Últimas Questões
Popularmente, dizem que o gosto amargo na boca pode ter origem em problema de fígado ou de digestão. As doenças e problemas do fígado podem causar gosto amargo na boca, apesar de não serem as causas mais comuns.
Alguns sinais e sintomas associados ao gosto amargo na boca podem ajudar a perceber quando ele é causado por problemas de fígado:
Fraqueza, cansaço e digestão difícilEsses são os sintomas que podem estar presentes quando você come muito, mas quando são constantes podem indicar pedras na vesícula e doença hepática gordurosa não alcoólica (gordura no fígado). Ter diabetes, colesterol alto, doença cardíaca ou ter retirado a vesícula são outros sinais associados a essas doenças.
Diminuição do apetite e alterações de paladarAlém de fraqueza e cansaço, esses são outros sinais que podem estar presentes para quem tem doenças crônicas do fígado, como a hepatite C. A percepção de alguns sabores, como o doce, pode estar aumentada e o prazer em comer diminui. Outros sinais possíveis são:
- Perda de peso
- Náuseas
- Vômitos
Algumas hepatites são causadas por vírus. Você pode pegar a doença se algum líquido do corpo de uma pessoa doente (sangue, sêmen e muco vaginal) entrar no seu corpo. Isso pode acontecer no contato sexual e no uso de drogas com seringas ou agulhas compartilhadas.
Você também pode ficar doente quando um dentista, manicure, pedicure, quem coloca seu piercing ou faz sua tatuagem não lavar e esterilizar da forma adequada o material que utiliza. As hepatites virais podem ser transmitida para o bebê durante a gravidez, se a mãe tiver a doença.
Pele e branco dos olhos amareladosVocê pode perceber que a pele e branco dos olhos estão amarelados no início de uma hepatite viral ou quando uma doença hepática crônica se agrava (como no caso da cirrose). Outros sintomas, além do gosto amargo na boca, podem ser:
- Perda de peso e de apetite
- Fraqueza
- Cansaço
Na cirrose, podem aparecer, ainda:
- Inchaço, principalmente na barriga (ascite)
- Efeitos no sistema nervoso central (confusão, problemas psiquiátricos, de equilíbrio e de locomoção)
A cirrose hepática pode ser consequência de muitos anos de alcoolismo, de uma hepatite causada por vírus ou por medicamentos, principalmente.
O que fazer para diminuir o gosto amargo na boca?O tratamento da doença que está causando o gosto amargo é a medida mais adequada. Isso já ajuda a diminuir o gosto amargo na boca. Para identificar qual é o seu problema e iniciar o tratamento, você precisa procurar um médico de família ou clínico geral.
Há algumas medidas indicadas para diminuir a sensação:
- Escovar os dentes e a língua
- Beber água em quantidade suficiente
O nível de zinco no sangue normalmente diminui com os problemas do fígado. Isso é uma das causas da sensação de gosto amargo na boca. O nível baixo do mineral também pode causar piora da doença hepática, entre outros efeitos. Por isso, é indicado o uso de um suplemento à base de zinco quando você tem uma doença hepática e sente o gosto amargo na boca.
Se tiver um diagnóstico de doença do fígado, consulte o médico para saber se pode usar essas ervas que costumam ajudar no seu funcionamento e podem diminuir o gosto amargo da boca:
- Chá de boldo do Chile e de alcachofra
- Berinjela e alcachofra (há remédios de venda livre que contêm esses alimentos)
- Tianma Gouteng (é uma planta usada na medicina chinesa)
As doenças e problemas do fígado podem causar gosto amargo na boca. Entretanto, é mais comum que ele esteja associado a:
- Problemas na boca: cáries, língua com placa bacteriana (quando a língua fica branca) ou inflamações e sangramentos na gengiva e na boca
- Alterações hormonais na gravidez
- Transtornos de ansiedade e depressão
- Fumo
- Uso de alguns medicamentos: anti-hipertensivos, antidepressivos, remédios para gota, anti-inflamatórios, antibióticos, antialérgicos, anticonvulsivantes, antiparasitários são os principais
- Doenças: doença do refluxo gastroesofágico, diabetes, gripe ou dor de garganta são alguns exemplos
Você pode querer ler também:
Gosto amargo na boca pode ser sintoma de quê?
O que não pode comer quem tem problemas de fígado?
Dor no fígado: 6 sintomas que indicam problemas no fígado
Formas de eliminar o gosto amargo na boca
Gosto de podre na boca o que pode ser?
Referências:
Cherkashchenko NA, Livzan M A, KrolevetsT S. Clinical features of the comorbid course of non-alcoholic fatty liver disease and gallstone disease. Ter Arkh. 2020; 92(8): 29-36.
Musialik J, Suchecka W, Klimacka-Nawrot E, Petelenz M, Hartman M, Błońska-Fajfrowska B. Taste and appetite disorders of chronic hepatitis C patients. Eur J Gastroenterol Hepatol. 2012; 24(12): 1400-5.
Tuerk MJ, Fazel N. Zinc deficiency. Curr Opin Gastroenterol. 2009; 25(2): 136-43.
Meng Xing, Xing-Jiang Xiong. Traditional Chinese medicine insights of newly-diagnosed and young hypertension and clinical practice of Tianma Gouteng Decoction for hypertension treatment. Zhongguo Zhong Yao Za Zhi. 2020; 45(12): 2752-59.
Nos casos de doença do refluxo gastroesofágico, uma combinação de medicamentos, mudança de hábitos alimentares e alguns outros cuidados são necessárias. Essa doença é causada pelo refluxo frequente do ácido do estômago para o esôfago e para a boca, que irrita o esôfago, causando dor, azia e “arroto azedo”. Pode ainda causar esofagite e câncer de esôfago, irritar a garganta e afetar os pulmões.
O refluxo é considerado um processo fisiológico normal em pessoas saudáveis. Não causa sintomas, a não ser após refeições pesadas ou quando comeu demais. Nesse caso, o refluxo do ácido do estômago para o esôfago aumenta e causa irritação, que resulta em azia, queimação, “arroto azedo” e até dor. Evitar esse padrão de alimentação é muito importante para não ter esses sintomas.
Como e o que comer (e evitar) para melhorar do refluxoAlguns alimentos e cuidados ao se alimentar podem trazer benefícios:
- Fazer refeições pequenas
- Alimentos mais espessos e sólidos
- Alimentos ricos em fibras
Incluir a aveia na dieta diária, na forma de mingaus, em sopas, nas massas (pães e panquecas, por exemplo), pode trazer benefícios.
Chiclete pode ajudar a reduzir os sintomas, por aumentar a salivação e diminuir o efeito do ácido no esôfago. Veja se isso funciona para você.
Para quem tem mais refluxo à noite, alguns cuidados podem ajudar a evitá-lo:
- Não coma 3 a 4 horas antes de se deitar
- Eleve a cabeceira da cama de 15 a 20 cm
Limitar e evitar o consumo de alimentos que pioram o refluxo pode melhorar os sintomas. Por isso, evite:
- Cafeína (café, chocolate e chá-preto)
- Álcool (principalmente as bebidas alcoólicas fermentadas, como o vinho e a cerveja)
- Refrigerantes
- Comidas gordurosas e frituras
- Vinagre
- Alimentos muito ácidos (como limão, laranja, abacaxi, tomate e molho de tomate)
Preste atenção quando come para identificar, no seu caso, quais são os alimentos que desencadeiam os sintomas do refluxo (azia, dor e “arrotos azedos”). Preste atenção especialmente quando come alimentos apimentados, com menta ou hortelã, que também podem piorar o refluxo.
Recomendações alimentares após a cirurgia de refluxoEm casos mais graves de doença de refluxo gastroesofágico, é necessário fazer uma cirurgia. O sucesso da cirurgia na melhora do refluxo depende de cuidados com a alimentação após o procedimento. Siga as orientações:
1. Ainda no hospital, a dieta após a cirurgia inicia com líquidos transparentes. Procure ingerir porções pequenas dos líquidos, com mais frequência.
2. No momento da alta hospitalar, você já vai poder passar a alimentos pastosos e sólidos moles. A dieta consiste em alimentos sólidos moles e úmidos (como frutas e legumes cozidos, mingaus, vitaminas de frutas e sopas cremosas). O médico lhe dirá quando iniciar a administração de alimentos sólidos. É provável que você continue com essa dieta de alimentos moles e úmidos por cerca de dois meses.
Quando os alimentos sólidos estiverem liberados, experimente um alimento ou bebida nova de cada vez.
Outros cuidados importantes para ter ao se alimentar depois da cirurgia:
- Consuma refeições pequenas e frequentes;
- Quando passar para os alimentos sólidos, mastigue bem e engula pedaços pequenos;
- Evite o uso de canudinho para o consumo de líquidos;
- Beba lentamente;
- Siga as recomendações sobre os alimentos a evitar e aumente o consumo dos que podem ajudar a melhorar o refluxo;
- Evite alimentos com cascas, muito secos e que podem causar desconforto ao esôfago (pão, bife, legumes crus, peito de frango e outras carnes secas, frutas cruas, amendoim, pipoca e sementes são alguns exemplos).
Você vai conseguir tolerar a maioria dos alimentos 3 a 6 meses após a cirurgia. Consulte um médico ou nutricionista em caso de dificuldade para alimentar-se ou de perda de massa corporal.
Modificação de comportamentosPermanecer de pé por algum tempo depois de se alimentar pode ajudar a evitar o refluxo. Fazer uma caminhada após as refeições principais é uma boa opção. Além disso, você precisa evitar:
- Refeições grandes
- Deitar e ficar curvado após comer
- Roupas apertadas na região do estômago
- Fumar
- Bebidas alcoólicas
- Estresse
Se estiver fora do peso, tem refluxo e quer melhorar, esse é mais um motivo para se empenhar em emagrecer. A obesidade aumenta a pressão dentro da barriga, o que favorece o refluxo do ácido do estômago para o esôfago.
A redução de massa corporal e a diminuição do tamanho das refeições reduzem os sintomas de refluxo, principalmente no caso de hérnia de hiato. Procure a ajuda de um profissional nutricionista. Um clínico geral ou médico de família pode fazer um encaminhamento.
Caso queira saber mais sobre o refluxo, leia também:
Omeprazol para esofagite e dor no estômago. Quanto tempo demora para fazer efeito?
Refluxo tem cura? Qual o tratamento?
O que é refluxo e quais os sintomas?
Referência:
Cresci G, Escuro A. Dietoterapia para as Doenças do Sistema Gastrointestinal. O Esôfago. In: Mahan LK, Raymond JL. Krause - Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. Tradução da 14 Ed. Kenmore, WA. Elsevier. p. 1918-32.
A menstruação pode ter pequenos coágulos que não representam um problema de saúde.
Os coágulos na menstruação são pedaços gelatinosos que podem ser mais claros ou mais escuros que o sangue ou, ainda, podem ser transparentes. Algumas vezes, podem aparecer pedaços que parecem com pele ou carne.
Quando não é normalQuando o fluxo for muito intenso (durar mais dias e vier em grande volume), os coágulos podem ser maiores (mais que 1 cm) e mais frequentes. Você pode perceber haver algo de errado quando:
- Absorvente higiênico ou tampão vaginal encher em menos de 2 horas;
- Sangramento manchar colchão, lençóis e/ou roupas;
- Sangramento durar mais que 7 dias;
- Cólica / dor intensa;
- Grande inchaço na barriga no período menstrual;
- Alterações intestinais cíclicas com dor no ânus e / ou sangue nas fezes.
Nesses casos, você precisa procurar um médico para saber a causa desses problemas. Isso pode ser causado por:
Abortos espontâneosSe sabe que está no início de uma gravidez e começou a menstruar com coágulos que parecem pedacinhos de carne, você pode estar abortando. Isso também pode acontecer se teve ou não um atraso menstrual. Nos casos de suspeita de aborto, o médico precisa avaliar o seu útero para confirmar e evitar complicações.
Se o médico constatar que está abortando e isso já aconteceu outras vezes, ele pode pedir uma avaliação sua, do seu parceiro e do material que está saindo. A avaliação serve para ele conseguir aconselhar quanto ao que deve ser feito.
Os abortos podem ser causado por diversos fatores, sendo os principais as alterações cromossômicas, processos inflamatórios e imunológicos, malformações uterinas e problemas hormonais.
Alterações na coagulação do sangueQuando a coagulação do sangue está diminuída, o fluxo menstrual pode estar aumentado e isso favorece a formação dos coágulos na menstruação. Há doenças que causam essas alterações. Alguns exemplos são:
- Doenças dos rins ou fígado
- Baixa quantidade de plaquetas (trombocitopenia)
- Fatores hereditários que podem ser leves (percebidos pela maior formação de manchas roxas pelo corpo ou maior tempo de sangramento para feridas) — Doença de Von Willebrand é a mais frequente
No caso de parto normal, há um sangramento parecido com a menstruação após o parto por um período variável. Você deve observar se:
- Estão saindo coágulos grandes
- Está sangrando muito
- Tem febre
- O coração bate muito rápido ou há alteração da pressão sanguínea
Se observar um desses sinais, principalmente nas primeiras 24 horas após o parto, procure um médico de família ou ginecologista com urgência.
Se você já fez partos cirúrgicos (cesarianas) ou outras cirurgias no útero, as cicatrizes do útero podem causar aumento do fluxo menstrual e dos coágulos. Nesses caso, fale com seu médico para saber se o que está acontecendo é normal.
Outras causas para os coágulos na menstruaçãoVários fatores podem aumentar o fluxo menstrual e causar o aumento dos coágulos na menstruação. Alguns deles são:
- Medicamentos que alteram a coagulação do sangue (como anticoagulantes e anti-inflamatórios)
- Algumas alterações no sangue (como a anemia e o nível baixo de ferritina)
- Doenças que afetam o útero (como a adenomiose, a endometriose, os pólipos, os miomas e os tumores)
- Hipotireoidismo
Alguns fatores que alteram o fluxo menstrual e que parecem não causar aumento dos coágulos na menstruação são:
- Uso de DIU (um dispositivo intrauterino usado com finalidade de evitar a gravidez): os de cobre aumentam o fluxo menstrual e isso pode fazer com que sejam observados coágulos, sem ser preocupante
- Uso de anticoncepcionais que combinam dois hormônios — em geral, eles diminuem a duração e a intensidade do fluxo menstrual
Você também pode querer saber:
Com a menstruação saíram pedaços que parecem o fígado. O que pode ser?
A mulher pode passar mais de um mês menstruada?
É normal uma mulher ficar menstruada 10 dias?
Referências:
Thiyagarajan DK, Basit H, Jeanmonod R. Physiology, Menstrual Cycle. [Updated 2021 Sep 18]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2021 Jan.
Herter LD. Sangramento uterino aumentado. FEBRASGO Notícias. 2018
Série Orientações e Recomendações FEBRASGO. Aborto recorrente e progestagênios. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2017. v. 2, n. 6.
WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. Geneva: World Health Organization; 2018. p. 166
Christiaens GCML, Sixma JJ, Haspels AA. Fibrin and platelets in menstrual discharge before and after the insertion of an intrauterine contraceptive device. Am J Obstetrics Gynecology. 1981; 140(7): 793-8.
UpToDate. Abnormal uterine bleeding in nonpregnant reproductive-age patients: Evaluation and approach to diagnosis. Heavy menstrual bleeding
Há diferentes remédios, indicados para matar vermes diferentes em crianças. São os vermífugos. Os remédios não evitam que as crianças tenham vermes.
As crianças são mais sensíveis aos efeitos tóxicos dos medicamentos para vermes. Por isso, não use os remédios por sua conta. Procure um médico ou a orientação de um farmacêutico.
Quando a criança tem vermes, o médico faz a escolha do melhor remédio considerando a segurança do medicamento para ela. O tratamento tem duração variável para conseguir eliminar o verme ou o protozoário.
É recomendada a administração periódica de anti-helmínticos para o controle de verminoses em grupos específicos de pessoas com maior risco. Nas crianças em idade pré-escolar e escolar (a partir dos 5 anos), na prática clínica é muito comum os médicos prescreverem os remédios sem necessidade de exame específico.
Conheça quais são os remédios seguros para cada faixa etária e algumas alternativas naturais que podem ajudar a evitar e eliminar os vermes.
Crianças com 2 anos ou maisO principal remédio para verme em crianças é o albendazol. Ele é indicado porque consegue matar:
- Uma ampla variedade de vermes intestinais (lombriga, ancilóstomo, oxiúros e solitária são os mais comuns)
- Bicho geográfico (uma larva que forma rastros visíveis sob a pele)
- Giárdia — não é um verme, é um protozoário (parasita intestinal microscópico)
Outro remédio utilizado para crianças com vermes é a nitazoxanida. É muito indicado porque é eficaz para eliminar diferentes vermes e pode curar giardíase, amebíase e rotavírus, entre outros. Deve ser dado para a criança com alimentos, sempre no mesmo horário.
O mebendazol também vale para diferentes vermes. Por isso, é outra alternativa bastante utilizada para eliminar vermes em crianças. Não deve ser dado para bebês com menos de 1 ano porque pode causar convulsões.
Crianças entre 1 e 2 anosOs remédios que podem ser dados para crianças com essa idade são:
AlbendazolA dose é menor que a indicada para as crianças com mais de 2 anos. Devido à redução da dose, só funciona para eliminar lombrigas, ancilóstomo e trichuris em crianças com idade entre 1 e 2 anos.
MebendazolPode ser dado para crianças entre 1 e 2 anos somente quando for indicado por um médico. Pode causar convulsões em crianças com menos de 1 ano.
NitazoxanidaO remédio é seguro para as crianças entre 1 e 2 anos. Deve ser dado para a criança junto com alimentos, sempre no mesmo horário.
LevamizolÉ um remédio bem tolerado, mas só serve para matar as lombrigas.
Crianças entre 6 meses e 1 anoPara bebês com mais de 6 meses, o medicamento seguro é o levamisol. Só deve ser dado quando a verminose prejudicar o desenvolvimento ou o estado nutricional da criança. É eficaz apenas para eliminar as lombrigas.
A maioria dos remédios para vermes não é seguro para as crianças com menos de 1 ano. Por isso, os cuidados de higiene são a maior arma para elas continuarem saudáveis. Como o contato dos bebês pequenos com objetos e com os alimentos sempre depende de um adulto, se os adultos tiverem cuidado, a criança vai continuar saudável.
Remédios naturais para vermesComo as crianças são mais sensíveis aos efeitos tóxicos dos remédios para vermes, eles só devem ser dados quando elas têm vermes. Já os remédios naturais, por serem alimentos, têm menos restrições e são melhor tolerados.
Alguns alimentos e chás têm efeito contra os vermes, ajudando a preveni-los e eliminá-los. Lave-os com água limpa e sabão antes de usá-los. Suas mãos e os utensílios usados para prepará-los também devem estar limpos.
As sementes de mamão papaia podem ser usadas para evitar e eliminar alguns vermes em crianças. Elas têm efeito contra os helmintos, como as lombrigas, o ancilóstomo e o trichuris. Podem ser ingeridas frescas ou secas. As sementes secas podem ser trituradas em um pouco de mel para serem dadas para a criança.
O coco é outro alimento com propriedades antiparasitárias. Dê preferência por comê-lo ao natural, em pedaços ou ralado.
Sementes de abóbora também são um remédio natural para quem tem Hymenoleps nana. É um parasita que causa verminose em humanos e roedores. O uso das sementes ajuda a eliminar os vermes.
A hortelã-pimenta tem efeito contra o verme que causa a barriga d’água (Schistosoma mansoni). O chá pode ser dado para as crianças que tenham o verme para ajudar a eliminá-lo.
Nunca exagere na quantidade dos remédios naturais, principalmente para crianças pequenas. Em excesso, eles também podem fazer mal.
Saiba mais sobre verminoses e parasitoses em:
Quais os melhores remédios para vermes?
Quais os sintomas de vermes no corpo?
Tomando remédio para verme posso comer doces?
Referências
Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamentos Científicos de Gastroenterologia e Infectologia. Parasitoses intestinais: diagnóstico e tratamento (2019-2021). 2020; 7: 2.
Okeniyi JAO, Ogunlesi TA, Oyelami OA, Adeyemi LA. Effectiveness of dried Carica papaya seeds against human intestinal parasitosis: a pilot study. J Med Food. 2007; 10(1): 194-6
Alhawiti AO, Toulah FH, Wakid MH. Anthelmintic Potential of Cucurbita pepo Seeds on Hymenolepis nana. Acta Parasitol. 2019; 64(2): 276-281
Dejani NN, Souza LC, Oliveira SRP, Neris DM, Rodolpho JMA, Correia RO, Rodrigues V, Sacramento LVS, Faccioli LH, Afonso A, Anibal FF. Immunological and parasitological parameters in Schistosoma mansoni-infected mice treated with crude extract from the leaves of Mentha x piperita L. Immunobiology. 2014; 219(8): 627-32.
Manisha DebMandal M, Mandal S. Coconut (Cocos nucifera L.: Arecaceae): in health promotion and disease prevention. Asian Pac J Trop Med. 2011; 4(3): 241-7.
UpToDate
Bulas dos medicamentos
O ácido do estômago é necessário para a digestão, mas quando você tem gastrite ele aumenta a inflamação e pode ser o responsável pelas lesões no estômago. Por isso, os remédios indicados para a gastrite agem diminuindo o ácido do estômago. Eles ajudam na recuperação das lesões e a diminuir a inflamação, aliviando os sintomas.
Por outro lado, o uso de medicamentos que aumentam o ácido do estômago pode piorar ou até causar a gastrite. Tomar muitos comprimidos diariamente também pode ter o mesmo efeito.
Remédios para alívio dos sintomas da gastriteOs remédios mais importantes para o tratamento são os que diminuem a produção de ácido do estômago. São exemplos o omeprazol, o pantoprazol ou o lansoprazol (inibidores da bomba de prótons). O alívio dos sintomas começa assim que você iniciar o tratamento.
São medicamentos considerados seguros, mas que raramente podem causar problemas nos rins (omeprazol), hepatite (omeprazol e lansoprazol) e distúrbios visuais (pantoprazol e omeprazol). Eles também aumentam o risco de ter pneumonia.
É importante que sejam usados apenas durante o tempo indicado pelo médico, para evitar que causem problemas de saúde. Além disso, para parar de tomar é necessário diminuir a dose lentamente. Não ter esse cuidado pode causar a piora dos sintomas.
O uso prolongado pode causar problemas relacionados com a diminuição de absorção de cálcio e vitamina B12, principalmente em idosos. Você pode ter maior fragilidade dos ossos e anemia, por exemplo.
Veja quais são os sintomas mais comuns da gastrite e quais são os remédios usados para tratá-los:
Sintomas |
Remédios |
Dor na parte superior da barriga |
Diminuidores da produção de ácido Antiácidos |
Sentir-se inchado ou cheio após comer uma pequena quantidade de comida |
Antiflatulentos (para gases) |
Náusea ou vômito | Antieméticos |
Exemplos desses medicamentos são:
- Ranitidina (Label): para diminuir a produção de ácido
- Hidróxido de magnésio, hidróxido de alumínio, bicarbonato de sódio, carbonato de cálcio (Mylanta Plus, Maalox, Leite de Magnésia de Phillips e Sal de Frutas Eno são alguns exemplos): antiácidos
- Dimeticona ou simeticona (Luftal é um exemplo): para gases
- Metoclopramida, dimenidrinato, bromoprida, domperidona (Plasil, Dramin, Digesan, Motilium são alguns exemplos): para enjoo e náuseas
Os antiácidos e os medicamentos para gases não precisam de receita para serem comprados.
Os remédios para náuseas / enjoo e os antiácidos podem diminuir ou aumentar o efeito de outros medicamentos. Medicamentos para náuseas podem estar contra-indicados se você tem algumas doenças (glaucoma e prolactina alta são alguns exemplos). Por isso, não utilize por muito tempo sem o conhecimento do seu médico.
Alguns efeitos indesejados dos antiácidos são:
- Prender o intestino (hidróxido de alumínio)
- Soltar o intestino (hidróxido de magnésio)
A gastrite pode ser causada por uma infecção. O agente infeccioso mais comum que pode causar gastrite é a bactéria Helicobacter pylori. O tratamento se baseia em antibióticos para acabar com a infecção e outros medicamentos que controlam os sintomas.
Somente o médico pode dizer qual o melhor antibiótico para o seu caso. Ele vai avaliar os exames e algumas características suas para escolher o medicamento que tenha o efeito desejado e que não traga outros problemas para sua saúde.
Alguns exemplos de medicamentos prescritos são:
- Claritromicina associada a amoxicilina e a algum medicamento para diminuir o ácido do estômago (omeprazol ou pantoprazol são exemplos). Normalmente os medicamentos são tomados 2 vezes ao dia, por 14 dias.
- O metronidazol é o medicamento que substitui a amoxicilina nos casos de alergia à penicilina.
- Outros antibióticos também podem ser prescritos, como o levofloxacino, o tinidazol ou metronidazol.
O diagnóstico e tratamento adequados são muito importantes, porque a bactéria também pode causar úlceras (feridas no estômago) e câncer de estômago.
Os medicamentos devem ser tomados no horário certo e pelo período indicado, conforme a receita, para garantir que a infecção acabe.
Os probióticos podem ajudar a controlar a infecção e reduzir os efeitos negativos do uso dos antibióticos. Alguns alimentos que contêm probióticos são os iogurtes, queijos como o gouda e cottage e conservas de legumes (como os picles).
A gastrite também pode ser causada por outras bactérias, vírus, parasitas e fungos. O agente causador da doença precisa ser identificado para iniciar o tratamento adequado.
Remédios que pioram a gastriteVocê pode ter gastrite ou sentir que ela piora por usar certos medicamentos. Os anti-inflamatórios como o ibuprofeno, naproxeno, cetoprofeno, diclofenaco, nimesulida e o AAS, são os mais comuns. Por isso, você precisa evitar tomar esses medicamentos quando tem gastrite.
Quando o problema é o uso prolongado dos anti-inflamatórios, dependendo do motivo para o qual você os utiliza pode ser necessário substitui-los por outros métodos terapêuticos.
Você pode querer ler também:
Alimentos que quem tem gastrite deve comer
Quem tem gastrite deve evitar comer o quê?
Quem tem gastrite pode comer chocolate?
Gastrite crônica tem cura? Qual o tratamento?
Gastrite pode evoluir para câncer?
Referências:
Thomson ABR, Sauve MD, Kassam N, Kamitakahara H. Safety of the long-term use of proton pump inhibitors. World J Gastroenterol. 2010; 16(19): 2323-30
UpToDate
Se apareceu uma bolha no interior na sua boca e ela é rosada ou arroxeada, com conteúdo transparente (saliva), provavelmente é mucocele. Ela pode aparecer por dentro do lábio inferior ou das bochechas, debaixo da língua ou no céu da boca. É a lesão da mucosa da boca mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens.
Crédito: DozenistPode ser consequência de mordidas repetidas ou outros traumas que causam o rompimento ou entupimento da glândula salivar. Crescem lentamente e podem variar em tamanho. Podem esvaziar e depois encher novamente durante as refeições.
O que fazer em caso de mucocele?Elas não são graves e são assintomáticas (não causam dor), mas podem incomodar um pouco, dependendo do tamanho e localização. Algumas regridem ou rompem espontaneamente em pouco tempo, não sendo necessário nenhum tratamento. Por isso, você não precisa usar ou aplicar nenhum medicamento quando tem mucocele.
Quando você deve procurar um médico?Quando a bolha persiste por muito tempo ou aparece repetidas vezes, é necessário fazer uma cirurgia. Ela consiste na retirada da bolha ou da glândula salivar entupida. A técnica escolhida para a cirurgia pode ser:
- Excisão (cortar e suturar)
- Congelamento (criocirurgia)
- Vaporização com o laser de CO2 / laser de diodo
- Marsupialização ou micromarsupialização (criação de uma “bolsa”)
Quem faz a cirurgia pode ser um médico ou um cirurgião dentista. O profissional irá examinar, operar e avaliar o material retirado para confirmar se a lesão era mesmo mucocele. A recuperação é rápida.
Ele também irá investigar a causa da mucocele, para evitar que ela volte. Irá verificar se pode estar associada a:
- Traumas (mordidas ou uso de aparelhos, por exemplo)
- Lesões congênitas
- Síndrome de SjÖgren (doença autoimune que deixa os olhos e a boca secas)
- Fibrose cística (é uma doença hereditária)
Também pode lhe interessar:
O que são as bolinhas na língua? Como posso tratar?
Bolhas na boca, quais as causas?
Herpes simples: o que é, quais os sintomas, o que causa e tratamento
Referências
UpToDate
Biblioteca Virtual em Saúde — Atenção Primária em Saúde. Segunda Opinião Formativa. O que é mucocele?
Santos FM, Corrêa FNP, Corrêa MSNP. Mucocele em lábio inferior de adolescente: relato de caso. Rev Assoc Paul Cir Dent 2013; 67(3): 230-3
A dormência ou formigamento nos dedos dos pés podem ser causados por:
- Compressão do nervo ou no vaso sanguíneo que chega ao nervo
- Problemas de circulação
- Diabetes
- Lesão de nervos
- Inflamação
Se você tem diabetes e sente dormência e formigamento dos dedos dos pés e pés, pode estar desenvolvendo a neuropatia diabética. É importante que entenda como ela se desenvolve e o que fazer para prevenir complicações.
A dormência e formigamento dos dedos dos pés e das mãos associados a outros sintomas podem ser sinais de hanseníase (lepra).
Os sintomas podem começar pela ponta dos dedos e, se a causa persistir, passarem a afetar o pé. Você deve procurar um médico para investigar a causa sempre que a dormência ou formigamento forem contínuos. Veja abaixo o que acontece e o que fazer em cada caso:
O que fazer quando algo comprime um nervo ou um vaso?O excesso de peso, postura ou calçados apertados são causas fáceis de associar à compressão dos dedos. Ela faz com que o sangue não chegue até o nervo e isso causa a sensação de dormência ou formigamento. Normalmente a sensação é passageira e mais simples de resolver.
Quando a dormência for causado por postura ou excesso de peso, a sensação normalmente acaba se você modificar a posição do pé para liberar os dedos do que está causando a compressão e movimentá-los. Tirar o calçado que está apertando os dedos tem o mesmo efeito.
O nervo pode ser comprimido em doenças como a hérnia de disco, a síndrome do túnel do tarso e a neuropatia fibular. Nesses casos, a dormência ou formigamento são contínuos. Você precisa procurar um médico para investigar se um desses problemas é o que causa a sensação.
Se a compressão persistir por muito tempo, mais fibras do nervo são afetadas e ele pode sofrer degeneração. O resultado pode ser o surgimento de dor e falta de força para os movimentos nos dedos e no pé.
Procure um médico quando há um problema de circulaçãoQuando a circulação sanguínea não está boa, os nervos podem não receber a quantidade de alimento e oxigênio necessários. As extremidades, principalmente dos membros inferiores (dedos dos pés e pés) são mais sensíveis aos problemas de circulação.
Vasculite e doença aterosclerótica são dois exemplos de doenças que afetam a circulação sanguínea. Elas podem causar degeneração do nervo em poucos dias, o que faz com que os sintomas (dormência, formigamento, dor) sejam contínuos.
O início rápido do tratamento da doença que está causando o problema é fundamental. Isso permite que o nervo danificado se recupere e a sensibilidade da região afetada volte ao normal. Por isso, é importante procurar um médico.
Controle o açúcar do sangueA neuropatia diabética é a complicação mais comum da diabetes tipo 1 e 2. Ela é percebida inicialmente por causar dormência ou formigamento nos dedos dos pés e nos pés, levando à perda progressiva de sensações.
A diabetes danifica os nervos periféricos quando não está controlada. O nível alto de açúcar do sangue (hiperglicemia) prejudica a circulação do sangue, causa inflamação e toxicidade direta, começando pelas extremidades dos nervos. Por isso, a perda de sensações começa nos dedos dos pés.
São fatores que aumentam a gravidade da neuropatia diabética e o risco de complicações:
- A duração e a gravidade da hiperglicemia
- A associação da diabetes com hipertensão, obesidade e problemas de colesterol e / ou triglicérides altos (síndrome metabólica)
As complicações mais comuns da neuropatia diabética são feridas nos pés, dores nas articulações e quedas. Se você é diabético, precisa controlar a glicemia e as outras doenças associadas à diabetes para diminuir a progressão e evitar essas e outras complicações da doença.
O que fazer quando há lesão de nervos?O rompimento do nervo pode acontecer devido a um ferimento ou corte que o divide em duas partes. A parte final dele, responsável por sentir o toque e a pressão, fica sem comunicação com a parte do nervo que vem da coluna. Por isso, a pessoa perde essas sensações no local.
É uma causa que não é frequente, mas é fácil de ser identificada. As sensações podem voltar depois de um tempo, sem necessidade de tratamentos.
A dormência ou formigamento podem ser percebidos anos depois para quem fez radioterapia para tratamento de câncer cervical ou de próstata, por exemplo. A pessoa pode sentir também falta de força progressiva para movimentar o dedo, dedos ou o pé. Se esse pode ser o seu caso, procure um médico.
Hanseníase ou lepraA hanseníase é causada por uma bactéria que, entre outras coisas, afeta os nervos. A suspeita inicial da doença se baseia na presença de alguns sinais:
- Perda de sensibilidade nos dedos das mãos e pés
- Perda de sensibilidade na pele, percebida por não sentir dor ao se ferir (cortes e queimaduras que não doem)
- Manchas mais claras ou avermelhadas na pele
- Machucados que não respondem a tratamento
- Caroços e inchaço no lóbulo da orelha e no rosto
- Falta de transpiração em partes do corpo
No caso de apresentar algumas das manifestações, procure um médico. A hanseníase é um problema de saúde pública em algumas regiões do país.
InflamaçãoDoenças virais, como as causadas pelos vírus herpes zoster, herpes simplex e Epstein-Barr podem afetar os nervos e causar sensação de dormência e problemas de movimentação nos dedos, pés e pernas. Há outras doenças que também podem causar inflamação que afeta o funcionamento do nervo, mas são mais raras.
Nesses casos, a dormência e demais sintomas são contínuos. Você precisa de uma avaliação médica para saber se uma dessas doenças é o que causa a dormência e formigamento nos seus dedos ou pés.
O que fazer em outras situações que causam dormência nos dedos dos pés?Você também pode sentir dormência nos dedos dos pés:
- Quando está muito frio
- Após cirurgias (devido ao efeito da anestesia ou de outros medicamentos)
- Quando o pé está engessado e o gesso está muito apertado
- Devido à deficiência de vitamina B1 (mais comum para quem bebe excesso de bebidas alcoólicas com frequência)
A dormência passa:
- Basta proteger os pés do frio com meias e calçados adequados
- Quando o efeito do medicamento acabar, algum tempo após o término da cirurgia
No caso em que o gesso apertado estiver causando a dormência, consulte um médico ou enfermeiro para saber o que deve fazer.
Se suspeitar que a dormência nos dedos dos pés pode ser causada por deficiência de vitamina B1, procure um médico de família para indicar o tratamento adequado.
Saiba mais em:
Sinto dormência nos pés, o que pode ser?
Estou sentindo dormência nos membros. O que pode ser e qual médico procurar?
Referências
UpToDate
O útero é um músculo. Por isso, quando sentir que ele mexe ou treme, isso pode ser sinal de que ele está contraindo e relaxando.
Você pode sentir os movimentos quando:
- O útero aumenta no início da gestação
- Devido a movimentos do bebê no interior no útero — mas isso só acontece quando ele já está bem desenvolvido (a partir do terceiro ou quarto mês de gestação)
- Durante o ciclo menstrual
- Devido a movimentos em outros órgãos, como os intestinos e a bexiga.
Quando além de sentir o útero tremendo você sentir dor forte ou tiver um fluxo menstrual muito intenso, isso pode ser um sinal de algum problema de saúde. Identifique quando as contrações são normais e quando você precisa buscar ajuda.
Movimentos normais do úteroOs movimentos do útero são fundamentais para garantir a reprodução e na hora do parto.
Durante o ciclo menstrualO útero tem contrações diferentes dependendo da fase do ciclo menstrual.
Na fase ovulatória, as contrações movimentam o útero para favorecer a entrada dos espermatozoides. São contrações que sentimos mais intensamente na região da vulva e da vagina, durante o ato sexual.
A quantidade e intensidade das contrações diminuem na fase final do ciclo menstrual, para não atrapalhar a fixação do embrião e favorecer a gravidez. Então, provavelmente você não vai sentir seu útero tremer se você estiver com a menstruação atrasada e estiver grávida. Pode sentir algo quando o útero começar a crescer.
Ao final do ciclo, quando não há gravidez, os movimentos uterinos favorecem a saída da menstruação. Às vezes é possível sentir estes movimentos. O movimento do intestino também colabora com a saída da menstruação.
Na gestaçãoDurante a gestação, é possível sentir o útero mexendo quando o bebê se move na barriga. Ao fim da gravidez, as fortes contrações do útero e a dilatação da abertura final (colo do útero) são os responsáveis pelo nascimento do bebê, no parto normal.
Doenças que alteram os movimentos do úteroCaso você sinta cólicas quando o útero treme ou tenha um fluxo menstrual muito intenso, procure um médico para verificar se está com algum problema.
Saiba os sintomas de algumas doenças associadas aos movimentos uterinos fora de padrão e quais podem dar a impressão de que o útero está tremendo:
MiomasO mioma é a causa mais comum para as alterações dos padrões de contração uterina. Quem tem mioma pode sentir dor no contato íntimo ou nas relações sexuais, cólica menstrual e dor na parte baixa da barriga quando sente o útero tremer.
Nos casos sintomáticos, os tratamentos podem variar. Alguns exemplos são:
- Tratamento com medicamentos
- Tratamentos alternativos e complementares (exercício, dieta, ervas e acupuntura são alguns exemplos)
- Cirurgias (retirada do mioma, embolização ou ablação do endométrio)
- Cirurgia para retirada do útero
Os miomas são comuns em mulheres com dificuldade para engravidar. A infertilidade é atribuída ao fato de que os miomas alteram também o formato e a distribuição dos vasos sanguíneos no útero, além de alterarem como ele contrai.
Metade das mulheres com infertilidade sem causa aparente que fazem uma cirurgia para remoção do mioma conseguem engravidar. Por isso, a cirurgia é o tratamento comumente indicado nesses casos.
Quando ele não está causando problemas, pode ser monitorado através da realização periódica de ultrassons. Se o mioma não cresce e não causa sintomas, normalmente não requer nenhum tratamento.
AdenomioseÉ um problema de saúde da mulher que geralmente tem como sintomas dor intensa e fluxo menstrual abundante, podendo causar infertilidade e abortamentos. Os movimentos do útero mais fortes, frequentes e fora do padrão normal e a inflamação são os principais fatores responsáveis por estas manifestações.
Se sente o útero tremendo e tem os sintomas descritos durante o período menstrual, procure um médico de família ou um ginecologista. Para a investigação, o médico pode pedir exames de sangue para dosagens hormonais e ultrassom.
Na adenomiose, a produção de um hormônio (prolactina) e o tamanho do útero podem estar aumentados. Algumas mulheres que têm a doença também têm endometriose.
O tratamento indicado pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios, hormônios e cirurgias.
EndometrioseA endometriose é uma doença causada quando as células da camada interna do útero estão presentes fora do útero. Ela causa limitação nas contrações uterinas, dor e infertilidade, entre outras coisas.
Quem tem endometriose pode ter problemas em outros órgãos (intestinos e ovários, por exemplo), devido ao processo inflamatório que causa fora do útero. Se você sente o útero tremer, é possível que não seja endometriose — a não ser que os movimentos do intestino sejam responsáveis por isso.
Quando se preocupar?Quando os movimentos do útero não são normais, com contrações que diferem do padrão, isso pode vir acompanhado de fluxo menstrual intenso, cólicas na parte baixa da barriga e dor em outras regiões da barriga. Nesse caso, os sintomas podem estar associados com problemas de fertilidade, gravidez ectópica, abortos e endometriose.
Quando tiver esses sintomas, procure um médico de família ou ginecologista para saber qual é o problema e qual o tratamento indicado.
Você pode querer ver também:
Causas de barriga tremendo e quando devo me preocupar
Sinto minha barriga mexer: o que pode ser?
Referências
Zhai J, Vannuccini S, Petraglia F, Giudice LC. Adenomyosis: Mechanisms and Pathogenesis. Semin Reprod Med. 2020; 38(2-03): 129-143.
Bulletti C, De Ziegler D, Setti PL, ETTORE Cicinelli E, Polli V, Stefanetti M. Myomas, Pregnancy Outcome, and In Vitro Fertilization. Annals of the New York Academy of Sciences. 2004; 1034(1): 84-92.
Jacoby VL, Jacoby A, Learman LA, Schembri M, Gregorich SE, Jackson R, Kuppermann M. Use of medical, surgical and complementary treatments among women with fibroids. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2014; 182: 220–225.
Harada T, Ohta I, Endo Y, Sunada H, Noma H, Taniguchi F. SR-16234, a Novel Selective Estrogen Receptor Modulator for Pain Symptoms with Endometriosis: An Open-label Clinical Trial. Yonago Acta Med. 2017; 60(4): 227–233.
Se você tem um caroço dolorido perto da nuca, saiba que, para doer, ele é resultado de algum processo inflamatório. As causas mais comuns são:
- Infecções ou inflamações que causam o aumento dos gânglios linfáticos (íngua)
- Contusões / pancadas que causam os conhecidos "galos"
- Tensão muscular
Veja quais são as características mais comuns em cada caso e o que fazer:
1. Infecções ou inflamações — ínguasSe o seu caroço está localizado atrás da orelha, um pouco acima ou na região lateral da nuca e dói, ele pode ser uma íngua. A íngua (aumento dos gânglios linfáticos) é resultado de infecções ou inflamações.
Infecção por qualquer agente localizadas na boca, dentes, na garganta ou mais generalizadas são as causas mais frequentes. Nesse caso, os vírus são os agentes mais comuns para as ínguas, especialmente em crianças.
A mononucleose é uma infecção viral que está frequentemente associada à íngua na região atrás da orelha, acima e ao lado da nuca. Ela causa cansaço, febre e dor de garganta intensa. É possível observar também o aumento dos gânglios linfáticos embaixo dos braços (axilas), na região da virilha e do pescoço. As ínguas desaparecem entre 4 e 6 semanas.
As ínguas na região do pescoço são as mais comuns nas infecções respiratórias como os resfriados ou outras infecções virais. Elas desaparecem entre 1 a 2 semanas após o término dos sintomas.
Algumas infecções bacterianas também podem ser a causa do caroço dolorido perto da nuca, mas são mais raras. São alguns exemplos as infecções:
- Transmitidas por carrapatos (febre maculosa)
- Adquirida pelo contato com animais de fazenda ou pela ingestão de produtos à base de leite contaminado (brucelose)
- Causadas por arranhões de gato
Nesses casos, alguns dos sintomas que podem estar associados são mal-estar, calafrios, febre e dor de cabeça. Procura um médico com urgência se suspeitar que pode estar com uma dessas infecções.
Câncer e problemas imunológicos são causas mais raras de íngua. O gânglio pode estar aumentado nesses casos devido ao processo inflamatório que causam.
Procure um médico quando a íngua persistirQuando a íngua não desaparecer depois de algumas semanas, é importante que você procure um médico para investigar se tem alguma infecção viral crônica, algum problema imunológico ou câncer.
2. Pancadas ou contusões — "galos"Quando você tem um caroço que dói na cabeça e levou uma pancada, sabe que pode ser um galo. Se o caroço for na cabeça de uma criança, pergunte se ela bateu a cabeça.
Quando procurar um médico?Batidas na região da nuca podem ser perigosas. Se houver desmaio ou convulsão depois da batida, procure um médico com urgência.
No caso em que não houve desmaio, observe se a pessoa:
- Enxerga bem
- Consegue se mover e equilibrar-se
- Está confusa ou tonta
Vomitar, ter dores de cabeça, problemas para falar ou de memória também são sinais de alerta. Estes sinais podem aparecem um tempo depois da pancada. Nesses casos, procure um médico com urgência.
3. Tensão muscularA rigidez dos músculos dos ombros, nuca e pescoço pode causar dor. Quando você aperta a região, sente uma ou mais placas enrijecidas, não exatamente um caroço.
Alguns fatores, quando combinados, contribuem para aumentar a tensão e rigidez dos músculos da nuca e pescoço. Algumas vezes, eles estão relacionados com a sua ocupação (trabalho / emprego). Podem aumentar o risco de rigidez e dor na nuca:
- Permanecer com a cabeça inclinada para a frente por muito tempo
- Permanecer sentado por muito tempo
- Falta de exercícios
- Problemas de coluna
- Estresse
Adotar cuidados para melhorar a postura e a prática regular de exercícios podem ajudar a resolver o problema. Massagens terapêuticas, acupuntura e relaxamento também ajudam.
Procure um médico quando houver dormência ou limitação de movimentosCaso sinta dormência nas mãos ou dedos e limitação de movimentos, procure um médico de família, clínico geral ou ortopedista.
Outras causas de caroço na nucaO caroço na nuca que não dói pode ser percebido desde o nascimento na maioria das vezes, mas pode aparecer ao longo da vida. Os caroços que aparecem na idade adulta podem ser um cisto de gordura ou câncer (linfoma, principalmente).
Quando procurar um médico?O caroço preocupante é bem diferente das ínguas e dos galos. Além de não doer, geralmente ele é endurecido e imóvel, O principal motivo de preocupação é ser uma lesão sugestiva de câncer. Eles são comuns quando a pessoa tem um linfoma. Se esse for o seu caso, procure um médico para avaliar.
Você pode querer ver:
Caroço na cabeça: o que pode ser?
Caroço na nuca: o que pode ser?
Referências
UpToDate
Kocur P, Wilski M, Goliwąs M, Lewandowski J, Łochyński D. Female Office Workers With Moderate Neck Pain Have Increased Anterior Positioning of the Cervical Spine and Stiffness of Upper Trapezius Myofascial Tissue in Sitting Posture. PM R. 2019; 11(5): 476-482.
A dor nas costas do lado esquerdo e abaixo das costelas pode ter várias causas. Observar a intensidade da dor, como e quando dói ou para de doer e se a dor já persiste por muito tempo pode ajudar a perceber qual é a causa.
Raramente a dor nas costas abaixo das costelas é causada por uma doença grave. A maior parte das pessoas que sentem dor e procuram um médico não tem uma doença que cause a dor. Muitos têm dor muscular aguda, por mau jeito ou esforço. Nesses casos, a dor melhora em pouco tempo.
Quando ela dura mais tempo, pode estar relacionada à postura, à prática de exercícios ou a problemas em algum dos órgãos que se localizam do lado esquerdo do corpo.
Dores relacionadas à postura e ao movimentoA maior parte das dores nas costas abaixo das costelas é causada por postura ou movimentos errados. Nesses casos, normalmente você sente melhora quando descansa ou para de fazer a atividade que causa a dor. Ela pode ser mais suportável ou mais intensa, dependendo da duração e do motivo.
Dores relacionadas ao trabalhoHá dores que podem surgir devido à postura inadequada ao trabalhar. Trabalhar de pé, sentado ou em uma posição estranha por muito tempo aumenta o risco de ter dor. Ela é mais frequente e pode indicar lesões quando o problema persiste por muito tempo. Nesse caso, pode ser necessário tomar medicamentos e fazer fisioterapia, sempre sob a orientação de um médico.
Questões relacionadas a faltar conforto e adequação na posição de trabalho e baixo nível de satisfação ao desempenhar a atividade são outros motivos para a dor nas costas abaixo das costelas, que pode ser apenas de um dos lados. Observe se há algo que possa fazer para melhorar essas questões, como ajustar a cadeira e a disposição do que usa para trabalhar.
Praticar regularmente exercícios pode trazer benefícios, por fortalecer os músculos. Procure orientação de um educador físico ou de um ortopedista para determinar os exercícios adequados para você.
Atividades físicas também podem causar a dorNas pessoas que usam a mão direita para as principais tarefas (destras), ter dor nas costas abaixo da costela do lado esquerdo é uma consequência comum à prática de alguns esportes. Esportes como o beisebol, o handebol, o golfe e o tênis são exemplos, devido ao modo como o corpo gira durante a prática.
Exercícios físicos com pesos usando técnicas erradas podem causar lesões e dor. A postura correta durante o treino ajuda a preveni-las.
Procure um médico de família ou um ortopedista para saber o que você pode fazer se percebeu que uma dessas situações é o que causa a sua dor. Não adie, para evitar lesões mais graves. O uso de coletes, fisioterapia ou até cirurgia, dependendo do caso, podem ser necessários para resolver o problema.
Quando a dor parece nas costas, mas não éHá outras causas, mais raras, para a dor abaixo das costelas, do lado esquerdo. Ela pode ser consequência de dores que irradiam de outro lugar, como o rim, o pâncreas, o baço, o intestino, o pulmão ou o ovário.
Nestes casos, normalmente há outros sinais além da dor nas costas. Observe se há outros sintomas. Para ter um diagnóstico e saber como tratar, procure um médico.
Veja abaixo outros sintomas que podem estar presentes e podem ajudar a distinguir cada caso:
Fraqueza e dormênciaFraqueza, dor ou dormência na perna esquerda associadas à dor nas costas abaixo das costelas podem ser causadas por compressão dos nervos da coluna (compressão medular). Problemas intestinais também podem ser percebidos. A principal causa é a hérnia de disco.
A dor geralmente é o primeiro sintoma de compressão medular. É importante procurar um médico de família ou clínico geral para diagnosticar e iniciar o tratamento quanto antes.
Dor nas costas do lado esquerdo em criançasA dor abaixo da costela do lado esquerdo pode ser consequência de uma lesão no baço. A lesão do baço é a consequência mais frequente de trauma em crianças. O trauma pode acontecer devido a uma queda, um acidente, um atropelamento, durante uma brincadeira com bola ou bicicleta. Também pode ser resultado de agressão.
Além de sentir dor nas costas abaixo das costelas do lado esquerdo, a criança também pode se queixar de dor no ombro e em outras regiões. Ela pode ainda apresentar sonolência. Vá ao pronto-socorro ou procure um médico com urgência nesses casos.
Náusea, vômito e perda de apetiteEsses sintomas podem estar associados à dor nas costas do lado esquerdo quando há algum problema no rim, no baço ou no pâncreas.
Se o problema for no rim, pode ser cálculo renal (ou pedra no rim). Você pode sentir dor intensa nas costas abaixo das costelas, náusea, vômito, dor para urinar e vontade constante de urinar. Os sintomas aparecem quando a pedra sai do rim, obstrui a passagem da urina para a bexiga e deixa o rim “inchado”.
Outro problema no rim que pode causar dor nas costas do lado esquerdo é a pielonefrite. Ela é uma infecção que causa sintomas parecidos aos da pedra no rim, além de calafrios, febre e dor no quadril.
Se você suspeitar que tem um problema no rim, procure com urgência seu médico de família, um urologista ou um nefrologista. Adiar o tratamento pode prejudicar para sempre o funcionamento do seu rim e causar infecção grave.
Se a dor nas costas abaixo das costelas do lado esquerdo for intensa, persistir por várias horas ou por dias e se você sentir que ela diminui ao sentar-se ou ao inclinar-se para a frente, isso pode indicar um problema de pâncreas. Você também pode ter náuseas, vômitos, dor abdominal, perda de peso ou de apetite. Os sintomas podem ser causados por uma pancreatite, pela presença de cisto ou por câncer.
Anorexia, comer pouco e já se sentir satisfeito, febre, perda de peso, vômitos, inchaço na barriga, intestino muito preso, não conseguir controlar a saída das fezes e cansaço podem estar associados à dor nas costas abaixo das costelas do lado esquerdo. Nesse caso, a dor é causada por alterações no baço comuns nas pessoas com linfoma ou leucemia. Os outros sintomas aparecem devido a alterações causadas pelas doenças em outros órgãos.
Procure um médico de família com urgência se suspeitar que tem um desses problemas. Exames de sangue, de imagem e biópsias podem ser necessários para o diagnóstico das doenças do baço e do pâncreas. O tratamento dependerá do diagnóstico.
Outras causas de dor abaixo da costela do lado esquerdoOutras causas de dor nas costas abaixo da costela do lado esquerdo que podem ser confundidas entre si são:
- Gases
- Diverticulite e outros problemas no intestino
- Infarto
- Hérnias estranguladas
- Rompimento de aneurisma de aorta
Se sentir queimação, dor latejante ou em pontada e tiver manchas vermelhas e bolhas na pele, pode estar com uma infecção pelo mesmo vírus da catapora (herpes zoster).
Problemas no ovário esquerdo e endometriose também podem causar dor nas costas abaixo da costela do lado esquerdo.
Você pode querer ver também:
Dor nas costas do lado esquerdo, o que pode ser?
Dor no estômago e dor nas costas, o que pode ser?
Referências
Up To Date
Arslan SA, Hadian MR, Olyaei G, Talebian S, Yekaninejad MS, Hussain MA. Comparative effect of driving side on low back pain due to Repetitive Ipsilateral Rotation. Pak J Med Sci. 2019; 35(4): 1018-1023
Ye S, Jing Q, Wei C, Lu J. Risk factors of non-specific neck pain and low back pain in computer-using office workers in China: a cross-sectional study. BMJ Open. 2017; 7(4):e014914.
Oshikawa T, Morimoto Y, Kaneoka K. Unilateral rotation in baseball fielder causes low back pain contralateral to the hitting side. J Med Invest. 2018; 65(1.2): 56-59
Fares MY, Fares J, Salhab HA, Khachfe HH, Bdeir A, Fares Y. Low Back Pain Among Weightlifting Adolescents and Young Adults. Cureus. 2020; 12(7):e9127
Nó na garganta pode ter outras causas, mas está normalmente associado à ansiedade. Não é à toa que o termo aparece em muitas músicas e poemas, associado a outras manifestações, como o aperto no peito.
Além do nó na garganta e do aperto no peito, outros sintomas comuns de ansiedade são:
- O coração bate muito rápido;
- Tremores;
- Medo intenso;
- Suor intenso.
Ela também pode causar falta de ar, enjoo, frio na barriga e dor de estômago.
Algumas manifestações da ansiedade são mais leves, outras mais graves.
Sentir ansiedade em alguns momentos é normal. Se está iniciando uma nova atividade, um novo emprego, um novo relacionamento, vai senti-la como uma excitação, associada à alegria.
Também é normal sentir alguma ansiedade em situações que causam desconforto, como foi o caso da pandemia.
Ela passa a ser um problema quando for frequente, por um período prolongado e / ou se for muito intensa. Isto pode fazer com que apareçam sintomas como o nó ou bolo na garganta, falta de ar, dor de estômago e insônia, entre outros.
O que você pode fazer quando o nó na garganta aparece?Muitas pessoas conseguem resolver o problema e viver sem grandes prejuízos sociais e profissionais apenas usando essas dicas para controlar a ansiedade:
Respire profundamenteRespirar calmamente é uma técnica infalível para controlar uma crise de ansiedade que está começando. Você só respira calma e profundamente quando está calmo e quando faz isso o seu cérebro acredita que esteja tudo bem. A respiração pode ser feita da seguinte maneira: inspire lentamente contando até 3; conte até 3 e retenha o ar; expire lentamente, contando até 6. Você deve manter essa respiração por pelo menos 2 minutos. Feche os olhos durante a prática, se puder.
Morda a línguaHá outra forma de controlar uma crise de ansiedade: morda levemente a ponta da língua. É uma técnica baseada nos conhecimentos da acupuntura e do do-in. Funciona!
Mude o focoA ansiedade vem como um mecanismo natural do ser humano de tentar evitar a dor. Tente mudar o foco. Busque o que pode lhe dar prazer. Inclua em sua rotina caminhar, entrar em contato com a natureza, ler um bom livro, ouvir boa música, escrever, desenhar, pintar, fazer exercícios físicos ou artesanato, estar com pessoas queridas ou com seus animais de estimação.
Meditação e iogaAs práticas de meditação e de ioga requerem disciplina, pois leva algum tempo para sentir seus resultados.
A meditação ajuda no controle dos sintomas da ansiedade tanto quanto um tratamento com medicamentos. Há vídeos e aplicativos que ajudam a começar.
A prática de ioga traz benefícios para além do exercício físico. Técnicas de respiração, relaxamento, meditação e foco no agora são os pontos que ajudam a controlar a ansiedade e são trabalhados nas aulas.
O que pode causar a ansiedade?É muito difícil especificar quando o transtorno de ansiedade tem início. Por isso, você pode ter dificuldade para perceber como ele começou e se há uma ou mais causas para isso.
A ocorrência de vários eventos negativos na vida aumenta muito a chance da ansiedade se tornar um problema. Doenças graves como câncer e problemas cardíacos também podem ser responsáveis pelo aumento da ansiedade.
O problema muitas vezes começa na infância e persiste na vida adulta. A ansiedade é um problema de saúde mental comum para crianças e adolescentes.
Manifestações mais graves da ansiedadeAlgumas manifestações de ansiedade podem ser disfuncionais, ou seja, atrapalhar seu rendimento nas atividades e sua vida. Neste caso, são problemas de saúde mental que podem causar doenças como a depressão, hipertensão e problemas cardíacos quando persistem por muito tempo. Se você se identificou com o problema, precisa descobrir o que fazer para aliviar os sintomas psicológicos e físicos que ele causa.
São manifestações graves da ansiedade:
Transtornos de ansiedade generalizadaVocê pode identificar que está sofrendo um transtorno de ansiedade generalizada se sentir com frequência e por um período prolongado:
- Apreensão: preocupação excessiva com o futuro; medo do desconhecido; sentir-se “no limite”;
- Tensão muscular: inquietação, tremores ou dificuldade para relaxar. Pode sentir dores no corpo como consequência;
- Tontura; sensação de nó ou bolo na garganta; dor ou frio no estômago;
- Taquicardia, suor excessivo ou respiração ofegante (sem ter feito exercício físico).
Uma crise de pânico se caracteriza por uma ansiedade muito intensa em um dado momento. Ela manifesta-se como medo intenso, palpitação, sudorese, dor no peito, tremedeira, enjoo, frio na barriga e medo de morrer. O mal-estar é tão intenso que a pessoa sente necessidade de procurar um médico.
FobiaÉ o medo persistente que não tem sentido e que “trava” você em certas situações. São fobias comuns o medo de multidões ou de estar só fora de casa; de sangue; lugares altos, abertos ou fechados; viagens de trem, carro ou avião. Quem tem uma fobia faz de tudo para evitar a situação que causa o medo.
Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)A pessoa com transtorno de obsessão tem pensamentos indesejáveis. Podem ser dúvidas, pensamentos negativos, sobre contaminação, sexo ou religião, entre outros. Eles causam sofrimento e perda de tempo, atrapalhando a vida da pessoa.
A pessoa com transtorno compulsivo tem comportamentos que não consegue controlar. São as manias de contar, verificar, repetir, tocar em objetos e fazer movimentos. Comer, comprar e beber em excesso também são compulsões. Isto acontece devido à ansiedade. A falta de controle gera ainda mais ansiedade e sentimento de culpa.
No transtorno obsessivo-compulsivo, a pessoa age para aliviar os pensamentos obsessivos. Um exemplo de TOC é lavar as mãos o tempo todo, sem necessidade.
Estresse pós-traumáticoAlgo muito grave acontece (física ou psicologicamente) como “gatilho” para essa manifestação da ansiedade. A pessoa tem recordações perturbadoras do que aconteceu, pesadelos e até alucinações. Isso causa grande estresse físico e psicológico. As consequências são reações assustadas e irritabilidade, dificuldades de concentração e para se relacionar, falta de motivação e problemas para dormir.
O que fazer quando a ansiedade vai além do nó na garganta?Se você percebe que a ansiedade atrapalha muito no seu trabalho, na sua vida familiar ou social, é necessário recorrer à avaliação de um médico de família, psicólogo ou psiquiatra para ter certeza do diagnóstico e estabelecer o tratamento mais adequado. As alternativas para tratar os transtornos de ansiedade são:
PsicoterapiaA psicoterapia é usada como tratamento não farmacológico (sem medicamentos). Normalmente é por onde se começa. Ela é considerada fundamental mesmo para quem precisa usar medicamentos.
Há muitas opções. Entre elas, a terapia cognitivo-comportamental se destaca. É muito efetiva, principalmente para os pacientes com ansiedade crônica. São necessárias pelo menos de 8 a 10 sessões. O trabalho consiste em modificar pensamentos e crenças negativas que a pessoa tem e desencadeiam os sintomas físicos.
FarmacoterapiaAlguns dos medicamentos que podem ser indicados são antidepressivos e ansiolíticos. Os antiarrítmicos podem ser indicados para o tratamento de alguns sintomas.
Os ansiolíticos e antidepressivos devem ser receitados por um psiquiatra. Em muitos casos, o tratamento com antidepressivos dura de 6 a 12 meses, mas pode ser mais longo.
O tratamento farmacológico deve estar aliado a tratamento psicológico e psicossocial.
Intervenção psicossocialAs intervenções psicossociais consistem na tentativa de agir sobre fatores sociais e psicológicos externos que podem causar ou acentuar a ansiedade. Problemas familiares, econômicos, de saúde e escolares são os alvos das intervenções.
Envolver as pessoas que convivem com o paciente para que auxiliem na melhora é fundamental para trabalhar estas questões e diminuir a ansiedade que causam.
Você pode querer ver também:
Formas de aliviar a sensação de bolo na garganta
Sinto a garganta fechando e a sensação de que não consigo respirar. O que pode ser?
Referências:
Gautam S, Jain A, Gautam M, Vahia VN, GautamIndian A. Clinical Practice Guidelines for the Management of Generalised Anxiety Disorder (GAD) and Panic Disorder (PD). J Psychiatry. 2017; 59(Suppl 1): S67–S73.
Narmandakh A, Roest AM, de Jonge P, Oldehinkel AJ. Psychosocial and biological risk factors of anxiety disorders in adolescents: a TRAILS report. Eur Child Adolesc Psychiatry. 2021; 30(12): 1969–1982.
Aktar E, Bögels SM. Exposure to Parents’ Negative Emotions as a Developmental Pathway to the Family Aggregation of Depression and Anxiety in the First Year of
Life. Clin Child Fam Psychol Rev. 2017; 20(4): 369–390.
Como controlar a ansiedade. Tadashi Kadomoto. Youtube
Existe um botão anti-pânico e ansiedade no seu corpo. Peter Liu. Youtube
Algumas complicações podem ocorrer após a aplicação de uma injeção intramuscular glútea. Elas podem estar associadas a erros ou não. É importante conhecer o que pode dar errado para procurar ajuda rapidamente. Veja abaixo o que pode acontecer e o que fazer nestes casos.
Dor ou perda de movimentos podem indicar lesão do nervo ciáticoQuando o nervo ciático é atingido pela agulha durante a aplicação da injeção, você pode sentir uma pequena dor passageira, dor mais intensa, dormência ou até a perda de movimento da perna. A lesão pode causar paralisia ou dormência permanentes da perna no lado onde a aplicação foi feita.
A lesão do nervo é a complicação mais comum após a injeção intramuscular. O nervo ciático é o nervo mais frequentemente afetado.
O que fazer?É importante procurar um médico para reduzir a gravidade do dano e iniciar o tratamento quanto antes, aumentando as chances de recuperação. O tratamento da lesão inclui o uso de medicamentos para dor, fisioterapia, uso de dispositivos auxiliares e exploração cirúrgica.
Limitação de movimentos pode ser sinal de contratura do músculo glúteoQuando fazemos um esforço com o músculo e sentimos que ele "endurece", ele está contraído. Quando relaxamos, ele deixa de ficar duro. Se você percebe que o músculo está sempre rígido e não relaxa, isso não é normal. Pode ser o caso da contratura do músculo glúteo.
A pessoa com esse problema apresenta uma rigidez no quadril que a impede de trazer ambos os joelhos juntos durante o agachamento.
Muitas causas são atribuídas à contratura do músculo glúteo, sendo que a aplicação repetida de injeção intramuscular glútea no mesmo músculo é a mais comum.
O que fazer?Caso você sinta que o seu músculo está rígido e tem limitação de movimentos após uma ou mais injeções, procure um médico. Exames radiológicos conseguem detectar o problema e descartar outras causas. O tratamento com fisioterapia é indicado, mas pode ser necessário fazer cirurgia para corrigir o problema.
Alteração do efeito esperado para a injeçãoPessoas obesas, com sobrepeso e mulheres têm uma camada mais grossa de gordura na região do glúteo. Nestas pessoas a aplicação pode ser feita acidentalmente na região subcutânea. Isto afeta o efeito do medicamento feito para ser injetado no músculo, além de aumentar o risco de complicações.
Se o medicamento vazou depois da aplicação, o efeito pode ser afetado também. Consulte o médico para saber o que fazer neste caso.
Outras complicações mais raras InfecçõesNos casos de infecção, você pode observar bolha ou abscesso (pode sair líquido ou não), vermelhidão, inchaço. Pode sentir dor intensa e ter febre nas 24 horas depois da injeção.
Mal-estar e outros sintomas como confusão, pressão baixa, hipotermia ou febre podem estar associados. Pode levar à necrose (morte de tecidos) no local e à infecção generalizada.
Evolui rapidamente e precisa de diagnóstico rápido. Por isso você deve procurar um médico com urgência caso tenha os sintomas descritos.
A fasciíte necrosante é uma complicação, não um erro. Ela é uma infecção rara e grave que pode estar associada à aplicação intramuscular de medicamentos. Infecção (por exemplo, na garganta), o uso de anti-inflamatórios ou de corticoides podem aumentar a chance de fasciíte.
Outras consequências de infecção após a aplicação de injeção são a gangrena gasosa e a formação de abscesso. Elas também são muito raras. A falta de cuidados de higiene na aplicação também pode causar infecções e suas consequências.
Exames de sangue e de imagem são utilizados para diagnóstico e avaliação da gravidade. Requer cirurgia imediata, tratamento de suporte com antibióticos e hemodinâmico.
Mancha roxa que pulsa (psedoaneurisma)Se você sente dor intensa, com inchaço, endurecimento (formação de “caroço”) no local da aplicação da injeção e vê hematoma (mancha roxa) que pulsa (em alguns casos), pode ser um caso de psedoaneurisma.
O caroço que se forma pode comprimir o nervo ciático, causando sintomas como dor, dormência ou perda de movimento na perna do lado correspondente ao local da aplicação. Pode causar anemia e necrose (morte de tecidos).
Você precisa procurar um médico com urgência.
O pseudoaneurisma é uma lesão rara e pode ser causada pela perfuração durante a aplicação da injeção intramuscular glútea. Devido à perfuração, o sangue sai da artéria e causa como uma hemorragia interna.
Exames de imagem, como ultrassom, tomografia ou ressonância magnética conseguem detectar o problema. O tratamento consiste em fazer parar o sangramento e na drenagem do hematoma para diminuir a necrose e aliviar a dor.
Quem está sob maior risco de ser vítima de ocorrência de erros e complicações?Atenção maior durante e após a aplicação intramuscular glútea em:
- Crianças;
- Idosos;
- Pacientes com baixo peso.
Eles têm um risco maior de lesão do nervo ciático devido à aplicação. As crianças e os idosos podem não perceber o problema ou não se queixar.
As pessoas com problemas de imunidade são mais suscetíveis a infecções. Por isso, há maior risco de complicações como a fasciíte necrosante, abscessos e a gangrena gasosa nestes casos, apesar de serem raras.
Talvez você se interesse por outros conteúdos:
Dor e caroço no local da injeção: o que pode ser e o que fazer?
Coceira e inchaço no local da aplicação da Benzetacil?
Tomei uma benzetacil, posso fazer uma compressa quente?
Referências
Kim HJ, Park SH. Sciatic nerve injection injury. Journal of International Medical Research 2014; 42(4): 887–897
Rai S , Meng C, Wang X, Chaudhary N, Jin S, Yang S, Wang H. Gluteal muscle contracture: diagnosis and management options. SICOT J. 2017; 3, 1
Mendoza C, Salvo S, Luque P, Condado H, Gonzalo MA, Algarate S. Fascitis necrotizante y síndrome del shock tóxico por Streptococcus pyogenes tras inyección intramuscular. Rev Esp Quimioter. 2019; 32(5): 473-474
Saad PF, Saad KR, Armstrong DMFO, Soares BLF, Almeida PHF, Razuk Filho A. Inferior gluteal artery pseudoaneurysm related to intramuscular injection. Int J Surg Case Rep. 2015; 6: 29–32.
Dayananda L, Belaval V V, Raina A, Chandana R. Intended intramuscular gluteal injections: Are they truly intramuscular?. J Postgrad Med 2014;60:175-8