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O que significa CHCM no hemograma?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

CHCM é a sigla para Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média. No hemograma, os valores de CHCM servem para verificar a quantidade de hemoglobina presente nas hemácias, também conhecidas como eritrócitos ou glóbulos vermelhos.

A hemoglobina é uma proteína que se liga ao oxigênio, permitindo aos eritrócitos executar a sua função de transportar o oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo.

A Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) é um dos índices hematimétricos medidos através do eritrograma, parte do hemograma que serve para contar e avaliar as características dos glóbulos vermelhos.

Quando o valor de CHCM está alto, os eritrócitos são mais escuros. Se a pessoa estiver com anemia, ela é chamada hipercrômica. Por outro lado, se a CHCM estiver baixa, as hemácias estão mais claras e a anemia é denominada hipocrômica.

Quando os valores de CHCM estão dentro do normal, a coloração dos glóbulos vermelhos é considerada normal. Logo, em caso de anemia, ela é classificada como normocrômica.

Veja também: Hemácias normocíticas e normocrômicas é anemia?

Os valores de referência de CHCM variam entre 30 e 33 pg.

O outros índices hematimétricos fornecidos pelo eritrograma são o VCM (Volume Corpuscular Médio), que mede o tamanho da célula, e o RDW (Red Cell Distribution Width), que avalia amplitude de distribuição das hemácias. Esse índice serve para avaliar a variação de tamanho entre os glóbulos vermelhos.

Também pode lhe interessar: RDW alto no hemograma pode ser anemia?

Os resultados do hemograma devem ser analisados e interpretados pelo/a médico/a que solicitou o exame, juntamente com o exame clínico do/a paciente.

Saiba mais em:

Para que serve o eritrograma e quais os valores de referência?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O eritrograma é a parte do hemograma que serve para contar e avaliar os eritrócitos, também conhecidos como hemácias ou glóbulos vermelhos. Além de fazer a contagem dessas células, o eritrograma permite verificar a forma e o tamanho dos eritrócitos, importante para avaliar as várias formas de anemia.

Os eritrócitos são responsáveis pelo transporte de oxigênio. Dentro dessas células existe uma proteína chamada hemoglobina, que se liga ao oxigênio, permitindo às hemácias transportar e distribuir o gás oxigênio dos pulmões para dentro das células do corpo. Também é a hemoglobina quem dá a cor vermelha ao sangue.

Para homens, os valores de referência dos eritrócitos variam entre 4.500.000 a 6.000.000 mm3, enquanto para as mulheres os valores devem ficar entre 4.000.000 a 5.500.000 mm3. Recém-nascidos varia um pouco, os valores estimados estão entre 5.500.000 a 7.000.000 mm3.

O aumento do número de eritrócitos, chamado poliglobulia, normalmente não é clinicamente relevante. Já a redução do nível de hemácias, conhecida como hipoglobulia, é sinal de anemia.

Veja também: O que significa eritrócitos altos no hemograma?Eritrócitos baixos no hemograma, o que pode ser?

Leia também: Hemoglobina baixa, o que pode ser?

Os valores de referência da hemoglobina para homens variam entre 13,5 e 18g/dL, enquanto que para mulheres os valores vão dos 12 aos 16g/dL.

Além de avaliar os eritrócitos e a hemoglobina, o eritrograma também verifica o hematócrito, que é o volume de eritrócitos encontrado no sangue centrifugado. Através do hematócrito, é possível determinar a proporção entre hemácias e o plasma (parte líquida do sangue).

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O resultado do hematócrito depende da quantidade, forma e tamanho dos glóbulos vermelhos, bem como da quantidade de hemoglobina. Os valores de referência para mulheres ficam entre 38% e 47% e para os homens variam entre 44% e 54%.

O eritrograma também fornece índices hematimétricos (VCM, CHCM) muito importantes para o diagnóstico e tratamento das anemias.

O VCM (volume corpuscular médio) avalia o tamanho do eritrócito. Se as hemácias forem maiores que o normal, a anemia é chamada macrocítica; se forem menores, microcítica. Os valores de referência nos adultos variam entre 80 e 96 fl.

Já o CHCM (concentração da hemoglobina corpuscular média) serve para medir a quantidade de hemoglobina presente nos eritrócitos em 100 ml de sangue. Os valores de referência para homens e mulheres devem estar entre 26 e 34 pg.

Veja também: No hemograma, o que significa VCM, HCM e RDW?

O médico hematologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento das anemias.

Saiba mais em:

CHCM alto no hemograma, o que pode ser?

CHCM baixo, o que pode ser?

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Quais são os valores de referência de um hemograma?

Minha hemoglobina está baixa: o que fazer?

Hemácias normocíticas e normocrômicas é anemia?

Leucograma: Para que serve e quais os valores de referência?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O leucograma está incluído no hemograma completo e serve para verificar o número de glóbulos brancos presentes no sangue e avaliar as características dessas células.

Os glóbulos brancos, também chamados de leucócitos, são células de defesa do organismo que protegem o corpo contra corpos estranhos, micro-organismos invasores e até células cancerosas.

Existem 5 tipos de leucócitos que desempenham diferentes papéis no sistema imunológico: eosinófilos, basófilos, neutrófilos, linfócitos e monócitos.

Quando o resultado do leucograma indica um aumento do número de leucócitos (leucocitose), pode ser apenas um aumento causado por estresse, sendo portanto considerado normal, desde que seja baixo.

Por outro lado, um nível de leucócitos alto pode ser sinal de inflamações, infecções ou leucemia. A doença é definida pela contagem de cada tipo de glóbulo branco.

Quando os neutrófilos estão altos, a causa provável é uma inflamação. Já o nível de eosinófilos pode estar elevado em casos de alergia e verminoses.

Veja aqui o que significa: O que são eosinófilos? O que pode alterar os seus valores?

Os bastonetes são neutrófilos jovens. Quando detectados no leucograma, dá-se o nome ao achado de "desvio à esquerda". Normalmente a presença de bastonetes na circulação é acompanhada por um aumento da quantidade de neutrófilos durante um processo inflamatório.

O surgimento de bastonetes no sangue durante a leucocitose normalmente indica que o organismo está reagindo bem à inflamação. Porém, se o número de bastonetes for superior ao de neutrófilos, é um sinal de que a medula não está conseguindo liberar células maduras suficientes e por isso acaba por enviar as mais jovens, que são os bastonetes.

Veja também: Bastonetes altos no hemograma, o que pode ser?

Quando o leucograma indica uma diminuição do número de leucócitos (leucopenia), geralmente é porque os glóbulos brancos estão sendo destruídos ou retirados da circulação, o que pode ocorrer em casos de infecções, inflamações e doenças autoimunes, genéticas, da medula óssea, da tireoide e do baço.

A redução no número de neutrófilos (neutropenia) associada a um aumento dos bastonetes indica a presença de um processo inflamatório grave.

Leucograma normal

Abaixo seguem os valores de referência, considerados normais, para o leucograma:

Leucócitos totais Valor absoluto Valor relativo
Basófilos Raros Raros
Eosinófilos 0 - 1.000/mm³ 1 - 6%
Neutrófilos jovens Raros Raros
Bastonetes 0 - 300/mm³ 1 - 2%
Segmentados 3.000 - 8.000/mm³ 36 - 53%
Linfócitos 1.500 - 6.000/mm³ 42 - 53%
Monócitos 0 - 1.000/mm³ 1 - 7 %

Lembrando que o leucograma deve ser analisado pelo/a médico/a que solicitou o exame, que levará em consideração a história do/a paciente, o exame clínico, o resultado de outros exames, bem como outros fatores que devem ser considerados para interpretar o exame.

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Segmentados: qual o valor normal?

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Referência

Sociedade Brasileira de Análises Clínicas

Anel vaginal: 9 Dúvidas frequentes
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O anel vaginal é um tipo de anticoncepcional hormonal indicado para evitar a gravidez. Os anéis contêm hormônios sexuais femininos (etonogestrel e etinilestradiol) que são liberados lentamente no organismo, impedindo a ovulação.

O anel vaginal funciona de forma semelhante à pilula anticoncepcional, com a diferença de que a pílula deve ser tomada diariamente e o anel é usado durante 3 semanas consecutivas.

1) Como o anel vaginal deve ser usado?

A anel vaginal pode ser introduzido na vagina do 1º ao 5º dia da menstruação. O dispositivo é colocado no colo do útero, onde permanece durante 3 semanas seguidas.

Depois da 3ª semana, a mulher deve retirar o anel e fazer uma semana de pausa para que venha o período. No sétimo dia após a retirada do anel deve-se introduzir outro anel vaginal.

2) O anel vaginal é seguro e eficaz?

Os anéis vaginais são bastante seguros e tão eficazes como a pílula para evitar a gravidez, com uma eficácia próxima de 100% de usado corretamente.

3) Quais são as vantagens do anel vaginal?

A grande vantagem do anel vaginal é a mulher não ter que se lembrar de tomar o anticoncepcional todos os dias, é um método fácil de usar.

Além disso, tem as mesmas vantagens das pílulas contraceptivas como controle do ciclo menstrual e diminuição do fluxo menstrual e cólicas menstruais.

4) Durante a relação sexual o meu parceiro pode sentir o anel vaginal?

A grande maioria dos homens não sente a presença do anel. Porém, alguns parceiros podem sentir um pouco o anel vaginal durante o ato sexual, mas isso não interfere em nada em grande parte dos casos.

5) O anel vaginal pode sair durante o ato sexual?

É possível que o anel vaginal saia durante a relação, mas se isso acontecer é só passá-lo por água fria e colocá-lo novamente. O fato do anel sair por um momento não afeta a eficácia do contraceptivo, desde que a mulher não fique mais de 3 horas sem o anel.

6) O anel vaginal pode sair acidentalmente da vagina?

Se o anel não tiver sido bem colocado, ele pode sair durante a relação sexual ou se a mulher tiver prisão de ventre ou prolapso uterino. Se sair basta recolocá-lo na vagina. Lembre de se certificar que o anel está bem posicionado, caso ele esteja saindo empurre novamente mais para o fundo.

7) Existem algum risco do anel vaginal causar infecções?

Não, não existe risco aumentado de infecções por conta do uso do anel vaginal.

8) Tenho que tirar o anel vaginal para fazer exame ginecológico?

Não, não é necessário retirar o anel vaginal para ir ao ginecologista ou fazer exames como papanicolau.

9) Posso usar anel vaginal com absorvente interno?

Sim, não há qualquer impedimento em usar anel vaginal e absorvente interno ao mesmo tempo. Contudo, o anel deve ser colocado antes do absorvente e a mulher deve verificar se o anel não saiu na hora de tirar o absorvente interno.

Lembrando que sempre que o anel vaginal sair acidentalmente, basta lavá-lo em água fria ou morna e colocá-lo novamente. Desde que não fique mais de 3 horas fora da vagina, o contraceptivo continua eficaz para evitar a gravidez.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso do anel vaginal, consulte um médico ginecologista ou médico de família.

Saiba mais em:

O anticoncepcional anel vaginal é seguro? Como deve ser utilizado?

Infecção no sangue é grave? Quais os sintomas e como tratar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Infecção no sangue pode ser grave, conforme o tipo de bactéria que está causando o processo infeccioso. A gravidade da sepse, como é denominada a infecção no sangue, também varia de acordo com a capacidade de resposta do organismo. Uma vez que afeta todo o organismo, a infecção no sangue também é conhecida como infecção generalizada.

Pessoas saudáveis com infecção no sangue causada por bactérias menos agressivas normalmente não evoluem para quadros mais severos. Por outro lado, há casos em que a infecção pode levar à morte rapidamente se não for diagnosticada e tratada a tempo.

As infecções sanguíneas podem ter origem em uma pneumonia, infecção urinária ou qualquer outro tipo de processo infeccioso, como um furúnculo, por exemplo.

Uma infecção no sangue mais grave, não tratada adequadamente, pode causar falência múltiplas de órgãos e levar a pessoa a óbito.

A sepse pode causar a morte em até 60% dos casos, sobretudo em pessoas que já estavam hospitalizadas ou internadas em UTI, que receberam transplante, idosos e indivíduos com câncer, diabetes, imunidade baixa, HIV/AIDS, insuficiência renal, doença hepática, entre outras doenças e condições que afetam o estado de saúde geral.

Quais os sintomas de infecção no sangue?

Os principais sinais e sintomas que indicam a presença de uma infecção no sangue grave são a confusão mental, o aumento da frequência respiratória (mais de 22 ciclos por minuto) e a diminuição da pressão arterial máxima (menos de 100 mmHg). Pessoas com esses sintomas devem ser avaliadas com urgência.

A sepse pode causar ainda sonolência, febre, queda da temperatura corporal, dificuldade para respirar, diminuição da produção de urina, diminuição do número de plaquetas, aceleração dos batimentos cardíacos, distúrbios na coagulação sanguínea e no funcionamento do coração.

Os casos mais avançados de infecção generalizada levam ao choque séptico, que ocorre quando a pressão arterial não é restabelecida e não é possível manter um fluxo sanguíneo adequado aos órgãos e sistemas.

Qual é o tratamento para infecção no sangue?

O tratamento das infecções no sangue é feito com antibióticos específicos para o tipo de bactéria infectante, além de cuidados para manutenção da pressão arterial e funções vitais.

É muito importante que esses pacientes recebam a primeira dose do medicamento o quanto antes. O tratamento precoce da infecção diminui o tempo de internamento e o risco de complicações.

É importante procurar encontrar o foco da infecção enquanto é realizado o tratamento. Para identificar a origem do processo infeccioso, são realizados exames de sangue e urina e análise de secreções, quando presentes.

O antibiótico usado para tratar a sepse é específico para o tipo de bactéria e a origem da infecção. Para restabelecer a pressão arterial e garantir o fluxo sanguíneo adequado aos órgãos, é administrado soro por via endovenosa. Se houver choque séptico, são usados medicamentos vasoativos que mantém a pressão arterial e o fluxo sanguíneo adequados, como a noradrenalina. O tratamento desses casos é realizado em UTI. A resposta ao tratamento da infecção no sangue depende de diversos fatores, como:

  • Reação do organismo à infecção;
  • Localização e tipo de infecção;
  • Agressividade do micro-organismo causador do processo infeccioso;
  • Escolha do antibiótico adequado, específico para a bactéria que provocou a infecção;
  • Ação do antibiótico no organismo;
  • Evolução ou não para choque séptico.
O que é infecção no sangue?

A sepse é uma reação inflamatória exagerada do organismo a uma infecção, sobretudo causada por bactérias. A infecção generalizada também pode ser causada por vírus e outros micro-organismos. Porém, não significa que o causador da infecção esteja espalhado pelo corpo. A infecção pode ser localizada, mas a resposta ao processo infeccioso é exacerbada, afetando o funcionamento de todo o organismo.

A infecção no sangue caracteriza-se pelo desequilíbrio entre o oxigênio disponível no sangue e aquele que é usado pelas células do corpo. Isso significa que, numa sepse, o sistema circulatório não é capaz de fornecer sangue suficiente para o organismo funcionar adequadamente, o que diminui o aporte de oxigênio e nutrientes para órgãos e tecidos.

Isso ocorre devido à resposta inflamatória exagerada que afeta todo o organismo, causando dilatação dos vasos sanguíneos, acúmulo de glóbulos brancos (células de defesa) e deixando os vasos sanguíneos mais permeáveis.

Como consequência, o sistema circulatório não consegue manter a pressão sanguínea necessária para a oxigenação adequada do corpo, o que diminui o fluxo sanguíneo para órgãos vitais. As alterações causadas pela sepse afetam todo o organismo e estão presentes mesmo nos locais em que o micro-organismo não está.

Se esse desequilíbrio não for corrigido, pode ocorrer falência ou mau funcionamento de um ou vários órgãos e sistemas do corpo.

O/a médico/a intensivista ou infectologista é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da sepse.

Linfoma de Hodgkin é câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que acomete o sistema linfático e ocorre sobretudo em adolescentes e adultos jovens. Existem 2 tipos de linfoma e ambos são malignos: Hodgkin e não-Hodgkin.

O sistema linfático é composto pelos gânglios linfáticos (linfonodos), amígdalas, baço e uma rede de vasos espalhados pelo corpo. Esse sistema faz parte do sistema imunológico do organismo, protegendo o organismo contra vírus, bactérias e outros agentes externos.

Os linfomas têm origem nos linfócitos, células de defesa (glóbulos brancos) encontradas principalmente nos linfonodos, também conhecidos como gânglios linfáticos.

Esses gânglios, presentes em diversos locais do corpo, atuam como pequenos órgãos de defesa, retendo, destruindo ou retardando a proliferação de micro-organismos e até células cancerosas.

O principal sinal dos linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin é o aumento dos linfonodos, que pode ser notado pela presença de nódulos ou "caroços" na região das axilas, virilhas, clavículas e pescoço.

No linfoma de Hodgkin, os linfonodos apresentam crescimento lento, enquanto nos linfomas não-Hodgkin os gânglios linfáticos crescem rapidamente.

Veja também: Linfonodos aumentados pode ser câncer?

Apesar do aumento e endurecimento dos gânglios, o linfoma não costuma causar dor e a superfície do nódulo é irregular.

O tratamento dos linfomas é feito com quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e ainda transplante de medula óssea. A escolha do tratamento é feita segundo o estágio da doença e o tipo de linfoma.

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Linfonodo e linfoma são a mesma coisa?

Quais são os sinais e sintomas do linfoma?

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Linfoma tem cura?

O que é HTLV? Quer dizer que tenho AIDS?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

HTLV é a sigla para Vírus T-Linfotrópico Humano. Embora a infecção pelo vírus HTLV também ocorra pela via sexual, pois se trata de uma DST, a sua presença não indica que a pessoa tenha AIDS ou esteja infectada pelo HIV, uma vez que são doenças diferentes.

Existem 2 tipos de HTLV: HTLV-1 e HTLV-2. O tipo 1 está associado a doenças neurológicas e leucemia, enquanto que o tipo 2 é pouco comum e provavelmente não provoca nenhuma doença.

Assim como o HIV, o Vírus T-Linfotrópico Humano ataca os linfócitos T, um tipo de glóbulo branco que atua nas defesas do organismo.

A transmissão do HTLV ocorre por meio de relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada, compartilhamento de seringas e agulhas para uso de drogas, ou ainda da mãe para o bebê, sobretudo através da amamentação.

Os sintomas mais frequentes do HTLV são as dores nas pernas e na coluna lombar, além da dificuldade para urinar e defecar.

A grande maioria das pessoas que apresentam o vírus HTLV não apresentam sintomas, apenas 10% dos infectados por esse vírus manifestam sintomas ou doenças relacionadas.

Cerca de 1% dos portadores do vírus podem desenvolver manifestações graves, como câncer, problemas articulares, doenças no sangue e no sistema urinário, além de doenças neurológicas, oftalmológicas e dermatológicas.

O tratamento da infecção por HTLV não é necessário nos casos em que não há manifestação de sintomas, já que as chances da pessoa desenvolver alguma doença associada são baixas. Casos sintomáticos devem ser tratados após avaliação médica.

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Que doenças podem ser transmitidas da mãe para o bebê durante a gravidez e amamentação?

Quais são os tipos de DST e seus sintomas?

Fadiga constante significa que tenho uma doença?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Depende. Sentir fadiga constantemente pode sinal de algumas doenças, como: anemia, doenças cardíacas, reumáticas, neurológicas, ou ainda transtornos psíquicos como estresse, ansiedade ou depressão. Contudo, uma das principais causas de fadiga excessiva é a má qualidade do sono, já que pessoas que não têm um sono reparador à noite se sentem frequentemente sonolentas e cansadas ao longo do dia.

Pessoas com anemia sentem um cansaço constante porque têm pouca hemoglobina circulante no sangue. A hemoglobina está presente nos glóbulos vermelhos do sangue e é responsável pelo transporte do oxigênio para os tecidos do corpo. A falta de hemoglobina diminui a oxigenação das células, reduzindo a produção de energia e gerando a fadiga.

As doenças cardíacas graves podem gerar uma fadiga constante, como por exemplo casos de insuficiência cardíaca e miocardite. Na insuficiência cardíaca, o cansaço é decorrente da dificuldade que o coração tem em bombear sangue suficiente para o resto do corpo. Na miocardite, a fadiga é causada pela inflamação do músculo cardíaco (miocardite).

Indivíduos com miocardite podem sentir ainda falta de ar, dor no peito e indisposição. A inflamação pode ser provocada pelo abuso de bebidas alcoólicas, uso de drogas, bactérias, vírus e fungos.

As doenças reumáticas e neurológicas causam fadiga por mecanismos diversos, como por exemplo as miopatias (doença neurológica dos músculos), que devido a força muscular diminuída, exigem uma oxigenação e esforço ainda maior para qualquer simples movimento.

Porém, como referido no início do texto, uma das principais causas da fadiga constante são os distúrbios do sono. Nesses casos, é comum a pessoa se sentir sonolenta e irritada durante o dia, com dificuldade de concentração e baixo rendimento nos estudos ou trabalho.

Consulte um/a médico/a clínico/a geral ou médico/a da família para investigar a causa da sua fadiga e receber o tratamento adequado.

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Dificuldade de concentração: o que pode ser e o que fazer?

Olhos vermelhos, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os olhos vermelhos podem ter várias causas. O olho vermelho pode ser sinal de conjuntivite, infecção, alergia, hemorragia, entre outros problemas e doenças oculares.

As conjuntivites virais e bacterianas estão entre as principais causas de olhos vermelhos. Nesses casos, a vermelhidão afeta sobretudo as pálpebras. Além dos olhos avermelhados, a conjuntivite produção secreção amarelada, lacrimejamento, ardor, sensibilidade à luz (fotofobia) e coceira.

Os sintomas da conjuntivite normalmente desaparecem em até duas semanas. O tratamento pode incluir o uso de colírios e pomadas com antibióticos e anti-inflamatórios.

Vale lembrar que a conjuntivite é contagiosa e geralmente afeta os dois olhos.

Olhos vermelhos podem ser alergia?

As alergias também estão entre as principais causas de olhos vermelhos, sobretudo em crianças e pessoas que já apresentaram quadros de rinite, sinusite e bronquite. Os sinais e sintomas incluem vermelhidão e coceira intensa nos olhos, além de inchaço nas pálpebras.

As alergias oculares e as conjuntivites alérgicas afetam ambos os olhos e não são contagiosas. O tratamento é realizado com colírios anti-histamínicos (antialérgicos).

Olhos vermelhos podem ser sinal de hemorragias?

Sim, mancha vermelha no olho pode ser um sinal de hemorragia ocular. Porém, nas hemorragias oculares, embora o olho fique bastante vermelho no local do sangramento, o risco de perder a visão é muito baixo. Normalmente não há dor e a vermelhidão tende a desaparecer espontaneamente em até 3 semanas.

O que mais pode deixar os olhos vermelhos? Uveíte

Outra doença responsável pelos olhos avermelhados é a uveíte. Nesses casos, a vermelhidão se manifesta na parte colorida do olho (íris) e geralmente afeta apenas um olho.

A pessoa apresenta ainda "aversão à luz" (fotofobia), dor e vista embaçada, normalmente associados à presença de pequenos pontos pretos que se movimentam no campo de visão.

O tratamento para a uveíte também é feito com colírios e medicamentos antibióticos, antifúngicos ou antivirais. Nas uveítes autoimunes, o oftalmologista pode prescrever ainda corticoides ou imunomoduladores.

Blefarite

A blefarite, também conhecida como "olho seco", deixa os olhos secos, vermelhos, ardendo e a pessoa tem a sensação de ter areia nos olhos. A vermelhidão não costuma ser muito intensa, mas os sintomas se agravam com o vento, ambientes secos e ar condicionado. 

O tratamento é simples, sendo muitas vezes feito com lágrimas artificiais para aliviar o desconforto até que os sintomas desapareçam.

Pterígio

Por fim, há ainda o pterígio, conhecido também por "carne crescida", caracterizado pela formação de tecido na conjuntiva do olho, podendo chegar ao campo de visão, embora seja raro. Acredita-se que a grande causa seja exposição solar. Os olhos não costumam ficar constantemente vermelhos nessas situações, mas o problema causa ardência e lacrimejamento. Os sintomas são tratados com colírios lubrificantes ou constritores dos vasos sanguíneos. 

Uma vez que os olhos vermelhos podem ser sinal de doenças que podem afetar a visão, o mais indicado é consultar um oftalmologista para avaliar a causa da vermelhidão e indicar o tratamento adequado.

Pingar colírios para aliviar os sintomas sem indicação médica apenas esconde a origem do problema e pode piorar o quadro.

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Quais são os sintomas da conjuntivite? 

Olhos amarelados, o que pode ser?

Mastite na amamentação é perigoso?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, desde que devidamente tratada, a mastite na amamentação não é perigoso e não impede o aleitamento materno, excepto por indicação médica.

Em caso de mastite, a mulher deve continuar a amamentar. Depois de dar de mamar no lado afetado, ela deve esvaziar manualmente a mama com uma bomba ou com as próprias mãos, até se sentir confortável e obter o esvaziamento completo da mama.

Esvaziar a mama evita o ingurgitamento mamário e permite a melhora mais rápida inflamação, por isso é essencial continuar a amamentação mesmo apresentando sintomas de mastite.

O que é mastite?

A mastite é uma inflamação nos ductos da mama que acomete sobretudo mulheres que estão amamentando. Costuma surgir entre a segunda e a quinta semana de amamentação, geralmente em apenas uma das mamas. Na maioria dos casos, as mastites não trazem complicações e apresentam boa evolução.

Quais as causas de mastite?

A inflamação ocorre quando o leite permanece nos ductos por tempo prolongado ou quando as fissuras no mamilo atuam como porta de entrada para bactérias.

De fato, a principal causa das mastites é a infecção por bactérias, sendo o Staphylococcus aureus responsável por mais de 90% dos casos.

Embora seja mais frequente durante a lactação, a mastite também pode surgir em outros períodos. Nesses casos, pode haver fatores que favoreçam o aparecimento da inflamação, tais como fumo, diabetes, lesão na mama e cirurgias com quadros de infecção no pós-operatório.

Quais são os sintomas de mastite?

Os sinais e sintomas da mastite incluem vermelhidão, inchaço, aumento da temperatura e dor na mama afetada, bem como a presença de um nódulo no local. A mama também fica mais tensa e pode haver febre.

Qual é o tratamento para mastite?

O tratamento da mastite começa com o esvaziamento da mama por meio de bomba ou da ordenha manual. Para aliviar os sintomas, recomenda-se aplicar compressas frias na mama afetada, por no máximo 10 minutos.

Para facilitar a saída do leite no momento da amamentação, é indicada a aplicação de uma compressa morna antes do bebê mamar. A mama também pode ser a massageada e realizar a ordenha de um pouco de leite caso haja muito leite ingurgitado.

O tratamento da mastite também pode incluir medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos. A cirurgia pode ser necessária em alguns casos quando tem formação de abcesso, para drena-lo..

Durante o tratamento, não é necessário suspender a amamentação, exceto por indicação do médico.

A prevenção da mastite é feita através de uma pega adequada do bebê na hora de amamentar e redução das fissuras.

Casos mais leves de mastite podem ser tratados pelo médico de família ou ginecologista/obstetra, em algumas situações pode ser necessário a avaliação por um mastologista.

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Cálculo renal: como saber se tenho pedra nos rins?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas de cálculo renal podem incluir cólicas renais, presença de sangue na urina, dor ao urinar, náuseas, vômitos e vontade urgente de urinar. Dependendo do tamanho e da localização do cálculo, pode haver saída de pequenos pedaços da pedra juntamente com a urina.

A cólica renal caracteriza-se como uma forte dor na região lombar, do lado em que a pedra está localizada. A dor começa de forma súbita e pode irradiar para a porção lateral do abdômen e área genital.

A dor provocada pelos cálculos renais não melhora nem piora com o repouso ou com a movimentação. A intensidade da cólica renal pode provocar inclusive náuseas e vômitos.

A presença de sangue na urina é verificada pela coloração avermelhada da mesma. Nesses casos, o sangue costuma ser decorrente das lesões na uretra causadas pela passagem da pedra.

Vale lembrar que os cálculos renais nem sempre manifestam sinais e sintomas. Muitas vezes a pedra é detectada durante outros exames.

Em caso de sintomas de pedra nos rins, procure um serviço de urgência para receber a medicação para aliviar as cólicas e o tratamento necessário para eliminar os cálculos. O especialista indicado para tratar cálculos renais é o médico urologista ou nefrologista.

Saiba mais em:

Referência:

Sociedade Brasileira de Nefrologia.

Histerectomia: como funciona a cirurgia de retirada do útero?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A histerectomia pode ser feita pela via vaginal, abdominal ou por laparoscopia. Normalmente, os métodos escolhidos para a cirurgia de retirada do útero são o vaginal ou o laparoscópico, pois são menos invasivos e o risco de infecções é menor.

Na histerectomia por via vaginal, é realizado um corte no interior da vagina para alcançar o útero. Esse tipo de cirurgia muitas vezes é usado para retirar o útero em casos de prolapso uterino-vaginal, sendo também usado em mulheres que não apresentam prolapso uterino e no tratamento do câncer de colo do útero.

A histerectomia pela via vaginal é realizada sob anestesia geral, raquidiana ou peridural. Dentre as vantagens desse método de cirurgia de retirada do útero estão o alívio do desconforto após a operação, um tempo menor de internamento e uma recuperação mais rápida no pós-operatório. Além disso, a incisão feita no interior da vagina não deixa uma cicatriz exposta.

Na histerectomia abdominal ou aberta, realiza-se um corte no abdômen pelo qual o útero é totalmente retirado. Em alguns casos, a cirurgia pode incluir a remoção dos ovários e das trompas. 

A histerectomia abdominal é uma cirurgia mais invasiva, embora seja um dos procedimentos mais utilizados para retirar o útero. A operação pode ser feita sob anestesia raquidiana, peridural ou geral. O tempo de internamento geralmente é maior do que na histerectomia pela via vaginal, assim como o tempo de recuperação.

Já a histerectomia por videolaparoscopia é feita através de pequenos furinhos que não medem mais de 10 milímetros cada. A retirada total ou parcial do útero pode ser realizada pela vagina ou por meio de um procedimento chamado morcelamento. O método corta o útero ainda na cavidade abdominal através de um aparelho (morcelador). Depois, o útero é retirado pelos pequenos orifícios por onde passam a microcâmera e as pinças cirúrgicas.

A grande vantagem da histerectomia laparoscópica é poder ser feita com menos cortes, o que diminui as chances de lesão em outros órgãos e tecidos próximos ao útero, como a bexiga. Além disso, esse tipo de cirurgia é menos invasivo que o método aberto, pelo que a dor no pós-operatório é menor, assim como as cicatrizes e o tempo de recuperação no pós-operatório.

A histerectomia por videolaparoscopia é feita sob anestesia geral, sendo especialmente indicada para mulheres com endometriose, já que o procedimento permite visualizar com precisão as lesões no útero e em outros órgãos, como intestino e bexiga, por exemplo.

Saiba mais em: Quando é aconselhável a retirada do útero?

Qual é o tempo de repouso após a histerectomia?

Após a histerectomia, a paciente deve permanecer em repouso relativo durante pelo menos 3 meses. O repouso é relativo porque as atividades diárias que não exigem esforço são permitidas. Contudo, deve-se evitar levantar pesos, praticar exercícios físicos e fazer movimentos bruscos nesse período.

Apesar dos esforços estarem proibidos nos 3 meses de pós-operatório, o tempo de recuperação após retirada do útero costuma variar de 2 a 6 semanas. O tempo é maior na histerectomia abdominal (6 semanas), enquanto que nos outros métodos a paciente costuma estar recuperada dentro de 2 a 3 semanas.

Quais são os efeitos da histerectomia?

Os únicos efeitos que a cirurgia de retirada do útero produz na mulher são a ausência de menstruação e a impossibilidade de gerar filhos. Os hormônios ovarianos continuam a ser produzidos na mesma (desde que os ovários não tenham sido retirados na cirurgia) e a operação não influencia a vida sexual e o prazer da mulher.

Veja também: Depois de retirar útero como fica a menstruação?

Como fica a vida sexual após a histerectomia?

A histerectomia não influencia a vida sexual nem o prazer da mulher. O prazer feminino está concentrado nas inervações do clitóris que se estende pela vagina e clitóris, pelo que a retirada do útero não irá prejudicar o desejo e as respostas aos estímulos sexuais.

Assim, se a cirurgia não diminuir muito o comprimento do canal vaginal (como em alguns casos avançados de câncer), a sensibilidade, a lubrificação e a resposta aos estímulos não serão afetadas.

Contudo, vale lembrar que após a histerectomia é necessário permanecer um período sem relações, conforme indicação médica.

Histerectomia engorda?

Não, histerectomia não engorda. As alterações mais significativas que a retirada do útero provoca no corpo da mulher são a ausência de menstruação e a impossibilidade de engravidar.

O receio de engordar pode estar relacionado com a associação que as pacientes fazem entre alterações hormonais e o aumento de peso. Porém, desde que os ovários sejam preservados, os hormônios femininos continuam a ser produzidos normalmente, sem nenhuma alteração no metabolismo da mulher.

Para maiores informações sobre a histerectomia, consulte o/a médico/a de família ou ginecologista.

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