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A mulher pode doar sangue estando menstruada?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. A mulher pode doar sangue mesmo estando menstruada.

A menstruação não é impedimento para doação de sangue.

A perda de sangue que ocorre durante a menstruação é uma perda prevista pelo corpo da mulher e seu organismo está adaptado a fazer a reposição necessária.

Em cada doação de sangue são coletados em torno de 450 mL de sangue, o que corresponde menos de 10% do total de volume sanguíneo. Essas células sanguíneas doadas são repostas pelo organismo ao longo do tempo e não fará falta no desempenho das funções metabólicas da pessoa que doou.   

Por isso, a doação de sangue durante o período menstrual não apresenta nenhum risco à saúde da mulher.

A doação de sangue é uma prática muito importante que pode salvar vidas. Se você tem entre 16 e 69 anos de idade e tem peso acima de 50 Kg, procure um Centro de Doação (Hemocentro) mais próximo para maiores informações.

Hipotireoidismo tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O hipotireoidismo não tem cura. Trata-se de uma doença crônica que muitas vezes requer tratamento durante toda a vida. Contudo, através da reposição do hormônio tireoidiano, o hipotireoidismo pode ser totalmente controlado. O medicamento é administrado sob a forma de comprimidos que devem ser tomados diariamente.

A medicação usada no tratamento do hipotireoidismo contém um hormônio feito em laboratório (levotiroxina) que substitui o hormônio T4 produzido pela tireoide. O hormônio tireoidiano T3 raramente é utilizado.

O medicamento geralmente é tomado de manhã, ainda em jejum e pelo menos 30 minutos antes do café da manhã, para que os alimentos não interfiram na absorção. Caso a pessoa tenha que tomar outra medicação no mesmo horário, recomenda-se esperar 30 minutos para tomá-la, para não atrapalhar a absorção da levotiroxina.

Uma vez que a doença não tem cura, o tratamento não incide sobre a causa do hipotireoidismo, mas sobre a falta do hormônio tireoidiano. Por isso, grande parte das pessoas com hipotireoidismo precisa tomar a medicação até o fim da vida. A dose de hormônios administrada é definida através do exame de TSH.

O papel da medicação é desempenhar a função do hormônio tireoidiano, como se a tireoide estivesse funcionando normalmente.

O tratamento do hipotireoidismo causa efeitos colaterais?

Se a carga hormonal for elevada, pode causar efeitos colaterais ao longo do tempo, como alterações no funcionamento do coração, arritmias, aumento do apetite, tremores, insônia e perda de massa óssea. 

Por outro lado, se a pessoa não tomar a quantidade necessária de hormônios, o seu metabolismo continuará lento e os sintomas do hipotireoidismo permanecerão.

Contudo, assim que a dosagem é ajustada, os sintomas desaparecem, sem prejuízos na qualidade de vida do paciente.

As doses de hormônio muitas vezes precisam ser ajustadas ao longo do tratamento, inclusive durante a gestação. Encontrar a dose adequada de hormônio para cada pessoa pode levar semanas. Por essa razão, no início do tratamento, as dosagens podem aumentar progressivamente.

Quais as consequências se o hipotireoidismo não for tratado?

É importante começar a tratar o hipotireoidismo tão logo ele seja identificado. Sem tratamento, a doença pode causar enfraquecimento do coração e diminuição dos batimentos cardíacos, gerando falta de ar, inchaço, aumento da pressão arterial e do colesterol.

Porém, com o tratamento adequado, se a pessoa tomar corretamente a medicação e os níveis de TSH estiverem normais, é possível ter uma vida normalmente ativa.

Vale ressaltar que as dosagens de hormônios são feitas em microgramas ao invés de miligramas, como acontece com a maioria dos remédios. Por isso, não é recomendado mandar manipular o medicamento, para não haver risco de errar a dose e reduzir a absorção do hormônio pelo corpo. 

O especialista responsável pelo tratamento do hipotireoidismo é o médico endocrinologista. Os medicamentos e as dosagens devem ser sempre ajustadas pelo médico responsável pelo tratamento e nunca devem ser alterados sem indicações do profissional.

Como posso saber se tenho artrose? Quais são os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da artrose podem incluir dor, rigidez, inchaço, perda da mobilidade e deformidade na articulação afetada. Os sinais e sintomas manifestam-se principalmente nos dedos das mãos e nos joelhos, mas também são comuns no quadril e na coluna vertebral.

Os sintomas da artrose normalmente evoluem lentamente, podendo desaparecer e reaparecer, em crises. A inflamação na articulação pode desencadear períodos de inchaço, observado principalmente nos dedos das mãos e nos joelhos.

À medida que a artrose evolui, aumenta a limitação dos movimentos na articulação afetada. Nas artroses mais avançadas, surgem deformidades articulares, que podem ser observadas sobretudo sob a forma de nódulos nas articulações dos dedos das mãos.

Dor da artrose

A dor da artrose normalmente piora com o frio e ao longo do dia, com os movimentos e esforços físicos. Ao repouso, a dor costuma aliviar. 

Embora a dor se manifeste quase sempre na articulação afetada, em alguns casos de artrose de quadril, a dor pode ser sentida na virilha e irradiar para o joelho.

Nas artroses de coluna que afetam a coluna lombar, a dor pode irradiar para as pernas, enquanto que nas artroses da coluna cervical, a dor pode irradiar para os membros superiores, cabeça e tórax.

Normalmente, as dores não ocorrem durante a noite e não costumam interferir com a qualidade do sono. Porém, em casos muito avançados de artrose, principalmente nos joelhos e quadril, a dor também pode ocorrer durante a noite.

Vale ressaltar que não existe uma relação entre a intensidade da dor e o grau de lesão na articulação. Há pessoas com artrose avançada que sentem pouca dor, enquanto outras com um grau leve de artrose podem sentir muitas dores.

O que é artrose?

Artrose é uma doença crônica em que há perda da cartilagem articular e degeneração dos ossos que fazem parte da articulação. A cartilagem é uma estrutura responsável pela redução do impacto e do atrito entre os ossos.

Uma vez que a cartilagem articular é fundamental para o movimento adequado da articulação, a dor vai piorando com o tempo e os movimentos vão sendo cada vez mais afetados. Com a imobilidade, a musculatura fica atrofiada, a articulação fica mais instável e as lesões pioram.

Com o tempo, a articulação torna-se incapaz de exercer a sua função, pois perde a cartilagem articular e apresenta crescimento ósseo na sua periferia. A pessoa vai ficando cada vez mais limitada, até não conseguir movimentar a articulação sem precisar fazer muito esforço e sentir dor intensa.

Trata-se de uma condição crônica que tende a agravar com o passar do tempo. O diagnóstico adequado permite a indicação de algumas medidas que podem reduzir a progressão da artrose e melhorar os sintomas.

Qual é o tratamento para artrose?

O tratamento da artrose inclui medidas não farmacológicas (perda de peso, fisioterapia, fortalecimento e alongamento muscular, uso de sapatos amortecidos e ortopédicos), medicamentos (analgésicos, anti-inflamatórios), injeção local e, em alguns casos, cirurgia.

As formas de tratamento dependem do acometimento em cada pessoa, da intensidade da dor e da rigidez da articulação atingida.

Consulte o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação e acompanhamento necessários.

O que é um lipoma?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Lipoma é um tumor benigno do tecido gorduroso, que surge preferencialmente no tecido subcutâneo, localizado logo abaixo da pele, sobretudo na região posterior do pescoço. Os lipomas geralmente são notados quando a pessoa emagrece ou quando começam a crescer, pois ficam mais evidentes.

Os lipomas são firmes, elásticos e macios ao toque, podendo ser palpados sob a forma de um relevo na pele. Quando cresce muito, o lipoma causa um grande desconforto físico e estético, mesmo quando não causa dor.

O lipoma é um tumor relativamente comum, sendo mais frequente em mulheres. Geralmente aparece sozinho, mas também pode ocorrer em forma múltipla. Estima-se que cerca de 1% a 2% da população possui um ou mais lipomas no corpo.

Os lipomas não são comuns em crianças e também não têm relação com obesidade ou excesso de peso.

O crescimento do lipoma geralmente é lento e o tumor não provoca sintomas na maioria dos casos.

O lipoma localizado logo abaixo da pele (lipoma superficial subcutâneo) é o tipo de lipoma mais comum .

Quais os sinais e sintomas do lipoma?

O lipoma normalmente se apresenta como uma protuberância pequena e arredondada que surge logo abaixo da pele, medindo em média 1 e 3 cm de diâmetro. Há casos raros em que o tumor atinge grandes dimensões, formando os chamados lipomas gigantes.

O lipoma pode surgir em qualquer parte do corpo, sendo perceptível sob a forma de nódulos na pele. Os lipomas podem surgir isoladamente ou em grupos.

Os locais que os lipomas tendem a surgir são: tronco, braços, pernas, coxas, costas, ombros, região posterior do pescoço, nádegas e axilas. Já os lipomas profundos podem ocorrer nos músculos ou ainda dentro da articulações.

Os lipomas normalmente não causam dor, mas dependendo da localização podem comprimir órgãos e estruturas vizinhas e provocar uma série de sintomas.

O diagnóstico pode ser feito apenas através da palpação. Em caso de dúvida, o/a médico/a poderá diagnosticar a lesão por ultrassonografia ou biópsia.

O lipoma não deve ser confundido com o lipossarcoma, um tumor de pele maligno e que normalmente não é causado por um lipoma prévio. O lipossarcoma é um câncer que acomete células de gordura da pele e tem altas taxas de metástase (disseminação do câncer para outras partes do corpo).

Qual é o tratamento para lipoma?

A cirurgia para retirar o lipoma só é indicada por razões de estética, incômodo ou pela localização. Se houver dúvidas quanto à benignidade do tumor, o tratamento cirúrgico também é indicado.

O tratamento do lipoma consiste na sua remoção através de cirurgia ou lipossucção (aspiração do conteúdo gorduroso do lipoma). O tipo de tratamento depende do tamanho e da localização do tumor.

A cirurgia para retirar o lipoma é indicada apenas em casos de desconforto estético ou físico, como ao realizar movimentos, ou ainda na presença de dor.

Durante o procedimento cirúrgico, o lipoma deve ser completamente retirado. A permanência de tecidos do tumor no local pode levar ao crescimento de um novo lipoma.

O tratamento por lipossucção é indicado apenas para lipomas pequenos. Apesar de ser menos invasivo e deixar uma cicatriz menor, o risco do lipoma não ser totalmente retirado é maior, já que durante o procedimento a visualização do interior do tumor é limitada.

O/a médico/a dermatologista é o/a responsável pelo diagnóstico e tratamento do lipoma.

Uma otite pode virar meningite?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, embora seja um evento raro, uma otite pode causar meningite devido à proximidade entre o ouvido médio e a meninge, uma membrana que recobre o cérebro, a medula espinhal e todo o sistema nervoso central.

A meningite é uma inflamação das meninges. As meningites podem ser causadas por vírus, bactérias, fungos (meningite fúngica), parasitas, lesões físicas, Infecções, otites, câncer e uso de medicamentos.

Os sintomas da meningite podem incluir febre alta, vômitos, dor de cabeça, dor no pescoço, mal-estar, rigidez de nuca (dificuldade de encostar o queixo no peito) e manchas roxas na pele.

O que é otite?

A otite média é uma infecção no ouvido médio (atrás do tímpano) causada por uma bactéria e que ocorre na maioria das vezes após episódios de resfriados ou outras infecções virais, embora também seja frequente após o contato com outras crianças e durante as doenças infecciosas da infância, como o sarampo.

Otite Quais são os sintomas da otite?

Os principais sintomas da otite média incluem: dor severa, diminuição da audição, febre, agitação, irritabilidade e choro fácil (crianças), perda de apetite, tontura, vertigem, secreção no ouvido (quando ocorre perfuração do tímpano), vômitos e diarreia (crianças pequenas).

Como prevenir a otite em crianças?
  • Amamentar, pois o leite materno confere proteção contra a otite e outras infecções;
  • Na hora da amamentação, evitar manter o bebê deitado. Se possível, deixá-lo inclinado;
  • Manter o calendário vacinal atualizado;
  • Não fumar em casa, pois a fumaça do cigarro aumenta o risco de otite devido aos danos que causa na tuba auditiva e às alterações que provoca na mucosa de proteção do nariz e da garganta.

O tratamento da otite é feito com medicamentos antibióticos e analgésicos.

Em caso de suspeita de otite, deve-se consultar um médico clínico geral, médico de família ou pediatra, no caso das crianças.

O que pode causar convulsão?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As convulsões são contrações involuntárias da musculatura de alguma parte do corpo ou de todo o corpo, causadas por alterações na atividade elétrica cerebral. Podem ser desencadeadas por motivos diversos, desde hereditários, problemas durante o parto, doenças localizadas ou situações momentâneas, como falta de açúcar no sangue ou excesso de eletrólitos.

Podemos citar como causas possíveis de convulsão, as seguintes:

  • Febre alta (principalmente em crianças com menos de 4 anos);
  • Epilepsia, doença estabelecida;
  • Esquecimento da medicação (nos casos de portador de epilepsia);
  • Hipoglicemia (baixos níveis de açúcar no sangue);
  • Intoxicações por álcool, drogas, produtos químicos, entre outros;
  • Efeitos colaterais de medicamentos;
  • Infecções cerebrais, como casos de meningites ou encefalites;
  • Doenças infecciosas e ou infecto parasitárias como AIDS e toxoplasmose;
  • Traumatismo craniano;
  • Tumor cerebral ou metástase cerebral;
  • Hemorragia cerebral;
  • Falta de oxigenação cerebral durante o parto (em recém-nascidos);
  • Distúrbios metabólicos em geral (aumento da uréia, nos casos de insuficiência renal, insuficiência hepática, distúrbios hidroeletrolíticos).
O que fazer em caso de convulsão?

A primeira coisa a fazer é verificar se está respirando normalmente, caso não esteja deve chamar uma ambulância de urgência;

Se estiver respirando normalmente, você deve deitar a pessoa de lado, com a cabeça protegida, para não se ferir, além de evitar engasgos com a própria saliva;

Nunca coloque nada dentro da boca da pessoa (não existe o risco da língua "enrolar");

Afrouxe também as roupas e afaste da vítima quaisquer objetos que possam lhe provocar ferimentos. Também é importante remover acessórios, como anéis, relógio, óculos, pulseiras, colares, entre outros.

Peça ajuda para levar a um serviço de urgência ou chame uma ambulância.

Em caso de convulsão, o paciente deverá ser avaliado por um/a médico/a clínico/a geral ou neurologista para definição da causa e devido tratamento.

Pode lhe interessar também: O que fazer em caso de ataque epilético?

Existe algum tratamento para quem tem útero baixo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, existe tratamento para útero baixo (prolapso uterino). As opções de tratamento variam de acordo com o grau do prolapso. Nos graus mais leves a primeira linha de tratamento consiste no uso de pessário, já em casos mais graves indica-se a realização de cirurgia.

Outras linhas terapêuticas que incluem a fisioterapia também podem ser usadas para os casos mais leves como: exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico e eletroterapia.

Mulheres com útero baixo que não apresentam sintomas não tem indicação de realizar tratamento. Mulheres que têm sintomas muito leves também podem optar pelo tratamento expectante, mas devem ter alguns cuidados para não piorar o quadro, como:

  • Perder peso;
  • Evitar levantar pesos;
  • Parar de fumar;
  • Combater a prisão de ventre.

Nos casos leves ou quando a mulher prefere adiar ou evitar a cirurgia, temos as seguintes opções de tratamento:

  • Pessário: Trata-se de um dispositivo inserido através da vagina que recoloca o útero no seu lugar anatômico, atuando como um suporte da região pélvica;
  • Fisioterapia:
    • Estimulação elétrica: Aplica-se uma corrente elétrica de baixa voltagem nos músculos do assoalho pélvico através da vagina. A corrente provoca uma contração dos músculos, fortalecendo a musculatura;
    • Biofeedback: É feito com um sensor que avalia as contrações musculares enquanto a mulher executa os exercícios pélvicos, indicando se os exercícios estão atuando nos músculos que se pretende fortalecer;
    • Exercícios de Kegel: São contrações voluntárias dos músculos do assoalho pélvico que visam fortalecer essa musculatura, dando maior sustentação ao útero;
  • Medicamentos: Os estrogênios de aplicação local em forma de creme podem não prevenir o prolapso uterino ou o risco de agravamento, mas melhoram os sintomas e exercem um papel positivo no pós-operatório.
Como é o tratamento cirúrgico para útero baixo?

A cirurgia de correção para prolapso uterino pode ser realizada através de diferentes técnicas feitas pela via vaginal, abdominal ou laparoscópica, com ou sem o uso de telas.

A cirurgia pode ou não incluir a retirada do útero (histerectomia) em mulheres jovens que ainda desejam engravidar preserva-se o útero, nos demais casos preconiza-se a histerectomia.

Quando há incontinência urinária ou fecal, a correção é feita na mesma cirurgia. 

O período de internamento é bastante curto e varia entre 2 e 3 dias, dependo do procedimento.

Para evitar um novo prolapso, é importante tomar as medidas já citadas, como perder peso, evitar pegar peso, parar de fumar e combater o intestino preso.

O ginecologista deverá avaliar o grau do prolapso uterino e indicar a forma de tratamento mais adequada.

Leia mais sobre o assunto em:

O que é prolapso uterino e como é o tratamento?

Quais os sintomas da menopausa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas que antecedem a menopausa incluem ondas de calor, suores noturnos, distúrbios do sono, ciclos menstruais irregulares (mais curtos ou mais longos), secura vaginal, alterações de humor (irritação, tristeza), desinteresse, dificuldade de concentração e depressão.

Esses sintomas, que a maioria das mulheres sentem, anunciam a chegada da menopausa e estão relacionados com o desequilíbrio na produção dos hormônios estrogênio e progesterona pelos ovários. Esses sintomas terminam 2 ou 3 anos após a última menstruação, em torno dos 53 ou 54 anos.

O primeiro sinal da aproximação da menopausa é a alteração dos períodos menstruais, que podem ocorrer com mais ou menos frequência. Os ciclos geralmente ficam irregulares durante 1 a 3 anos antes da menstruação parar de vir completamente.

Após a menopausa, os sintomas estão mais associados aos baixos níveis de estrogênio e podem ser:

  • Atrofia e perda da lubrificação vaginal;
  • Dor na relação sexual;
  • Esquecimento;
  • Dor de cabeça;
  • Diminuição da libido;
  • Atrofia da uretra, que pode levar à incontinência urinária;
  • Diminuição da elasticidade da pele;
  • Maior risco de osteoporose e doenças cardiovasculares;
  • Aumento da cintura e dos braços;
  • Queda e quebra de cabelo;
  • Infecções vaginais;
  • Alterações nos níveis de colesterol;
  • Dores nas articulações;
  • Batimento cardíaco irregular.
Quando surgem os primeiros sintomas da menopausa?

Os primeiros sintomas da menopausa começam a aparecer por volta dos 45 anos de idade, uma vez que a última menstruação da mulher (menopausa) ocorre, em média, aos 50 anos.

Com a aproximação e a chegada da última menstruação, o corpo começa a produzir menos hormônios femininos estrógeno e progesterona. Os níveis mais baixos desses hormônios são as causas dos sintomas da menopausa.

Os sintomas da menopausa variam de mulher para mulher e podem durar 5 anos ou mais. Quando a menopausa ocorre devido à retirada dos ovários, os sintomas tendem a ser mais intensos e começam subitamente.

O que é menopausa?

A menopausa é a última menstruação da vida da mulher. Considera-se que a mulher chegou à menopausa quando fica 1 ano sem menstruar. A partir de então, ela entra na pós-menopausa. Na maioria das vezes, ocorre entre os 45 e os 55 anos de idade. Após a menopausa, a mulher não pode mais engravidar, uma vez que os ovários deixam de liberar óvulos.

À medida que a menopausa se aproxima, os períodos menstruais ocorrem com menos frequência e eventualmente param. Às vezes, isso acontece de repente. Contudo, na maioria dos casos, a menstruação vai parando lentamente ao longo do tempo.

Apesar de ser um processo fisiológico normal, a menstruação também pode ser antecipada em algumas situações, como após a retirada dos ovários durante a idade reprodutiva, quimioterapia ou terapia hormonal para câncer de mama.

Existe algum tratamento para os sintomas da menopausa?

O tratamento para os sintomas da menopausa é feito com terapia de reposição hormonal, medicamentos ou mudanças na dieta e no estilo de vida. O tratamento depende de muitos fatores, como a gravidade dos sintomas, o estado de saúde geral da mulher e as preferência pessoais da paciente.

Terapia de reposição hormonal

A terapia hormonal pode ajudar em casos de ondas de calor, suores noturnos, problemas de humor ou secura vaginal. Esse tratamento geralmente é feito com estrógeno e, às vezes, com progesterona.

A terapia de reposição hormonal pode ser iniciada em mulheres que chegaram recentemente à menopausa. Contudo, mulheres que estão há muitos anos na pós-menopausa não devem realizar esse tratamento, exceto nos tratamentos com estrógeno vaginal.

Apesar dos riscos serem baixos, a terapia de reposição hormonal pode aumentar as chances de ocorrer derrame cerebral, doenças cardíacas, coágulos sanguíneos ou câncer de mama.

Para reduzir os riscos da terapia com estrógeno, pode ser recomendado:

  • Utilizar uma dose mais baixa de estrógeno ou uma preparação diferente do medicamento (creme vaginal ou adesivo para a pele ao invés de pílulas, por exemplo);
  • Exames físicos frequentes e regulares, incluindo exames de mama e mamografias;
  • Mulheres que ainda têm um útero ou seja, não realizaram uma cirurgia para removê-lo por qualquer motivo, devem tomar estrógeno combinado com progesterona para prevenir o câncer do revestimento interno do útero (câncer de endométrio).
Medicamentos

Existem outros medicamentos que podem ajudar a diminuir as alterações de humor, as ondas de calor e outros sintomas da menopausa, como antidepressivos (paroxetina, venlafaxina, bupropiona e fluoxetina), clonidina (medicamento para pressão arterial) e gabapentina, uma medicação para convulsões que também ajuda a reduzir as ondas de calor.

Mudanças na alimentação e no estilo de vida
  • Evitar cafeína, álcool e alimentos condimentados;
  • Consumir soja (contém hormônios vegetais semelhantes ao estrógeno);
  • Aumentar o consumo de cálcio e vitamina D através de alimentos ou suplementos;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Usar lubrificantes à base de água ou um hidratante vaginal durante as relações.

O/a médico/a ginecologista ou endocrinologista pode esclarecer melhor quais são os sintomas da menopausa e tirar eventuais dúvidas.