Dor pélvica na mulher é uma queixa muito comum nos consultórios médicos, principalmente de ginecologia, e podem ter diversas causas. O que gera um grande desafio para os profissionais, pois requer uma investigação profunda e detalhada do problema.
As causas mais comuns são infecção urinária, doença inflamatória pélvica e gravidez, entretanto, existem casos mais graves, que são emergências médicas, com risco de morte, como a apendicite, ruptura de uma gravidez tubária e, portanto, necessita de um atendimento médico emergencial.
Outras doenças e condições que devem ser investigadas são: vulvodinia, endometriose, fibrose uterina, adenomiose, cistos ovarianos e mioma uterino.
O que é a dor pélvica?A dor pélvica pode ser sentida na forma de um desconforto ligeiro na pelve ou como dores intensas e incapacitantes. A dor pode ser aguda, surgindo repentinamente ou crônica, com duração mínima de 3 a 6 meses.
A dor pélvica, normalmente, é sentida no baixo ventre ou “pé da barriga”. Fazem parte da pelve o útero, os ovários, as tubas uterinas, a vagina, o reto e a bexiga, além de diversos músculos, nervos e ossos.
Portanto, as causas que geram a dor pélvica podem ser as mais diversas e para seu diagnóstico correto deve ser feita uma anamnese detalhada, um exame físico cuidadoso e exames complementares quando necessários.
Na investigação, é fundamental avaliar dados como a idade, antecedentes pessoais, início dos sintomas, concomitância com febre, sangramentos ou outros sinais e sintomas de gravidade e as características específicas da dor pélvica. Algumas perguntas são fundamentais para auxiliar na investigação, por isso tenha atenção e se possível anote alguns detalhes que podem ser esquecidos durante a consulta médica, como:
- Onde exatamente dói?
- Qual o tipo da dor - pontada, peso, pulsação, aperto, queimação?
- É intensa? Quão intensa? É a mais forte da vida?
- Chega a despertar do sono ou vomitar nas crises?
- Irradia ("espalha") para algum lugar ou é restrita a essa região específica?
- Há quanto tempo está com dor?
- Ela é cíclica (vai e volta) ou contínua, durando dias?
- Quando vem a dor dura quanto tempo?
- Você já teve antes? É comum?
- Tem algum horário do dia ou do mês em que acontece com mais frequência?
- Melhora com alguma coisa?
- Está piorando, ao longo do tempo, ou apresentando novos sintomas concomitantes?
- Piora nas relações sexuais?
- Tem relação com o período menstrual?
- Tem corrimento vaginal associado? Se houver, qual a coloração, tem cheiro ruim?
- Ardência ao urinar? Está indo mais vezes ao banheiro e fazendo pouco xixi?
- Qual a sua frequência sexual?
- Sente tontura ou enjoo juntos com a dor? Data da última menstruação?
Em caso de dor pélvica, procure um/a médico/a, preferencialmente um/a ginecologista, para avaliação inicial.
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Referências
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Lactobacillus sp no resultado do preventivo é considerado um achado normal e não é sinal de infecção. Os lactobacillus sp são bactérias que fazem parte da flora vaginal e, juntamente com outras bactérias, constituem um mecanismo de defesa natural contra micro-organismos causadores de doenças.
Os lactobacillus sp contrabalanceiam a proliferação de fungos, bactérias e outros micro-organismos no interior da vagina. Quando, por alguma razão, o desequilíbrio da microbiota vaginal é alterado, os micro-organismos patogênicos se proliferam, causando infecções.
Dentre os agentes infecciosos estão a Gardnerella vaginalis e a Candida sp. A Gardnerella vaginalis é uma bactéria que está presente naturalmente em pouca quantidade na flora vaginal da maioria as mulheres. Já a Candida é um fungo.
Quando há algum desequilíbrio dessa flora, a Gardnerella pode se proliferar e causar vaginose. O mesmo ocorre com a Candida, que provoca candidíase.
Portanto, os lactobacillus sp são achados normais no papanicolau e a presença dos mesmos não caracteriza uma infecção. Contudo, a presença de sinais e sintomas, como corrimento, coceira ou odor desagradável, deve ser investigada por um médico ginecologista ou médico de família e comunidade.
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Sim. O início da gravidez pode ser marcado por sangramento vaginal que lembra a menstruação e ocorre no período esperado por ela. Porém, normalmente esse sangramento costuma ter um aspecto diferente do sangramento da menstruação e tende a ser mais curto, em menor quantidade. Essa situação é bem menos comum e menos observada, mas pode ocorrer.
Os sangramentos que ocorrem durante a gravidez surgem na primeira e na segunda metade da gestação.
Quando ocorrem na primeira metade, entre a 20ª e a 22ª semana de gravidez, podem ser um sinal de abortamento, gravidez ectópica (gestação fora do útero) ou doença trofoblástica gestacional. Os sangramentos da segunda metade da gestação podem indicar a presença de placenta baixa.
O sangramento também pode não ter nenhuma relação com a gestação. Quando o sangramento é observado após relações sexuais, por exemplo, pode ser um sinal de lesão no colo do útero. Em geral, não provoca nenhuma complicação para a gestação.
Sangramento e cólicas podem ser sintomas de aborto?Às vezes, o sangramento pode vir acompanhado de cólicas. Nesses casos, pode ser o resultado de um processo de abortamento. Em caso de descolamento da placenta, observa-se um aumento do fluxo sanguíneo acompanhado de cólicas. Contudo, se for caso de placenta baixa, normalmente não há dor.
Quais são os sintomas de gravidez?Um dos primeiros sinais de suspeita de gravidez é a ausência de menstruação no período esperado pela mulher, observando um atraso menstrual de 1 ou mais semanas. Nesse início da gravidez outros sinais podem ser observados como náusea, aumento da sensibilidade nas mamas, cansaço e aumento da frequência urinária.
Por isso, caso a mulher tenha feito relações sexuais desprotegidas no período fértil e não esteja em uso de nenhum anticoncepcional, é válido fazer um teste para confirmar a gravidez. Procure uma Unidade Básica de Saúde para uma consulta e orientação mais detalhada.
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Após sete dias tomando os comprimidos ja pílula já é considerada eficaz e consegue exercer plenamente o seu efeito contraceptivo, antes de 1 semana é possível ter relações sexuais, mas recomenda-se o uso de algum outro método contraceptivo de barreira como a camisinha.
Por precaução, muitos médicos preferem orientar que durante toda a primeira cartela, no primeiro mês de uso a mulher use preservativos.
A pílula anticoncepcional deve ser tomada todos os dias à mesma hora, sem mastigar. Para ajudar a não esquecer de tomar o medicamento, recomenda-se associar a sua toma a outras atividades que a mulher faça todos os dias, mais ou menos à mesma hora.
Durante o1º mês de uso da pílula anticoncepcional, a medicação só é eficaz para prevenir a gravidez se a mulher começar a tomá-la no 1º ou 2º dia de menstruação.
No caso da mulher começar a tomar a pílula anticoncepcional num outro período do mês, não há problema, desde que ela tenha a certeza de que não está grávida. Nesse caso, são necessários 7 dias seguidos tomando a pílula para que o medicamento seja eficaz.
Para maiores informações sobre o uso da pílula anticoncepcional, fale com o médico que receitou o medicamento ou consulte um ginecologista ou médico de família.
Caso tenha mais dúvidas sobre anticoncepcional leia:
O exame de gravidez realizado em laboratório é o beta hCG. Esse exame avalia a presença do hormônio beta hCG no sangue ou na urina.
Quando esse hormônio está presente em determinada quantidade no sangue ou na urina da mulher, o resultado aparecerá como reagente, ou seja, positivo, indicando a alta possibilidade de confirmação da gravidez.
Quando a quantidade do hormônio é baixa ou ausente, o resultado do exame será não reagente, negativo, descartando a possibilidade de gravidez.
Vale lembrar que um exame de gravidez realizado logo após o período fértil muitas vezes não é capaz de detectar a gestação, pois o hormônio beta hCG começa a ser produzido após a implantação do ovo no útero da mulher. Essa implantação ocorre em torno de uma semana após a fecundação. Por isso, normalmente é indicado a realização do teste de gravidez a partir do momento em que há de fato o atraso menstrual.
Caso o resultado do exame de gravidez tenha dado reagente, procure um serviço de saúde para maiores explicações e acompanhamento.
Irritação na vagina, tipo assadura, com coceira e sangramento é muito comum nas infecções vaginais tipo vaginose bacteriana ou infecção por fungo (como a candidíase).
No caso da candidíase, outro sintoma comumente observado é a presença de corrimento vaginal esbranquiçado ou amarelado. Os sintomas geralmente pioram antes da menstruação e melhoram no início do período.
A candidíase é bastante comum e não é considerada uma doença sexualmente transmissível (DST), embora o fungo causador da doença possa ser disseminado através do contato oral-genital.
O fungo causador da candidíase, a cândida, está naturalmente presente no canal vaginal, juntamente com várias outras bactérias. Os lactobacilos (um tipo de bactéria) contrabalanceiam a proliferação dos fungos no interior da vagina. Quando há um desequilíbrio na proliferação de cândida, temos um quadro de candidíase vaginal.
Alguns dos principais fatores de risco para candidíase:
- Uso de antibiótico;
- Gravidez;
- Diabetes mellitus descontrolada;
- Obesidade;
- Uso de glicocorticoides e imunossupressores;
- Uso de roupas de lycra e mal ventiladas;
- Doenças autoimunes ou imunidade alterada;
- Uso de ducha ou sabonete íntimo diário.
O tratamento da candidíase vaginal pode incluir:
- Aplicação única ou aplicações diárias de cremes antifúngicos, supositórios ou óvulos;
- Uso de antibióticos orais.
Outra situação em que pode haver irritação na vagina, parecida com uma assadura, com coceira e sangramento, é na vaginose bacteriana, sendo esta a principal causa de corrimento vaginal em mulheres na idade reprodutiva.
A vaginose caracteriza-se por um crescimento anormal de bactérias anaeróbias como Gardnerella vaginalis, Mobiluncus, entre outras, associado a uma diminuição de lactobacilos da flora vaginal normal.
Relações sexuais frequentes, uso de duchas vaginais ou período pré-menstrual favorecem a alteração da flora bacteriana vaginal, podendo desencadear a vaginose.
A vaginose bacteriana também não é considerada uma DST, embora a sua ocorrência seja maior em mulheres com número elevado de parceiros sexuais, sendo rara naquelas sexualmente inativas.
O tratamento da vaginose bacteriana inclui:
- Uso de pomada ou creme vaginal;
- Medicamentos antibióticos orais.
Para um diagnóstico e tratamento adequado, a mulher deve consultar o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.
Corrimento vaginal esverdeado que não apresenta cheiro nem coceira pode ser decorrente de alterações da flora vaginal. A flora vaginal pode se modificar em diferentes situações como:
- Idade: no começo dos ciclos menstruais e na período próximo a menopausa ou após a menopausa, a vagina passa por modificações que pode alterar as bactérias ali presentes, favorecendo o aparecimento de corrimentos com um padrão diferente do habitual.
- Alterações do ciclo menstrual: durante o ciclo menstrual, as alterações hormonais podem modificar o ambiente vaginal, modificando a flora e causando alterações no corrimento e modificando a sua cor.
- Hábitos de higiene: alguns hábitos de higiene como a utilização excessiva de sabonetes e cremes com odor ou a realização de duchas vaginais também podem mudar o corrimento vaginal O uso de sabonetes impróprios para a região genital podem prejudicar a flora bacteriana normal, mas mesmo o uso de sabonetes íntimos em excesso também podem levar a modificações na cor e características do corrimento.
- Doenças como o diabetes mellitus, podem modificar a flora vaginal, inclusive aumentando a chance de infecções fúngicas, como a candidíase.
- Infecções vulvovaginais: infecções como a vaginose bacteriana e a tricomoníase podem ocasionar corrimento esverdeado sem cheiro se sem coceira.
Entre as infecções que atingem a vagina, se destaca a infecção pelo protozoário chamado Trichomonas vaginallis, chamada tricomoníase. Usualmente está associado a coceira intensa e odor desagradável, porém estes podem estar ausentes. Também pode apresentar-se como corrimento amarelado, pastoso ou grosso e, muitas vezes, bolhoso.
A mulher pode apresentar ainda, dor nas relações sexuais e ao urinar.
O diagnóstico da tricomoníase é realizado através do exame de papanicolau ou após análise do líquido vaginal (Swab). É importante frisar que a tricomoníase é considerada uma doença sexualmente transmissível e o parceiro deve ser examinado e tratado em conjunto, para não haver recontaminação.
Outras situações que podem causar corrimento vaginal verdeHá algumas fases da vida em que é mais comum a ocorrência dos corrimentos vaginais, como no período que antecede a primeira menstruação e na menopausa.
Outra época em que o corrimento é mais comum é no verão, porque o calor favorece a proliferação de bactérias e fungos. Ambientes abafados, quentes e úmidos, como a vagina, propiciam crescimento desses germes.
Na gravidez, corrimento esverdeado também é possivelmente causado pela tricomoníase e não traz prejuízo ao bebê. O tratamento é feito usualmente com antibiótico, de preferência o metronidazol, e não costuma deixar sequelas.
O diagnóstico e tratamento devem ser feitos por médico ginecologista.
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Umbigo vazando líquido pastoso com odor forte ou a presença de mau cheiro no umbigo e secreção podem ser sinais de umbigo inflamado ou infeccionado. Sujeira, bactérias, fungos podem ficar alojados dentro do umbigo e começar a se multiplicar ou acumular. Isso pode causar uma infecção ou inflamação no umbigo.
Nesses casos, é observada uma secreção com mau cheiro no umbigo. A secreção de odor desagradável pode ter coloração branca, amarela, marrom ou vermelha.
A presença de secreção com mau cheiro no umbigo pode ter ainda como causas a realização de cirurgia e a presença de cistos.
Um umbigo com mau odor pode ser sinal de uma condição que precisa de atenção médica, como uma infecção ou um cisto. Por isso, deve-se procurar outros sinais e sintomas que acompanham essas condições, como:
- Secreção branca, amarela ou verde saindo do umbigo;
- Inchaço e vermelhidão;
- Coceira;
- Dor;
- Formação de crosta ao redor do umbigo;
- Febre;
- Presença de caroço no abdômen.
O umbigo é o lar de quase 70 tipos diferentes de bactérias. Se a pessoa não souber como limpar o umbigo adequadamente, essas bactérias podem causar uma infecção. Piercings no umbigo também podem ser infectados.
Infecção por fungosA candidíase é uma infecção por fungos causada por Candida, um tipo de fungo que normalmente cresce em áreas úmidas e escuras do corpo. Pode ocorrer entre as dobras da pele, como na região da virilha e nos braços. O fungo também pode habitar o umbigo, principalmente se a pessoa não secar e limpar o umbigo adequadamente.
A candidíase deixa o umbigo vermelho e provoca coceira no umbigo, que pode ficar vazando uma secreção espessa e branca.
DiabetesPessoas com diabetes têm maior probabilidade de contrair infecções fúngicas, inclusive no umbigo. Isso ocorre porque o fungo se alimenta de açúcar e o alto nível de açúcar no sangue é um sinal característico de diabetes mal controlado.
CirurgiaQuem passou por cirurgia abdominal recentemente, como reparo de hérnia, pode notar a presença de pus no umbigo. A presença desse tipo de secreção pode ser sinal de infecção, que precisa ser tratada.
Cisto de úracoDurante o desenvolvendo do bebê dentro do útero, a sua bexiga é conectada ao cordão umbilical por um pequeno tubo chamado úraco. É assim que a urina é drenada do corpo do feto. Normalmente, o úraco fecha antes do nascimento. Porém, às vezes não fecha corretamente.
Em alguns casos, pode ocorrer o crescimento de um cisto, que é uma bolsa cheia de líquido, no úraco. O cisto pode ser infectado. Um sinal dessa infecção é a presença de um líquido cinzento ou sanguinolento que vaza do umbigo.
Outros sinais e sintomas dos cistos de úraco incluem: dor abdominal, febre, caroço no abdômen e dor ao urinar.
Cisto sebáceoO cisto sebáceo se forma a partir das glândulas que liberam óleo na pele, chamadas glândulas sebáceas. Se o cisto estiver infectado, libera uma secreção espessa, amarela e com mau cheiro. O umbigo também pode ficar vermelho e inchado devido à presença do cisto.
Qual é o tratamento para secreção com mau cheiro no umbigo?O tratamento depende da causa da secreção e do mau cheiro no umbigo. Para tratar uma infecção, recomenda-se manter a pele do umbigo limpa e seca.
Para tratar uma infecção causada por fungo, é indicado o uso de um pó ou creme antifúngico. Também recomenda-se limitar o açúcar da dieta. Para uma infecção bacteriana, pode ser usada uma pomada com antibiótico.
Quem tem diabetes deve falar com o endocrinologista para garantir que o nível de açúcar no sangue esteja bem controlado.
Em caso de cisto de úraco, pode ser necessário tratar primeiro a infecção com antibióticos. O cisto pode precisar ser drenado. Depois que a infecção desaparece, o tratamento envolve a remoção do cisto com cirurgia laparoscópica, realizada através de uma pequena abertura no abdômen.
Para tratar um cisto sebáceo, podem ser injetados medicamentos no cisto para diminuir o inchaço ou pode ser feito um pequeno corte no cisto para drenar o líquido. Outra opção é remover o cisto inteiro com cirurgia ou laser.
Consulte um médico clínico geral ou médico de família se tiver algum sinal e sintoma de infecção, como vermelhidão, inchaço e secreção com mau cheiro no umbigo.