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Como posso saber se tenho artrose? Quais são os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da artrose podem incluir dor, rigidez, inchaço, perda da mobilidade e deformidade na articulação afetada. Os sinais e sintomas manifestam-se principalmente nos dedos das mãos e nos joelhos, mas também são comuns no quadril e na coluna vertebral.

Os sintomas da artrose normalmente evoluem lentamente, podendo desaparecer e reaparecer, em crises. A inflamação na articulação pode desencadear períodos de inchaço, observado principalmente nos dedos das mãos e nos joelhos.

À medida que a artrose evolui, aumenta a limitação dos movimentos na articulação afetada. Nas artroses mais avançadas, surgem deformidades articulares, que podem ser observadas sobretudo sob a forma de nódulos nas articulações dos dedos das mãos.

Dor da artrose

A dor da artrose normalmente piora com o frio e ao longo do dia, com os movimentos e esforços físicos. Ao repouso, a dor costuma aliviar. 

Embora a dor se manifeste quase sempre na articulação afetada, em alguns casos de artrose de quadril, a dor pode ser sentida na virilha e irradiar para o joelho.

Nas artroses de coluna que afetam a coluna lombar, a dor pode irradiar para as pernas, enquanto que nas artroses da coluna cervical, a dor pode irradiar para os membros superiores, cabeça e tórax.

Normalmente, as dores não ocorrem durante a noite e não costumam interferir com a qualidade do sono. Porém, em casos muito avançados de artrose, principalmente nos joelhos e quadril, a dor também pode ocorrer durante a noite.

Vale ressaltar que não existe uma relação entre a intensidade da dor e o grau de lesão na articulação. Há pessoas com artrose avançada que sentem pouca dor, enquanto outras com um grau leve de artrose podem sentir muitas dores.

O que é artrose?

Artrose é uma doença crônica em que há perda da cartilagem articular e degeneração dos ossos que fazem parte da articulação. A cartilagem é uma estrutura responsável pela redução do impacto e do atrito entre os ossos.

Uma vez que a cartilagem articular é fundamental para o movimento adequado da articulação, a dor vai piorando com o tempo e os movimentos vão sendo cada vez mais afetados. Com a imobilidade, a musculatura fica atrofiada, a articulação fica mais instável e as lesões pioram.

Com o tempo, a articulação torna-se incapaz de exercer a sua função, pois perde a cartilagem articular e apresenta crescimento ósseo na sua periferia. A pessoa vai ficando cada vez mais limitada, até não conseguir movimentar a articulação sem precisar fazer muito esforço e sentir dor intensa.

Trata-se de uma condição crônica que tende a agravar com o passar do tempo. O diagnóstico adequado permite a indicação de algumas medidas que podem reduzir a progressão da artrose e melhorar os sintomas.

Qual é o tratamento para artrose?

O tratamento da artrose inclui medidas não farmacológicas (perda de peso, fisioterapia, fortalecimento e alongamento muscular, uso de sapatos amortecidos e ortopédicos), medicamentos (analgésicos, anti-inflamatórios), injeção local e, em alguns casos, cirurgia.

As formas de tratamento dependem do acometimento em cada pessoa, da intensidade da dor e da rigidez da articulação atingida.

Consulte o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação e acompanhamento necessários.

O que significa lactobacillus sp no preventivo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Lactobacillus sp no resultado do preventivo é considerado um achado normal e não é sinal de infecção. Os lactobacillus sp são bactérias que fazem parte da flora vaginal e, juntamente com outras bactérias, constituem um mecanismo de defesa natural contra micro-organismos causadores de doenças.

Os lactobacillus sp contrabalanceiam a proliferação de fungos, bactérias e outros micro-organismos no interior da vagina. Quando, por alguma razão, o desequilíbrio da microbiota vaginal é alterado, os micro-organismos patogênicos se proliferam, causando infecções.

Dentre os agentes infecciosos estão a Gardnerella vaginalis e a Candida sp. A Gardnerella vaginalis é uma bactéria que está presente naturalmente em pouca quantidade na flora vaginal da maioria as mulheres. Já a Candida é um fungo.

Quando há algum desequilíbrio dessa flora, a Gardnerella pode se proliferar e causar vaginose. O mesmo ocorre com a Candida, que provoca candidíase.

Portanto, os lactobacillus sp são achados normais no papanicolau e a presença dos mesmos não caracteriza uma infecção. Contudo, a presença de sinais e sintomas, como corrimento, coceira ou odor desagradável, deve ser investigada por um médico ginecologista ou médico de família e comunidade.

Saiba mais em:

Anti-HBS no exame significa hepatite B?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O exame anti-HBs serve para identificar anticorpos contra a hepatite B. Portanto, quando o anti-HBs dá positivo, significa que a pessoa já está imune ao vírus da hepatite B. Isso geralmente acontece após a vacinação ou cura da doença.

O anti-HBs é o anticorpo que o sistema imunológico produz contra o vírus da hepatite B, mais especificamente contra uma proteína localizada na superfície do vírus, conhecida como HBsAg.

Esse anticorpo não está presente em pessoas que ainda estão doentes. Por isso, o objetivo do exame não é saber se o paciente está com hepatite B, mas verificar se a doença já foi tratada e curada.

Para detectar a hepatite B é feito o exame de HBsAg. Em indivíduos doentes, o HBsAg dá positivo. Se o anti-HBs der positivo e o HBsAg negativo, significa que a pessoa já possui anticorpos contra a hepatite B e o vírus não está circulando mais na corrente sanguínea, ou seja, está curada.

Portanto, o exame anti-HBs positivo indica que o paciente já está imune ao vírus da hepatite B, seja por ter ficado doente ou ter tomado a vacina.

Vale lembrar que a vacina contra a hepatite B está disponível gratuitamente nas Unidades de Saúde do SUS (Sistema Único de Saúde).

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Hepatite B tem cura? Se tem, qual o tratamento?

Como pode ocorrer a transmissão da hepatite B?

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Sinto vertigem frequentemente, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Vertigem constante é um sintoma muito comum e pode se apresentar em diversas doenças, que afetam diferentes sistemas do corpo. As principais causas de vertigem frequente incluem:

  • Alterações da pressão arterial, hipertensão ou hipotensão postural;
  • Doenças que afetam o labirinto (neurite vestibular, doença de Ménière, vertigem posicional paroxística benigna - VPPB);
  • Alterações nas estruturas do pescoço ou na coluna vertebral (hérnia de disco, retificação da coluna);
  • Alterações vasculares no pescoço (obstrução de vasos do pescoço - carótidas);
  • Problemas de visão (glaucoma, catarata, miopia);
  • Distúrbios metabólicos, como anemia, diabetes descompensada, entre outros.

Além das causas citadas acima, deve-se investigar várias outras causas possíveis, como traumatismos, ansiedade, infecções virais ou bacterianas, tumores, efeitos colaterais de medicamentos, doenças neurológicas específicas, como a esclerose múltipla, ou ainda presença de substâncias tóxicas no organismo.

Sensação de vertigem

Popularmente, as doenças que causam vertigem são chamadas de "labirintite", com queixas de tontura, vertigens, náuseas, vômitos, perda de equilíbrio, zumbidos no ouvido e perda de audição. Contudo, é importante lembrar que antes de definir o problema como labirintite, outras doenças, inclusive doenças de alto risco para saúde como uma obstrução de carótidas, devem ser investigadas.

O que pode causar vertigem? Alterações da pressão arterial

Tanto a hipertensão, pelo efeito direto do aumento da pressão, como a hipotensão, pelo baixo fluxo de sangue no cérebro, podem causar tonturas e vertigem. Especialmente quando essas ocorrem após movimento brusco ou o movimento de se levantar rapidamente.

Devido à alta frequência dessa doença na nossa população e ao alto risco de complicações por doenças cardiovasculares, como AVC (acidente vascular cerebral) e infarto agudo do miocárdio, esta deve ser uma das primeiras causas a ser descartada.

Doenças do labirinto

Nas doenças do labirinto, é importante diferenciar tontura de vertigem. Enquanto a tontura se caracteriza pela sensação de perda de equilíbrio e queda, como se a pessoa deixasse de sentir o chão, as vertigens dão a sensação de que a pessoa ou tudo ao redor está girando ou inclinando.

Em geral, as vertigens são causadas por problemas no labirinto, uma estrutura óssea muito pequena que se localiza dentro do ouvido. Esse órgão possui um líquido em seu interior e, a partir do movimento desse líquido, ele consegue transmitir ao cérebro informações sobre a posição do corpo, a direção e a velocidade dos movimentos.

Na presença de qualquer problema que afete esse mecanismo, podemos ter a sensação de estarmos caindo, ou de que a cabeça está girando, que é a vertigem.

A VPPB (vertigem posicional paroxística benigna), embora não seja tão conhecida como a labirintite, é a causa mais comum de vertigem na nossa população. Muito mais comum do que a labirintite.

Alterações nas estruturas do pescoço ou na coluna cervical

Algumas alterações encontradas nas estruturas do pescoço podem desencadear vertigem e tontura. As doenças na coluna cervical, como bico de papagaio ou hérnia de disco, causam os sintomas de vertigem pela compressão direta do nervo ou da cadeia de nervos nessa região.

Alterações vasculares no pescoço

A obstrução de vasos do pescoço por placas de gordura, por exemplo, levam a um quadro de vertigem, devido à redução do fluxo de sangue e consequente redução de oxigênio no cérebro. Trata-se de um Importante fator de risco para AVC ("derrame cerebral"), por isso também deve ser investigado.

Problemas de visão

Os problemas de visão causam tonturas, dores de cabeça e até náuseas com frequência. Portanto devem sempre ser considerados em uma investigação inicial de vertigens frequentes. Astigmatismo, miopia, presbiopia (vista cansada), degeneração macular, catarata e glaucoma podem iniciar seus sintomas com tonturas ou vertigens, especialmente ao final do dia.

O que é vertigem?

Vertigem é a sensação de que a pessoa girando ou tudo ao redor está rodando e inclinando. Existem 2 tipos de vertigem: central e periférica.

Vertigem central

A vertigem central é causada por um problema no cérebro, geralmente no tronco cerebral ou na parte posterior do cérebro (cerebelo). Suas causas podem incluir:

  • Doença vascular;
  • Uso de certos medicamentos, como anticonvulsivantes;
  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Esclerose múltipla;
  • Convulsões;
  • Derrame cerebral;
  • Tumores benignos e malignos;
  • Enxaqueca.
Vertigem periférica

A vertigem periférica é causada por problemas no labirinto, a estrutura do ouvido interno que controla o equilíbrio. O problema também pode envolver o nervo vestibular, que conecta o ouvido interno ao cérebro.

A vertigem periférica pode ser causada por:

  • VPPB (Vertigem posicional paroxística benigna);
  • Certos medicamentos, como antibióticos aminoglicosídeos, cisplatina, diuréticos ou salicilatos;
  • Traumatismo craniano;
  • Inflamação do nervo vestibular;
  • Labirintite;
  • Doença de Ménière;
  • Compressão do nervo vestibular, geralmente causada por um tumor benigno.
Quais os sintomas de vertigem?

O principal sintoma da vertigem é a sensação de que a pessoa ou o lugar onde ela está girando ou se movendo. A sensação de rotação pode causar náusea e vômito.

Dependendo da causa da vertigem, outros sintomas podem estar presentes, como:

  • Dificuldade para focar a visão;
  • Tonturas;
  • Perda de audição em um ouvido;
  • Perda de equilíbrio, que pode causar quedas;
  • Zumbido nos ouvidos.

No caso da vertigem central, ou seja, decorrentes de problemas no cérebro, a pessoa pode apresentar ainda:

  • Dificuldade para engolir;
  • Visão dupla;
  • Problemas com movimentos oculares;
  • Paralisia facial;
  • Má articulação da linguagem;
  • Fraqueza nos membros.
Qual é o tratamento para vertigem?

O tratamento da vertigem deve incidir sobre a causa, que deve ser identificada e tratada o mais rápido possível, sobretudo em casos de vertigem central.

Para aliviar os sintomas da vertigem periférica, como náuseas e vômitos, podem ser indicados medicamentos antieméticos.

A fisioterapia pode ajudar a melhorar os problemas de equilíbrio, através de exercícios específicos. Os exercícios também podem fortalecer os músculos para ajudar a prevenir quedas.

Outros tratamentos dependem da causa da vertigem. A cirurgia, incluindo descompressão microvascular, pode ser sugerida em alguns casos.

O que fazer em caso de vertigem?

Para evitar a piora dos sintomas durante um episódio de vertigem, siga os seguintes passos:

1) Sente-se ou deite-se; 2) Retome a atividade gradualmente; 3) Evite mudanças bruscas de posição; 4) Não tente ler; 5) Evite luzes fortes.

Procure atendimento médico com urgência se a vertigem vier acompanhada de outros sintomas como visão dupla, dificuldade para falar ou perda da coordenação.

Uma vez que as vertigens podem ser um sintoma de uma série de doenças (algumas delas graves), você deve procurar um/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para fazer uma avaliação. Se preferir ir direto a um especialista, os mais indicados para avaliar casos de vertigem são o otorrinolaringologista ou o neurologista.

Sinto falta de ar constante. Pode ser problemas de pulmão?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, a falta de ar constante pode ser sintoma de doenças que afetam os pulmões ou as vias respiratórias, como gripe, resfriado, bronquite, rinite, sinusite, enfisema pulmonar, asma.

Entretanto, também pode ser decorrente de doenças em outros órgãos que causam algum prejuízo aos pulmões, como doenças cardíacas, doenças endocrinológicas, neurológicas, ainda, sobrepeso, gestação, falta de condicionamento físico, estresse ou ansiedade.

Quando procurar imediatamente um atendimento de urgência

É importante ter atenção a alguns sinais que podem acompanhar a falta de ar, porque sinalizam riscos e problemas mais graves, sendo necessário um atendimento de urgência.

Na presença desses sinais, a pessoa deve procurar atendimento médico de urgência:

  • Dificuldade para falar
  • Respiração ofegante
  • Febre alta
  • Esforço observado no pescoço e tórax para puxar o ar
  • Interrupção do sono durante a noite
  • Cansaço ao realizar tarefas simples do dia-a-dia
  • Lábios arroxeados
  • Tosse constante
  • Chiado ou dor no peito.

A falta de ar se caracteriza por dificuldade ou desconforto respiratório que cria a sensação de não conseguir inalar a quantidade suficiente de ar que precisa para respirar. Para cada caso existe um tipo de tratamento e acompanhamento, alguns casos exigem tratamento de urgência, outros não, devendo ser marcado consulta ambulatorial com médico assistente.

Se não houver sinais de alerta ou de maior preocupação, recomendamos que agende uma consulta com o clínico geral ou médico da família, para uma avaliação e orientações quanto ao seu tratamento, e especialista que deve procurar, se for o caso.

Saiba mais em:

Eosinófilos baixo no exame o que significa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A eosinopenia, condição que caracteriza-se pelo nível de eosinófilos baixo no sangue, tem como principais causas o uso de medicamentos corticoides, estresse e processos inflamatórios ou infecciosos agudos.

Pessoas que estão fazendo tratamento com corticoides normalmente apresentam números baixos de eosinófilos.

O estresse agudo causado por medo, excitação ou convulsões, provoca um aumento da produção de adrenalina. No início, há um ligeiro aumento dos eosinófilos (eosinofilia), mas depois de algumas horas observa-se uma eosinopenia moderada.

Já o estresse crônico aumenta a produção de cortisol, um hormônio produzido pelas glândulas supra-renais, conhecido como "hormônio do estresse" justamente devido a esse aumento da sua liberação durante períodos estressantes.

O cortisol baixa os níveis de eosinófilos através de diferentes mecanismos, favorecendo a destruição dos mesmos por outras células de defesa do corpo, estimulando a migração de eosinófilos e diminuindo a produção dessas células na medula óssea.

Síndrome de Cushing, uma condição caracterizada pelo aumento excessivo de cortisol, também está entre as causas de eosinopenia.

Veja também: O que é síndrome de Cushing e quais os sintomas?

Em geral, os níveis de eosinófilos voltam ao normal depois de retirada ou tratada a causa da eosinopenia.

É importante ressaltar que a avaliação do hemograma deve ser feita pelo/a médico/a que solicitou o exame, que irá levar em consideração os valores das outras células do sangue em conjunto com a história clínica e os sintomas da pessoa.

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Eosinófilos alto no exame, o que significa?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O nível alto de eosinófilos (acima de 450-550 cél/mm³) no exame de sangue pode ser um sinal de:

  • Alergias;
  • Asma;
  • Verminose.

Estas são as três principais condições que cursam com o aumento dos eosinófilos no sangue.

Entretanto, a eosinofilia, que é o aumento do número de eosinófilos, também pode ocorrer em casos de doenças autoimunes, dermatites, leucemia, doença de Crohn, colite ulcerativa, lúpus, entre outras patologias.

É também importante ressaltar que encontrar uma pequena discordância nos valores de referência de eosinófilos isoladamente não significa necessariamente que haja uma doença em curso ou alguma condição grave. Pequenas variações podem ser normais.

O que são eosinófilos?

Os eosinófilos são um dos tipos de glóbulos brancos. Essas células atuam na defesa do sistema imunológico e protegem o organismo contra micro-organismos e agentes externos, que podem causar infecções e alergias.

São divididos em 5 categorias: eosinófilos, basófilos, neutrófilos, linfócitos e monócitos, e cada um desempenha um papel diferente no sistema imune.

Além de combater micro-organismos infecciosos e parasitas, principalmente helmintos e outras verminoses, os eosinófilos também têm a função de produzir respostas inflamatórias e imunes no organismo.

Por isso, a avaliação do hemograma deve ser feita pelo médico que solicitou o exame, que irá levar em consideração os valores das outras células do sangue em conjunto com a história clínica e os sintomas do paciente.

Saiba mais em:

Referências bibliográficas:

Eosinophil biology and causes of eosinophilia. Uptodate.

Como é feito o exame de próstata?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O exame da próstata é realizado através de toque retal e exame de PSA. Para se investigar suspeita de câncer de próstata a combinação do toque retal com o exame de PSA é a forma mais eficaz de avaliar a próstata.

No entanto, esses exames não apresentam uma precisão muito alta, por isso em alguns casos podam ser necessário também a realização do ultrassom ou outros exames complementares.

O exame de toque é feito em consultório pelo médico. O médico insere o dedo indicador, protegido por luva, no ânus e palpa a região posterior da próstata. É um exame indolor, embora possa causar algum desconforto na região.

Esse procedimento demora poucos segundos e serve para detectar alterações na próstata, como endurecimento e forma irregular, que podem indicar a presença de algum tumor.

O PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) é uma proteína produzida exclusivamente pela próstata. O seu nível fica consideravelmente alto em casos de câncer, com valores superiores a 2,5 ng/ml.

Contudo, os níveis de PSA também podem estar elevados em indivíduos com prostatite (inflamação da próstata), infecção ou crescimento benigno da próstata. Portanto, PSA alto não significa necessariamente presença de câncer na próstata.

Saiba mais em: PSA alterado: quais os sintomas e o que pode ser?

Se houver alteração no exame clínico e o PSA estiver aumentado, é realizada uma ultrassonografia. O exame de ultrassom é feito através do ânus e permite visualizar lesões cancerosas na próstata.

O diagnóstico do câncer de próstata é confirmado através de biópsia, que consiste na retirada de uma pequena amostra de tecido do órgão que é avaliada ao microscópio.

Veja também: Biópsia da próstata: como é feito o procedimento?

Vale ressaltar que nem todos os homens precisam realizar o exame de próstata rotineiramente se não estiver a apresentar sintomas ou pertença a algum grupo de risco para o câncer de próstata.

Por isso, para esclarecer mais dúvidas e avaliar se é ou não necessário realizar o exame de próstata converse com o seu médico de família, ou clínico geral. Em situações de diagnóstico de câncer o segmento é realizado pelo médico urologista.

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Bactérias na urina são sinal de infecção urinária?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a presença de bactérias na urina é o principal sinal de uma infecção urinária, principalmente se o resultado do exame indicar também presença de leucócitos e nitrito. Pessoas saudáveis e sem sintomas de doenças normalmente não apresentam bactérias na urina.

Em algumas situações pode aparecer bactérias na urina em pequena quantidade, sem outras alterações. Nesses casos, pode ser que a amostra de urina foi contaminada e o exame precisa ser repetido.

Também há casos em que a pessoa pode ter bactérias na urina e não apresentar sintomas de infecção urinária. É a chamada bacteriúria assintomática, mais comum em pessoas idosas, com diabetes ou que utilizam sonda vesical.

A infecção urinária geralmente é causada pela bactéria E. coli, proveniente do intestino. Quando há infecção, é comum encontrar também leucócitos e nitrito na urina.

Os leucócitos são glóbulos brancos, ou seja, são as células de defesa do organismo. A presença deles na urina, normalmente, indica alguma inflamação nas vias urinárias, geralmente infecção urinária.

A associação entre nitrito e infecção urinária deve-se ao fato das bactérias converterem o nitrato, um metabólito abundante na urina, em nitrito.

Além de bactérias na urina, uma pessoa com infecção urinária também poderá apresentar os seguintes sintomas:

  • Aumento da frequência urinária;
  • Dor ou ardência durante a micção;
  • Vontade urgente de urinar;
  • Dor lombar;
  • Febre;
  • Corrimento amarelado na uretra.

Saiba mais em: Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?

O diagnóstico da infecção urinária na maioria das vezes é clínico, ou seja, é feito apenas através da avaliação do médico sobre o relato dos sintomas e a realização do exame físico.

No entanto, em alguns casos, pode ser necessário solicitar o exame de urina tipo 1 que mostra a presença de bactérias e de uma urocultura (exame de urina tipo 2), que irá identificar a bactéria causadora da infecção e qual o melhor antibiótico para tratá-la.

É importante lembrar que cabe ao médico que solicitou o exame de urina interpretá-lo, uma vez que os resultados devem ser analisados em conjunto com a história clínica, os sintomas e o exame físico do paciente.

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Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Urologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

Como é o exame do estradiol?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame do estradiol é um exame de sangue, também conhecido como E2.

Pode ser solicitado para identificar causas de:

  • Alterações no desenvolvimento das características sexuais femininas ou masculinas;
  • Distúrbios no ciclo menstrual, irregularidade, sangramento vaginal anormal, puberdade precoce ou tardia;
  • Infertilidade;
  • Distúrbios nas glândulas suprarrenais, entre outras indicações.

Através do exame de estradiol é possível avaliar se os ovários estão funcionando corretamente, uma vez que esse hormônio é produzido por esses órgãos.

O/A médico/a pode solicitar que o exame de estradiol seja realizado em uma determinada hora do dia ou em um momento específico do ciclo menstrual, uma vez que os níveis de estradiol podem sofrer variações ao longo do dia e do ciclo.

Níveis altos de estradiol podem sinalizar presença de tumores ovarianos, tumores feminilizantes adrenais, puberdade precoce, doença hepática, gravidez, ginecomastia masculina, entre outras situações.

Valores baixos de estradiol podem indicar insuficiência ovariana, menopausa, síndrome de Turner, uso de contraceptivos orais, puberdade tardia e gravidez ectópica.

Níveis elevados de estradiol aumentam o risco de câncer de endométrio, acidente vascular cerebral ("derrame") e câncer de mama.

Veja também: Nível alto ou baixo de estradiol, o que pode ser?

Vale lembrar que o resultado do exame de estradiol pode sofrer alterações se a pessoa for portadora de outras comorbidades como: anemia, hipertensão arterial, doenças renais e hepáticas, ou se estiver fazendo uso de medicamentos como anticoncepcionais orais, estrogênio, corticoides, antibióticos (tetraciclina, ampicilina) e certas medicações psiquiátricas, como as fenotiazinas.

Portanto sempre informe o uso de medicamentos aos médicos que o/a acompanham.

Os níveis de estradiol na mulher devem ser acompanhados pelo/a médico/a ginecologista ou endocrinologista.

O estradiol também pode ser solicitado para homens, sendo os valores normais sempre baixos. Nesse caso o/a médico/a responsável será o/a Urologista ou endocrinologista.

Saiba mais em: Qual é a função do estradiol?

Qual é a função do estradiol?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O estradiol é o estrogênio mais importante para a mulher. Trata-se de um hormônio produzido pelos ovários que atua na função reprodutiva, pele, vasos sanguíneos, ossos e cérebro. Segundo estudos, o estradiol exerce mais de 300 funções no organismo feminino.

Na reprodução, o estradiol estimula a liberação de óvulos pelos folículos ovarianos. Atua também sobre as trompas de Falópio, estimulando as contrações musculares que levam o óvulo fecundado ao útero.

Ainda na função reprodutiva, o estradiol promove a reação do útero ao hormônio progesterona, cuja função é preparar o órgão para a chegada do óvulo fecundado, produzindo um endométrio mais espesso.

Outra função importante do estradiol é impulsionar o desenvolvimento das características sexuais secundárias, como o crescimento das mamas e as mudanças no corpo, afetando ossos, articulações e a distribuição de gordura.

O estradiol também é responsável pela manutenção da elasticidade da pele, dilatação dos vasos sanguíneos e saúde dos ossos. 

No cérebro, o estradiol desempenha um papel significativo na proteção das funções cerebrais, como memória, humor e bem-estar mental.

Os níveis de estradiol se alteram durante o ciclo menstrual da mulher. Começa a aumentar no meio da fase folicular (quando ocorre estímulo a alguns folículos ovarianos) e atinge o pico no meio do ciclo. Até que começa a cair, atingindo um segundo pico na fase lútea (fase em que o corpo lúteo, estrutura que fica no ovário após a liberação do óvulo, produz progesterona).

Alterações nos níveis de estradiol no corpo da mulher são acompanhadas pelo médico ginecologista ou endocrinologista.

Saiba mais em:

Nível alto ou baixo de estradiol, o que pode ser?

Posso tomar estradiol e progesterona juntos?

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Como aliviar a dor nos rins?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor nos rins pode ser aliviada com compressa morna, consumo cuidadoso de água e técnicas de relaxamento.

No entanto, quando originada por cálculo renal ou infecção urinária, é preciso acrescentar medicamentos, com o objetivo de aliviar a dor, reduzir a inflamação e relaxar a musculatura do ureter, para facilitar a passagem da pedra impactada.

Nos casos mais graves ou complicados por infecção, pode ser indicado procedimento cirúrgico de urgência. Conheça mais sobre cada uma das indicações e quando procurar um atendimento médico com urgência.

1. Compressa de água morna

A compressa com água morna, no local da dor, pode auxiliar no relaxamento da musculatura e aliviar a dor.

Deve ser colocada no dorso, logo abaixo das costelas, do lado da dor, 3 a 4x por dia, durante 20 minutos, sempre com cuidado quanto a temperatura, para não causar queimaduras à pele.

2. Ingesta de água

O aumento do consumo de água favorece a filtração renal e reduz o risco de formação de cálculos. Por isso é indicada para pessoas que sabidamente tem pedras nos rins, ou história familiar. São recomendados pelo menos 2 litros de água por dia. Nos casos de cardiopatia ou insuficiência renal, esse cálculo deverá ser feito, individualmente.

Já, durante uma crise de dor, não é recomendado beber muita água. Nesse caso, é preciso evitar o consumo de água em excesso, porque aumenta a filtração renal e acúmulo de líquido, que está impedido de ser eliminado pela obstrução, o que piora bastante o quadro de dor.

3. Remédios para aliviar a dor nos rins

Os medicamentos mais indicados para o alívio da dor na crise renal são:

  • Cetoprofeno (Profenid® 50 ou 100mg),
  • Buscopan composto,
  • Tramal® 50 mg ou Tramal retard® 100 mg, nos casos de dor intensa.
4. Procedimentos médicos

Muitas vezes as pedras nos rins são eliminadas espontaneamente pela urina, o que alivia imediatamente a dor. Em outros casos, os cálculos precisam ser retirados por procedimentos mais invasivos, como aplicação de laser, terapia por ondas de choque, colocação de duplo J (cateter introduzido no sistema renal para drenagem da urina até a bexiga), ou cirurgia aberta.

Cabe ao médico da emergência, ou urologista, analisar os casos e definir o melhor tratamento.

Como aliviar a dor nos rins na gravidez?

Na gestação, a dor nos rins originada por pedras nos rins, pode ser aliviada com: compressa morna, consumo moderado de água e alongamento ou técnicas de relaxamento.

O uso de anti-inflamatórios não é indicado para gestantes, pelo risco de sangramento, a não ser que seja indicado pelo seu médico obstetra.

Além disso, é importante descartar a presença de uma infecção urinária, situação comum durante a gestação, mas que oferece grande risco a mãe e ao bebê. Sintomas como dor e ardência ao urinar, urina com cheiro forte e desagradável, dor na barriga ou nas costas sugerem a infecção. Nesse caso, procure um serviço de emergência.

Quando procurar uma emergência?
  • Febre (temperatura axilar acima de 38º)
  • Piora do dor, mesmo com uso de medicamentos,
  • Presença de naúseas e vômitos,
  • Presença de sangue na urina,
  • Sinais de infecção urinária (dor e ardência ao urinar, urina amarelada, cheiro forte e desagradável, dor na região inferior da barriga).

Procure um/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou Urologista, para receber uma avaliação detalhada da origem da cólica renal, bem como indicação das medicações e procedimentos apropriados, para o seu caso.

Para compreender mais sobre esse assunto, leia os seguintes artigos: