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É bastante raro, mas quando ocorre uma relação desprotegida logo após terminar a menstruação, um ou dois dias apenas, pode sim ocorrer uma gravidez. Isso depende principalmente do ciclo menstrual da mulher.
A mulher que tem um ciclo menstrual muito curto e ao mesmo tempo, uma menstruação prolongada, tem maior risco de engravidar logo após terminar o sangramento, porque a ovulação acaba ficando próxima.
Como a ovulação acontece no meio do ciclo menstrual, mulheres com ciclos curtos, de 22 ou 23 dias, ovulam no 10º ou 11º dia. Por isso, se a menstruação durar 7 dias, um dia depois será o 8º dia, bem próximo à ovulação, oferecendo risco de uma gravidez.
Vejamos um exemplo:
- Ciclo menstrual curto (22 ou 23 dias) → dia fértil - 10º ou 11º dia
- Período fértil - 7º até 13º do ciclo.
Sabendo que os ciclos para a maioria das mulheres varia entre 28 e 30 dias, o dia fértil, de maior risco para engravidar, é o 14º ou 15º dia do ciclo, exatamente a metade do ciclo. Devido a vitalidade dos espermatozoides, e possíveis variações hormonais, são somados 3 dias antes e 3 dias após esse dia, resultando no período fértil, que varia entre o 11º e o 17º dia após o primeiro dia da menstruação.
Um exemplo prático:
Mulher que menstrua a cada 28 dias, regularmente, durante 5 dias, e teve o início da sua menstruação no dia 11 de março.
- Primeiro dia do ciclo: 11 de março
- Dia fértil: 14º dia (11+14) = 25 de março
- Período fértil: acrescenta 3 dias antes e 3 dias depois = 22 até 28 de março
Na semana de 22 a 28 de março provavelmente será liberado o óvulo que ao se encontrar com o espermatozoide, dá origem ao embrião. Portanto, nesse período, existe grande probabilidade de engravidar, se houver relação desprotegida.
Nos casos de irregularidade menstrual, o cálculo do dia fértil pode ser feito, mas é considerado menos seguro. Nesse caso anote os ciclos durante 6 meses e depois subtraia 18 do ciclo mais longo e 11 do ciclo mais curto. Os resultados são a semana estimada de fertilidade.
Quantos dias depois da menstruação é possível engravidar?Em geral, após 7 a 10 dias do último dia da menstruação, a possibilidade de engravidar se torna maior.
No entanto, alguns fatores podem interferir nesse cálculo e permitir que aconteça a gravidez antes desse período, e são esses fatores que a mulher que não deseja engravidar nesse momento, deve estar atenta.
Por exemplo, mulheres com irregularidade menstrual, podem ter um escape (pequeno sangramento), no meio do ciclo, próximo ao período fértil, mas interpretar como menstruação.
O uso de medicamentos, uso de anticoagulantes, que por vezes interferem na ovulação e pico hormonal da mulher.
Situações de estresse e ansiedade, crise de depressão e uso de antidepressivos, também podem modificar a liberação de neurotransmissores e assim, o pico do hormônio necessário para a liberação do óvulo.
O método mais confiável de evitar a gravidez é com uso regular de contraceptivos, em todas as relações. Como as pílulas anticoncepcionais, dispositivo intrauterino (DIU), implante subcutâneo e a camisinha (feminina ou masculina), que além da gravidez, protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Saiba um pouco mais sobre o assunto, nos artigos abaixo:
- Como calcular o Período Fértil?
- O período fértil é antes ou depois da menstruação?
- Cálculo do período fértil vale para ciclo irregular?
- Quantos dias depois da menstruação posso engravidar?
Referência:
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
O valor normal dos segmentados ou neutrófilos segmentados no sangue pode variar de acordo com cada laboratório. No entanto, você pode se basear nos seguintes valores de referência:
- 3.000 a 8.000/mm³ ou
- 40 a 65%
Os segmentados fazem parte do leucograma que, por sua vez, está incluído no hemograma completo.
Segmentados altos ou baixos, o que significa?O nível de segmentados altos ou baixo no sangue indica que algo pode estar acontecendo no seu organismo.
Segmentados altosOs segmentados são considerados altos no sangue quando atinge os seguintes valores:
- acima 8.000/mm³ ou
- acima 65%
A elevação dos níveis de segmentados no sangue é chamado de neutrofilia e ocorre nas seguintes condições:
- Infecções bacterianas e/ou inflamações,
- Hemorragias,
- Infarto,
- Uso de alguns medicamentos, por exemplo, os corticoides,
- Presença de tumores e
- Após a realização de cirurgias.
Quando os segmentados no sangue estão baixos, observamos no exame de sangue os valores a seguir:
- abaixo de 3.000 ou
- abaixo de 40%
A redução dos segmentados na corrente sanguínea, se chama de neutropenia e pode indicar:
- Doenças autoimunes,
- Distúrbios na atividade da medula óssea,
- Alcoolismo e
- Tratamento com quimioterapia.
Os segmentados ou neutrófilos segmentados são os neutrófilos maduros, células de defesa encontradas em maior quantidade na corrente sanguínea. Os neutrófilos fazem parte dos glóbulos brancos do sangue, responsáveis pelo nosso sistema imune e muito importante no combate a infecções.
Neutrófilos jovens são conhecidos como bastões ou bastonetes e costumam estar elevados quando existe uma infecção aguda.
O resultado dos níveis de segmentados e outros componentes do hemograma completo, deve ser interpretado e analisado, de preferência, pelo médico que o solicitou. Geralmente é solicitado pelo médico de família ou clínico geral.
Se você quer saber mais sobre segmentados e/ou leucograma, leia também:
Segmentados alto no leucograma, o que pode ser?
Segmentados baixo no leucograma, o que pode ser?
Leucograma: Para que serve e quais os valores de referência?
Referência
Sociedade Brasileira de Análises Clínicas
Caroços no couro cabeludo podem corresponde a diferentes condições e doenças. Algumas causas de caroços no couro cabeludo são: dermatite seborreica, caspa, acne, foliculite, micoses, cistos, psoríase ou câncer de pele.
Dermatite seborreicaA dermatite seborreica é uma condição que acarreta a descamação do couro cabeludo e oleosidade. O acumulo de escamas ou caspas pode causar a formação de pequenos nódulos descamativos. A dermatite seborreica pode causar ainda coceira intensa no couro cabeludo.
AcneA acne também pode atingir o couro cabeludo. Embora seja uma condição mais frequente em outras áreas do corpo como a face e costas, a região da cabeça também pode apresentar erupções características da acne. A acne pode formar nódulos que doem no couro cabeludo.
O tratamento da acne é feito com cuidados locais, cremes e eventualmente antibióticos ou outros medicamentos.
FoliculiteFoliculite é a infecção do folículo piloso. A base do pelo pode inchar, ficar vermelha, quente e dolorida, formando um nódulo ou caroço que pode ser palpado ao tocar o couro cabeludo. O tratamento da foliculite inclui o uso de antibióticos e drenagem do pus.
CistosCisto podem ocorrer também no couro cabeludo. Os cisto são nódulos repletos de líquido e podem atingir diferentes partes do corpo, incluindo o couro cabeludo e região da cabeça. O cisto pode ser retirado através de um procedimento de excisão cirúrgica.
MicoseA presença de infecção por fungos no couro cabeludo pode levar a formação de lesões avermelhada ou esbranquiçadas, que coçam. Em algumas situações são formadas placas ou nodulações na cabeça, que podem levar a queda do cabelo. O tratamento é feito com antifúngicos em shampoos, loções ou cremes.
PsoríaseA psoríase é uma doença que leva a formação de placas avermelhadas e descamativas. Embora a psoríase não forme nódulos, as placas podem ser confundidas com nodulações no couro cabeludo. O tratamento da psoríase pode incluir, cremes contendo corticoesteroide, fármacos ou fototerapia.
Câncer de peleAlguns tipos de câncer de pele podem formar nódulos no couro cabeludo, como o carcinoma espinocelular. O câncer de pele geralmente desencadeia um nódulo de crescimento rápido, com alterações na coloração e que podem sangrar. O tratamento exige a retirada cirúrgica e se necessário quimioterapia.
Caroço no couro cabeludo de criançasCaroços no couro cabeludo de crianças podem ocorrer devido a pediculose (piolho), foliculite ou mesmo pelo simples ato de coçar, que pode desencadear feridas e inflamações levando a formação de nódulos e caroços na cabeça.
A pediculose é a infestação por piolhos, que causa intensa coceira e desconforto principalmente em crianças em idade escolar.
Na presença de caroços no couro cabeludo que doem ou coçam é essencial a avaliação por um médico de família, clínico geral e dermatologista para a realização do melhor diagnóstico e tratamento.
Leia também:
Qual o tratamento para foliculite no couro cabeludo?
Referências bibliográficas
SBD. Sociedade brasileira de dermatologia.
O principal remédio para tratar uma unha inflamada com pus é o antibiótico. Pode ser feito em pomada, creme ou em comprimidos, dependendo da extensão e gravidade da inflamação.
Além dos remédios, para ajudar a aliviar a dor, é recomendado o uso de calor local, limpeza da ferida e cuidados com a região. Evitar trauma e sapatos fechados, por exemplo, acelera o processo de cicatrização.
Se após 2 ou 3 dias com o remédio e todos os cuidados, não observar melhora dos sintomas, procure um médico de família ou dermatologista, para avaliação. Pode ser preciso drenar o pus com um pequeno corte.
Drenar a ferida em casa, não é recomendado e pode piorar a infecção. Procure um profissional capacitado.
Lista de remédios para unha inflamadaAlguns dos antibióticos mais usados para unha inflamada são:
- Bactroban® (mupirocina) - pomada
- Neosporin® - pomada
- Nebacetin® - pomada
- Cefalexina - comprimidos
- Eritromicina - comprimidos
- Clavulin® - comprimidos
A pomada deve ser aplicada na área inflamada, após limpar e secar bem a região, para melhor penetração da medicação. Aplicar pequena quantidade e fechar com curativo estéril. O curativo deve ser trocado pelo menos uma vez ao dia, ou sempre que estiver muito "molhado".
A limpeza pode ser feita com soro fisiológico apenas, ou com sabão neutro.
Remédio caseiro para unha inflamadaO tratamento caseiro inclui:
- Imersão do dedo inflamado em água morna,
- Bicarbonato de sódio ou sal simples - podem ser incluídos na água morna, 1 colher de café para cada 300 ml de água,
- Manter por 15 a 20 minutos,
- Depois secar e evitar umidade.
1. Aplicar calor local, mantendo o pé com a unha inflamada dentro de uma bacia de água morna, durante 20 minutos, 3 a 4 vezes por dia ou aplicar compressas mornas, pelo mesmo tempo. (Na bacia pode ser diluído o bicarbonato de sódio),
2. Após o tratamento com calor local, limpar a região com água corrente e secar bem a região para evitar proliferação de fungos e para ajudar na melhor penetração do antibiótico em pomada,
3. Aplicar pequena quantidade de pomada, mais uma vez para evitar umidade na região,
4. Manter cuidados para acelerar a cicatrização, como: evitar sapatos apertados e fechados, e manter o pé com boa ventilação.
Se a unha continuar encravada ou voltar a encravar, o tratamento deve ser feito por um podólogo, médico de família, ou dermatologista. A unha encravada pode se tornar grave em pessoas com diabetes, má circulação sanguínea e problemas neurológicos.
Nesses casos, a parte encravada da unha é removida e levará de 2 a 4 meses para a unha voltar a crescer. Se o dedo do pé estiver infectado, podem ser prescritos medicamentos antibióticos.
Saiba mais sobre esse assunto nos seguintes artigos:
- Unha inflamada: o que fazer?
- Unha encravada: quais as causas e como desencravar?
- Como acabar com micose de unha? Qual o tratamento?
Referências:
SBD - Sociedade Brasileira de Dermatologia
Beth G Goldstein, et al.; Paronychia. UpToDate: Jul 29, 2019.
De modo geral, não é perigoso, pois as inflamações no útero são provocadas por germes que normalmente habitam essa região, como o fungo Candida sp., ou bactérias como a Chlamydia sp. ou Neisseria gonorrhoeae.
No entanto, a inflamação por outros germes como o HPV, pode sim ser grave, porque causa feridas que aumentam o risco de desenvolver o câncer de colo uterino.
Além disso, as infecções por Chlamydia sp. ou Neisseria gonorrhoeae, quando não tratadas, podem provocar a Doença Inflamatória pélvica (DIP). Doença que afeta o útero, trompas e ovários, relacionada a casos de infertilidade.
O tratamento das inflamações no útero depende da sua causa e do local acometido. Pode incluir o uso de antibióticos ou antivirais. Cabe ao ginecologista definir a melhor opção para cada caso.
Remédios para inflamação no úteroO tratamento das inflamações que afetam o útero é realizado com medicamentos orais, cremes ou óvulos vaginais de acordo com o agente causador da doença. Os medicamentos mais utilizados são:
AntifúngicosOs medicamentos antifúngicos são indicados nos casos de candidíase, inflamação causada por Candida albicans. O tratamento tem duração de 3 a 14 dias e pode ser efetuado com:
- Medicamentos orais: fluconazol, itraconazol ou cetoconazol,
- Cremes vaginais: nistatina ou miconazol e
- Óvulos vaginais: miconazol ou clotrimazol.
Quando em uso de óvulos ou cremes vaginais, é importante que você evite as relações sexuais.
AntibióticosOs antibióticos orais e/ou injetáveis são utilizados nas inflamações uterinas causadas por bactérias como a clamídia e gonorreia. Os mais usados são:
- Azitromicina: comprimido administrado por via oral em dose única,
- Doxiciclina, eritromicina, levofloxacino ou ofloxacino: comprimidos administrados por via oral durante 7 dias e
- Ceftriaxona: medicamento aplicado em dose única através de uma injeção.
Em doenças como clamídia ou gonorreia, os parceiros sexuais também devem ser tratados. Do mesmo modo, as relações sexuais devem ser evitadas até que ambos tenham sido tratados por pelo menos uma semana. As pessoas infectadas e seus parceiros sexuais devem se abster de relações sexuais até que tenham sido tratados por pelo menos uma semana.
Tratamento caseiro para inflamação no úteroNão há comprovação científica de que receitas caseiras como uso de chás são eficazes para o tratamento das inflamações no útero. Inclusive o uso destas receitas pode retardar o tratamento indicado e agravar a doença.
Por este motivo, recomendamos que na suspeita de inflamação uterina, procure um ginecologista ou médico de família, converse sobre as opções de tratamento, antes de tomar qualquer medicação mesmo que a princípio, seja um produto natural.
Sintomas de inflamações uterinas- Corrimento amarelado, cinza ou marrom com mau cheiro,
- Sangramento fora do período menstrual,
- Sangramento durante ou após as relações sexuais,
- Dor durante o ato sexual,
- Dor ao urinar,
- Sensação de inchaço no baixo ventre ou útero e
- Dor no baixo ventre.
Alguns sinais servem de alerta e podem ser um sinal de que a inflamação está piorando. Estes sinais incluem:
- Aumento ou persistência de dor abdominal,
- Aumento ou permanência do corrimento,
- Sangramento depois das relações sexuais.
Se você está em tratamento e estes sintomas persistem é importante retornar ao ginecologista para nova avaliação ginecológica.
Para saber mais sobre inflamação no útero, você pode ler:
Quais os sintomas de inflamação no útero?
Quais são as causas de inflamação no útero?
Qual o tratamento para inflamação do útero?
Referências
Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines, 2019. UpToDate®
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia. Guidelines Manual in the lower genital tract and colposcopy. FEBRASGO, 2018.
Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.
A sensação de barriga tremendo ocorre, principalmente, em pessoas com tendência a formar excesso de gases. Também é comum durante a gravidez, no período menstrual e nos casos de síndrome do intestino irritável.
Todas essas são situações podem ser resolvidas de forma simples e não oferecem riscos de vida. No entanto, outra causa possível desse sintoma é o aneurisma de artéria aorta.
O aneurisma de aorta é uma doença grave, que oferece risco de morte. Por isso, se perceber algo "batendo" ou "pulsando" na barriga, como as batidas do coração, procure imediatamente um serviço de urgência.
1. Gases intestinaisOs gases intestinais são a principal causa de barriga tremendo ou "movimentos" na barriga. Isso ocorre pela produção aumentada de gases pelas bactérias intestinais, quando comemos com muita pressa, quando comemos conversando, engolindo ar, ou quando a alimentação é muito gordurosa ou de difícil digestão.
A sensação pode vir acompanhada de barriga inchada, azia e cólicas. Para evitar o excesso de gases procure se alimentar com calma, mastigar mais vezes, evitar alimentos pesados e beber líquidos durante a refeição.
2. GravidezNa gravidez é possível perceber o bebê mexendo a partir do quarto mês. Algumas mulheres percebem antes, em meados do terceiro mês. A barriga aumenta de tamanho, se torna mais endurecida e os movimentos estarão presentes no "pé da barriga".
Se suspeitar de gravidez, pelo atraso menstrual ou devido à relação desprotegida, entre outros sintomas, é importante realizar quanto antes um teste de gravidez e dar início ao pré-natal no posto de saúde mais próximo.
3. MenstruaçãoA menstruação é a descamação da parede mais interna do útero, quando não ocorreu a fecundação, ou seja, uma gravidez. Essa descamação pode causar cólicas ou sensação de "tremores no pé da barriga".
Nesse caso, a mulher estará no período menstrual. Se a cólica ou os tremores forem muito incômodos, pode tomar um medicamento para aliviar, como o buscopan®. Mas é importante conversar com o médico para ter certeza da causa e de não haver contraindicações.
4. Síndrome do Intestino IrritávelA síndrome do intestino irritável (SII) é uma alteração na motilidade do intestino. Causa mudanças frequentes no hábito intestinal, que intercala em episódios de constipação e diarreia. Além do hábito intestinal, apresenta sintomas de dor e distensão abdominal, excesso de gases e urgência para evacuar.
A causa ainda não foi bem definida, mas parece ter forte relação com situações de ansiedade e estresse. O tratamento se baseia nas mudanças de hábitos de vida, especialmente com a dieta FODMAPs, certos medicamentos e psicoterapia.
A FODMAPs é atualmente uma das dietas mais recomendadas e com ótimo resultado no tratamento de SII. A dieta não restringe alimentos, mas busca o equilíbrio entre os nutrientes. O consumo de lacticínios (leite, iogurtes, sorvete e queijos), frutose e doces, deve ser evitado, enquanto o consumo de produtos sem lactose, sementes e certos grãos, estimulado.
5. Aneurisma de AortaO aneurisma é uma malformação vascular, que pode acometer qualquer vaso do corpo. Como a artéria aorta é a maior artéria que temos e a mais calibrosa, um aneurisma nessa região é muito perigoso. A sua ruptura tem uma alta incidência de morte.
Por isso, se perceber um tremor ou pulsação na barriga, especialmente se sentir essa pulsação quando aperta com as pontas dos dedos, procure imediatamente o seu médico de família, ou um serviço de urgência para avaliação.
O médico especialista nesse caso é o cirurgião vascular ou angiologista.
Quando se preocupar?O sintoma de barriga tremendo associado a gases ou cólicas intestinais podem não oferecer riscos. Já o aneurisma de aorta ou um problema na gestação sim. Se o tremor vier acompanhado de um dos sinais e sintomas abaixo, procure uma emergência imediatamente:
- Pulsação na barriga, como se fosse o coração batendo,
- Excesso de gases que evolui com dor e rigidez na barriga,
- Gestante com tremor e dor na barriga,
- Sangramento vaginal,
- Febre alta (acima de 38º)
- Desmaios, sonolência.
Quando os tremores estão localizados no pé da barriga, pode sugerir gravidez, especialmente quando associado ao atraso menstrual.
As cólicas menstruais também causam dor e sensação de tremor nessa região, pela contração muscular uterina. E os próprios gases intestinais, que podem se localizar em qualquer região do abdome.
Na suspeita de gravidez, procure realizar o teste antes de recorrer a qualquer medicação. O uso de medicamentos durante a gestação, especialmente nos primeiros meses, pode causar abortamento ou malformação no bebê.
Para maiores esclarecimentos converse com o seu médico de família.
Referências:
Harvard Heatlh Publishing. Try a FODMAPs diet to manage irritable bowel syndrome. Updated: September 17, 2019.
Ministério da Saúde do Brasil. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica; n. 31).
Se você manteve uma nova relação sexual sem proteção após tomar a pílula do dia seguinte pode sim engravidar.
O contraceptivo de emergência, mais comumente conhecido como pílula do dia seguinte, apenas protege de uma gravidez até o dia em que foi tomado, não tendo efeito sobre o risco de gravidez nas relações sexuais seguintes.
Portanto, o ideal é iniciar um método anticoncepcional logo após tomar a pílula do dia seguinte, impedindo assim uma gravidez.
O que fazer se tomar tiver relação sexual desprotegida após a pílula do dia seguinte?Caso você tenha tido uma relação sexual desprotegida após tomar a pílula do dia seguinte, pode ter engravidado. Portanto, poderá realizar um teste gravidez se notar uma semana de atraso menstrual.
Posso tomar outra pílula do dia seguinte?Se teve uma relação sexual desprotegida logo após tomar a pílula do dia seguinte você até pode tomar outra, mas nesses casos, a eficácia da pílula do dia seguinte passa a ser menor, mantendo a chance de uma gravidez.
O uso da pílula do dia seguinte faz com que a ovulação seja impedia ou atrasada, por isso, é possível que ocorra a ovulação logo após tomar a pílula fazendo com que o risco de gravidez seja maior logo após tomar esta pílula.
Como e quando tomar a pílula do dia seguinte?Existem duas formulações da pílula do dia seguinte: uma composta por um único comprimido de levonorgestrel de 1,5 mg e outra contendo dois comprimidos de levonorgestrel de 750 mg cada um.
O comprimido de 1,5 mg pode ser tomado imediatamente a qualquer momento após a relação sexual desprotegida e já estará protegida.
Se optar pelo uso do comprimido de 0,75 mg também deve tomá-lo rapidamente após a relação sexual e tomar o segundo após 12 horas.
A pílula do dia seguinte pode ser tomada a qualquer momento após a relação sexual sem proteção, de preferência o mais rapidamente possível em até 5 dias. Após esse período, a chance de falha da pílula é muito grande por isso não se recomenda o seu uso.
Para mais informações consulte o seu médico de família ou ginecologista.
Também pode ser do seu interesse:
Tomei pílula do dia seguinte e a menstruação não desceu
Referências bibliográficas
OMS. Planejamento familiar UM MANUAL GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE.
Células epiteliais raras na urina é um achado normal do exame de urina, não tendo nenhum significado em especial.
Já as bactérias raras na urina podem corresponder a contaminação da amostra da urina ou infecção urinária, se estiverem presentes outras alterações na urina como leucócitos ou nitrito positivo.
O que são células epiteliais?As células epiteliais são células que revestem os órgãos do trato urinário internamente.
Também podem ser chamadas de células descamativas, já que são oriundas da descamação do revestimento interno dos canais e túbulos do sistema urinário.
As células epiteliais podem aparecer no exame de urina, na parte denominada de sedimentoscopia. Podem estar em pequena ou grande quantidade na urina.
Células epiteliais raras ou em pequena quantidadeQuando estão presentes em baixíssimas quantidades são descritas como células epiteliais raras. Também pode aparecer no exame o termo "algumas" células epiteliais, quando foram encontradas poucas células.
Células epiteliais raras na urina é considerado um achado normal e benigno, portanto, não correspondem a nenhuma doença.
Células epiteliais numerosas ou em grande quantidadeJá quando as células epiteliais estão em maior quantidade, apresentando um valor alto e formam estruturas chamadas cilindros, podem indicar diferentes doenças e condições como:
- Infecções,
- Insuficiência renal e
- Disfunção tubular renal.
Existem três tipos de células epiteliais:
Células epiteliais tubularesSão células que revestem os túbulos renais, estruturas presentes dentro do rim, quando presentes na urina em forma de cilindros indicam doenças que causam lesão tubular, como:
- Pielonefrites,
- Reações tóxicas,
- Infecções virais e
- Rejeição a transplante.
São células provenientes das paredes vaginais ou do revestimento da uretra (canal por onde sai a urina).
Quando se apresentam em grande quantidade na urina sugerem que a amostra foi contaminada, devido a higienização inadequada antes da coleta da urina, não refletindo, portanto, nenhuma doença ou condição específica.
Células epiteliais transicionaisSão originarias da bexiga, de uma parte do rim chamada de pelve renal e da porção superior da uretra. São mais frequentemente observadas no exame de urina de idosos.
Bactérias raras na urinaA presença de bactérias raras na urina também é um achado comum e pode indicar contaminação da amostra. Se não houver outras alterações no exame de urinário e a quantidade for mesmo muito pequena, dificilmente trata-se de uma infecção urinária.
Já a presença de grande quantidade de bactérias associada ao aumento dos leucócitos na urina ou nitrito positivo, podem indicar infecção urinária.
Lembre-se que todo exame deve ser sempre analisado pelo médico que o solicitou, que irá integrar o resultado com a história clínica de cada indivíduo. Por isso, para maiores orientações, leve o seu exame para ser visto pelo seu médico.
Também pode ser do seu interesse:
- Muco na urina: o que pode ser?
- Células epiteliais na urina: o que isso significa?
- Bactérias na urina são sinal de infecção urinária?
- Fiz exame de urina e o resultado dos leucócitos está elevado. O que pode ser?
Referências
SBN. Sociedade Brasileira de Nefrologia. Biomarcadores na Nefrologia.
Atualmente encontramos uma variedade grande e eficaz de pomadas para áreas íntimas, mas para definir a melhor opção, é preciso identificar a causa da ferida.
Para feridas originadas por proliferação de fungos, as pomadas antifúngicas são as mais indicadas. No caso de infecção bacteriana, com secreção amarelada (pus) e mau cheiro, é preciso incluir antibióticos.
Por isso, descrevemos nesse artigo opções de pomadas para diferentes situações e a forma de uso, mas lembramos que o primeiro passo deve ser sempre procurar uma avaliação médica para definir qual o agente causador dessa ferida, e ainda, se existe a necessidade de tratar o parceiro sexual ou não.
1. Feridas causadas por fungosAs feridas mais comuns são causadas por fungos, devido a região ser mais úmida e quente. Os sintomas são de ferida mais "esbranquiçada", dor e ardência local. As pomadas indicadas são as antifúngicas, como o clotrimazol, nistatina e isoconazol.
Clotrimazol creme vaginal - 10mg/gO creme intravaginal de clotrimazol está indicada para candidíase vaginal, uma infecção fúngica que causa coceira intensa, vermelhidão e corrimento, geralmente, esbranquiçado.
- Modo de uso: aplicar na vagina através do aplicador encontrado na embalagem, uma vez ao dia, de preferência a noite, já deitada, durante 7 dias consecutivos.
O produto pode ser aplicado também na área externa da vagina (grande lábios e vulva), além da região peniana do parceiro, para aliviar os sintomas de coceira e desconforto.
Nistatina creme vaginalO creme de nistatina também é indicado para tratamento de candidíase vaginal.
- Modo de uso: aplicar intravaginal, com os aplicadores do produto, durante 14 dias, todos os dias a noite, de preferência já deitada, para ajudar na absorção e menor perda do produto.
A associação de nistatina com óxido de zinco, tem como principal indicação a prevenção e o tratamento de assaduras em bebês e crianças pequenas.
- Modo de uso: aplicar fina camada nas áreas avermelhadas ou com muito atrito com a pele, como as axilas, virilha e dobras pescoço, de 1 a 2 vezes ao dia, após limpar e secar a região.
O creme é indicado para casos de balanite (candidíase peniana), vulvovagintes e candididase feminina. Encontrado como Gyno-Icaden®, medicamento de referência ou similares, o produto deve ser usado da seguinte forma:
- Modo de uso:
- Para homens, na balanite micótica por cândida: aplicar uma quantidade pequena de creme sobre a glande, região mais interna do prepúcio e nas áreas avermelhadas, 2 vezes por dia, durante 7 dias consecutivos.
- Para mulheres: aplicar pequena quantidade de creme, com o uso do aplicador, uma vez por dia, sempre a noite já deitada, durante 7 dias consecutivos.
No caso de muita coceira e vermelhidão na parte externa da vagina, pode aplicar fina camada nessa região 2x por dia, para aliviar os sintomas.
2. Feridas causadas por bactériasEm feridas com secreção purulenta, vermelhidão e calor local, a principal suspeita é uma infecção secundária, e precisa ser tratada com pomadas que contém antibióticos, como a pomada de metronidazol ou clindamicina.
Metronidazol gel 0,75%O metronidazol tópico é apresentado em gel, e tem a indicação de tratar vaginoses bacterianas, infecção bacteriana comum na mulher durante a idade reprodutiva. Os sintomas são de corrimento acinzentado, com odor forte, semelhante a "peixe podre".
- Modo de uso: aplicar fina camada, ao se deitar, por 5 dias consecutivos.
Durante o tratamento é recomendado abstinência de bebidas alcoólicas durante todo o tratamento e até 24 horas após o seu término, além de abstenção de atividade sexual ou o uso de espermicidas, ou camisinha, para evitar reação com o produto e evitar gravidez já que o medicamento pode interferir na eficácia da contracepção.
Clindamicina creme vaginalA clindamicina é um antibiótico, com apresentações orais e tópicas. O creme vaginal de 20g, vem com 3 aplicadores e está indicado para o tratamento de vaginoses bacterianas (infecção vaginal por bactérias).
- Modo de uso: deve ser aplicado com o aplicador do produto, uma vez ao dia, de preferência ao se deitar, durante 7 dias.
Mulheres grávidas não devem fazer uso, a não ser que seja mesmo necessário e orientado pelo obstetra.
3. Feridas por falta de hormônio estrogênioCreme de estrogênio é um tipo de pomada indicado em mulheres que apresentam carência do hormônio, como ocorre, por exemplo, na menopausa. Os sintomas são de ressecamento vaginal, dor e ardência durante a relação.
Estriol creme vaginal 1mg/g- Modo de uso: O creme deve ser aplicado uma vez ao dia, a noite, já deitada, durante 7 dias. Depois a dose pode ser reduzida para 1x por semana ou de acordo com as orientações médicas. Recorra ao aplicador que vem junto com o produto, descartando após o seu uso. Nunca guarde o aplicador.
Mulheres com risco aumentado de trombose, câncer ou mulheres gestantes, não devem fazer uso desse produto, sem antes conversar com o seu médico ginecologista.
4. Feridas por queimadura ou assaduras Bepantol® cremeDevido às propriedades do dexpantenol, o Bepantol® serve para prevenir e tratar assaduras e rachaduras na pele, mamilos, lábios e região anal. Além disso, o Bepantol® também estimula a cicatrização de feridas e escaras (úlceras de pressão), e auxilia no tratamento de queimaduras causadas pelo sol.
- Modo de uso: aplicar pequena camada da pomada na região avermelhada ou ferida, 2 a 3 vezes ao dia, após limpar e secar a região. A limpeza deve ser apenas com água corrente, e quando necessário, sabonete líquido.
A aplicação correta do creme, ou pomada, são fundamentais para o sucesso do tratamento, por isso tenha atenção a cada etapa.
Procure também antes de aplicar, separar o produto, tomar o seu banho e fazer toda a sua higiene habitual, para que após a aplicação se manter deitada, promovendo melhor absorção do medicamento.
Para aplicar o produto siga os seguintes passos:
1. Retire a tampa do tubo e vire ao contrário, verá que a parte de cima da tampa tem uma parte pontiaguda que deve usar para perfurar completamente o seu lacre da pomada,
2. Depois abra um aplicador e conecte esse aplicador com o bico do tubo,
3. Bem fixados, puxe o êmbolo do aplicador até o final, e, a seguir, aperte delicadamente a base do tubo de modo que o creme comece a entrar no aplicador, até preencher completamente todo o espaço do aplicador,
4. Desencaixe o aplicador e tampe o tubo de medicamento imediatamente,
5. Agora, deite-se de costas, procure se manter relaxada e introduza o aplicador na vagina suavemente, sem causar dor ou desconforto,
6. Em seguida, empurre o êmbolo do aplicador com o dedo indicador até o final de seu curso, depositando assim todo o creme na vagina,
7. Retire o aplicador do canal vaginal e após o uso, o aplicador deve ser imediatamente descartado.
Faça isso uma vez ao dia, de preferência a noite, durante o tempo determinado pelo seu médico, que varia para cada medicamento.
Posso ter relação durante o uso de pomadas vaginais?Não. É muito importante evitar relação sexual, uso de espermicidas ou camisinha enquanto faz tratamento para não causar interação ou efeito colateral do produto.
Saiba mais sobre esse assunto, nos artigos abaixo:
- Quanto tempo depois de usar a pomada vaginal posso ter relações sexuais?
- Posso transar com camisinha fazendo o uso do creme vaginal?
- Feridas na região íntima
- Quais são os sintomas do HPV?
Referências:
Iara Moreno Linhares, et al.; Vaginites e vaginoses. FEMINA 2019;47(4): 235-40.
Robert Sidbury, et al.; Acute genital ulceration (Lipschütz ulcer). UpToDate: May 05, 2020.
FEBRASGO - Manual de Orientação em Trato Genital Inferior e Colposcopia. 2010.
A pangastrite enantematosa leve é uma inflamação de toda a mucosa do estômago que provoca sintomas como dor no estômago, sensação de queimação, náuseas e vômitos.
Pode ser provocada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas, medicamentos anti-inflamatórios como ibuprofeno, por infecção da bactéria H.pylori e por doenças autoimunes como a Doença de Crohn.
É também chamada de gastrite enantematosa e o seu tratamento envolve o uso de antibióticos e inibidores da produção de ácido gástrico como o omeprazol. Conheça um pouco mais sobre a pangastrite na sequência desse artigo.
Sintomas de pangastrite leveOs sintomas de pangastrite leve costumam surgir pouco tempo após as refeições e durar em torno de duas horas. Os sintomas mais comuns são:
- Dor no estômago,
- Sensação de queimação,
- Falta de apetite,
- Enjoo,
- Náuseas,
- Vômitos,
- Gases e arrotos.
Na medida em que o tempo passa, esses sintomas vão se tornando mais intensos.
Tratamento da pangastrite enantematosa leveO tratamento da pangastrite leve envolve o uso de medicamentos e hábitos alimentares saudáveis. A indicação do melhor tratamento é feita com base nos sintomas da doença e, se necessário, após a realização do exame de endoscopia digestiva alta (EDA).
Amoxicilina, ClaritromicinaAs pangastrites são geralmente causadas pela presença de uma bactéria chamada Helicobacter pylori que é identificada durante o exame de endoscopia digestiva. Nestes casos, o tratamento é feito com uso de antibióticos como amoxicilina e claritromicina.
Omeprazol, pantoprazol, esoprazolEstes medicamentos que inibem a produção de ácido clorídrico no estômago são indicados em doenças como a pangastrite. São remédios que ajudam a reduzir a irritação das paredes do estômago, provocada pela doença e promover a sua cicatrização.
Cimetidina, famotidina e nizatidinaHá medicamentos que inibem a secreção de ácidos no estômago induzidas pela histamina e gastrina e causam a redução do volume de suco gástrico no estômago. A cimetidina, nizatidina e famotidina são os mais usados.
Alimentação saudável ajuda a tratar a pangastrite leveA adoção de hábitos alimentares saudáveis faz parte, junto com os medicamentos, do tratamento da pangastrite leve. Você deve priorizar legumes e verduras cozidos, frutas, carnes magras, frango e peixe grelhados ou cozidos e ovos cozidos.
Devem ser evitados os alimentos gordurosos ou que irritam a mucosa do estômago. Estes alimentos incluem frutas ácidas, pimenta, frutas secas e cristalizadas, doces como os chocolates, café, refrigerantes, salsichas, linguiça, bacon, carnes gordas, alimentos enlatados ou em conserva e bebidas alcoólicas.
Quando devo me preocupar?Quando não tratada, a pangastrite pode evoluir para o estágio moderado ou grave da doença, o que pode provocar sintomas graves como:
- Dor e queimação de estômago que duram mais de 2 semanas
- Febre,
- Fraqueza,
- Vômito com sangue,
- Fezes escurecidas, pastosas e com odor forte (melena): este tipo de fezes são compostas por sangue digerido que transitou pelo sistema gastrointestinal.
Se você perceber qualquer um destes sintomas, especialmente, sangue no vômito ou nas fezes, busque atendimento em uma emergência hospitalar.
Para saber mais sobre pangastrite, leia:
Quais os sintomas da Pangastrite Enantematosa?
Pangastrite enantematosa moderada e urease positivo significa gastrite?
Referências:
- Angência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. Brasília: ANVISA, 2016.
- Ganguly, S.; Roy, S. Medicinal Plants and Herbs: A Review. International Journal of Pharmacy & Life Sciences, 6(3):4288-4290, 2019.
- Federação Brasileira de Gastroenterologia
O umbigo é uma região do corpo que quase sempre está fechado e úmido, por isso se não for limpo e seco adequadamente, pode causar mau cheiro e feridas no local.
Além da má higiene, outras situações que causam odor desagradável no umbigo são a foliculite (pelo inflamado), infecção, piercing inflamado, persistência do úraco e diabetes descompensada.
1. Má higieneComo é a causa mais frequente do mau cheiro no umbigo, a primeira recomendação é sempre de lavar a região do umbigo com água corrente e sabão neutro no banho, diariamente.
Se mesmo assim o cheiro permanecer, ou se perceber outros sinais como vermelhidão e dor local, é preciso procurar atendimento médico, para pesquisar a presença de uma infecção ou inflamação local.
No caso de infecção é preciso iniciar antibiótico tópico, como neomicina®. A pomada deve ser aplicada após limpar e secar bem a região, e sempre em pequena quantidade, para não deixar a região ainda mais úmida.
2. Foliculite (pelo inflamado)O umbigo possui pelos no seu interior, embora pequena quantidade. O acúmulo de umidade, restos de células mortas e fungos naturais da região, podem dar origem a uma inflamação nesse folículo piloso. Os sintomas são de dor e vermelhidão.
O tratamento deve ser feito com a mesma limpeza local, com cuidado, secar bem a região. Pode ser preciso ainda incluir pomada anti-inflamatória ou antibiótico, no caso de sinais de infecção (como secreção com mau cheiro).
3. InfecçõesA infecção bacteriana se caracteriza pela proliferação de bactérias, geralmente após uma inflamação mal cuidada. Os sintomas nesse caso incluem secreção amarelada, com mau cheiro, dor intensa, calor e vermelhidão, algumas vezes, febre.
O tratamento é feito com antibióticos, em pomada e/ou comprimidos. Uma pomada bastante utilizada nesses casos é o Nebacetim®.
A infecção fúngica é desencadeada pelo crescimento desordenado da quantidade de fungos. A secreção tem aspecto mais esbranquiçado, com mau cheiro e grumos.
O tratamento deve ser feito com pomadas antifúngicas, como Cetoconazol® creme. Por vezes pode ser acrescentado medicamento oral antifúngico.
Pós-operatório, seja de uma pequena cirurgia, como correção de hérnia umbilical ou uma endometriose umbilical, podem evoluir com infecção da ferida, o que causa mau cheiro, dor e secreção purulenta na região.
Nesse caso, de infecção cirúrgica, pode ser preciso iniciar antibióticos, ou até avaliar uma possível drenagem do local.
4. Piercing inflamadoPessoas com piercing no umbigo, precisam limpar diariamente o umbigo, aplicar pomadas cicatrizantes nos primeiros dias, como o Bepantol®, e pelo menos 1x por semana retirar o acessório, para uma limpeza mais criteriosa.
Limpar o orifício sem o piercing e enquanto faz a limpeza mantém o acessório um tempo imerso em água salgada ou álcool 70%, para evitar o acúmulo de bactérias.
Se, mesmo assim, permanecer com sinais de inflamação, dor, vermelhidão e calor local, procurar um médico para avaliar o início de medicamentos como anti-inflamatório e antibiótico tópico, como a Nebacetim® pomada.
5. Persistência do úracoO úraco é uma ligação entre a bexiga que o umbigo, que durante a formação do bebê dentro do útero materno, é fundamental para levar os nutrientes até o bebê. Mas após o nascimento é naturalmente fechado. Quando esse canal se mantém, pode formar cistos e secreção com mau cheiro, devido a presença de urina.
O tratamento é feito com anti-inflamatório e antibiótico, se for confirmado sinal de infecção e cirurgia para o fechamento definitivo do canal.
6. DiabetesPessoas portadoras de diabetes tem uma maior tendência a proliferação de fungos, pois são germes que se alimentam do açúcar. Para evitar infecções fúngicas de repetição, é importante sempre ter atenção as regiões mais fechadas e úmidas, como o umbigo, virilhas, axilas e ente os dedos dos pés e adotar o hábito de limpar e secar diariamente.
Contudo, na presença de dor vermelhidão, coceira ou secreção, informar ao seu médico endocrinologista.
Mau cheiro em umbigo de criança, o que pode ser?Na maioria das vezes também é uma situação de má higiene, porém, em crianças pequenas ou com umbigo mais profundo, é fundamental olhar com atenção no interior da cavidade, com o dedo ou com uma lanterna, porque podem em situação de brincadeira, colocar um objeto pequeno e esquecer, o que chamamos de corpo estranho, e o organismo em resposta, dá origem a uma infecção grave de pele ou até formação de abscesso local.
O tratamento pode ser feito com a retirada do objeto e limpeza local, ou quando preciso, drenagem do abscesso.
Para maiores esclarecimentos sobre mau cheiro no umbigo, converse também com o seu médico de família.
Pode lhe interessar ainda, os seguintes artigos:
- Como cuidar do umbigo do bebê?
- 7 passos simples para cuidar do piercing inflamado
- Dor no umbigo: o que pode ser?
- Dor e sangramento no umbigo: o que pode ser e o que fazer?
Referência
SBD. Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Colpite é uma inflamação da mucosa vaginal, ou seja, o revestimento de todas as paredes da vagina até o colo do útero. É chamada de colpite difusa quando pontos avermelhados estão presentes em toda a mucosa vaginal e no colo do útero.
Quanto maior o número de pontos vermelhos, mas grave e intensa é a inflamação.
A colpite difusa tem cura e somente pode ser confirmada através do exame ginecológico. O seu tratamento depende do agente causador da doença.
Tratamento da Colpite DifusaO tratamento da colpite difusa é feito com medicamentos orais, cremes ou óvulos vaginais, de acordo com os seus agentes causadores, dentre os quais os mais comuns são: a Candida albicans, Gardnerella vaginallis e Trichomonas vaginalis.
Tratamento da colpite causada por Candida albicansA colpite provocada pelo fungo chamado de Candida albicans tem duração de 3 a 14 dias e pode ser efetuado com:
- Medicamentos orais: fluconazol, itraconazol ou cetoconazol,
- Cremes vaginais: nistatina ou miconazol,
- Óvulos vaginais: miconazol ou clotrimazol.
A Gardnerella vaginallis é uma bactéria que também pode provocar colpite difusa. Nestes casos, o tratamento dura em torno de 7 dias e é realizado também com uso de antibióticos.
- Medicamentos orais: metronidazol e clindamicina,
- Creme vaginal: clindamicina,
- Gel vaginal: metronidazol.
O Trichomonas vaginalis é um protozoário flagelado de elevada transmissão sexual. Nas colpites causadas por este agente somente são usados medicamentos orais por um período de 7 dias.
- Medicamentos orais: metronidazol e tinidazol.
Os tratamentos locais com cremes vaginais e óvulos não são indicados e os parceiros sexuais devem ser tratados. Para as mulheres grávidas, somente é indicado o uso de metronidazol a partir do segundo semestre de gestação. Além disso, as pessoas sem sintomas não devem ser tratadas.
Colpite difusa tem curaA cura da colpite difusa envolve uma avaliação por meio dos sintomas apresentados pela paciente e pelo exame ginecológico. Com base nesta avaliação, o ginecologista define o melhor tratamento que pode incluir medicamentos orais, cremes vaginais e/ou óvulos.
Em alguns casos, especialmente quando a colpite é provocada por bactérias, os parceiros sexuais também devem ser tratados.
Para curar definitivamente, é fundamental o seguimento rigoroso do tratamento.
Quais os sintomas da colpite?Os sintomas da colpite variam de acordo com o agente que está causando a doença e incluem:
- Corrimento vaginal: é o principal sintoma e pode ser branco, amarelado, acinzentado ou esverdeado que pode ter ou não odor fétido,
- Coceira (prurido),
- Ardência ao urinar (disúria)
- Edema na região da vulva,
- Vermelhidão,
- Dor durante as relações sexuais (dispaurenia).
Além de avaliar os sintomas e as características da inflamação na mucosa da vagina, o ginecologista realiza o teste de Schiller.
Este teste é feito durante o exame ginecológico em que o médico passa, na parte interna da vagina e no colo do útero, uma substância com iodo. O uso desta substância permite identificar alterações nas células desta região que indicam inflamação ou infecção,
Para saber mais sobre colpites, você pode ler:
O que é colpite e o que pode causar?
Candidíase vaginal: tratamentos com medicamentos e remédios caseiros
Vulvovaginite: Quais os sintomas e como é o tratamento?
Referências
Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines, 2019. UpToDate®
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia. Guidelines Manual in the lower genital tract and colposcopy. FEBRASGO, 2018.
Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.