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Pode-se estar grávida sem sintoma algum, só atraso menstrual?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. É possível estar grávida sem sintoma algum, apenas atraso menstrual. Os primeiros sintomas de gravidez começam a surgir a partir da ou 6ª semana de gestação. Portanto, antes disso, a mulher não apresenta nenhum sintoma da gravidez.

Vale lembrar que atrasos menstruais de 7 ou 8 dias são bastante frequentes e muitas vezes não são sinal de gravidez. Para suspeitar de gravidez, a menstruação deve estar atrasada pelo menos 15 dias, que é o seu caso (22 dias).

Contudo, se a mulher tiver o ciclo menstrual bem regular, 5 dias de atraso da menstruação já podem ser suficientes para se desconfiar de gravidez.

Quais são os primeiros sintomas de gravidez?

Em geral, o primeiro sintoma da gravidez é a ausência de menstruação ou atraso menstrual detectado quando a menstruação não vem no período esperado. Durante o período em que a menstruação não vem, podem ocorrer pequenos sangramentos, porém diferentes do sangramento normal da menstruação.

Após esse sintoma, outros podem ser percebidos no início da gestação, como: náuseas, vômitos, aumento da sensibilidade nas mamas, aumento da frequência urinária e cansaço.

Esses sintomas de gravidez aparecem a partir da 5ª ou 6ª semana de gestação, ou seja, aproximadamente entre 7 a 14 dias após o dia esperado de vir a menstruação.

Algumas mulheres podem não sentir sintoma algum mesmo após esse período.

Outros sintomas menos frequentes também podem estar presentes no início da gravidez, como cólicas e sangramentos, sobretudo quando ocorre a implantação do óvulo fecundado no útero.

Também pode haver desejo por determinados alimentos, sonolência durante o dia e alterações no paladar e no olfato.

Os enjoos geralmente começam a surgir no 1º ou 2º mês de gravidez e nem todas as gestantes apresentam esse sintoma. Porém, algumas mulheres podem ter enjoos e vômitos logo no início da gestação.

Conforme a gravidez evolui, outros sinais e sintomas vão aparecendo, como inchaço abdominal, constipação intestinal, azia, desconforto na região inferior do abdômen, alterações de humor, falta de ar e tonturas.

Atraso menstrual é sempre sinal de gravidez?

Não, o atraso menstrual nem sempre é sinal de gravidez. Existem diversas causas para o atraso da menstruação, como ansiedade, estresse, suspensão do uso da pílula anticoncepcional, emagrecer ou engordar muito em pouco tempo, obesidade, magreza extrema, anorexia, hipo ou hipertireoidismo, síndrome dos ovários policísticos e menopausa.

Existem ainda outras condições que podem atrasar a menstruação, como doenças, infecções, uso de certos medicamentos e excesso de exercício físico.

Por isso, no caso de atraso menstrual, procure um serviço de saúde para uma avaliação ou detecção de gravidez.

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O que é adenocarcinoma?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O adenocarcinoma é um tumor maligno, que deriva de células glandulares epiteliais secretoras. Este é um tumor que pode afetar vários órgãos do corpo humano: pulmões, intestinos, pâncreas, fígado, colo do útero, mama, esôfago, estômago, próstata, vesícula biliar.

Os adenocarcinomas são, normalmente, um tipo de câncer de agressividade elevada. A remoção cirúrgica é também bastante difícil, e por esse motivo o prognóstico costuma ser desfavorável.

Não se conhece precisamente as causas dos adenocarcinomas, mas antecedente familiar de câncer, idade avançada, tabagismo (no caso do câncer de pulmão especialmente), reposição hormonal (no caso de câncer de mama especialmente), qualidade da alimentação (no caso de câncer do trato gastrointestinal) são causas associadas ao surgimento de adenocarcinomas.

Os sintomas dos adenocarcinomas vão depender muito do órgão que eles estiverem comprimindo ou afetando com sua presença. Dependendo da localização, pode passar muito tempo antes que os adenocarcinomas podem evoluir comecem a provocar sintomas. Visto que os adenocarcinomas podem afetar muitos órgãos diferentes, os sintomas variam muito:

  • tosse com sangue, falta de ar, dor no tórax, perda de peso: associados ao adenocarcinoma de pulmão;

  • sangramento misturado nas fezes, anemia, dor abdominal, mudança no diâmetro nas fezes ou alteração do hábito intestinal (alternância constipação e diarréia): associado ao adenocarcinoma de cólon;

  • sangramento vaginal, dor nas relações sexuais, corrimento vaginal escuro e mal cheiroso: associados ao adenocarcinoma de colo de útero;

  • dor no abdome, icterícia e perda de peso: associados ao adenocarcinoma de pâncreas;

  • perda de apetite e de peso, enjôos e sensação de estômago cheio, intolerância a carnes e outros alimentos de digestão mais lenta, anemia: associados ao adenocarcinoma de estômago;

  • nódulo na mama, caroços na axila, saída de secreção espontaneamente pelo mamilo, associados ao adenocarcinoma de mama.

O diagnóstico pode ser feito por exames de imagem, como raio-x e tomografias, e, se possível, deve ser feita biópsia para diagnóstico histológico (que dividirá o câncer em pouco, moderadamente ou bem diferenciado). De maneira geral, os adenocarcinomas bem diferenciados tem melhor prognóstico e aqueles pouco diferenciados tem pior prognóstico. Quando descoberto, requer tratamento imediato, porque os adenocarcinomas são de rápida progressão e tendem a dar metástases com facilidade, permitindo ao câncer espalhar-se para outros órgãos que não o original.

O tratamento do adenocarcinoma inclui a remoção cirúrgica do tumor e cuidados com as possíveis complicações que ele tenha causado. Se o diagnóstico for tardio, a cirurgia pode não ser possível, restando o tratamento com quimioterapia e/ou radioterapia, que pode ser complementar mesmo se for possível a remoção cirúrgica.

Se descoberto no início, dependendo do órgão acometido e do grau de diferenciação do tumor, pode haver cura, contudo, só se pode considerar cura após seguimento clínico e radiológico por no mínimo cinco anos.

O médico que conduzirá o diagnóstico e o tratamento depende do sítio acometido, sendo que, na necessidade de quimioterapia, será o oncologista clínico que a prescreverá. No caso de tumores na mama, colo do útero e vagina, deve-se procurar um ginecologista; se pulmonar, pneumologista; se no trato gastrointestinal, gastrocirurgião ou proctologista.

Dependendo do estado do paciente e das complicações em virtude do próprio tumor ou do tratamento, deve ser procurado um pronto atendimento.

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Corrimento marrom pode ser gravidez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Sim. O corrimento marrom, associado a menstruação atrasada, pode ser um sinal de gravidez. Isso ocorre porque no momento em que o embrião se implanta na parede interna do útero, pode romper alguns pequenos vasos, causando um sangramento, chamado sangramento de nidação.

O sangramento de nidação tem como características principais: pequeno volume, quase imperceptível em algumas mulheres, de coloração amarronzada ou rosada, com duração de no máximo 2 a 3 dias.

Um corrimento marrom volumoso ou com duração maior que 3 dias não deve ter relação com a gravidez. Nesse caso devem ser pesquisadas outras causas como: sangramento de escape, infecções ou tumores. Para identificar a causa correta e tratamento, procure um ginecologista.

Como confirmar a gravidez?

Para confirmar ou descartar uma gravidez, basta realizar o teste de farmácia e/ou teste de sangue com a dosagem do hormônio Beta HCG, de preferência após 7 dias de atraso menstrual.

Esses são os primeiros exames que apontam para a gravidez. Depois é importante avaliar o local aonde o embrião foi implantado e a possibilidade da gravidez evoluir satisfatoriamente, com a ultrassonografia e demais avaliações médicas.

Causas de corrimento marrom

Existem diversas outras causas para o aparecimento de um corrimento marrom na mulher. As mais comuns são:

  • Uso de anticoncepcionais (sangramento de escape),
  • Infecção urinária,
  • Candidíase,
  • Vaginose bacteriana,
  • Doença sexualmente transmissível,
  • Traumas,
  • Aborto e o
  • Câncer.

Com a avaliação das queixas e exame clínico, é provável que o médico defina as possibilidades para esse corrimento.

Corrimento marrom na gravidez

No caso de gravidez, além da sangramento de nidação, existem outros sintomas, como o atraso menstrual, enjoo pela manhã, maior sensibilidade nas mamas e sonolência. No exame clínico, o ginecologista é capaz de observar outros sinais como amolecimento do colo do útero e coloração da vulva alterada.

Entretanto, até 30% das grávidas podem ter algum tipo de sangramento no início da gestação, e cerca de metade deles são indicativos de aborto, por isso é tão importante informar ao médico sobre qualquer um evento de sangramento.

Corrimento marrom com uso de anticoncepcionais

Chamado de sangramento de escape, o corrimento marrom ou menstruação escura, em pouca quantidade ou fora do período menstrual aguardado, é comum em mulheres que recorrem a anticoncepcionais hormonais.

Corrimento marrom na infecção vaginal

No caso de infecções, a mulher apresenta além do corrimento, queixas de ardência local, ardência e dor ao urinar, incômodo durante as relações, o corrimento tem mau cheiro e pode haver irritação na mucosa da vagina. Na candidíase é comum a presença de secreção esbranquiçada e coceira intensa.

Neste caso é preciso iniciar o tratamento com antibióticos ou antifúngicos o quanto antes, para evitar complicações de saúde como a dificuldade para engravidar. O ginecologista deverá avaliar o melhor tratamento, caso a caso.

Corrimento marrom nos casos de tumor ou câncer

Nos casos de tumor benigno ou câncer, a tumoração pode ou não ser visualizada ao exame clínico e ginecológico, porém pode ter como primeiro sintoma, a presença de pequenos sangramentos ou corrimento escuro. Os sintomas associados são de queixa de falta de apetite e perda de peso. A dor não costuma estar presente nos estágios iniciais da doença.

O que pode causar sangramento na gravidez?

Uma das causas de sangramento nas primeiras semanas de gravidez é o aumento da irrigação sanguínea do útero, facilitando esses episódios, embora na maioria das vezes não seja sinal de alarme.

Os sangramentos que ocorrem depois dos primeiros meses de gestação, já preocupam, porque podem sinalizar um problema grave.

Causas de sangramento na primeira metade da gestação
  • Sangramento de nidação, pequeno sangramento marrom, devido à penetração do embrião na parede do útero;
  • Gravidez ectópica, quando a gestação acontece fora do útero, o local mais comum é a trompa (ou tuba), por isso recebe o nome de gravidez tubária;
  • Gestação molar, uma espécie de tumor da placenta que simula uma gestação, mas sem embrião;
  • Aborto, ou início de abortamento.
Causas de sangramento na segunda metade da gestação

Na segunda metade pode ser sinal de descolamento prematuro da placenta, ruptura do útero, placenta prévia, vasa prévia ou ainda início de trabalho de parto prematuro.

Outras causas de sangramento durante a gravidez incluem alterações hormonais, relação sexual, presença de pólipo uterino, candidíase, tricomoníase, herpes genital, entre outras.

Portanto, sempre que ocorrer sangramento ou corrimento, de qualquer cor ou tipo, procure imediatamente um ginecologista para avaliação.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:

Referências:

UpToDate. Patient education: Vaginal discharge in women (The Basics). Sep 28, 2020

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Para que serve a sertralina?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A sertralina (cloridrato de sertralina 50 mg) é um medicamento que serve para tratar depressão, ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtorno do pânico, estresse pós-traumático, fobia social, tensão pré-menstrual (TPM) e/ou transtorno disfórico pré-menstrual.

A sertralina atua sobre a serotonina, um hormônio que está associado à sensação de prazer e bem-estar. O cloridrato de sertralina aumenta a produção dessa substância no cérebro, combatendo os sintomas da depressão, da ansiedade e dos outros transtornos psíquicos.

Cerca de uma semana após o início do tratamento, o medicamento já começa a fazer efeito. Porém, o tempo para se observar resultados e melhorias dos sintomas varia de pessoa para pessoa e de acordo com a doença que está sendo tratada.

Quais são os efeitos colaterais da sertralina?

Os principais efeitos colaterais da sertralina são: boca seca, aumento da transpiração, tonturas, tremores, diarreia, amolecimento das fezes, sonolência, má digestão, náuseas, falta de apetite, insônia, sonolência e atrasos na ejaculação.

Outros efeitos secundários que podem ocorrer com o uso do cloridrato de sertralina:

⇒ Diminuição do número de glóbulos brancos e plaquetas; 

⇒ Palpitações, aumento da frequência cardíaca, zumbido no ouvido; ⇒ Aumento dos níveis de prolactina, mal funcionamento da tireoide, produção inadequada de hormônio antidiurético; ⇒ Dilatação das pupilas, alterações visuais, dores abdominais, prisão de ventre; ⇒ Pancreatite, vômitos, fraqueza, dor no peito, inchaço em mãos e pés; ⇒ Febre, mal-estar, hepatite, icterícia (olhos e pele amarelados), mal funcionamento do fígado; ⇒ Alergia, aumento do colesterol, aumento do peso e do apetite; ⇒ Dores articulares, cãibras, convulsão, dor de cabeça, alterações motoras; ⇒ Formigamentos, diminuição da sensibilidade, desmaios, entre outros.

Após o fim do tratamento com Sertralina, podem ocorrer ainda reações adversas como ansiedade, agitação, tontura, dor de cabeça, enjoo, formigamentos e alterações da sensibilidade.

Sertralina emagrece?

Um possível efeito colateral da sertralina é a perda de peso, embora o emagrecimento não seja tão significativo, variando de 0,5 a 1,0 kg. Como o medicamento controla a ansiedade, pode ajudar a pessoa a comer menos e consequentemente controlar seu peso ou até emagrecer.

O/a médico/a clínico/a geral, psiquiatra ou médico/a de família explicará melhor o motivo de receitar a sertralina e seus possíveis efeitos secundários.

Enjoo durante a menstruação é normal? O que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sentir enjoo durante a menstruação é normal, embora não seja muito comum. Os enjoos e os vômitos no período menstrual estão relacionados com a variação hormonal que ocorre nesse período.

Os enjoos na menstruação são mais observados em mulheres que também sofrem com fortes dores nessa fase, devido à relação com os hormônios liberados.

Para diminuir esse enjoo, recomenda-se evitar alguns alimentos que podem piorar o quadro, como:

  • Café;
  • Refrigerantes;
  • Chocolate;
  • Bebidas alcoólicas;
  • Alimentos industrializados;
  • Embutidos;
  • Alimentos ricos em sal e gorduras saturadas.

Em alternativa, a mulher deve procurar aumentar o consumo de frutas cítricas (laranja, tangerina, abacaxi, limão) e iogurtes.

No caso dos enjoos durante a menstruação serem recorrentes, recomenda-se consultar o/a médico/a de família ou ginecologista.

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Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?
Dra. Janyele Sales
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Os sintomas mais comuns da infecção urinária incluem aumento da frequência urinária, dor ou ardência durante a micção, vontade urgente de urinar, dor nos rins, febre e corrimento amarelado na uretra.

Outros sinais e sintomas que podem estar presentes:

  • Diminuição do volume de urina
  • Presença de mau cheiro na urina
  • Alterações na cor da urina
  • Dificuldade em começar a urinar
  • Presença de sangue na urina
  • Dor na porção inferior do abdômen
  • Calafrios
  • Dor lombar
  • Náuseas e vômitos

Nos bebês e crianças mais novas, os sintomas de infecção urinária são diferentes. Nesses casos, a infecção pode deixar a urina mais escura que o normal e com cheiro desagradável, além de provocar falta de apetite, irritabilidade e febre.

A infecção urinária pode afetar a uretra, a bexiga e os rins, e seus sintomas podem variar de uma pessoa para outra e dependem do local acometido.

Geralmente, as infecções urinárias não são graves e não trazem grandes complicações, desde que tratadas adequadamente. Contudo, quando a infecção acomete os rins, merece uma atenção especial. A infecção renal pode deixar cicatrizes nos rins, além de causar hipertensão arterial ou ainda insuficiência renal.

Quais os sintomas de infecção urinária na bexiga?

Os sintomas de infecção urinária na bexiga, chamada cistite, incluem dor ou ardor ao urinar, vontade de urinar frequente, mas em pouca quantidade, urina esbranquiçada ou turva e com cheiro desagradável.

Quais são os sintomas de infecção urinária nos rins?

Quando a infecção afeta os rins, ela é chamada pielonefrite. Pode causar dor ou ardor ao urinar, desconforto abdominal, calafrios e febre acima de 38 °C, dor de um lado das costas, enjoo e vômitos.

Quais são os sintomas de infecção urinária na uretra?

Já a infecção urinária na uretra, conhecida como uretrite, pode causar dor ou ardor para urinar e corrimento amarelado na uretra.

Quais são as causas de infecção urinária?

Geralmente, as infecções urinárias são causadas pela bactéria E. coli. Essa bactéria habita naturalmente o intestino humano e de outros animais e é responsável por até 80% dos casos de infecção urinária.

Por isso, as infecções urinárias são mais frequentes nas mulheres, visto que a uretra feminina é mais curta. Ela fica mais próxima do ânus do que nos homens, favorecendo a entrada de bactérias que habitam o intestino.

Nos homens, a distância entre ânus e uretra é maior, dificultando a infecção por bactérias provenientes da região anal. A infecção urinária nos homens está mais associada à presença de pedra nos rins (cálculos renais) e ao aumento do volume da próstata.

Porém, a infecção urinária também pode ocorrer devido a outras condições, como segurar a urina por muito tempo, beber poucos líquidos, estar grávida, ter relações sexuais com a bexiga cheia e ainda diarreia.

Outras condições que favorecem o desenvolvimento de infecção urinária:

  • Diabetes
  • Obstrução das vias urinárias
  • Hábitos de higiene inadequados
  • Introdução de objetos ou presença de corpos estranhos
  • Menstruação
  • Doenças neurológicas
  • DST (doenças sexualmente transmissíveis).
Qual é o tratamento para infecção urinária?

O tratamento da infecção urinária geralmente é feito com antibióticos, durante 1, 3, 7, 10 dias ou mais. Alguns exemplos de remédios utilizados contra a infecção urinária são: amoxicilina, cefalexina, ciprofloxacino, norfloxacino e nitrofurantoína.

Casos mais graves de infecções urinárias podem necessitar de tratamento hospitalar para que os medicamentos sejam administrados diretamente na veia. O internamento é indicado principalmente quando os vômitos impossibilitam o uso de antibióticos por via oral. Além disso, os vômitos e a febre aumentam a desidratação, o que reforça ainda mais um acompanhamento mais rigoroso.

É importante que o antibiótico seja tomado sempre no mesmo horário e pela quantidade de dias que o médico indicou, mesmo que os sintomas desapareçam antes.

Se você apresentar sintomas de infecção urinária, deverá procurar um pronto atendimento para avaliação e prescrição do tratamento.

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Estou com muita dor de cabeça só do lado direito. O que pode ser? Preciso realizar exames?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Existem diversas causas para dores de cabeça, podemos citar como causas mais comuns:

  • Tensão muscular (cefaleia tensional)
  • Enxaqueca
  • Trauma
  • Pressão alta
  • Sinusite
  • Problemas visuais (falta de óculos, fotofobia)
  • Ansiedade, entre outras.

Cada uma das causas apresentadas possui junto da dor, outras características comuns, por isso nem sempre é necessário realização de exames. Na grande maioria das vezes, o/a médico/a com uma boa história e exame físico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente.

Quando é preciso realizar algum tipo de exame?

Alguns sinais e sintomas são indicativos de maior risco, portanto devem ser investigados com exames complementares, são principalmente:

  • Dor localizada de um só lado persistente;
  • Dor que não melhora com analgésicos comuns ou anti-inflamatórios;
  • Dor iniciada após os 50 anos de idade;
  • Dor intensa com náuseas e vômitos, sem história prévia de enxaqueca;
  • Modificação das características da dor, em pacientes enxaquecosos;
  • Dor seguida de crise convulsiva;
  • Dor associada e alterações de força ou de sensibilidade em algum membro;
  • Dor intensa associada a febre alta.

Entretanto, o exame a ser solicitado será definido pelo/médico/a, e vai depender da história, avaliação e suspeita clínica. Pode variar desde exames de sangue, eletroencefalograma, exames de imagem como a Tomografia cerebral ou ressonância magnética ou a associação de mais de um deles.

Não é incomum, quadros de enxaqueca vir acompanhados de outros sintomas neurológicos (formigamento e dormência), além de sintomas visuais (pontos ou linhas brilhantes - “áureas”), porém devem ser sempre acompanhados pelo médico, de preferência neurologista.

Por isso recomendamos que agende uma consulta com médico/a, de preferência neurologista, para avaliar o seu caso e iniciar o tratamento adequado o quanto antes.

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Dra. Nicole Geovana
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Provavelmente os seus sintomas (náuseas e dor de cabeça) são efeitos colaterais da pílula do dia seguinte, pois ainda seria muito cedo para começar a sentir os sintomas de gravidez, a não ser que já estivesse grávida anteriormente.

Os primeiros sintomas da gestação começam a surgir a partir da 5ª ou 6ª semana de gravidez e não poucos dias depois da relação.

Por isso, é provável que os enjoos e a dor de cabeça sejam decorrentes da pílula do dia seguinte.

Os efeitos colaterais mais frequentes desse anticoncepcional de emergência são náuseas e vômitos, mas também podem ocorrer:

  • Dor de cabeça;
  • Dor nas mamas;
  • Tontura;
  • Diarreia.

Esses efeitos são de curta duração e desaparecem espontaneamente nas primeiras 24 horas após o uso da pílula do dia seguinte.

Além disso, a pílula costuma ser bem tolerada pela maioria das mulheres e apenas em casos excepcionais ocorrem reações indesejadas mais intensas.

Se a dor de cabeça e os enjoos persistirem, consulte o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para que a origem dos sintomas seja devidamente diagnosticada e tratada.

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Esses sintomas são muito inespecíficos e em conjunto podem indicar uma série de situações.

Se a presença desses sintomas lhe incomoda, é importante consultar o/a médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação global do seu estado de saúde.

A princípio, o conjunto desses sintomas podem indicar:

  • Excesso de trabalho;
  • Necessidade do uso de óculos ou correção das lentes atuais;
  • Estresse;
  • Preocupação;
  • Momentos emocionais difíceis;
  • Pouco tempo de descanso;
  • Poucas horas de sono, etc.

Não é possível estabelecer um diagnóstico sem a avaliação da história completa pessoal além do exame clínico detalhado.

Por isso, é fundamental a busca por uma consulta médica.

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Dor no estômago, enjoo e queimação. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
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Dor no estômago, enjoo e queimação podem ser causados por gastrite, uma inflamação generalizada no estômago que o deixa mais avermelhado e provoca feridas superficiais.

Além da gastrite, a dor de estômago, o enjoo e a queimação também podem ser sintomas de outros problemas e condições, tais como jejum prolongado, gravidez, estresse, uso de certas medicações, infecção gastrointestinal, entre outros.

O que é a gastrite?

A gastrite provoca uma inflamação da mucosa que reveste o estômago. A mucosa produz várias substâncias fundamentais para a digestão. Na gastrite, devido à inflamação, a produção dessas substâncias fica prejudicada, interferindo com o processo digestivo.

Em condições normais, a parede interna do estômago fica protegida da acidez do suco gástrico. Porém, quando há lesões na mucosa, o ácido estomacal penetra na mesma, aumentando ainda mais as lesões, podendo gerar úlcera e sangramento.

Quais são as causas da gastrite?

Uma das principais causas de gastrite é o aumento da produção de ácido no estômago, que deixa a acidez do aparelho digestivo alta. O aumento do ácido estomacal prejudica a mucosa que reveste o órgão, gerando um processo inflamatório.

A gastrite também pode estar relacionada com a bactéria Helicobacter pylori, que está presente no estômago de cerca de metade da população. Essa bactéria aumenta a secreção de ácido estomacal, deixando o suco gástrico mais ácido, com consequente inflamação da mucosa que reveste o estômago.

Há pessoas que têm defesas naturais contra a H. pylori e não desenvolvem gastrite. Porém, quando a imunidade está mais baixa, essa bactéria pode agir com mais intensidade e desencadear o problema.

Com o avançar da idade, a mucosa que reveste o estômago vai ficando mais fina, tornando-se mais frágil. Por isso, o risco de gastrite aumenta com a idade.

Quais são os sintomas da gastrite?

A gastrite pode causar dor constante em queimação, que melhora quando a pessoa come e piora com o estresse. Os principais sintomas da gastrite incluem dor na boca do estômago, azia, perda de apetite, enjoo e vômitos. Em alguns casos, pode haver presença de sangue nos vômitos ou nas fezes.

Nas gastrites crônicas causadas pela H. pylori, pode ocorrer atrofia da mucosa e destruição das células produtoras de ácido e enzimas fundamentais para a digestão.

A gastrite pode causar complicações, como úlcera, formação de pólipos, câncer e tumores benignos.

Qual é o tratamento para gastrite?

O tratamento da gastrite é feito com medicamentos que diminuem a produção de ácido pelo estômago, reduzindo a dor. Se a gastrite for causada pelo uso de medicamentos anti-inflamatórios, o médico deverá rever a utilização da medicação.

Também é muito importante tratar a infecção por H. pylori através de antibióticos e outros medicamentos.

Consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou gastroenterologista para uma avaliação detalhada, diagnóstico e tratamento adequados para a sua situação.

Buclina engorda?
Dra. Janyele Sales
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Medicina de Família e Comunidade

Buclina pode engordar porque estimula o apetite e, ao comer mais, a pessoa tende a ganhar peso. O efeito estimulante do apetite da Buclina ainda não está bem determinado, mas parece estar relacionado com uma ação hipoglicemiante do medicamento.

Como funciona e para que serve a Buclina?

A Buclina estimula o pâncreas a secretar insulina, que é o hormônio responsável por transportar a glicose (açúcar) para dentro das células. Assim, com menos açúcar no sangue (hipoglicemia), o cérebro envia o sinal de fome para a pessoa repor os níveis de glicose sanguínea.

O princípio ativo da Buclina é o dicloridrato de buclizina, uma substância que atua no organismo estimulando o apetite.

A Buclina também tem uma leve ação sedativa, o que contribui para reforçar o seu efeito de estimulador do apetite. Inclusive, o efeito colateral mais comum da Buclina é a sonolência durante o dia, sobretudo no início do tratamento.

Apesar de ser usado para engordar através do aumento do apetite, a Buclina é um medicamento usado no tratamento de enjoos e doenças que tiram o apetite.

Como tomar Buclina?

Os comprimidos de Buclina devem ser ingeridos com 1 copo de água, antes das refeições. A dose recomendada para adultos é de 2 comprimidos por dia: 1 comprimido meia hora antes do almoço e 1 comprimido meia hora antes do jantar.

Para crianças dos 6 aos 12 anos, a dose recomendada de Buclina é de 1 comprimido por dia: meio comprimido, meia hora antes do almoço e meio comprimido meia hora antes do jantar.

O uso de Buclina por crianças necessita de acompanhamento médico. Antes de tomar qualquer medicamento consulte o seu médico para mais orientações.

Quais as contraindicações da Buclina?

Dentro das doses recomendadas, não há contraindicações quanto ao uso da Buclina, exceto durante a gravidez e a amamentação, visto que não existem informações sobre os efeitos do medicamento em mulheres grávidas e que estão amamentando.

Quais são os efeitos colaterais da Buclina?

O efeito colateral mais comum da Buclina é a sonolência durante o dia, que geralmente ocorre quando a pessoa começa a tomar o medicamento.

Outros efeitos colaterais menos comuns da Buclina incluem: tonturas, dor de cabeça, vômitos, náuseas, falta de ar, insônia, diarreia e aparecimento de manchas vermelhas na pele.

Lembrando que a Buclina deve ser utilizada para ganhar peso apenas com supervisão médica. Se não houver distúrbios que atrapalhem o apetite, é possível ganhar peso seguindo apenas uma dieta balanceada e adequada, sem necessidade de medicamentos.

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Arrotos constantes, o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Arrotos constantes são um sinal de que o corpo está acumulando gases em excesso no estômago. O arroto frequente, também chamado eructação, pode ocorrer em situações comuns como falar muito, conversar durante a refeição ou mascar chicletes.

No entanto, pode ser também, sinal de doenças e problemas digestivos, como refluxo gástrico, gastrite, má digestão (dispepsia), hérnia de hiato, úlcera gástrica e intolerância alimentar.

Modificar os hábitos ruins, como fumar, mascar chicletes e o sedentarismo, além de evitar bebidas gaseificadas e alimentos que aumentam a produção de gases, como repolho, cebola, brócolis, trigo e batata, são as principais medidas para resolver os arrotos constantes.

Se mesmo após essas mudanças o sintoma permanecer, deve procurar um gastroenterologista, para avaliar outras medidas, pesquisar causas secundárias e incluir medicamentos que aceleram a motilidade intestinal.

1. Aerofagia (engolir ar)

A principal causa de eructação é a aerofagia, ou seja, engolir ar. As pessoas também engolem ar durante a refeição, naturalmente, por isso os arrotos depois de comer são frequentes e considerados normais.

No entanto, também pode ocorrer ao mascar chicletes, fumar, chupar balas e engolir saliva constantemente. Ansiedade, estresse, comer depressa e falar quando se está comendo é outra causa comum de engolir mais ar, causando arrotos constantes.

2. Produção excessiva de gases no estômago

Os arrotos também podem ser causados pelo aumento da produção de gases no estômago. Isso pode ocorrer com o uso de bicarbonato de sódio, bebidas com gás e determinados alimentos, como brócolis, couve-flor, couve, repolho, batata, trigo, feijão, carne de porco, cebola, pimentão verde, leite e derivados.

Bebidas gaseificadas contêm gás carbônico na sua composição que, ao chegar ao estômago, reage com o ácido clorídrico produzindo ainda mais gases. O mesmo mecanismo ocorre com o uso de bicarbonato de sódio.

3. Problemas gástricos

Doenças do sistema gástrico, como o refluxo, gastrite, úlceras, hérnia de hiato, síndrome de magenblase e intolerância alimentar, como intolerância ao glúten ou lactose, aumentam a produção de gases, levando aos sintomas de arrotos frequentes, especialmente após as refeições.

Os sintomas típicos nesse caso são: arrotos frequentes, azia, mau hálito, sensação de empanzinamento após a alimentação, cólicas e/ou diarreia.

A orientação alimentar e evitar comida de difícil digestão, devem ser orientadas por um profissional da área, o nutricionista.

O que fazer em caso de arrotos constantes?

A primeira coisa a fazer em casos de arrotos constantes é verificar a relação da eructação com a aerofagia. Para engolir menos ar, recomenda-se: Interromper o hábito de fumar, evitar o hábito de mascar chicletes, comer devagar e evitar falar durante as refeições.

Outras medidas que ajudam a evitar acúmulo de gases:

  • Evitar alimentos e bebidas que aumentam a produção de gases no estômago, como cerveja, bebidas com gás, repolho, cebola, brócolis, couve de Bruxelas, trigo e batata, carne de porco, alimentos apimentados, pimentão verde e cebola;
  • Evitar comer rápido e refeições gordurosas de difícil digestão;
  • Evitar deitar-se logo após as refeições e
  • Praticar atividade física, de acordo com as suas possibilidades, regularmente.

É importante libertar os gases produzidos no corpo, já que o seu acúmulo causa desconforto. Pessoas que já fizeram cirurgia para refluxo podem ter mais dificuldade em arrotar, assim como aquelas que necessitam permanecer muito tempo em repouso após uma cirurgia, uma vez que a posição deitada favorece a retenção de ar no estômago.

Vale lembrar que arrotar após as refeições é normal. Porém, em excesso, é indicado fazer uma avaliação. Se os sintomas persistirem, consulte o/a médico/a de família ou clínico/a geral.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos a seguir:

Referência:

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Diane Abraczinskas, et al.; Overview of intestinal gas and bloating. UpToDate; Dec 06, 2018.