Segmentados baixo no leucograma pode ser sinal de infecções ou doenças do sangue. Contudo, o nível de segmentados também pode estar abaixo do normal em casos de tratamento com quimioterapia, alcoolismo, estresse, uso de certos medicamentos, entre outras condições.
Os segmentados são células de defesa do sistema imune conhecidas como glóbulos brancos ou leucócitos. Existem 5 tipos de leucócitos: eosinófilos, basófilos, linfócitos, neutrófilos e monócitos. No caso dos segmentados, tratam-se de neutrófilos maduros. Os imaturos são chamados de bastonetes.
O número de segmentados fica baixo quando essas células são requisitadas rapidamente para combater uma infecção, por exemplo, ou quando o organismo não é capaz de produzir uma quantidade suficiente das mesmas.
As principais doenças do sangue que podem baixar as taxas de segmentados são a anemia aplásica, neutropenia idiopática crônica, neutropenia cíclica, mielodisplasia, neutropenia associada à disgamaglobulinemia, hemoglobinúria paroxística noturna e neutropenia congênita grave (síndrome de Kostmann).
Há ainda síndromes, como a de Shwachman-Diamond, que podem deixar o nível de segmentados baixo.
Há ainda outras condições específicas que podem diminuir a quantidade dessas células na circulação, como estresse excessivo, uso de medicamentos corticoides, antitérmicos e antibióticos ou ainda utilizados para tratar AIDS, infecções causadas por vírus, câncer (quimioterapia), transplante de medula óssea, falta de vitamina B12, entre outras.
Leia também: O que pode causar neutropenia?
Bebês com menos de 3 meses de idade também podem apresentar resultados baixos para os segmentados durante infecções graves, uma vez que possuem reservas muito limitadas dessas células no corpo.
Veja também: O que é neutrofilia?
O resultado do leucograma, bem como de todo o hemograma, deve ser interpretado pelo/a médico/a que solicitou o exame, juntamente com a história, os sintomas e os sinais clínicos do/a paciente.
Saiba mais em:
Segmentados: qual o valor normal?
Segmentados alto no leucograma, o que pode ser?
Eosinófilos baixo no exame o que significa?
Neutrófilos altos no hemograma: O que significa?
O que é neutropenia e qual o tratamento adequado?
O que significa bastonetes baixos no hemograma?
Referência
Sociedade Brasileira de Análises Clínicas
Infecção no sangue pode ser grave, conforme o tipo de bactéria que está causando o processo infeccioso. A gravidade da sepse, como é denominada a infecção no sangue, também varia de acordo com a capacidade de resposta do organismo. Uma vez que afeta todo o organismo, a infecção no sangue também é conhecida como infecção generalizada.
Pessoas saudáveis com infecção no sangue causada por bactérias menos agressivas normalmente não evoluem para quadros mais severos. Por outro lado, há casos em que a infecção pode levar à morte rapidamente se não for diagnosticada e tratada a tempo.
As infecções sanguíneas podem ter origem em uma pneumonia, infecção urinária ou qualquer outro tipo de processo infeccioso, como um furúnculo, por exemplo.
Uma infecção no sangue mais grave, não tratada adequadamente, pode causar falência múltiplas de órgãos e levar a pessoa a óbito.
A sepse pode causar a morte em até 60% dos casos, sobretudo em pessoas que já estavam hospitalizadas ou internadas em UTI, que receberam transplante, idosos e indivíduos com câncer, diabetes, imunidade baixa, HIV/AIDS, insuficiência renal, doença hepática, entre outras doenças e condições que afetam o estado de saúde geral.
Quais os sintomas de infecção no sangue?Os principais sinais e sintomas que indicam a presença de uma infecção no sangue grave são a confusão mental, o aumento da frequência respiratória (mais de 22 ciclos por minuto) e a diminuição da pressão arterial máxima (menos de 100 mmHg). Pessoas com esses sintomas devem ser avaliadas com urgência.
A sepse pode causar ainda sonolência, febre, queda da temperatura corporal, dificuldade para respirar, diminuição da produção de urina, diminuição do número de plaquetas, aceleração dos batimentos cardíacos, distúrbios na coagulação sanguínea e no funcionamento do coração.
Os casos mais avançados de infecção generalizada levam ao choque séptico, que ocorre quando a pressão arterial não é restabelecida e não é possível manter um fluxo sanguíneo adequado aos órgãos e sistemas.
Qual é o tratamento para infecção no sangue?O tratamento das infecções no sangue é feito com antibióticos específicos para o tipo de bactéria infectante, além de cuidados para manutenção da pressão arterial e funções vitais.
É muito importante que esses pacientes recebam a primeira dose do medicamento o quanto antes. O tratamento precoce da infecção diminui o tempo de internamento e o risco de complicações.
É importante procurar encontrar o foco da infecção enquanto é realizado o tratamento. Para identificar a origem do processo infeccioso, são realizados exames de sangue e urina e análise de secreções, quando presentes.
O antibiótico usado para tratar a sepse é específico para o tipo de bactéria e a origem da infecção. Para restabelecer a pressão arterial e garantir o fluxo sanguíneo adequado aos órgãos, é administrado soro por via endovenosa. Se houver choque séptico, são usados medicamentos vasoativos que mantém a pressão arterial e o fluxo sanguíneo adequados, como a noradrenalina. O tratamento desses casos é realizado em UTI. A resposta ao tratamento da infecção no sangue depende de diversos fatores, como:
- Reação do organismo à infecção;
- Localização e tipo de infecção;
- Agressividade do micro-organismo causador do processo infeccioso;
- Escolha do antibiótico adequado, específico para a bactéria que provocou a infecção;
- Ação do antibiótico no organismo;
- Evolução ou não para choque séptico.
A sepse é uma reação inflamatória exagerada do organismo a uma infecção, sobretudo causada por bactérias. A infecção generalizada também pode ser causada por vírus e outros micro-organismos. Porém, não significa que o causador da infecção esteja espalhado pelo corpo. A infecção pode ser localizada, mas a resposta ao processo infeccioso é exacerbada, afetando o funcionamento de todo o organismo.
A infecção no sangue caracteriza-se pelo desequilíbrio entre o oxigênio disponível no sangue e aquele que é usado pelas células do corpo. Isso significa que, numa sepse, o sistema circulatório não é capaz de fornecer sangue suficiente para o organismo funcionar adequadamente, o que diminui o aporte de oxigênio e nutrientes para órgãos e tecidos.
Isso ocorre devido à resposta inflamatória exagerada que afeta todo o organismo, causando dilatação dos vasos sanguíneos, acúmulo de glóbulos brancos (células de defesa) e deixando os vasos sanguíneos mais permeáveis.
Como consequência, o sistema circulatório não consegue manter a pressão sanguínea necessária para a oxigenação adequada do corpo, o que diminui o fluxo sanguíneo para órgãos vitais. As alterações causadas pela sepse afetam todo o organismo e estão presentes mesmo nos locais em que o micro-organismo não está.
Se esse desequilíbrio não for corrigido, pode ocorrer falência ou mau funcionamento de um ou vários órgãos e sistemas do corpo.
O/a médico/a intensivista ou infectologista é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da sepse.
A menstruação marrom e escura como borra de café é bastante comum no início e, principalmente, no final do ciclo menstrual e nem sempre está associada a doenças.
A menstruação marrom escura em borra pode indicar:
- Fluxo menstrual reduzido;
- Escapes;
- Alterações hormonais;
- Menopausa;
- Infecções sexualmente transmissíveis;
- Endometriose;
- Lesão no colo do útero.
Este tipo de sangramento dificilmente pode ser considerado um sinal de gravidez. No início da gravidez algumas mulheres podem apresentar um pequeno sangramento, que é geralmente cor rosada e dura de 2 a 3 dias. Rara são as vezes que este sangramento é de cor marrom.
Se você está apresentando um sangramento marrom com duração superior a 7 dias, se for volumoso e se ocorrer dor pélvica, é importante consultar um ginecologista.
Menstruação em borra marrom pode ser um sinal de:
1. Fluxo menstrual reduzidoA redução do fluxo menstrual normalmente ocorre no início e no fim da menstruação. Quando vem em menor quantidade, o sangue demora mais tempo a passar pelo canal vaginal, o que aumenta a sua exposição ao oxigênio e o torna mais escuro. Deste modo, apresenta uma tonalidade marrom semelhante à borra de café.
2. EscapesOs escapes são pequenos sangramentos que ocorrem entre uma menstruação e outra. Geralmente estes sangramentos são de cor marrom e acontecem em mulheres que estão em uso de Dispositivo Intrauterino (DIU), anticoncepcionais injetáveis e implantes subcutâneos ou pílulas de progestágeno.
3. Alterações hormonaisAlgumas alterações hormonais causadas por distúrbios de tireoide e, especialmente a queda dos níveis de progesterona, podem fazer com que a menstruação venha com uma cor marrom ou em borra. Junto com o estrógeno, a progesterona tem como uma de suas funções regular o ciclo menstrual.
É bastante comum que a progesterona fique diminuída quando a mulher troca de pílula anticoncepcional ou quando usa a pílula do dia seguinte. Nestes casos, a mulher pode vir a ter um sangramento amarronzado, escuro e em pouca quantidade.
4. MenopausaO principal sintoma da menopausa é a irregularidade do ciclo menstrual. A menstruação pode ficar um ou dois meses sem vir ou mesmo descer duas vezes em um mesmo mês. Além disso, alterações no fluxo menstrual como redução da quantidade e cor marrom escura do sangramento também podem ser observadas. Isto se deve às quedas hormonais que as mulheres apresentam neste período da vida.
5. Infecções sexualmente transmissíveisInfecções sexualmente transmissíveis, especialmente aquelas causadas por bactérias, como a gonorreia provocam alterações no sangue da menstruação, tornando-o marrom escuro.
Porém, esta alteração da cor da menstruação pode vir acompanhada de um odor fétido, dor na região inferior do abdome e febre. Neste caso, é preciso buscar um ginecologista para realizar o tratamento adequado.
6. EndometrioseA endometriose pode provocar sangramento de cor marrom escuro, semelhante à borra de café e de grande volume. O sangramento com estas características pode acontecer durante ou entre as menstruações e vem acompanhado de cólica abdominal, dor pélvica, dor durante o ato sexual, dificuldade de engravidar e dura mais de 7 dias.
Uma avaliação ginecológica é importante para efetuar o acompanhamento e tratamento da endometriose.
7. Lesão no colo do úteroAs lesões no colo do útero podem provocar sangramento marrom. Estas lesões podem ser causadas por bactérias, vírus como o HPV ou por alguns tipos de câncer. Nestes casos, verifique se há presença de odor fétido e se o sangramento ocorre durante ou depois do ato sexual.
O exame ginecológico é importante para identificar a presença da lesão e investigar a sua causa.
Quando devo me preocupar?Você deve ficar atenta e procurar um ginecologista quando:
- O sangramento marrom durar mais de 7 dias;
- Apresentar dor pélvica ou cólica intensa;
- Tiver febre;
- O sangramento acontecer em grandes volumes.
Nestes casos, busque atendimento ginecológico para investigação e tratamento adequado. Não utilize medicamentos sem prescrição.
Para saber mais sobre corrimento marrom você pode ler:
- Corrimento marrom, o que pode ser?
- Estou com corrimento marrom mesmo tomando anticoncepcional: o que pode ser e o que fazer?
- Tipos de menstruação: o que significam as diferentes cores?
- Tomo injeção e começou a sair uma borra marrom... o que é isso, há algum problema?
Referência:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
Corrimento amarelo com odor forte ou sintomas de coceira e dor ao urinar, pode ser sinal de infecção vaginal (vaginose), de origem bacteriana ou causada por protozoários (Tricomoníase).
Entretanto, corrimento amarelo-claro, sem cheiro, ou outros sintomas, pode sinalizar o início de uma gravidez, principalmente se estiver com atraso menstrual.
Para ter certeza é preciso uma avaliação pelo ginecologista. De toda forma, entenda um pouco mais sobre cada uma das situações.
Vaginose bacterianaNa vaginose bacteriana, ocorre uma alteração da flora vaginal normal, com aumento de algumas bactérias, geralmente Gardnerella vaginalis, ocasionado a infecção. Nem sempre apresenta sintomas, mas quando ocorre, geralmente são: corrimento vaginal de cor amarela, branca ou acinzentada, com odor desagradável (peixe podre), ardência ao urinar e coceira na vagina.
O tratamento deve ser feito com antibióticos, em pomada e/ ou comprimidos, dependendo do grau da infecção e das condições de saúde da mulher.
A melhor maneira de evitar a vaginose bacteriana é:
- evitar fazer duchas vaginais;
- limitar o número de parceiros;
- usar preservativo sempre, em todas as relações;
- procurar fazer exames ginecológicos uma vez ao ano, no mínimo.
Na tricomoníase, o agente etiológico (causador da doença) é o protozoário Trichomonas vaginalis, cuja transmissão ocorre através do contato íntimo sem preservativo, ou seja, uma infecção sexualmente transmissível. Nesse caso, os sintomas são de: corrimento acinzentado, com mau cheiro, por vezes espumoso, dispareunia (dor nas relações sexuais) e disúria (dor ao urinar).
O tratamento da tricomoníase também é feito com antibióticos, e deve envolver ambos os parceiros. O tratamento é desaconselhado durante a gravidez.
Para evitar a doença, use sempre preservativos de barreira, como a camisinha, durante as relações sexuais.
GravidezNo início da gestação, devido ao aumento de hormônios no sangue e aumento da vascularização do útero e órgãos sexuais femininos, não é raro a mulher apresentar algum tipo de corrimento.
O corrimento amarelado, ou amarelo-claro, sem cheiro ou coceira local, pode ser um dos sintomas iniciais da gravidez. O corrimento rosado ou amarronzado, em pequena quantidade, que dura de 2 a 3 dias, também pode ser um sinal, chamado de sangramento de nidação, que ocorre pela implantação do embrião na parede do útero.
Sendo assim, sempre que ocorrer sangramento ou corrimento, de qualquer cor ou tipo, procure imediatamente um ginecologista para avaliação. Ele poderá fazer o exame para averiguar se você está grávida ou não e lhe dar o tratamento e orientações ideais e serem seguidas.
Leia mais sobre esse assunto, nos artigos:
Câimbra na panturrilha (batata da perna) pode ser causada por atividade física intensa, desidratação, mau condicionamento físico, má alimentação, deficiência de sais minerais ou ainda gravidez.
A câimbra é uma contração muscular involuntária, violenta e exagerada, que provoca dor intensa e paralisa a musculatura afetada. A câimbra ocorre quando o músculo deixa de ter as condições ideais para um contração muscular normal.
A câimbra na panturrilha acontece muitas vezes durante a noite, às vezes quando a pessoa está dormindo, quando os músculos estão relaxados após exercícios físicos intensos. No entanto, o espasmo também pode ocorrer durante o dia e no decorrer da prática de atividade física.
A causa mais comum de câimbra na panturrilha durante a atividade esportiva é a desidratação. No entanto, a água sozinha nem sempre é suficiente para evitar as câimbras, já que o corpo também perde muitos sais minerais. Para isso, as bebidas isotônicas são mais indicadas, pois repõem também os sais perdidos com a transpiração.
As câimbras musculares na panturrilha são comuns e podem ser interrompidas esticando suavemente o músculo afetado, que pode estar rígido ou mais volumoso. Geralmente ocorre quando o músculo está lesionado ou sobrecarregado.
Quais as possíveis causas de câimbra na panturrilha?- Atividade física intensa;
- Desidratação durante esforços prolongados, por exemplo uma corrida;
- Gravidez, principalmente no terceiro trimestre, devido ao ganho de peso e alterações posturais naturais dessa fase, que aumentam o esforço dos músculos da panturrilha;
- Alteração nos eletrólitos do corpo, que também são conhecidos como sais minerais e atuam diretamente na contração muscular, tais como cálcio, magnésio e sódio;
- Fratura ou stress nos ossos da perna, que podem provocar uma contração muscular involuntária ao redor da lesão como forma de proteção;
- Diabetes, problemas na tireoide, hipoglicemia (pouco açúcar no sangue), abuso de álcool e outras situações que alterem o metabolismo normal do corpo;
- Mal de Parkinson, Esclerose Lateral Amiotrófica e outras doenças neurológicas que afetam os nervos responsáveis pela contração muscular;
- Varizes e insuficiência venosa;
- Falta de preparo físico decorrente de longos períodos sem fazer exercícios;
- Falta de vitaminas B1, B5 e B6;
- Medicamentos diuréticos, como a Furosemida, e para hipertensão arterial, como o Nifedipino, entre outros tipos de medicamentos;
- Insuficiência renal, menstruação.
Para diagnosticar a causa das câimbras, podem ser realizados exames de sangue para verificar os níveis de cálcio, potássio ou magnésio, a função dos rins e o funcionamento da tireoide.
O que fazer em caso de câimbra na panturrilha?1) Puxe lentamente e suavemente a ponta do pé para cima, contrariando a contração muscular. Se não conseguir fazer isso sozinho, peça ajuda a alguém;
2) Respire fundo e continue o movimento até desaparecer a dor e o espasmo muscular;
3) Não faça movimentos bruscos para tentar vencer a câimbra, pois poderá piorar o problema;
4) Não faça alongamentos durante a câimbra para evitar lesões na musculatura.
O que fazer depois da câimbra?1) Aplique uma compressa quente na panturrilha durante 20 minutos;
2) Massageie o local com movimentos circulares durante alguns minutos;
3) Faça alongamentos na panturrilha. Lembrando que o alongamento para ser eficaz precisa ser mantido durante pelo menos 20 segundos e sem "soquinhos".
4) Quando a dor aliviar, aplique gelo no local por 20 minutos.
Se o músculo ainda doer, podem ser indicados medicamentos anti-inflamatórios para ajudar a aliviar a dor. Se as câimbras musculares forem graves, poderão ser prescritos outros medicamentos.
Como prevenir câimbras na panturrilha?- Aumente o consumo de alimentos ricos em sódio, potássio, cálcio e magnésio, como tomate, banana, mamão, leite e derivados, couve, espinafre e brócolis;
- Beba pelo menos 2 litros de água por dia;
- Hidrate-se com bebidas isotônicas durante atividades físicas intensas;
- Pratique atividade física regularmente, ao menos 3 vezes por semana;
- Faça alongamentos antes e depois do exercício físico;
- Diminua a intensidade dos exercícios, para que estejam dentro das suas capacidades.
Se as câimbras persistirem após os alongamentos e os cuidados indicados, forem muito frequentes, fortes ou durarem muito tempo para passar, o mais indicado é consultar um médico de família ou clínico geral, para que a causa das câimbras seja identificada e tratada.
Para verificar a diferença entre sangramento vaginal e menstruação você deve observar o dia que o corre o sangramento, duração e o aspecto do fluxo. Se o seu ciclo for regular, a sua menstruação tem dias certos para vir, enquanto que o sangramento pode ocorrer em qualquer dia do ciclo menstrual.
Observe também a aparência e consistência do sangue, pois cada mulher tem o fluxo menstrual com um determinado aspecto e o sangramento tende a ser diferente do fluxo menstrual.
Como diferenciar um Sangramento de Escape?Os sangramentos de escape que podem ocorrer ao longo do ciclo menstrual costumam ter uma cor menos viva, duram pouco tempo e a perda de sangue é mínima.
Normalmente, duram apenas alguns dias ou até mesmo um dia. A mulher normalmente nota o sangramento pela mancha que surge na calcinha.
Esses sangramentos normalmente estão relacionados com o uso de algum tipo de anticoncepcional hormonal como pílula, adesivo, anel vaginal, DIU e implantes.
Algumas mulheres também podem perder um pouco de sangue durante a ovulação, algo que também é raro, mas que pode acontecer e confundir com o sangramento de nidação.
Como diferenciar um Sangramento de Nidação (sangramento de gravidez)?Algumas mulheres podem apresentar um pequeno sangramento, muito leve durante a implantação do embrião, o que seria o sinal precoce de uma gravidez. Pode apresentar uma cor vermelha clara, rósea ou ainda marrom.
Esse sangramento chama-se sangramento de nidação pode ocorrer de 2 a 3 dias após a relação sexual desprotegida, no entanto, é raro de ocorrer.
Por isso, se a mulher tiver dúvida se apresentou um sangramento de nidação e está grávida o ideal é realizar um teste de gravidez, caso apresente atraso menstrual.
Como diferenciar um Sangramento de Menstruação?O sangramento que vem na data próxima a da menstruação é provável que seja a própria menstruação. Entre uma menstruação e outra, o número de dias é variável, mas costuma apresentar uma certa regularidade.
A duração da menstruação varia em média de 3 a 7 dias, o número de dias que a mulher fica menstruada costuma ser o mesmo nos diferentes ciclos menstruais. Já outros tipos de sangramento podem apresentar uma grande variação na sua duração.
A aparência do fluxo menstrual pode variar de mulher para mulher, mas, em geral, o sangramento costuma ser mais abundante e apresentar um vermelho mais vivo do que o sangramento de escape.
Além disso, o sangramento menstrual pode se iniciar em quantidade muito pequena e permanecer alguns dias assim até aumentar em intensidade, ou pode começar em grande quantidade e reduzir aos poucos.
Grande parte das mulheres apresenta uma resolução espontânea para esses sangramentos fora do período menstrual. Contudo, se o sangramento persistir ou for muito incômodo, consulte o ginecologista, médico de família ou clínico geral para uma avaliação
Veja também:
O hemograma pode ajudar a detectar doenças como anemia, alguns tipos de câncer como leucemia, infecções e inflamações, problemas no sistema imunológico, entre outras.
Através da análise dos leucócitos (glóbulos brancos), hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas, o hemograma fornece ao médico informações importantes sobre as células do sangue, sendo muito útil para auxiliar o diagnóstico ou acompanhar a evolução de diversas doenças. Contudo, o hemograma não detecta gravidez, drogas ou doenças como diabetes, DST e HIV.
O hemograma avalia os três grupos de células sanguíneas: hemácias, leucócitos e plaquetas.
As hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos, são as células sanguíneas responsáveis pelo transporte de oxigênio. Níveis elevados de hemácias indica policitemia, o que pode prejudicar as demais células e deixar o sangue espesso. Se o hemograma detectar uma diminuição das hemácias, pode ser sinal de anemia ou hemorragia.
Veja também: Hemácias normocíticas e normocrômicas é anemia?
Os leucócitos ou glóbulos brancos são as células de defesa do corpo. A contagem dos glóbulos brancos serve para detectar infecções ou inflamações, avaliar a necessidade de se fazer uma biopsia da medula óssea ou analisar a resposta do organismo a tratamentos com antibióticos, quimioterapia ou radioterapia.
Quando os leucócitos estão elevados (leucocitose), pode ser sinal de infecção, leucemia, infarto do miocárdio, gangrena ou morte (necrose) de algum tecido. Se o número de glóbulos brancos estiver reduzido (leucopenia), pode indicar uma depressão da medula óssea causada por infecções virais ou tratamento do câncer, além de ingestão de mercúrio ou exposição ao benzeno. Dentre as doenças que podem causar leucopenia estão febre tifoide, influenza, sarampo, hepatite infecciosa e rubéola.
Leia também:
Nível de leucócitos alto pode indicar uma infecção grave?
O que significa monocitose confirmada em hemograma?
As plaquetas são as células sanguíneas responsáveis pela coagulação. A contagem do número de plaquetas serve para avaliar a capacidade de coagulação do sangue, bem como diagnosticar ou verificar as causas de um aumento ou diminuição dessas células.
Assim, o hemograma pode auxiliar o diagnóstico de uma grande variedade de doenças e problemas de saúde, como:
- Hemorragias;
- Doença cardíaca;
- Alterações do sistema imunológico;
- Distúrbios na medula óssea;
- Câncer;
- Processos infecciosos e inflamatórios;
- Reações a medicamentos e tratamentos.
O resultado do hemograma deve ser avaliado pelo médico que solicitou o exame.
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Existem diversas situações que podem deixar os batimentos cardíacos acelerados. Durante uma atividade física ou em situações de estresse, ansiedade ou emoções fortes, por exemplo, o aumento da frequência cardíaca é considerado normal. Contudo, quando a pessoa está em repouso e a frequência cardíaca ultrapassa os 100 batimentos por minuto sem uma razão aparente, é preciso investigar.
A frequência cardíaca normal no adulto varia entre 60 e 100 batimentos por minuto (bpm), em repouso. Quando os batimentos cardíacos estão acelerados, acima de 100 bpm, a pessoa está com taquicardia. Uma frequência cardíaca baixa, inferior a 60 bpm, é considerada bradicardia.
Quais as causas da taquicardia?As causas mais frequentes de taquicardia incluem: doenças cardíacas, como arritmias, ansiedade, estresse, fatores genéticos, ingestão de bebidas com cafeína, como café, chás, energéticos e refrigerantes tipo cola, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, tabagismo e outras drogas, hipertireoidismo, doenças reumáticas, infecções, febre, hipoglicemia (falta de açúcar no sangue), desidratação, anemia e uso de alguns medicamentos.
Quando a taquicardia ocorre sem que haja uma necessidade específica do corpo ou na ausência de estímulos internos ou externos, ela é considerada arritmia cardíaca e precisa ser tratada.
O que fazer em caso de batimentos cardíacos acelerados?Ficar em repouso, tossir, inclinar o tronco para frente ou aplicar gelo no rosto ajuda a diminuir o ritmo dos batimentos cardíacos. Se os batimentos cardíacos continuarem acelerados depois dessas medidas, pode ser indicado o uso de medicamentos orais ou intravenosos.
Se os medicamentos não forem suficientes para normalizar a frequência cardíaca, pode ser necessário aplicar choques elétricos no tórax ou fazer uma cirurgia para remover a porção elétrica do coração que está danificada ou implantar aparelhos que corrigem os batimentos cardíacos, como cateter, marca-passo ou desfibrilador.
Além de todas essas medidas, é preciso tratar a doença que pode estar provocando esse aumento dos batimentos cardíacos.
O tratamento da taquicardia é importante, pois evita complicações, deixa os batimentos cardíacos menos acelerados e previne novos episódios de taquicardia.
Como saber se os batimentos cardíacos estão acelerados?Para saber se os batimentos cardíacos estão normais ou acelerados, basta medir a pulsação. Para isso, você deve permanecer em repouso, de preferência deitado, durante pelo menos 5 minutos. Depois, coloque as pontas dos dedos indicador, médio e anelar logo abaixo do pulso, na base do polegar.
Pressione ou movimente os dedos para os lados, até sentir a pulsação. Use um relógio ou cronômetro para marcar o tempo e observe quantas vezes o seu coração bate durante 1 minuto.
Vale lembrar que contar as pulsações por 15 segundos e depois multiplicar por 4 para obter o número de batimentos cardíacos por minuto, pode dar um resultado que não condiz com a realidade, uma vez que a pulsação nem sempre é regular e pode oscilar.
A frequência cardíaca normal varia de acordo com a idade e o condicionamento físico da pessoa. Quanto mais jovem o indivíduo, mais baixa é a sua frequência cardíaca. Adultos sedentários geralmente possuem frequência cardíaca de 70 a 100 batimentos por minuto.
Por outro lado, pessoas com bom condicionamento físico podem ter uma frequência cardíaca de 50 batimentos por minuto ou ainda menor. Isso ocorre porque os batimentos cardíacos de quem pratica atividade física regularmente bombeia o sangue de forma mais eficaz, por isso precisa bater menos vezes.
Quais são os sintomas da taquicardia?O sinal que caracteriza a taquicardia é o aumento da frequência cardíaca para mais de 100 batimentos por minuto. Além dos batimentos cardíacos acelerados, a taquicardia pode não manifestar sintomas em alguns casos.
Por outro lado, os batimentos cardíacos acelerados podem alterar de forma considerável o funcionamento do coração, podendo causar infarto, acidente vascular cerebral (derrame), parada cardíaca e morte.
Quando a frequência cardíaca está muito alta, o coração pode ficar incapaz de bombear adequadamente o sangue para o resto do corpo e a oxigenação dos tecidos fica prejudicada. Os sintomas da taquicardia nesses casos podem incluir falta de ar, tonturas, palpitações, dor no peito e desmaios.
Caso você tenha sentido os batimentos acelerados, procure o/a médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação detalhada e identificação da causa da taquicardia.
Fazer sexo em excesso ou ter relação todos os dias não causa propriamente nenhum mal. Fisicamente, o excesso de relações sexuais pode provocar alguma dor, desconforto ou ardência nos órgãos genitais, tanto no homem como na mulher. Isso acontece pelo atrito, que gera pequenas lesões e causa esses sintomas.
Homens que praticam sexo em excesso podem ficar com o esperma mais escuro, com uma coloração avermelhada ou marrom. Trata-se de uma condição chamada hematospermia, que é a presença de sangue no líquido seminal. No entanto, não costuma ser nada de grave. Se a causa for mesmo o excesso de sexo, o tratamento é feito com abstinência sexual e repouso.
É difícil definir exatamente o que é "sexo em excesso". Há pessoas que ficam satisfeitas fazendo sexo uma vez por semana, enquanto outras querem fazer 3 vezes por dia. Não é possível estabelecer um limite, por exemplo: sexo faz bem até "x" relações sexuais por dia, mais do que isso pode ser prejudicial. Os limites e a quantidade variam de pessoa a pessoa.
Por outro lado, ao mesmo tempo que há um certo limite físico para o sexo, existe também um limite comportamental. Se a necessidade de fazer sexo começar a interferir no cotidiano da pessoa, ao ponto dela deixar de lado outras atividades que lhe são importantes, como trabalho, estudos, vida social ou lazer, pode se tratar de algum tipo de compulsão.
Nesses casos, o mais indicado é procurar um sexólogo ou psicoterapeuta para identificar a origem do distúrbio. Alguns medicamentos também podem inibir a compulsão sexual e auxiliar o indivíduo a restabelecer a sua rotina normal, se esse for o caso.
Sempre é importante preservar-se nos momentos das relações sexuais, tendo em conta um ambiente confortável e seguro, sentindo confiança com a pessoa em que está se relacionando e além de usar preservativo masculino ou feminino em toda relação sexual.
Em caso de dúvida, procure o médico de família, ginecologista ou clínico geral para conselhos mais adaptados ao seu caso, principalmente nas recomendações de métodos contraceptivos.
Veja também: o que é realmente um orgasmo.
Sangramento de escape é a perda mínima de sangue que pode ocorrer ao longo do ciclo menstrual.
Geralmente, é associado ao uso de anticoncepcional hormonal como pílula, adesivo, anel vaginal implante intradérmico e DIU (Dispositivo intra uterino) ou no início da gravidez (primeiros 3 meses). A frequência do escape é maior nos primeiros meses de uso do anticoncepcional, mas ao fazer o uso correto, o escape não está associado com a redução da eficácia do anticoncepcional.
Como parar o sangramento?Para a maioria das mulheres o sangramento para sozinho, não precisando de intervenção com medicações ou mudança de método anticonceptivo. Caso o sangramento de escape incomode demasiadamente, a mulher pode procurar o ginecologista, clínico geral ou médico de família para orientações.
As mulheres fumantes são mais propensas a esse tipo de sangramento. A interrupção do tabagismo é sugerida como medida de melhora.
Como identificar?Esse sangramento é diferente do sangramento da menstruação pois tem uma coloração de sangue menos vivo, não é prolongado, costuma durar alguns dias ou mesmo apenas 1 dia, é percebido na calcinha manchada e às vezes a mulher não sente necessidade do uso de absorvente.
Líquido livre no saco de Douglas significa a ausência de líquido nesse local.
O saco de Douglas ou fundo de saco de Douglas é o espaço anatômico localizado entre o útero e o reto no caso das mulheres e entre a bexiga e o reto no caso dos homens. Por ser um espaço na região abdominal, o saco de Douglas pode acumular líquidos das estruturas ao redor (útero, ovário, abdômen, peritônio e tubas uterinas) e facilitar o diagnósticos de patologias como cisto de ovário, doenças inflamatórias pélvicas ou gravidez ectópica.
Quando não há líquidos acumulados no fundo do saco de Douglas, ele está livre e portanto não há secreções no seu interior.
A presença de algum tipo de liquido (claro, com sangue ou pus) pode indicar alguma patologia como doença inflamatória pélvica, peritonite, cistos de ovário ou gravidez ectópica.
A avaliação do saco de Douglas é feita principalmente em mulheres com dores na região inferior do abdômen e pode ser feita com exames de imagem (ultrassom, ressonância, tomografia) ou no exame especular.
Se você está com algum resultado de exame realizado recentemente, é importante realizar a consulta de retorno no/a médico/a que solicitou para que ele/ela possa prosseguir com a avaliação.
As mulheres que usam anticoncepcional hormonal oral (pílula), especialmente as que estão iniciando o seu uso, podem apresentar um corrimento marrom chamado de escape ou spotting, devido à variação das concentrações de hormônio no corpo.
Este tipo de corrimento (sangramento) ocorre em pouca quantidade e cessa espontaneamente. É também comum no início e no final da menstruação e após as relações sexuais. Geralmente, não está ligado a gravidez.
Se você está apresentando corrimento marrom (sangramento de escape) deve manter o uso do seu anticoncepcional até o final da cartela e conversar com o ginecologista.
Corrimento marrom pode ser gravidez?O corrimento marrom geralmente não é um sinal de gravidez, principalmente, se você usa anticoncepcional regularmente conforme orientação médica.
No entanto, no início da gestação pode haver um pequeno sangramento, chamado sangramento de nidação, que corresponde à implantação do embrião na parede do útero.
Esse sangramento é de cor rosada, de pequena quantidade e que dura de 2 a 3 dias no máximo. Acredita-se que apenas 20% das mulheres percebam o sangramento de nidação.
Se você está grávida e apresenta corrimento marrom é importante entrar em contato com o obstetra para investigar a sua causa.
Se estou usando anticoncepcional, por que o corrimento marrom acontece?Este corrimento marrom (sangramento de escape) se deve aos hormônios presentes no anticoncepcional e não oferece riscos à saúde. Ele é bastante comum se você:
- Está se adaptando ao uso da pílula anticoncepcional,
- Está trocando de anticoncepcional ou
- Parou de usar pílula e está retomando o uso.
Nestes casos, ocorre uma variação da quantidade de hormônios, especialmente a progesterona, no corpo da mulher o que provoca o sangramento marrom.
O que devo fazer?Mesmo que você esteja apresentando sangramento, é importante que mantenha o uso do anticoncepcional de acordo com a orientação do ginecologista.
A tendência é que o corpo se adapte ao medicamento e o sangramento de escape cesse de forma espontânea. Isto ocorre cerca de três meses após o início do uso do anticoncepcional, após a sua troca ou retomada.
Esquecer de tomar o anticoncepcional é um fator que pode fazer com que o sangramento permaneça por mais tempo. Para evitar que isto aconteça, tome a medicação diariamente no mesmo horário. Isto reduz a chance de esquecê-lo.
No caso do sangramento não cessar ou esse efeito colateral causar grande impacto na sua qualidade de vida, converse com o ginecologista para avaliar a troca da medicação.
Quando devo me preocupar?Você deve procurar um ginecologista ou médico de família se:
- O corrimento marrom (sangramento de escape) incomodar muito e você pensar em suspender o uso do anticoncepcional,
- Se o corrimento tiver cheiro mau cheiro,
- Se apresentar coceira na vagina,
- Se o sangramento for abundante e acompanhado de sangue vermelho vivo e/ou
- Se sentir cólica ou dor abdominal.
Nestas situações é possível, através do exame ginecológico, que o médico observe o canal vaginal, o colo do útero e o aspecto do corrimento para definir o tratamento mais adequado para você.
Não utilize creme vaginais ou outros medicamentos sem indicação médica.
Para saber mais sobre corrimento marrom e sangramentos de escape pode ler:
Tomo injeção e começou a sair uma borra marrom... o que é isso, há algum problema?
Menstruação não veio, no lugar dela uma borra marrom...
Corrimento marrom, o que pode ser?
Referência:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.