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Proteína C reativa: O que é o exame PCR e para que serve?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O exame que mede a dosagem de proteína C reativa (PCR) serve para investigar o estado inflamatório do indivíduo e avaliar o risco de doença cardiovascular, como infarto e derrame cerebral. A proteína C reativa, produzida no fígado, é o principal marcador de fase aguda de processos inflamatórios e necróticos (morte do tecido) que ocorrem no organismo, principalmente processos inflamatórios associados a infecções bacterianas.

O exame de proteína C reativa é usado ainda para detectar manifestações exacerbadas de doenças inflamatórias, como artrite reumatoide, lúpus ou vasculite. Através dos níveis de PCR, também é possível saber se o anti-inflamatório usado para tratar alguma doença ou condição está sendo eficiente ou não.

O exame PCR é realizado através da coleta de sangue. Trata-se de um método preciso, rápido, seguro e econômico, mas é também um método inespecífico, ou seja, não é suficiente para diagnosticar qualquer doença. O exame pode revelar que a pessoa tem alguma inflamação no corpo, mas não é capaz de indicar a sua localização exata.

Isso porque a PCR pode estar elevada no sangue devido a qualquer situação de inflamação no corpo. A condição que levou a esta inflamação (doenças reumatológicas, autoimunes, entre outras) deve ser investigada mais a fundo pelo médico, com outros exames.

O exame de PCR normalmente é realizado com o exame que mede a taxa de sedimentação dos glóbulos vermelhos (VHS) ou com o exame de eritrossedimentação, que também são usados para detectar inflamações.

Para que serve o exame PCR ultrassensível?

Para avaliar o risco de doença cardiovascular é feito o exame de PCR ultrassensível, que faz uma dosagem mais precisa de proteína C reativa. Muitas doenças cardiovasculares resultam de dois fatores:

1. Inflamação constante nas paredes dos vasos sanguíneos;

2. Acúmulo de colesterol na parede desses vasos.

Por isso, os valores de PCR estão relacionados com os principais fatores de risco de doenças cardiovasculares, podendo refletir o papel que tais fatores exercem no desenvolvimento de inflamações nos vasos sanguíneos.

Pessoas com níveis de PCR persistentemente acima de 0,3 mg/dL (3 mg/L) apresentam alto risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Com esses valores, a proteína C reativa indica que há um processo inflamatório discreto, porém contínuo, ocorrendo no organismo.

O risco cardiovascular é considerado médio quando o resultado do exame PCR ultrassensível apresentar valores entre 0,1 mg/dL (1 mg/L) e 0,3 mg/dL (3 mg/L).

Se os níveis de PCR estiverem abaixo de 0,1 mg/dL (1 mg/L), significa que a pessoa tem um baixo risco de desenvolver doença cardiovascular.

Contudo, níveis baixos de PCR nem sempre indicam que não existe uma inflamação no corpo. Pessoas com artrite reumatoide e lúpus podem apresentar níveis normais de proteína C reativa. A razão para isso não é conhecida.

PCR alto pode ser câncer?

Sim, um nível alto de PCR pode ser sinal de câncer, especialmente linfoma. Contudo, nem todo tipo de câncer provoca um aumento dos valores de PCR, por isso o exame não é usado para diagnosticar a doença. Portanto, é muito mais provável que alguém com PCR alto tenha um processo inflamatório ocorrendo no corpo do um câncer.

O valor de PCR também pode estar alto em diversas doenças e condições, tais como:

  • Doença do tecido conjuntivo, infarto, infecção bacteriana;
  • Doença inflamatória intestinal, lúpus, pneumonia;
  • Artrite reumatoide, febre reumática, tuberculose;
  • Pancreatite aguda, apendicite, queimaduras;
  • Doença inflamatória no intestino, derrame cerebral;
  • Doença inflamatória pélvica, artrite reumatoide;
  • Sepse (infecção generalizada), Pós-operatório de alguma cirurgia (3 primeiros dias);
  • Uso de medicamentos (anti-inflamatórios não-esteroides, aspirina, corticoides, estatinas, betabloqueadores, pílula anticoncepcional);
  • Terapia de reposição hormonal, uso de dispositivo intrauterino (DIU);
  • Exercício físico intenso, gravidez, obesidade.
O que significa PCR positivo?

PCR positivo era a forma como o resultado do exame era apresentado anteriormente quando o valor de proteína C reativa estava superior a 0,1 mg/dL (1 mg/L). O exame de PCR dava apenas resultados “positivo” ou “negativo”, sem medir especificamente a quantidade de proteína C reativa.

O que é a proteína C reativa?

A proteína C reativa é uma proteína produzida pelo fígado, cujos níveis aumentam de valor quando há alguma inflamação no corpo. A PCR é considerada uma reagente de fase aguda, ou seja, aumenta em resposta à inflamação.

A PCR responde a proteínas inflamatórias chamadas citocinas, que são produzidas pelos glóbulos brancos (células de defesa) durante o processo inflamatório.

A interpretação dos resultados do exame PCR deve ser realizada pelo médico que o solicitou, em conjunto com a história e o exame clínico do paciente.

Fiz exame de urina e o resultado dos leucócitos está elevado. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Leucócitos altos no exame de urina geralmente é sinal de infecção urinária. Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células de defesa do sistema imunológico.

Níveis elevados de leucócitos na urina normalmente indicam que há alguma inflamação no trato urinário, que pode ou não ser causada por algum agente infeccioso.

Algumas possíveis causas de leucócitos altos na urina:

  • Infecção urinária, causada na maioria das vezes pela bactéria Escherichia coli;
  • Febre;
  • Atividade física muito intensa;
  • Tuberculose do trato urinário;
  • Infecção por outros micro-organismos, como fungos e vírus;
  • Nefrite e glomerulonefrite (inflamação dos rins);
  • Cálculos renais (pedra nos rins);
  • Uso de substâncias irritantes;
  • Câncer.

Os valores normais de leucócitos no exame de urina devem estar abaixo de 10.000/ml. Acima desse valor é considerado leucocitúria (nível de leucócitos alto na urina).

Se a leucocito-esterase e o nitrito estiverem positivos, é provável que seja infecção urinária.

A presença de hemácias (glóbulos vermelhos) e proteína na urina pode indicar inflamação nos rins ou cálculos renais.

A maioria dos casos de leucocitúria caracteriza-se pelo aumento do número neutrófilos, um tipo de leucócito, e tem como causa uma inflamação no trato urinário.

Os leucócitos podem chegar ao sistema urinário através de qualquer uma das suas estruturas, desde à uretra aos rins. Os leucócitos podem estar altos, temporariamente, em quase todas as doenças dos rins e do sistema urinário, quando são acompanhadas de inflamação.

Os leucócitos são células de defesa, sendo mobilizados pelo sistema imune em casos de infecção, gerando um processo inflamatório que tem o objetivo de destruir o agente invasor. A circulação sanguínea sofre alterações, com mudanças no calibre e na permeabilidade dos vasos sanguíneos, que levam ao extravasamento de leucócitos.

O número de leucócitos também pode estar elevado em quadros de febre e após exercícios físicos intensos.

Porém, a principal causa de leucócitos altos na urina é a infecção urinária, que pode ser causada por diferentes micro-organismos, mas principalmente por bactérias.

Algumas doenças e condições que podem causar inflamação do trato urinário também podem aumentar o número de leucócitos presentes na urina, como cálculos renais, câncer de bexiga e presença de corpo estranho. No caso dos cálculos renais, também ocorre obstrução da urina, o que favorece a proliferação de micro-organismos que podem provocar infecção urinária.

Apesar de o aumento dos leucócitos ter como principal causa infecções urinárias agudas, a verificação da presença dessas células na urina e o teste de leucocito-esterase são úteis para diagnosticar outras doenças urinárias.

Por isso, os resultados desses exames devem ser avaliados sempre em conjunto com outros exames e as manifestações dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa.

Cabe ao médico que solicitou o exame de urina interpretar os resultados, de acordo com os sinais e sintomas apresentados, além de outros exames que podem ter sido solicitados.

Leia também:

Foram detectados cristais de oxalato de cálcio na minha urina. O que é possível fazer para eliminá-los do organismo?

Células epiteliais raras ou bactérias raras na urina: o que significam?

Referências

Sociedade Brasileira de Nefrologia. Biomarcadores na Nefrologia.

Como é feito o exame preventivo feminino?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame preventivo feminino, esfregaço cervicovaginal, colpocitologia oncótica cervical ou teste de Papanicolau, é um exame ginecológico de citologia cervical, realizado para prevenção de câncer do colo do útero, principalmente causado pelo papilomavírus humano (HPV).

O exame preventivo feminino geralmente é indolor, simples e rápido (dura apenas alguns minutos). Pode causar um pequeno desconforto, amenizado quando a mulher consegue se manter relaxada e se o exame for realizado com a técnica adequada.

Inicialmente, o avaliador visualiza externamente a vagina e ânus, buscando identificar qualquer anormalidade, como alterações da pigmentação, presença de secreções ou lesões, mudanças no padrão dos pelos, entre outras.

Em seguida, é introduzido na vagina um instrumento chamado espéculo, conhecido popularmente como “bico de pato”, devido ao seu formato, para uma nova inspeção visual, dessa vez nas paredes internas da vagina e no colo do útero.

Por fim, é realizada a coleta do material para análise, através de uma pequena raspagem na superfície externa e interna do colo do útero, com uma espátula de madeira e posteriormente, com uma escovinha. Colhido material, este deverá ser colocado em uma lâmina de vidro, que é encaminhada para análise ao microscópio em laboratório especializado em citopatologia.

Tenho que me preparar para fazer o exame preventivo?

Para garantir que o resultado do exame de Papanicolau seja o mais correto possível, a mulher deve, nas 48 horas anteriores à realização do exame:

  • Abster-se de ter relações sexuais (mesmo com camisinha);
  • Evitar o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais, como espermicidas, por exemplo;
  • Não realizar exame ginecológico com toque, ultrassonografia transvaginal ou ressonância magnética da pelve.

É importante também não estar menstruada, pois o resultado pode ser alterado na presença de sangue.

Mulheres grávidas podem realizar o exame, sem riscos de saúde para ela ou para o bebê.

Para que serve o exame preventivo?

O exame preventivo serve para verificar se existem alterações nas células do colo uterino, identificar infecções causadas por vírus, como verrugas genitais causadas por HPV e herpes, bem como infecções vaginais causadas por fungos ou bactérias. O principal objetivo do Papanicolau é prevenir e identificar precocemente o câncer de colo do útero.

O preventivo pode identificar a infecção por HPV, que é o principal fator de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer. O Papanicolau pode detectar a presença do vírus e a existência de células anormais, permitindo iniciar o tratamento antes das células darem origem a um tumor ou numa fase muito precoce da doença.

Quando fazer o exame preventivo?

O primeiro exame preventivo deve ser feito 3 anos depois do início da vida sexual da mulher ou aos 21 anos de idade. A partir dessa idade, a mulher deve realizar o Papanicolau a cada 2 anos, até aos 29 anos. A partir dos 30 anos, após 3 exames consecutivos normais, com resultados negativos para câncer, o preventivo pode passar a ser realizado a cada 3 anos.

Mulheres com idade entre 65 e 70 anos, que apresentarem 3 exames negativos consecutivos e não resultados absolutamente normais nos últimos 10 anos, não precisam mais realizar o Papanicolau.

Exceções: portadoras de HIV, mulheres com depressão imunológica, história de NIC-I ou NIC-II e aquelas com muitos parceiros sexuais.

Essas indicações não precisam ser seguidas à risca e cabe ao médico ginecologista assistente alterá-las se considerar necessário, caso a caso.

Por exemplo, pacientes portadoras de HIV ou HPV, imunossuprimidas, que não utilizam métodos de proteção (camisinhas), têm múltiplos parceiros sexuais, fazem uso prolongado de anticoncepcionais orais, são tabagistas ou têm má higiene íntima, necessitam realizar o exame preventivo feminino mais precocemente ou com maior frequência.

O exame preventivo pode ser feito gratuitamente nas Unidades de Saúde da Família (USF) e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). O Papanicolau é de fundamental importância, pois o câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais frequente de câncer na população feminina e só costuma causar sintomas tardiamente.

A realização periódica do exame permite diagnosticar de forma precoce o tumor e reduz consideravelmente os riscos de morte por esse tipo de câncer.

Dor nas costas do lado esquerdo, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A maior parte dos casos de dor nas costas, seja do lado esquerdo ou direito, é de origem muscular, normalmente causada por algum mau jeito, excesso de peso carregado ou postura ruim. A dor costuma ser mais frequente na região lombar (parte inferior das costas).

Algumas dores nas costas, entretanto, podem ser sintomas de problemas de coluna, problemas no pulmão, cálculo renal, herpes zoster, ou certos tipos de câncer, embora seja muito mais raro.

As alterações posturais da gravidez e o próprio envelhecimento natural da coluna também podem provocar dor nas costas.

Outras causas comuns de dor nas costas são:

  • Excesso de peso,
  • Traumatismos,
  • Estresse, ansiedade, depressão,
  • Trauma, fraturas,
  • Artrite, artrose, entre outras.

A dor nas costas pode ter início súbito, depois de um esforço por exemplo, ou ser crônica. Um caso comum de dor crônica é o desgaste da coluna devido a idade e sedentarismo.

E um caso comum de dor aguda é a hérnia de disco, quando acontece a compressão de uma raiz nervosa, desencadeando a dor irradiada para o glúteo ou membros inferiores.

Dor nas costas por um problema muscular

A dor muscular é localizada, piora com a movimentação, é do tipo aperto ou "dolorimento" e na maioria das vezes tem uma história prévia de pancada, esforço físico ou treino esportivo intensificado.

Dor nas costas por problemas pulmonares

A dor nas costas relacionada a problemas pulmonares costuma vir associada a outros sintomas como: tosse, seca ou com catarro, dor que piora com a respiração profunda ou quando tosse, febre e mal-estar.

Dor na lombar pode ser cólica renal?

Sim. A dor lombar, no lado direito ou esquerdo, pode ser um sintoma de cólica renal, chamada também de cólica renal.

A dor devido à cólica renal é intensa e contínua, não melhora com o repouso, com analgésicos simples, nem com alguma posição específica. Ela se mantém e se localiza na região do dorso, de um lado, podendo ser irradiada para a virilha ou abdômen.

Dor nas costas de origem nervosa

A dor de origem nervosa, por compressão de uma raiz como na hérnia de disco, problemas crônicos de coluna e artroses, por exemplo, desencadeia uma dor intensa, mas não contínua, descrita como "choques" ou fisgadas, que seguem o trajeto do nervo que está sendo comprimido.

Como a coluna lombar costuma ser a localização mais comum, a dor frequentemente se inicia na região lombar e segue para o glúteo, coxa, face lateral da perna podendo alcançar o pé, do mesmo lado.

No caso de herpes zoster, doença causada pelo mesmo vírus da catapora, o vírus é reativado e agride um trajeto do nervo, mais comum na região do dorso, causando uma dor intensa em queimação, vermelhidão, bolhas e sensibilidade aumentada na região.

Qual o tratamento para dor nas costas, do lado esquerdo?

O tratamento deve ser direcionado para a causa da dor.

Na dor nas costas por problemas musculares, o tratamento não medicamentoso com yoga, osteopatia e meditação, por exemplo, muitas vezes resolve por completo os sintomas, reduzindo a necessidade de medicamentos. Além disso, promove fortalecimento muscular e oriento quanto a reeducação postural e medidas para controle de ansiedade, diminuindo os episódios de crises de dor.

No entanto, quando não for suficiente, o médico deve incluir medicamento relaxante muscular e antiinflamatórios, se não houver contraindicação ou alergia a composição destes.

Os problemas pulmonares devem ser avaliados e tratados pelo pneumologista. Nos casos de pneumonia, é preciso iniciar antibioticoterapia o mais precoce possível para evitar complicações, como a infecção generalizada. Nos problemas de pleura (película que recobre os pulmões), pode ser preciso intervenção cirúrgica.

Já nos casos de dor nas costas por problemas renais, o tratamento é mais específico. Para infecção de via urinária, é preciso iniciar antibióticos. Nos casos de cálculo renal, pode ser preciso intervenção cirúrgica e retirada do cálculo além das medicações para alívio da dor. Cabe ao médico urologista avaliar caso a caso.

Na dor nas costas por problemas neurológicos, de compressão de nervo, também é indicado inicialmente: repouso, relaxante muscular e fisioterapia. Se não for suficiente ou se o disco vertebral romper, pode ser preciso cirurgia de urgência para evitar a perda de força irreversível, naquele membro.

No herpes zoster, o tratamento é feito com uso de antiviral e analgésicos potentes, pela intensidade da dor.

Quando devo me preocupar?

Quando a dor nas costas estiver associada a sintomas como os relacionados abaixo, é preciso procurar um atendimento médico com urgência. Os sinais e sintomas são:

  • Febre
  • Tosse com catarro
  • Dificuldade de respirar
  • Urina com sangue ou com ardência
  • Emagrecimento sem motivo aparente

Para maiores esclarecimentos e avaliação criteriosa, procure um médico de família ou clínico geral.

Leia também:

No hemograma, o que significa VCM, HCM e RDW?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

No hemograma, VCM, HCM e RDW são os índices hematimétricos, que servem para avaliar as características das hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos.

Esses índices adicionais do hemograma permitem verificar o tamanho e o formato das hemácias, sendo usados em conjunto com a contagem dessas células para diagnosticar diversos tipos de anemia.

O que significa VCM no hemograma?

O índice VCM significa Volume Corpuscular Médio e serve para avaliar o tamanho médio dos glóbulos vermelhos e diagnosticar anemias.

Se o valor for inferior a 80 fl, significa que as hemácias estão pequenas e a anemia é do tipo microcítica. Um exemplo comum desse tipo de anemia é a anemia ferropriva, causada por deficiência de ferro.

Se o VCM for maior que 96 fl, a anemia é do tipo macrocítica, pois as hemácias estão maiores que o normal. Dentre esse tipo de anemia, as mais comuns são a anemia megaloblástica e a perniciosa.

Valores de VCM entre 80 e 100 fl indicam que as hemácias estão dentro do tamanho normal. No entanto, se o número de glóbulos vermelhos estiver reduzido, a anemia é chamada normocítica.

O que significa HCM no hemograma?

O índice HCM significa Hemoglobina Corpuscular Média e indica o peso da hemoglobina na hemácia. Portanto, serve para avaliar a quantidade média de hemoglobina na célula.

A hemoglobina é a proteína que dá a cor vermelha aos glóbulos vermelhos e, consequentemente, ao sangue. Sua principal função é se ligar ao oxigênio para que este seja transportado para as células do corpo.

Valores altos de HCM são encontrados em glóbulos vermelhos mais escuros. Nesses casos, a anemia é denominada hipercrômica.

Se o HCM estiver baixo, as hemácias terão coloração mais clara e a anemia é chamada hipocrômica.

Valores normais de HCM são encontrados em glóbulos vermelhos de cor normal, chamados normocrômicos. Caso haja anemia, ela é denominada normocrômica.

Veja também: Hemácias normocíticas e normocrômicas é anemia?

O resultado do HCM é dado em picogramas. O valor de referência é de 30 a 33 pg.

O que significa RDW no hemograma?

RDW é a sigla em inglês para Red Cell Distribution Width (Amplitude de Distribuição dos Glóbulos Vermelhos). É um índice que indica a variação de tamanho entre as hemácias, representando a percentagem da variação entre os tamanhos obtidos.

Serve para avaliar a distribuição dos glóbulos vermelhos de uma amostra em relação ao seu diâmetro, mostrando assim o grau de heterogeneidade dessas células. Para classificar a anemia, deve ser usado em conjunto com o VCM. Os valores de referência do RDW ficam entre 11% e 14%.

O hemograma é um exame de sangue usado para obter informações sobre as células do sangue (leucócitos, hemácias e plaquetas), para auxiliar o diagnóstico ou verificar a evolução de diversas doenças. O/a médico/a que solicitou esse exame deverá avaliar o seu resultado na consulta de retorno, ocasião em que irá lhe informar a presença de alguma alteração no hemograma.

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Quais os sintomas de vermes no corpo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas de vermes no corpo do ser humano variam de acordo com a verminose. Em geral, sintoma mais evidente é a presença do verme nas fezes, diarreia, dor abdominal, febre, náuseas, vômitos, fraqueza, perda de peso, perda ou aumento do apetite.

Nos casos em que a infestação é muito intensa, o verme pode chegar a sair pela boca.

Quais os tipos de vermes e seus sintomas? Ascaridíase (lombriga)

A ascaridíase é conhecida popularmente como lombrigas. Quando estão no corpo em um número reduzido, geralmente, produzem sintomas.

Entretanto, quando presentes em grande número, as lombrigas podem provocar cólicas e obstrução intestinal e a pessoa começa a apresentar: enjoo, vômitos, dor abdominal, inchaço na barriga, diarreia ou prisão de ventre, mudanças no apetite, emagrecimento, indisposição.

Os vermes adultos quando migram para a boca e para o nariz podem ser vomitados e, além disso, podem também ser expulsos nas fezes. Estas situações abalam psicologicamente o paciente e a família.

A transmissão da ascaridíase acontece pela ingestão de alimentos e água contaminados por ovos deste parasita.

Esquistossomo (barriga d'agua)

Os sintomas da esquistossomose, doença causada pelo esquistossomo são diarreia e/ou constipação intestinal (prisão de ventre), náuseas, vômitos, coceira, febre, tosse e perda de peso.

Quando não tratada pode se tornar grave e apresentar sinais como a barriga d’água (ascite), cirrose e hemorragias.

A esquistossomose é transmitida por caramujos de água doce contaminados com os ovos dos esquistossomos nas fezes. Os caramujos contaminados os ovos nas águas doce de rios e lagos em uma forma chamada cercaria. É esta forma que penetra pela pele dos seres humanos que podem desenvolver a doença.

Ancilóstomo (amarelão)

A ancilostomose, conhecida como amarelão tem como sintomas pele amarelada, cansaço, fraqueza e pode causar complicações cardíacas e pulmonares, anemia, além de afetar o desenvolvimento da criança.

É transmitida quando a pisa descalço em fezes contaminadas com os ovos destes vermes.

Filária (elefantíase)

A filariose frequentemente não provoca sintomas. Entretanto, em casos raros ela pode provocar obstrução e inflamação dos gânglios linfáticos que leva ao acúmulo de fluido, especialmente nas pernas e conhecido como elefantíase.

A pessoa pode sentir dor muscular, febre, dor de cabeça, intolerância à luz, inchaço do saco escrotal, virilha, vulva, mamas, pernas e braços, manchas na pele e pele grossa e áspera.

A transmissão da filariose ocorre por picadas de mosquitos contaminados. No Brasil, o principais vetores são os mosquitos do gênero Culex.

Larva migrans (bicho geográfico)

Larva migrans é uma verminose que causa coceira (prurido) e linhas avermelhadas na pele que assemelham-se com mapas e por isso é chamado de bicho geográfico. Estas linhas marcam o trajeto percorrido pelo verme no corpo.

O bicho geográfico (Larva migrans) ocorre pelo contato direto da pele com areia na qual se encontram as larvas de parasitas. É comum nas caixas de areia de parques infantis ou terrenos de areia frequentados por cães e gatos também contaminados.

Oxiúros

A oxiuríase é causada por um verme chamado oxiúros e tem como sintoma principal uma intensa coceira no ânus (prurido anal) que pode provocar lesões e infecções.

Além da coceira anal, a pessoa pode apresentar náuseas, vômitos, tontura, dores abdominais e sono agitado. Os vermes, que têm em média entre 1 e 2 cm, também são visíveis nas fezes.

A oxiuríase é transmitida principalmente pelo contato de resíduos do ânus para a boca. Por este motivo, ela é mais comum em pessoas em condições de higiene precária, crianças e portadores de distúrbios mentais.

Tênia (solitária)

A teníase, doença causada pela presença da tênia ou solitária no intestino delgado, provoca os seguintes sintomas: dor abdominal, diarreia ou prisão de ventre, gases (flatulência), náuseas, cansaço, emagrecimento, aumento ou perda do apetite, debilidade, irritabilidade, insônia, pode atrasar o crescimento das crianças e diminuir a produtividade em adultos.

Em alguns casos, pode acontecer a eliminação d vermes e é possível vê-los nas fezes.

A transmissão da teníase ocorre pelo consumo de carne suína e bovina contaminadas com a tênia e que foram mal cozidas.

Ameba

A amebíase é causada por um protozoário chamado ameba. As pessoas contaminadas podem não ter nenhum sintoma ou podem apresentar: diarreia, prisão de ventre, cólica, dor na região superior da barriga calafrios e febre.

Quando não tratada, a pessoa pode apresentar diarreia com presença de sangue ou muco nas fezes.

As amebas podem ser transmitidas de pessoa para pessoa ou por alimentos e água contaminada.

Giárdia

Normalmente a giardíase não manifesta sintomas. Quando presentes, podem incluir diarreia bastante líquida, por vezes gordurosa, cólicas, gases, náuseas, vômitos, emagrecimento e fadiga.

É transmitida pelo consumo de água e alimentos contaminados e é mais frequente em crianças.

Como tratar vermes no corpo?

O tratamento das verminoses é feito com remédios chamados vermífugos que são indicados especificamente para cada tipo de verme. Para a escolha do medicamento mais adequado, é necessário uma avaliação dos sintomas, exames de fezes e, em alguns casos, exame de sangue.

Os medicamentos indicados para o tratamento das verminoses são:

  • Albendazol: é um dos remédios mais utilizados, pois é capaz de tratar a maiorias das verminoses que existem.
  • Mebendazol: usado para tratar verminoses e parasitas intestinais,
  • Ivermectina: indicado em diversos tipos de parasitoses,
  • Nitazoxonida: tratamento de parasitoses intestinais,
  • Tiabendazol: usado para tratar parasitoses intestinais e larva migrans,
  • Praziquantel: indicado para esquistossomose e tênia (solitária),
  • Tinidazol: usado no tratamento de parasitoses intestinais,
  • Metronidazol: utilizado para tratar infecções intestinais,
  • Levamisol: indicado para o tratamento de ascaridíase (lombriga),
  • Piperazina: usado para tratar ascaridíase (lombriga) e oxiúros e
  • Pamoato de pirantel: utilizado para tratar ascaridíase (lombriga), ancilostomíase e oxiúros

Todos estes vermífugos devem ser indicados pelo médico de família ou gastroenterologista após avaliação clínica e de exames laboratoriais.

Vermes em crianças

Os sintomas mais comuns de vermes em crianças são: diarreia que pode vir acompanhada de sangue ou muco, dor de barriga, barriga inchada e falta de apetite.

De forma geral, bebês e crianças apresentam sintomas bastante inespecíficos. Neles os sinais de verminoses costumam aparecer primeiramente por alterações nas fezes como a diarreia ou mesmo a presença de vermes nas fezes.

O tratamento das verminoses em crianças e bebês também é feito com vermífugos e se baseiam na avaliação dos sintomas, exames de fezes e sangue.

Os medicamentos mais utilizados em crianças são mebendazol, albendazol, nitazoxanida (Annita) e ivermectina. O mebendazol costuma ser o mais utilizado em crianças menores de 2 anos.

Em bebês os vermífugos são indicados de acordo com o peso e idade e alguns cuidados especiais são necessários para evitar que os vermes retornem ao bumbum do bebê:

  • Troque as roupinhas com frequência e
  • Mude pijamas e roupa de cama constantemente.

Para definir o melhor tratamento, bebês e crianças devem ser avaliados por um médico de família ou pediatra.

Como prevenir vermes no corpo?

Para prevenir as verminoses, é importante ter alguns cuidados, como:

  • Lavar bem as mãos com água e sabão depois de usar o banheiro e antes de manusear alimentos;
  • Higienizar adequadamente as frutas, os legumes e as hortaliças;
  • Cozinhar bem os alimentos;
  • Evitar andar descalço;
  • Não beber água sem tratamento ou que seja de origem duvidosa;
  • Lavar sempre os brinquedos e objetos que a criança costuma levar à boca.

Em caso de sintomas de vermes, consulte um médico de família ou um clínico geral.

Para saber mais sobre a presença de vermes no corpo, você pode ler:

Referências

  • Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Abordagem das Parasitoses Intestinais mais Prevalentes na Infância.
  • Federação Brasileira de Gastroenterologia
  • Sociedade Brasileira de Infectologia
  • Sociedade Brasileira de Pediatria
Pontadas na barriga, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pontadas na barriga podem ser decorrentes de muitas causas diferentes, sejam doenças ou não. A maior parte dos casos de dor, pontada ou fisgada na barriga são cólicas intestinais associadas à alimentação rica em gorduras, prisão de ventre ou intoxicações alimentares.

As dores de barriga leves, de curta duração ou que desaparecem após algumas horas são normalmente causadas por dilatações do intestino por gases. A ansiedade também pode causar dor abdominal de curta duração e também por aumentar a quantidade de gases nos intestinos.

Na maioria dos casos, a dor abdominal é benigna, ou seja, não é decorrente de doença grave (pode ser uma gastroenterite comum) e passa após algumas horas ou dias, não sendo motivos para preocupação. Porém, em outras situações, as fisgadas na barriga podem ser sintomas de tumores, hemorragias ou inflamações graves.

Contudo, a região abdominal é a que possui mais órgãos em nosso corpo. Por isso, muitas vezes é difícil identificar a origem da dor abdominal ou “dor na barriga”. Há ainda causas de dor abdominal originadas fora do abdômen, como em casos de infarto do miocárdio, pneumonia, hérnia de hiato e derrame pleural.

Por isso, quando há sinais de alerta associados, como dor muito intensa acompanhada de febre, vômitos, diarreia com sangue ou muco, um médico deve ser consultado.

Quais as principais causas de pontadas na barriga?
  • Gastrite e úlcera péptica;
  • Prisão de ventre;
  • Intoxicação alimentar ou gases;
  • Colecistite e pedras na vesícula;
  • Pancreatite aguda;
  • Hepatite aguda;
  • Cálculo renal (pedras nos rins);
  • Apendicite;
  • Diverticulite;
  • Infecção intestinal e diarreia;
  • Parasitoses intestinais;
  • Cólicas menstruais (dismenorreia).
Quais as causas menos comuns de pontadas na barriga?
  • Tumores dos órgãos abdominais ou pélvicos;
  • Obstrução ou constipação intestinal;
  • Infarto e isquemia intestinal;
  • Aneurisma de aorta abdominal;
  • Infecção urinária;
  • Hérnias;
  • Cetoacidose diabética;
  • Doença de Crohn e retocolite ulcerativa;
  • Doenças do ovário;
  • Endometriose;
  • Gravidez ectópica;
  • Mioma uterino;
  • Abscesso hepático;
  • Anemia falciforme;
  • Rins policísticos;
  • Peritonite (membrana que envolve os órgãos abdominais).
Quais os órgãos que podem causar pontadas na barriga?

Todos os órgãos que se encontram dentro da cavidade abdominal e da cavidade pélvica podem causar dor abdominal, e algumas vezes, órgãos na cavidade torácica também podem causar dores abdominais.

Os órgãos que estão dentro do abdômen e podem causar pontadas na barriga são: fígado, vesícula biliar, vias biliares, pâncreas, baço, estômago, rins, suprarrenais, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), apêndice e intestino grosso.

Os órgãos dentro da pelve são: ovários, trompas, útero, bexiga, próstata, reto e sigmoide (porção final do intestino grosso).

Devido à inervação característica desses órgãos, o cérebro tem certa dificuldade em localizar o ponto exato da dor, que geralmente é difusa (toda a barriga) ou próxima ao centro do abdômen. As exceções costumam ser os rins, a vesícula biliar, os ovários ou o apêndice (dor mais lateralizada).

Portanto, identificar a localização e o tipo da dor ("pontada") ajuda, mas não costuma ser suficiente para determinar o diagnóstico. Também é importante avaliar outras características da dor, como:

  • Tempo de duração (horas, dias);
  • Periodicidade (intermitente ou contínua);
  • Intensidade;
  • Outros sintomas associados, como vômitos, diarreia, febre ou icterícia (pele e olhos amarelados);
  • Fatores agravantes ou desencadeadores;
  • Região para onde a dor irradia.

Também é importante saber se trata-se de uma dor comum, se já teve antes diversas vezes ou não, se tem algum horário ou dia do mês que ocorre com mais frequência, se está piorando ao longo do tempo ou apresentando novos sintomas, se tem casos semelhantes na família, se piora ou melhora com a alimentação, entre outras informações. É fundamental também saber qual a idade e os antecedentes pessoais do paciente.

Diante do grande número de possíveis causas para dor abdominal, um médico clínico geral ou médico de família deve ser consultado, para que seja feita uma avaliação com história completa, exame físico e eventualmente exames complementares para que a origem das pontadas seja diagnosticada e tratada.

O que pode ser dor na virilha e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dor na virilha esquerda ou direita pode ter várias causas. As causas mais comuns nas mulheres e nos homens incluem:

  • Distensão muscular;
  • Osteoartrose ou problemas articulares do quadril;
  • Hérnia inguinal;
  • Litíase renal (pedras nos rins);
  • Infecções e linfonodos aumentados (ínguas).

A virilha é a região localizada na dobra entre a coxa e o abdômen. A virilha não abrange apenas a parte interna da coxa, mas também a região inguinal e a articulação do quadril.

Por se tratar de uma região com muitas estruturas importantes, a dor na virilha pode ter diversas causas. Vejamos algumas causas frequentes:

Artrose do quadril e problemas articulares

Se a dor na virilha estiver localizada ou irradiar para a parte externa da coxa, pode estar relacionada com a articulação do quadril, formada pelo fêmur e o osso da bacia.

Nesses casos, a dor piora ao realizar movimentos de rotação ou flexão da coxa, como, por exemplo, entrar ou sair do carro, fletir a perna para colocar uma meia ou calçar um sapato ou ainda sentar-se num assento baixo.

Uma possível causa para a dor na virilha nesses casos é a artrose da articulação do quadril. Trata-se de um desgaste da cartilagem articular, que afeta sobretudo pessoas idosas. Quando ocorre em indivíduos mais jovens, geralmente está associada ao excesso de atividade física.

À medida que o problema evolui, aumenta a dificuldade em realizar determinados movimentos, que causa dor principalmente ao girar a perna ou flexionar a coxa.

Veja também: Dor no quadril, o que pode ser e o que fazer?

Distensão muscular

Quando a dor na virilha ocorre depois de praticar esportes, pode estar relacionada com uma lesão muscular, provavelmente uma distensão. Esse tipo de dor na virilha costuma ser facilmente identificada, porque a pessoa normalmente lembra-se bem do momento da lesão.

A dor na virilha nesses casos é bem localizada, situando-se na região da lesão muscular. A dor normalmente piora com o estiramento da musculatura lesionada, como ao abrir as pernas, por exemplo.

Leia também: Distensão muscular: o que é e quais os sintomas?

Hérnia inguinal

Se a dor na virilha piora ao fazer força, como tossir, evacuar ou levantar peso e se a pessoa notar alguma saliência na região inguinal, próxima à virilha, pode ser uma hérnia inguinal. Nesses casos, a saliência na virilha surge com o esforço e desaparece com o repouso.

Geralmente a dor da hérnia inguinal se localiza em um dos lados da virilha, ou a esquerda, ou a direita, nas mulheres a dor pode irradiar para os grandes lábios vaginais, já nos homens a dor pode irradiar para os testículos.

Litíase renal (pedras nos rins)

A dor que caracteriza a presença de pedras nos rins (cálculos renais), em geral, localiza-se na região inferior e lateral das costas, na região lombar.

Porém, à medida que a pedra se desloca pelo trato urinário, pode causar dor em diferentes partes do corpo. Quando chega à bexiga, pode provocar dor na virilha. Nos homens, a dor também pode atingir os testículos e, nas mulheres, a vagina.

A dor da litíase renal é em cólicas, ou seja, é uma dor que surge e vai aumentando de intensidade gradativamente, atinge um pico de dor e depois começa a passar gradualmente. É uma dor de moderada a forte intensidade.

Outros sinais e sintomas que costumam estar presentes em caso de pedra nos rins incluem a presença de sangue na urina, náuseas e vômitos.

Infecções e formação de ínguas

Alguns processos infecciosos como pielonefrite, prostatites ou infecções ginecológicas como, a doença inflamatória pélvica também podem causar dor na virilha e na região pélvica.

Se houver alguma infecção nos membros inferiores, genitais ou órgãos da bacia, pode ocorrer um aumento dos gânglios linfáticos da virilha. Nesses casos, surgem nódulos ou caroços dolorosos na virilha (“ínguas”).

Algumas doenças sexualmente transmissíveis também podem causar aumentos dos gânglios linfáticos, como a sífilis, gonorreia ou linfogranuloma venéreo.

Diferenças entre as causas de dor na virilha em homens e mulheres

Algumas causas específicas de dor na virilha no homem são a prostatite (inflamação da próstata) e a presença de inflamação ou tumor no testículo.

Nas mulheres, gravidez (especialmente nos meses finais), gravidez ectópica, mioma, cisto no ovário e infecções ginecológicas também podem cursar com dor na virilha.

A presença de cisto no ovário, ou de gravidez ectópica pode ocasionar um quadro de dor na região da virilha, ou pelve, de um único lado, ou a esquerda, ou a direita.

Qual o tratamento para dor na virilha?

O tratamento depende da causa da dor na virilha. Quando a dor na virilha é provocada por distensões musculares, artrose, bursite e gestação, muitas vezes o tratamento é baseado no uso de analgésicos e anti-inflamatórios, além de fisioterapia ou acupuntura.

No caso de apendicite ou hérnia inguinal o tratamento é através da realização de cirurgia.

Se a dor na virilha for provocada por prostatite, infecção de urina, formação de ínguas ou outras infecções, o tratamento pode ser feito com medicamentos antibióticos.

Para o correto diagnóstico da causa de dor na virilha, deve-se procurar um clínico geral ou médico de família, para os casos mais crônicos (que duram semanas a meses), ou um pronto atendimento, se a dor for aguda e especialmente se estiver associada a febre ou outros sintomas como alterações urinárias ou intestinais.

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Hemoglobina na urina é grave? O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Hemoglobina na urina (hemoglobinúria) pode ser consequência potencialmente grave de diversas condições. Contudo, as causas mais frequentes de hemoglobina positiva na urina são pouco graves e tratáveis, como infecção urinária e cálculos renais.

O que significa hemoglobina na urina?

A hemoglobina é um pigmento presente nas hemácias (glóbulos vermelhas), células que constituem o sangue. Em algumas doenças, pode ocorrer a passagem da hemoglobina para a urina.

A presença de hemácias na urina (hematúria) pode ser a causa da hemoglobinúria, essa situação ocorre principalmente em quadros de:

  • Infecção urinária (cistite, pielonefrite),
  • Prostatites ou hiperplasia da próstata,
  • Cálculos renais,
  • Cistos renais,
  • Distúrbios glomerulares,
  • Tumores do trato urinário.

No entanto, é possível também haver situações em que há hemoglobina na urina sem a presença de hemácias, ou seja, uma hemoglobinúria sem hematúria.

Essa situação acontece quando alguma condição leva a um processo excessivo de hemólise, ou seja, ruptura das hemácias do sangue, algo que ocorre em doenças e condições como: a malária, hemoglobinúria paroxística noturna, queimaduras, vasculites e reações a transfusão sanguínea.

Como entender a hemoglobina no exame de urina?

O principal sinal de hemoglobinúria é a alteração na coloração da urina, que se torna avermelhada, mas também é possível que a hemoglobinúria não cause nenhuma mudança na cor na urina, quando isso ocorre só é possível o diagnóstico através de um exame de urina.

O exame de urina tipo 1, ou EAS, pode detectar esse pigmento na urina, mesmo que a pessoa não esteja a apresentar nenhum sintoma.

No exame de urina a presença da hemoglobina geralmente é descrita com cruzes (+), quanto mais cruzes maior a quantidade de hemoglobina na urina. Quando há uma quantidade muito pequena pode aparecer descrito o termo "traços de hemoglobina".

Outras causas de hemoglobinúria

Há outras possíveis causas de hemoglobinúria, que são várias e estão listadas a seguir:

  • Glomerulonefrite aguda;
  • Queimaduras extensas;
  • Malária;
  • Doenças hematológicas, como hemoglobinúria paroxística noturna, em que a hemoglobinúria ocorre à noite; púrpura trombocitopênica trombótica (TTP); anemia falciforme;
  • Síndrome hemolítico-urêmica, doença infecciosa causada por um tipo de bactéria Escherichia coli;
  • Pielonefrite;
  • Reação transfusional;
  • Tuberculose do trato urinário;
  • Envenenamento por chumbo.

O tratamento da hemoglobinúria irá depender da sua causa, podendo ser necessária uma avaliação de urgência, além disso, dependendo da gravidade e da causa da hemoglobinúria, pode ser necessária internação hospitalar.

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O que pode causar manchas vermelhas na pele?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem várias causas para manchas vermelhas na pele, como:

  • Estresse;
  • Alergia, Urticária;
  • Eczema;
  • Doenças reumatológicas como psoríase e lúpus;
  • Infecções;
  • Doenças hematológicas, como púrpura trombocitopênica trombótica;
  • Câncer de pele, entre outras.

Manchas vermelhas na pele que coçam podem ser sinal de urticária, eczema ou lúpus. Quando as manchas não coçam, as causas mais prováveis são a psoríase, a púrpura trombocitopênica idiopática e o câncer de pele.

Em situação de estresse, ansiedade ou emoção forte, o organismo libera hormônios e neurotransmissores, de forma a se defender da situação, o que pode levar a formação de placas vermelhas no corpo, que desaparecem após passar o motivo do estresse.

1. Urticária

A urticária é um tipo de alergia que pode ser desencadeada, por exemplo por alimentos, picadas de insetos, produtos químicos, estresse, pólen, remédios e processos infecciosos.

As manchas vermelhas na pele podem aparecer em qualquer região do corpo, de coloração vermelho mais intenso, com bordos em alto-relevo e que muita coceira. Geralmente as placas desaparecem de maneira espontânea em menos de 24h, mas pode ser preciso o uso de medicamentos antialérgicos, para evitar a evolução da alergia.

Se as lesões não desaparecerem dentro de 24h ou se observar piora, como edema dos lábios ou dificuldade de respirar, procure imediatamente um serviço de emergência médica para tratamento.

2. Eczema

O eczema, também conhecido como dermatite, é uma inflamação na pele que causa manchas vermelhas no corpo que coçam muito, semelhante à reação alérgica, uma vez que também é provocado por agentes irritantes.

Os sintomas podem piorar com o estresse, temperaturas frias ou quentes, ou ainda se a pele for exposta à água ou ao sol.

3. Lúpus

O lúpus é uma doença autoimune que afeta diversos sistemas no corpo, sendo a pele um órgão frequentemente acometido. Pode apresentar manchas vermelhas na pele que coçam, não doem, sofrem alterações com o tempo, pioram na exposição solar e surgem principalmente nas orelhas, no nariz e no rosto.

4. Psoríase

Já a psoríase provoca manchas vermelhas na pele que descamam e surgem sobretudo nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo. Trata-se de uma doença inflamatória da pele de causas genéticas, não contagiosa.

5. Infecção (tinea)

A tinea, ou impinge, é uma infecção fúngica, que acomete a pele, em qualquer parte do corpo, embora seja mais comum nas regiões mais úmidas, como mãos, pés, rosto e virilhas.

A lesão é avermelhada, circular, com bordos mais elevados e causa descamação e coceira intensa. A infecção pode ser transmitida pelo contato e o tratamento deve ser feito com cremes antifúngicos no local, ou quando preciso, antifúngico oral e local (pomadas).

6. Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI)

A púrpura trombocitopênica idiopática é outra causa de manchas vermelhas na pele que não coçam. Trata-se de uma doença autoimune que atinge as plaquetas, que são células do sangue responsáveis pela coagulação.

As manchas no corpo costumam ser vermelhas arroxeadas e outros sinais como sangramentos no nariz, gengiva, sistema digestivo e urinário também podem ser relatados.

7. Câncer de pele

O câncer de pele muitas vezes causa manchas vermelhas no corpo em áreas geralmente mais expostas ao sol. As manchas na sua maioria, não coçam, crescem com o tempo, sangram e quando evoluem para feridas, são de difícil cicatrização. No caso do melanoma, uma forma agressiva de câncer de pele, as manchas podem causar coceira e dor.

É importante observar as características das manchas vermelhas e outros sinais e sintomas que possam acompanhá-las, como coceira, dor, febre, aumento de tamanho, sangramentos e alterações de cor para informar ao/a médico/a.

Se as manchas não desaparecerem do corpo em poucos dias, ou for de aparecimento frequente, um/a médico/a dermatologista deve ser consultado.

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Sai do meu umbigo um líquido pastoso com um odor forte. O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Umbigo vazando líquido pastoso com odor forte ou a presença de mau cheiro no umbigo e secreção podem ser sinais de umbigo inflamado ou infeccionado. Sujeira, bactérias, fungos podem ficar alojados dentro do umbigo e começar a se multiplicar ou acumular. Isso pode causar uma infecção ou inflamação no umbigo.

Nesses casos, é observada uma secreção com mau cheiro no umbigo. A secreção de odor desagradável pode ter coloração branca, amarela, marrom ou vermelha.

A presença de secreção com mau cheiro no umbigo pode ter ainda como causas a realização de cirurgia e a presença de cistos.

Um umbigo com mau odor pode ser sinal de uma condição que precisa de atenção médica, como uma infecção ou um cisto. Por isso, deve-se procurar outros sinais e sintomas que acompanham essas condições, como:

  • Secreção branca, amarela ou verde saindo do umbigo;
  • Inchaço e vermelhidão;
  • Coceira;
  • Dor;
  • Formação de crosta ao redor do umbigo;
  • Febre;
  • Presença de caroço no abdômen.
Quais as possíveis causas de secreção com mau cheiro no umbigo? Infecção bacteriana

O umbigo é o lar de quase 70 tipos diferentes de bactérias. Se a pessoa não souber como limpar o umbigo adequadamente, essas bactérias podem causar uma infecção. Piercings no umbigo também podem ser infectados.

Infecção por fungos

A candidíase é uma infecção por fungos causada por Candida, um tipo de fungo que normalmente cresce em áreas úmidas e escuras do corpo. Pode ocorrer entre as dobras da pele, como na região da virilha e nos braços. O fungo também pode habitar o umbigo, principalmente se a pessoa não secar e limpar o umbigo adequadamente.

A candidíase deixa o umbigo vermelho e provoca coceira no umbigo, que pode ficar vazando uma secreção espessa e branca.

Diabetes

Pessoas com diabetes têm maior probabilidade de contrair infecções fúngicas, inclusive no umbigo. Isso ocorre porque o fungo se alimenta de açúcar e o alto nível de açúcar no sangue é um sinal característico de diabetes mal controlado.

Cirurgia

Quem passou por cirurgia abdominal recentemente, como reparo de hérnia, pode notar a presença de pus no umbigo. A presença desse tipo de secreção pode ser sinal de infecção, que precisa ser tratada.

Cisto de úraco

Durante o desenvolvendo do bebê dentro do útero, a sua bexiga é conectada ao cordão umbilical por um pequeno tubo chamado úraco. É assim que a urina é drenada do corpo do feto. Normalmente, o úraco fecha antes do nascimento. Porém, às vezes não fecha corretamente.

Em alguns casos, pode ocorrer o crescimento de um cisto, que é uma bolsa cheia de líquido, no úraco. O cisto pode ser infectado. Um sinal dessa infecção é a presença de um líquido cinzento ou sanguinolento que vaza do umbigo.

Outros sinais e sintomas dos cistos de úraco incluem: dor abdominal, febre, caroço no abdômen e dor ao urinar.

Cisto sebáceo

O cisto sebáceo se forma a partir das glândulas que liberam óleo na pele, chamadas glândulas sebáceas. Se o cisto estiver infectado, libera uma secreção espessa, amarela e com mau cheiro. O umbigo também pode ficar vermelho e inchado devido à presença do cisto.

Qual é o tratamento para secreção com mau cheiro no umbigo?

O tratamento depende da causa da secreção e do mau cheiro no umbigo. Para tratar uma infecção, recomenda-se manter a pele do umbigo limpa e seca.

Para tratar uma infecção causada por fungo, é indicado o uso de um pó ou creme antifúngico. Também recomenda-se limitar o açúcar da dieta. Para uma infecção bacteriana, pode ser usada uma pomada com antibiótico.

Quem tem diabetes deve falar com o endocrinologista para garantir que o nível de açúcar no sangue esteja bem controlado.

Em caso de cisto de úraco, pode ser necessário tratar primeiro a infecção com antibióticos. O cisto pode precisar ser drenado. Depois que a infecção desaparece, o tratamento envolve a remoção do cisto com cirurgia laparoscópica, realizada através de uma pequena abertura no abdômen.

Para tratar um cisto sebáceo, podem ser injetados medicamentos no cisto para diminuir o inchaço ou pode ser feito um pequeno corte no cisto para drenar o líquido. Outra opção é remover o cisto inteiro com cirurgia ou laser.

Consulte um médico clínico geral ou médico de família se tiver algum sinal e sintoma de infecção, como vermelhidão, inchaço e secreção com mau cheiro no umbigo.

Esperma amarelado e gelatinoso: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Esperma amarelado e gelatinoso pode ter como causas a congestão da próstata, o tipo de alimentação e as doenças sexualmente transmissíveis (DST).

A cor normal do esperma deve ser branco nacarado, semelhante à cor da parte de dentro das conchas do mar. Contudo, a sua coloração pode ir do transparente ao branco, de acordo com o tempo de intervalo entre as ejaculações.

A cor amarelada do sêmen devido ao pus misturado ao esperma, nos casos de infecção, são mais opacos e podem também apresenta outros sintomas, como dor ou desconforto ao urinar, dor na relação e ejaculação, e dor nos testículos.

O cheiro do esperma pode estar diferente, com odor desagradável, e vir ainda misturado com sangue.

Se o esperma amarelado for decorrente de alguma infecção, como no caso das DST, o tratamento pode ser feito através de medicamentos orais ou aplicados diretamente na próstata.

O ideal é que o tratamento seja feito ao casal, se for o caso, pois a mulher provavelmente também estará infectada. O mais indicado é procurar um urologista para que sejam feitos alguns exames para detectar o micro-organismo invasor e o problema ser devidamente tratado.

Esperma gelatinoso, o que pode ser?

Uma possível causa para a consistência gelatinosa do esperma é a congestão da próstata. Trata-se de uma condição frequente, observada sobretudo em homens mais velhos.

Sabe-se que, logo a seguir à ejaculação, o esperma é fluido e apenas um pouco gelatinoso. Porém, depois de alguns minutos, o líquido seminal pode coagular e ficar mais consistente, chegando a formar grumos, que são “pedacinhos gelatinosos" de sêmen. Após meia hora, o esperma fica completamente líquido.

O esperma adquire a sua consistência por meio de proteínas presentes no sêmen. Essas proteínas são produzidas pela próstata e pelas vesículas seminais, com a função de nutrir e manter a vitalidade dos espermatozoides.

Quando, por alguma razão, a próstata deixa de funcionar adequadamente, a produção de proteínas é afetada e o esperma pode adquirir outra consistência mais espessa ou ficar demasiado gelatinoso.

A congestão prostática ocorre devido ao aumento de volume da próstata. A causa desse aumento pode ser uma inflamação ou uma hiperplasia prostática benigna. Além do aumento da glândula, é comum a presença de desconforto ou dor no local, aumento da frequência urinária durante a noite e a diminuição da força do jato de urina.

Apesar de não ser propriamente algo grave em si, a congestão prostática pode obstruir completamente a saída da urina, causando retenção urinária, o que eleva as chances de infecções, e se não houver melhora espontânea, pode chegar a necessidade de intervenção cirúrgica de urgência.

O importante é agendar consulta com urologista, para diagnosticar a causa do esperma amarelo e gelatinoso o quanto antes, possibilitando assim o tratamento adequado e precoce.

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