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Quais os alimentos que causam gases? Conheça também os que não causam
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os alimentos que mais causam gases são aqueles que dão mais trabalho ao intestino para serem digeridos como as leguminosas (feijão, lentilha e grão-de-bico), carne de porco, alho, alho-poró e frutas ricas em açúcar como a banana e a pera.

Vale lembrar, que a alimentação é o principal fator para a formação de excesso de gases, porém não é a única causa. O sedentarismo e o consumo de bebidas gaseificadas também contribuem para esses sintomas.

Para diminuir a produção de gases intestinais é preciso equilibrar os alimentos ingeridos, e não eliminar alimentos da sua dieta, porque cada um desempenha um papel importante no funcionamento do nosso corpo.

Alimentos que aumentam a produção de gases

Os principais alimentos responsáveis pela produção de excesso de gases, que causam desconforto abdominal e mal-estar são:

  • Leguminosas: Feijão, lentilha, grão de bico, ervilha
  • Legumes: Repolho, couve-flor, brócolis, pepino, beterraba, pimentão-verde e cenoura
  • Alho, Alho-poró, Cebola
  • Carne de porco
  • Carboidratos: Arroz integral, batata, batata-doce
  • Leite e derivados
  • Ovos
  • Pipoca, Milho
  • Aveia, Farinha de trigo, mel
  • Frutas: Abacate, Maça, Pera, Manga, Cereja, Melancia, Banana e Uva.

Além dos alimentos citados, os adoçantes, refrigerantes, bebidas gaseificadas, café e cerveja também provocam formação de grande quantidade de gases intestinais. Evite o consumo excessivo dessas bebidas ou beber diariamente.

O amendoim, nozes e algumas sementes, pode causar gases apenas quando ingeridas em grandes quantidades, ou em pessoas que desenvolvam algum grau de alergia.

Alimentos que produzem menos gases

Alguns alimentos não causam formação de gases durante a digestão, pelo menos quando consumidos de forma adequada, sem excesso, são eles:

  • Alface
  • Tomate
  • Condimentos como hortelã, cominho, orégano, salsa e anis estrelado
  • Frutas: Abacaxi e mamão.
Como eliminar os gases?

A recomendação para evitar a produção aumentada de gases, e também na sua eliminação se baseia em:

Dieta balanceada

Os nutricionistas orientam que cada refeição tenha um pouco de cada nutriente, para ajudar na digestão e no bom funcionamento do organismo. Procurar comer um carboidrato, como o arroz, ou a batata; uma proteína, como as carnes ou tofu, legumes e verduras a vontade.

Evitar elementos gordurosos ou cozinhar com muito óleo, porque dificultam na digestão é uma das principais causas de formação exagerada de gases, visto que as bactérias precisam de muita fermentação para quebrar esses alimentos.

Prática de atividade física

Praticar atividades físicas regularmente, ajuda na digestão pela melhor circulação e aumento do metabolismo do corpo. A atividade deve ser praticada de 3 a 4 vezes por semana, pelo menos 30 minutos.

Massagem

A massagem circular na barriga é uma prática antiga, mas que funciona para os casos de cólicas e dor abdominal causada por excesso de gases, porque ajuda de forma mecânica na eliminação desses gases.

Deve ser feita em círculos, começando do lado inferior direito da barriga, empurrando com pressão leve em direção ao umbigo, e depois circulando a barriga até o canto inferior esquerdo da barriga, região onde se encontra a porção final do intestino.

Medicamentos

O medicamento só deve ser usado quando o desconforto é grane e as medidas não medicamentosas não mostraram resultado. O mais utilizado é o Luftal®. A dose e formas de uso devem ser definidas de acordo com cada caso, idade e peso. O médico de família poderá orientar.

Dicas gerais

Importante também procurar fazer as refeições em ambientes calmos, mastigar bastante a comida e evitar beber e conversar enquanto come.

Outra dica valiosa é aumentar o consumo de água. Beber um litro e meio a 2 litros de água por dia ajuda não só no processo de digestão, mas na hidratação, no funcionamento renal, sistema imunológico, entre outros.

O médico nutrólogo ou o nutricionista, podem orientar quanto a dieta balanceada para cada caso e esclarecer as demais dúvidas que possam surgir sobre o processo digestivo.

Leia também:

Excesso de gases: o que pode ser e como tratar?

Como aliviar os gases na gravidez?

Referências:

  • Diane Abraczinskas, MD. et al.; Overview of intestinal gas and bloating. UpTodate, Dec.6, 2018.
  • Arnold Wald, MD. et al.; Treatment of irritable bowel syndrome in adults. UpToDate. Oct 23, 2019.
12 dicas para aumentar a imunidade: alimentos e conselhos importantes
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A alimentação saudável e a prática de atividade física são as principais dicas para manter a imunidade íntegra e mais resistente a doenças e microorganismos.

Cuidar do sono, da nossa higiene pessoal e evitar o estresse e a ansiedade, também são medidas fundamentais para aumentar a imunidade.

1. Consuma frutas cítricas diariamente

As frutas cítricas são ricas em vitaminas, especialmente a vitamina C, com propriedades de manter a integridade das barreiras naturais do corpo e reduzir os radicais livres.

A laranja, morango, kiwi, mamão papaia e manga, são exemplos de frutas cítricas facilmente encontradas nos mercados, que podem ser consumidas inteiras, nos sucos, em sobremesas ou vitaminas.

Procure fazer uso de pelo menos uma fruta desse grupo por dia, na sua forma natural, para melhor disponibilidade dos seus micronutrientes. Evite o seu cozimento.

2. Coma peixe 3x por semana

Os ovos, carne, azeite, linhaça e peixes gordos como o salmão, robalo ou dourada, são alimentos que contém uma boa concentração de vitaminas D, E, ômega 3 e ômega 6. Substratos fundamentais para a produção de células de defesa.

Sendo assim, especialistas recomendam o consumo de peixe ou similares, pelo menos 3 vezes por semana. Sugerem também, a troca de óleo comum por azeite, no preparo das refeições.

3. Coma mais alimentos amarelos ou alaranjados

Os alimentos amarelos ou alaranjados, como a cenoura, abóbora, batata-doce e manga são uma excelente fonte de Vitamina A, que é a base do sistema imunológico. A vitamina participa especialmente da formação dos linfócitos T e B.

Outros alimentos ricos em Vitamina A, são: fígado, leite e gema de ovo.

4. Aumente o consumo de vitamina D

A vitamina D é mais um substrato essencial para a formação dos glóbulos brancos e não é incomum a deficiência dessa vitamina, especialmente nas mulheres de meia idade.

Os alimentos ricos em vitamina D são: óleo de peixe, óleo de fígado de bacalhau e gema de ovo.

Após o consumo do alimento, a exposição ao sol é fundamental para a absorção da vitamina, porque é a luz solar quem converte a vitamina ingerida, na sua forma ativa para o organismo.

5. Inclua inhame nas suas refeições

O inhame é uma raíz que tem a propriedade de fortalecer o sistema imunológico por ter boas quantidades de vitamina C e vitaminas do complexo B (como B1, B3, B5, B6 e B9).

Segundo a sociedade brasileira de nutrologia, o alimento deve ser bem lavado e cozido com a casca, para manter as suas propriedades, e após o cozimento ser incluído nas sopas ou como consumido como carboidrato, substituindo a batata ou o arroz.

Recomenda-se uma porção do alimento por dia, para ajudar a aumentar a imunidade.

6. Carnes e folhas verde-escuro não podem faltar

O consumo de carne vermelha e folhas verde-escuro são as principais fontes naturais de ferro, zinco, vitamina B6 e B12. Minerais e vitaminas essenciais para a formação de anticorpos e hemácias. A anemia é outra causa comum de queda da imunidade.

Por isso, é aconselhado o consumo diário de carne vermelha ou carne branca, couve, espinafre, brócolis, ervilha e tofu.

7. Experimente o iogurte natural nas receitas

Sabendo que 70% do nosso sistema imunológico se localiza na região do intestino, manter o bom funcionamento desse órgão ajuda a manter a imunidade ativa.

O iogurte natural é uma fonte de probióticos, que são bactérias reconhecidamente benéficas para o equilíbrio das funções do intestino. Outras fontes de probióticos são leites fermentados, queijos, cápsulas e sachês.

Procure usar uma dose pelo menos 3x por semana, podendo tomar puro, misturado a frutos secos ou em receitas de bolo.

8. Evite hábitos ruins

Hábitos ruins como consumir bebida alcoólica e fumar, prejudicam diferentes sistemas no nosso organismo e um deles é o sistema imunológico.

Não é fácil mudar hábitos de vida, principalmente aqueles que causam dependência química, entretanto na medicina já existem formas medicamentosa e não medicamentosas para auxiliar a esse tratamento e promover uma melhor qualidade de vida.

9. Pratique atividade física 4x por semana

A prática de atividade física aumenta a produção de linfócitos e células da defesa natural do organismo, independente de qual modalidade for escolhida.

Outro efeito observado pelo exercício físico, é a sensação de bem-estar, melhora da autoestima e da relação com o seu corpo. Auxiliando de forma indireta, na melhora da imunidade.

Atualmente, um dos pilares de tratamento para pessoas com imunidade baixa, é a prática de exercícios físicos, pelo menos 4x por semana, durante 30 minutos por dia. A atividade deve ser orientada por um profissional de saúde, adequada a cada caso, de acordo com as suas preferências e as suas limitações.

10. Durma bem pelo menos 6h por noite

Dormir bem é um grande aliado do nosso sistema imune. O sono ajuda a recuperar as fontes de energia do organismo, interfere diretamente na produção de células de defesa como os linfócitos T e na disposição física. O cansaço físico estimula o sedentarismo, que facilita ainda mais a queda da imunidade.

Algumas pessoas precisam de 6 horas de sono, outras, 8 a 9 horas, para a sua completa recuperação. Esse tempo deve ser respeitado.

Se perceber que tem um sono ruim, acorda sempre cansado, tem dificuldade de iniciar o seu dia ou apresenta sonolência durante o dia, procure o seu médico e informe os sintomas.

11. Cuide bem da sua higiene

O cuidado com a higiene é uma medida que há muitos anos vem sendo discutida, cada vez mais valorizada, por ser uma das medidas mais eficazes de evitar a propagação de doenças.

Lavar as mãos regularmente, várias vezes por dia, com água e sabão, sabonete ou gel desinfetante para as mãos à base de álcool é a principal. Outras medidas orientadas pelos órgãos de saúde são:

  • Evitar levar as mãos a boca e aos olhos
  • Tossir e espirrar para o braço ou para um lenço de papel
  • Manter as unhas limpas e bem aparadas
  • Manter distanciamento social sempre que apresentar sintomas de gripe/resfriado.
12. Divirta-se!

Procure uma atividade prazerosa, pelo menos duas vezes por semana, que seja uma atividade física que goste muito de praticar, dança, encontrar amigos, participar de eventos religiosos ou participar de uma ação social, por exemplo.

O importante é manter uma atividade que traga alegria, para ajudar no bem-estar a no estado emocional. Evite situações de estresse e ansiedade.

O bem-físico e psicológico, comprovadamente interferem no sistema imunológico.

Quanto tempo leva para recuperar a imunidade?

O tempo em média que levamos para recuperar a imunidade, vai depender do problema que causou essa deficiência. Por exemplo, a carência de uma vitamina, por dietas restritivas ou jejum prolongado, pode ser corrigido mais rapidamente, por volta de 7 a 15 dias, retornando a alimentação equilibrada.

No entanto, pessoas em tratamento quimioterápico por câncer, ou com doenças crônicas, autoimunes, em uso de medicamentos que diminuem a imunidade propositadamente, não tem uma estimativa de tempo para essa recuperação.

Nesses casos, a pessoa deverá realizar exames de sangue e acompanhar regularmente junto ao seu médico, até a equipe médica entenda que o organismo já recuperou de forma natural e suficiente a sua capacidade de produzir as células de defesa.

Saiba mais: Como saber se a nossa imunidade está baixa?

Fontes:

  • ABRAN. Associação Brasileira de Nutrologia.
  • Adrian F. Gombart. etal.; A Review of Micronutrients and the Immune System–Working in Harmony to Reduce the Risk of InfectionNutrients 2020, 12, 236.
  • Martinez-Estevez NS. et al.; Effects of zinc supplementation in the prevention of respiratory tract infections and diarrheal disease in Colombian children: A 12-month randomised controlled trial. Allergol Immunopathol (Madr). 2016 Jul-Aug;44(4):368-75.
  • Chang WH. et al.; Omega-3 and omega-6 fatty acid differentially impact cardiolipin remodeling in activated macrophage. Lipids Health Dis. 2018 Aug 28;17(1):201.
Doenças que causam cansaço, fraqueza e fadiga
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A sensação de cansaço, fraqueza e fadiga são sintomas comuns do dia a dia, que podem acontecer por um dia mais atarefado, por situações de estresse, mas também por questões de saúde como a anemia, problemas cardiológicos entre tantos outros.

Por isso, na presença de um desses sintomas, com duração de mais de 1 semana, ou que piorem progressivamente, recomendamos procurar um clínico geral ou médico da família para uma avaliação mais cuidadosa.

1. Anemia

A anemia é a diminuição dos glóbulos vermelhos do sangue (hemácias). Como são responsáveis por levar oxigênio às células do corpo, a doença causa sintomas de cansaço, mal-estar, falta de ar e fraqueza.

A alimentação inadequada é a causa mais frequente de anemia na nossa população, porém as doenças intestinais, presença de tumores e sangramento, também devem ser investigados.

Na suspeita de anemia procure um médico da família ou clínico para avaliação.

2. Pressão alta

A pressão alta pode ser silenciosa, ou apresentar sintomas como dores de cabeça, dor no peito, cansaço e fadiga, devido à má circulação do sangue pelo corpo.

Sendo a hipertensão a doença mais comum da população, a pressão deve ser sempre aferida e regularmente acompanhada por um cardiologista.

3. Insuficiência cardíaca

O coração aumentado ou com alguma deficiência de contração não é mais capaz de bombear o sangue de forma suficiente para oxigenar todos os tecidos. A oxigenação reduzida nos músculos causa uma adaptação do organismo, que reduz o seu metabolismo, dando a sensação de fraqueza e fadiga constantes.

Associado a esses sintomas, a insuficiência cardíaca costuma causar falta de ar, inchaço nas pernas e dor no peito.

4. Diabetes descompensado

No diabetes, tanto a glicose aumentada quanto muito baixa, causam sintomas de fadiga, fraqueza, cansaço, suor frio e, nos casos mais graves, desmaios e crise convulsiva.

Situações de jejum, estresse, infecções e até distúrbios do sono, podem alterar os níveis de açúcar no sangue, o que para os diabéticos podem ser bem perigoso.

Se for portador de diabetes e perceber esses sintomas com frequência, converse com seu médico endocrinologista, pode ser preciso algum ajuste na medicação ou orientações gerais.

5. Hipotireoidismo

A tireoide é responsável por produzir os hormônios reguladores do metabolismo do corpo. Os hormônios T3 e T4 coordenam o gasto e reserva de energia. Quando existe uma produção insuficiente dos hormônios, chamamos de hipotireoidismo.

O hipotireoidismo se apresenta com quadro de fraqueza, inchaços, lentidão, sonolência e importante diminuição dos reflexos. Pode ocorrer também o aumento do peso corporal.

6. Insônia

Os distúrbios de sono, principalmente a insônia, não permite que o organismo de recupere adequadamente por não permanecer o tempo necessário nas fases do sono. Para melhora desses sintomas, é importante procurar em neurologista, avaliar a causa da insônia e tratar esse problema.

As orientações de higiene do sono também auxiliam no tratamento do cansaço devido à insônia.

7. Fibromialgia

A fibromialgia é uma doença reumatológica que se caracteriza por dores musculares em diversos pontos do corpo, cansaço constante, fadiga, desânimo, insônia e sintomas depressivos. A dor crônica parece sugar as energias da pessoa portadora dessa doença.

A doença não tem cura, mas tem tratamento e com o devido acompanhamento, é possível controlar os sintomas e melhorar consideravelmente a qualidade de vida dessas pessoas.

O médico reumatologista ou neurologista, são responsáveis por tratar e acompanhar esses casos.

8. Doenças pulmonares

Algumas doenças pulmonares crônicas, como o enfisema pulmonar, asma grave e bronquites, reduzem a circulação de oxigênio no corpo, pela dificuldade de troca gasosa nos pulmões, gerando os sintomas de fadiga crônica, cansaço e falta de ar.

O tratamento para a melhora dessa troca pode ser feito com fisioterapia respiratória, atividade física orientada, medicamentos de longa duração e preventivos, como o corticoide nasal.

O médico pneumologista é o responsável por avaliar e conduzir esses casos da melhor forma possível.

9. Depressão

A depressão, ansiedade, Síndrome de Burnout e outros distúrbios psicológicos, são doenças que se caracterizam pelo quadro de cansaço constante, fraqueza, fadiga e dores no corpo. Todos os sintomas são decorrentes do desequilíbrio químico que ocorre no organismo.

Essas alterações podem inclusive desencadear outras alterações, como o aumento da pressão, aumento da glicose e contração muscular involuntária. Alterações que justificam esses sintomas.

O tratamento deve ser feito de forma individualizada, mas, em geral, deve associar medicamentos antidepressivos, com psicoterapia e atividades físicas prazerosas. O índice de cura de depressão é superior a 70%, portanto deve ser iniciado o quanto antes.

O médico psiquiatra é o responsável pelo diagnóstico e tratamento desses casos.

10. Câncer

O câncer é o crescimento desordenado de células de uma determinada região, que vão destruindo e consumindo parte desse tecido sadio, afetando as funções desse órgão. Essa invasão e destruição de tecidos, engloba os vasos sanguíneos, por isso é comum o sangramento ou anemia sem causa aparente, como primeiro sinal de um tumor.

São exemplos, os tumores de trato gastrointestinal, útero e linfomas ou leucemias.

Outras situações que causam fraqueza, cansaço e fadiga:

Existem muitas outras situações e doenças, menos comuns, que podem se ter como primeiro sintoma o cansaço, fraqueza ou a fadiga. Situações que só durante uma consulta e avaliação de exame físico, o médico poderá suspeitar. São exemplos:

  • Gravidez
  • Sedentarismo
  • Obesidade
  • Viroses
  • Esclerose múltipla
  • Esclerose lateral amiotrófica
  • Miopatias
  • Uso crônico de medicamentos

Para mais informações e esclarecimentos nesse assunto, converse com o seu médico de família ou clínico geral.

Leia também:

Referência

SBCM. Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

Cefaleia de tensão: como tratar a pressão na cabeça?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento da cefaleia de tensão ou cefaleia tensional pode ser feito com uso de analgésicos, massagens, técnicas de relaxamento e gestão do estresse.

A cefaleia de tensão é um tipo de dor de cabeça semelhante à sensação de pressão na cabeça ou de uma fita apertada em torno da cabeça. Na maior parte das vezes, é provocada por contrações musculares e/ou dor no pescoço e nos maxilares.

O que posso fazer quando estou tendo uma cefaleia tensional?

Se você está apresentando cefaleia de tensão, o tratamento inclui a utilização de medicamentos para dor, algumas técnicas de massagem e relaxamento e, às vezes, acompanhamento psicológico. Entretanto, é importante que você busque avaliação de um médico de família, clínico geral ou neurologista

1. Uso de medicamentos

Medicamentos analgésicos como o paracetamol podem ajudar a aliviar as cefaleias tensionais. Entretanto, é preciso ter em mente que o uso indiscriminado destes medicamentos repetidas vezes pode piorar as crises.

Por este motivo, procure um médico de família, clínico geral para que o seu caso seja avaliado e seja instituído o melhor tratamento.

2. Alongamento e massagem

Alongar a musculatura das costas, ombros e pescoço ajuda a relaxar a musculatura desta região e pode auxiliar a reduzir as dores causadas pela cefaleia de tensão.

Tomar um banho quente antes de efetuar alongamentos e massagens ajuda a soltar a musculatura e a tensão acumulada nos ombros e pescoço, além de facilitar a realização dos exercícios de alongamento.

3. Terapias psicológicas

É muito comum que as cefaleias tensionais sejam provocadas por estresse e preocupações excessivas. Um acompanhamento psicológico pode ajudar você a lidar com as situações estressantes e com as preocupações, o que acabará por minimizar os episódios de cefaleia tensional.

Primeiros sintomas de cefaleia de tensão

A cefaleia de tensão geralmente se inicia com dor leve ou em pressão na região da frente cabeça, ou em torno dos olhos que vai se espalhando por toda a cabeça. Deste modo, os sintomas mais comuns incluem:

  • Dor, sensação de pressão ou de peso na região frontal, nas laterais e no topo da cabeça
  • Dor que piora conforme o dia vai passando
  • Dores musculares, especialmente, nas regiões do pescoço, ombros e maxilares
  • Dificuldade de concentração
  • Sensação de cansaço
  • Dificuldade de adormecer e manter o sono
  • Irritabilidade

As cefaleias de tensão podem ser episódicas ou crônicas.

Cefaleias episódicas

As cefaleias de tensão são consideradas episódicas quando ocorrem menos de 15 dias por mês. A dor pode durar de 30 minutos a vários dias e se iniciam várias horas após a pessoa despertar e vai se agravando na medida em que o dia passa. Raramente a pessoa desperta do sono por causa da dor.

Cefaleias crônicas

As cefaleias tensionais crônicas ocorrem durante 15 dias ou mais ao mês. A dor de cabeça está quase sempre presente e sua intensidade varia ao longo do dia. Assim, há momentos do dia em que a dor está mais leve e momentos que se torna mais forte.

Como evitar que a cefaleia de tensão aconteça?

Alguns hábitos simples podem ajudar na prevenção da cefaleia tensional:

1. Pratique atividade física

A prática de atividade física ajuda a combater o estresse e a reduzir o acúmulo de tensão muscular na região dos ombros e do pescoço.

2. Adote uma alimentação saudável

Priorize alimentos leves como frutas, verduras, cereais integrais e carnes magras na sua alimentação. Evite bebidas com cafeína (refrigerantes e café), chocolate e alimentos com açúcar branco. Estes alimentos podem agravar a dor de cabeça.

3. Mantenha a regularidade do sono

Busque manter seu sono regular. Tente dormir o mais ou menos no mesmo horário todos os dias e prepare o seu quarto deixando-o escuro e silencioso. A privação de sono pode aumentar a intensidade e a frequência das dores de cabeça.

4. Evite o consumo de álcool e o tabagismo

A ingestão de álcool e o hábito de fumar podem piorar as dores de cabeça e por este motivo devem ser evitados.

Existe diferença entre cefaleia tensional e enxaqueca?

Sim. As cefaleias de tensão geralmente são de intensidade leve a moderada e não são acompanhadas de vômitos e náuseas. Além disso, a dor de cabeça tensional não piora com a realização de atividade física ou exposição à luz, sons e cheiros.

Ao contrário, as enxaquecas são caracterizadas por dores de cabeça de intensidade moderada a intensa, são acompanhadas por náuseas, vômitos e fotofobia (sensibilidade à luz). Atividade física, sons e cheiros podem agravar a dor.

Vejam também:

Referências bibliográficas:

Tension-type headache in adults: Pathophysiology, clinical features, and diagnosis. Uptodate. 2021

O que é o exame eletroneuromiografia (ENMG)? Que doenças detecta?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A eletroneuromiografia (ENMG) é um exame que avalia a função dos nervos e dos músculos, através de estímulos, que são registrados em gráficos. Depois são analisados pelo médico que emite um laudo final.

O exame é realizado pelo médico, em duas etapas. Uma analisa a condução nervosa e a outra a resposta e força dos músculos, em qualquer parte do corpo, sendo os mais comuns, braços, pernas e rosto.

Tipos de exames

ENMG de MMSS - Nome do exame que avalia os membros superiores, os braços. As indicações para pedir esse exame, mais comuns, são a dor e dormência nas mãos, fraqueza e atrofia dos músculos nos braços.

ENMG de MMII - Exame dos membros inferiores, ou seja, as pernas. As principais indicações são dor e dormências nas pernas, inchaço nos pés, dores na coluna, diminuição de força nos membros inferiores e atrofia desses músculos.

ENMG dos quatro membros - A avaliação dos quatro membros é um dos principais exames para avaliar a neuropatia diabética. Pacientes diabéticos de longa data que apresentam dormência e diminuição de força nos membros, costumam realizar esse exame.

Casos de dores no corpo, braços e pernas, também são uma indicação comum.

ENMG de face - O exame analisa os músculos do rosto. Geralmente solicitado para avaliar o grau de lesão em uma paralisia facial e as possibilidades de melhora da paralisia com o tratamento adequado.

A eletromiografia, pode ser pedida ainda em casos mais específicos, como avaliação do músculo diafragma, em pacientes graves internados em CTI com dificuldade de sair do respirador, respirar sozinho. Músculos do dorso, após traumas e acidentes automobilísticos, entre outros.

Quais as doenças encontradas no exame de ENMG?

O exame é indicado para confirmar as doenças neurológicas e musculares, principalmente:

  • Síndrome do túnel do carpo
  • Hérnia de disco
  • Neuropatias
  • Paralisia facial periférica
  • Miopatias (doenças do músculo)
  • Miastenia gravis
  • Esclerose lateral amiotrófica (ELA)
  • Doenças musculares de origem genética
Qual é o preparo para a realização do exame?

O principal cuidado para antes do exame, é não usar cremes ou produtos hidratantes na região que será examinada. Os cremes fazem uma barreira de proteção na pele, que atrapalha a avaliação da condução nervosa.

Não é necessário fazer jejum, ao contrário, é importante que se alimente para permanecer o tempo necessário no exame.

Importante ainda, informar ao médico e técnicos do exame, quando faz uso de medicamentos anticoagulantes. Dependendo da dose diária, pode ser preciso suspender a medicação ou reavaliar a necessidade desse exame, pelo pequeno risco de sangramento na etapa do estudo com eletrodo de agulha.

As demais orientações e cuidados antes do exame são determinados por cada serviço e equipe médica.

Aonde posso fazer o exame de ENMG?

O exame é disponibilizado no serviço público, através de um pedido médico, ou em clínicas particulares, com serviço de Neurofisiologia.

Quanto custa uma ENMG?

O exame está disponível no serviço público, gratuitamente.

Nos serviços particulares, os valores podem variar bastante, dependendo das cidades, do custo dos materiais utilizados em cada região, e procura.

Uma estimativa média é de R$ 200,00 (duzentos) a R$ 400,00 (quatrocentos) reais para o exame de dois membros (MMSS ou MMII) e R$ 500,00 (quinhentos) a R$ 1.000,00 (hum mil) reais para o exame dos quatro membros (MMSS e MMII).

O exame de face custa na faixa de R$ 200,00 (duzentos) a R$ 300,00 (trezentos) reais.

ENMG dói?

O exame causa um incômodo, especialmente na etapa em que é feito o estímulo com o eletrodo de agulha, porém para a maioria das pessoas, é totalmente tolerável.

A sensação de dor depende da sensibilidade de cada pessoa. De qualquer forma, o exame pode ser interrompido a qualquer momento, se for de desejo do paciente, portanto não deve se preocupar ou evitar o exame por esse motivo.

Como é feito o exame de ENMG?

O exame é realizado em duas etapas, uma que estuda a condução dos nervos, através de estímulos com pequenos choques, chamado eletroneurografia. A outra etapa que estuda os músculos, com a inserção de agulhas bem finas, na região a ser analisada, a eletromiografia.

Não existe uma regra para qual a primeira ou segunda etapa, é uma questão de preferência de cada médico.

Eletroneurografia:

Após a limpeza da região com solução antisséptica, são colocados eletrodos de adesivo na pele, em cima do músculo a ser avaliado, e com um aparelho estimulador, são emitidos choques de baixa intensidade, para avaliar a condução do impulso nervoso.

Eletroneurografia Eletromiografia:

Nessa etapa, é inserida uma agulha bem fina, específica para esse exame, no músculo a ser estudado e pedimos que faça um movimento. Esse movimento é registrado pelo eletrodo encontrado nessa agulha, possibilitando analisar a força e a resposta do músculo ao estímulo nervoso.

Ambas as respostas são captadas e enviadas para um computador, que transforma esses dados em gráficos. Os resultados são avaliados pelo médico.

Cabe ao neurofisiologista analisar todos os dados para definir o resultado.

Quanto tempo dura esse exame?

O exame leva em média 30 a 40 minutos para ser realizado, mas varia de acordo com o número de membros e músculos a serem estudados.

O médico que realiza o exame define essa necessidade de acordo com a queixa e com as respostas encontradas no decorrer do exame.

Existe alguma contraindicação para ENMG?

Sim. Pessoas que tem marcapasso, fazem uso de anticoagulantes ou tenha alguma doença de coagulação, devem passar por uma avaliação prévia com o médico que realiza o exame.

Para maiores informações, converse com o seu médico de família ou neurologista.

Tontura ao levantar ou acordar, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A tontura ao levantar ou acordar, está normalmente associada a alterações na circulação sanguínea cerebral. É comum nos casos de pressão alta (hipertensão), hipotensão ortostática, problemas no labirinto ou obstrução das artérias carótidas.

O uso crônico de medicamentos (calmantes), um quadro de anemia, distúrbios do sono e crises de ansiedade, também são situações que podem causar tontura ao se levantar.

Portanto, o sintoma pode ser um primeiro sinal de diferentes doenças e situações. Sendo assim, precisa ser investigado quanto antes por um médico de família, clínico geral ou neurologista para que o tratamento adequado seja efetuado.

1. Pressão alta

A pressão arterial alta (hipertensão) pode interferir na irrigação sanguínea cerebral ou do labirinto.

Nestes casos, é comum que a pessoa sinta tontura ao levantar ou mesmo a sensação de desequilíbrio. A pressão baixa pode levar ao mesmo quadro, por reduzir o volume de sangue que chega ao cérebro.

É considerada hipertensa pessoa que, a medir a pressão em repouso, apresenta valores iguais ou acima de 14 por 9 (140 mmHg X 90 mmHg).

Você pode verificar sua pressão com um medidor digital em casa ou se dirigir a uma farmácia. Se a pressão estiver elevada procure manter-se em repouso e busque um médico de família ou clínico geral, ou cardiologista para dar início ao seu tratamento e verificar a necessidade de uso de medicamentos anti-hipertensivos.

Se a pessoa já tem diagnóstico de pressão alta (hipertensão), é preciso reavaliar as doses dos medicamentos utilizados no seu tratamento. O médico de família, clínico geral ou cardiologista, deverão avaliar e ajustar as medicações, conforme a necessidade.

2. Hipotensão ortostática

A hipotensão ortostática ou postural é bastante comum em pessoas idosas e tem como sintomas: a tontura ao levantar ou acordar, sensação de desmaio, visão turva ou escurecimento da visão e confusão mental (pensamentos confusos).

A tontura acontece segundos ou minutos após a pessoa se levantar, principalmente depois de longo tempo deitada ou mesmo sentada. Ocorre devido a uma falha na regulação da pressão arterial que provoca queda de pressão e redução no volume de sangue que o coração bombeia para o cérebro.

Em casos mais graves, a pessoa pode sofrer quedas, síncope (desmaio) ou convulsões. Esforço físico e refeição "pesada", com alimentos gordurosos ou de difícil digestão, podem agravar os sintomas.

Se você sentir sintomas de hipotensão ortostática levante-se devagar e com cuidado. Dormir com a cabeceira da cama elevada pode aliviar os sintomas. Utilize travesseiros para elevar a cabeceira da cama.

3. Labirintite

A labirintite é uma doença inflamatória que acomete o labirinto, um dos órgãos responsáveis pelo nosso equilíbrio.

A tontura, que pode ocorrer quando a pessoa se levanta rapidamente, é o principal sintoma da doença. É descrita como perda de equilíbrio, como se a pessoa deixasse de sentir o chão e fosse cair.

Dor de cabeça, zumbido no ouvido, náuseas e dificuldade de fixar a visão ou ficar em pé com os olhos fechados são outros sinais que caracterizam a labirintite.

O tratamento depende da causa e da gravidade dos sintomas. Fazer repouso é importante para melhorar os sintomas.

Uma consulta médica para avaliar os sintomas e verificar a necessidade de medicação anti-inflamatória e fisioterapia podem ser eficazes. O médico de família, clínico geral, otorrinolaringologista ou neurologista são os profissionais indicados para o diagnóstico e tratamento da labirintite.

4. Obstrução de carótidas

As artérias carótidas se localizam uma de cada lado do pescoço e têm a função fundamental de levar sangue e oxigênio para o cérebro.

O entupimento de uma das carótidas por depósito de gordura (ateroma) ou coágulo, pode provocar a tontura ao levantar. A falta de irrigação cerebral é uma das principais causas de derrame cerebral (AVC - acidente vascular cerebral isquêmico).

Somente uma avaliação médica pode diagnosticar a obstrução de carótidas. O tratamento pode ser feito mediante o uso de medicamentos ou de procedimento cirúrgico. O médico mais indicado para tratar este tipo de obstrução é o cirurgião vascular.

O que fazer ao sentir tontura quando se levanta?

Se você já sentiu tontura ao levantar, adote os seguintes cuidados:

  • Levante-se lentamente e com cuidado;
  • Consuma bastante líquidos para ajudar a manter adequado o volume de sangue no organismo;
  • Pratique atividade física regularmente, se possível. Exercícios físicos regulares aumentam a tônus muscular das veias das pernas e diminuem o acúmulo de sangue nesta região, o que reduz a possibilidade de novos episódios de tontura ao levanta-se;
  • Evite o consumo de álcool.

Você pode adotar estas medidas em casa sem medo de contraindicações.

O aumento do consumo de sal também pode ser efetuado, entretanto, essa medida deve ser orientada pelo médico e pode ser contraindicada em pessoas que possuem doenças cardíacas.

Quando devo me preocupar?

Se ao levantar-se você sente tontura ou sensação de desmaio fique atento aos seguintes sintomas:

Dificuldade de andar, coordenação motora ou equilíbrio alterados

A dificuldade de andar, a falta de coordenação motora e a alterações no equilíbrio são sinais de comprometimento do sistema nervoso. Por este motivo são considerados sinais de alerta, e precisa de avaliação médica.

Sangue nas fezes

A presença de sangue nas fezes pode ser indicativo que hemorragia interna, que leva a anemia e aos sintomas de tontura frequente, é também uma causa da hipotensão ortostática.

Queda e desmaio

Pessoas que apresentaram queda ou desmaio após algum episódio de hipotensão ortostática devem buscar um médico imediatamente.

Estes três sintomas são sinais de alerta e indicam que você deve procurar o médico de família, neurologista ou clínico geral quanto antes.

O que preciso informar ao médico durante a consulta?

Para identificar a causa da tontura que você sente ao levantar ou acordar é efetuada uma avaliação com base nos sintomas, na história clínica e no exame físico.

É importante informar:

  • Há quanto tempo você está sentindo tontura ao levantar;
  • Se apresentou queda ou desmaio durante o episódio de tontura;
  • Se houve perda de sangue nas fezes;
  • Se é portador de algum distúrbio que pode provocar tontura como diabetes, câncer ou doença de Parkinson; e
  • Se faz uso de algum medicamento como os remédios para pressão.

Pode ser necessário a realização de exames como eletrocardiograma e exames de sangue.

Para um diagnóstico mais seguro, procure um médico de família, neurologista ou clínico geral.

Qual o tratamento da tontura?

O tratamento da tontura ao levantar ou acordar depende da sua causa e inclui mudanças no estilo de vida, medicamentos ou mesmo a suspensão, ou troca de algum remédio que pode estar provocando a tontura.

As mudanças de estilo de vida estão relacionadas a ações como a prática de atividade física regular e evitar o uso de álcool.

Nos caso de obstrução de carótidas pode ser necessário efetuar ultrassonografia com dopller de carótidas para avaliar o grau de obstrução e definir se o tratamento será medicamentoso ou cirúrgico,

Os medicamentos indicados, normalmente, têm o efeito de reter sal e água no organismo para que a pressão arterial se mantenha normal quando você levantar. Os anti-inflamatórios podem ajudar em alguns casos.

Se você sente tontura ao levantar, não utilize nenhum medicamento por conta própria. Busque orientação de um médico de família, neurologista ou clínico geral.

Leia mais: Sinto uma tontura constante. O que pode ser?

5 formas fáceis de tirar o catarro na garganta
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para acabar definitivamente com o catarro na garganta, é fundamental identificar e tratar a causa do problema.

Manter-se hidratado e interromper hábitos ruins como o tabagismo, também são medidas que ajudam a evitar a produção e a eliminar o catarro já existente.

Existem ainda outras formas que ajudam a acelerar a eliminação do catarro, como:

1. Beber mais água

Beber pelo menos 1 litro e meio de água por dia, ajuda na hidratação do corpo, tornando o catarro mais fluido e mais fácil de ser eliminado. Portanto, uma boa hidratação é o primeiro passo para acabar com o catarro.

2. Lavar as narinas com solução salina

O hábito de lavar as narinas, ajuda a manter a região hidratada e impede o acúmulo de secreção nas vias aéreas, incluindo a garganta.

A lavagem pode ser feita com:

  • Solução nasal própria - Aplicar um jato de spray em cada narina de 3x ao dia; ou
  • Soro fisiológico a 0,9% - Aplicar com uma seringa, 10 ml de soro em cada narina, 3x ao dia.

Lembrando de tomar cuidado com a temperatura do soro fisiológico, que deve ser ambiente e não gelado. Mantenha o soro fechado e em local arejado, não dentro da geladeira.

3. Usar umidificador de ambientes

Evitar lugares muito secos, como ambientes com ar condicionado, para não causar ressecamento da garganta e vias aéreas.

No entanto, se for inevitável permanecer em ambientes assim, coloque uma bacia de água próxima a você, ou faça uso de um umidificador de ar para evitar manter a via aérea hidratada.

4. Beber chá morno adoçado com mel

O chá morno adoçado com mel ou apenas uma colher de mel, é uma medida indicada por diversos estudos, para aliviar os sintomas de catarro na garganta, tosse ou resfriado comum. Indicado inclusive para crianças pequenas.¹ O mel pode ser considerado um agente terapêutico natural para vários fins medicinais.²

A mistura do chá morno com o mel, produz um efeito de amolecimento do catarro, facilitando mais uma vez, a sua eliminação³. As doses recomendadas são muito variadas, mas não parece ter grande diferença no resultado. Geralmente é utilizada apenas 1 colher de sopa de mel para cada xícara de 200 ml de chá.

5. Fazer gargarejos com água morna e sal

Segundo os médicos otorrinolaringologistas, o gargarejo com água morna e sal ajudam na eliminação do catarro e na limpeza da garganta.

A medida indicada é de 1 colher de sopa de sal em meio copo (100 ml) de água morna, e misturar bem. Fazer o gargarejo por 15 segundos e repetir até terminar a mistura.

Atenção com a temperatura da água, que não deve causar dor ou ardência na garganta.

O que pode causar catarro na garganta?

As causas mais comuns de catarro na garganta são a doença do refluxo gastroesofágico e síndrome do gotejamento pós-nasal, representada por rinites e sinusites crônicas.

Contudo, nos casos de catarro na garganta, associado a febre, tosse e dor no peito, procure um atendimento médico para descartar um quadro de infecção pulmonar ou outros problemas de saúde semelhantes.

O médico da família ou otorrinolaringologista são os médicos capazes de diagnosticar e tratar os problemas de catarro na garganta.

Saiba mais: faz mal a saúde engolir o catarro ocasionado por gripe?

Referência:

¹Treatment of the Common Cold. DeGeorge KC e cols. Am Fam Physician. 2019 Sep 1;100(5):281-289.

²Honey and Health: A Review of Recent Clinical Research. Saeed Samarghandian e cols. Pharmacognosy Res. 2017 Apr-Jun;9(2):121-127.

³Chronic rhinosinusitis: Management. Daniel L Hamilos, MD, Eric H Holbrook, MD e cols. Uptodate Nov 08, 2019.

Exame Toxicológico: como é feito, tempo de detecção, substâncias detectadas, ...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O exame toxicológico de larga janela de detecção, ou apenas exame toxicológico, é um exame que detecta a presença de substâncias tóxicas ou drogas numa amostra biológica como sangue, ou urina, portanto, é utilizado para verificar se a pessoa consumiu alguma dessas substâncias.

1. Como é efeito o exame toxicológico?

O exame toxicológico é feito através da coleta de uma amostra de tecido biológico que pode armazenar vestígios da substância consumida. Pode ser colhido fios de cabelo, pelos, raspado de unha, urina ou sangue.

Nos exames solicitados para obtenção de CNH do tipo C, D e E o processo de coleta é através do cabelo, geralmente cortam-se alguns fios de cabelo com uma tesoura. Portanto, nesse caso o exame é totalmente indolor.

2. Quais substâncias o exame toxicológico detecta?

Em geral, o exame toxicológico é capaz de detectar:

  • Cocaína e derivados (como a merla e o crack);
  • Ecstasy (MDMA, MDA, MDE);
  • Maconha e derivados (como Haxixe e o Skunk);
  • Anfetaminas;
  • Metanfetamina;
  • Heroína e outros opióides como morfina, codeína, hidrocodona, hidromorfina;
  • PCP (Fenciclidina)

Portanto, essas são as substâncias que quando detectadas podem levar o motorista a reprovar no processo de obtenção da CNH.

3. O que fazer se tomo medicamentos que são detectados pelo exame?

Algumas das substâncias detectadas pelo exame são usados como medicamentos, como é o caso da codeína, morfina e alguns tipos de anfetaminas. Por isso, caso faça uso de algum medicamento, solicite a prescrição médica com o médico responsável pelo tratamento quando for realizar o exame e apresente no laboratório.

4. Álcool e cigarro aparecem no exame toxicológico?

O consumo de álcool e de cigarro não aparecem no resultado do exame toxicológico.

5. Qual o tempo de detecção da droga pelo exame após o seu consumo?

O período no qual é possível detectar o uso de drogas após o seu consumo varia conforme o método do exame realizado.

Amostra de Sangue: 24 horas

Exames que utilizam amostras de sangue são aqueles que apresentam menor janela de detecção, ou seja, só consegue detectar o consumo de substância que ocorre de 24 horas até a realização do exame.

Amostra de Urina: 10 dias

O exame que utiliza urina como amostra consegue detectar o consumo de substâncias que ocorreu até 10 dias da realização do exame.

Amostra de Cabelo: 90 dias

Já exames que são realizados com amostras de cabelos podem detectar o consumo de substâncias que ocorreu nos últimos 90 dias.

Amostra de Pelos Corporais: 180 dias

O teste que pode detectar substâncias consumidas há mais tempo é aquele que utiliza pelos corporais, nessa situação é possível detectar o consumo de substâncias em 180 dias.

6. Qual a validade do exame toxicológico?

O exame toxicológico apresenta validade de 90 dias para uso no Detran.

Para mais informações sobre o exame toxicológico converse com um médico.

Coceira na pele pode ser dermatite atópica? Saiba os sintomas
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. A coceira na pele é sim um dos sintomas de dermatite atópica, também caracterizada pela presença de lesões avermelhadas que, às vezes, descamam.

A dermatite atópica é uma inflamação crônica das camadas superficiais da pele e é muito comum em pessoas com tendência a desenvolver alergias ou portadores de bronquite, asma e rinite.

Quais os sintomas da dermatite atópica?

Em geral, a dermatite atópica tem início quando a pessoa ainda é bebê, com menos de 4 meses de vida. Os sintomas incluem:

  • Surgimento de áreas vermelhas na pele;
  • Bolhas e/ou escoriações;
  • Coceira intensa na pele que piora com a transpiração;
  • Pele seca ou espessa devido ao ato de coçar e esfregar a pele repetidas vezes;
  • As lesões de pele aparecem em uma única área do corpo ou em alguns locais específicos: parte da frente do pescoço, mãos, braços, área anterior dos cotovelos e atrás dos joelhos, especialmente em crianças e adultos.

Nos bebês as áreas de vermelhidão no rosto se espalham para o couro cabeludo, pescoço, braços, mãos, pés e pernas. Grandes superfícies do corpo podem ser afetadas.

Marcas na pele provocadas pela coceira na dermatite atópica. O que posso fazer para aliviar a coceira?

Alguns cuidados com a pele são importantes para aliviar a coceira e evitar que as lesões provocadas pela dermatite atópica piorem. As recomendações são para:

  • Tomar banho apenas uma vez ao dia: muitos banhos durante o dia contribuem com o ressecamento da pele e pode piorar a coceira;
  • Utilizar sabonetes que promovam a hidratação da pele como, por exemplo, os sabonetes de aloe vera. Evite os sabonetes comuns;
  • Manter a pele hidratada por meio do uso de hidratantes ou vaselina após o contato com a água;
  • Secar o corpo, após o banho ou qualquer contato com a água, fazendo movimentos de pressão na pele. Evite esfregar a pele como normalmente fazemos, pois, o ato de esfregar pode piorar as lesões;
  • Sempre usar cremes hidratantes imediatamente após o banho, enquanto a pele estiver úmida;
  • Cuidar da sua saúde emocional. O estresse piora as manifestações da doença. Para isto, pratique atividade física, faça meditação e/ou desenvolva hábitos que proporcionam prazer.
Dermatite atópica tem cura?

Não. A dermatite atópica não tem cura. A doença torna-se mais leve por volta dos 5 anos, porém, na adolescência e na vida adulta as crises de alergia retornam.

Qual o tratamento da dermatite atópica?

Por não ter cura, o tratamento da dermatite atópica consiste em manter os cuidados com a pele, sobretudo controlar os fatores que desencadeiam as crises, com o objetivo de aliviar a coceira, minimizar e/ou melhorar as lesões.

Além dos cuidados com a pele, alguns medicamentos orais e locais como creme e unguentos de corticoides podem ser utilizados para aliviar a coceira. Os corticoides também podem ser administrados por via oral.

A fototerapia (exposição a luz ultravioleta) é uma outra modalidade de tratamento que pode ajudar a melhorar as lesões provocadas pela dermatite atópica.

Para definir o melhor tratamento é importante a avaliação das lesões e do histórico do paciente. Para isso, consulte um médico de família, clínico geral ou dermatologista.

Como a dermatite atópica é diagnosticada?

O diagnóstico de dermatite atópica é feito pela avaliação das características da lesão de pele e do histórico familiar do paciente.

É importante informar se você tem tendência a alergias ou se tem histórico de alergias na família. Testes na pele ou exames de sangue podem ser necessários.

O médico de família, clínico geral ou dermatologista são os profissionais mais indicados para diagnosticar dermatite atópica.

Leia mais

Referência

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Qual a frequência cardíaca normal por idade?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A frequência cardíaca normal na maioria das pessoas, varia entre 60 e 100 batimentos por minuto (bpm), porém esse valor pode oscilar de acordo com a idade, devido às necessidades e metabolismo.

Frequência cardíaca normal por idade

Os batimentos cardíacos se alteram de acordo com a idade, atividade que esteja praticando, situações de saúde e estilos de vida, no entanto, existe uma tabela que indica a variação considerada normal, segundo a faixa etária.

Tabela de batimentos cardíacos por idade:
Faixa etária mínima média máxima
Crianças 80 bpm 110 bpm 140 bpm
Adolescente 70 bpm 90 bpm 110 bpm
Adultos 60 bpm 80 bpm 100 bpm
Idosos 50 bpm 70 bpm 90 bpm
Frequência cardíaca normal em repouso

A frequência durante o repouso tende a ser mais baixa, porque exige menos trabalho do coração, a média estimada para cada faixa etária é de:

  • Criança - 80 a 90 bpm
  • Adolescente - 70 a 75 bpm
  • Adulto - 60 a 70 bpm
  • Idoso - 60 bpm
Atletas e praticante de atividade física regularmente

A frequência cardíaca normal em repouso para pessoas que praticam atividade física é mais baixa do que a média por idade, nesses casos a frequência de 50 bpm ou menos, é totalmente normal. Isso ocorre devido ao bom condicionamento do músculo cardíaco, que precisa de menos batimentos para exercer as suas funções. Com menos trabalho, o coração se mantém mais saudável por mais tempo.

Pessoas sedentárias

A frequência cardíaca de pessoas que não praticam atividades físicas, é mais alta, variando entre 90 a 100 bpm. O coração precisa bombear mais vezes para manter a circulação do sangue eficaz para o corpo. O sedentarismo é comprovadamente um fator de risco para as doenças cardíacas e vasculares, como o infarto do coração e o AVC.

Pessoas tabagistas

Na pessoa que fuma, a frequência cardíaca normal esperada também é mais elevada, se mantém entre 90 e 100 bpm, devido aos efeitos nocivos dos produtos que compõe o cigarro. O tabaco é uma das principais causas de arritmia cardíaca.

Frequência cardíaca normal durante uma atividade física

Durante uma atividade física, os músculos principalmente, precisam de maior volume de sangue para a oxigenação e seu bom funcionamento, por isso é natural e esperado, uma frequência mais elevada. Em média, os valores se distribuem da seguinte forma:

  • Criança - 130 a 140 bpm
  • Adolescente - 110 a 120 bpm
  • Adulto - 100 a 110 bpm
  • Idoso - 90 a 100 bpm
Qual é o valor máximo que a frequência cardíaca pode chegar?

A frequência máxima que pode chegar durante a atividade física, sem causar maiores preocupações, pode ser calculada por diferentes métodos, sendo o método de Astrand um dos mais utilizados.

O método se baseia em uma subtração simples: Para as mulheres, diminui o número 226 da idade, para os homens, são 220 menos a idade.

Por exemplo:

  • Mulher de 40 anos; 226-40 = 186.
    • 186 bpm é a frequência máxima para essa mulher durante uma atividade física.
  • Homem de 40 anos; 220–40 = 180.
    • 180 bpm é frequência máxima para esse homem durante uma atividade física.

Sabendo que essa é apenas uma média de valores. Esse método não deve ser usado em todas as pessoas, por exemplo, uma pessoa cardiopata não poderá atingir uma frequência tão elevada, apenas por ter 40 anos. Com certeza a sua avaliação dependerá de diferentes análises e critérios, e não apenas um número universal como o utilizado nesse caso.

Especialmente para pessoas com doenças crônicas, cardiopatas, tabagistas ou acima de 50 anos de idade, o mais recomendado é que a sua frequência cardíaca máxima seja definida por um cardiologista, durante uma consulta médica.

Em caso de falta de ar, tontura, mal-estar ou sensação de fraqueza durante uma atividade física, pare imediatamente o exercício e procure ajuda.

Se for preciso reavalie a intensidade do seu treino com um especialista, o médico do esporte.

Como medir a frequência cardíaca?

Os batimentos podem ser medidos manualmente, ou por aparelhos eletrônicos, cada vez mais confiáveis.

Com exceção de pessoas com arritmia cardíaca, que devem ser avaliadas manualmente. Isso porque podem haver variação no ritmo do coração, alterando a frequência, e os aparelhos não são capazes de detectar essas situações.

Medir a frequência manualmente

Importante que esteja o mais relaxado possível, para palpar o seu pulso de forma correta. Coloque as pontas de dois dedos, de maneira leve, mas que consiga sentir bem a pulsação em cima de uma das artérias. Separe um relógio e deixe marcando um minuto. Durante um minuto inteiro, conte quantas vezes a artéria pulsa.

Pulso radial

Contar durante 30 segundos e multiplicar por dois não é tão confiável, especialmente nos casos de ritmo cardíaco irregular. Por isso o recomendado é sempre contar durante um minuto inteiro.

Medir a frequência por aparelhos eletrônicos

Medir através de aparelhos sem dúvida é uma maneira mais simples, rápida e amplamente utilizada. Pode ser usada, apenas com o cuidado em pessoas portadoras de arritmia cardíaca.

Para maiores esclarecimentos, converse com o seu médico da família ou o especialista, nesse caso o cardiologista.

Leia também:

Referência:

Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Forma rápida e eficaz para tratar o furúnculo em casa
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O furúnculo é uma infecção de pele, que atinge o folículo piloso e a glândula sebácea associada, provocando a formação de pus e de uma área inflamada ao redor.

Grande parte dos furúnculos não exige um tratamento médico específico e pode ser resolvido em casa com algumas medidas simples.

1. Aplicar compressa quente

O tratamento do furúnculo em casa consiste principalmente na aplicação de compressas de água quente na região inflamada, assim se diminui a inflamação e melhora o furúnculo mais rapidamente.

  1. Deve-se preparar a compressa, molhando um pano limpo em água quente. Deve-se estar atento a temperatura da água para que não sejam provocadas queimaduras, principalmente em crianças.
  2. Depois pode-se pousar o pano úmido na região afetada e segurar a compressa por 10 a 15 minutos.
  3. O procedimento deve ser repetido 3 a 4 vezes ao dia, até a rutura da bolha de pus e resolução do quadro.
2. Limpar a área afetada

Mantenha a área afetada pelo furúnculo sempre muito limpa, lave frequentemente com água e sabão. Após a rutura, pode ser feito um curativo com gaze para manter a região coberta.

3. Não espremer ou furar

Não se deve furar ou espremer o furúnculo, pois aumenta o risco de contaminação. A sua rutura irá ocorrer espontaneamente com o tratamento.

4. Uso de medicamentos

Para ajudar no alívio dos sintomas de dor, vermelhidão e inchaço remédios como analgésicos ou anti-inflamatórios podem ser utilizados por um curto período.

Quando devo procurar um médico?

Deve-se procurar um médico para uma avaliação, quando:

  • O furúnculo não melhorar após 2 semanas de tratamento em casa;
  • O furúnculo aparecer na região do rosto, nariz ou perto dos olhos;
  • Quando apresentar também febre, mal-estar ou outros sintomas;
  • Quando o furúnculo apresentar grandes dimensões;
  • Quando apresentar uma grande quantidade de furúnculos ou tiver episódios repetidos.

Casos mais complicados de furúnculo podem exigir um tratamento médico com o uso de medicamentos antibióticos, que combatem as bactérias causadoras da infecção, ou drenagem do pus a ser feita pelo médico.

Para mais informações consulte um dermatologista ou médico de família.

Quantos dias depois da menstruação posso engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para mulheres com ciclos menstruais de 28 dias, é possível engravidar cerca de 10 dias depois do 1º dia de menstruação.

O dia com a maior probabilidade de engravidar é o dia do meio do ciclo, por isso para os ciclos de 28 dias, será o 14º (quatorze dias depois da menstruação), sabendo que 3 dias antes e 3 dias após a ovulação, também existe a chance da gravidez.

Para mulheres com ciclo mais curto ou mais longo, basta calcular o dia do meio do ciclo. A mulher só pode engravidar durante um período curto de 5 a 6 dias por mês, chamado período fértil. O período da ovulação, em que a mulher libera um óvulo para a trompa.

Quando é o meu período fértil?

O período fértil é o meio do ciclo menstrual da mulher, como a maioria tem um ciclo de 28 dias, e sabendo que o período fértil começa 3 dias antes e termina 3 dias depois do dia da ovulação, o período fica compreendido entre o 11º e o 17º dia do ciclo. Lembrando que o primeiro dia do ciclo é o primeiro dia de sangramento, na menstruação.

Mulheres que tem o ciclo de 21 dias, tem como início do período fértil, o 7º dia, com o dia 10 ou 11 mais fértil, até o 14º dia. Possivelmente quando acontece a liberação do óvulo em uma das trompas.

Portanto, esse período varia de acordo com o número de dias de ciclo de cada mulher, com situações de estresse emocional, virose, problemas hormonais, entre outros. Não é simples identificar exatamente esse período.

Para evitar a gravidez é preciso fazer uso regular de contraceptivos. E para os casais que tentam engravidar, recomenda-se relação entre o 7º e 20º dias do ciclo menstrual.

É possível engravidar menstruada?

É improvável, mas pode acontecer, nos casos de ciclos menstruais muito curtos, onde o período fértil se aproxima do final da menstruação.

Durante a menstruação a camada do útero está descamando, essa é a origem do sangramento, portanto, mesmo que haja um descontrole e liberação precoce do óvulo, não é possível que consiga se implantar no útero. Porém, se o ciclo for curto, e o sangramento prolongado, como 7 dias, a relação nos últimos dias pode permitir a gravidez, já que o espermatozoide pode sobreviver até 5 dias dentro do organismo da mulher.

Além disso, é importante ter certeza de que está dentro do período menstrual, já que outros problemas na saúde da mulher podem causar sangramento, como pólipos no útero ou miomas. Nesses casos, a menstruação, a ovulação e fecundação podem ocorrer naturalmente, possibilitando a gravidez.

Posso engravidar 1 dia depois da menstruação?

Raramente. O ciclo menstrual pode variar entra as mulheres, sendo uns mais curtos, mais longos ou irregulares, o que prejudica definir o risco de gravidez, apenas pelo sangramento.

Mulheres que tem um sangramento muito longo, podem terminar a menstruação já próximo da ovulação, principalmente se tiver um ciclo menstrual curto, de 20 a 22 dias, por exemplo.

Não é o habitual. Habitualmente, até 5 dias após a menstruação, a chance de engravidar é quase nenhuma. Mas por todos os motivos e variações hormonais possíveis entre as mulheres, o método de contracepção pela "tabelinha", é o método menos confiável.

Saiba mais em:

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.