Níveis altos ou baixos de TGO e TGP podem ter várias causas. Geralmente, as alterações nos níveis de TGO e TGP estão relacionadas às doenças do fígado como hepatite, gordura no fígado e cirrose hepática. Nestes casos, TGO e TGP se encontram bastante altos.
Se somente o nível de TGO está aumentado, pode ser um sinal de lesão no coração como a que ocorre, por exemplo, no Infarto Agudo do Miocárdio.
A TGO baixa é comum em pessoas que fazem diálise renal (tratamento para pacientes com doença renal grave). Enquanto a redução da TGP pode ser um sintoma de infecção urinária.
TGO e TGP altos, o que pode ser?As principais doenças que causam elevação das duas transaminases (TGO e TGP) são:
- Doença do fígado com necrose (morte de células do fígado),
- Congestão hepática,
- Doenças musculares,
- Infarto agudo do miocárdio,
- Pancreatite aguda,
- Problemas intestinais (cirurgia no intestino ou comprometimento vascular dessa região),
- Radioterapia,
- Derrame cerebral (AVC),
- Anemia hemolítica,
- Queimaduras e
- Eclâmpsia (aumento da pressão arterial da gestante ao final da gestação, com desorientação e confusão mental).
A necrose (morte) de células do fígado pode ocorrer principalmente por: hepatites virais (elevação de TGO e TGP de 20 a 100 vezes), hepatite alcoólica, hepatite medicamentosa (lesão do fígado por drogas e medicamentos, geralmente paracetamol).
A congestão pode ser causada por hepatite isquêmica, câncer hepático ou metástase no fígado, cirrose hepática e presença de gordura no fígado (esteatose hepática).
Mais raramente, pode-se citar a doença de Wilson (doença hereditária que causa degeneração do fígado), a hemocromatose (doença que provoca acúmulo de ferro no organismo e danifica os órgão, entre eles, o fígado), a deficiência de alfa-1-antitripsina (enzima que em baixas concentrações no sangue danifica o fígado) e a hepatite autoimune.
O aumento discreto dos valores de TGO e TGP, podem significar lesão em outros órgãos que não o fígado, tais como lesões musculares e hipotireoidismo, ou lesões restritas às vias biliares.
TGO e TGP muito elevadas, indicam doença hepática.
TGO e TGP baixos, o que pode ser?A diminuição de TGO e TGP podem ser causadas por:
- Azotemia (dificuldade do rim em excretar substâncias como ureia e creatinina),
- Diálise renal crônica (tratamento para pacientes com insuficiência renal),
- Infecção do trato urinário e
- Malignidades como, por exemplo, o câncer no fígado.
Além do valor absoluto das transaminases, existem outras formas de avaliar os valores altos ou baixos, que auxiliam o médico a determinar as causas possíveis, e assim buscar o diagnóstico de maneria mais rápida, é a relação de TGO e TGP.
Cabe ao especialista, hepatologista ou gastroenterologista, realizar essa análise.
É importante ressaltar ainda, que é possível ter uma doença hepática crônica e possuir transaminases normais. Isso é comum em indivíduos com hepatite C crônica, por exemplo. Portanto, na suspeita de doença hepática, mesmo com valores normais de TGO e TGP, o médico deve ser consultado.
O que são TGO e TGP?A TGO e a TGP são enzimas encontradas no interior de várias células do corpo, com diferentes funções.
TGO é a sigla para transaminase glutâmico-oxalacética, também conhecida como AST (aspartato aminotransferase), enquanto que TGP é a sigla para transaminase glutâmico-pirúvica, também conhecida por ALT (alanina aminotransferase).
A TGO pode ser encontrada no fígado, coração, músculos, pâncreas, rins e glóbulos vermelhos do sangue, enquanto que a TGP está presente quase que exclusivamente nas células do fígado, que atuam no metabolismo de certas proteínas.
Para que serve o exame de TGO e TGP?As enzimas TGO e TGP são indicadores de doenças no fígado. Por isso, o exame de TGO e TGP serve principalmente para avaliar o funcionamento do fígado.
O exame de TGO e TGP também é usado para detectar lesões no pâncreas, enquanto os valores de TGP auxiliam no diagnóstico de infarto do miocárdio e doenças cardíacas.
Os valores de referência de TGO e TGP variam de acordo com o laboratório, mas, em geral, são os seguintes:
- TGO = 5 a 40 U/L
- TGP = 7 a 56 U/L.
Os resultados do exame de TGO e TGP devem ser avaliados pelo médico que solicitou o exame. Para maiores esclarecimentos, consulte o médico de família ou clínico/a geral.
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Testes de gravidez caseiros ou de farmácia possuem alta taxa de confiabilidade, sendo o de maior eficácia, o exame de sangue, realizado em laboratório, o Beta-HCG.
O resultado do beta-HCG descreve o seu valor quantitativo e após, é considerado como "positivo" ou "negativo".
Tabela de interpretação de valores de Beta-HCGOs valores de referência do Beta-HCG podem variar de acordo com o laboratório e fatores individuais da pessoa. Contudo, de um modo geral, os resultados seguem os seguintes valores:
- Valores entre 0 e 25
Indica resultado negativo. Porém, gestantes na primeira ou segunda semana de gravidez podem apresentar valores ainda inferiores a 25. Por isso, recomenda-se esperar por mais 10 a 15 dias e, se o atraso menstrual persistir, repetir o exame.
- Valores entre 25 e 100
Resultados do exame beta-HCG com valores entre 25 e 100 são considerados positivos ou indeterminados, dependendo do laboratório. Mas na maioria das vezes são considerados positivos.
Se ainda assim houver dúvidas quanto à gravidez, deve-se esperar por mais 10 a 15 dias. Se a menstruação continuar atrasada, a mulher deve repetir o exame.
- Valores acima de 100
Se os valores estiverem acima de 100, o resultado do exame é positivo e a gravidez é determinada.
1 - Quando devo fazer o exame?O exame de gravidez beta-HCG deve ser feito sempre que a menstruação atrasar por mais de 15 dias. Vale lembrar que os métodos contraceptivos podem não ser eficazes para evitar a gravidez se não forem utilizados corretamente.
2 - O exame pode dar resultado errado?Sim, o exame de gravidez Beta-HCG pode ter erro no resultado, embora seja raro. Em geral, o resultado deve sempre ser considerado certo: se der negativo, significa que você não está grávida; se der positivo, significa que está grávida.
Porém, cabe ao médico interpretar o resultado do exame baseado nos seus sintomas. Se for necessário conduzir uma investigação mais apurada, consulte um ginecologista.
3 - Posso fazer exame de gravidez antes mesmo da menstruação atrasar?Sim. O exame de sangue Beta-HCG já dá positivo logo na 1ª semana após ter ocorrido a gravidez, mesmo que a menstruação ainda não esteja atrasada.
4 - O resultado do Beta-HCG deu positivo. Estou grávida?Provavelmente sim. Apesar que existem outras situações que podem dar Beta-HCG positivo, além da gravidez. Como, por exemplo tumores ovarianos e gravidez ectópica.
5 - O exame deu negativo, não estou grávida?Provavelmente não. O exame de gravidez Beta-HCG feito depois de 1 semana após a relação que resultou em uma possível gravidez, já costuma dar positivo, mesmo antes da menstruação atrasar.
Contudo, é importante ressaltar que é preciso esperar pelo menos 7 dias após a relação para fazer qualquer tipo de teste de gravidez, mesmo o exame de sangue Beta-HCG. Exames feitos poucos dias após a relação não apresentam resultados confiáveis.Saiba mais em: 6 - O exame deu negativo e a menstruação ainda não veio. Quando devo repetir o Beta-HCG?
Se fez logo no início pode repetir após 10 ou 15 dias. Se fez após esse período não precisa mais repetir. Se a menstruação não desceu e o seu exame é negativo, deve ir ao médico para uma avaliação mais cuidadosa.
7 - Com quantas semanas de gravidez estou pelo valor do Beta-HCG?O exame de gravidez Beta-HCG não é o mais adequado para determinar a idade gestacional. O médico faz esse cálculo através da menstruação ou pelo exame de ultrassom. Porém, existem gráficos de estimativas de semanas através desse exame, principalmente no primeiro trimestre.
8 - Fiz o exame, deu negativo, mas a menstruação não veio ainda. O que pode ser?O atraso da menstruação é considerado o primeiro e mais evidente sinal de gravidez, desde que o atraso seja de pelo menos duas semanas. Atrasos menstruais de até 7 dias são muito frequentes e nem sempre indicam que a mulher está grávida.
A menstruação também pode atrasar devido a estresse, ansiedade, interrupção do uso de pílula anticoncepcional, doenças, infecções, uso de certos medicamentos, ganhos ou perdas de peso muito grandes em pouco tempo, obesidade, magreza extrema, anorexia, excesso de exercícios físicos, alterações na tireoide, ovários policísticos, aproximação da menopausa, entre outras causas.
Uma vez que existem muitas causas para o atraso menstrual, além de gravidez, é necessário consultar um médico ginecologista para, talvez, realizar mais exames.
9 - Anticoncepcional altera o resultado do exame de Beta-HCG?Não. O uso de anticoncepcionais e outros medicamentos, como analgésicos e antibióticos, não alteram o resultado do exame Beta-HCG.
10 - Pílula do dia seguinte altera o resultado do exame de gravidez?Não. Pílula do dia seguinte não interfere no resultado do exame de gravidez. Apesar de conter muitos hormônios, eles não alteram o resultado do exame de Beta-HCG.
11 - Mioma altera o resultado do exame de Beta-HCG?Não, mioma não altera o resultado do exame Beta-HCG. Portanto, se a mulher tem mioma e apresenta resultado positivo, provavelmente está mesmo grávida; se for negativo (desde que tenha esperado pelo menos 7 dias para fazer o exame), é bem provável que não exista uma gravidez.
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Dor abdominal do lado direito, abaixo as costelas, pode ser hepatite, apesar de que no seu caso, os exames estão dentro da normalidade. Outra possível causa para as dores abdominais é a presença de cálculos (“pedras”) na vesícula biliar. Lesões na parte inferior do pulmão direito, no rim, nas costelas ou ainda em músculos também podem causar dor na porção superior direita do abdômen.
A hepatite nem sempre manifesta sintomas e, quando estão presentes, caracterizam-se por fadiga, falta de apetite, febre, náusea, vômitos, diarreia, clareamento das fezes, dor nas articulações, urina escura, dores abdominais, icterícia (pele e olhos amarelados), entre outros.
Se a hepatite durar mais de 6 meses, ela é considerada crônica. Nesses casos, a doença pode evoluir para cirrose hepática ou ainda câncer de fígado.
Há diversos tipos de hepatite e a gravidade dos sintomas varia muito de acordo com o tipo de hepatite. Algumas hepatites podem resolver-se espontaneamente em poucos dias ou necessitar de amplo tratamento. Há casos em que a hepatite não tem cura e o objetivo do tratamento é apenas controlar a evolução doença.
O que é hepatite?A hepatite é uma inflamação do fígado, causada principalmente por vírus. A hepatite impede o fígado de exercer as suas diversas funções, como digestão, armazenamento de energia e eliminação de toxinas. A hepatite causa lesões no fígado que podem evoluir para cirrose hepática ou câncer de fígado.
A hepatite também pode ter como causas bactérias e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, medicações e algumas plantas. Há ainda hepatites autoimunes, em que o sistema imunológico da pessoa ataca as próprias células do fígado.
A hepatite, independentemente do tipo e da causa, precisa sempre de avaliação e acompanhamento médico adequado.
Qual é o tratamento para hepatite?O tratamento da hepatite aguda é feito com repouso e dieta adequada. O objetivo do tratamento é permitir a recuperação do fígado. Nos casos mais graves de hepatite e na hepatite crônica, o tratamento é feito com medicamentos específicos que controlam a multiplicação do vírus e diminuem as lesões causadas ao órgão.
Dor abdominal do lado direito pode ser pedra na vesícula?Sim. Além do fígado, a vesícula biliar é outra causa comum de dor no lado superior direito do abdômen, principalmente quando há pedra na vesícula. As pedras na vesícula são formadas por sucos digestivos endurecidos que se depositam na vesícula biliar.
Nesse caso, a dor abdominal é na realidade uma cólica biliar, provocada pela obstrução da vesícula por uma ou mais pedras.
Como se formam as pedras na vesícula?A vesícula biliar é uma pequena bolsa que se localiza abaixo do fígado, do lado superior direito do abdômen, abaixo das costelas.
Dentro da vesícula biliar está a bílis, produzida pela fígado. Ao se contrair, a vesícula “injeta” a bílis para dentro do intestino para atuar na digestão das gorduras.
Porém, quando está muito concentrada, a bílis pode cristalizar, dando origem aos cálculos (pedras) biliares. A maioria das pedras na vesícula são constituídas por colesterol e se formam quando a concentração de colesterol na bílis está muito alta ou quando a vesícula biliar não se esvazia de forma adequada.
Quais são os sintomas de pedra na vesícula?A grande maioria das pessoas que têm pedra na vesícula biliar não manifesta sintomas. Quando presentes, a principal manifestação é a dor abdominal do lado direito, embaixo das costelas. A dor pode irradiar para o lado esquerdo do abdômen, para as costas, para o tórax ou se difundir para todo o abdômen.
A dor abdominal pode durar minutos ou horas e surge subitamente, podendo durar minutos ou horas. Em alguns casos, a pessoa pode apresentar também náuseas, vômitos, aumento da transpiração e palidez.
Se a obstrução permanecer por muito tempo, a vesícula inflama e surge a colecistite. Além de cólica biliar, que surge após a ingestão de alimentos gordurosos, a colecistite causa febre e vômitos.
Se não provocar sintomas, os cálculos biliares podem não necessitar propriamente de um tratamento, exceto em casos específicos. Porém, se houver sintomas como dor abdominal (cólica biliar) ou outras complicações, é necessário fazer uma cirurgia para retirar a vesícula biliar.
Consulte um/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família se a dor abdominal for muito intensa, durar horas ou dias, ou ainda se vier acompanhada de vômitos, febre ou outros sintomas.
Para saber mais sobre dor na barriga, você pode ler:
Dor do lado direito da barriga: o que pode ser?
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Referências
FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.
Nível de leucócitos alto no sangue ou leucocitose pode ser indicativo de infecção, mas não necessariamente. O aumento do nível de leucócitos no sangue pode indicar a presença de um organismo ou substância estranha que precisa ser combatido e eliminado do corpo para não causar complicações.
Esse aumento também pode estar presente em algumas situações temporárias de estresse, como após exercícios físicos intensos, infarto, gangrena, queimaduras, pós-operatório, uso de medicações (lítio, corticoides, epinefrina), tabagismo, gestação, recém-nascido nos primeiros dias após o parto, além de situações crônicas, como alergias, artrite reumatoide, rinite, leucemia, parasitoses intestinais, Doença de Crohn, entre outras.
Os leucócitos atuam na resposta do organismo a agentes causadores de doenças, bem como a situações de estresse ou esforço físico intenso. Quando os níveis de leucócitos estão altos, com valores acima de 11.500 por milímetro cúbico de sangue, é um quadro denominado leucocitose. As causas desse aumento variam conforme as características da leucocitose e o tipo de leucócito que está alto.
Quando o aumento do número de leucócitos ocorre devido a uma situação de estresse para o organismo, como atividade física intensa, gravidez ou uso de anestesia, a leucocitose é fisiológica.
As infecções bacterianas, os processos inflamatórios e a gravidez causam as chamadas leucocitoses reativas. Doenças como leucemia e linfoma provocam um tipo de leucocitose denominada patológica.
O que são leucócitos?Os leucócitos são células de proteção do nosso organismo contra agentes externos, tanto mico-organismo que podem provocar infecções, quanto substâncias que provocam alergias.
Essas células de proteção são os glóbulos brancos do sangue e são divididos em 5 categorias: eosinófilos, basófilos, neutrófilos, linfócitos e monócitos. Cada um desempenha um papel diferente no sistema imune. O aumento dos leucócitos pode ser acompanhado da predominância de algum desses subtipos.
A avaliação do número de leucócitos é útil para identificar a presença de processos inflamatórios ou infecciosos no organismo, avaliar a necessidade de se fazer uma biópsia de medula óssea ou a resposta ao tratamento com quimioterapia, radioterapia ou outras formas de terapia.
O resultado de um exame sempre deve ser interpretado de acordo com os sintomas e sinais clínicos que a pessoa apresenta. Além de avaliar as características do aumento dos leucócitos, também faz parte do diagnóstico o exame clínico do/a paciente. Por isso, é importante levar o resultado do exame para que o/a médico/a que solicitou faça a correlação adequada e tome as medidas apropriadas em cada caso.
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Leucócitos baixos (leucopenia) podem significar uma série de condições, fisiológicas ou não. Trata-se da redução no número de células de defesa do corpo, chamadas leucócitos ou glóbulos brancos. Não é uma doença, embora possa ser a manifestação de uma, mas sim um resultado de exame laboratorial (exame de sangue). Seu valor de referência normal é de 4000 a 10000 leucócitos por milímetro cúbico (mm3) de sangue.
Quais são as principais causas de leucócitos baixos? FisiológicasAlgumas pessoas podem ter um número normal abaixo ou acima do valor de referência, sem nenhuma implicação clínica, como na leucopenia crônica idiopática benigna. O valor de referência abrange a maioria da população, mas não toda. Algumas etnias como negros e judeus do Yemen e Sudão têm comumente leucopenia. Gestantes também podem apresentar este achado ou pessoas em jejum.
InfecçõesEm doenças como dengue e infecções virais geralmente ocorre leucopenia, com neutropenia (diminuição de neutrófilos), presença de linfócitos atípicos e trombocitopenia (diminuição de plaquetas), com valores abaixo de 100.000 plaquetas/µL.
Também pode ocorrer leucocitose (aumento dos leucócitos), mas precoce, e neutrofilia (aumento dos neutrófilos).
Também pode ocorrer queda de leucócitos na AIDS, febre amarela, rubéola, sarampo, febre tifoide, tuberculose, brucelose, malária, entre outras doenças.
Doenças da medula ósseaAnemia aplástica, leucemias, linfomas, mielofibrose, carcinomatose metastática e síndrome mielodisplásica.
Doenças da tireoide ou baçoHiperesplenismo e doença de Gaucher.
Doenças hepáticasCirrose hepática e hepatites.
Doenças autoimunesLupus Eritematoso Sistêmico; artrite reumatoide e linfoproliferativas.
Doenças genéticasAgranulocitose congênita de Kostmann, anemia de Fanconi e disgenesia reticular.
Outras causas comuns de leucócitos baixosDeficiência de folato ou vitamina B12, complicações do uso de alguns medicamentos (anti-tireoidianos, antibióticos, anticonvulsivantes, antirretrovirais), quimioterapia e radioterapia, alcoolismo, desnutrição e hemodiálise.
Quais são os sintomas de leucócitos baixos?Os leucócitos baixos não causam um sintoma específico. Contudo, é preciso ter atenção, pois se o número de leucócitos estiver muito baixo, há um aumento do risco de infecções.
Nesses casos, alguns sinais e sintomas podem estar presentes, como presença de gânglios ou nódulos no corpo, aumento de tamanho do baço, lesões na pele, além de manifestações que indicam doenças do fígado ou outras doenças.
Pessoas com febre e neutrófilos baixos (menos de 1.500 neutrófilos/µL), um tipo de leucócito, devem ser encaminhadas para um serviço de urgência para uma investigação.
Uma vez que existem diversas condições que podem deixar os leucócitos baixos, é preciso fazer um exame clínico em que se avalia a presença de sinais e sintomas e doenças, uso de medicamentos e complicações, nesse caso, infecções.
Em caso de leucopenia, um médico clínico ou um hematologista deve ser consultado para avaliação. O tratamento, quando necessário, vai depender da causa, que deve ser investigada inicialmente pelo médico que solicitou o hemograma, que poderá encaminhá-lo a algum especialista se houver necessidade.
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O tipo sanguíneo do seu filho depende dos tipos sanguíneos do pai ou da mãe. Existem resultados bem definidos para todas as combinações possíveis:
- O com O = filho pode ser apenas do tipo O. Nunca será A, B ou AB.
- O com A = filho pode ser dos tipos O e A. Nunca será B ou AB.
- O com AB = filho pode ser A ou B. Nunca será O ou AB.
- A com A = filho pode ser do tipo O e A. Nunca será B ou AB.
- O com B = filho pode ser do tipo O e B. Nunca será A ou AB.
- B com B = filho pode ser do tipo O e B. Nunca será A ou AB.
- A com B = filho pode ser de qualquer grupo sanguíneo (O, A, B ou AB).
- A com AB = filho pode ser A, B ou AB. Nunca será O.
- B com AB = filho pode ser A, B ou AB. Nunca será O.
- AB com AB = filho pode ser A, B ou AB. Nunca será O.
Quanto ao fator Rh, um antígeno que pode estar ou não presente na hemácia, define se o sangue é positivo (+) ou negativo (-). Se ambos forem negativos (-), a criança sempre será negativa, mas basta um ser positivo (+), que já existe a possibilidade da criança ser positiva.
O filho herda o sangue do pai ou da mãe?O tipo de sangue é determinado na concepção, pela combinação genética entre o sangue da mãe e do pai, a criança herda sempre uma parte de cada um deles.
Descubra o tipo de sangue dos filhos O+ com O+Filho: O+ ou O-
O+ com O-Filho: O+ ou O-
O- com O-Filho: O-
O+ com A+Filho: A+, A-, O+ ou O-
O+ com A-Filho: A+, A-, O+ ou O-
O- com A+Filho: A+, A-, O+ ou O-
O- com A-Filho: A- ou O-
O+ com B+Filho: B+, B-, O+ ou O-
O+ com B-Filho: B+, B-, O+ ou O-
O- com B+Filho: B+, B-, O+ ou O-
O- com B-Filho: B- ou O-
O+ com AB+Filho: A+, A-, B+, B-
O+ com AB-Filho: A+, A-, B+, B-
O- com AB+Filho: A+, A-, B+, B-
O- com AB-Filho: A- ou B-
A+ com A+Filho: A+, A-, O+ ou O-
A+ com A-Filho: A+, A-, O+ ou O-
A- com A-Filho: A- ou O-
A+ com B+Filho: é possível ser qualquer um dos tipos de sangue
A- com B+Filho: é possível ser qualquer um dos tipos de sangue
A+ com B-Filho: é possível ser qualquer um dos tipos de sangue
A- com B-Filho: A-, B-, AB- ou O-
A+ com AB+Filho: A+, A-, B+, B-, AB+ ou AB-
A+ com AB-Filho: A+, A-, B+, B-, AB+ ou AB-
A- com AB+Filho: A+, A-, B+, B-, AB+ ou AB-
A- com AB-Filho: A-, B- ou AB-
B+ com B+Filho: B+, B-, O+, O-
B+ com B-Filho: B+, B-, O+ ou O-
B- com B-Filho: B- ou O-
B+ com AB+Filho: A+, A-, B+, B-, AB+ ou AB-
B+ com AB-Filho: A+, A-, B+, B-, AB+ ou AB-
B- com AB+Filho: A+, A-, B+, B-, AB+ ou AB-
B- com AB-Filho: A-, B- ou AB-
AB+ com AB+Filho: A+, A-, B+, B-, AB+ ou AB-
AB+ com AB-Filho: A+, A-, B+, B-, AB+ ou AB-
AB- com AB-Filho: A-, B- ou AB-
E se não for nenhuma das combinações acima?Cientificamente o tipo sanguíneo da criança deve ser um dos que estão listados nas combinações acima. Um resultado diferente não é possível, sendo assim, uma das possibilidades é um equívoco no resultado apresentado pelo laboratório.
A recomendação é de repetir o exame de sangue da criança e dos pais em um laboratório. Para maiores esclarecimentos, converse com seu médico da família ou com um clínico geral.
Tipos de sangue compatíveis para ter filhosNa verdade, todos os tipos de sangue são compatíveis para gerar filhos.
A questão que pode causar maior preocupação é quando a mãe for Rh- (negativo) e o pai Rh+ (positivo). Nessa situação, o bebê pode herdar o fator Rh do pai, e por isso ao ter contato com o sangue da mãe, desencadear uma reação. O que chamamos de reação de "incompatibilidade".
O organismo da mãe não reconhece o fator Rh, que passa a ser entendido como um agente "agressor" para o seu organismo, e o corpo reage tentando expulsá-lo, o que pode levar a complicações na gravidez, inclusive ao aborto.
Por esse motivo, as gestantes fazem todos os exames de pré-natal, que indicaram essas possibilidades e situações como essa são tratadas com vacinas e orientações desde o início da gestação. Evitando problemas posteriores.
Mostrando como é importante uma consulta e acompanhamento pré-natal.
Mãe positivo e pai negativo, o filho pode ser negativo?Sim. Quando os dois forem positivos, ou apenas um for positivo, quer dizer que a criança pode ser tanto positivo quanto negativo.
Como confirmar o tipo sanguíneo do filho?O tipo sanguíneo é pesquisado logo no nascimento, com o teste do pezinho. Mas pode ser solicitado em uma amostra de sangue a qualquer momento da sua vida.
Durante a gestação também existem testes e exames capazes de identificar o sangue do bebê, mas oferecem riscos, sendo solicitado apenas quando realmente necessário.
Para maiores esclarecimentos, converse com seu médico da família, clínico geral ou hematologista.
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- Pais com Rh positivo podem ter filhos com Rh negativo?
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- Eu e meu marido temos o mesmo tipo de sangue e agora?
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- Quais tipos de sangue combinam? Tipos de sangue e compatibilidade sanguínea
Referência:
ABHH - Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular.
Leucócitos altos na urina (leucocitúria) pode ter várias causas, sendo a mais comum delas a infecção do trato urinário. Pode ou não cursar com sintomas, inclusive quando não há sintomas, é chamada de bacteriúria assintomática.
Os leucócitos podem chegar ao trato urinário através de qualquer órgão ou estrutura do sistema urinário, como rim e uretra. Por isso, níveis de leucócitos altos na urina podem ser observados em quase todas as doenças inflamatórias que afetam os rins e o sistema urinário.
É considerada leucocitúria quando é observado número de leucócitos acima de 10.000 células/mL ou 10 células por campo. O nível de leucócitos pode ficar alto em situações, como:
- Infecção do trato urinário, geralmente causada pela bactéria Escherichia coli. A infecção pode afetar a bexiga (cistite), o rim (pielonefrite) ou a uretra (uretrite);
- Tuberculose do trato urinário;
- Febre;
- Após atividade física intensa;
- Presença de corpo estranho no trato urinário;
- Tumor de bexiga;
- Infecção por outros micro-organismos, como fungos, clamídia, leptospira, gonococo, Haemophilus, vírus;
- Nefrite intersticial e glomerulonefrite (inflamação dos rins);
- Litíase renal (pedras nos rins);
- Rejeição de transplante renal;
- Contaminação por leucócitos da vagina;
- Câncer.
Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células de defesa que protegem o organismo contra agentes infecciosos, como fungos, vírus, bactérias, parasitas, entre outros. Portanto se encontram aumentados na urina, quando o organismo precisa de auxílio por alguma problema na defesa do sistema urinário.
Durante a infecção do trato urinário, por exemplo, ocorre um processo inflamatório que tem por objetivo destruir o agente agressor. Esse processo inflamatório gera alterações na circulação sanguínea local, com migração de leucócitos e alterações no calibre dos vasos, aumentando a permeabilidade dos vasos e o extravasamento de leucócitos (sobretudo neutrófilos), para fora dos vasos sanguíneos. Por isso são encontrados no exame de urina.
Vele lembrar que a leucocitúria não significa obrigatoriamente a presença de infecção urinária. Nesses casos, além de leucócitos, também estão presentes bactérias na urina.
A presença de pedra no rim (cálculo renal) e tumor de bexiga também elevam os níveis de leucócitos na urina, por produzirem uma resposta inflamatória no organismo. Além disso, o cálculo renal obstrui o fluxo de urina, favorecendo a proliferação de micro-organismos e o maior risco de infecção urinária de repetição.
Embora o diagnóstico de infecção urinária seja basicamente definido pela avaliação clínica, pode ser necessário em alguns casos, a coleta de urocultura com antibiograma, para determinar a bactéria e o perfil de sensibilidade aos antibióticos.
Se você apresentar sintomas, como ardência para urinar, sensação de bexiga cheia e dor no baixo ventre, deve procurar um pronto atendimento para confirmar o quadro de infecção urinária, e iniciar o devido tratamento com antibióticos.
Na presença de alterações no exame de urina, você deve procurar o médico que solicitou o exame, um médico de família ou clínico geral, que avaliará a necessidade de tratamento e se necessário investigação complementar.
IgG (Imunoglobulina G) e IgM (Imunoglobulina M) são anticorpos que o organismo produz quando entra em contato com algum tipo de micro-organismo invasor. A diferença entre eles é que o IgM é produzido na fase aguda da infecção, enquanto que o IgG, que também surge na fase aguda, é mais específico e serve para proteger a pessoa de futuras infecções, permanecendo por toda a vida.
O exame sorológico de IgG e IgM serve para detectar o estágio de diversas doenças, entre elas a toxoplasmose, rubéola e a infecção pelo citomegalovírus:
- IgG negativo (não reagente) e IgM negativo (não reagente): nunca entrou em contato com o patógeno (nunca teve a doença ou nunca tomou vacina) e está susceptível a ter a doença;
- IgG negativo e IgM positivo: infecção aguda (dias, semanas);
- IgG positivo (reagente) e IgM positivo (reagente): infecção recente (semanas ou meses);
- IgG positivo e IgM negativo: infecção antiga (meses ou anos) ou sucesso da vacina; a pessoa está protegida para essa doença.
A presença dessas imunoglobulinas no sangue marca que a pessoa já teve contato com o patógeno causar da doença em algum momento da vida (contraindo a doença ou por meio de vacinação). Depois desse contato o sistema imunológico cria uma memória que fica presente para o resto da vida.
Cada exame tem uma forma específica de ser interpretado a depender da doença em questão. Por isso, procure o/a médico/a que solicitou o exame para que possa explicar corretamente cada caso.
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