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Existem diferentes métodos contraceptivos que protegem de uma gravidez indesejada. A pílula é um dos métodos mais populares, mas existem outras opções como injeções, implantes ou o DIU.
Conhecer diferentes métodos é essencial para que cada mulher consiga escolher a melhor forma de anticoncepção para o seu organismo e estilo de vida.
Vejamos um pouco sobre cada um dos métodos contraceptivos mais populares e reversíveis, ou seja, que após o término do uso a mulher pode voltar a engravidar normalmente.
Pílula oral combinadaNomes comerciais: Ciclo 21®, Diane 35®, Yas®, Yasmin®, Qlaira®, entre outras.
São pílulas que possuem na sua composição dois hormônios, um estrógeno e um progestógeno. Atuam inibindo a ovulação, a mulher deixa de ovular, portanto não tem risco de engravidar se usar a pílula corretamente.
A pílula contraceptiva é um dos métodos contraceptivos mais populares. Apresentam alta eficácia se tomada de forma correta e sem esquecimentos.
Além disso, possuem algumas vantagens não relacionadas a contracepção, como:
- Reduzem cólicas menstruais e excesso de sangramento menstrual;
- Controlam sintomas da Síndrome dos Ovários Policísticos (acne, pelos faciais e corporais, oleosidade da pele);
- Diminuem o risco de câncer do endométrio, do ovário e da Doença Inflamatória Pélvica
No entanto, como a pílula requer que se tome comprimidos diariamente pode não ser o método mais indicado para mulheres que se esquecem facilmente de tomá-la.
Além disso, diarreia, vômitos e uso de medicamentos podem diminuir a eficácia da pílula, por isso nessas situações pode ser necessário usar outro método como a camisinha.
Outra desvantagem das pílulas hormonais é que causam efeitos colaterais que podem ser impeditivos ao seu uso, como alteração do sangramento menstrual, dor de cabeça, tonturas, inchaços ou náuseas.
Também é importante lembrar do risco de eventos tromboembólicos (tromboses) com o uso de pílulas e outros métodos hormonais, que embora raro podem atingir mulheres que fazem uso desse contraceptivo.
Pílula apenas de progestógenoNomes comerciais: Cerazzete®, Norestin®.
Estas pílulas contêm apenas um tipo de hormônio, o progestógeno, não contém o estrógeno presente nas pílulas combinadas. Também atuam inibindo a ovulação, mas também deixam o muco do colo do útero mais espesso, impedindo que o espermatozoide alcance o óvulo.
O principal diferencial é que podem ser usadas por mulheres que estão amamentando.
O esquecimento da pílula afeta substancialmente a sua eficácia, principalmente em pílulas com baixa quantidade de hormônios como o Norestin®.
Uma possível desvantagem é que a pílula de progestógeno pode causar irregularidade menstrual ou cessar a menstruação. Além disso, pode causar efeitos adversos para algumas mulheres como dores de cabeça, náuseas, inchaço, entre outros.
Anel VaginalNome comercial: Nuvaring®
Também é um método contraceptivo hormonal, consiste na colocação de uma estrutura em forma de anel na vagina, que contém hormônios (estrógeno e progestógeno).
O anel vaginal é um método contraceptivo eficaz e prático de ser usado, já que não requer a toma de comprimido diariamente. Basta colocar o anel na vagina que fica durante três semanas, ele é retirado por uma semana para vir a menstruação e depois coloca-se outro por mais três semanas.
É um método hormonal, portanto, apresenta os mesmo efeitos adversos que as pílulas hormonais. E ainda apresenta como desvantagem o custo, que é maior que algumas pílulas contraceptivas.
Adesivo anticoncepcionalNome comercial: Evra®
O adesivo é um método externo, é colado sobre a pele e libera hormônios continuamente, estrógeno e progesterona, durante uma semana. A cada semana troca-se o adesivo por outro. Na quarta semana interrompe-se o uso para que venha a menstruação. É assim, um método muito prático e eficaz.
Como os hormônios não passam pelo tubo digestivo a sua eficácia não é afetada por vômitos ou diarreia.
Um dos problemas dos adesivos é que são colocados em áreas muitas vezes visíveis, como nos braços, costas e barriga, o que pode ser indesejável para muitas mulheres.
Também pode desgrudar e ter a eficácia reduzida. Além disso, pode apresentar os mesmos efeitos colaterais que as pílulas hormonais.
Injeção hormonal combinada (mensal)Nomes comerciais: Mesigyna®, Noregyna®
A injeções contraceptivas mensais possuem estrógeno e progesterona. São aplicadas a cada 30 dias e da mesma forma que as pílulas orais inibem a ovulação, evitando a gravidez.
A principal vantagem da injeção hormonal mensal é a facilidade de uso, já que não requer a toma de comprimido diariamente.
No entanto, os efeitos adversos e contra-indicações são os mesmos da pílula hormonal combinada, já que as injeções mensais também são feitas dos mesmos dois hormônios.
Injeção apenas de progestógeno (trimestral)Nomes comerciais: Depo provera®, Contracep®
A injeção apenas de progestógeno é aplicada a cada três meses, contém apenas um hormônio que geralmente é a medroxiprogesterona.
A injeção trimestral é ainda mais prática de usar, visto que as injeções são aplicadas apenas a cada três meses.
Além disso, também podem ser usadas por mulheres que estão a amamentar.
Uma possível vantagem da injeção de progestógeno é a redução importante do fluxo menstrual ou mesmo ausência de menstruação em alguns casos.
Entretanto, uma das principais queixas em relação à pílula trimestral é o ganho de peso, que pode ocorrer em algumas mulheres, levando ao aumento de até cerca de 3 kg.
Implante hormonalNome comercial: Implanon®
O implante hormonal consiste na aplicação de um pequeno bastão contendo hormônios por baixo da pele. O estrógeno e a progesterona são liberados continuamente no decorrer de três anos.
Apresentam alta eficácia contraceptiva, e são muito práticos, já que durante 3 anos a mulher está protegida contra gravidez, por isso costuma ser um método muito indicado para adolescentes.
Embora tenha muitas vantagens, o implante hormonal pode causar irregularidade menstrual e sangramento de escape, sendo um impeditivo para muitas mulheres. Também podem apresentar efeitos adversos do uso de hormônios.
Dispositivo intrauterino de cobre (DIU de cobre)Este método consiste na inserção de um pequeno dispositivo em volta de T e coberto por cobre no útero.
O DIU de cobre é o método contraceptivo reversível de maior duração. Tem validade de 10 anos. Portanto, para mulheres que não planejam filhos a longo prazo é uma boa opção.
Também é importante destacar que é um método totalmente sem hormônios, indicado para mulheres que apresentam efeitos adversos a qualquer outro método hormonal como as pílulas ou injeções.
No entanto, o uso do DIU de cobre pode em algumas mulheres levar ao aumento do sangramento menstrual e cólicas menstruais.
Além disso, requer ser colocado por um médico ou enfermeiro capacitado
Dispositivo intrauterino de levonorgestrel (DIU hormonal)Nome comercial: Mirena®
O DIU de levonorgestrel é um dispositivo implantado também na cavidade uterina, atua liberando gradativamente pequenas quantidades do hormônio levonorgestrel, inibindo a fecundação. Também é um método de longa duração com validade de 5 anos.
Tem ação hormonal predominantemente local, o que diminui o risco de efeitos adversos decorrentes do uso de hormônios.
Pode causar redução importante de sangramento e cólicas menstruais, em alguns casos provocando a interrupção da menstruação o que pode ser vantajoso para algumas mulheres.
Uma desvantagem do DIU de levonorgestrel é que pode causar irregularidade menstrual ou sangramento de escape frequente.
Também é importante ressaltar que embora a quantidade de hormônios liberada no organismo seja pequena, algumas mulheres mais sensíveis podem sentir alguns sintomas relacionados ao levonorgestrel como dor de cabeça, náuseas, irritabilidade e alterações de humor.
Caso precise de ajuda para escolher o método contraceptivo para adequado consulte um médico de família ou ginecologista para melhor orientação.
Também pode ser do seu interesse:
É possível engravidar tendo implante contraceptivo?
Não quero engordar, qual pílula anticoncepcional tomar?
Parar o anticoncepcional no meio da cartela, tem problema?
Referências bibliográficas:
Planejamento Familiar UM MANUAL GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE. OMS.
Os remédios indicados para dor de barriga como Buscopan®, Luftal® e Floratil® ajudam a reduzir o movimento intestinais, acúmulo de gases e restabelecem a flora intestinal. Por este motivo, estes e outros medicamentos ajudam a aliviar a dor abdominal, cólicas e diarreia.
Entretanto, é importante que a causa da dor de barriga seja investigada para que o melhor tratamento seja indicado. Evite usar qualquer um destes medicamentos sem orientação médica.
1. Buscopan® (butilbrometo de escopolamina)Indicações: usado para o alívio rápido e prolongado de dores de barriga, cólicas e desconforto abdominal.
Contraindicações: Buscopan® é contraindicado em casos de fraqueza muscular grave (miastenia gravis), não funcionamento do intestino (íleo paralítico ou obstrutivo) estreitamento do aparelho digestivo, dilatação do intestino grosso (megacólon), intolerância a frutose e alergia a componentes presentes na fórmula.
Além disso, crianças com diarreia também não devem usar Buscopan®.
2. Luftal® (simeticona)Indicações: utilizado para reduzir o excesso de gases no aparelho digestivo. Quando os gases se acumulam no estômago e no intestino, provocam dor de barriga, cólicas, desconforto abdominal, aumento do volume do abdome.
Contraindicações: Não utilize Luftal® se você apresentar aumento do volume abdominal, cólicas intensas, dor de barriga que dura mais de 36 horas, massa palpável no abdome, suspeita de perfuração ou obstrução intestinal.
3. Floratil® (Saccharomyces boulardii)Indicações: Floratil® é usado para restaurar a flora intestinal e para o tratamento de diarreias de causas diversas.
Contraindicações: Alergia às substâncias da fórmula. Não há condições conhecidas que contraindiquem o uso da medicação.
4. Duspatalin® (cloridrato de mebeverina)Indicações: Indicado para o tratamento da dor de barriga, de espasmos abdominais, desconforto intestinal causados pela Síndrome do Intestino Irritável. Esta síndrome incluem sintomas com dores no estômago e câimbras, sensação de inchaço, presença de gases, diarreia, constipação ou combinação dos dois. Além disso, apresenta fezes redondas, endurecidas como nozes, ou em forma de fita.
Contraindicações: Duspatalin® é contraindicado para pessoas alérgicas aos componentes da fórmula.
5. Imosec® (cloridrato de loperamida)Indicações: Imosec® é indicado para diarreia aguda sem infecção e diarreia crônica associadas a doenças que provocam inflamação como a Doença de Crohn e retocolite ulcerativa (doença inflamatória que afeta o intestino).
Contraindicações: Imosec® é contraindicado em casos de diarreia com sangue ou acompanhada de febre, prisão de ventre, ou se você estiver com o abdome distendido. Deve ser utilizado exclusivamente por adultos. Não devendo, portanto, ser administrado para crianças. Pessoas com alergias aos componentes da fórmula também devem evitar o uso do medicamento.
6. Tiorfan® (racecadotrila)Indicações: Indicado para o tratamento de pessoas com diarreia aguda.
Contraindicações: Tiorfan® é contraindicado para pacientes com alergia aos componentes da fórmula e intolerância à lactose. É preciso procurar um médico de família ou clínico geral se você apresentar sangue nas fezes ou febre, diarreia persistente e vômitos prolongados ou incontrolados. Pessoas que têm problemas nos rins ou fígado não devem usar Tiorfan®.
Mulheres grávidas somente devem usar este medicamento sob orientação médica.
7. Maiorad®(cloridrato de tiropramida)Indicações: Maiorad® é indicado para diarreia aguda não infecciosa, diarreias crônicas associadas a doenças inflamatórias como Doença de Crohn e retocolite ulcerativa. É recomendado somente para adultos.
Contraindicações: Pessoas com dor abdominal e ausência de diarreia, com disenteria aguda caracterizada por sangue nas fezes e febre alta, com colite ulcerativa aguda e com enterocolite bacteriana.
Medicamentos como Imosec®, Tiorfan®, Maiorad® podem ser usados em casos de diarreias não associadas a infecções. Entretanto, em algumas situações estes medicamentos podem piorar o quadro de diarreia e somente devem ser usados sob prescrição médica.
Medidas caseiras para aliviar a dor de barriga Chá de erva-doceO chá das sementes de erva-doce (Foeniculum vulgare) ajuda aliviar a dor de barriga, especialmente, pela redução dos gases. Para fazer o chá coloque 1 colher de sopa de sementes de erva-doce em uma xícara de água fervente, tampe e deixe descansar de 10 a 15 minutos. Logo após, basta coar e ingerir o líquido morno. Beba de 2 a 3 vezes ao dia.
Chá de boldoAlém de amenizar a dor de barriga pela redução dos gases, o chá de boldo também alivia cólicas intestinais.
No preparo do chá você deve utilizar uma colher de chá de folhas secas de boldo. Pique as folhas e coloque em 150 ml de água fervente. Deixe descansar por 10 minutos. Após esse período de descanso, coe e tome o chá ainda morno de 3 a 3 vezes ao dia.
Associado a estes cuidados aumente a ingestão de água e alimente-se de forma leve e saudável dando preferência a alimentos como caldo de carne ou frango sem gordura, arroz, torradas e banana-maçã.
Quando devo buscar uma emergência?Se mesmo fazendo tratamento com algum destes medicamentos, é importante que você busque um serviço de emergência se começar a apresentar: sangue nas fezes ou febre, diarreia persistente e vômitos
Presença de sangue na fezes,
- Febre acima de 38oC,
- Diarreia que persiste por mais de 36 horas,
- Dor abdominal intensa acompanhada de vômitos.
Nestes casos, busque o serviço de emergência o mais rapidamente possível e não use nenhum medicamento sem orientação médica.
Para saber mais sobre dor de barriga, você pode ler:
O que é bom para dor de barriga?
O que é bom para parar a diarreia rapidamente?
Referências
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. Brasília: ANVISA, 2016.
FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.
As pomadas mais usadas são as pomadas com corticoides, as pomadas antialérgicas e aquelas com substâncias naturais, que acalmam a pele, como a cânfora e a calamina.
A pomada de corticoides têm uma resposta mais rápida e eficaz, mas não deve ser usada em grande quantidade ou por mais de 5 dias consecutivos, devido aos efeitos colaterais da medicação.
Por isso, quando são muitas picadas ou para pessoas que têm frequentemente esse problema, o recomendado é optar por pomadas antialérgicas ou naturais. No entanto, se houver sinais de infecção, como vermelhidão, calor local, dor ou secreção amarelada, a melhor opção são as pomadas com antibióticos.
Na dúvida, converse com o seu médico de família ou dermatologista.
Pomadas | Como usar |
Corticoide: Cutisone®, Topison®, Advantan®, Benevat®, Betaderm® e Betnovate® |
Aplicar pequena camada, uma a 2 vezes ao dia, por 5 dias. |
Antialérgico: Andontol®, Caladryl®, Polaramine®, Fenergan® |
Aplicar pequena camada, 2 a 3 vezes ao dia, por 5 a 7 dias. |
Naturais: Minancora® e Fisiogel® |
Aplicar pequena camada, 2 a 3 vezes ao dia, por 5 a 7 dias. |
Antibiótico: Bactroban®, Verutex®, Nadiclox®, (Mupirocina ou Ácido fusídico) |
Aplicar pequena camada, uma a 2 vezes ao dia, por 4 a 5 dias consecutivos. |
Outras substâncias antibióticas tópicas, a princípio, não são indicadas para feridas infectadas, devido o risco de aumentar a ferida.
O antibiótico, mesmo em pomada, precisa de receita controlada para compra, por isso se houver sinais de infecção, procure o quanto antes um médico de família ou dermatologista para avaliação e prescrição da receita.
O que fazer no caso de uma picada de inseto- Colocar gelo no local
- Limpar a ferida
- Aplicar pomada
Nunca aplicar pomada na mão de uma criança. A criança pode coçar os olhos ou levar a mão à boca enquanto espalha o produto e com isso apresentar sinais de intoxicação. Nenhuma pomada deve ser ingerida.
Qual remédio usar para picada de insetos?No caso de feridas grandes ou com coceira intensa, o tratamento pode incluir medicamentos orais, sendo os mais usados: Hixizine®, Polaramine®comprimido ou solução, Allegra® e Loratadina®.
Com evitar a picada de inseto?As medidas mais indicadas são o uso regular de: tela (mosquiteiro), repelentes e roupas adequadas quando estiver em ambientes ao ar livre, principalmente região tropical e estações do ano mais quentes.
Evitar o uso de desodorantes, perfumes e cremes perfumados e horários de maior atividade de insetos, como o nascer e o pôr do sol, também são medidas eficazes contra picadas.
Se mantiver placas, coceira ou sinal de infecção nas feridas (vermelhidão, dor ou secreção amarelada), procure rapidamente um serviço médico. A infecção é uma complicação das feridas de picadas de insetos, que deve ser tratada com antibióticos.
Saiba mais sobre esse tema nos artigos:
Picada de borrachudo é perigosa?
Como tratar uma picada de marimbondo?
Como devo tratar uma picada de aranha? Quais os sintomas e mordidas perigosas?
Percevejo: o que fazer em caso de picada e como prevenir?
Referência:
SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) - Departamento Científico de Dermatologia. Dez, 2016.
FIOCRUZ - Ministério da Saúde do Brasil.
A hérnia umbilical é uma protusão que ocorre na região do umbigo, formando uma saliência visível ou não. Ocorre quando partes de tecidos ou órgãos, como o intestino, passam pelas camadas de tecido que compõem a parede do abdômen.
Pode estar presente em crianças, desde o nascimento, sendo então chamada de hérnia congênita ou se desenvolver em adultos.
Quais os principais sintomas da hérnia do umbigo?Os principais sinais e sintomas da hérnia umbilical são:
-
Protuberância no umbigo, que pode aumentar ou diminuir de tamanho conforme os movimentos.
- Dor ou desconforto na região umbilical. A dor causada pela hérnia do umbigo pode ser intermitente, ou constante, piorar com movimentos ou esforços.
Também existem casos de hérnias que não causam nenhum sintoma ou desconforto específico.
Hérnia umbilicalEm situações em que ocorrem complicações alguns outros sintomas podem surgir, como:
- Dor súbita e intensa;
- Febre;
- Vermelhidão na pele, inchaço e endurecimento da pele;
- Constipação.
Existem duas principais complicações das hérnicas umbilicais: encarceramento e estrangulamento.
- Encarceramento: ocorre quando uma parte do intestino fica preso na cavidade da hérnia.
- Estrangulamento: ocorre quando o intestino encarcerado deixa de receber irrigação sanguínea.
As situações de suspeita de encarceramento ou estrangulamento precisam ser avaliadas imediatamente em um serviço de urgência.
Embora seja um quadro raro, o estrangulamento de uma hérnia é muito grave. Pode provocar a perda de suprimento sanguíneo no intestino, e a morte do tecido intestinal (necrose), fazendo com que ele se rompa e leve a proliferação de bactérias por toda a cavidade abdominal.
Se não tratado a tempo uma hérnia estrangulada pode inclusive ocasionar uma reação inflamatória grave, como a sepse, que se não tratada adequadamente pode evoluir para a morte.
O que causa hérnia no umbigo?Em crianças a hérnia ocorre por um defeito da parede abdominal que não fecha totalmente na região do umbigo. A criança já nasce com a hérnia, que pode fechar espontaneamente até os quatro a cinco anos. Se persistir por mais tempo é necessário o tratamento cirúrgico.
Já em adultos a formação da hérnia ocorre geralmente por enfraquecimento dos tecidos da parede abdominal. Sendo que alguns fatores que aumentam a pressão dentro do abdômen, podem contribuir para o aparecimento de hérnias no umbigo em adultos, como:
- Obesidade;
- Distensão abdominal;
- Ascite (barriga d'água);
- Gravidez;
- Cirurgia abdominal anterior.
O tratamento das hérnias umbilicais é através da realização de uma cirurgia.
A cirurgia da hérnia do umbigo repõe o conteúdo abdominal que saiu da cavidade abdominal para dentro e fecha o defeito na musculatura abdominal que provocou a hérnia.
Em casos de hérnias de grandes dimensões o cirurgião pode colocar uma tela que reforça as estruturas do abdômen e evita o retorno da hérnia.
A cirurgia está indicada sempre que ocorrer encarceramento ou estrangulamento das hérnias, nessas situações o tratamento cirúrgico deve ser realizado o mais rapidamente possível.
Quando a hérnia não apresenta complicações a cirurgia pode ser programada e ser feita no tempo mais oportuno para o paciente e cirurgião.
Hérnias umbilicais muito pequenas e assintomáticas podem não ser operadas, sendo necessário apenas o acompanhamento médico da sua progressão.
Em crianças a maioria das hérnias não precisa ser tratada cirurgicamente, já que regridem espontaneamente na maior parte dos casos até os 5 anos. Se não regredirem, a cirurgia também está indicada.
Para mais informações consulte um médico.
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Referências bibliográficas
Overview of abdominal wall hernias in adults. Uptodate.
Hérnia umbilical. BMJ Best Practice.
Não há estudos que comprovem que o uso da pílula do dia seguinte engorda. Portanto, a resposta é não. A pílula do dia seguinte não engorda.
Por ser administrada em dose única ou em duas doses, o primeiro comprimido nas primeiras 24 horas e o segundo, 48 horas após a relação sexual desprotegida, a pílula do dia seguinte é usada por um período muito curto de tempo para provocar o aumento do peso.
Entretanto, é possível que você se sinta inchada devido à dosagem alta de hormônio.
A pílula do dia seguinte pode causar sensação de inchaçoAs pílulas do dia seguinte com alta dose de progesterona podem provocar a retenção de líquidos no corpo e causar a sensação de inchaço ou mesmo de ganho de peso. No entanto, este é um efeito passageiro que cessa espontaneamente, sem precisar usar qualquer medicamento e não tem relação com o aumento do peso corporal.
Se você se sentir inchada, aumente a ingestão de água para ajudar o corpo a eliminar os líquidos acumulados pelo uso da pílula do dia seguinte.
Efeitos colaterais da pílula do dia seguinteGeralmente, a pílula do dia seguinte é bem tolerada pelo organismo. Algumas mulheres podem sentir alguns efeitos colaterais, dentre os quais os mais comuns são:
- Náuseas e/ou vômitos,
- Tontura,
- Cansaço,
- Dor de cabeça,
- Diarreia,
- Sangramento de escape e
- Aumento da sensibilidade dos seios.
Lembre-se que pílula do dia seguinte não deve ser utilizada como anticoncepcional de rotina e deve ser usada apenas uma vez a cada mês. Além disso, ela não protege contra infecções sexualmente transmissíveis, o que indica uso de camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais.
Converse com o seu médico de família ou ginecologista para escolherem juntos o método contraceptivo mais adequado.
Para saber mais sobre a pílula do dia seguinte, você pode ler:
Como tomar a pílula do dia seguinte?
Como saber se a pílula do dia seguinte funcionou?
Pílula do dia seguinte dose única pode falhar?
Sangramento após tomar pílula do dia seguinte é normal? Por que ocorre?
Referência:
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
O aumento da quantidade de sêmen e esperma pode ser feito com uso de um medicamento chamado Proviron® e/ou suplementos como zinco, vitamina C, cálcio e vitamina D. Tanto os medicamentos como os suplementos devem ser usados sob recomendação médica, de acordo com cada causa.
Além disso, algumas medidas simples como a prática de atividade física e hábitos alimentares saudáveis podem ser adotadas para aumentar a quantidade de sêmen.
1. Proviron®Proviron® (mesterolona) aumenta o número e melhora a qualidade dos espermatozoides e do sêmen, o que aumenta a fertilidade masculina. É apresentado em comprimidos de 25 mg e a forma de uso e a duração do tratamento devem ser determinados por um médico de família ou urologista.
2. Zinco e ácido fólicoO zinco e o ácido fólico podem amentar a concentração do sêmen, bem como a produção de espermatozoides.
A falta de zinco está associada a baixos níveis de testosterona, o que leva à má qualidade do sêmen e aumento da infertilidade masculina. Portanto, o uso de cápsulas de zinco pode aumentar a quantidade de sêmen.
O ácido fólico ou folato, igualmente colabora para a produção do sêmen e da sua qualidade.
3. Vitamina CO consumo de vitamina C aumenta a produção de testosterona, o que provoca o aumento da quantidade de sêmen e melhora a produção e o vigor dos espermatozoides.
4. Vitamina D e cálcioA deficiência de vitamina D e cálcio podem interferir na saúde do sêmen. Nestes casos, se recomenda suplementos de vitamina D e uma alimentação rica em cálcio como, por exemplo, brócolis, espinafre, queijo, leite e sardinha.
Tanto a vitamina D como o cálcio ajudam a aumentar a qualidade de esperma e a tratar a infertilidade masculina.
O que posso fazer para aumentar a quantidade de esperma?Alguns hábitos e medidas simples podem ajudar a quantidade de esperma e você pode realizá-las no seu dia a dia. Estas medidas incluem:
- Alimente-se com alimentos ricos em vitamina A, C, E, zinco e ômega 3: cenoura, manga, mamão, espinafre, brócolis, laranja, limão goiaba, salmão sardinha, abacate, atum e amendoim são alguns exemplos.
- Pratique atividade física,
- Evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas,
- Busque reduzir ou evitar as situações de estresse e
- Durma bem.
O volume de sêmen normal em uma ejaculação, deve ser igual ou superior a 1,5 ml. Já a quantidade de espermatozoides deve ser superior a 15 milhões/ml de esperma.
O exame capaz de detectar a quantidade de sêmen e espermatozoide é o espermograma.
Para saber mais sobre sêmen, você pode ler:
Como aumentar a quantidade de esperma?
Qual a causa provável de diminuição abrupta de esperma?
Ejaculo pouco esperma, pode dificultar ter filhos?
O homem pode ter o esperma fraco?
Quais as causas do esperma grosso e como resolver?
Referências
Bradley D Anawalt, et cols. Approach to the male with infertility. UpToDate: May 13, 2019.
Sociedade Brasileira de Urologia – SBU.
O esperma grosso ou sêmen grosso, pode acontecer quando o homem passa mais tempo sem ejacular, em casos de desidratação ou até em situações de ansiedade e estresse emocional, sem significar um problema.
Ao mesmo tempo, pode ser um primeiro sinal de uma doença, como uma infecção sexualmente transmissível, problemas hormonais e inflamação da próstata.
Por isso, se perceber mudanças na consistência do sêmen, especialmente se associada a mudança da cor ou do cheiro, procure um urologista para a avaliação.
1. DesidrataçãoO consumo de água é fundamental para a produção de quantidade e qualidade do esperma. Procure beber ao menos 1litro e meio de água a dois litros por dia. Se mesmo assim o esperma se mantiver muito grosso será preciso consultar um urologista.
2. Infecção sexualmente transmissívelAs doenças infecciosas transmitidas por via sexual, como a sífilis e a gonorreia, modificam a consistência do esperma, tornando-o mais grosso. Além da consistência, o sêmen pode se apresentar amarelado e com mau cheiro. O tratamento deve ser feito com antibióticos, para isso, procure um médico de família ou urologista, para fazer a devida prescrição.
3. Problemas hormonaisA redução de testosterona ou doenças da tireoide, podem interferir na produção do sêmen, levando a uma consistência mais grossa. O tratamento deve ser feito com medicamentos, e reposição hormonal, prescritos e acompanhados pelo endocrinologista.
4. ProstatiteUm processo inflamatório, como a prostatite, inflamação da próstata, tem como sintomas, mudanças das características do esperma, aumento da frequência da micção, dor e ardência ao urinar. Se suspeitar de prostatite, pode ser indicado tratamento com medicamentos, como os anti-inflamatórios e por vezes, uma biópsia da próstata. Procure o quanto antes um urologista para avaliação e tratamento.
5. Uso de anabolizantesO uso de anabolizantes tem como um dos efeitos adversos, interferir diretamente na produção de espermatozoides, modificando a quantidade e consistência do esperma. Essas mudanças estão também relacionados com muitos casos de infertilidade masculina. Não recorra a anabolizantes sem uma indicação médica precisa.
6. Hábitos de vida ruins (alcoolismo, tabagismo e sedentarismo)Os hábitos de vida ruins, especialmente o alcoolismo e o tabagismo, levam a menor produção de líquido seminal (sêmen) e da quantidade e qualidade dos espermatozoides. Procure adotar hábitos de vida saudáveis, alimente-se bem e beba bastante água. Se mesmo assim não houver melhora da consistência do esperma, será preciso uma maior investigação com o urologista.
7. Estresse emocionalSituações de estresse, ansiedade, sobrecarga e cansaço físico e mental, também promovem má qualidade de esperma. Para aliviar essa situação, procure um profissional da área de psicologia, para o devido tratamento. Quanto antes compreender a doença e adotar as medidas de tratamento, melhor a sua resposta e ainda evita outras complicações da doença.
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Referência:
Bradley D Anawalt, et cols. Approach to the male with infertility. UpToDate: May 13, 2019.
As principais causas de útero aumentado são: a adenomiose, a presença de miomas e tumores.
Entretanto, é importante saber que o útero pode variar de tamanho durante toda a vida da mulher, devido a condições normais. A gravidez e a menopausa, estão entre as alterações hormonais naturais do organismo da mulher, que leva ao aumento uterino.
Conheça neste artigo as doenças mais comuns que levam ao aumento do tamanho uterino e os seus sintomas. Para definir o melhor tratamento, o ginecologista precisa ser consultado.
AdenomioseA adenomiose uterina acontece quando o tecido que reveste a parede interna do útero (endométrio) cresce para dentro da musculatura uterina. Apesar de provocar o aumento do volume uterino, a adenomiose não evolui para o câncer.
Os sintomas da adenomiose incluem:
- Menstruação longa e de sangramento abundante,
- Cólicas menstruais intensas,
- Dor durante as relações sexuais,
- Dor pélvica,
- Sangramentos fora do período menstrual,
- Dificuldade de engravidar (em alguns casos)
Como tratar? O tratamento é feito com analgésicos para aliviar a dor e o uso de anticoncepcionais orais. Para o tratamento adequado e definitivo da adenomiose é preciso passar pela avaliação de um ginecologista. Nos casos mais graves, pode ser indicado a retirada do útero (histerectomia).
MiomaO mioma é um tumor benigno que pode ocorrer no útero e é formado, principalmente, por tecido muscular. Nem sempre causa sintomas, mas nos casos de mioma volumoso, pode apresentar:
- Sangramento menstrual mais longo e intenso que o habitual,
- Dor ou sensação de peso no baixo ventre durante, ou entre uma menstruação e outra,
- Vontade de urinar com maior frequência,
- Prisão de ventre,
- Aborto espontâneo e
- Sensação de inchaço na barriga.
Como tratar? Muitas vezes não tem indicação de tratamento, mas quando causam incômodos ou são muito grandes, são indicados analgésicos para aliviar os sintomas e hormônios para reduzir o tamanho dos miomas. Quando os miomas são muito grandes é indicado tratamento cirúrgico para a sua retirada. O ginecologista é o especialista indicado para avaliar o melhor tratamento, caso a caso.
Câncer de úteroO câncer de útero, inicialmente não causa sintomas. Com o seu desenvolvimento e resultar nos seguintes sintomas:
- Sangramento entre as menstruações,
- Menstruações irregulares e mais longas que o normal e
- Perda de peso.
Como tratar? O tratamento do câncer de útero consiste na retirada do tumor e em casos, mais graves, do próprio útero, tubas uterinas e/ou ovários. Em algumas situações é necessário também realizar quimioterapia ou radiologia.
Qual o tamanho normal do útero?Em uma mulher a adulta, o tamanho do útero pode variar entre 50 a 90 cm3 e pode ser medido durante a realização de ultrassonografia abdominal e transvaginal.
Se você perceber anormalidades como sangramento irregular, menstruações longas e dolorosas, do durante o ato sexual, sensação de pressão ou peso na região inferior do abdome, procure um ginecologista para definir a causa e definir o melhor tratamento.
Para saber mais sobre tamanho e aumento do útero, leia os seguintes textos:
- O que é hipertrofia uterina?
- Qual o tamanho normal do útero?
- Adenomiose tem cura? Qual o tratamento?
- Quem tem hipertrofia uterina pode engravidar?
Referências:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO
Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.
A dor de barriga na gravidez é um sintoma comum entre as gestantes, devido às mudanças hormonais desse período. Uma dessas mudanças é a lentificação do trânsito intestinal, o que facilita o acúmulo de gases, constipação e por vezes, diarreia.
O uso de vitaminas e suplementos nutricionais, utilizados para fortalecer a mãe e o bebê, podem desencadear náuseas e diarreia. Porém, são sintomas que não duram muito tempo e melhoram espontaneamente.
Já as dores de barriga associadas a febre, vômitos, sangramento ou mal-estar, sugerem uma infecção, por isso devem ser avaliadas pelo obstetra, ou num serviço de urgência, sem demora.
Causas de dor de barriga (tipo diarreia) na gravidez- Mudanças hormonais - Na gestação, as alterações hormonais são normais e por isso as alterações intestinais são esperadas, sem significar um problema de saúde.
- Infecção intestinal - Dor na barriga associada a fezes líquidas ou pastosas, cólica, mal-estar e febre. Na suspeita de infecção, procure imediatamente o seu obstetra, para tratar com antibióticos e evitar complicações.
- Uso de medicamentos - o uso de vitaminas, medicamentos ou suplementos na gestação podem ter como efeito colateral a diarreia, que dura um ou dois dias, sem mais sintomas.
- Aumento do fluxo de sangue no útero - A dor no pé da barriga que ocorre no início da gestação, é comum e está relacionada com o aumento do fluxo sanguíneo na região pélvica, para nutrir o bebê até o final da gestação.
- Aumento do volume uterino - Próximo do final da gestação, a dor pélvica pode ocorrer pelo aumento de tamanho do útero e do bebê. Ambas são modificações naturais do corpo da gestante, necessárias para dar continuidade à gestação.
- Infecção urinária - A dor vem associada a ardência ao urinar, com ou sem cheiro forte. A infecção urinária aumenta o risco de complicações graves como abortamento, por isso nesse caso entre em contato com o seu obstetra, o quanto antes.
- Excesso de gases - A dor localizada à direita da barriga, sem mais sintomas, geralmente ocorre pelo excesso de gases.
- Apendicite - Dor localizada na região inferior, direita da barriga, que só piora com o passar do tempo, associada a febre, rigidez abdominal, náuseas e vômitos. Trata-se de uma urgência médica. Na suspeita de apendicite, procure imediatamente o seu obstetra ou um serviço de emergência.
- Excesso de gases - Assim como a dor à direita, a dor à esquerda sem mais sintomas, tem maior relação com excesso de gases ou constipação.
A alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas, ajuda na digestão e evita o acúmulo excessivo dos gases.
Dor na parte de cima da barriga na gravidez- Azia, gastrite e refluxo gástrico - A dor localizada na parte superior da barriga e mais central, chamada de "boca do estômago", é frequente entre as grávidas, devido às mudanças hormonais, o aumento da produção do ácido gástrico e as mudanças anatômicas dessa fase, como a redução do estômago devido a compressão pelo tamanho do bebê, especialmente no último trimestre da gravidez.
Para aliviar os sintomas de azia e refluxo, a gestante deve se alimentar com mais frequência e em menor quantidade, manter uma boa hidratação para repor os líquidos que estão sendo perdidos e frituras, doces e alimentos gordurosos.
É normal ter dor na barriga na gravidez?Pode ser normal, desde que não venha associado a outros sintomas. Na dúvida, entre em contato com o obstetra e informe sobre os sintomas que surgiram.
Conheça mais sobre o assunto nos artigos abaixo:
Dor no estômago na gravidez é normal?
Referências:
G.C.F. et al. Gastrointestinal diseases during pregnancy: what does the gastroenterologist need to know?. Annals of Gastroenterology, 31(4): 385-394, 2018.
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO.
A principal causa de diarreia na gravidez, é a alteração hormonal natural desse período. Além disso, o aumento do tamanho do útero, mudanças na alimentação e uso de vitaminas, também podem causar a diarreia.
Nesse caso, é importante aumentar o consumo de água e manter uma boa alimentação, evitando frituras ou alimentos gordurosos. As mudanças costumam ser o suficiente para ajuste do trânsito intestinal.
Mas se a diarreia permanecer por mais de 2 dias ou apresentar outros sintomas, como febre, vômitos e dores abdominais, é preciso procurar o médico que a acompanha para uma avaliação mais cuidadosa.
Causas de diarreia na gravidez- Alterações hormonais,
- Aumento do útero, especialmente, do 7º ao 9º mês de gestação,
- Alimentação gordurosa,
- Intolerância alimentar,
- Gastroenterite e
- Medicamentos e suplementos.
A maior parte dos casos de diarreia na gravidez são solucionados com medidas simples que você pode adotar em casa:
1. Mantenha o repousoFazer repouso enquanto você estiver apresentando episódios de diarreia permitirá que o seu sistema imunológico funcione melhor para combatê-la.
2. Aumente a ingestão de águaBeba em torno de 2 litros de água ao dia enquanto a diarreia estiver presente. Você também pode ingerir suco, entretanto evite os industrializados, devido à presença de corantes e conservantes que podem deixar o seu intestino ainda mais sensível.
3. Mantenha uma alimentação equilibradaProcure alimentar-se de forma saudável, com alimentos de fácil digestão. Dê preferência a alimentos cozidos no dia e evite molhos ou condimentos. Procure comer carne magras, como frango e peixe, acompanhados de arroz branco, batatas, macarrão, legumes e ou verduras bem lavadas.
As frutas também podem ser consumidas, porém, sem casca e evitando as frutas secas. Banana e água de coco são boas escolhas, pois ajudam a repor o potássio e o sódio perdidos com a diarreia. Evite os alimentos fritos e gordurosos.
4. Beba soro caseiroO soro caseiro é uma receita caseira muito utilizada em casos de diarreias para prevenir e combater a desidratação. Para um litro de soro caseiro você pode seguir a seguinte receita:
- 1 litro de água fervida, filtrada ou mineral engarrafada,
- 1 colher se sopa cheia de açúcar (20 g) e
- 1 colher de café de sal (3,5g).
Mistures bem os ingredientes até que o açúcar e o sal se dissolvam completamente. Tome em pequenos goles, várias vezes durante todo o dia.
Devo procurar o médico de família ou obstetra quando:Procure atendimento se você sentir:
- Diarreia persistente que dura mais de 3 dias,
- Mais de 3 episódios de diarreia ao dia,
- Mas de 2 episódios de diarreia durante vários dias,
- Vômitos frequentes,
- Febre superior a 38 graus,
- Dor abdominal intensa,
- Presença de sangue nas fezes.
Estas situações podem levar a desidratação intensa que pode prejudicar você e o seu bebê, além de indicar um possível quadro de infecção. Por estes, motivos procure o mais rapidamente atendimento hospitalar.
Para saber mais sobre diarreia na gravidez, você pode ler:
Dor de estômago, vomitando e com diarreia, isso é sintoma de gravidez?
Muco nas fezes durante a gravidez é normal?
Referências
American Pregnancy Association.
G.C.F. et al. Gastrointestinal diseases during pregnancy: what does the gastroenterologist need to know?. Annals of Gastroenterology, 31(4): 385-394, 2018.
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO.
Os principais sintomas de trombose na perna ou Trombose Venosa Profunda (TVP), são a dor e o inchaço na perna comprometida.
A trombose é a presença de um coágulo de sangue (trombo), dentro de uma veia, que impede o fluxo normal naquela região. Essa obstrução causa além da dor e edema, vermelhidão e calor local.
A intensidade dos sintomas dependerá principalmente da veia atingida, do tamanho do coágulo e do grau de obstrução. Há também pessoas com trombose na perna que não apresentam nenhum sintoma.
1. DorA dor na perna afetada pela trombose tem início súbito e aumenta no decorrer do tempo. O mais comum é que a dor atinja uma das panturrilhas, direita ou esquerda, podendo ocorrer também no pé e tornozelo da mesma perna. Além disso, a perna fica bastante sensível ao toque e endurecida.
2. InchaçoO inchaço (edema) da perna também começa subitamente e, como a dor, vai aumentando com o passa do tempo. É possível perceber essa diferença, quando se compara uma perna com a outra.
3. Alteração da cor da peleA modificação na cor da pele é outro sintoma frequente. A perna obstruída se torna mais avermelhada, pela concentração do sangue, e na medida em que a doença avança, pode se tornar "azulada".
4. Mudança na temperatura da peleGeralmente, a perna com a obstrução se torna mais quente do que a perna saudável. Algumas pessoas queixam-se de queimação no membro.
Além destes sintomas principais, pode ocorrer endurecimento da pele e dilatação das veias que se tornam mais visíveis na perna com a trombose.
Quando devo me preocupar?Sempre que suspeitar de trombose na perna é preciso se preocupar e procurar imediatamente um atendimento médico. Principalmente nos casos de:
- Falta de ar ou dificuldade de respirar;
- Dor ou "aperto" no peito;
- Tosse sem motivo aparente.
São sintomas que sugerem embolia pulmonar, a complicação mais grave da TVP e pode ser fatal.
Quando o coágulo (trombo) se forma na perna, ele pode se soltar da parede da veia e viajar pela circulação sanguínea até os pulmões, causando a obstrução de uma veia pulmonar, chamada embolia pulmonar.
Na suspeita da doença não perca tempo, procure rapidamente um atendimento médico.
Para saber mais sobre trombose na perna, você pode ler:
- Quais os sintomas da trombose venosa profunda (TVP)? O que, como é diagnosticada e como é o tratamento?
- Trombose tem cura? Qual o tratamento?
- Quais as causas e os fatores de risco para a trombose venosa profunda (TVP)?
- Trombose venosa profunda tem cura? Qual o tratamento?
Referência:
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Trombose Venosa Profunda: diagnóstico e tratamento. SBACV, 2018.
Não. Uma infecção no sangue não se transforma em leucemia, entretanto, a leucemia aumenta o risco de infecções, porque a doença reduz a quantidade de anticorpos no organismo.
A leucemia é um tipo de câncer, que atinge a medula óssea, interferindo na sua função de produzir as células do sangue, as hemácias, plaquetas e os glóbulos brancos.
Os glóbulos brancos, por sua vez, são os responsáveis pela formação dos anticorpos. Com menos anticorpos, o organismo tem uma queda da imunidade e maior risco de infecções.
O que é infecção no sangue?A infecção no sangue é a presença de germes, na corrente sanguínea, que também recebe o nome de sepse ou septicemia.
Qualquer infecção no organismo, seja de pele, problemas dentários ou uma pneumonia, pode virar uma sepse, se o germe não for devidamente combatido. Para combater os germes, o corpo precisa produzir anticorpos, além de receber as medicações antibióticas.
Por isso, pessoas com a imunidade baixa, como acontece nos casos de leucemia, estão mais propensas a desenvolver infecções de repetição e infecções graves (sepse).
O contrário já não acontece. Uma infecção não é capaz de alterar a função da medula óssea, portanto não causa leucemia.
O que é leucemia?A leucemia é um tipo de câncer comum na população, especialmente em crianças, onde a medula produz menos glóbulos brancos, as células responsáveis pela nossa defesa do corpo. Com isso aumenta o risco de infecções.
A evolução da doença atinge também a produção de hemácias e plaquetas, levando ao quadro de anemia e sangramento espontâneo sem motivo aparente.
A causa da leucemia não está bem definida, porém, tem forte relação com a história familiar, quimioterapia, radioterapia, exposição agrotóxicos, entre outros.
A infecção no sangue, mesmo quando grave, ainda não foi relacionada a casos de leucemia.
Sintomas da leucemiaOs sintomas da leucemia variam um pouco de acordo com o tipo da doença, se aguda, crônica, linfocítica ou mielocítica, mas, em geral, incluem:
- Febre (sem causa aparente),
- Infecção de repetição,
- Anemia (palidez, cansaço, sonolência),
- Manchas roxas na pele,
- Episódios de sangramento espontâneo (sangramento gengival, manchas na pele, dificuldade de cicatrização).
Às vezes. Alguns casos podem ser curadas, enquanto outras apenas controladas. O tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea, cirurgia para remover o baço e terapias biológicas e direcionadas.
O médico hematologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar a leucemia.
Conheça ainda mais sobre esse tema nos artigos:
Referências:
Abrale - Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia.
INCA - Instituto Nacional do Câncer (Brasil).
Charles A Schiffer, et al.; Clinical manifestations, pathologic features, and diagnosis of acute myeloid leukemia. Aug 15, 2019.