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Como saber se estou abortando ou menstruando?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Quando ocorre um atraso menstrual e se suspeita de uma possível gravidez, após alguns dias pode vir um sangramento. Muitas mulheres podem ter dúvida se este sangramento após o período de atraso é a própria menstruação ou é ocasionado por um aborto espontâneo, de uma gravidez inicial não diagnosticada.

Para conseguir fazer a diferenciação entre menstruação e aborto, precisamos observar algumas características do sangramento e do contexto:

1º Avalie o seu risco de gravidez

Primeiramente, para saber se o seu sangramento é decorrente da menstruação ou do aborto analise se é possível você ter estado grávida. Isso só é possível caso tenha tido relação sexual, com penetração vaginal, desprotegida, ou seja, sem usar nenhum método contraceptivo, nem camisinha.

2º Observe os seus sintomas anteriores e atuais

Observe outros sintomas existentes. Avalie se você teve nos últimos dias outros sintomas sugestivos de gravidez, como náusea, enjoo, sensibilidade mamária ou sensação de inchaço. Caso você tenha tido um aborto eles tendem a aliviar e sumir rapidamente, logo após o abortamento.

3º Observe o seu sangramento

Por fim, observe as característica do sangramento. Um aborto muito precoce de fato pode apresentar características muito semelhantes a da menstruação, como presença de sangramento moderado a intenso e cólicas menstruais. Quanto mais tardio o aborto maior a diferença com a menstruação.

Características da menstruação

A menstruação pode variar de período para período e de pessoa para pessoa, mas costuma apresenta um sangramento que pode variar de vermelho claro a vermelho«escuro, algumas mulheres podem apresentar a formação de coágulos. Também é comum a ocorrência de cólicas menstruais.

Sinais e sintomas do aborto

O aborto pode apresentar as mesmas características da menstruação como sangramento de cor vermelho vivo ou vermelho escuro, cólicas menstruais e presença de coágulos.

A diferença é que caso seja um aborto um pouco mais avançado restos embrionários também podem ser visualizados. As cólicas menstruais também podem ser mais fortes, já que correspondem a contrações uterinas mais intensas.

Quando ocorre um aborto pode-se também sentir uma sensação de mal-estar ou fraqueza, que comumente não ocorre na menstruação.

Além disso o aborto pode levar a complicações, em alguns casos levando ao desenvolvimento de quadros infecciosos, nesse caso pode haver febre e mal-estar.

Leia mais sobre sintomas do aborto em: Quais são os sintomas do aborto

Na presença de sintomas sugestivos de aborto procure um serviço de atendimento médico imediatamente.

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O que é bom para dor de barriga?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para aliviar a dor de barriga, é preciso manter-se bem hidratado, comer de forma saudável, sem restrições e, se for preciso, tomar medicamentos para aliviar os sintomas.

Não é preciso fazer jejum ou restrições alimentares, a alimentação é fundamental para aumentar as defesas do organismo.

As medicações antidiarreicas nem sempre são indicadas, porque no caso de infecção intestinal, a diarreia é uma forma de defesa do nosso organismo, pois elimina os germes através das fezes.

Hidratar-se bem e manter uma alimentação saudável

Aumentar o consumo de água, especialmente se apresentar diarreia líquida. Em média 2 litros de água por dia é o ideal para ajudar o organismo no equilíbrio entre os sais minerais e a água que circula no corpo, e manter a hidratação.

A tolerância de água depende das condições de saúde de cada um. Pessoas mais idosas, portadores de problemas renais ou cardíacos, devem beber um pouco menos de água, seguindo as orientações do médico que o acompanha.

Mantenha a dieta mais próxima do seu habitual, evite apenas comidas gordurosas ou aquelas com grande quantidade de açúcar.

Remédios para aliviar a dor de barriga e diarreia 1. Imosec® para diarreia sem sinal de infecção

O Imosec® e similares, como (Diasec®, Diafuran®, Enterosec®, Magnostase®), são medicamentos antidiarreicos, a base de cloridrato de loperamida, na forma de comprimidos de 2 mg. São indicados para episódios de diarreia sem sinal de infecção, como febre, sangue ou muco nas fezes.

Essas medicações reduzem a motilidade intestinal, mas não resolve a causa da diarreia, por isso nem sempre são necessários ou indicados, no tratamento.

Crianças abaixo de 5 anos de idade não podem usar essa medicação. Para crianças maiores e adultos, as doses são definidas após avaliação médica, e não deve ultrapassar uma semana de tratamento.

O efeito colateral mais comum é a constipação, e mais raramente, urticária e reações dermatológicas.

Todos estes medicamentos podem agravar o quadro de diarreia se não forem utilizados rigorosamente conforme a recomendação médica.

2. Tiorfan® para diarreia sem sinal de infecção

Medicamento também indicado para casos de diarreia sem sinal de infecção, em forma de cápsula de 100 mg. Apresenta formulações para crianças menores, com a devida orientação do pediatra. Não recomendado para gestantes ou pessoas com intolerância a açúcar.

A medicação deve ser usada, por no máximo 7 dias, para evitar efeitos colaterais como a constipação, náuseas e dores de cabeça.

Tiorfan® somente deve ser administrado sob orientação médica. O uso indiscriminado deste medicamento pode piorar a diarreia.

3. Buscopan simples® e Buscopan composto® para o alívio rápido das cólicas

Buscopan® é composto de escopolamina, uma medicação que diminui a motilidade intestinal, com o rápido alívio das cólicas. O Buscopan composto®, além da ação antiespasmódica também possui ação analgésica, devido a dipirona na sua fórmula.

A medicação possui poucos efeitos colaterais, no entanto, pessoas com tendência a pressão baixa, podem sentir mal-estar, fraqueza e sudorese. Neste caso, é preferível usar buscopan simples®, sem a dipirona.

4. Luftal® para o alívio dos gases intestinais

O excesso de gases está sem dúvida entre as causas mais frequentes de dores de barriga, associada ou não a quadros de diarreia. Esses medicamentos ajudam na eliminação e ou absorção dos gases intestinais e alívio da dor e sensação de "inchaço" na barriga.

São medicamentos que não precisam de receita para a sua compra, porém devem ser usados conforme orientação médica. Raramente são descritos efeitos colaterais para essas medicações.

5. Floratil® para equilíbrio da flora intestinal

Os probióticos constituem um grupo de medicamentos compostos com bactérias benéficas, que repõem a flora natural do intestino, auxiliando na defesa do organismo e na redução dos sintomas de dor e diarreia.

6. Plasil®, Digesan®, Ondansetrona® para aliviar os sintomas de náuseas e vômitos

No caso de náuseas ou vômitos, pode incluir uma medicação anti-emética, como plasil®, digesan® ou ondansetrona®. As medicações além de promover alívio dos sintomas, impede desidratação e dificuldade para se alimentar.

As dosagens devem ser definidas individualmente após avaliação médica.

7. Antibióticos nos casos suspeitos de infecção

Os antibióticos são usados para os casos de diarreia com sinal de infecção, como a diarreia com sangue, muco, presença de febre e queda do estado geral.

Pessoas com imunidade baixa ou crianças com sinal de desidratação, devem ser observadas com mais cuidado, pois não apresentam o quadro típico de infecção.

Sempre que possível, é recomendado fazer a coleta de amostra de fezes para realização de coprocultura e antibiograma.

Dependendo de histórico de alergias e uso regular de outros medicamentos, podem ser prescritos os seguintes antibióticos: Ciprofloxacina®, Azitromicina, Metronidazol e mais recentemente, foi observado na população do Brasil, uma resistência ao antibiótico Bactrim® F®, por isso não está mais entre as primeiras opções para esse tratamento.

Quando procurar um médico?

Na presença de fezes com sangue, vômitos e febre, procure um serviço de saúde para avaliação e tratamento. Sendo confirmada uma infecção, é preciso iniciar antibioticoterapia.

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Referências:

  • Ministério da Saúde
  • FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia
Anticoncepcionais para acne: quais são e quando podem ser usados
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os anticoncepcionais hormonais orais podem estar indicados para o tratamento de acne e espinhas em algumas situações, por exemplo, quando a acne é causada por algum desbalanço hormonal.

Quase todos os anticoncepcionais podem trazer algum benefício pra pele, exceto aqueles que contém progesteronas androgênicas, os demais costumam reduzir a acne e a oleosidade por conta da ação do estrógeno, um dos hormônio presente na composição da pílula. Mas o efeito pode ser reforçado se estiver presente também uma progesterona com ação anti-androgênica.

Os androgênios são hormônios que favorecem a formação de acne, aumentam a oleosidade da pele e dos cabelos, e favorecem a pilificação do corpo. Por isso, se a pílula contém um progestógeno que interfere na ação dos androgênios, a tendência é haver um efeito positivo na acne, com a sua redução.

Quais pílulas melhoram a acne?

Os melhores anticoncepcionais para tratar espinha e acne são aqueles que contém progestógenos com atividade anti-androgênica, ou seja, são anticoncepcionais que devem conter na sua composição algum dos seguintes componentes:

Acetato de ciproterona
  • Diane 35;
  • Selene;
  • Diclin.
Acetato de clormadinona
  • Aixa;
  • Belara;
  • Clarissa.
Drospirenona
  • Iumi;
  • Yasmin;
  • Yas.
Dienogeste
  • Qlaira;
  • Sibilla.

Portanto, no momento de escolher um anticoncepcional que ajude no tratamento das espinhas é importante escolher um anticoncepcional que contenha algum desses progestógenos.

Contudo, é muito importante sempre conversar com o seu ginecologista ou médico de família antes de começar a usar um contraceptivo oral.

Como no uso de qualquer outro medicamento, deve-se sempre avaliar os riscos e benefícios do seu uso e descartar a existência de alguma contra-indicação.

Leia também: Existem anticoncepcionais mais indicados para adolescentes?

Quando se deve usar anticoncepcional para tratar acne?

Os anticoncepcionais estão indicados de maneira geral como um tratamento complementar para a acne. Isso significa que, embora tenham um efeito positivo, dificilmente os anticoncepcionais serão prescritos sozinhos para tratar a acne. Geralmente outro tratamento, com cremes ou pomadas, também é indicado, para ser feito paralelamente ao uso da pílula.

Também é comumente indicado quando a mulher já deseja fazer uso de algum contraceptivo para evitar gravidez e, ao mesmo tempo, sofre de acne, nessa situação o anticoncepcional atua em duas frentes e pode trazer benefícios para as duas demandas.

Os anticoncepcionais para o tratamento da acne estão especialmente indicados em situações de hiperandrogenismos, ou seja, excesso de hormônios andrógenos, esse problema ocorre, por exemplo, na Síndrome dos Ovários Policísticos. Nessa situação, ocorre a melhora não apenas da acne, mas também dos outros sintomas que possam existir, como irregularidade menstrual.

Como usar anticoncepcional para acne?

O uso do anticoncepcional para o tratamento da acne se assemelha ao uso com o propósito contraceptivo, inclusive porque muitas mulheres podem também deseja usar o anticoncepcional para prevenir uma gravidez.

Portanto, a pílula deve ser tomada regularmente, diariamente, sem esquecimentos, no período sugerido pelo médico. Geralmente, está indicado fazer pausa de 7 dias, entre uma cartela e outra do anticoncepcional, mas também é possível tomar o anticoncepcional em uso contínuo, ou seja, sem pausas entre as cartelas.

O tempo total do tratamento irá depender do objetivo, se o objetivo for apenas a melhora da acne, pode durar alguns meses, se o objetivo incluir também contracepção, ou tratamento da SOP, o uso da pílula será mais prolongado.

Quanto tempo demora para fazer efeito?

Geralmente se avalia a eficácia do tratamento da acne com anticoncepcionais após 3 a 6 meses de uso da pílula, portanto, esse é o período esperado para que o anticoncepcional faça efeito.

Para mais informações converse com o seu médico de família, ginecologista ou dermatologista.

Saiba como prevenir acne em: Como evitar espinhas?

Dor no peito ao respirar: o que pode ser? Pode ser grave?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no peito ao respirar pode ser provocada por situações simples, como cansaço (fadiga), dor muscular, um trauma ou por doenças graves como problemas no coração e pulmão.

A dor muscular é a causa mais comum, porém outras causas como a pericardite, infarto do coração e a embolia pulmonar, apresentam os mesmos sintomas e podem ser graves, com alto risco de morte.

Portanto, se você está sentindo dor no peito ao respirar procure atendimento médico o mais rápido possível, para excluir as doenças de maior risco e realizar o tratamento adequado a tempo.

Dor no peito ao respirar pode ser infarto?

Normalmente, o infarto ou ataque cardíaco é a primeira preocupação de uma pessoa que sente dor no peito. Entretanto, a dor ao respirar não está relacionada ao infarto.

A dor do infarto ocorre do lado esquerdo do peito, em aperto ou ardor, que pode irradiar para o ombro, costas, braço esquerdo e para a mandíbula. Geralmente, dura em torno de 30 minutos e não passa mesmo quando a pessoa fica em repouso.

A dor no peito pode vir acompanhada de suor frio, falta de ar, tontura, vômito, agitação, ansiedade e sensação de morte.

Por ser uma situação de elevado risco de vida, uma emergência médica, é fundamental que procure atendimento hospitalar o mais rápido possível. Quanto mais rápido for iniciado o tratamento, maiores são as chances de recuperação.

8 causas mais comuns de dor no peito ao respirar e o que fazer 1. Fadiga, Dor Muscular

Geralmente ocorre após longos episódios de tosse, levantar objetos pesados ou a prática de atividade física. É uma situação bastante comum que pode levar a dor no peito ao respirar ou com a movimentação de tronco e braços. Ou seja, piora com o movimento e respiração profunda, e melhora com o repouso.

Pode ocorrer também quando a pessoa é submetida ao estresse ou medo excessivos. Estas situações provocam contração muscular intensa, o que provoca dor.

Para melhorar a dor muscular, é preciso manter repouso, aplicar compressas mornas sobre a região dolorida, alongar a musculatura do peito e se preciso, usar medicamentos para dor, como anti-inflamatórios e relaxante muscular.

2. Fratura de costelas

As fraturas de costelas geralmente estão relacionadas à história de traumas como quedas, acidentes de carro, agressões, prática de esportes radicais e outros impactos. É comum em idosos que sofrem de osteoporose.

A dor provocada pela fratura de costelas é intensa e acontece principalmente quando a pessoa respira profundamente e ao torcer o tórax. Além da dor, pode ocorrer dificuldade respiratória, deformidade das costelas fraturadas (arcos costais) e hematomas no tórax.

A fratura de costelas, por si, não é um quadro grave. Entretanto, as costelas fraturadas podem perfurar os pulmões, vasos sanguíneos ou outros órgãos, situações que colocam a vida em risco.

Por este motivo, ao suspeitar de fraturas de costela é importante buscar uma emergência hospitalar para avaliação médica e assim evitar complicações.

3. Pneumonia

A pneumonia é uma infecção do pulmão que causa dor aguda no peito ao respirar e ao tossir. Pode ser provocada por bactérias, vírus ou fungos. Os sintomas mais comuns da pneumonia incluem:

  • Febre alta
  • Tosse
  • Dor no tórax
  • Mal-estar generalizado
  • Falta de ar
  • Secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada
  • Prostração

Em caso de suspeita de pneumonia, procure um médico de família ou pneumologista. O tratamento é feito com uso de antibióticos, remédios para febre, tosse e analgésicos para aliviar a dor.

4. Derrame Pleural

O derrame pleural é o acúmulo de líquido no espaço pleural que se localiza entre a duas pleuras, que são membranas finas que revestem os pulmões. Geralmente é causado por infecções, lesões, problemas cardíacos, renais ou pelo uso de medicamentos.

A dor no peito ao respirar profundamente e ao tossir e a dificuldade respiratória são os sintomas mais comuns de derrame pleural.

O tratamento depende da quantidade de líquido acumulado no espaço pleural. Em casos mais leves, pode não ser necessário tratamento. Entretanto, em derrames mais graves com maior volume de líquido, o tratamento consiste na drenagem cirúrgica do líquido acumulado. Este procedimento é feito em ambiente hospitalar.

5. Pneumotórax

O pneumotórax é a presença de ar entra as pleuras (membranas finas que recobrem os pulmões).

A dor do pneumotórax ocorre na região do peito, apenas no lado acometido, do lado esquerdo ou direito. É acompanhada de falta de ar que começa subitamente.

O tratamento depende do seu tamanho, gravidade e do estado clínico do paciente. Em casos mais brandos a pessoa com pneumotórax é internada e colocada em observação para perceber se o ar acumulado entre as pleuras está sendo absorvido pelo organismo ou realizar uma pequena punção com seringa e agulha na parede do tórax para retirar o ar.

Nos casos mais graves, a drenagem torácica é indicada e realizada por um cirurgião ou pneumologista, também no hospital.

6. Embolia pulmonar

A embolia pulmonar é a obstrução súbita de uma artéria do pulmão provocada, geralmente, por um coágulo de sangue. Os sintomas mais comuns são:

  • Dor torácica: se inicia de forma súbita e vai aumentando de intensidade,
  • Falta de ar,
  • Respiração acelerada (taquipneia),
  • Batimentos cardíacos acelerados (taquicardia) e
  • Palidez.

A embolia pulmonar é uma emergência médica e, por este motivo, a pessoa deve ser levada rapidamente para o hospital. O tratamento inicial consiste em ofertar oxigênio e medicamentos que impedem o aumento e formação de novos coágulos.

7. Pericardite

A pericardite é uma inflamação do pericárdio, membrana como um saco que envolve e protege o coração.

Os sintomas são de dor no meio do peito, em pontadas e geralmente piora quando a pessoa respira profundamente, tosse e engole. Também se agrava quando a pessoa se deita. Entretanto, é comum sentir alívio quando ao permanecer sentada ou quando inclina o corpo para frente.

O tratamento é feito de acordo com as características e gravidades da doença. São usados medicamentos analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios e antifúngicos. Em alguns casos, o internamento hospitalar pode ser necessário.

8. Câncer de Pulmão

O tipo mais comum de câncer de pulmão, tem como causa principal, o tabagismo.

Os sintomas mais comuns são a dor no peito ao respirar, tosse crônica e falta de ar. A pessoa também pode apresentar tosse com sangue, perda de apetite, emagrecimento, fadiga e fraqueza.

O tratamento depende do tipo, da localização do tamanho e da gravidade do câncer. Podem ser utilizados quimioterapia, radioterapia ou cirurgia, de forma separadas ou combinadas. O pneumologista é o médico indicado para acompanhar e tratar pessoas com câncer de pulmão.

Quando devo me preocupar?

Ao sentir dor no peito ao respirar, você deve atentar para os seguintes sintomas:

  • Dor no peito ao respirar que permanece por mais de 20 minutos
  • Falta de ar
  • Náuseas e vômitos
  • Tosse crônica ou com sangue
  • Suor frio
  • Tontura

Na presença de um ou mais desses sintomas, peça ajuda e procure o mais rápido possível, um atendimento médico ou uma emergência hospitalar.

Não use nenhum medicamento para aliviar a dor sem orientação médica.

Se você quer saber mais sobre dor no peito, consulte:

Dor no peito: o que pode ser e o que fazer? Como saber se é Infarto?

O que fazer no caso de dor no peito?

Por que tenho uma gripe que nunca sara?

Verdades e mitos sobre pneumonia

Referências

  • Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
  • Sociedade Brasileira de Cardiologia
Tem como parar de crescer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Nos casos de crescimento anormal, o médico endocrinologista ou pediatra, pode indicar um tratamento para interromper o crescimento, a base de hormônios.

Os hormônios podem agir acelerando o amadurecimento ósseo e fechando as placas de crescimento ou podem inibir a produção do hormônio do crescimento (GH).

No entanto, essa indicação deve ser feita por um médico especialista, com critérios bem definidos, para evitar complicações e efeitos colaterais dessas medicações.

Tratamento para parar de crescer

Segundo a sociedade de endocrinologia, o tratamento deve ser indicado após excluir causas secundárias, como um tumor de hipófise ou doenças hereditárias, e quando a previsão da altura na vida adulta, for acima de 1,83 cm para as mulheres e acima de 1,98 cm para os homens.

Os hormônios mais utilizados são o estradiol, testosterona e octreotida.

A indicação, doses e tempo de uso de cada um dos medicamentos, é definido de acordo com o caso, pela equipe de saúde, familiares e o paciente. O médico endocrinologista é o responsável por esse acompanhamento.

Quais os riscos de um tratamento com hormônios?

O uso incorreto ou antecipado dos hormônios pode causar problemas no crescimento e desenvolvimento das crianças, especialmente nas meninas. Os efeitos adversos mais comuns incluem:

  • Náuseas, vômitos,
  • Retenção de líquido,
  • Hipotireoidismo,
  • Aumento discreto do risco de câncer de mama e colo de útero,
  • Aumento do risco de doenças cardiovasculares, como infarto do coração e AVC.

Para evitar essas complicações, é preciso manter as orientações e acompanhamento médico.

Causas de crescimento anormal

Muitos pais se preocupam com o crescimento lento dos filhos, mas o crescimento exagerado também deve ser uma preocupação, porque na maioria das vezes indica alguma anormalidade, e quanto antes o diagnóstico for feito, maior a chance de boa resposta ao tratamento.

As causas mais comuns de alta estatura nas crianças são:

1. Idiopática - chamamos de idiopático quando não encontramos causa para a altura acima da esperada para idade e história familiar;

2. Gigantismo - aumento da estatura e membros alongados, devido à produção excessiva de hormônio do crescimento (GH), pela glândula hipófise, na maioria das vezes por um tumor benigno dessa glândula;

3. Síndrome de Marfan - doença genética rara, caracterizada por alta estatura, braços e dedos longos além de hiperflexibilidade nas articulações;

4. Síndrome de Klinefelter - doença genética que acomete apenas os meninos, com sintomas de alta estatura, braços e pernas longos, desproporcionais ao corpo e alterações genitais (testículos pequenos e crescimento das mamas);

5. Hipertireoidismo - crianças com produção aumentada de hormônios da tireoide, pode ter além do crescimento anormal, olhos "arregalados", perda de peso, tremores, suor excessivo, irritabilidade e agitação.

O gigantismo também pode ocorrer em adultos, chamado acromegalia, nessa faixa etária. A acromegalia apresenta sintomas diferentes porque o adulto já não consegue aumentar a estatura, por isso se caracteriza pelas deformidades ósseas, aumento de partes moles como a orelha, nariz e queixo, e pode desenvolver também doenças crônicas como a diabetes, hipertensão e problemas na tireoide.

A acromegalia aumenta os riscos de doenças cardiovasculares no adulto, como o infarto e o derrame cerebral, por isso na suspeita da doença, procure um endocrinologista para avaliação.

Saiba também até que idade uma pessoa cresce no artigo: Até que idade uma pessoa cresce?

Referência:

SBEM - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Pupila dilatada pode ser grave? Saiba como identificar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. As pupilas dilatadas, conhecidas pelo termo técnico de midríase, podem significar um problema grave. Os sinais que indicam gravidade são:

  • Pupilas dilatadas que não voltam rapidamente ao tamanho normal,
  • Pupila dilatada em apenas um dos olhos, fazendo com que os tamanhos das pupilas fiquem diferentes ao comparar um olho com o outro e
  • Pupilas dilatadas que não modificam de tamanho com o estímulo luminoso.

Nestas situações procure imediatamente uma emergência, pois pode ser indicativo de um problema neurológico grave, como um acidente vascular cerebral, o "derrame cerebral".

Contudo, a pupila dilatada nem sempre é sinal de doença grave ligada ao sistema nervoso. A pupila dilatada pode ser provocada por dor intensa, aumento da pressão do olho (glaucoma), por situações de estresse ou pelo uso de certos colírios e drogas ilícitas.

Pupila dilatada significa morte cerebral?

Sim. A pupila dilata nos dois olhos, que não reage ao estímulo luminoso, é um dos sinais de morte encefálica, que é caracterizada pela perda completa e irreversível de todas as funções neurológicas do paciente.

Para saber se reagem à luz as pupilas são estimuladas com uma lanterna. Quando a luz está na direção da pupila, o normal é que ela se contraia. Na medida em que a luz é retirada a pupila volta a se dilatar. Este é um dos exames feitos com o objetivo de avaliar o estado neurológico do paciente.

O diagnóstico de morte encefálica é dado com base em protocolos médicos bem estruturados, que avaliam reflexos cerebrais e a respiração do paciente. O paciente é submetido a diversos testes realizados em diferentes intervalos de tempo para que o diagnóstico de morte encefálica seja dado de maneira totalmente segura.

Pupila dilatada: midríase Quando procurar uma emergência?
  • Pupilas que não reagem à luz, ou seja, não reduz o tamanho quando é exposto a um estímulo luminoso,
  • Febre alta, dor de cabeça e/ou vômitos,
  • Alteração na visão (visão borrada ou visão dupla),
  • Dificuldade de respirar,
  • Dificuldade de falar,
  • Sonolência ou
  • Confusão mental.

Se a midríase (pupila dilatada) está associada a qualquer um destes sinais, procure imediatamente uma emergência hospitalar ou um neurologista, para avaliação e tratamento.

O que pode causar a pupila dilatada? 1. Problemas neurológicos

As doenças neurológicas podem causar dilatação de pupilas em um ou ambos os olhos e geralmente é sinal de algo grave.

A dilatação da pupila é considerada grave quando uma ou ambas as pupilas não reagem à luz. Este quadro é chamado de midríase paralítica. Quando ocorre nos dois olhos é denominada de midríase paralítica bilateral. Quando acontece somente em um dos olhos, chamamos de midríase paralítica unilateral.

É comum em pessoas que sofreram dano cerebral por:

  • AVC
  • Aneurisma cerebral
  • Tumores cerebrais
  • Aumento da pressão intracraniana (dentro da cabeça)
  • Traumatismo craniano
  • Neurite óptica
  • Meningite

Nestes casos é importante que a pessoa seja levada o mais rapidamente possível para um hospital por se tratar de uma emergência médica.

2. Redução da oxigenação cerebral

A diminuição da quantidade de oxigênio disponível para o cérebro pode provocar a dilatação completa das pupilas (midríase). As causas principais da redução do oxigênio cerebral são os distúrbios respiratórios, com crise de asma e os envenenamentos por dióxido de carbono.

3. Dor

Quando sentimos dor as pupilas se dilatam. A dilatação das pupilas varia de acordo com a intensidade da dor. Além disso, a depender da dor, a dilatação pode ser repentina ou prolongada.

A enxaqueca é uma causa de dor associada a midríase (pupilas dilatdas).

4. Consumo de drogas

O uso de drogas como LSD, cocaína e anfetaminas provocam alterações cerebrais que levam à dilatação das pupilas.

Entretanto, o consumo de álcool e drogas derivadas do ópio causam a contração das pupilas, ao que chamamos miose.

5. Uso de colírios

Os colírios utilizados especialmente durante os exames oftalmológicos causam midríase. Nestes casos, a dilatação das pupilas é necessária para que o oftalmologista possa fazer o exame de fundo de olho. Este exame serve para avaliar a região posterior do olho, veias, artérias e nervos da retina, bem como diagnosticar doenças como o glaucoma.

6. Glaucoma

O glaucoma é uma doença que acomete os olhos e é causada pelo aumento da pressão intraocular. Isto provoca lesão no nervo ótico e, com o tempo, compromete a visão. Se não tratado, pode provocar cegueira.

É comum que no início da doença a pessoa não apresente sintomas, entretanto, na medida em que a doença avança é comum a dilatação da pupila e dor ocular.

Se não tratado, pode provocar cegueira. Por este motivo consulte regularmente o oftalmologista, especialmente se você estiver sentindo dificuldade de visão em atividades no dia a dia, como leitura, ou esbarrar constantemente em quinas.

7. Estresse

Sentir medo e tensão causam dilatação das pupilas. É uma reação do corpo que o prepara caso seja necessário fugir de algo ou se proteger de alguma situação.

8. Foco e atenção

Quando estamos muito concentrados e precisamos ter foco, a pupila se dilata naturalmente. Na medida que o foco e a concentração se tornam desnecessários, as pupilas retornam ao seu tamanho normal.

Como é feito o tratamento?

O tratamento na midríase depende da sua causa. Na maior parte das situações, se resolve espontaneamente, entretanto, nos casos da AVC, aneurisma, tumor cerebral ou um trauma crânio encefálico, é preciso avaliação médica com urgência.

Na suspeita de pupila dilatada, procure o médico neurologista.

Pode lhe interessar ainda:

Quais os sintomas de um derrame cerebral?

O que é aneurisma cerebral?

Referências:

  • Academia Brasileira de Neurologia
  • Sociedade Brasileira de Cefaleia
  • Sociedade Brasileira de Glaucoma
Qual remédio posso tomar para diarreia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A maioria dos casos de diarreia melhoram no decorrer de alguns dias sem a necessidade de um tratamento ou uso de medicamentos específicos.

Mas existem alguns grupos de medicamentos que podem ser usados em algumas situações, conforme a necessidade, como os probióticos, remédios para tratar sintomas, antidiarreicos ou antibióticos.

Probióticos: repõem a flora intestinal

Os probióticos constituem um grupo de medicamentos que podem ser usados no tratamento da diarreia. São remédios compostos com bactérias benéficas que repõem a flora natural do intestino.

No entanto, nem todos os probióticos são de fato eficazes para qualquer forma de diarreia, pesquisas ainda estão estudando o real benefício de cada tipo de probiótico. Por exemplo, sabe-se que o Lactobacillus GG diminui o tempo de duração da diarreia em crianças de origem infecciosa.

Já o probiótico composto por Saccharomyces boulardii, pode ser eficaz na diminuição da duração da infecção por C. difficile.

Sintomáticos: ajudam no controle dos sintomas

Eventualmente, pode ser necessários o uso de remédios que ajudam no controle dos sintomas que acompanham a diarreia como dores e cólicas abdominais, febre, náuseas e vômitos.

Portanto, o uso de analgésicos como o paracetamol e a dipirona pode aliviar as dores abdominais e febre, antiespasmódicos, como o Buscopam, também pode trazer algum alívio para dores e cólicas intestinais.

Para o alívio de gases intestinais, que costumams ser frequentes em casos de diarreia, pode ser utilizados medicamentos como a simeticona.

Em situações de vômitos frequentes e intensos pode estar indicado o uso de anti-eméticos como o dimenidrinato, ou a metoclopramida.

Antidiarreicos: reduzem a diarreia

Em raras situações medicamentos antidiarreicos podem ser utilizados para diminuir um pouco os episódios de diarreia. Esses remédios são a loperamida (Imosec), e o salicilato de bismuto, no entanto, eles devem ser usados apenas sob orientação e supervisão médica, já que podem agravar o quadro, principalmente se a causa da diarreia for de origem infecciosa. Não use medicamentos antidiarreicos sem supervisão médica.

Esses medicamentos reduzem a diarreia, por diminuírem a motilidade intestinal, mas não resolvem a causa, por isso nem sempre são necessários no tratamento da diarreia.

A loperamida pode ser usada com cautela apenas se não houver febre, sangue ou muco nas fezes. Caso alguns desses sintomas esteja presente, esse remédio não está indicado, porque a retenção de bactérias e toxinas no intestino pode piorar a infecção intestinal causadora da diarreia.

Leia também: Quando a diarreia é sinal de infecção?

Antibióticos: usados em algumas infecções bacterianas

Em algumas situações em que a causa da diarreia é de origem bacteriana, o médico pode prescrever antibióticos que combatem a bactéria ou o parasita, que estar a causa o sintoma de diarreia.

O uso de antibióticos não é rotineiro no tratamento das diarreias, até mesmo porque muitas vezes a diarreia é causada por infecções virais, sendo que nesses casos os antibióticos não apresentam muita utilidade, sendo indicados apenas para casos específicos de diarreia bacteriana grave.

Quais outros cuidados deve-se ter quando se tem diarreia?

Além do uso de medicamentos algumas medidas são essenciais no tratamento da diarreia. Cuidados com a hidratação e a alimentação são fundamentais, pois evitam complicações decorrentes da diarreia.

Hidratação

Mantenha-se bem hidratado. Beba líquidos, como água, chá e sopas frequentemente. A desidratação é uma das principais complicações da diarreia, podendo ser um quadro grave principalmente em crianças pequenas e idosos. Por isso, manter uma adequada ingesta hídrica é fundamental.

O médico pode orientar o uso de soros de reidratação oral após episódios de diarreia, esses soros contêm a quantidade adequada de eletrólitos que são perdidos durante o quadro de diarreia.

A terapia de reidratação oral está indicada principalmente em casos de diarreia em crianças ou diarreia grave em adultos.

Alimentação

É recomendado tentar manter a realização de refeições leves. Amidos e cereais cozidos, como batata, macarrão, arroz, trigo e aveia podem ser consumidos por pacientes com diarreia aquosa; biscoitos, bananas, sopas e legumes cozidos também podem ser consumidos.

Alimentos gordurosos devem ser evitados até que a função intestinal retorne ao normal. Da mesma forma também deve-se evitar consumir produtos lácteos como leite e queijos, pois pode haver dificuldade na digestão da lactose presente nos laticínios durante o episódio de diarreia.

Para mais informações consulte um médico de família, clínico geral ou gastroenterologista.

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O que posso fazer para retirar a água do ouvido?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

A água no ouvido é uma situação comum, principalmente em pessoas que passam mais tempo imersas na água, como frequentadores de piscinas, praias e atletas profissionais de esportes aquáticos.

Contudo, a água deve ser eliminada o quanto antes, para evitar complicações como a dor de ouvido e infecções (otite).

Na grande maioria das vezes a água é eliminada espontaneamente, mas quando isso não acontece, é preciso tomar algumas medidas simples, como deitar-se de lado, virar a cabeça e realizar estímulos, além do uso seguro de secador de cabelo.

1. Deitar de lado

Deitar com a cabeça virada para o lado que está com a água é a medida mais simples e bastante eficaz. O ouvido obstruído com água precisa estar virado para baixo, e permanecer assim por alguns minutos, para facilitar, com a força da gravidade, a eliminação da água.

2. Virar a cabeça e dar pancadinhas de leve

Virar a cabeça de lado, com o lado do ouvido obstruído para baixo e dar ligeiras pancadinhas por trás do ouvido, também ajuda no deslocamento da água, através da vibração que o estímulo causa, e com isso auxilia na saída da água acumulada.

3. Usar o secador de cabelos

O uso do secador de cabelos é mais uma medida indicada pelos especialistas, porque o calor do aparelho promove a evaporação da água. O secador deve ser ligado na menor potência, mas com vento quente, colocar distante do ouvido pelo menos um palmo e fazer movimentos circulares, para não queimar a região externa.

Geralmente, dentro de poucos minutos percebe-se o alívio do incomodo pela evaporação da água.

Como retirar a água do ouvido do bebê?

Para os bebês, é indicado o uso de uma toalha ou lenço, e secar o ouvido apenas até onde o dedo alcança. Não deve inserir hastes ou pingar qualquer produto.

Se não houver melhora, ou o bebê estiver incomodado, é preciso levar ao pediatra ou otorrinolaringologista para uma avaliação.

O que não devo fazer?

Tão importante quanto saber o que fazer para retirar a água do ouvido, é saber o que não deve fazer, o que pode ser prejudicial para o seu ouvido e a sua audição.

  • Não pingar nada dentro do ouvido e
  • Não usar hastes com algodão!

Pingar produtos dentro ouvido, mesmo que sejam substâncias "naturais", sem prescrição médica, pode ser prejudicial a sua audição e a sua saúde. Dependendo do que ocorreu dentro do ouvido, da proteção e integridade do tímpano, pode desencadear um processo infeccioso, e correr risco de sérias complicações, inclusive a perda da audição;

As hastes de algodão, embora seja um hábito bem comum na população, é contraindicado pelos especialistas, por aumentar o risco de infecções, feridas e perfuração do tímpano, a película que protege o ouvido interno.

Quando procurar um médico?

O otorrinolaringologista deve ser procurado na suspeita de infecção ou se a dor persistir mesmo após os cuidados orientados. Sendo assim no caso de:

  • Febre (acima de 37,8º)
  • Dor no ouvido com saída de secreção
  • Dor associada a surdez (que acontece de repente)
  • Dor por mais de 2 dias, sem melhora com os cuidados descritos e analgésicos.

A infecção do ouvido (otite) que pode evoluir com meningite e levar ao óbito, especialmente em crianças pequenas ou pessoas com imunidade comprometida.

Portanto, na suspeita de otite, procure imediatamente um atendimento médico.

Leia também: Água oxigenada no ouvido faz mal? É verdade que cura gripe?

Referência:

ABORL CCF - Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia cranio-facial.

O que pode causar dor nas mãos? Como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor nas mãos pode ser causada por diversos motivos, desde doenças crônicas, como as doenças reumáticas, um processo inflamatório como a tendinite, síndrome do túnel do carpo, um trauma ou até devido à má circulação.

A mão é uma parte do nosso corpo rica em diferentes estruturas. Nas mãos encontramos músculos, nervos, tendões e vasos sanguíneos, além disso, trata-se de uma parte do corpo que utilizamos com muita frequência. Por isso estão expostos a traumas, inflamação e problemas de circulação.

O tratamento para alívio dos sintomas pode ser baseado em analgésicos, anti-inflamatórios, gelo ou compressa morna e repouso. No entanto, para tratar definitivamente e evitar a recorrência da dor, é preciso identificar a causa.

Quais são as principais causas de dor nas mãos? 1. Artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença reumática bastante frequente na população, caracterizada por um processo inflamatório crônico das articulações, principalmente nas mãos e punhos.

Os sintomas são de "dor nas juntas", vermelhidão, calor local e rigidez matinal. Com a evolução da doença, as articulações ficam desgastadas e podem surgir ainda as deformidades ósseas e nódulos, chamados nódulos reumatóides.

A doença deve ser diagnosticada e tratada o quanto antes, para evitar a sua evolução, complicações e incapacidade funcional.

O tratamento para a fase aguda, com sintomas de inflamação e dor, são o uso de anti-inflamatórios e corticoides. Após a melhora da inflamação, a artrite reumatoide deve ser tratada continuamente, com medicamentos que reduzem o número de crises de agressão articular, como os imunossupressores.

O médico reumatologista é o responsável pela avaliação, conduta e acompanhamento.

Deformidade ósseas nas mãos, em paciente com artrite reumatoide avançada. 2. Tendinite

As tendinites são inflamações nos tendões, estruturas que ligam o músculo ao osso, permitindo o deslizamento entre eles e realização dos movimentos. Por isso as regiões que estão sempre em movimentação, como os ombros, punhos, joelhos pés e mãos, são as mais propensas em desenvolver tendinites.

A doença é comum em atividades laborais que exigem movimentos repetitivos, como pessoas que trabalham em computadores, digitadores e esportistas.

O tratamento da tendinite é imobilizar a região inflamada, manter repouso, gelo local várias vezes por dia e o uso de anti-inflamatórios.

Além disso, é importante identificar a causa e corrigir sempre que possível, para evitar recorrência da doença. Por exemplo, em situações de trabalho, pode ser preciso uma reeducação postural, ajustes de material do trabalho, como cadeira adequada e descanso para os pés.

O médico de família, ortopedista ou reumatologista podem orientar caso a caso.

3. Síndrome do túnel do carpo

A síndrome do túnel do carpo, é a compressão do nervo mediano, na altura no punho, que causa os sintomas de dor e formigamento das mãos. Geralmente a doença acomete os dois lados.

A repetição de movimentos das mãos, como digitar e escrever, é a principal causa desse problema. Gestantes também podem desenvolver a síndrome pelo edema gestacional. Após o parto, os sintomas tendem a desaparecer espontaneamnete.

No entanto, se a doença não for diagnosticada e tratada a tempo, o nervo pode sofrer um dano irreparável, causando a dor crônica, atrofia dos músculos das mãos e com isso, fraqueza e incapacidade de funções simples, como segurar um copo por períodos prolongados.

O diagnóstico e tratamento devem ser conduzidos pelo neurologista, neurocirurgião ou ortopedista cirurgião de mão, e o tratamento definitivo é a cirurgia com ressecção da fibrose e liberação do nervo.

Síndrome do túnel do carpo - Área do punho sinalizada em vermelho, representa a compressão do nervo mediano. 4. Lúpus

Lúpus é uma doença inflamatória de origem autoimune, dentro do espectro de doenças reumáticas, que agride diversos sistemas do organismo, sendo um deles as articulações.

Os sintomas mais comuns são de cansaço, desânimo, emagrecimento, manchas na pele e as inflamações articulares, que levam as dores nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés. O diagnóstico deve ser feito pelo médico reumatologista, que dependendo da forma e gravidade da doença, irá definir o tratamento.

O tratamento é feito com uso de corticoides e imunossupressores, além de acompanhamento regular para evitar complicações da doença.

5. Lesão por esforço repetitivo (LER)

A lesão por esforço repetitivo é uma doença do sistema musculoesquelético, causado pela repetição de movimentos, geralmente relacionada, mais uma vez, às atividades de trabalho.

Pode acometer os punhos, ombros e cotovelos, além da coluna. Os sintomas são de dor nas mãos, inchaço, sensação de pontadas ou agulhadas, formigamento e diminuição da força.

O diagnóstico deve ser feito pelo reumatologista ou ortopedista e o tratamento preconizado é com uso de anti-inflamatórios, para alívio dos sintomas, e controle dos fatores que causam o problema.

6. Traumas

Os traumas também podem comprometer as articulações e músculos, causando dor, inchaço e vermelhidão no local do trauma. A dor é localizada e a duração dos sintomas é limitada, não é uma situação recorrente.

Neste caso, existe uma causa bem definida relacionada ao impacto provocado pelo trauma sofrido em quedas ou acidentes, por exemplo. O tratamento é direcionado especificamente para a lesão e dura o tempo suficiente para a sua recuperação.

7. Doenças vasculares

O fenômeno de Raynaud é caracterizado por episódios de vasoespasmo, ou seja, os vasos sanguíneos reduzem de calibre, levando menos sangue até as extremidades das mãos e dos pés, especialmente em situações de frio e de estresse. Causando dor, palidez, coceira, e em seguida, vermelhidão e calor local, pelo retorno do sangue.

Esse processo pode ocorrer repetidamente e causar grande incomodo às pessoas. Porém, na maioria das vezes trata-se de uma situação benigna que não oferece risco e melhora espontaneamente.

Por outro lado, o fenômeno de Raynaud, pode representar uma manifestação inicial de doenças reumáticas, como a esclerodermia (doença caracterizada endurecimento da pele e dos órgãos internos) e problemas vasculares mais graves. O tratamento passa a ser medicamentoso ou mesmo com indicação de procedimentos cirúrgicos.

Portanto, para definir a causa do problema e o tratamento mais adequado, é preciso ser avaliado por um médico reumatologista ou angiologista / cirurgião vascular.

As recomendações para reduzir os eventos de Raynaud são: evitar o frio, evitar o estresse, mesmo que seja preciso terapias e uso de medicamentos e evitar substâncias energéticas, como café em excesso e o cigarro.

Outras doenças vasculares, como as tromboses nos braços, são mais raras e causam além da dor, alterações na coloração e temperatura da pele.

Neste caso, procure imediatamente um serviço de emergência médica.

Doença de Raynaud Quando devo procurar uma emergência?

Algumas situações são consideradas perigosas, e precisam ser avaliadas imediatamente, como as doenças vasculares agudas e lesão muscular grave, após um trauma. Sendo assim, se apresentar uma das características abaixo, indicamos procurar um atendimento de urgência.

  • Dor associada a fraqueza no braço,
  • Mudança de cor ou de temperatura (uma mão mais fria que a outra ou mais roxa/pálida do que a outra),
  • Dor que dificulta a movimentação,
  • Dor e inchaço importante, após a um trauma.

A dor nas mãos costuma vir associada ainda a outros sintomas como coceira e inchaço. Para compreender o que pode ser e como tratar, leia também os artigos:

Coceira nas mãos: o que pode ser e o que fazer?

Mãos inchadas: o que pode ser e o que fazer?

Referências:

  • Sociedade Brasileira de Reumatologia.
  • Fredrick M Wigley et al.; Clinical manifestations and diagnosis of Raynaud phenomenon. UpToDate Oct 08, 2019.
  • Cristiane Kayser et al.; Fenomeno de Raynaud. Rev Bras Reumatol, 2009;49(1):48-63.
7 coisas que você precisa saber sobre o Dente do Siso
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os dentes do siso são os terceiros molares, ou seja, os dentes que estão mais ao fundo na boca, atrás de todos os outros. Temos quatro dentes do siso, dois em cima e dois embaixo.

São os últimos dentes a aparecer, por volta do fim da adolescência (entre os 17 e 21 anos), por isso também são apelidados popularmente de dentes do juízo, a uma alusão a idade em que supostamente se cria juízo. Também podem ser chamadas de dente queiro.

No entanto, nem todas as pessoas apresentam os quatro dentes do siso. Existem pessoas que tem apenas um, dois ou três dentes do siso, que não são formados, mas é também possível que os dentes estejam presentes, mas não sofrem uma erupção total, ficando abaixo da gengiva.

1. O dente do siso precisa ser arrancado?

Não necessariamente. Se os dentes do siso não apresentarem problemas, como cáries, infecções ou inflamações, não é necessário extrai-los, eles podem ser mantidos. Mesmo os dentes que permanecem parcialmente impactados podem ser mantidos se não provocarem sintomas.

2. Quando se deve extrair o dente do siso?

Quando os dentes do siso causam sintomas e problemas recorrentes, o médico dentista irá avaliar a necessidade de removê-los. Alguns problemas que podem levar a extração dos dentes do siso são:

  • Cárie dentária;
  • Gengivite doença gengival (também chamada gengivite ou doença periodontal)
  • Pericoronite: é uma infecção do tecido que envolve o dente causados pela formação de placa bacteriana - quando a placa causa uma infecção do tecido mole que envolve o dente
  • Celulite: uma infecção bacteriana na bochecha, língua ou garganta
  • Abscesso: é a formação de uma coleção de pus nos dentes do siso ou no tecido em torno;
  • Cistos: um dente do siso que não emergiu pode levar a formação de um pequeno de cistos;
  • Desalinhamento dos dentes;
  • Danos nos dentes vizinhos, devido à pressão exercida pelo dente do siso.
3. Como é a extração do dente do siso?

Geralmente o procedimento se inicia através da aplicação de uma anestesia local, através de uma injeção. O dentista então faz uma incisão na gengiva expondo dente e osso.

O dente pode ser então cortado em pequenos pedaços para ser facilmente removido. O médico dentista limpa toda a área para evitar que fiquem restos de dente ou osso na área.

Pode ou não ser necessários a realização de pontos no local da incisão.

4. Quais os sintomas de dente do siso inflamado?

Quando ocorre inflamação na região do dente do siso, a gengiva em torno pode ficar inchada e avermelhada. Em casos de infecção, pode ocorrer a formação de abcesso e pus.

É possível sentir sintomas fora da região da boca, como dor de cabeça, dor de ouvido e dores na mandíbula. Casos de infecção importante podem inclusive ocasionar febre.

5. Dente do siso nascendo, causa dor?

Quando os dentes do siso estão nascendo é comum sentir um certo desconforto na região ou uma dor leve, que tende a desaparecer com a completa erupção do dente.

Se a erupção for incompleta, ou seja, o dente permanecer parcialmente coberto, a possibilidade de ocorrer inflamações ou mesmo infecções existe, causando assim dor intensa e inchaço na região.

6. O que fazer para aliviar a dor no dente do siso?

Para aliviar a dor no dente do siso, algumas medidas simples podem ser tomadas, como:

  • Aplicar compressas frias de gelo na bochecha no lado onde sente dor por pelo menos vinte minutos e repetir conforme necessário;
  • Fazer bochechos com água morna e sal.

Caso a dor persista procure um médico dentista para uma avaliação, pode ser necessário o uso de medicamentos como antibióticos, anti-inflamatórios ou realização de procedimentos dentários.

7. Quais os cuidados após a cirurgia de retirada do siso?

Siga sempre as recomendações do seu cirurgião dentista, alguns cuidados básico podem ser tomados para tornar o pós operatório mais simples, como:

  • Aplique gelo na bochecha ao lado do dente que foi retirado, esse procedimento ajuda a tirar o inchaço, que deve resolver-se em dois a três dias;
  • Beba muita água após a cirurgia. Evite líquidos cafeinados, gaseificados e quentes nas primeiras 24 horas. Não consuma álcool nesse período;
  • Coma alimentos macios ou semissólidos, evite alimentos duros nas primeiras 24 horas. Também evite alimentos muito quentes ou picantes;
  • Não fume até 72 horas após a cirurgia, fuma atrasa a cicatrização;
  • Tenha atenção a higiene oral, use escova macia e escove com muita delicadeza. Evite a região próxima à cirurgia nas primeiras 24 horas.

Para mais informações sobre os dentes do siso consulte sempre o seu médico dentista.

Fui picado por uma abelha, o que devo fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A picada de abelha é um fenômeno comum e frequente. Geralmente, apenas a realização de cuidados que podem ser feitos em casa já são suficientes para aliviar os sintomas.

No entanto, pessoas que sofrem múltiplas picadas ou apresentam sinais e sintomas de alergia devem procurar atendimento médico imediato, pelo risco de reação alérgica grave.

O que fazer se for picado por uma abelha?

Caso seja picada por uma abelha, você deve:

  1. Observar se estão presentes sinais e sintomas de reação alérgica grave, como falta de ar, perda de consciência, inchaço no rosto ou garganta. Se notar sintomas sugestivos procure um serviço de urgência imediatamente.
  2. Assim que notar que foi picado deve remover o ferrão o mais rápido possível, com cuidado.
  3. Lave a área afetada com água e sabão;
  4. Aplique uma compressa fria no local, o gelo alivia o inchaço, a vermelhidão e a dor;
  5. Se a picada tiver sido no braço ou na perna, mantenha o membro atingido elevado, esse procedimento irá ajudar a reduzir o inchaço;
  6. Evite arranhar ou coçar a área atingida pela picada para evitar o risco de infecções secundárias;

A dor e desconforto causados por uma picada de abelha, tendem a atenuar em torno de alguns minutos, sendo que em alguns dias espera-se que os sintomas já tenham resolvidos totalmente. Caso isso não ocorra, ou seja, a dor e demais sintomas aumentem de forma progressiva ao invés de aliviar ao poucos, procure um médico para uma avaliação.

Como remover o ferrão com segurança?

O ferrão continua a injetar veneno de 1 a 2 minutos após a picada, por isso, a sua retirada em tempo oportuno é importante para reduzir os sintomas.

O ferrão pode ser retirado com ajuda da unha, de uma gaze ou de alguma superfície rígida, como um cartão. Deve-se evitar usar pinças para a sua retirada, já que ao se espremer o ferrão o restante do veneno pode ser inoculado rapidamente.

É importante retirar o ferrão mesmo que já se tenha passado alguns minutos, isso porque mesmo que ele não elimine mais veneno a sua presença pode causar e piorar uma reação inflamatória na pele.

Quando devo procurar um serviço de urgência médica?

Após uma picada de abelha, deve procurar um serviço de urgência, casos apresente os seguintes sintomas:

  • Dificuldade em respirar;
  • Inchaço no rosto, boca ou garganta;
  • Aceleração da frequência cardíaca;
  • Sensação de desmaio ou tontura;
  • Dificuldade em engolir;
  • Perda de consciência.

A pessoa que apresenta algum dos sintomas acima, após ser picado por uma abelha, pode estar passando por uma reação alérgica de anafilaxia. Se não tratada rapidamente a anafilaxia pode levar a morte.

Saiba mais sobre reação alérgica em:

O que fazer em caso de reação alérgica?

Vaginose bacteriana: como identificar e tratar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade
O que é vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana é a causa mais comum de corrimento vaginal na mulher. Ela pode causar sintomas que incomodam o dia a dia da mulher e aumentar o risco de adquirir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Quais são os sintomas da vaginose bacteriana?

Os sintomas característicos de vaginose bacteriana são corrimento vaginal branco-cinzento com odor fétido parecido à “peixe podre”. Esse cheiro é mais percebido logo após a relação sexual.

Algumas mulheres podem ter também coceira vaginal. Além desses sintomas, a mulher pode ter, com menos frequência, vermelhidão, inchaço, dor ao urinar e dor durante as relações sexuais.

Mais de 50% dos casos de vaginose bacteriana podem não manifestar nenhum sintoma. Porém, quando os sintomas estão presentes são muito incômodos para a mulher.

Vaginose bacteriana ou Candidíase?

A vaginose bacteriana pode ser confundida com a candidíase. As duas podem ser desencadeadas por um desequilíbrio da flora vaginal. Em geral, na candidíase, os principais sintomas são:

  • coceira vaginal
  • corrimento branco e espesso

Na candidíase, não é comum o corrimento com cheiro forte que lembra peixe podre.

Além disso, o agente etiológico é diferente. Enquanto na vaginose bacteriana, a Gardnerella vaginalis é a bactéria que fica em maior evidência, na candidíase o desequilíbrio é causado pelo fungo Candida.

Por fim, o tratamento de cada uma também é diferenciado. Para realizar um tratamento efetivo da vaginose bacteriana, o tratamento pode incluir o uso de pomada vaginal com um tipo de antibiótico. No caso da candidíase, a pomada vaginal também é indicada, porém com outro tipo de antibiótico.

Por que posso estar com vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana ocorre quando há uma mudança no número e nos tipos de bactérias na vagina. Em geral, os lactobacilos são um tipo de bactérias encontradas habitualmente na vagina. Na vaginose bacteriana, a quantidade de lactobacilos é reduzida e há um desbalanceamento local da flora vaginal.

A real explicação ainda não foi detalhada, porém, na presença de alguns fatores pode haver maior propensão ao aparecimento dessa infecção:

  • múltiplos parceiros sexuais
  • realização frequente de duchas vaginais
  • nova parceria sexual
  • tabagismo

A vaginose bacteriana pode ser transmitida sexualmente, por brinquedos sexuais (sex toys), pelo contato da boca com a genitália e pelos dedos.

Qual é o tratamento para vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana precisa de tratamento adequado. Os medicamentos mais comumente usados são metronidazol e clindamicina. Eles podem ser usados em comprimido via oral ou em creme/pomada vaginal. A duração do tratamento pode variar entre 5 a 7 dias nos casos mais comuns. Quando a infecção é recorrente e acontece várias vezes ao ano, pode ser necessário aumentar o tempo de tratamento para até 14 dias.

Como esses medicamentos são antibióticos, é muito importante realizar o tratamento completo até o final dos dias recomendados pelo médico.

Como posso saber se estou com vaginose bacteriana?

O diagnóstico de vaginose bacteriana é feito com a história clínica da paciente e com o exame físico realizado pelo médico ou enfermeiro. Em alguns casos, pode ser necessário a realização de alguns testes para definir especificamente a causa.

De qualquer forma, na presença desses sintomas que incomodam, como o corrimento vaginal com mau cheiro, é importante procurar o serviço de saúde.

Vaginose bacteriana é perigoso?

A vaginose bacteriana propriamente não é prejudicial à saúde da mulher. Porém, ela pode ser associada a alguns problemas de saúde como:

  • aumento do risco de parto prematuro em mulheres gestantes
  • infecção do local cirúrgico em casos de abortamento ou histerectomia
  • aumento do risco de infecções sexualmente transmissíveis, como gonorreia, clamídia, HIV/AIDS, herpes genital

O mais indicado é a utilização de preservativo durante todas as relações sexuais como forma de prevenção das infecções vaginais.

Quando procurar o serviço de saúde?

Pode ser difícil saber se o corrimento vaginal é causado pela vaginose bacteriana ou por outras infecções vaginais. Por isso, realizar uma consulta médica é importante na presença desses sintomas para diferenciar o agente etiológico e indicar o tratamento específico para seu caso.

Leia também:

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Referências:

Febrasgo - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia