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Os sintomas da insuficiência adrenal são variados e dependem da causa e do tempo de doença. Pode ser dividida em insuficiência adrenal Primária ou Secundária, além de aguda ou crônica.
Geralmente os sintomas são inespecíficos, como fraqueza, cansaço e falta de apetite. Na insuficiência adrenal primária, um dos sinais característicos é a presença de manchas escuras na pele, especialmente em regiões expostas como o rosto, e dobras, como nas axilas. A essa pele escurecida, chamamos de hiperpigmentação.
Quanto ao tempo de doença, aguda ou crônica, na forma aguda também conhecida por "crise adrenal", os sintomas são mais graves e com maior risco de complicações para a saúde, incluindo o risco de óbito.
Sintomas da Insuficiência adrenal- Náuseas, vômitos
- Dor abdominal (por vezes intensa)
- Falta de apetite
- Perda de peso
- Pressão baixa
- Glicose baixa
- Sinais de desidratação (boca seca, muita sede, pele ressecada)
- Amenorreia (alterações no ciclo menstrual)
- Avidez por comida salgada
- Redução de pelos, nas mulheres
- Sintomas psiquiátricos e confusão (nos casos mais avançados)
- Hiperpigmentação cutâneo-mucosa (sinal clássico de áreas com escurecimento da pele, porém apenas na insuficiência adrenal primária)
Os sintomas gastrointestinais costumam ser a primeira manifestação na doença. Por vezes a dor abdominal é tão intensa que sugere quadro de abdome agudo, ou seja, urgência médica cirúrgica.
Outro sintoma bastante comum, o desejo voraz por alimentos salgados, ocorre devido a pouca concentração de sal (sódio) no plasma decorrente da doença, uma forma de compensação desenvolvida pelo próprio organismo.
Também pode haver perda do desejo sexual e perda de pelos na região genital e nas axilas.
Insuficiência adrenal agudaOs sintomas da insuficiência adrenal geralmente começam a se manifestar gradualmente. Contudo, situações de estresse, presença de infecção, traumatismos e procedimentos cirúrgicos podem causar uma crise aguda de insuficiência adrenal que pode levar à morte se não for devidamente tratada.
Nesses casos, além dos sintomas acima descritos estão presentes também febre alta, dor abdominal intensa, depressão, confusão mental, hipotensão grave e refratária.
Insuficiência adrenal crônicaCasos crônicos ou graves de insuficiência adrenal podem causar anda dores musculares e articulares, depressão, delírios, perda de memória e psicose.
Os sinais e sintomas da insuficiência adrenal podem ser discretos e variados. As manifestações são decorrentes da pouca produção de glicocorticoides ou mineralocorticoides e ainda da própria doença que originou a insuficiência adrenal.
Sem tratamento, a insuficiência adrenal pode ser fatal, sobretudo nos casos agudos.
O que é Doença de Addison?A doença de Addison é a uma das formas mais comuns de insuficiência adrenal primária, onde a baixa produção de cortisol e aldosterona, levam aos sintomas de fraqueza, fadiga e pressão baixa.
Com a evolução da doença ou mediante uma situação de estresse, como pós-operatório ou infecção, os sintomas se agravam, podendo haver queda importante do sódio e da pressão arterial, com risco de morte se não tratado rapidamente.
Na presença dos sintomas relatados é importante que procure o quanto antes um médico de família, clínico geral ou um endocrinologista na presença desses sintomas.
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A insuficiência adrenal é uma doença que se caracteriza pela baixa produção dos hormônios produzidos na glândula adrenal. Esta baixa produção origina diversos problemas no organismo, como a pressão baixa, cansaço excessivo, fraqueza e dores abdominais constantes.
A doença pode ser classificada em primária ou secundária, de acordo com a sua origem e aguda ou crônica, dependendo do tempo de doença. A forma aguda, ou crise renal, é a forma mais grave e com risco de complicações e morte.
O que é a adrenal (ou suprarrenal)?A adrenal, ou suprarrenal, é uma pequena glândula localizada em cima dos rins, responsável por produzir os hormônios cortisol, aldosterona, catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), além de hormônios androgênios.
Quais as causas de insuficiência adrenal?Doenças genéticas, autoimunes (adrenalite autoimune), infecções, AIDS, tumores, traumatismo ou uso prolongado de corticoides, são as principais causas da doença.
Aquelas que interferem diretamente na glândula, como a adrenalite autoimune, desenvolvem a Insuficiência adrenal primária, enquanto as situações externas, como, por exemplo, o uso de prolongado de corticoides, doenças na hipófise ou hipotálamo, a insuficiência adrenal secundária.
Em crianças, a principal causa é a hiperplasia adrenal congênita, uma doença genética. Nos adultos, as causas mais frequentes são a adrenalite autoimune, a tuberculose e a infecção fúngica, paracoccidioidomicose.
Como diferenciar a insuficiência adrenal primária da secundária?A única forma de diferenciar a insuficiência adrenal primária da secundária, é através da dosagem do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) no sangue, visto que os sintomas são bem parecidos.
Na insuficiência primária o problema está na glândula adrenal, por isso os níveis hormonais de ACTH está normal ou alto, na tentativa de estimular mais a sua função. Na insuficiência secundária, o hormônio encontra-se baixo, por ser um problema fora da glândula, por exemplo, uma doneça na hipófise ou no hipotálamo.
Essa diferenciação é fundamental para definir o tratamento correto.
Sintomas de insuficiência adrenalOs sinais e sintomas da insuficiência adrenal são geralmente leves e inespecíficos, como:
- Cansaço, mesmo ao realizar tarefas simples,
- Fraqueza,
- Emagrecimento,
- Náuseas, vômitos,
- Dores abdominais,
- Pressão baixa,
- Glicose baixa,
- Hiperpigmentação (escurecimento da pele em regiões expostas como rosto, dobras e mucosas),
- Vontade de comer comida salgada além do normal e
- Sinais de desidratação (boca seca, muita seca e menor volume de xixi).
Sintomas menos comuns mas que podem ocorrer pela menor produção de hormônios androgenios são a perda do desejo sexual e crescimento de pelos no corpo, principalmente nas mulheres.
Mancha escura na axila na insuficiência adrenal primária.Os sintomas da insuficiência adrenal geralmente começam a se manifestar gradualmente. Casos crônicos ou graves de insuficiência adrenal podem causar ainda, dores musculares e articulares, depressão, delírios, perda de memória e psicose.
Entretanto, em situações de estresse, doenças infecciosas, traumatismos e procedimentos cirúrgicos, a doença pode evoluir compiora dos sintomas e com a forma aguda, conhecida por crise adrenal.
O que é crise adrenal?Chamamos de crise adrenal uma situação grave de insuficiência adrenal que pode ser precipitada por uma infecção, um trauma ou resposta a um procedimento cirúrgico. Nesse caso os sintomas de agravam rapidamente, levando ao risco de morte se não for rapidamente tratado.
Os sintomas da crise suprarrenal aguda são:
- Febre alta
- Dor muito forte na barriga
- Queda da pressão arterial
- Delírio ou Confusão mental
O tratamento da crise adrenal é uma emergência médica, que deve ser iniciado imediatamente com internação, reposição de cortisol e hidratação venosa.
O que é Doença de Addison?A insuficiência adrenal primária, também conhecida como Doença de Addison, se caracteriza pelos baixos níveis de cortisol e altos níveis de ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) no sangue.
A causa ainda não foi definida, mas parece ter um mecanismo autoimune, de destruição das células suprarrenais, impedindo a produção adequada dos seus hormônios.
O tratamento se baseia na reposição de cortisol e quando preciso, da aldosterona, através da fludrocortisona. Além disso, tratar outros sintomas que possam existir, como o excesso de pelos, fraqueza, depressão e ansiedade.
O endocrinologista é o médico responsável por acompanhar o tratamento e evolução dos casos de insuficiência adrenal.
Pode lhe interessar também o que pode causar o aumento excessivo do cortisol: O que é síndrome de Cushing e quais os sintomas?
Referências:
- Saverino, S.; Faloni, A. Autoimmune Addison's disease. Best Practice & Research Clinical Endocrinology & Metabolism, 2020.
- Antonelli, A.: Shoenfeld, Y. Autoimmunity and the endocrine system: Adrenal, Graves' disease, immune checkpoint, 2020.
As principais causas de insuficiência venosa são:
- Veias profundas danificadas, ineficientes;
- Malformação vascular;
- Trombos, obstrução de veias (trombose venosa profunda);
- Traumas;
- Tumores (mais raramente).
A insuficiência venosa é uma doença caracterizada por uma série de sinais e sintomas decorrentes do refluxo ou obstrução do fluxo sanguíneo dentro das veias.
Talvez mais importante do que conhecer as causas da insuficiência venosa, seja entender os fatores de risco que desencadeiam a doença. Excluindo a predisposição genética, a grande maioria dos fatores desencadeantes são preveníveis, por isso vale a pena entendê-los.
Quais são os principais fatores de risco para insuficiência venosa?Dentre os fatores de risco para desenvolver a doença podemos citar como os mais comuns:
- História familiar (predisposição genética);
- Gênero, é mais comum nas mulheres;
- Idade, acima de 35 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade;
- Gestação,
- Aumento de peso, sobrepeso ou obesidade;
- Tabagismo;
- Sedentarismo (falta de exercícios físicos);
- Hábitos de vida, por exemplo passar muitas horas em pé ou sentado;
- Hormônios, pílulas anticoncepcionais.
Com o aumento dos níveis de progesterona, como ocorre na gravidez, os vasos tornam-se mais frágeis, aumentando os riscos do desenvolvimento de insuficiência venosa.
ComplicaçõesSem tratamento, a insuficiência venosa aumenta o risco de desenvolver complicações como: inchaço, trombose venosa profunda, alterações na pele, erisipela, dermatites e úlceras varicosas.
PrevençãoPara combater e prevenir a insuficiência venosa, recomenda-se movimentar sempre as pernas, evitar mantê-las para baixo ou paradas por muito tempo; praticar atividade física regularmente, com acompanhamento; manter o peso e dietas adequados e fazer uso de meias elásticas de baixa ou média compressão durante o dia (quando recomendado) e durante viagens prolongadas.
O tratamento da insuficiência venosa é da responsabilidade do/a médico/a angiologista ou cirurgião/ã vascular.
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Sim, na grande maioria das vezes existe tratamento para a insuficiência venosa, entretanto, existem casos de doenças crônicas em que já não alcança a cura, mas da mesma forma deve ser tratada e acompanhada para evitar complicações ou piora da doença.
Como é o tratamento da insuficiência venosa?O tratamento da insuficiência venosa varia de acordo com a causa e gravidade, podendo incluir medidas gerais, como uso de meia elástica, exercícios física, elevação das pernas e orientações de alimentação; escleroterapia, laser e cirurgia.
EscleroterapiaNa escleroterapia, aplica-se um líquido no interior dos vasos sanguíneos por meio de agulhas bem finas. Esse líquido esclerosante destrói e cicatriza o vaso doente.
A escleroterapia é indicada somente para casos de insuficiência venosa em vasos de pequeno calibre, pois pode causar manchas e complicações nos vasos sanguíneos maiores.
Essa forma de tratamento da insuficiência venosa não causa dor importante, porém é preciso a realização de várias sessões para se atingir bons resultados.
Ecoesclerose (espuma)A ecoesclerose consiste na aplicação por meio de uma injeção guiada pelo doppler, de um produto em forma de espuma. Essa substância espumosa "entope" a veia doente, que não recebe mais qualquer volume de sangue, resolvendo as varizes.
LaserA aplicação de laser destrói os vasos sanguíneos de fino calibre afetados pela insuficiência venosa. Tem melhores resultados nas veias finas de coloração roxa, localizadas logo abaixo da pele.
Contudo, a escleroterapia é mais eficaz para tratar as varizes e o laser não é indicado para todos os tipos de pele.
CirurgiaO tratamento cirúrgico da insuficiência venosa consiste na remoção do vaso sanguíneo doente. Na microcirurgia, não é preciso internamento e a cirurgia pode ser feita na clínica, desde que a veia tenha um pequeno calibre.
A microcirurgia é realizada com poucos cortes. Quando necessário, o período de internamento normalmente não é superior a 1 dia.
Medidas gerais: Meias elásticasAs meias elásticas são muito usadas para tratar casos de varizes e insuficiência venosa, já que auxiliam o retorno do sangue das veias para o coração.
O uso de meias elásticas é indicado sobretudo ao longo do dia, principalmente se a paciente permanece em pé por muito tempo.
Apesar de ser uma forma simples e prática de tratar a insuficiência venosa, as meias elásticas devem ser prescritas pelo médico responsável pelo tratamento. Se as meias não tiverem o grau de compressão adequado, o seu uso pode causar complicações.
Exercícios físicosTodos os exercícios que trabalham os músculos das panturrilhas, como andar, correr e andar de bicicleta, favorecem a circulação sanguíneas nos membros inferiores.
Vale lembrar que a musculatura da "batata da perna", também conhecida como panturrilha, é considerada pelos cardiologistas como o "2º coração" do corpo, tão grande é a importância desses músculos no retorno do sangue para o coração.
Apesar dos benefícios da atividade física no tratamento da insuficiência venosa, a musculação deve ser evitada.
Elevação das pernasPara ajudar o retorno venoso, é importante que as pernas fiquem acima do nível do coração. Portanto, sentar-se com as pernas elevadas numa cadeira não é tão eficaz.
O ideal é elevar os pés da cama com um calço embaixo dos mesmos. O importante é que o tronco e as pernas fiquem inclinados, o que irá ajudar o sangue a voltar ao coração.
Orientação de alimentaçãoA alimentação deve ser equilibrada, pois a ingesta de grande quantidade de gordura pode agredir a parede do vaso sanguíneo e ao mesmo tempo aumentar o peso da pessoa, que consequentemente prejudica as pernas, pela sobrecarga de peso, gerando mais varizes.
Para avaliar o seu caso, o melhor tratamento e orientações, agende uma consulta com médico angiologista ou cirurgião vascular.
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Um dos principais sinais de insuficiência venosa é o aparecimento de veias elevadas e dilatadas (varizes), principalmente nas pernas. Essas veias têm trajetos tortuosos e coloração azulada, podendo levar anos para se tornarem evidentes.
As varizes são o principal sintoma da insuficiência venosa crônica.
Outros sinais e sintomas da insuficiência venosa incluem:
- Dor,
- Peso nas pernas,
- Cansaço,
- Sensação de queimaduras ou formigamento,
- Cãibras,
- Prurido (coceira),
- Edema (inchaço).
Os sintomas geralmente pioram ao final do dia, em dias mais quentes, ou em situações de distúrbios hormonais ou ciclo menstrual.
Como ocorre a insuficiência venosa?O sangue circulante no corpo desce até os pés quando é bombeado pelo coração. Porém, para descer, o sangue é auxiliado pela gravidade. Para voltar ao coração, ele precisa de uma ajuda, que vem da contração dos músculos das panturrilhas e através de válvulas muito pequenas existentes na parede das veias que executam um trabalho fundamental no retorno sanguíneo. Essas válvulas atuam abrindo-se e fechando-se constantemente, impulsionando o sangue para cima, no sentido do coração.
Na insuficiência venosa, esse funcionamento complexo é afetado e o sangue acumula-se nas pernas. O acúmulo de sangue ocorre nos locais em que as válvulas não estão funcionando. Logo, ocorre um aumento de pressão no interior das veias que dilata os vasos sanguíneos, levando ao aparecimento de varizes.
A insuficiência venosa e as varizes são mais comuns nas mulheres devido à ação do hormônio progesterona, que deixa as paredes das veias mais fracas e mais fáceis de se dilatarem. Com paredes mais frágeis, as veias não fornecem um bom suporte para impulsionar o sangue de volta para o coração.
O diagnóstico e tratamento da insuficiência venosa é da responsabilidade do/a médico/a angiologista ou cirurgião/ã vascular.
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Sim, insuficiência mitral avançada pode levar à morte, mas existe tratamento.
O tratamento varia um pouco, de acordo com a causa e gravidade da insuficiência, além das características do paciente. Podemos dividir o tratamento em:
- Medicamentoso
- Cirurgia aberta
- Procedimentos menos invasivos - percutâneos.
Para os casos de insuficiência mitral leve e paciente estável, pode ser indicado tanto tratamento medicamentoso, com IECA (inibidores de enzima conversora de angiotensina) e betabloqueadores, quanto a cirurgia para correção ou troca de válvula, que resolveria completamente o problema. Embora as últimas diretrizes de tratamento descritas pela sociedade brasileira de cardiologia, reafirmem que não existem ainda resultados concretos de que haja melhora substancial na sobrevida do paciente operado, quando comparado aos pacientes acompanhados clinicamente.
Já os casos mais graves podem necessitar imediatamente de cirurgia cardíaca, entretanto, devido ao risco elevado da cirurgia e de a grande maioria desses casos ser de pacientes idosos e com outras doenças, grande parte está contraindicado, levando a manutenção de tratamento conservador, medicamentoso ou procedimentos percutâneos, como o cateterismo.
Assim, pacientes idosos com insuficiência mitral avançada e que apresentam um risco elevado para serem submetidos ao procedimento cirúrgico convencional são tratados com uma forma de cirurgia menos traumática (MitraClip).
Tratamento cirúrgicoNa cirurgia percutânea com MitraClip, por exemplo, são colocados pequenos grampos com apenas 5 milímetros de espessura na válvula mitral. Os grampos aproximam os folhetos da válvula, diminuindo ou eliminando o vazamento de sangue de volta para o átrio.
Esse procedimento cirúrgico tem como objetivo corrigir o defeito da válvula mitral em casos de processos degenerativos dos folhetos ou de dilatação ou retração dos músculos que controlam a abertura e o fechamento dos folhetos.
A implantação dos grampos ou clipes é feita por cateterismo. O procedimento é realizado pela introdução de um pequeno tubo em uma veia pela virilha, através da qual é possível chegar ao coração e realizar a cirurgia nem a necessidade de abrir o peito do paciente.
A cirurgia de implantação de grampos pode melhorar os sintomas de falta de ar, a capacidade de realizar atividade física, o funcionamento do coração e a qualidade de vida de um modo geral, reduzindo inclusive o risco de morte.
O/A cardiologista e o/a cirurgião/ã cardiovascular são os especialistas responsáveis pelo tratamento da insuficiência mitral.
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Os sinais e sintomas da insuficiência mitral podem incluir falta de ar, cansaço ao realizar esforço físico, palpitações, inchaço nos tornozelos ou pés, perda de consciência, ou em casos graves até mesmo a morte.
Contudo, nem todas as pessoas com insuficiência mitral manifestam sintomas, que dependem da velocidade de evolução e da gravidade do problema.
A insuficiência mitral é a doença mais comum que afeta as válvulas cardíacas. Normalmente, os casos evoluem lentamente e a pessoa pode ficar vários anos sem manifestar sinais e sintomas.
Por outro lato, sabe-se que pessoas com insuficiência mitral em estágio avançado têm má evolução do quadro com o passar do tempo.
Coração e pulmõesNos casos mais graves de insuficiência mitral, o coração pode ficar todo dilatado e os pulmões entram em sobrecarga.
A dilatação do coração ocorre pelo acúmulo de sangue nas suas câmaras, já que o defeito da válvula mitral provoca um regurgitamento de sangue para o átrio, invertendo o fluxo sanguíneo normal.
Uma vez que o coração está sempre cheio, o sangue que deveria chegar dos pulmões também se acumula nesses órgãos, que entram em sobrecarga.
A insuficiência ou regurgitação mitral, como também é conhecida, é provocada por um defeito que impede o fechamento completo da válvula mitral. Como resultado, ocorre um regurgitamento de sangue para dentro do coração no momento em que ele deveria ser bombeado para o resto do corpo.
O tratamento da insuficiência mitral pode ser feito com medicamentos ou cirurgia, de acordo com a gravidade de cada caso.
O médico cardiologista é o especialista responsável pelo diagnóstico da insuficiência mitral.
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Existem diversas doenças e condições que podem causar insuficiência mitral, como degeneração dos folhetos, prolapso da válvula mitral, ruptura dos tendões que sustentam a válvula, infarto, insuficiência cardíaca, infecções (endocardite), doença de Barlow e febre reumática.
Há ainda vários fatores de risco que favorecem o aparecimento da insuficiência mitral, tais como envelhecimento, doenças cardíacas ou coronarianas, defeitos presentes desde o nascimento, febre reumática, infarto e uso de certos medicamentos.
Válvula mitralO coração tem 4 válvulas: aórtica, pulmonar, tricúspide e mitral. Duas estão localizadas entre as câmaras cardíacas (tricúspide e mitral) e as outras duas ficam no início da artéria aorta e pulmonar. A função dessas válvulas é manter e controlar a entrada e a saída de sangue do coração, bem como o fluxo sanguíneo entre as suas câmaras.
A válvula mitral, também conhecida como bicúspide por ser formada por duas partes (folhetos), separa o átrio esquerdo do ventrículo esquerdo. O átrio esquerdo é a câmara cardíaca por onde entra o sangue proveniente do pulmão, rico em oxigênio. Do átrio esquerdo, o sangue passa para o ventrículo do mesmo lado, de onde é bombeado para o resto do corpo.
Portanto, a função da válvula mitral é permitir a passagem do sangue do átrio para o ventrículo e depois impedir que o sangue retorne para o átrio quando é bombeado pelo ventrículo.
Durante a passagem do fluxo sanguíneo entre as câmaras, a válvula se abre; no momento em que o sangue é bombeado para o resto do corpo, ela fecha-se, para impedir que o sangue retorne.
Esse controle harmonioso do fluxo de sangue é feito através de movimentos constantes de abertura e fechamento dos folhetos que compõem as válvulas cardíacas.
Na insuficiência mitral, as estruturas que sustentam esses folhetos ou os próprios folhetos estão comprometidos. Como resultado, a válvula não se fecha completamente e o sangue volta para o átrio, não permanecendo no ventrículo.
Os sintomas podem incluir falta de ar, cansaço ao realizar esforço físico, palpitações, inchaço nos tornozelos ou pés ou perda de consciência.
O tratamento pode ser feito com medicamentos, nos casos leve e moderados, ou cirurgia, na insuficiência mitral avançada.
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A insuficiência mitral é uma doença que atinge uma das válvulas do coração, a válvula mitral, impedindo que ela se feche totalmente.
Neste caso, o defeito da válvula permite que uma pequena quantidade de sangue retorne para o átrio esquerdo e depois para os pulmões, ao invés de irrigar o corpo, como deveria acontecer em condições normais.
1 - Válvula mitral. (A seta vermelha indica que o sangue está retornando para o átrio, provavelmente por um defeito na válvula), 2- Ventrículo esquerdo, 3- Átrio esquerdo.A válvula mitral é uma estrutura do coração que separa o átrio esquerdo (3) do ventrículo esquerdo (2). Esta válvula permite que o sangue oxigenado, vindo dos pulmões, passe do átrio para o ventrículo esquerdos e depois, ao sair do ventrículo esquerdo, leve oxigênio para todo o corpo, através da circulação sanguínea.
Quando existe um defeito nessa válvula, o sangue pode retornar, causando acúmulo de líquido nos pulmões além de dificuldade na oxigenação do corpo. O acúmulo de líquido nos pulmões dá origem a tosse, falta de ar e cansaço aos pequenos esforços.
Quais são os tipos de insuficiência mitral?A insuficiência mitral pode ser classificada como leve, moderada ou grave, de acordo com a gravidade da doença. Pode ser classificada ainda em aguda e crônica.
A aguda é a forma mais agressiva e que se instala rapidamente, enquanto a forma crônica, aquela que se desenvolve aos poucos, causando sintomas mais leves.
1. Insuficiência mitral leve ou discretaA pessoa com insuficiência mitral leve ou discreta, geralmente, não apresenta nenhum sintoma. Neste tipo de insuficiência, o coração se adapta ao defeito da válvula e à alteração da circulação sanguínea e somente é identificada em exames de rotina quando o médico ausculta o coração do paciente.
Normalmente não necessita de tratamento, mas precisa ser acompanhada pelo cardiologista.
2. Insuficiência mitral moderadaNa insuficiência mitral moderada a pessoa começa com alguns sintomas que não são específicos da doença como, por exemplo, cansaço sem uma causa aparente.
Podem ser necessários exames como Raio-X de tórax ou ultrassonografia para avaliar o funcionamento do coração e da válvula mitral.
3. Insuficiência mitral graveQuando a insuficiência mitral se torna mais grave, o paciente começa apresentar cansaço e sintomas mais característicos da doença como tosse, falta de ar e inchaço nas pernas, especialmente nos pés e tornozelos.
Os exames que detectam esse quadro será o raio-X e ultrassom, ou ecocardiograma.
O tratamento depende da gravidade do quadro e pode ser feito com medicamentos ou procedimento cirúrgico, para correção do defeito da válvula ou para a sua substituição.
4. Insuficiência mitral agudaA insuficiência mitral aguda é uma condição grave que acontece devido à ruptura da musculatura cardíaca. Geralmente ocorre devido ao infarto agudo do miocárdio e uma infecção no coração (endocardite infecciosa).
O tratamento definitivo é cirúrgico e é feito para reparar a válvula ou mesmo, substituí-la.
5. Insuficiência mitral crônicaA insuficiência mitral crônica inicialmente pode ser silenciosa, não apresenta nenhum sintoma. Os sintomas vão se instalando lentamente na medida em que a doença evolui e incluem: falta de ar, cansaço e palpitações.
Ocorre devido a doenças como febre reumática, calcificação, prolapso de válvula ou problemas genéticos de malformação da válvula mitral. O tratamento pode ser efetuado com medicamentos ou através de procedimento cirúrgico.
Quais os sintomas da insuficiência mitral?Os sintomas surgem na medida que a doença avança e incluem:
- Tosse
- Cansaço sem motivo aparente
- Falta de ar
- Palpitações
- Inchaço nas pernas, especialmente nos tornozelos e pés
Quando a insuficiência mitral é leve ou discreta pode ser que não seja necessário nenhum tratamento específico, ou que precise somente de uso de medicações. Entretanto, é preciso acompanhamento médico para monitorar o desenvolvimento da doença.
Os medicamentos usados para o tratamento da insuficiência cardíaca são os diuréticos e os antiarrítmicos (medicamentos para corrigir arritmias).
Se houver piora da doença, pode ser indicado tratamento cirúrgico, para reparar o problema da válvula ou mesmo para substituir a válvula com defeito por uma válvula artificial.
Para saber mais sobre o tratamento, você pode ler: Insuficiência mitral pode matar? Existe tratamento?
Causas de insuficiência mitralA insuficiência mitral pode ser provocada por:
- Infarto Agudo do miocárdio (IAM),
- Insuficiência cardíaca ("coração grande"),
- Febre reumática,
- Infecções como endocardite, e
- Problemas da própria válvula (ruptura de tendões que a sustentam, degeneração).
É importante procurar um médico se você sentir:
- Tontura com frequência
- Apresentar episódio de desmaio (síncope)
- Cansaço sem motivo aparente
- Falta de ar em situações simples, como caminhadas (antes não percebida)
- Palpitações (coração disparado)
O acompanhamento médico com um cardiologista é fundamental para definir o tratamento e principalmente, monitorar o desenvolvimento da insuficiência mitral.
Referências:
American Heart Association
American College of Cardiology
O tratamento para insuficiência hepática varia de acordo com a gravidade da doença e maior risco de morte.
Nos casos avaliados com menor risco de óbito, após uma avaliação muito criteriosa por equipe de especialistas nessa área, o tratamento deve ser de suporte e estabilização do quadro em centro de tratamento intensivo (CTI), com o objetivo de prevenção das complicações e correção das alterações já existentes.
Esse tratamento se baseia principalmente em:
- Internação em centro de tratamento intensivo (CTI)
- Monitorar sinais vitais (pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura) e Glicemia
- Monitorar pressão intracraniana
- Suporte nutricional
- Corrigir alterações ou complicações precocemente
- Iniciar antibióticos ao primeiro sinal de infecção.
As complicações mais comuns e mais temidas na insuficiência hepática aguda são o edema cerebral, distúrbios de coagulação e predisposição à infecções, portanto essas situações devem ser rigorosamente vigiadas, para tratamento precoce, caso seja necessário, aumentando as chances de cura do paciente.
Nos pacientes avaliados com alto risco de ir a óbito, o tratamento deve ser o Transplante de fígado precoce.
Transplante de fígadoO transplante de fígado é a única forma de salvar a vida de pessoas com insuficiência hepática com risco iminente de ir a óbito. Quando a falência hepática não é causada pelo uso de acetaminofeno (paracetamol), os critérios para decidir o momento do transplante hepático são discutidos constantemente e de difícil avaliação.
Nas doenças metabólicas e na doença de Wilson, o transplante de fígado é capaz de curar definitivamente a insuficiência hepática.
O transplante de fígado é contraindicado em casos de infecções que estejam ativas e sem controle, edema cerebral sem chances de ser revertido, tromboses venosas que impeçam a cirurgia, falência múltipla de órgãos e idade muito avançada.
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O que pode causar insuficiência hepática?
Quais os sintomas da insuficiência hepática?
Insuficiência hepática tem cura? Quais as possíveis complicações?
A insuficiência hepática aguda pode ter cura dependendo da causa, e da condição clínica do paciente. Pacientes com doença hepática prévia, ou muitas doenças associadas, tem uma chance menor de cura.
Entretanto, a regeneração do fígado em pacientes que desenvolvem insuficiência hepática aguda parece estar mais relacionada com a causa. Entre as causas mais comuns estão as hepatites virais e intoxicação por medicamentos, sendo o paracetamol o mais frequente.
Nos casos de hepatite tipo B, as chances de cura variam entre 40 a 50%, na tipo A, 50 a 70%. Nos casos de intoxicação por paracetamol, 50 a 55% apresentam melhora, porém, nos casos de intoxicação medicamentosa por anti-inflamatórios ou certos antibióticos, a chance de cura não ultrapassa os 25%.
Complicações da Insuficiência hepáticaAs complicações mais temidas e que reduzem as chance de cura do paciente são:
- Edema cerebral (acúmulo de líquido ne cérebro)
- Ascite (acúmulo de líquido na barriga)
- Distúrbios da coagulação (sangramentos)
- Insuficiência renal aguda
- Predisposição à infecções (Pneumonia, Sepse)
- Falência de múltiplos órgãos
O acúmulo de líquido no cérebro (edema cerebral), distúrbios na coagulação e a falência múltipla de órgãos são as principais causas de morte nos casos de insuficiência hepática.
Outras complicaçõesA hipoglicemia, que se caracteriza pela baixa concentração de açúcar (glicose) no sangue, pode estar presente numa quantidade significativa de casos de insuficiência hepática. Esta alteração está relacionada à deficiência de produção e liberação de glicose pelo fígado doente.
A bradicardia (frequência cardíaca baixa) e a hipotensão (pressão baixa), são complicações cardiovasculares também possíveis e temidas nesses pacientes.
O diagnóstico e tratamento da insuficiência hepática é da responsabilidade do/a médico/a hepatologista e cirurgião, quando houver necessidade de transplante hepático.
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Qual é o tratamento para insuficiência hepática?
Os primeiros sinais e sintomas podem ser apenas: náuseas, cansaço e mal-estar. Depois surge a icterícia, decorrente do acúmulo de bilirrubina não processada pelo fígado e que deixa a pele e os olhos amarelados.
Contudo, o sintoma mais evidente da insuficiência hepática é o aparecimento da encefalopatia (confusão mental). Ainda não está bem definida a causa da encefalopatia, entretanto parece ser devido ao acúmulo de toxinas não depurada pelo fígado doente. Essa manifestação pode surgir antes ou após a icterícia.
Outros sinais e sintomas são: Hipotensão arterial, hipoglicemia, ascite (aumento do volume da barriga), Insuficiência renal aguda, sangramentos de difícil controle e maior predisposição à infecções.
Os sinais e sintomas da insuficiência hepática podem ir se manifestando lentamente ou começar de forma rápida, evoluindo progressivamente e provocando a falência de vários órgãos e sistemas do corpo.
Insuficiência hepática agudaA insuficiência hepática aguda se caracteriza pela falência das funções do fígado com aparecimento de encefalopatia em até 8 semanas após o início da doença, no caso de pessoas sem doença hepática prévia, ou 2 semanas, para os pacientes hepatopatas (com doença prévia).
Outra característica da insuficiência hepática aguda é o acometimento de outros órgãos e sistemas, como cérebro, pulmões, rins, sistema circulatório e imunológico.
Na falência hepática chamada subfulminante, a encefalopatia surge entre a 2ª e a 12ª semana após a icterícia.
O diagnóstico e tratamento da insuficiência hepática são de responsabilidade do/a médico/a hepatologista.
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