ou não. Quando acontece é em pequena quantidade e tem coloração vermelho vivo.

Em algumas mulheres o rompimento acontece, mas o hímen fica aderido às paredes da vagina sem sangrar. Por este motivo, somente um ginecologista ou médico de família pode detectar a sua ruptura.

Dor

Muitas mulheres têm dúvidas se sentirão ou não dor durante a ruptura do hímen com a penetração. O hímen não possui terminações nervosas e por isso seu rompimento não causa dor. As dores que as mulheres sentem neste momento estão, na verdade, relacionadas à tensão e nervosismo presentes durante o ato sexual.

O hímen pode se romper com o uso do dedo ou absorventes internos?

Sim, pode ser que a ruptura do hímen ocorra com uso dos dedos durante a masturbação, por exemplo. A introdução de dedos ou objetos sexuais pode ser suficiente para haver a ruptura do hímen.

Quanto ao uso do absorventes internos, o melhor é consultar o ginecologista e receber dele a indicação do absorvente interno indicado para você ou mesmo a contraindicação, a depender do seu tipo de hímen. Na maioria dos casos, a utilização de absorventes internos não é suficiente para haver a ruptura do hímen, uma vez que eles ficam posicionados mais próximos à abertura vaginal. Em geral, as mulheres que apresentam o hímen não rompidos podem utilizar absorventes internos.

Rompimento do hímen e virgindade

Atualmente não se considera que a virgindade está ligada à ruptura do hímen, pois as mulheres podem ter diversos tipos de relação sexual sem penetração vaginal. Deste modo, o hímen permanece intacto. Por isso, a virgindade está mais relacionada com a ausência de práticas sexuais quaisquer que sejam e não apenas à penetração vaginal.

Quais são os tipos de hímen?

Existem 5 diferentes tipos de hímen:

1. Hímen complacente

Este tipo de hímen é bastante elástico e, por este motivo, é possível que ele não se rompa durante o ato sexual e volte à sua forma normal após a penetração vaginal. Geralmente é rompido gradualmente a cada relação sexual.

2. Hímen anular

É o tipo mais comum de hímen. Tem o formato de um anel que possui um orifício central por onde passa o fluxo menstrual e as secreções vaginais.

3. Hímen septado

O hímen septado tem uma pele que cobre o seu orifício central e, por este motivo, é mais resistente. Pode incomodar um pouco na primeira relação sexual, mas não causa dor por não ter terminações nervosas.

4. Hímen cribiforme

O hímen cribiforme possui vários pequenos furos em sua membrana que se assemelha à uma rede. É também bastante resistente e difícil de ser rompido. As mulheres que têm este tipo de hímen tendem a ter sangramento e incômodos durante a relação sexual. Em alguns casos, pode ser necessária intervenção cirúrgica para auxiliar o seu rompimento.

5. Hímen imperfurado

O hímen imperfurado é raro entre as mulheres e provocado por uma má formação da membrana que se apresenta completamente fechada, o que impede a passagem da menstruação. Deste modo, a menstruação fica retida no canal vaginal.

Este tipo de hímen geralmente é diagnosticado na adolescência com a chegada da primeira menstruação que, ao ficar retida, causa fortes dores abdominais que podem irradiar para as costas.

Nestes casos, é indicada intervenção cirúrgica para o rompimento do hímen imperfurado.

Para saber mais sobre hímen imperfurado você pode acessar:

Quais os sintomas do hímen imperfurado e como é o tratamento?

O hímen pode se romper sozinho?

Não. O hímen normalmente se rompe ao ser pressionado para dentro do canal vaginal com a penetração, durante o ato sexual vaginal. Além disso, esta membrana pode se romper com a introdução de objetos na vagina como, por exemplo, brinquedos sexuais (sex toys).

Depois que o hímen se rompe, os vestígios da membrana se adaptam às paredes da vagina. Deste modo, o hímen não cicatriza e isso não indica problemas de saúde. Caso tenha dúvidas sobre a ruptura do hímen, procure um ginecologista ou médico de família.

Leia também:

5 dúvidas sobre o hímen complacente

Como posso saber se tenho hímen complacente?

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Estou com bolinhas brancas na garganta. O que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As bolinhas brancas que se assemelham a "massinhas brancas" na garganta, mais especificamente nas amígdalas, são chamados cáseos amigdalianos.

São formados por células descamadas mortas dessa região, bactérias e resíduos alimentares, sendo, portanto, uma causa frequente de mau hálito.

Como retirar os caseos amigdalianos?

Os caseos devem ser tratados com gargarejos e enxaguantes bucais, ou em último caso, deve ser indicada cirurgia.

Gargarejos com soluções salinas

O gargarejo pode ser feito com um copo de água morna adicionado por uma colher de sal, após a escovação dos dentes, 2x ao dia. O gargarejo ajuda a soltar os caseos dos espaços em que se acomodam nas amígdalas.

Enxaguantes bucais

O uso frequente de enxaguantes bucais após a escovação dos dentes é fundamental para a limpeza adequada da boca. No entanto, deve-se ter cuidado os enxaguantes bucais à base de álcool, esses devem ser evitados.

Uso de soluções antissépticas

Da mesma maneira, o uso de soluções antissépticas para a região oral, podem ser usadas, de acordo com a indicação do profissional dentista.

Cirurgia

A cirurgia é a última opção de tratamento, devendo ser avaliada nos casos de infecções de repetição por cáseos amigdalianos.

Vale ressaltar que o uso de materiais como pinça, cotonete e outros objetos pontiagudos para essa remoção, são totalmente contraindicados, pelo risco de ferimentos no local e infecção, piorando o quadro.

Na presença de cáseos amigdalianos, procure um/a médico/a otorrinolaringologista, que poderá realizar o tratamento dos cáseos, orientar quanto ao melhor tratamento ou encaminhar para um dentista especialista em halitose.

6 Dicas para prevenir os cáseos 1. Beber muita água

Ao ingerir, pelo menos, 2 litros de água ao dia, a saliva se torna mais fluida e evita a formação de cáseos. Ao contrário, a saliva mais viscosa, favorece que as células mortas grudem umas nas outras e formem os cáseos.

2. Ingerir frutas ácidas

A ingestão de frutas ácidas como limão, laranja, kiwi, morango e abacaxi, estimulam as glândulas salivares a produzir maior quantidade de saliva, mais uma vez prevenindo a formação dos cáseos.

3. Limpar a língua

As células mortas também se acumulam na superfície da língua. Por este motivo, recomenda-se limpar a língua, com um limpador específico após a escovação dos dentes. Medida de higiene que evita a migração das células para a garganta e formação dos cáseos.

4. Gargarejar com bicarbonato de sódio

Coloque uma colher de café em meio copo de água e faça o gargarejo após a escovação dos dentes. A vibração causada pelo gargarejo faz com que os cáseos se soltem das criptas ("buracos") das amígdalas e também previne a formação de novos cáseos.

5. Mastigar alho

O alho tem ação antibacteriana. Mastigar um dente de algo ao dia pode tratar os cáseos já existentes e prevenir a deposição de outros cáseos.

6. Inserir cebola na alimentação

A cebola, assim como o alho, tem ação antibacteriana, por isso pode ser adicionada à alimentação, com intuito de evitar os cáseos, além de trazer diversos benefícios à saúde.

Se nenhuma destas medidas tiverem resultado positivo busque um médico de família ou um otorrinolaringologista para uma avaliação inicial. A retirada das amígdalas pode ser indicada mas, em último caso, após avaliação médica.

Saiba mais sobre o assunto nos seguintes artigos:

A pílula do dia seguinte pode atrasar minha menstruação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. A pílula do dia seguinte pode atrasar a menstruação. A mulher que fez uso da pílula do dia seguinte pode apresentar alteração da data habitual do seu período menstrual. Isso se deve pelo desbalanço hormonal que a pílula provoca e uma readaptação do organismo perante ao hormônio ingerido.

Após a toma da pílula do dia seguinte, a menstruação pode vir em torno de uma semana antes ou depois da data esperada. Cada mulher terá uma reação diferente e esse tempo pode variar para alguns dias antes (antecipando a menstruação) ou depois da data habitual (atrasando a menstruação).

É importante lembrar que a pílula do dia seguinte não é o único método anticoncepcional que causa atraso ou antecipação da menstruação. A injeção anticoncepcional trimestral, o uso de DIU de cobre ou implantes anticoncepcionais também podem provocar irregularidade menstrual, muitas vezes com sangramentos mais intensos e prolongados que aqueles observados com o uso da pílula do dia seguinte.

A pílula do dia seguinte sempre atrasa a menstruação?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 57% das mulheres que tomam a pílula do dia seguinte não apresenta nenhum atraso ou antecipação da sua menstruação, com a vinda do período na data prevista. A maioria das mulheres que toma a pílula do dia seguinte apresenta pouca ou nenhuma mudança significativa no seu ciclo menstrual.

Cerca de 15% das mulheres que tomam a pílula do dia seguinte podem apresentar um atraso de até 7 dias da menstruação. Em 13% dos casos, a menstruação pode atrasar pouco mais de uma semana.

Por outro lado, a pílula do dia seguinte também pode antecipar a menstruação em até 7 dias, o que ocorre em cerca de 15% das mulheres que tomam o medicamento.

Pílula do dia seguinte desregula definitivamente a menstruação?

Não. Vale ressaltar que as alterações do ciclo menstrual provocadas pelo uso da pílula do dia seguinte resolvem-se espontaneamente e normalmente são bem toleradas pela mulher. Não há evidências científicas de que o uso da pílula cause qualquer dano aos ciclos menstruais.

Contudo, tomar a pílula do dia seguinte repetitivamente e frequentemente pode agravar os distúrbios menstruais e tornar difícil para a mulher reconhecer as fases do seu ciclo menstrual e o seu período fértil.

Se após o uso da medicação a menstruação demorar mais de 4 semanas para vir, é interessante realizar um teste de gravidez para se certificar do seu efeito.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso da pílula do dia seguinte e suas possíveis alterações na menstruação, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.

Para saber mais sobre pílula do dia seguinte, você pode ler:

Sangramento após tomar pílula do dia seguinte é normal? Por que ocorre?

Vou viajar e ficarei menstruada nessa época, o que faço?

Referência

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO