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Os sintomas do transtorno dissociativo de identidade caracterizam-se pelo aparecimento de duas ou mais personalidades distintas, que muitas vezes não têm conhecimento uma da outra.Os sintomas podemos incluir ainda alucinações, perdas de memória e dificuldade de concentração.
As identidades podem ser tão dissociadas que podem não identificar pessoas da família, a própria casa, o trabalho, colegas, amigos, e até relutar em se enquadrar nas condições predominantes na identidade dominante do indivíduo.
As personalidades podem ter características muito diferentes, inclusive no sexo, nas raças e nas idades. O vocabulário usado por elas pode ser variado, podendo ainda ter diferentes sotaques e habilidades, como uma ser canhota e as outras serem destras.
AmnésiaUm dos sinais mais frequentes do transtorno dissociativo de identidade é a perda de memória por períodos indefinidos de tempo. Isso acontece porque quando uma personalidade está no controle, a outra não processa o que está acontecendo e quando ganha consciência não se lembra do que aconteceu.
Contudo, em alguns casos a amnésia não ocorre e as personalidades podem ter conhecimento uma da outra. Nesses casos, a pessoa pode dividir as memórias entre as diferentes identidades, mas quando uma personalidade está no controle do corpo, as outras não influenciam os comportamentos.
Outros transtornos mentaisPessoas com transtorno dissociativo de identidade podem ainda ter outros transtornos psicológicos decorrentes da personalidade múltipla, como depressão, ataques de pânico, psicoses, tendências suicidas, fobias, entre outros.
Transtorno Dissociativo de Identidade x EsquizofreniaEmbora sejam muitas vezes confundidos, a esquizofrenia e o transtorno de personalidade múltipla, ou de dupla personalidade, como também é conhecido, não têm relação entre si e são doenças diferentes.
A grande diferença entre as duas doenças é o aparecimento das diferentes personalidades que ocorre no transtorno dissociativo. Os eventos alucinatórios no trastorno dissociativo de identidade estão associados e relacionados a uma outra identidade, como se alguém dentro da sua cabeça quisesse fazer algo, é um pouco diferente da alucinação típica da esquizofrenia.
Na esquizofrenia, o paciente pode ter crises extremas de humor, mas em todas elas a sua personalidade vai ser a mesma..
O diagnóstico do transtorno dissociativo de identidade é difícil. O especialista responsável por identificar a doença e orientar o tratamento é o médico psiquiatra.
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Quais as causas do transtorno dissociativo de identidade?
Transtorno dissociativo de identidade significa ter dupla personalidade?
Qual é o tratamento para transtorno dissociativo de identidade?
Sim, o transtorno dissociativo de identidade, também conhecido como transtorno de personalidade múltipla ou de dupla personalidade, caracteriza-se pela presença de duas ou mais identidades diferentes que controlam algum comportamento da pessoa.
Essas personalidades são independentes uma da outra e em muitos casos não têm conhecimento da existência das demais.
Algumas pessoas podem ter até 10 personalidades ou mais, sendo o transtorno mais comum em mulheres. Há ainda casos em que uma determinada identidade não reconhece os familiares do indivíduo, enquanto outra pode reconhecer e demonstrar afeto pelos mesmos.
Essas pessoas também apresentam perdas de memória recente e mais antigas.
Veja também: Quais os sintomas do transtorno dissociativo de identidade?
CausasIndivíduos com transtorno dissociativo de identidade não conseguem se lembrar das suas próprias informações pessoais. O transtorno muitas vezes está associado a traumas graves e constantes sofridos durante a infância.
O tempo de duração, a proximidade e a gravidade dos traumas sofridos durante esse período são fatores diretamente associados ao desenvolvimento do transtorno dissociativo.
Contudo, nem todas as pessoas que passam por situações traumáticas desenvolvem transtorno dissociativo de personalidade.
Existem diversos fatores que podem contribuir para o desenvolvimento ou não dos sintomas, como a forma diferente que cada um tem de absorver e lidar com esses traumas.
Sabe-se também que indivíduos usuários de drogas e substâncias químicas ou que sofreram abusos sexuais têm mais predisposição para apresentar o transtorno dissociativo de identidade.
Os sintomas do transtorno dissociativo de identidade podem incluir ainda stress pós-traumático, automutilação e o seu diagnóstico é difícil.
O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do transtorno dissociativo de identidade.
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Qual é o tratamento para transtorno dissociativo de identidade?
Pessoas com transtorno de personalidade dependente apresentam muita necessidade de serem cuidadas e têm medo da separação. Sentem-se desconfortáveis ou desamparadas quando estão sozinhas por se acharem incapazes de cuidarem delas mesmas, com preocupações e receios irrealistas de serem deixados à própria sorte.
Quando terminam uma relação afetiva, procuram urgentemente um relacionamento novo para obterem carinho e amparo, adotando comportamentos submissos nas suas relações pessoais.
Os sintomas desse tipo de transtorno de personalidade começam a se manifestar em adultos jovens, em diversas situações e contextos.
Indivíduos com transtorno de personalidade dependente também têm dificuldade em tomar decisões sem antes procurar muitos conselhos e suporte em outras pessoas, ainda que essas decisões sejam rotineiras.
Na verdade, precisam que os outros assumam o controle global das principais áreas das suas vidas. O medo de perder a aprovação e o apoio alheio também as leva a ter dificuldade em discordar da opinião dos outros, às vezes podendo até fazer coisas extremamente desagradáveis pelos outros com receio dessas perdas.
Apresentam dificuldade em começar projetos por iniciativa própria por não confiarem neles mesmos ou nas suas capacidades, embora possam ser motivados e terem energia para isso.
Esses sintomas prejudicam significativamente a vida dessas pessoas, causando muito sofrimento e impedindo de levarem uma vida funcional.
Leia também: Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?
TratamentoO tratamento para o transtorno de personalidade dependente é feito sobretudo com psicoterapia, sendo a terapia cognitiva-comportamental o método mais utilizado. O objetivo é auxiliar o indivíduo a identificar o seu desequilíbrio e vigiá-lo, ajudando na mudança de comportamento e no desenvolvimento do autocontrole.
Os medicamentos podem ser usados para tratar transtornos mentais que podem estar associados ao transtorno de personalidade dependente, como depressão e ansiedade.
O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e orientação do tratamento do transtorno de personalidade dependente.
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Transtorno de personalidade narcisista: Como identificar e tratar?
Quais os sintomas dos transtornos de personalidade?
O transtorno de personalidade narcisista se caracteriza por comportamentos, sentimentos ou fantasias de grandiosidade além de intenso amor por si próprio. São pessoas com uma necessidade de admiração, mas que ao mesmo tempo manifestam grande falta de empatia pelos outros.
Os sintomas do transtorno de personalidade narcisista começam a se manifestar na adolescência ou início da idade adulta, em diversos tipos de contextos e situações.
GrandezaPessoas com esse tipo de transtorno de personalidade têm uma ideia de grandeza sobre elas mesmas, esperando serem reconhecidos com louvor em suas atividades e talentos, porém sem estarem propriamente num nível superior naquilo que fazem.
Indivíduos narcisistas se preocupam frequentemente com fantasias de amores ideais, muito sucesso, inteligência, poder e beleza.
"Especiais e únicos"Também acreditam que são especiais e únicos e de que apenas outras pessoas especiais ou "superiores" podem compreendê-los, por isso é com elas que eles acham que devem se relacionar.
InvejaPor se sentirem de um nível elevado, os narcisistas pensam que são constantemente alvo da inveja alheia, embora sejam eles próprios os invejosos em muitas situações. Também é comum serem arrogantes e insolentes.
PresunçãoOutra característica marcante do transtorno de personalidade narcisista é a presunção, ou seja, estão constantemente à espera de obediência automática ou tratamentos especiais da parte de outras pessoas.
ExploradoresCostumam ser exploradoras nas relações pessoais, procurando tirar vantagem sobre os outros para conseguirem aquilo que querem, além de manifestarem comportamentos arrogantes.
A sua falta de empatia se manifesta na dificuldade em se colocar no lugar das outras pessoas, relutando em se identificar ou reconhecer emoções, carências, necessidades e sentimentos verdadeiros dos outros.
TratamentoO tratamento para o transtorno de personalidade narcisista pode incluir o uso de medicamentos, psicoterapia, terapia familiar e mudanças nas rotinas.
A psicoterapia exerce um papel fundamental na resposta ao tratamento, pois ajuda a pessoa a identificar os seus pensamentos distorcidos e vigiá-los, favorecendo o desenvolvimento do autocontrole.
A duração do tratamento pode levar anos e requer esforço por parte do paciente e do terapeuta. Além disso, pessoas com transtornos de personalidade costumam ser relutantes em aceitar a psicoterapia, visto que os resultados podem ser limitados e pouco satisfatórios em alguns casos.
Os medicamentos usados para tratar o transtorno de personalidade narcisista servem para controlar os transtornos mentais que possam estar associados, como depressão, psicoses, ansiedade, entre outros.
Pessoas com sintomas de transtornos de personalidade devem ser avaliadas por um médico psiquiatra, que irá diagnosticar o transtorno e orientar o tratamento, conforme cada caso.
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Entre os transtornos mentais mais comuns estão a depressão, o transtorno da ansiedade generalizada, o stress pós-traumático, a síndrome do pânico, a esquizofrenia e as psicoses.
Os transtornos de personalidade, como paranoide, esquizoide, antissocial, borderline, entre outros, não são propriamente considerados transtornos mentais. Contudo, a presença de alguns deles pode aumentar a predisposição para certos transtornos mentais.
DepressãoÉ o transtorno mental mais comum, juntamente com a ansiedade. A depressão caracteriza-se por uma tristeza muito forte, profunda e persistente, que pode ser paralisante nos casos mais graves.
A pessoa apresenta falta de interesse e perde o prazer em fazer as coisas, mesmo que sejam atividades que goste de fazer.
A apatia, a sensação de vazio, o desânimo, a falta de energia e esperança, além dos pensamentos negativos e do pessimismo, também são sintomas frequentes desse tipo de transtorno mental.
O tratamento da depressão inclui o uso de medicamentos antidepressivos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida.
Transtorno da ansiedade generalizadaPessoas com transtorno de ansiedade generalizada apresentam uma preocupação intensa e difícil de controlar. A ansiedade é excessiva e não corresponde à realidade, causando sofrimento intenso.
Os sinais e sintomas desse transtorno mental podem ser físicos e psicológicos, tais como angústia, medo, agitação, irritabilidade, aumento da frequência cardíaca, transpiração, falta de ar, entre outros.
Para que seja diagnosticado como transtorno de ansiedade generalizada, a duração dos sintomas deve ser superior a 6 meses. O tratamento antidepressivos associados à psicoterapia.
Veja também: Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?; Transtorno de ansiedade generalizada tem cura? Qual é o tratamento?
Stress pós-traumáticoO stress pós-traumático surge após um acontecimento violento ou um trauma extremo, geralmente associado a situações que tenham colocado a vida da pessoa ou de outros em risco. Trata-se de um transtorno de ansiedade, portanto, com sinais e sintomas semelhantes.
Contudo, no stress pós-traumático, os sintomas normalmente se manifestam em momentos em que o indivíduo pensa que pode voltar a viver novamente a experiência traumática.
O tratamento desse transtorno psicológico é difícil. A terapia consiste em medicamentos psiquiátricos, principalmente antidepressivos, e psicoterapia.
Saiba mais em: Transtorno de ansiedade generalizada tem cura? Qual é o tratamento?
Síndrome do pânicoA síndrome do pânico é um transtorno mental que provoca crises agudas de forte ansiedade, como se alguma tragédia ou catástrofe pudesse acontecer à pessoa a qualquer momento. Os ataques ocorrem repentinamente e de forma inesperada, podendo durar de 15 a 30 minutos.
Os sintomas podem incluir aumento da frequência cardíaca e respiratória, falta de ar, boca seca, tremores, náuseas, transpiração excessiva, tonturas, medo de morrer, desespero, sensação de tragédia iminente, vômitos e desmaios.
Veja também: O que é síndrome do pânico?
O tratamento da síndrome do pânico é feito com medicamentos antidepressivos, associados à psicoterapia, principalmente a terapia cognitivo-comportamental.
Leia também: Síndrome do pânico tem cura? Qual é o tratamento?
EsquizofreniaEsse tipo de transtorno mental caracteriza-se por crises de psicoses com vários sintomas, principalmente delírios e alucinações.
As crises vêm e vão, com manifestações que podem incluir ainda discurso desorganizado, comportamento muito desorganizado, indiferença, falta de afetividade, motivação e concentração, excesso de desconfiança, alterações na coordenação motora, entre outras.
O tratamento da esquizofrenia é feito com medicamentos, psicoterapia, orientações para os familiares.
Leia também: Diferenças entre Esquizofrenia e Depressão
O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento dos transtornos mentais.
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Quais são os tipos de transtornos mentais?
Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?
Os principais tipos de transtornos mentais são os transtornos emocionais, como a ansiedade e depressão; transtornos externalizantes e psicoses.
Os transtornos emocionais são os transtornos mentais mais frequentemente encontrados, sendo representados por medo, ansiedade, depressão e sintomas somáticos, ainda transtorno de stress pós-traumático, transtornos somatoformes (que provocam sintomas físicos), síndrome do pânico, fobias, estados obsessivos, entre outros.
Lembrando que a depressão, a ansiedade e os sintomas dos transtornos somatoformes muitas vezes se manifestam em conjunto e com os mesmos sinais e sintomas.
Os transtornos externalizantes incluem a dependência de substâncias como álcool e drogas, transtorno de personalidade antissocial e transtorno de conduta.
Nas psicoses, a pessoa apresenta uma dificuldade em discernir o que é e o que não é realidade. Como por exemplo os quadros de esquizofrenia. Trata-se de um dos transtornos de maior dificuldade em realizar um diagnóstico.
Existe tratamento para os transtornos mentais?Sim. O tratamento dos transtornos mentais é feito com medicamentos e psicoterapia, conforme cada caso. E na grande maioria das vezes é bastante eficaz.
O/A médico/a psiquiatra é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e pela orientação do tratamento.
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Transtornos mentais: Como identificar e tratar?
Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?
O tratamento para os transtornos de personalidade deve compreender:
- Psicoterapia
- Medicamentos
- Terapia familiar e
- Estilo de vida saudável.
O tratamento de escolha para os transtornos de personalidade é a psicoterapia cognitiva-comportamental. O tempo de duração é longo, podendo levar anos, e requer grande esforço por parte da pessoa e do terapeuta.
A psicoterapia é fundamental para o sucesso do tratamento dos transtornos de personalidade, pois ajuda o paciente a identificar a sua instabilidade e monitorá-la para mudar o padrão de comportamento e desenvolver o autocontrole.
No entanto, pessoas com transtornos de personalidade geralmente têm resistência em aceitar o tratamento psicoterápico, o que retarda e prejudica o tratamento.
MedicamentosOs medicamentos usados no tratamento dos transtornos de personalidade servem para controlar depressões, psicoses, ansiedade, impulsividade, entre outros distúrbios.
Casos de transtornos borderlines (fronteiriços) e esquizotípicos podem ser tratados com neurolépticos, já que esses indivíduos muitas vezes manifestam paranoias, dificuldades de comunicação, alucinações, entre outros sintomas psicóticos.
Os indivíduos borderlines instáveis e os antissociais com dificuldade em controlar os impulsos podem se beneficiar do tratamento com medicamentos antidepressivos. O objetivo é controlar os impulsos suicidas, que apresentam alta prevalência nesses tipos de transtornos de personalidade.
Já os anticonvulsivantes podem ser usados para tratar os comportamentos impulsivos e automutiladores.
Terapia familiarA terapia familiar representa um tratamento alternativo com foco na pessoa que possui o transtorno de personalidade, além de seus familiares e companheiros.
Uma vez compreendida a situação do paciente, as pessoas com quem convive conseguem auxiliá-lo na adesão do tratamento e nas orientações a ele recomendadas. Com isso a resposta ao tratamento tende a ser mais rápida e eficaz.
Estilo de vida saudávelO estilo de vida saudável comprovadamente ajuda muito no bem-estar e qualidade de vida das pessoas, seja para pessoas portadoras de transtornos físicos ou mentais.
Tanto portadores de doenças crônicas como hipertensão, diabetes ou reumatismo, quanto os portadores de transtornos de personalidade, se beneficiam de uma alimentação saudável, atividades físicas regulares, evitar hábitos ruins como tabagismo, alcoolismo ou drogas ilícitas. Por isso também faz parte do tratamento de transtornos de personalidade.
O/A psiquiatra é o/a especialista responsável pelo tratamento dos transtornos de personalidade.
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Qual é o tratamento para o transtorno da personalidade esquiva?
Transtorno de personalidade é uma doença mental?
Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?
Os sinais e sintomas dos transtornos de personalidade normalmente se manifestam no final da infância ou durante a adolescência, e variam bastante de acordo com o tipo de transtorno. Porém, a confirmação do diagnóstico só pode ocorrer depois dos 18 anos de idade.
Os sintomas em geral mais comuns são:
- Oscilação no humor
- Mudança de comportamento constante
- Comportamentos muito rígidos, dificuldade de adaptação às situações adversas
- Desinteresse pelos outros ou pelas questões sociais
- Dificuldade em construir ou manter relacionamentos
Os transtornos de personalidade levam a pessoa a ter um estilo de vida interior ou um comportamento bem diferente do que é esperado dela cultural e socialmente.
Isso se manifesta na interpretação de si mesmo, dos outros e dos acontecimentos (cognição), na adequação à resposta emocional (afetividade), no relacionamento interpessoal e no controle dos impulsos.
Trata-se de perturbações graves que causam muito sofrimento para a pessoa, amigos e seus familiares.
Os transtornos de personalidade têm uma forte relação com fatores hereditários, sendo estes verificados em quase metade dos casos. Portanto, não é só o ambiente que contribui para o desenvolvimento desses transtornos, mas também a hereditariedade.
Um comportamento frequentemente observado em indivíduos com transtornos de personalidade é o abuso de bebidas alcoólicas e outras drogas.
Vale lembrar que os transtornos de personalidade se tornam mais evidentes em momentos de estresse e ansiedade.
O/A médico/a psiquiatra é o/a especialista indicado/a para diagnosticar os transtornos de personalidade e indicar o tratamento mais adequado em cada caso.
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Transtorno de personalidade é uma doença mental?
Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?
Os transtornos de personalidade são muitos e estão constantemente sendo reavaliados e reclassificados. Alguns grupos dividem em 10 tipos, outros em 8, uma tendência mais atual está classificando os tipos em apenas em 6 grupos: esquizotípica, limítrofe, antissocial, narcisista, esquiva e obsessivo-compulsiva.
No entanto, existe uma classificação geral em que todos concordam, que são 3 grandes grupos:
Grupo A: Incluindo os tipos paranoides, esquizoides e esquizotípicos. Esses indivíduos são os considerados "excêntricos" e "esquisitos".
Grupo B: Os casos de antissociais, fronteiriços, histriônicos, borderline e narcisísticos. Essas pessoas têm personalidades dramáticas, emotivas e volúveis.
Grupo C: E por fim, os tipos dependentes, os evitativos e os obsessivo-compulsivos. São consideradas personalidades ansiosas e com tendência para o medo.
Falando um pouco sobre cada tipo de personalidade, lembrando que muitas vezes elas se sobrepõem, podemos destacar alguns sinais e sintomas mais pertinentes a cada tipo.
1. Grupo A: Esquizotípica, limítrofe Transtorno da Personalidade ParanóideSão desconfiados e suspeitam dos outros, interpretando as intenções de terceiros como maldosas. Acham que estão sendo explorados, maltratados ou enganados, pois têm dúvidas infundadas sobre a lealdade ou confiabilidade de outras pessoas.
A relutância do indivíduo em confiar nos outros também é devida a um medo sem fundamento de que possam usar informações contra ele.
Há interpretações de significados ocultos em observações e acontecimentos sem maldade, que parecem ser humilhantes ou ameaçadores para a pessoa.
É comum guardarem rancores, sendo implacáveis com qualquer tipo de insulto ou deslizes. Reagem com raiva ou atacando rapidamente quando interpretam qualquer tipo de ataque ao seu caráter ou reputação, ainda que a situação pareça inofensiva e sem más intenções aos olhos de terceiros.
Também desconfiam com frequência da fidelidade do seu cônjuge ou parceiro.
Transtorno da Personalidade EsquizóideCaracteriza-se pela pouca expressão de emoções e pelo distanciamento das relações sociais, sem desejos de terem relações mais íntimas ou mesmo terem uma família.
São pessoas que preferem realizar atividades sozinhas e poucas vezes sentem prazer naquilo que fazem. Não costumam ter amigos próximos, a não ser os seus parentes de 1º grau.
Elogios ou críticas não afetam pessoas com transtorno de personalidade esquizoide, que demonstram distanciamento, frieza e pouca abertura afetiva.
Transtorno da Personalidade EsquizotípicaEsse transtorno de personalidade prejudica as relações sociais e interpessoais, uma vez que provoca grande desconforto e pouca capacidade para se ter relações íntimas.
São pessoas que apresentam distorções na cognição ou percepção, comportamento ou aparência excêntrica, crenças bizarras ou ainda pensamentos fantasiosos que interferem no comportamento, tornando-o desajustado ao seu meio cultural.
Podem ter ainda ilusões, discurso bizarro, desconfiança e manifestar pouco afeto. Apresentam uma enorme ansiedade social, que permanece mesmo depois de familiarizar-se com as pessoas. Essa relutância em se socializar normalmente está relacionada a medos paranóides e não a uma visão negativa deles mesmos.
2. Grupo B: Antissociais, fronteiriços, narcisísticos, borderline e histriônicos Transtorno da Personalidade AntissocialCaracteriza-se pela falta de respeito e à violação dos direitos dos outros. Esses indivíduos não conseguem se adequar às regras da sociedade, nomeadamente às leis, cometendo atos ilícitos repetidamente.
A irritabilidade e a agressividade são características marcantes, com tendência para brigas ou agressões físicas. Também desrespeitam de forma irresponsável a segurança pessoal e alheia.
Têm tendência para enganar, mentir, usar nome falso ou aproveitar-se de terceiros para conseguirem prazer ou vantagens pessoais. Quando fazem mal a alguém não apresentam remorso, agindo com indiferença ou justificando o ato.
São pessoas irresponsáveis e por isso fracassam constantemente nos trabalhos ou no cumprimento dos deveres financeiros.
Transtorno da Personalidade NarcisistaOs narcisistas manifestam comportamentos ou fantasias de grandeza, com necessidade excessiva de serem admirados.
São pessoas com ideias grandiosas acerca delas mesmas, consideram-se importantes e querem ser reconhecidos, exagerando as suas realizações e talentos.
O transtorno de personalidade narcisista caracteriza-se também por fantasias de sucesso, inteligência, poder e beleza ilimitados ou ainda um amor ideal.
Os narcisistas acreditam que são especiais e únicos e que somente podem ser compreendidos ou devem associar-se a pessoas ou entidades diferenciadas. Manifestam arrogância e insolência nos seus atos e comportamentos.
Também são presunçosos, ou seja, esperam receber tratamentos favoráveis e especiais a si próprios ou uma obediência quase instantânea naquilo que querem.
Nos relacionamentos pessoais são exploradores, tirando vantagem sobre os outros para alcançarem seus objetivos. Também demonstram falta de empatia, ou seja, não se identificam com os sentimentos dos outros ou não reconhecem as necessidades alheias.
É comum sentirem inveja dos outros ao acharem que os outros sentem inveja deles.
Transtorno da Personalidade BorderlinePessoas com transtorno da personalidade borderline são instáveis nos relacionamentos pessoais, na autoimagem e na afetividade. São muito impulsivos e fazem grandes esforços para evitar serem abandonados, seja na realidade ou na imaginação.
Os relacionamentos pessoais são intensos e pouco estáveis, alternando períodos de idealização e desvalorização.
Indivíduos borderline possuem perturbações de identidade, com muita instabilidade e resistência na autoimagem ou no seu próprio "eu".
A impulsividade normalmente é voltada para áreas que podem ser potencialmente prejudiciais à própria pessoa.
É comum haver gestos, comportamentos ou ameaças frequentes de suicídio ou ainda comportamentos automutilantes.
São instáveis na afetividade por terem um humor muito reativo. Também apresentam sentimentos de vazio crônicos, além de dificuldade de controlar a raiva, que costuma ser intensa ou inadequada.
Leia também: Quais os sintomas do transtorno de personalidade borderline?
Transtorno da Personalidade HistriônicaApresentam emotividade exagerada e buscam constantemente a atenção dos outros. Quando não são o centro das atenções, sentem desconforto.
O comportamento em relação aos outros é frequentemente inadequado, muitas vezes sedutor ou provocante sexualmente, usando constantemente a beleza e o corpo para chamar a atenção.
Os discursos de pessoas com transtorno de personalidade histriônica são muito impressionistas, mas com falta de detalhes. Esses pacientes são dramáticos, teatrais e expressam-se emocionalmente de forma exagerada.
Também são facilmente influenciáveis pelos outros ou pelas situações, além de considerarem os relacionamentos mais próximos do que na verdade são.
3. Grupo C: Dependentes, evitativos e obsessivo-compulsivos Transtorno da Personalidade DependentePessoas com esse transtorno têm uma necessidade excessiva de serem cuidadas em todos os aspectos, levando a um comportamento submisso e com medo de separação. Precisam que os outros assumam o controle sobre as áreas mais importantes da sua vida.
Quando estão sozinhos sentem-se desamparados e desconfortáveis, pois acreditam serem incapazes de cuidar deles próprios. Apresentam preocupações e medos irrealistas de serem abandonados e ficarem desamparados.
Esses indivíduos apresentam dificuldade em tomar decisões do cotidiano e precisam sempre de muitos conselhos e orientações de terceiros.
Possuem dificuldade em manifestar opiniões ou posições que discordem dos outros, devido ao receio de perderem a aprovação ou o apoio.
Por terem pouca autoconfiança, dificilmente têm iniciativa de começar projetos ou realizar alguma coisa sozinhos. Não lhes falta vontade, motivação ou energia, mas julgam-se incapazes.
Pode oferecer-se para fazer coisas extremas e desagradáveis, somente para receber apoio e carinho.
Pessoas com esse tipo de transtorno de personalidade buscam rapidamente um novo relacionamento quando uma relação íntima é interrompida, à procura de amparo e carinho.
Transtorno da Personalidade EsquivaSão inibidos socialmente, com sentimentos de inadequação e excessiva sensibilidade a avaliações negativas. Por isso, evitam atividades que tenham contato direto com outras pessoas, por medo de serem criticados ou desaprovados.
Dificilmente se envolvem com alguém antes de ter a certeza de que o outro a estima. São reservados nas relações afetivas devido ao medo de serem ridicularizados ou passarem vergonha.
Indivíduos com esse tipo de transtorno de personalidade acreditam que são socialmente ineptos, sem qualidades pessoais ou inferiores.
O medo excessivo de passar vergonha também os deixa extremamente relutantes em começar novas atividades ou assumir riscos.
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Transtorno da Personalidade Obsessivo-CompulsivaOs obsessivos-compulsivos apresentam preocupação exagerada com organização, são perfeccionistas. Essas pessoas ficam tão preocupadas com pormenores, listas, regras, ordem, organização ou horários, que perdem o objetivo principal das suas tarefas.
O perfeccionismo atrapalha a realização das tarefas dos indivíduos com esse tipo de transtorno de personalidade. São pessoas extremamente dedicadas ao trabalho e à produtividade, deixando de lado o convívio social, o lazer e os amigos.
Os obsessivos-compulsivos são muito conscienciosos, escrupulosos e inflexíveis em assuntos morais, éticos ou de valores, além de serem rígidos e teimosos.
Têm tendência em guardar objetos que já não servem para nada, ainda que não tenham ligação emocional com os mesmos.
São relutantes em trabalhar em equipe e delegar tarefas, exceto nos casos em que as coisas são feitas exatamente como querem.
Também veem o dinheiro como algo que deve ser guardado para uma emergência e por isso gastam sempre o mínimo possível, tanto com eles próprios como com os outros.
Relembrando que existem ainda indivíduos com transtornos mistos de personalidade, com características de diferentes tipos e transtornos de personalidade.
O/A médico/a psiquiatra é o/a especialista indicado/a para diagnosticar e orientar o tratamento dos transtornos de personalidade.
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Os transtornos de personalidade não são propriamente doenças mentais. Se referem a um conjunto de características e traços de personalidade muito intensos, rígidos e que podem trazer prejuízos a vida da pessoa.
Por isso, os transtornos de personalidade estão no limite entre a normalidade e as doenças mentais. Tais transtornos apresentam características específicas que os diferencia dos transtornos mentais propriamente ditos.
Inclusive essa forma de classificação é um tanto quanto controversa entre os especialistas em saúde mental, isto porque os próprios profissionais da saúde podem discordar do significado de um transtorno mental.
Além disso, muitas pessoas podem se encaixar em mais de um tipo ou mesmo serem erroneamente diagnosticada com um transtorno de personalidade. O diagnóstico pode ainda reforçar rótulos e estigmas das pessoas que apresentam esse padrão de comportamento, dificultando ainda mais a adaptação dessas pessoas a sociedade.
Geralmente, uma pessoa com transtorno de personalidade tem dificuldade em se ajustarao seu meio, vivendo fora das normas básicas dos grupos da sociedade. Esse desajuste ao meio em que se vive pode manifestar-se sob a forma de agressividade, excesso de introversão, exibicionismo exagerado, desconfiança sem razão, entre outras.
Esse processo pode provocar sofrimento e transtorno às pessoas do círculo pessoal e familiar da pessoa com esse tipo de problema, sendo ela própria vítima de suas próprias atitudes.
Portanto, embora não sejam doenças mentais propriamente ditas, os transtornos de personalidade podem trazer sofrimento e distúrbios no dia a dia, quando isso ocorre comumente são considerados um quadro psiquiátrico.
Nesse tipo de situação o tratamento pode ser necessário, e é feito principalmente com psicoterapia, em algumas situações o uso de medicamentos também é necessário.
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Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?
Cistite intersticial não tem cura. Trata-se de uma doença inflamatória crônica da bexiga, com causas desconhecidas. Entretanto, os tratamentos atuais melhoram consideravelmente os sintomas.
Como é o tratamento de cistite intersticial?O tratamento é difícil e complexo, definido de acordo com cada caso, e compreende:
- Uso de medicamentos;
- Mudanças comportamentais e alimentares;
- Fisioterapia;
- Cirurgia, mais raramente pode ser indicada.
Sendo o principal objetivo do tratamento, controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da pessoa.
MedicamentosAs medicações podem ser administradas por via oral ou aplicadas diretamente na bexiga.
Dentre os medicamentos utilizados para tratar a cistite intersticial, o mais prescrito no Brasil é a amitriptilina, um antidepressivo usado para controlar a dor, com resultados bastante satisfatórios. Outros medicamentos via oral são: anti-histamínicos, ciclosporina e Pentosan polissulfato.
Dentre os medicamentos indicados por via intravesical, ou seja, aplicados diretamente na bexiga, com objetivo de reconstituição da parede interna, estão: Pentosan polissulfato, toxina botulínica (botox) e Ácido hialurônico.
Mudança comportamental e alimentarAs atividades físicas estão sempre recomendadas porque além de liberar substâncias que aumentam a sensação de prazer e bem-estar, também atuam no alívio da dor. Assim como os exercícios de fortalecimento e relaxamento para os músculos do assoalho pélvico.
O controle alimentar é o cuidado de maior importância no tratamento, pois na grande maioria dos casos de cistite intersticial, os sintomas se agravam ou são precipitados pela ingestão de determinados alimentos e bebidas. O recomendado é que a pessoa identifique e exclua os alimentos que acredite ter influência na crise, por uma semana. Após esse período, os mesmos podem ser reintroduzidos gradualmente, observando sempre o retorno ou a ausência dos sintomas.
Veja também: tratamento para síndrome da bexiga dolorosa
FisioterapiaNa fisioterapia existem diversas técnicas capazes de auxiliar no tratamento da síndrome, entre elas algumas parecem apresentar melhores resultados, como a reeducação vesical.
Reeducação vesicalNa reeducação da bexiga, os intervalos entre as micções devem ser iguais e programados, para não se chegar ao ponto de sentir vontade urgente de urinar. Ao longo das semanas, os intervalos entre as micções podem ser aumentados gradativamente.
CirurgiaA cirurgia é raramente indicada, apenas para os casos em que os demais tratamentos não obtiveram resultado. As técnicas mais utilizadas são Hidrodistensão, Derivação urinária, Neuromodulação sacral e a Cistoplastia.
A hidrodistensão consiste em encher a bexiga com soro para além do seu limite de armazenamento, provocando uma distensão excessiva nas suas paredes.
A derivação urinária é uma técnica e que o fluxo de urina é desviado, no intuito de poupar a parede da bexiga, mesmo que temporariamente.
Na neuromodulação sacral é implantado um eletrodo diretamente nos nervos envolvidos no controle das funções da bexiga. O eletrodo é conectado a um gerador, assim como o marcapasso cardíaco. Os estímulos gerados por esse eletrodo alteram a sensibilidade da bexiga, reduzindo os sintomas em até 60% dos pacientes.
E a cistoplastia é uma cirurgia plástica, ou restauração da bexiga.
No entanto, nem todos os casos respondem de forma positiva aos tratamentos conhecidos para esta situação.
O médico urologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da cistite intersticial.
Saiba mais em: Cistite intersticial: Quais as causas e complicações?
As causas da cistite intersticial não são totalmente conhecidas, citamos algumas possíveis causas em estudo:
- Idiopática (sem causa conhecida)
- Alérgica
- Secundária a doenças crônicas
- Hábitos alimentares e Sedentarismo
Acredita-se que a origem da doença esteja em danos provocados na membrana que recobre a bexiga internamente. As lesões na mucosa deixariam a parede da bexiga exposta a substâncias e toxinas presentes na urina, causando a cistite.
A causa específica desses danos vem sendo estudada, porém ainda sem resposta. Na maioria das vezes é mesmo definida como Idiopática, ou seja, causa desconhecida.
Entretanto, visto que uma das medicações com melhores resultados para casos de cistite intersticial são os anti-histamínicos, pesquisas apontam para uma associação com origem alérgica.
Algumas doenças crônicas também parecem estar relacionadas ao desenvolvimento de cistite intersticial, como doenças autoimunes, síndrome do intestino irritável, fibromialgia, transtorno de ansiedade, além de fatores hereditários.
Outro mecanismo associado às crises de cistite intersticial, são os hábitos alimentares e sedentarismo, embora ainda não exista um consenso para essa teoria, a prática de atividade física regular e as orientações alimentares são um dos pilares no tratamento para esta doença, com bons resultados na prática clínica.
A cistite intersticial é uma doença inflamatória crônica da bexiga que se caracteriza por dor no baixo ventre sempre que a bexiga se enche. A dor normalmente alivia após a micção, embora possa persistir em alguns casos.
A cistite intersticial ou síndrome da bexiga dolorosa, como também é conhecida, é muito mais comum nas mulheres, com meia idade, embora possam acometer também os homens.
Uma vez que não existe um exame específico capaz de diagnosticar a cistite intersticial e os seus sintomas são semelhantes aos de outras doenças, nem sempre é fácil detectá-la, por isso o diagnóstico é realizado após excluir todas as possíveis causas, o que chamamos de diagnóstico de exclusão.
Alguns exames que auxiliam na exclusão e diagnóstico são a cistoscopia, que permite observar o interior da bexiga, e o estudo urodinâmico, que avalia a capacidade de armazenamento e a pressão interna da bexiga.
Leia também: Quais as causas da síndrome da bexiga dolorosa?
ComplicaçõesSem tratamento adequado, a cistite intersticial provoca na maioria das pessoas:
- Dor crônica
- Diminuição da capacidade de armazenamento da bexiga
- Evidente prejuízo na qualidade de vida
- Transtornos emocionais (como ansiedade e depressão).
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