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O nitrito positivo na urina sugere infecção urinária. Entretanto, para confirmar a presença da infecção, é necessário realizar urocultura.
A urinocultura ou urocultura, é o exame de urina mais específico, capaz de identificar a bactéria causadora da infecção e ainda aponta os antibióticos eficazes para o tratamento.
Causas de nitrito positivo na urina Infecção urináriaA urina é rica em nitratos. A presença de bactérias na urina transforma os nitratos em nitritos. Deste modo, se no seu exame de urina o resultado encontrado é nitrito positivo, é possível que haja uma infecção urinária.
A infecção urinária é provocada por micro-organismos que afetam o sistema urinário. Pode ocorrer na bexiga (cistite), uretra (uretrite) e nos rins (pielonefrite).
É importante que você saiba também que nem todas as bactérias transformam nitrato em nitrito. Por este motivo, um exame de urina com nitrito negativo não descarta completamente uma infecção urinária.
Os principais sintomas de infecção urinária são:
- Necessidade frequente e urgente de urinar,
- Quantidade de urina reduzida a cada micção,
- Ardência ao urinar,
- Dor no baixo ventre,
- Urina mais amarelada e com mau cheiro.
Na presença destes sintomas, é importante buscar um médico de família ou ginecologista para efetuar o tratamento adequado.
Pedra nos rinsNitrito positivo na urina pode também ser um sinal de pedras nos rins. Os cálculos renais ou pedras nos rins, como é conhecido, é a formação de massas endurecidas nos rins ou no sistema urinário, devido ao acúmulo de cristais na urina. É uma condição das mais dolorosas que existem.
Além de nitrito positivo, é importante que você esteja atento aos seguintes sinais de pedras no rins:
- Cólica renal: dor intensa na lombar do lado esquerdo ou direito que irradia para a região do baixo ventre e virilha. Nas mulheres pode irradiar para vulva e, nos homens, para os testículos,
- Febre,
- Vômito,
- Redução do volume de urina,
- Necessidade frequente de urinar,
- Presença de sangue na urina.
Nos casos de suspeita pedras nos rins, você deve buscar o mais rapidamente possível, um serviço de emergência.
Tratamento do nitrito positivo na urinaNas infecções urinárias, o tratamento de nitrito positivo na urina é efetuado com o uso de antibióticos. O remédio será escolhido com base nos sintomas, nas condições de saúde de cada pessoa e se possível, no resultado da urocultura.
Nos casos de pedras no rins, é necessário internamento em emergência hospitalar e o tratamento inclui o uso de medicamentos para dor e antibióticos. Além disso, pode ser indicada a quebra das pedras com ondas de choque (litotripsia) ou retirada por cirurgia.
Nas situações em que o nitrito na urina é positivo e a pessoa não apresenta sintomas, o tratamento costuma ser apenas de acompanhamento e repetir o exame de urina, de acordo com a orientação médica.
Quando devo procurar um médico?- Dores intensas na bexiga, costas ou baixo ventre,
- Febre alta (acima de 38ºC),
- Presença de sangue na urina.
Sempre que apresentar um desses sintomas, procure o quanto antes um serviço médico para avaliação.
Para saber mais sobre nitritos e outros exames de urina, você pode ler:
Nitrito na urina: o que isso significa?
Bactérias na urina são sinal de infecção urinária?
Exame de Urina: como se preparar e entender os resultados
Referência:
Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Urologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
A genitália de um bebê estará totalmente formada por volta da 10ª ou 12ª semana de gestação, que significa o final do terceiro mês de gravidez.
No entanto, parte desses órgãos ainda estarão dentro do abdômen do bebê, mantendo a aparência externa muito parecida entre os meninos e as meninas.
Por isso, para identificar o sexo do bebê através do exame de ultrassonografia, é preciso aguardar pelo menos o quarto mês de gestação, quando as estruturas externas poderão ser vistas com maior clareza pelo médico radiologista.
Como é formada a genitália do bebêA formação dos órgãos genitais femininos e masculinos, os ovários e testículos, se iniciam já na 8ª semana (2 meses de gestação), no entanto, se mantendo na cavidade abdominal.
Os caracteres sexuais externos, como a formação da vagina na menina, e do pênis no menino, só começam no final do 3º mês de gravidez (10 a 12 semanas).
Ao final de 13 semanas, início do quarto mês de gravidez, já é possível analisar a genitália do bebê, embora alguns fatores possam interferir nessa avaliação, como a experiência do médico, posição do bebê e aparelho utilizado.
A partir do quinto mês, ou 16 semanas, fica mais segura a avaliação pela ultra e confirmação do sexo do bebê.
Com quantas semanas consigo ver o sexo do bebê?Pelo exame de sexagem fetal, é possível saber o sexo do bebê a partir da 8ª semana.
O exame é feito através da coletada de uma pequena amostra de sangue da mãe, onde se pesquisa a presença de um marcador genético, específico do sexo masculino (cromossomo Y). A sua presença indica o desenvolvimento de um feto do sexo masculino. A sua ausência, o desenvolvimento de um bebê do sexo feminino.
Existe também um exame de urina, vendido em farmácias, para identificação do sexo do bebê, porém, esse apresenta menor confiabilidade e pode ser realizado a partir da 10ª semana.
E o exame de ultrassonografia, como melhor detalhado no início desse texto, é recomendado para esse objetivo, apenas depois da 13ª semana.
O que é genitália ambígua?A genitália ambígua é uma anormalidade genética rara, na qual a aparência externa dos genitais não é bem definida.
Em geral, os bebês apresentam a genitália semelhante até a 12ª semana de gestação, com apenas uma pequena protuberância, chamada tubérculo genital. Após 12 ou 13 semanas, essa protuberância começa a se diferenciar em lábios vaginais ou corpo peniano.
Na genitália ambígua, seja por problemas hormonais ou genéticos, isso não ocorre.
Geralmente não indica um problema de saúde grave ao bebê, porém é importante que o médico obstetra seja informado, para avaliar caso a caso, aqueles que precisarão realizar novos exames e investigação mais criteriosa ainda durante a gestação.
Pode lhe interessar ainda:
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- Com quantas semanas é possível saber o sexo do bebê?
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Referência:
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Yee-Ming Chan, et al. Evaluation of the infant with atypical genitalia (disorder of sex development). UpToDate: Dec 31, 2018.
VCM é a sigla para volume corpuscular médio, uma medida do tamanho das hemácias (glóbulos vermelhos ou eritrócitos), células sanguíneas responsáveis pelo transporte de oxigênio no sangue. O valor normal de VCM varia entre 80 a 100 fl. Se o VCM for baixo as hemácias estão pequenas, por outro lado, se for alto, as hemácias estão maiores que o esperado.
O VCM é um dos parâmetros analisados no hemograma completo, um dos mais comuns exames de sangue realizados. Aparece com os demais dados relativos às hemácias do sangue.
O tamanho das hemácias pode estar alterado principalmente nas anemias, sendo que existem anemias em que o VCM está baixo, outras em que o VCM está alto e anemias com VCM normal. Portanto, este é um parâmetro muito importante a ser avaliado neste grupo de doenças.
VCM baixo (abaixo de 80 fl)O VCM baixo pode sugerir anemia microcítica, em que as hemácias ficam pequenas.
Uma das principais causas de anemia microcítica é a deficiência de ferro, principalmente, se vier acompanhado de uma quantidade de eritrócitos e de hematócrito baixo (porcentagem do sangue preenchido por hemácias).
Outras formas de anemia que também causam uma redução no valor do VCM é a talassemia e a anemia por doença crônica.
A talassemia é uma anemia de origem genética e hereditária, mais rara do que a anemia por falta de ferro.
Já a anemia por doença crônica, como o próprio nome diz,se origina doenças que causam um estado inflamatório a longo prazo, como doenças autoimunes, doença renal, câncer ou infecções.
Embora a anemia por doença crônica seja na maioria das vezes normocítica, ou seja, apresenta o valor de VCM normal, em alguns casos mais avançados o valor de VCM pode diminuir.
VCM alto (acima de 100 fl)O VCM alto pode indicar uma anemia macrocítica, quando as hemácias ficam grandes, também chamada de anemia megaloblástica.
A anemia macrocítica é causada principalmente pela deficiência de ácido fólico ou de vitamina B12, o que interfere na duplicação do DNA e faz com que a hemácia aumente de tamanho.
Outras doenças também podem causar aumento no valor do VCM como:
- Insuficiência e cirrose hepática
- Uso de medicamentos (metotrexato, hidroxiureia)
Ao realizar um hemograma consulte o médico que o solicitou para maiores esclarecimentos acerca do seu exame.
Também pode ser do seu interesse:
- No hemograma o que significa VCM, HCM e RDW?
- CHCM baixo, o que pode ser?
- RDW baixo no hemograma, o que pode ser?
- RDW alto no hemograma, pode ser anemia?
Referências bibliográficas
ABHH - Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular.
Harrison’s principles of internal medicine.19th ed. 2017
Hemácias altas na urina ou hematúria, significa a presença de sangue na urina e pode ser provocada por doenças como infecção urinária, pedras nos rins, alterações de próstata, bexiga e problemas renais.
O tratamento depende da causa do sangramento. O médico urologista é o especialista nos casos de doença renal, e deve avaliar cada caso de maneira individual.
Existem casos que são conduzidos apenas com orientação alimentar, aumento da ingestão de água e orientações, mas outros podem precisar de cirurgia ou quimioterapia.
7 Causas de hemácias altas na urina 1. Infecção urináriaExistem três tipos de infecção urinária: a cistite (infecção da bexiga), pielonefrite (infecção dos rins) e uretrite (infecção da uretra). A mais comum entre elas é a cistite, que tem como sintomas a ardência ao urinar, urgência e vontade de urinar mesmo que você esteja com a bexiga vazia, dificuldade de segurar a urina e sensação de peso na barriga.
No entanto, a hematúria é mais encontrada na pielonefrite, além de febre, calafrios, náuseas, vômitos e dor nas costas.
Como tratar? É importante que você aumente a ingestão de água, entretanto, o tratamento da infecção urinária é feito com uso de antibióticos e, por este motivo, você deve procurar um médico de família, clínico geral ou urologista.
2. Pedra nos rinsPedras nos rins ou cálculo renal são massas duras que se formam no trato urinário e nem sempre produzem sintomas. Quando passam pelo ureter, canal que liga o rim à bexiga, as pedras provocam alguns machucados e a pessoa começa apresentar sangue na urina e dor no baixo ventre.
Além do sangramento, o cálculo renal pode causar dor na região intensa na região lombar, calafrios, febre e mal-estar.
Como tratar? Para evitar formação de cálculos procure se alimentar bem, com pouco sal, aumentar a consumo de água durante o dia e manter acompanhamento com urologista.
Mas se sentir dor intensa, febre ou calafrios, o cálculo pode estar obstruindo o ureter, podendo causar infecção renal grave. Por isso, neste caso é preciso que procure um serviço de urgência imediatamente, para dar início ao tratamento de desobstrução da via urinária, que por vezes exige cirurgia.
3. Alterações na próstataDoenças de próstata como a prostatite e a hiperplasia prostática benigna podem causar o aumento das hemácias na urina. Outros sintomas comuns a essas doenças são: urgência urinária, aumento da frequência de micção com pouco volume de xixi, dor durante a micção, ereção, ejaculação e defecação.
Como tratar? A prostatite é tratada com uso analgésicos, anti-inflamatórios e, quando necessário, com antibióticos. Além disso, pode ser efetuada massagem na próstata, feita pelo urologista, para reduzir a inflamação. No caso da hiperplasia prostática benigna, são indicados medicamentos e, em alguns casos, cirurgia, cabe ao urologista definir a melhor conduta, individualmente.
4. TraumaAcidentes de carro, por exemplo, ou qualquer impacto direto, principalmente, sobre os rins e bexiga podem provocar lesões no sistema urinário, levando a presença de hemácias na urina.
Como tratar? Traumatismo do sistema renal e urinário é considerado uma emergência médica. Por este motivo, o paciente deve ser levado o mais rapidamente possível ao hospital, e ser avaliado por um cirurgião ou urologista.
5. Esforço físicoHemácias altas na urina podem ocorrer devido ao excesso de atividade física. Embora seja uma situação mais rara, pode acontecer em decorrência de desidratação ou lesão na bexiga.
Como tratar? É importante que você aumente a ingestão de líquidos e busque atendimento de um urologista para investigar a causa específica e definir o melhor tratamento.
6. Uso de medicamentosAlguns medicamentos, especialmente, os anticoagulantes e analgésicos, podem ocasionar hemácias altas na urina. A aspirina é um exemplo de medicamento usado como anticoagulante e analgésico que pode causar a este efeito, principalmente em pessoas idosas.
Como tratar? É preciso que você procure o médico que prescreveu o medicamento, pois pode ser necessário ajustar a dosagem ou, quando possível, trocar por outro remédio.
7. Câncer renal e de bexigaO câncer renal e o câncer de bexiga são duas doenças que causam sangue na urina, acompanhados de febre baixa sem motivo aparente, perda de peso e inchaço no abdome. No câncer renal, a pessoa sente dor entre as costelas e o quadril do lado esquerdo o direito.
Como tratar? Nestes casos, é importante que você busque rapidamente um médico de família, nefrologista ou urologista. Quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamentos maiores são as chances de recuperação.
O que é hematúria?A hematúria é a presença de sangue na urina. Dependendo da quantidade de hemácias na urina, o sangue pode ser visível na urina, tornando a coloração mais avermelhada ou escura, mas em casos de pouca hemácia, não sofre alteração nenhuma e as hemácias são identificadas apenas no exame de urina.
O resultado para as hemácias em um exame de urina normal pode ser descrito de 3 formas diferentes e segue os seguintes valores de referência, a depender do laboratório:
- hemácias ausentes/hemácias raras,
- 3 a 5 hemácias por campo ou
- Menos de 10.000 células/mL.
Além da presença de sangue na urina, alguns sintomas servem de alerta de algo mais grave pode estar acontecendo:
- Presença de sangue na urina por mais de 48 horas,
- Coágulos na urina,
- Pressão alta,
- Febre,
- Suor noturno,
- Inchaço (edema) nas pernas e pés e
- Perda de peso.
Independente da causa, sempre que você apresentar presença de sangue na urina ou se o seu exame de urina indicar hemácias altas, busque um médico de família, urologista ou nefrologista para diagnóstico e tratamento adequados.
Para conhecer mais sobre hemácias altas ou sangue na urina, você pode ler:
Hemácias na urina: o que isso significa?
Hemoglobina na urina é grave? O que pode ser?
Referências
American Urological Association - UHA. Diagnóstico, avaliação e acompanhamento da micro-hematúria assintomática (MHA) em adultos. American Urological Association, 2016.
Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Endocrinologia e nefrologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Urologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
HCM significa Hemoglobina Corpuscular Média, uma das medidas encontradas no exame de sangue, que avalia a quantidade média de hemoglobina dentro das hemácias.
A hemoglobina é uma proteína de coloração avermelhada, por isso a cor vermelha do sangue, com grande afinidade pelo oxigênio. Sendo assim, a sua principal função é de transportar o oxigênio dos pulmões para todos os tecidos do corpo.
Uma baixa concentração de HCM, reduz a oxigenação aos tecidos, causando os sintomas de cansaço, fraqueza, sonolência, palidez nas mucosas, entre outros. O HCM alto geralmente não causa sintomas.
Valores de referência de HCMOs valores normais de HCM são medidos em picograma (pg) e apresentam pequenas variações entre idade e gênero, como descrito abaixo:
- Mulheres (27 - 34)
- Homens (27 - 34)
- Crianças de 10 a 12 anos (24 -30)
- Crianças de 1 ano (23 -31)
- Crianças de 3 meses (24- 34)
HCM normal: Confere uma coloração normal das hemácias. Caso haja uma anemia, com HCM normal, essa anemia será classificada como normocrômica. As causas de anemia normocrômica mais frequentes são:
- Anemia megaloblástica (por carência de B12 ou folato)
- Anemia por doenças do fígado
- Anemia por neoplasias (câncer)
- Anemia por doenças endócrinas (diabetes, doenças da tireoide)
- Hemogobinopatias (doenças
HCM alto: Valores altos de HCM indicam a presença de mais hemoglobina nas células, o que torna essas hemácias mais escuras. Nesse caso, se houver uma anemia, será chamada anemia hipercrômica. Causas de anemia hipercrômica:
- Doenças de tireoide
- Alcoolismo
HCM baixo: Valores diminuídos de HCM, ao contrário, tem menos hemoglobina nas células, o que resulta em hemácias de coloração mais clara, e a anemia é chamada hipocrômica, sendo as causas mais frequentes:
- Anemia ferropriva
- Anemia por sangramentos
- Anemia por má absorção intestinal
- Envenenamentos
- Talassemia
- Gravidez
No entanto, para compreender melhor o resultado do exame, é preciso que o médico avalie esse dado, em conjunto com os demais índices hematimétricos, como o VCM, CHCM e RDW.
O exame deverá ser interpretado pelo médico que o solicitou, em conjunto com as queixas e o exame físico.
Saiba mais sobre o assunto nos artigos:
O que significa CHCM no hemograma?
O que é o RDW e qual a sua importância no exame de sangue
Hemácias normocíticas e normocrômicas é anemia?
Referências:
ABHH - Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular.
Berhanu Elfu Feleke & Teferi Elfu Feleke. The Effect of Pregnancy in the Hemoglobin Concentration of Pregnant Women: A Longitudinal Study. J Pregnancy 2020 Jun 3;2020.
O RDW (Red Cell Distribution Widt), em português Amplitude de Distribuição dos Glóbulos Vermelhos, é uma das medidas apresentadas no hemograma, que indica a variação de tamanho das hemácias.
Essa variação de tamanhos recebe o nome de anisocitose, e o valor considerado normal nos adultos e crianças, varia entre 11,6 e 14,5%.
O índice de RDW é geralmente utilizado para identificar os diferentes tipos de anemia. Em conjunto com as outras medidas do hemograma, como o VCM, HCM e CHCM, o RDW é possível identificar a anemia, e iniciar o tratamento mais eficaz.
RDW altoAcima de 14,5%, ou até mais, em alguns casos dependendo da idade e dos valores de referência dos laboratórios, o índice de RDW é considerado aumentado, ou seja, existe grande variedade de hemácias com tamanhos diversos.
As principais causas de RDW elevado são:
- Anemia carencial (por exemplo, devido a deficiências de ferro, folato ou vitamina B),
- β-talassemia (doença hereditária),
- Anemia falciforme,
- Esferocitose hereditária,
- Transfusão de sangue,
- Anemias hemolíticas,
- Estresse oxidativo,
- Doenças renais.
O índice de RDW abaixo de 11%, indica é um sinal de que os glóbulos vermelhos do sangue apresentam pouca variação de tamanho entre eles, o que pode descartar a presença dos tipos mais comuns de anemia, já que nesses casos os valores de RDW costumam estar aumentados.
As principais causas de RDW baixo são:
- anemia aplástica,
- doença hepática crônica,
- quimioterapia,
- certos medicamentos (antivirais, por exemplo).
Nem sempre. O exame de RDW precisa ser avaliado em conjunto com as outras medidas apresentadas no exame de sangue, chamados índices hematimétricos.
O RDW avalia a variação entre os tamanhos das hemácias, o VCM avalia o volume dessas células. O HCM e CHCM avaliam a quantidade média de hemoglobina no sangue. Todos juntos contribuem para analisar todas as características das hemácias e assim, qual doença pode causar essas alterações.
Uma anemia ferropriva, por exemplo, se apresenta com VCM baixo e RDW alto, já que são células menores e de tamanhos mais variados, pela falta de ferro. As anemias de doenças crônicas, como a diabetes mellitus de longa data pode manter as métricas normais.
Portanto, o exame de RDW, assim como outras medidas, não devem ser analisados de forma isolada, mas interpretadas pelo médico que o solicitou, sempre em conjunto, inclusive com as queixas e o exame físico.
Na suspeita de anemia, procure o seu médico de família, ou o hematologista.
Saiba ainda mais sobre esse assunto, nos artigos:
No hemograma, o que significa VCM, HCM e RDW?
Hemácias normocíticas e normocrômicas é anemia?
Referências:
- Leila Monteiro. Valores de referência do RDW-CV e do RDW-SD e sua relação com o VCM entre os pacientes atendidos no ambulatório do Hospital Universitário Oswaldo Cruz - Recife, PE. Rev. Bras. Hematol. Hemoter.
- Giuseppe Lippi, et al.; Red blood cell distribution width: A marker of anisocytosis potentially associated with atrial fibrillation. World J Cardiol. Dec 26;11(12):292-304. 2019.
A Benzetacil® é um antibiótico do grupo das penicilinas, indicado para o tratamento de infecções respiratórias, dor de garganta (amigdalite), infecções de pele e sexualmente transmissíveis como, por exemplo, a sífilis.
A injeção de Benzetacil® é aplicada no músculo e costuma ser bastante dolorosa devido ao seu conteúdo que é viscoso e absorvido lentamente pelo organismo. Geralmente a dor permanece até 7 dias após a aplicação.
Indicações de Benzetacil® 1. Amigdalites e faringites bacterianasAmigdalites e faringites bacterianas se caracterizam por inflamação das amígdalas ou da faringe. Os sintomas mais comuns incluem dor de garganta acompanhada pela presença de placas de pus e febre.
2. ImpetigoO impetigo infecção de pele que se inicia com a presença de pequenas pápulas vermelhas, parecidas com picadas de mosquito. Na medida em que a doença avança, as lesões na pele passam a conter pus e, posteriormente, estouram formando feridas com crostas de cor dourada ou mel.
3. SífilisA sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que tem como principal sintoma a presença de uma ferida indolor, ou seja, que não provoca dor na região genital. A sífilis é transmitida por via sexual através da penetração da bactéria Treponema pallidum em feridas microscópicas ou abrasões presentes na mucosa da vagina e do pênis. Pode também ser transmitida de mãe para filho durante a gravidez. Nestes casos, é chamada de sífilis congênita.
4. Febre reumáticaA febre reumática é uma doença inflamatória que pode afetar as articulações, o coração, o cérebro e a pele de crianças de 5 a 15 anos. Ocorre como uma complicação de infecções de garganta como a faringite e amigdalite ou de pele, como o impetigo.
Os sintomas principais são dores nas articulações que provocam dificuldade de caminhar, inchaço e calor, principalmente nos joelhos e tornozelos, aumento dos batimentos cardíacos, cansaço e fraqueza de braços e pernas.
A aplicação de Benzetacil® para cada uma destas doenças deve ser efetuada de acordo com a orientação médica. O efeito deste medicamento começa de 15 a 30 minutos após a sua administração e se prolonga por um período de 1 a 4 semanas.
Benzetacil® dói, por qual motivo?A injeção de Benzetacil® é feita de um líquido bastante espesso que, ao ser injetado no músculo, provoca o afastamento das fibras musculares e causa dor no momento da aplicação. Além disso, o fato de ser absorvida pelo corpo de forma mais lenta, faz com que a dor persista por até uma semana.
Para amenizar a dor, procure relaxar a musculatura no momento da aplicação da injeção. Quando estamos tensos, nossas fibras musculares se contraem e se tornam mais próximas e rígidas, o que dificulta a passagem do medicamento e aumenta a sensação de dor.
Para eliminar a dor durante e nos dias após a injeção, é possível ainda diluir a Benzetacil® com anestésicos chamados xilocaína ou lidocaína. Para isto, é preciso prescrição de um médico indicando a forma de diluição.
Quais os efeitos colaterais da Benzetacil®?Os efeitos adversos mais comuns da Benzetacil® incluem:
- Náuseas,
- Dor de estômago,
- Diarreia,
- Tonturas e
- Candidíase vaginal.
Se você sentir algum destes efeitos colaterais, procure o médico de família ou o médico que indicou o medicamento para que ele avalie a necessidade de algum tratamento.
Contraindicações da Benzetacil®O uso de Benzetacil® é contraindicado para pessoas alérgicas à penicilina. As mulheres grávidas ou que estão amamentando devem evitar o uso do medicamento e só devem utilizá-lo sob orientação médica.
Para saber mais sobre Benzetacil®, você pode ler:
Benzetacil leva quantos dias para fazer efeito?
Referências
- Lima, L.M., Silva, B.N.M., Barbosa, G. β-lactam antibiotics: an overview from a medicinal chemistry perspective. European Journal of Medicinal Chemistry, v.208, 2020.
- Sociedade Brasileira de Reumatologia.
O vômito amarelo e amargo está relacionado com o acúmulo de bile no estômago. Esse acúmulo pode acontecer simplesmente pelo fato do estômago estar vazio por muito tempo, pela ingestão de alimentos amarelos, ou pelo mau funcionamento da válvula pilórica.
A bile costuma ter coloração esverdeada, entretanto, quando passa para o estômago e se dilui nos ácidos estomacais, se torna amarela e de gosto amargo.
Se você está apresentando vômito amarelo e amargo, conheça as suas possíveis causas e saiba o que fazer em cada uma delas.
Jejum prolongadoO jejum prolongado é a causa mais comum do vômito amarelo e amargo. Além do longo tempo de estômago vazio, a tosse frequente e a obstrução intestinais também podem provocar este tipo de vômito. Nestes casos, a bile retorna para o estômago e se acumula, provocando o vômito de cor amarela e sabor amargo.
O que posso fazer? Evite permanecer sem comer por longo tempo. Você pode fazer pequenos lanches no decorrer do dia.
Ingestão de alimentos e líquidos amarelosIngerir alimentos ou bebidas de cor natural amarela como laranja ou tangerina, por exemplo, ou coloridas com corantes artificiais podem dar coloração amarela ao vômito quando ele acontece.
Entretanto, deve-se suspeitar da presença de bile sempre que você vomitar amarelo e com sabor amargo.
O que posso fazer? Tente ingerir água em pequenas quantidades para diluir o líquido e alimentos amarelos do estômago. Evite encher demais o estômago.
Mau funcionamento da válvula pilóricaA válvula pilórica divide o intestino do estômago. Quando esta válvula não se fecha adequadamente a bile pode passar para o estômago e misturar-se aos ácidos gástricos.
Os sintomas do refluxo biliar incluem vômito amarelo e amargo, tosse, dor e sensação de queimação na região do estômago (azia).
O que posso fazer? Evite comer em excesso e aguardo por pelo menos 30 minutos para se deitar, após a alimentação. Se os sintomas persistirem, procure o médico de família ou gastroenterologista para avaliar e se preciso, iniciar medicação. São exemplos de tratamento, a domperidona, omeprazol ou pantoprazol. Raramente é indicado tratamento cirúrgico.
Obstrução IntestinalA obstrução intestinal é uma causa mais rara, que além do vômito amarelado e amargo, causa a um inchaço na barriga, constipação e, conforme se alimenta e aumenta a formação de fezes e gases, leva a uma dor abdominal intensa.
Os vômitos podem se tornar escurecido e com cheiro de fezes, chamado vômito fecaloide.
O que fazer? A obstrução intestinal é considerada uma emergência médica e não há nada que você possa fazer em casa. Por este motivo, ao suspeitar de obstrução intestinal, procure atendimento médico urgente.
O que posso fazer para amenizar os vômitos?O tratamento do vômito amarelo e amargo depende da sua causa. Entretanto, você pode adotar algumas medidas que podem aliviar os sintomas:
- Mastigue bem os alimentos e coma devagar,
- Evite ingerir líquidos durante as refeições.
- Alimente-se com pequenas porções durante o dia para evitar que o estômago fique muito cheio,
- Especialmente no jantar, como em pequena quantidade, evitando alimentos líquidos como as sopas,
- Faça a última refeição do dia pelo menos duas horas antes de dormir,
- Evite deitar nos 30 primeiros minutos após as refeições,
- Durma com o corpo virado para o lado esquerdo, para evitar que o conteúdo presente no estômago retorne para o esôfago e para a boca.
Alguns sinais de alerta podem indicar que algo mais grave pode estar acontecendo. Estes sintomas incluem:
- Episódios de vômito que permanecem por mais de 24 a 48 horas,
- Sinais de desidratação: sede, boca seca, fraqueza e redução na quantidade de urina,
- Febre acima de 38 graus,
- Vômito com sangue vivo ou de cor preta,
- Dor abdominal constante,
- Abdome distendido (barriga inchada),
- Prisão de ventre.
Se você sentir qualquer um desses sintomas, busque o mais rapidamente quanto possível uma emergência hospitalar.
Para saber mais sobre vômitos, você pode ler:
Tossir muito e vomitar um líquido amarelo, o que pode ser?
Estou com vômito amarelo, pode ser perigoso? Como faz para parar?
O que comer quando está vomitando?
4 causas principais de vômito verde e o que posso fazer
Referência:
FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia
Os eosinófilos são células de defesa do organismo, também conhecidos por glóbulos brancos, ou leucócitos. O seu valor é encontrado dentro do hemograma, na contagem de série branca (leucograma).
Os leucócitos são divididos em 5 tipos de células: os neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos. Cada uma delas exerce uma função no sistema imunológico. Os eosinófilos têm como principal função, combater germes e parasitas, auxiliar e mediar as reações inflamatórias.
A contagem normal de eosinófilos no sangue, varia de 50 – 500 células/microlitro. No entanto, esse valor deve ser analisado em conjunto com os sintomas e exame clínico. Isoladamente, não tem um significado exato.
Eosinófilos altos - o que pode ser?O aumento dos eosinófilos chama-se eosinofilia e ocorre, principalmente, nos casos de alergia, asma e verminoses. Com menor frequência, outras situações também podem cursar com esse aumento. Sendo assim, as principais causas de eosinofilia são:
- Alergias (rinite alérgica, dermatite, urticária)
- Verminoses (ascaridíase, ancilostomíase, oxiuríase)
- Asma
- Doenças auto-imunes (lúpus, artrite reumatoide)
- Linfoma, Leucemias
- Doença de Crohn, retocolite ulcerativa
- Uso de certos medicamentos (anfotericina B, alopurinol, anticonvulsivantes)
A redução dos eosinófilos é menos comum, chamada de eosinopenia. As causas mais frequentes incluem:
- Estresse,
- Uso crônico de corticoides (oral ou venoso),
- Gravidez,
- Infecção bacteriana ou viral,
- Síndrome de Cushing,
- Febre alta.
O tratamento varia de acordo com a causa dessa alteração, e nem sempre será preciso um tratamento específico.
Por exemplo, na rinite alérgica e pessoas asmáticas, a eosinofilia leve é um achado comum devido às constantes ativações alérgicas, mas não representa um sinal de risco ou gravidade. Na febre alta, a redução dos eosinófilos é passageira, quando a doença que causa a febre for tratada, o valor se normaliza.
Em contrapartida, nos casos de linfoma ou leucemia, a alteração será importante com um valor muito elevado, podendo ultrapassar o valor de 2.000 células / microlitro. Nesse caso, é preciso procurar um atendimento médico com urgência.
Ainda, se perceber uma alteração dos leucócitos com ou sem aumento de eosinófilos, associado a febre alta (acima de 38,5o), manchas no corpo ou perda de peso sem motivo aparente, procure imediatamente uma avaliação médica.
Saiba mais sobre esse assunto, nos seguintes artigos:
- Como identificar uma alergia? Quais são os sintomas?
- Vermes em crianças: quais os sintomas e o que fazer?
- Quais são os valores de referência de um hemograma?
- Leucograma: Para que serve e quais os valores de referência?
Referências:
Peter F Weller, et al.; Eosinophil biology and causes of eosinophilia. UpToDate: Aug 13, 2020.
Thomas D Coates, et al.; Approach to the patient with neutrophilia. UpToDate: Jan 20, 2020.
O vômito verde é provocado principalmente pela presença de bile, que ocorre devido ao jejum prolongado, e ingestão de alimentos e bebidas de cor verde. Geralmente, vomitar verde não indica doenças graves.
Entretanto, se você está vomitando verde e apresenta outros sintomas como perda de apetite e cólicas, por exemplo, pode indicar obstrução intestinal, quadro que necessita de avaliação médica.
1. Presença de bileO vômito verde ocorre principalmente devido ao jejum prolongado, quando o estômago permanece vazio por longo tempo. Nesta situação, a bile que se acumula no estômago é eliminada em forma de vômito que varia da coloração verde-claro amarelado até o verde musgo. Além disso, pode ter, algumas vezes, um sabor amargo.
É importante que você saiba que vomitar bile também pode ser um sinal de uma doença grave chamada obstrução intestinal, da qual trataremos a seguir, e que necessita de atendimento de emergência.
O que posso fazer? Se você está em jejum prolongado e vomitando bile, procure ingerir líquidos como água, água de coco e sucos. Tente também comer alimentos leves como frutas e faça repouso. Bebidas como refrigerantes devem ser evitados, pois, podem irritar a parede do estômago.
2. Obstrução intestinalVomitar verde devido a presença de bile pode indicar obstrução intestinal, doença grave que bloqueia o fluxo alimentos, líquidos digestivos e gases pelo intestino. Nestes casos, além do vômito verde você também pode sentir cólicas, inchaço no abdome e perda de apetite.
Quando a obstrução intestinal é parcial e afeta o intestino delgado é comum ocorrer vômito verde e diarreia. Já nos casos de obstrução total do intestino grosso, a pessoa apresenta prisão de ventre (constipação).
O que posso fazer? A obstrução intestinal é uma emergência médica que requer cirurgia na maior parte dos casos. Por este motivo, você deve buscar rapidamente uma emergência hospitalar.
3. Gripes, resfriados e infecções respiratóriasSe você estiver gripado ou resfriado, o vômito verde pode vir acompanhado de uma secreção mais espessa e mau cheiro. Isto ocorre porque o catarro produzido nos quadros gripais pode ser engolido e expelido com o vômito.
Fique atento porque a presença de secreção verde no vômito, por ser um indicativo de infecção das vias respiratórias superiores. Nestas situações sintomas como febre, sensação de fraqueza e mal-estar e dor de cabeça podem estar presentes.
O que posso fazer? Procure beber bastante líquido e lavar o nariz com 3ml de soro fisiológico em cada narina. Entretanto, na presença de febre e demais sintomas busque um médico de família e otorrinolaringologista.
4. Intoxicação alimentarA ingestão de alimentos contaminados pode causar intoxicação alimentar devido à contaminação por vírus e bactérias. Nestas situações a pessoa pode vomitar repetidas vezes, vomitando não somente os alimentos contaminados, mas também a bile, o que provoca vômito verde.
O que posso fazer? Consuma bebidas isotônicas, ricas em eletrólitos como sódio, potássio e cálcio.
Vômito verde na gravidez, o que pode ser?A náusea e o vômito verde ou amarelado é conhecido como enjoo matinal e se deve às rápidas variações hormonais (estrogênio, progesterona e hCG) que ocorrem no início da gravidez.
É bastante frequente nos três primeiros meses de gravidez e, embora seja chamado de enjoo matinal, pode ocorrer em qualquer momento do dia. Costuma desaparecer na 12ª semana de gestação. É considerado normal quando você consegue se alimentar e ingerir líquido normalmente.
Entretanto, se os enjoos e vômitos, impedirem que você se alimente e, por este motivo, provocarem perda de peso e desidratação, e forem acompanhados de dor abdominal, diarreia ou ambos, é importante que você procure o seu médico de família ou ginecologista.
Quando devo me preocupar?Alguns sintomas servem de alerta e indicam que algo mais grave pode estar acontecendo. Estes sintomas incluem:
- Vômito que persiste por mais de 24 a 48 horas,
- Não conseguir ingerir mais que alguns goles de líquido,
- Sinais de desidratação: boca seca, sede, redução na quantidade de urina e fraqueza,
- Febre alta (acima de 38 graus),
- Vômitos com cheiro de fezes,
- Vômitos pretos ou com presença de sangue,
- Dor abdominal constante,
- Barriga inchada (abdome distendido),
- Prisão de ventre (constipação).
Ao perceber estes sintomas, você deve buscar imediatamente um serviço de emergência.
Para saber mais sobre vômitos, você pode ler os seguintes artigos:
O que causa o vômito amarelo e amargo e o que fazer
Tossir muito e vomitar um líquido amarelo, o que pode ser?
Estou com vômito amarelo, pode ser perigoso? Como faz para parar?
O que comer quando está vomitando?
Referência:
FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.
A contagem de plaquetas é utilizada para avaliar a coagulação sanguínea. As plaquetas são as células do sangue, responsáveis por dar início ao processo de coagulação.
O resultado do exame, considerado normal, é o valor de plaquetas entre 150.000 e 450.000 mm³ de sangue, encontrado no exame de sangue, o hemograma, tanto para adultos quanto para crianças.
Um valor abaixo ou acima dessa faixa é considerada anormal, por isso, deve ser investigado. Conheça um pouco mais sobre as alterações nas plaquetas e o que pode ser feito em cada caso, no seguimento desse artigo.
Trombocitose (plaquetas altas)As plaquetas altas, acima de 450 mil por mm³ de sangue, recebe o nome de trombocitose. Essa condição preocupa porque uma grande quantidade de plaquetas juntas podem dar origem aos coágulos sanguíneos, conhecidos por "trombos". Os trombos, dependendo do seu tamanho, podem obstruir o vaso, impedindo a passagem do sangue, dando origem a doenças graves como trombose e embolia pulmonar, condições que podem levar à morte.
As causas mais frequentes de trombocitose são:
- Anemia hemolítica;
- Deficiência de ferro;
- Infecções, grandes cirurgias ou traumatismos;
- Policitemia Vera;
- Câncer;
- Uso de certos medicamentos;
- Doença da medula óssea (neoplasia mieloproliferativa);
- Retirada do baço.
O tratamento da trombocitose depende da causa e pode incluir o uso de medicamentos e outros procedimentos médicos. No caso de plaquetas altas, procure o hematologista para avaliar o seu caso.
Pancitopenia (plaquetas baixas)As plaquetas baixas, ou seja, abaixo de 150 mil por mm³ de sangue, é chamada pancitopenia ou trombocitopenia. Essa condição também causa preocupação, porque aumenta o risco de sangramentos.
A queda das plaquetas pode ocorrer por dois mecanismos principais: pela produção baixa dessa célula, ou pela sua destruição acelerada ou precoce. As causas mais frequentes são:
- Púrpura trombocitopênica idiopática ou Trombocitopenia imune primária (PTI),
- Gravidez,
- Infecções virais e bacterianas (ex.: dengue, febre amarela, hepatite C, HIV)
- Uso de certos medicamentos (heparina, ampicilina, cimetidina, ibuprofeno, naproxeno, entre outros),
- Doença crônica do fígado, como a cirrose,
- Alcoolismo,
- Carência de vitaminas (folato e B12)
- Doenças da medula óssea (anemia aplástica, câncer, leucemia),
- Doenças reumatológicas (lúpus, artrite reumatoide),
- Quimioterapia e radioterapia.
O tratamento mais uma vez irá depender da causa, e nem sempre existe algo a fazer. Por exemplo, na gravidez é preciso acompanhar e orientar quanto a alimentação, mas, em geral, a contagem se normaliza após o nascimento do bebê, espontaneamente.
Na PTI, com sinais de gravidade, pode ser indicado o uso de corticoides e imunoglobulina. O câncer possui um protocolo de tratamento mais específico, determinada pelo oncologista.
Cabe ao especialista, hematologista ou oncologista, definir a melhor opção, caso a caso.
O que pode alterar as plaquetas?Diversas situações podem alterar as plaquetas sem, necessariamente, significar uma doença. Entretanto, em alguns casos, essas alterações podem ser bastante perigosas para a saúde, como, por exemplo, a púrpura trombocitopênica imune (PTI) ou a policitemia vera.
Sendo assim, se perceber que tem dificuldade para parar um sangramento, se apresenta sangramentos espontâneos sem motivo aparente ou manchas roxas pelo corpo, mesmo sem sofrer pancadas, procure um hematologista para avaliar com mais cuidado esses sintomas.
Quando devo me preocupar?Sempre que houver alteração nas plaquetas, é preciso avaliar junto com médico de família ou hematologista, no entanto, alguns sinais e sintomas indicam necessidade de avaliação de urgência, como:
- Sangramento de difícil controle,
- Contagem de plaquetas abaixo de 50.000,
- Plaquetopenia na gravidez,
- Sangramento espontâneo, sem motivo aparente;
- Sangramento com presença de manchas roxas pelo corpo;
- Sangramento associado a febre, falta de ar ou cansaço extremo.
Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:
Quais são os sintomas de plaquetas baixas?
Plaquetas altas e baixas: o que pode ser e quais os sintomas?
Cada vez que faço hemograma as plaquetas estão...
Referência:
Charles S Abrams, et al.; Platelet biology. UpToDate: Jul 10, 2019.
Donald M Arnold, et al.; Approach to the adult with unexplained thrombocytopenia. UpTodate: Jul 19, 2019.
Na gestação, os medicamentos mais utilizados e seguros para dor de cabeça, são o paracetamol e dipirona®. No entanto, a dose, forma de uso e se existe alguma contraindicação, deve ser analisada pelo médico obstetra.
Qualquer medicamento durante a gestação deve ser prescrito pelo obstetra, que acompanha a gestante, inclusive os remédios para dor de cabeça.
Já os anti-inflamatórios não-esteroides (AINES) como o ibuprofeno, embora bastante usado para combater a dor de cabeça, são contraindicados durante a gravidez. Estes medicamentos podem provocar desde aborto espontâneo até hemorragia pós-parto.
No seguimento deste texto falaremos sobre o uso de remédios para dor de cabeça durante a gestação.
ParacetamolQuando utilizado em doses adequadas, o Paracetamol pode ser indicado durante todas as fases da gestação para combater a dor de cabeça. O medicamento apresenta ainda uma quantidade muito reduzida de efeitos colaterais, quando a dose indicada pelo médico é respeitada.
Apesar de atravessar a placenta, o paracetamol não prejudica o feto quando em doses adequadas. Entretanto, quando usado em doses elevadas durante a gravidez pode ser tóxico para o fígado da mãe e do bebê.
Dipirona®A Dipirona® tem efeito muito semelhante ao paracetamol quando utilizado para dor de cabeça em mulheres grávidas.
Estudo mostraram que as mulheres grávidas que usaram Dipirona® durante os três primeiros meses de gestação não apresentaram aumento de malformações no feto e nem de abortamentos. Embora, seja seguro o uso da Dipirona® para tratar a dor de cabeça durante a gestação, é preciso que seja administrada de acordo com a prescrição médica.
Grávidas não podem tomar ibuprofeno para dor de cabeçaO ibuprofeno é um medicamento contraindicado para as mulheres grávidas.
Quando usado no início da gestação (três primeiros meses) o ibuprofeno pode provocar distúrbios de implantação do embrião na parede do útero, o que pode levar ao aborto. Além disso, pode causar problemas no coração, lábio leporino e fenda palatina.
Do ao 7º ao 9º mês de gravidez, o uso de ibuprofeno pode afetar os pulmões e causar anomalias na parede abdominal e hemorragia cerebral no bebê. Na mãe, o medicamento pode prolongar o trabalho de parto e hemorragia pós-parto.
Aspirina® deve ser evitado para dor de cabeça na gravidezO uso de Aspirina® (ácido acetilsalicílico) deve ser evitado para tratar a dor de cabeça durante a gravidez. Este medicamento pode causar anemia, hemorragia e inibição do trabalho de parto, principalmente, quando usado em doses altas.
Como aliviar a dor de cabeça sem usar remédios?Antes de utilizar remédios, deve dar preferência a adoção de medidas simples que ajudam a reduzir a dor de cabeça e protegem você e seu bebê dos seus efeitos prejudiciais. Estas medidas incluem:
- Manter uma rotina de sono e descanso em um ambiente tranquilo e silencioso,
- Praticar atividade física: um educador físico por orientar os exercícios mais adequados a sua fase de gestação,
- Efetuar refeições leves e saudáveis livres de doce com açúcar branco, frituras e outros alimentos gordurosos,
- Manter hidratação adequada: consuma água e bebidas saudáveis como sucos de fruta naturais,
- Evitar bebidas com cafeína: refrigerante, café em excesso café,
- Massagear ombros, pescoço e testa para aliviar a tensão,
- Aplicar compressas de água fria na testa.
Embora a dor de cabeça na gravidez seja frequente devido às alterações hormonais, alguns sinais servem de alerta. Busque rapidamente atendimento médico se a dor de cabeça vier acompanhada de sintomas como:
- Febre,
- Náuseas,
- Vômitos,
- Dor de estômago,
- Visão dupla ou embaçada,
- Desmaio e
- Convulsões.
Ao sentir dor de cabeça durante a gravidez, converse com o seu médico. Somente ele poderá indicar o medicamento mais eficaz e seguro, de acordo com o seu tipo de dor e fase da gestação.
Conheça mais sobre dor de cabeça na gravidez lendo os seguintes artigos:
Dor de cabeça na nuca durante a gravidez, o que pode ser?
Quais remédios posso tomar na gravidez?
Referências
- Aragão, F.F.; Tobias, A.F. Pharmacological treatment of pain in pregnancy. BrJP, (2)4:374-80, 2019.
- Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de teratogênese em humanos. FEBRASGO, 2018.