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Dúvidas sobre Anticoncepcional Injetável
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Neste artigo, estão as dúvidas sobre mais frequentes sobre anticoncepcional injetável, ouvidas pelos médicos nos consultórios.

1) É possível engravidar tomando anticoncepcional injetável?

Não. É praticamente impossível engravidar tomando anticoncepcional injetável, de forma correta. Se fizer a aplicação no dia recomendado pelo médico, a chance de engravidar é menor do que 0,5%.

2) Quando tomar a segunda dose?

A segunda dose e as próximas doses, vão depender do seu anticoncepcional. Existem os medicamentos mensais e os trimestrais. No caso dos mensais, o anticoncepcional deve ser aplicado a cada 30 dias. Os anticoncepcionais trimestrais, devem ser aplicados a cada 90 dias, ambos são aplicados independente da menstruação.

3) Após a segunda dose já estou protegida?

Sim. Após a segunda dose já estará protegida.

4) Posso tomar injeção menstruada?

Sim, pode e deve tomar. A segunda dose e as doses subsequentes não devem ser baseadas na menstruação.

Os anticoncepcionais, orais ou injetáveis, tem como efeito colateral a irregularidade menstrual, por isso é comum nos primeiros meses, principalmente, que a menstruação atrase ou que venha mais de uma vez.

Portanto, é muito importante que siga exatamente a data recomendada para a aplicação, independente da menstruação, para que a eficácia da medicação seja mantida.

5) Qual é o dia certo para tomar a injeção de anticoncepcional a primeira vez?

Na maioria dos anticoncepcionais, é o primeiro dia da menstruação. Porém alguns tipos específicos, como por exemplo o Perlutan®, recomenda que a primeira dose seja feita entre o 7º e o 10º dia do ciclo.

O primeiro dia do ciclo é o primeiro dia da menstruação. Com o início da menstruação temos certeza de que não está grávida, o que permite de forma segura aplicar a injeção de anticoncepcional.

6) Comecei a tomar a injeção este mês, já estou protegida?

Depende. Algumas medicações garantem eficácia completa após 7 dias, outras após 15 ou 30 dias do início do seu uso, por isso o mais recomendado é que aguarde pelo menos os 30 dias, ou mantenha outro método contraceptivo durante todo o primeiro mês, por exemplo, fazer uso de camisinha.

A partir do segundo mês, seja qual for o medicamento em uso, estará protegida.

7) Estarei protegida o mês todo, não corro risco de engravidar?

Sim. A partir do segundo mês do uso do anticoncepcional, estará protegida durante todo o mês. Desde que seja feito o uso de maneira correta.

Os fabricantes comprovam a segurança e estimam que o risco de gravidez seja menor do que 0,5%, para a maioria das injeções disponíveis no mercado.

8) Se eu tiver relação sem proteção nos primeiros dias após começar a usar a injeção de anticoncepcional, posso engravidar?

Sim. Existe uma pequena chance de ficar grávida se tiver relação sem proteção, logo nos primeiros dias depois de tomar o anticoncepcional injetável.

A eficácia do medicamento varia de acordo com o fabricante, organismo da mulher, entre outros fatores, por isso recomendamos no primeiro mês fazer uso de mais um método contraceptivo, como o uso da camisinha.

A partir do segundo mês, tomando a medicação corretamente, estará protegida.

9) Uso anticoncepcional injetável trimestral, vou menstruar a cada 3 meses?

Não. Não existe regularidade na menstruação com o uso dos anticoncepcionais trimestrais. No início, pode menstruar mensalmente, mas com o passar dos meses ocorre ausência das menstruações, irregularidade menstrual ou até mesmo sangramentos entre o ciclo, chamado sangramento de "escape".

10) Uso anticoncepcional injetável e estou tendo menstruação (sangramento contínuo). O que pode ser?

Efeito colateral da medicação. Anticoncepcionais injetáveis podem causar irregularidade menstrual e sangramento vaginal contínuo. Normalmente, nesses casos, é importante uma reavaliação com o seu ginecologista, para ajuste de dose ou substituição da medicação.

O anticoncepcional oral de alta dosagem pode ser uma opção de tratamento. O fato de ter esse sangramento não indica gravidez nem falta de eficácia do medicamento, apenas um efeito colateral deste anticoncepcional.

Outros efeitos colaterais comuns são: náuseas, dores de cabeça, aumento de peso, inchaço, sensibilidade nas mamas e diminuição da libido. Vale ressaltar que não são todas as mulheres que desenvolvem os efeitos colaterais.

11) Esqueci de tomar no dia certo. Tem algum problema tomar atrasado?

Não tem problema, você pode tomar a medicação atrasada, porém lembre-se que nesses casos a eficácia pode ser menor durante esse mês.

Os anticoncepcionais injetáveis de uso mensal têm uma tolerância de 1 dia, no máximo 2 dias de segurança, enquanto os trimestrais têm uma tolerância um pouco maior, de até uma semana, para quem já faz uso há mais de 1 ano.

Sendo assim, e devido a grande variedade de medicamentos, o mais seguro é que pense neste mês como se fosse o primeiro mês de uso novamente.

Tome a medicação, mas faça uso de mais um contraceptivo, como a camisinha durante esse mês. A partir do próximo mês, tome no dia em que recomeçou e a eficácia da medicação já será completa.

Lembrando que o anticoncepcional protege a mulher, apenas de uma gravidez não programada. Para se proteger de doenças sexualmente transmissíveis, é preciso fazer uso de contraceptivo de barreira, como a camisinha, em todas as relações.

12) Parei de tomar o anticoncepcional injetável há vários meses e a menstruação não veio ainda. O que fazer?

Se parou de usar o anticoncepcional e mantém relações, deve fazer uso de outro contraceptivo para evitar uma gravidez não planejada. Se existe a chance de estar grávida, ou seja, manteve relação sem camisinha ou outro contraceptivo, o mais aconselhável é que faça um teste de gravidez, ou procure um atendimento médico.

No entanto, se não manteve relações sem proteção, o mais provável é que a ausência da menstruação seja ainda um efeito do anticoncepcional injetável que estava usando. Os anticoncepcionais injetáveis, especialmente os trimestrais (3 em 3 meses), podem causar amenorreia (falta de menstruação), por muitos meses após a última aplicação.

13) Quando vou conseguir engravidar após parar as injeções?

Pode engravidar desde o primeiro que interrompe a medicação. Essa resposta varia de acordo como o organismo de cada mulher.

Aspectos emocionais, alimentares, estilo de vida e até condições de saúde do pai, influenciam nessa resposta. Mas em relação à medicação, desde o momento que para o anticoncepcional, principalmente o mensal, o organismo volta de organizar e preparar o corpo da mulher para a ovulação e possível gravidez.

14) A pílula do dia seguinte pode cortar os efeitos da injeção de anticoncepcional?

Não. A pílula do dia seguinte também é um anticoncepcional e não interfere na ação dos outros anticoncepcionais.

Trata-se de um método de emergência para evitar a gravidez quando existe alguma falha no método contraceptivo usado. Por exemplo, quando está na primeira cartela, ou primeiro mês de uso de anticoncepcional injetável e houve relação sem outra proteção. Fora isso, não existe indicação de tomar pílula do dia seguinte com a injeção.

15) Quando será meu período fértil com o uso de anticoncepcional injetável?

Não existe período fértil quando se toma anticoncepcional. O anticoncepcional atua no organismo mantendo as taxas hormonais estáveis, impedindo assim que ocorra a ovulação, data que representa o período fértil.

O período fértil compreende a data provável da oculação, mais 3 dias antes e 3 dias após, um total de 7 dias (uma semana). Entretanto, para que ocorra a ovulação, é preciso haver um pico de hormônio, que a medicação não permite.

16) Tomei a injeção e no momento da aplicação ocorreu um refluxo do líquido. Corro risco de engravidar? Tenho que aplicar novamente?

Quase todas as injeções quando aplicadas tem um pequeno extravasamento do líquido. Esse pequeno refluxo não diminui a eficácia da injeção, por isso não há risco de gravidez e não deve tomar outra injeção.

Apenas certifique-se de que a pessoa que aplica é habilitada e está aplicando no local exato. E lembre-se que o primeiro mês não confere toda a eficácia estipulada pela medicação, apenas a partir do segundo mês de uso, com algumas exceções.

Porém, não sendo a primeira dose, e havendo uma perda significativa da dose, a própria profissional, sendo ela capacitada e da área da saúde, saberá te indicar que deve tomar cuidado durante esse mês. Mas nova dose não é indicada mesmo nessas situações.

17) Em vez de menstruação, desceu apenas uma "borra". Posso estar grávida ou isso é normal?

Sim, é normal. Quando se usa anticoncepcional, principalmente os injetáveis, a menstruação costuma ser diferente e pode sim mudar de um mês para outro. Mas se tomou sempre certo, o risco de gravidez é muito baixo, em torno de 0,4 a 1% apenas. O provável é que seja um sangramento de "escape".

18) Como trocar o anticoncepcional injetável?

Para trocar o anticoncepcional e não correr riscos de engravidar, é recomendado fazer uso de um método de barreira a mais, como a camisinha, nos primeiros 7 dias, ou durante o primeiro mês da troca, dependendo da medicação.

A maneira exata depende da medicação que está em uso e qual será a nova, o médico que prescreve deve esclarecer todas essas dúvidas. Em geral, na data da próxima injeção, deve aplicar a nova medicação.

19) Posso tomar qualquer anticoncepcional de primeira vez?

Não. Inclusive nem todas as mulheres podem tomar anticoncepcionais. Mulheres com alto risco de câncer de mama, história de câncer na família, ou risco para doenças tromboembólicas (AVC, infarto do coração e trombose na perna), também não deve fazer uso de anticoncepcionais hormonais.

Por isso, antes de inciar essa medicação, seja oral ou injetável, é precisar ser avaliada por um médico da família ou ginecologista.

20) Tomei o anticoncepcional atrasado (dias depois) e agora minha menstruação está atrasada, posso estar grávida?

Sim. O anticoncepcional injetável garante uma proteção de 1 ou 2 dias de atraso apenas, por isso, se a aplicação do remédio foi atrasada e houve relação sem outro meio de proteção, pode estar grávida e sendo assim, o mais recomendado é que faça um teste de gravidez para ter certeza.

No entanto, o uso regular de anticoncepcional, seja injetável ou oral, causa com frequência uma irregularidade menstrual. A diminuição do sangramento e a falta de menstruação (amenorreia), são efeitos colaterais comuns desses medicamentos.

De qualquer forma, antes de tomar a próxima dose, o mais seguro é realizar o teste de gravidez, de farmácia ou de sangue, para evitar problemas de malformação, caso esteja grávida.

Para maiores esclarecimentos, converse com o seu médico da família ou ginecologista.

Importante ainda, saber que nem todas as mulheres podem tomar anticoncepcionais, é preciso avaliar os riscos e benefícios de acordo com as condições de saúde e história familiar de doenças como a trombose.

Saiba mais sobre esse assunto no artigo:

Tive relações sem camisinha depois de 3 dias de tomar anticoncepcional injetável. É possível engravidar?

Tem problema em tomar a injeção 2 dias após a data?

Tomei injeção anticoncepcional e tive relação no outro dia. Corro o risco de engravidar?

Sangramento de escape pode ser considerado menstruação?

Referência

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Sinto dores abdominais do lado direito abaixo as costelas. Pode ser hepatite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor abdominal do lado direito, abaixo as costelas, pode ser hepatite, apesar de que no seu caso, os exames estão dentro da normalidade. Outra possível causa para as dores abdominais é a presença de cálculos (“pedras”) na vesícula biliar. Lesões na parte inferior do pulmão direito, no rim, nas costelas ou ainda em músculos também podem causar dor na porção superior direita do abdômen.

A hepatite nem sempre manifesta sintomas e, quando estão presentes, caracterizam-se por fadiga, falta de apetite, febre, náusea, vômitos, diarreia, clareamento das fezes, dor nas articulações, urina escura, dores abdominais, icterícia (pele e olhos amarelados), entre outros.

Se a hepatite durar mais de 6 meses, ela é considerada crônica. Nesses casos, a doença pode evoluir para cirrose hepática ou ainda câncer de fígado.

Há diversos tipos de hepatite e a gravidade dos sintomas varia muito de acordo com o tipo de hepatite. Algumas hepatites podem resolver-se espontaneamente em poucos dias ou necessitar de amplo tratamento. Há casos em que a hepatite não tem cura e o objetivo do tratamento é apenas controlar a evolução doença.

O que é hepatite?

A hepatite é uma inflamação do fígado, causada principalmente por vírus. A hepatite impede o fígado de exercer as suas diversas funções, como digestão, armazenamento de energia e eliminação de toxinas. A hepatite causa lesões no fígado que podem evoluir para cirrose hepática ou câncer de fígado.

A hepatite também pode ter como causas bactérias e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, medicações e algumas plantas. Há ainda hepatites autoimunes, em que o sistema imunológico da pessoa ataca as próprias células do fígado.

A hepatite, independentemente do tipo e da causa, precisa sempre de avaliação e acompanhamento médico adequado.

Qual é o tratamento para hepatite?

O tratamento da hepatite aguda é feito com repouso e dieta adequada. O objetivo do tratamento é permitir a recuperação do fígado. Nos casos mais graves de hepatite e na hepatite crônica, o tratamento é feito com medicamentos específicos que controlam a multiplicação do vírus e diminuem as lesões causadas ao órgão.

Dor abdominal do lado direito pode ser pedra na vesícula?

Sim. Além do fígado, a vesícula biliar é outra causa comum de dor no lado superior direito do abdômen, principalmente quando há pedra na vesícula. As pedras na vesícula são formadas por sucos digestivos endurecidos que se depositam na vesícula biliar.

Nesse caso, a dor abdominal é na realidade uma cólica biliar, provocada pela obstrução da vesícula por uma ou mais pedras.

Como se formam as pedras na vesícula?

A vesícula biliar é uma pequena bolsa que se localiza abaixo do fígado, do lado superior direito do abdômen, abaixo das costelas.

Dentro da vesícula biliar está a bílis, produzida pela fígado. Ao se contrair, a vesícula “injeta” a bílis para dentro do intestino para atuar na digestão das gorduras.

Porém, quando está muito concentrada, a bílis pode cristalizar, dando origem aos cálculos (pedras) biliares. A maioria das pedras na vesícula são constituídas por colesterol e se formam quando a concentração de colesterol na bílis está muito alta ou quando a vesícula biliar não se esvazia de forma adequada.

Quais são os sintomas de pedra na vesícula?

A grande maioria das pessoas que têm pedra na vesícula biliar não manifesta sintomas. Quando presentes, a principal manifestação é a dor abdominal do lado direito, embaixo das costelas. A dor pode irradiar para o lado esquerdo do abdômen, para as costas, para o tórax ou se difundir para todo o abdômen.

A dor abdominal pode durar minutos ou horas e surge subitamente, podendo durar minutos ou horas. Em alguns casos, a pessoa pode apresentar também náuseas, vômitos, aumento da transpiração e palidez.

Se a obstrução permanecer por muito tempo, a vesícula inflama e surge a colecistite. Além de cólica biliar, que surge após a ingestão de alimentos gordurosos, a colecistite causa febre e vômitos.

Se não provocar sintomas, os cálculos biliares podem não necessitar propriamente de um tratamento, exceto em casos específicos. Porém, se houver sintomas como dor abdominal (cólica biliar) ou outras complicações, é necessário fazer uma cirurgia para retirar a vesícula biliar.

Consulte um/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família se a dor abdominal for muito intensa, durar horas ou dias, ou ainda se vier acompanhada de vômitos, febre ou outros sintomas.

Para saber mais sobre dor na barriga, você pode ler:

Dor do lado direito da barriga: o que pode ser?

Dor abdominal: diferentes lados e suas causas

Dor no estômago e dor nas costas, o que pode ser?

Referências

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Vontade de urinar toda hora, o que pode ser e o que posso fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A vontade de urinar a toda hora pode decorrer de uma série de motivos e nem sempre é sinal de doença. Diversas condições, patológicas ou não, podem provocar um aumento da produção de urina ou irritações na bexiga que deixam a pessoa com uma vontade constante de urinar.

1. Diabetes

Na diabetes, o aumento do açúcar no sangue, leva a um aumento também na absorção de água, resultando na maior produção de urina. A doença desencadeia ainda outros sintomas, como sede excessiva e maior vontade de comer.

Portanto, podemos dizer que os sintomas que sugerem a diabetes são:

  • Poliúria (maior volume de urina),
  • Polidipsia (aumento da sede),
  • Polifagia (aumento do apetite),
  • Emagrecimento (sem causa aparente).

Na suspeita de diabetes, especialmente se houver familiares com esta doença, procure um endocrinologista para confirmar esse diagnóstico e iniciar o devido tratamento.

2. Cistite (infecção urinária)

A cistite (infecção urinária) é a principal causa de aumento da vontade de fazer xixi na população geral. A infecção leva a uma irritação na parede da bexiga e desenvolve os sintomas:

  • Vontade de urinar várias vezes ao dia,
  • Urgência para urinar,
  • Urinar em pequenas quantidades,
  • Ardência ao urinar,
  • Coceira,
  • Dor no "pé da barriga" (região abaixo do umbigo).

Mais raramente pode haver ainda febre e confusão mental. Esses sintomas são mais comuns em pessoas idosas, diabéticas ou com imunidade baixa e indica maior risco de complicações.

Na suspeita de infecção urinária, procure imediatamente um médico clínico geral, médico da família ou urologista, para iniciar quanto antes o tratamento com antibióticos.

A infecção urinária não tratada pode evoluir com pielonefrite (infecção renal) e infecção generalizada (sepse urinária).

3. Doenças na próstata

A próstata é uma pequena glândula localizada abaixo da bexiga e junto a uretra. Por isso, quando acontece um aumento dessa glândula, ela comprime a uretra impedindo a passagem normal do fluxo de urina. Ela pode aumentar seja por inflamação (prostatite) ou presença de um tumor (hiperplasia ou câncer). Com isso, a bexiga não consegue esvaziar completamente, aumentando a necessidade de urinar e outros sintomas, como:

  • Maior frequência na micção,
  • Urinar em pouca quantidade, em cada micção,
  • Pode haver dor, dependendo da compressão na uretra,
  • Pode haver sangue na urina, nos casos mais avançados.

Na suspeita de problemas de próstata, é preciso procurar o urologista, para confirmar o diagnóstico. Após o diagnóstico, o médico poderá definir o melhor tratamento, na maioria das vezes existe a indicação de ressecção cirúrgica da próstata.

4. Gravidez

Durante a gravidez, é normal o aumento do volume de sangue e aumento das taxas hormonais. Isso causam um aumento do volume de urina, sendo preciso urinar mais vezes durante o dia.

Além disso, no terceiro trimestre, com o crescimento do bebê, o espaço se torna menor. A bexiga passa a ser comprimida, reduzindo a sua capacidade de armazenamento de urina. Isso aumenta ainda mais a necessidade de urinar da gestante. Os sintomas são de:

  • Aumento na frequência urinária,
  • Aumento do volume de urina em cada micção,
  • Urgência para urinar.

Neste caso, não é preciso nenhum tratamento ou preocupação, trata-se de uma adaptação natural do organismo da gestante, para permitir o desenvolvimento saudável do bebê.

No entanto, se junto a maior frequência de urina, surgir sintomas de ardência, coceira, sangramento ou febre, é preciso procurar imediatamente atendimento médico. A infecção urinária durante uma gestação pode causas graves problemas.

5. Uso de medicamentos

O uso de medicamentos diuréticos, é outra causa bastante comum de aumento na vontade de urinar. Algumas vezes é preciso correr ou usar um absorvente, para passar mais tempo na rua, em segurança. Os sintomas são de:

  • Urgência para urinar,
  • Maior volume de urina,
  • Sintomas relacionados ao início de um medicamento diurético, ou ajuste de dose.

Neste caso, é preciso conversar com o seu médico de família ou cardiologista, para avaliar os benefícios e qualidade de vida. Se houver comprometimento no seu dia a dia e/ou constrangimentos, pode ser avaliada a troca da medicação, sem prejudicar o seu tratamento.

6. Ansiedade

Na crise de ansiedade, são liberados neurotransmissores, que dentre outras ações, aumentam a contração involuntária da bexiga e a vontade de urinar. Os sintomas que sugerem os diversos tipos de ansiedade são:

  • Preocupação excessiva,
  • Palpitação,
  • Suor frio,
  • Dor no peito,
  • Vontade de fazer urinar várias vezes durante o dia.

Nos casos de ansiedade, o tratamento deve ser multidisciplinar, com medicamentos, psicoterapia e atividade física, um conjunto que permite alcançar a cura dessa doença, na grande maioria das vezes.

7. Síndrome da bexiga hiperativa

A Síndrome da Bexiga Hiperativa afeta tanto homens como mulheres e é mais encontrada em pessoas brancas, portadores de diabetes. Trata-se de uma alteração no funcionamento da bexiga que provoca contrações involuntárias no órgão, causando vontade constante e urgente de urinar. Os sintomas clássicos desta síndrome são:

  • Urgência para urinar,
  • Aumento de frequência de micção,
  • Noctúria (incontinência urinária noturna),
  • Incontinência de urgência.

Pessoas com essa Síndrome têm mais de 8 micções ao longo do dia e da noite, inclusive após dormir. A urgência urinária, ou seja, a necessidade de urinar logo que se tenha vontade, é o sintoma característico.

O tratamento deve ser realizado pelo urologista. Ele inicialmente orienta quanto a comportamentos que podem ajudar:

  • Treinamento vesical(estratégias para tentar controlar os músculos dessa região)
  • Controle da ingesta hídrica por dia

Quando não for suficiente, poderá incluir o uso de medicamentos e procedimentos cirúrgicos.

Segurar o xixi faz mal?

Sim. O hábito de prender a urina aumenta o risco de desenvolver doenças como a infecção urinária e a incontinência urinária.

O ato de fazer xixi é uma das defesas do nosso corpo. Na urina são eliminados todos os germes, bactérias e substâncias tóxicas para o organismo, que foram filtradas pelos rins.

Quando seguramos o xixi, mantemos a urina por mais tempo na bexiga, expondo o trato urinário a proliferação dessas bactérias e risco de uma infecção urinária.

Além disso, reter a urina por mais tempo do que o necessário sobrecarrega a bexiga, prejudicando a sua elasticidade e função do esfincter. Isso pode resultar na perda do controle da urina e incontinência urinária.

Portanto, para evitar essas complicações, procure ir com frequência ao banheiro, e beber pelo menos 1litro e meio de água por dia, de modo a auxiliar a filtração renal e limpeza do trato urinário.

É normal ter vontade de urinar a noite?

Sim, é normal desde que mantenha o volume considerado normal, e desde que não interfira nos hábitos de sono.

A vontade de urinar durante a noite, alterando a qualidade de sono e/ou com volume e frequência aumentados é chamado noctúria. Pode ter as mesmas causas da poliúria (aumento do volume de urina) e da polaciúria (aumento na frequência de urinar).

A poliúria é definida por um volume de urina maior do que 3 litros por dia, para o adulto e maior de 2litros por metro quadrado, na criança. Polaciúria, número excessivo de micções em 24h, é caracterizado pela frequência acima de 6 vezes por dia para um adulto, e mais de 12 micções por dia para as crianças.

Em caso de vontade de urinar a toda hora, consulte um clínico geral, médico de família, ou um urologista para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Veja também:

Referências:

SBN — Sociedade Brasileira de Nefrologia

SBU - Sociedade Brasileira de Urologia / Portal da Urologia

UpToDate - Daniel G Bichet, et al. Evaluation of patients with polyuria. Sep 27, 2019.

Dor e caroço no local da injeção: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A ocorrência de dor e caroço no local de injeção intramuscular é relativamente comum sendo considerada uma complicação deste procedimento.

Essas complicações podem ocorrer tanto no braço, quanto nos glúteos, que são os locais em que mais comumente se aplica injeções.

Na maioria dos casos, esses sintomas melhoram com o decorrer do tempo e medidas simples com aplicação de calor ou frio, e massagens no local ajudam a aliviar.

A reação adversa mais relatada é a dor no local da injeção, podem ainda ocorrer, inchaço e formação de nódulo no local.

Por que ocorre dor e forma-se caroço no local da injeção?

Esta ocorre porque a pele e tecido subcutâneo são ricamente inervados e os receptores da dor são estimulados pela agulha, quando penetra e disseca o tecido conectivo.

O músculo é menos inervado, mas a infusão de solução pode ser muito dolorosa, pela irritação devida à própria solução e ao pH. A injeção de penicilina benzatina, por exemplo, é aplicada no glúteo e por conter uma formulações que contém microcristais costuma causar dor.

Após a aplicação da injeção também pode ocorrer a formação de hematomas ou escurecimento da área onde foi aplicada a injeção. A pigmentação da pele e hemorragia ocorrem por extravasamento de sangue após lesão de capilares e vasos.

Quando a limpeza e assepsia do local da injeção não foi feito corretamento pode levar a infecção no local da picada da agulha, que pode evoluir para a formação de abcessos.

O que fazer se tiver dor ou caroço no local da injeção?

Usualmente medidas locais são suficientes para aliviar a dor ou desfazer o inchaço ou caroço que se forma no local de aplicação da injeção. As principais medidas a serem tomadas são:

Aplicação de calor local

Pode-se aplicar compressas quentes no local onde foi aplicada a injeção. O calor alivia a dor da injeção e promove uma melhor e mais rápida distribuição do medicamento que foi aplicado.

Aplicação de compressa fria

Embora a compressa quente ajude a aliviar a dor, a aplicação de frio ajuda a reduzir o inchaço. Portanto, caso o que esteja incomodando mais seja o inchaço e vermelhidão no local de aplicação, a compressa fria pode ser utilizada ao invés da compressa quente.

Massagem com movimentos circulares

Realizar pequenos movimentos suaves na região onde apresenta inchaço pode facilitar a drenagem de líquido acumulado e também ajuda no controle da dor.

Uso de analgésicos simples

O uso de analgésicos simples como paracetamol e dipirona pode ser útil para casos de dores moderadas e mais persistentes.

Na maioria dos casos essas medidas são suficientes para aliviar a dor e desfazer o inchaço ou nódulos que tenham surgido no local da injeção.

No entanto, caso não haja melhora ou apresente sinais de infecção no local da injeção como saída de pus, vermelhidão, inchaço e dor intensa, ou ainda outros sintomas como febre, consulte um médico para uma avaliação.

Principais complicações das injeções intramusculares

Além da dor e de nódulos, outras complicações das injeções intramusculares podem ocorrer, como:

  • Diminuição da sensibilidade do membro;
  • Formação de abscesso;
  • Infarto e necrose local;
  • Atrofia da pele e tecido adiposo;
  • Contratura muscular;
  • Fibrose tecidual;
  • Hematoma;
  • Lesão do nervo ciático, quando a injeção é aplicada no glúteo.
O que pode causar complicações no local da injeção?

A ocorrência de complicações depende de alguns fatores, como:

  • Tipo de medicação introduzida: pode ser irritante, estar diluída em solvente oleoso ou de absorção lenta, ou apresentar alta concentração;
  • Volume injetado incompatível com a estrutura do músculo: volumes maiores precisam ser aplicados em músculos que suportem a quantidade de medicamento injetado, caso contrário pode causar dor e inflamação;
  • Escolha inadequada da agulha e da seringa;
  • Desconhecimento pelos profissionais da anatomia e farmacologia, bem como falta de prática e habilidade;
  • Múltiplas injeções em um só local.

Se você apresentar complicações após injeção intramuscular, deverá procurar o serviço de saúde em que foi aplicada para maiores orientações.

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Referência

Ministério da Saúde. Programa Nacional de Imunizações — PNI.

Formigamento nas mãos, o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A sensação de formigamento nas mãos pode ser causada por diversas doenças ou condições, como:

  • Compressão dos nervos mediano ou ulnar
  • Má circulação sanguínea
  • Acidente vascular cerebral (AVC) - "derrame"
  • Ansiedade e depressão
  • Doenças da coluna cervical - Hérnia de disco
  • Siringomielia
  • Síndrome do desfiladeiro torácico
  • Tumor
  • Artrite reumatoide
  • Neurite, polineurites
  • Hanseníase
  • Obesidade
  • Infecções
  • Esclerose múltipla
  • Gravidez
  • Efeitos colaterais de medicamentos.
Compressão de nervo

Uma das causas mais comuns de formigamento nas mãos é pela compressão do nervo mediano ou nervo ulnar, responsáveis pela inervação da mão. O uso excessivo das mãos, como trabalhos manuais, digitação, entre outras, é uma causa comum. A compressão prolongada da região, por exemplo quando adormecemos por cima do braço ou da mão, também podem causar esse sintoma.

O tratamento varia de acordo com a causa, se for um sintoma passageiro, como devido a compressão prolongada, a melhora é espontânea aliviando a pressão.

Quando a causa for uma compressão fixa, por uso contínuo, levando a chamada Síndrome do túnel do carpo, pode ser tratada com fisioterapia ou cirurgia.

Síndrome do túnel do carpo

Entre as doenças relacionadas à compressão de nervos, a mais conhecida é a síndrome do túnel do carpo, que acontece principalmente em mulheres por volta dos 40 anos de idade, mas pode aparecer também em homens e pessoas mais jovens. Está relacionada à compressão dos nervos do punho.

Essa compressão pode aparecer por inchaço do punho, que pode ocorrer no período da menopausa, durante a gravidez, no hipotireoidismo ou por consequência de traumas (pancadas) ou compressão na região.

Compressão do nervo ulnar

O nervo ulnar é responsável pela inervação da face medial da mão. O nervo segue o trajeto do osso ulnar do antebraço. Esse nervo é bem superficial na região do cotovelo, sendo ele o responsável pela sensação de "choque" ao bater com o cotovelo.

O formigamento e a dormência nas mãos também podem surgir ao ficar apoiado sobre o cotovelo fletido. Nesses casos, o formigamento costuma ocorrer nos dedos mínimo ou anelar.

LER - Lesão por esforços repetitivos

A compressão causada por esforços repetitivos é muito frequente, em especial nas pessoas que utilizam demais os dedos para trabalhar, como por exemplo quem trabalha com computador e pianistas.

Má circulação sanguínea

Com relação à alteração da circulação, doenças como hipertensão, diabetes e outras doenças crônicas, costumam causar inflamação nos vasos, a vasculite, podendo levar ao sintoma.

A diminuição do fluxo sanguíneo no local pode causar formigamento, dor, mudança na cor dos dedos, que ficam mais pálidos devido à diminuição da irrigação sanguínea.

AVC - Acidente Vascular Cerebral (“derrame”)

Formigamentos de início súbito, especialmente quando associados a outros sintomas também de início súbito, como dor no peito, fraqueza, alterações visuais, alterações da fala, alterações de comportamento, dificuldade para andar, desmaio entre outros, pode ser sinal de infarto ou AVC (derrame). Nesse caso, um pronto-socorro deve ser procurado imediatamente.

Ansiedade e Depressão

Durante as crises de ansiedade e depressão, neurotransmissores são liberados, levando a diversos sintomas adrenérgicos, sendo um deles o formigamento nas mãos, na face, entre outras localizações.

Doença na coluna cervical - Hérnia de disco

Outra situação de compressão nervosa não relacionada ao túnel do carpo é a hérnia de disco. Nesse caso, a raiz do nervo, que é localizada na coluna vertebral, acaba sendo "beliscada" pelos ossos vertebrais toda vez que o indivíduo vira o pescoço ou fica em determinada posição. Esse "beliscão" pode ser sentido como um formigamento intenso e súbito, que melhora quando o corpo volta à posição anterior.

O pinçamento da raiz nervosa também pode ocorrer em casos de bico-de-papagaio e tensão muscular.

Doenças inflamatórias e medicamentos

Doenças inflamatórias crônicas como a artrite reumatoide e o uso de alguns medicamentos também podem favorecer ao aparecimento desse sintoma.

O que fazer em caso de formigamento nas mãos?

Para tratar o formigamento nas mãos, é necessário identificar a causa, que, na maioria dos casos, é provocada por compressão nervosa. O tratamento nesses casos pode ser feito através de cirurgia para aliviar a pressão no nervo, além de medicamentos anti-inflamatórios. A fisioterapia pode ser indicada em alguns casos.

Se o formigamento for causado por tensão muscular, bico de papagaio ou hérnia de disco, o formigamento pode ser aliviado com exercícios de alongamento para o pescoço. Ao alongar a musculatura cervical, a pressão sobre os discos intervertebrais diminui, aliviando a compressão da raiz nervosa e, consequentemente, o formigamento.

Alongamento para formigamento nas mãos Exercício 1

1. Na posição sentada ou em pé, puxe a cabeça para o lado com uma das mãos, tentando encostar a orelha no ombro; 2. Mantenha a posição por 30 segundos; 3. Repita o mesmo movimento do lado oposto; 4. Repita os alongamentos até completar 3 séries (3 vezes de cada lado).

Exercício 2

1. Na posição sentada ou em pé, entrelace os dedos atrás da nuca e puxe a cabeça para frente, até encostar o queixo no peito; 2. Mantenha a posição por 30 segundos; 3. Repita o alongamento por 3 vezes.

Em todo caso, para ter o diagnóstico mais preciso em cada situação, é fundamental procurar um/a médico/a da família ou clínico/a geral para definir o tipo de tratamento mais adequado.

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Estou com um caroço nos grandes lábios da vagina: o que pode ser e qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Caroço nos grandes lábios da vagina pode ser característico de diferentes condições, como:

  • Foliculite;
  • Verrugas genitais causadas por HPV
  • Cisto sebáceo e outro tipos de cistos;
  • Lipoma;
  • Bartolinite.
Foliculite

Nódulos e caroços pequenos na região dos grandes lábios próximo aos pelos pode ser decorrente de uma foliculite, que é a inflamação da base do pelo. A foliculite pode desencadear a formação de pequenos carocinhos, que coçam, são um pouco dolorosos em toda a região da vulva.

A foliculite nessa região é algo comum, devido aos diferentes métodos de depilação que podem provocar irritação e inflamação na pele.

A foliculite pode infectar, levar a proliferação de bactérias e evoluir para a formação de furúnculos, nessa situação pode ser necessário o uso de antibióticos e drenagem do pus que fica acumulado.

Verrugas genitais

A verrugas genitais são causadas pelo vírus do HPV e são transmitidas através do contato sexual pele a pele. Podem aparecer como nódulos únicos ou múltiplos em qualquer área da vulva ou vagina.

O tratamento é a excisão da verruga através da aplicação de ácidos, cauterização, congelação ou retirada cirúrgica.

Cistos ou lipomas

Pequenos cistos também podem aparecer como caroços na região externa dos grandes lábios. Existem diferentes tipos de cistos, um dos mais comuns é o cisto sebáceo, que é um cisto causado pela obstrução das glândulas sebáceas presentes na pele.

Se o cisto inflama é possível haver ainda dor e desconforto, no entanto, é mais comum que os cistos sejam indolores e não causem outros sintomas.

Um outro tipo de nódulos que também podem aparecer na região genital são os lipomas, que são nódulos de gordura.

O tratamento de cistos ou lipomas é feito através de sua retirada por um pequeno procedimento cirúrgico.

Bartolinite

A causa mais comum de caroço de grandes dimensões na região da vulva é a inflamação da glândula de Bartholin, também chamada de bartolinite, que ocorre geralmente após a obstrução desta glândula.

A bartolinite, geralmente, ocorre em apenas um lado dos grandes lábios, pode causar o aparecimento de um pequeno cisto na entrada da vagina, que cresce e aumenta de tamanho com o decorrer do tempo.

Este caroço não se localiza exatamente nos grandes lábios, mas sim na entrada da vagina, no entanto, como costuma crescer rapidamente pode passar a impressão que são caroços dos grandes lábios

A obstrução da glândula de Bartholin causa a formação de um nódulo que é indolor, mas a medida em que cresce gera desconforto para andar, sentar ou durante a relação sexual. Em alguns casos, a bartolinite pode melhorar espontaneamente, sem necessidade de tratamento específico.

Entretanto, caso ocorra a infecção da glândula de Bartholin o nódulo passa a apresentar dor intensa, com presença de pus, vermelhidão e inchaço. Nessas situações, é necessária a drenagem para que o pus saia e alivie a dor, juntamente com o uso de antibiótico.

Se o caroço não regredir em alguns dias e vir acompanhado desses sintomas, a mulher deve procurar o ginecologista, clínico geral ou médico de família para o diagnóstico e tratamento adequados.

Leia também:

Referência bibliográfica

Febrasgo. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Bartholin gland masses: Diagnosis and management. Uptodate.

Sangramento após tomar pílula do dia seguinte é normal? Por que ocorre?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Pode haver pequenos sangramentos e irregularidade menstrual após tomar a pílula do dia seguinte e ocorrem porque a pílula do dia seguinte contém hormônios em altas dosagens, que podem fazer o endométrio descamar, levando a sangramento.

O sangramento pode assumir várias formas: pode ser como uma menstruação normal ou pode diferente (pouco e claro ou pouco e tipo borra de café, ou pode até ter um sangramento forte como uma hemorragia).

É importante lembrar que a eficácia da pílula do dia seguinte é inferior à do anticoncepcional comum. Sendo assim, o fato de ter tido o sangramento não significa que não há possibilidade de gravidez, embora a chance seja pequena.

Tive sangramento 7 dias após tomar a pílula do dia seguinte, o que significa?

Geralmente, um sangramento pode ocorrer após 15 dias da ingestão da pílula do dia seguinte. Portanto, se você teve um sangramento 7 dias após tomar a pílula, ele é considerado normal e esperado devido à variação hormonal provocada pelo hormônio.

Sangramento após o uso da pílula do dia seguinte aumenta a sua eficácia?

A eficácia da pílula do dia seguinte independe da presença ou ausência de sangramento. Contudo, se após tomar a pílula, sua menstruação atrasar por mais de duas semanas da data esperada, é necessário realizar um exame de gravidez.

É importante lembrar que o uso da pílula não previne doenças sexualmente transmissíveis. Use o preservativo em todas as relações sexuais.

Para saber mais sobre a pílula do dia seguinte, você pode ler:

Referência:

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

O que faz a mulher menstruar duas vezes no mesmo mês?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A mulher pode menstruar duas vezes no mesmo mês quando ela possui um ciclo menstrual curto. Sendo assim, o intervalo entre uma menstruação e outra é menor de 28 dias e, ocasionalmente pode coincidir de duas menstruações ocorrerem no mesmo mês, o que pode ser considerado normal.

Menstruar duas vezes no mesmo mês não é necessariamente sinal de problema ou doença. Anticoncepcionais, alterações hormonais e estresse são as principais causas.

Alguns fatores podem fazer a menstruação descer duas vezes no mesmo mês são:

  • Estresse e alterações emocionais;
  • Miomas, câncer, ovários policísticos, cisto no ovário;
  • Uso de medicamentos, como anticoncepcionais;
  • Alterações hormonais e emocionais;
  • Cirurgia no ovário;
  • Laqueadura.

O uso de anticoncepcional injetável pode ocasionar sangramentos de escape ao longo do ciclo menstrual. Mesmo assim, a mulher deve continuar o uso normal da medicação, devendo tomar a injeção na data programada.

Do mesmo modo, se você está usando anticoncepcional oral e, mesmo assim, sua menstruação está vindo duas vezes ao mês (sangramento de escape), observe se você esqueceu de tomar a pílula alguns dias. É também possível que a dosagem do tipo de pílula que você está usando não seja adequada ao seu organismo e precisa ser reavaliada pelo ginecologista.

Se você fica menstruada duas vezes ao mês com alguma frequência, consulte seu médico de família, clínico geral ou ginecologista para avaliação do seu estado de saúde, bem como ponderar uma possível troca de método contraceptivo, caso esses sangramentos de escape estejam causando desconforto.

Se você se interessa por este assunto, pode ler:

Menstruação veio duas vezes no mês: posso estar grávida?

Sangramento de escape pode ser considerado menstruação?

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.