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O que é apraxia da fala, quais os sintomas e qual é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Apraxia da fala é um distúrbio neurológico que interfere nos movimentos que produzem os sons linguísticos. Trata-se de uma perturbação motora da fala que acomete crianças ou adultos.

Os sintomas da apraxia da fala infantil podem ser notados a partir dos 2 anos de idade. Em geral, a criança tem uma fala bastante limitada e pouco clara.

O distúrbio se caracteriza pela incapacidade de planejar os movimentos necessários para produzir sons e construir palavras, ou seja, a criança, ou o adulto, não consegue programar a sequência da fala, embora não haja qualquer comprometimento na compreensão.

A pessoa que apresenta apraxia, mantém o seu raciocínio preservado. Portanto, ela pensa no que quer dizer, mas não é capaz de converter o pensamento em palavras. O cérebro dá o comando para falar, mas o estímulo não é concluído. É como se a comunicação entre o cérebro e a boca estivesse comprometida.

Quais são os sintomas da apraxia?

Os sintomas são dificuldade em articular a fala, emitir os sons e as palavras que deseja, de forma voluntária.

Existem vários graus de apraxia. Nos casos mais leves, a pessoa consegue falar, mas troca os sons. Nos casos mais graves, ela não é capaz de falar nada.

O diagnóstico da apraxia na infância pode ser feito já aos 3 anos de idade e imediatamente, quando ocorre nos adultos, por exemplo, após um quadro de derrame cerebral.

Qual é o tratamento para apraxia?

O tratamento é feito pela fonoaudiologia. Existem diversos mecanismos utilizados para estimular as regiões do cérebro, exercícios específicos e atitudes orientadas para que a pessoa consiga desenvolver essa habilidade da fala, de forma correta.

Há casos em que pode ser necessário incluir outras terapias, como fisioterapia, terapia ocupacional e psicologia.

A apraxia tem cura. Desde que receba o tratamento fonoaudiólogo adequado o mais cedo possível.

Os adultos que desenvolvem apraxia, podem ter mais dificuldade, dependendo da causa e do início do tratamento, porém na maioria das vezes, pode haver melhora completa ou parcial dos sintomas. A causa mais comum de apraxia no adulto é o AVC isquêmico, quando ocorre na área da fala.

O profissional indicado para diagnosticar e tratar a apraxia da fala infantil é o fonoaudiologista.

Saiba mais em: O que é apraxia e quais são as causas?

Bolinhas vermelhas na virilha: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Bolinhas vermelhas na virilha podem ser pelos encravados, quase sempre provocados pela depilação. Isso porque a depilação provoca uma irritação na pele, deixando-a mais grossa, o que dificulta a saída normal dos pelos. 

Como consequência, a pele fica inflamada e surgem as bolinhas vermelhas na virilha, uma condição denominada foliculite. Se a inflamação for mais intensa, podem aparecer nódulos maiores e doloridos e as bolinhas podem infeccionar e acumular pus.

Mulheres com pele mais espessa e que tenham pelos com tendência a encravar, apresentam maiores chances de desenvolver foliculite.​

A principal causa do encravamento dos pelos na virilha é o uso de cera quente ou fria na depilação. A utilização de lâminas com cremes deslizantes costuma irritar menos a pele, embora o atrito também possa causar algum encravamento.

Bolinhas vermelhas na virilha associada a um caroço ou uma enduração também podem ser sinais de alguma infecção sexualmente transmissível.

De qualquer forma, é importante consultar um/a médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação detalhada dessas bolinhas vermelhas na virilha, identificação da causa e indicação de algum tratamento, caso seja necessário.

Micose de unha: o que é e como tratar a onicomicose?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A micose de unha, conhecida como onicomicose, é uma infecção causada por um fungo que se prolifera dentro ou ao redor de uma unha, sobretudo nos pés. Os fungos podem viver em tecidos mortos de cabelos, unhas e camadas externas da pele.

A onicomicose geralmente começa após uma micose no pé. Por isso, a micose na unha do pé é mais frequente que a micose na unha da mão. Na maioria dos casos, ocorre em adultos, à medida que envelhecem.

Alguns fatores aumentam o risco de um fungo na unha se proliferar e causar micose, tais como:

  • Diabetes;
  • Doença vascular periférica;
  • Doenças em nervos periféricos;
  • Lesões na pele ou nas unhas;
  • Deformidade ou doença na unha;
  • Manter a pele úmida por muito tempo;
  • Problemas no sistema imunológico;
  • Antecedentes familiares de onicomicose;
  • Uso de calçados que não deixam os pés arejados.
Quais os sintomas da micose de unha?

Os sintomas da micose de unha incluem alterações de uma ou mais unhas, geralmente dos pés, tais como:

  • Fragilidade;
  • Mudança no contorno da unha;
  • Degeneração das bordas externas da unha;
  • Amolecimento ou levantando da unha;
  • Perda de brilho da superfície da unha;
  • Espessamento da unha;
  • Listras amarelas ou brancas na lateral da unha.

O diagnóstico da onicomicose pode ser confirmado examinando ao microscópio amostras da unha obtidas através de raspagem. Isso pode ajudar a determinar o tipo de fungo que está na unha. As amostras também podem ser enviadas a um laboratório. Os resultados do exame podem levar de 4 a 6 semanas para ficarem prontos.

Qual é o tratamento para micose de unha?

O tratamento da onicomicose pode incluir o uso de pomada para micose de unha, esmaltes antifúngicos e remédio antimicótico administrado por via oral. Tanto a pomada como o esmalte e o medicamento oral são fungicidas específicos para tratar fungo nas unhas.

A micose de unha é curada quando ocorre o crescimento de novas unhas que não estão infectadas pelo fungo. As unhas crescem lentamente. Mesmo que o tratamento da onicomicose seja eficaz, pode levar até 1 ano para que uma nova unha cresça.

As infecções causadas por fungo na unha podem ser difíceis de tratar. Os medicamentos eliminam o fungo em cerca de metade das pessoas que aplicam a pomada ou tomam os remédios antimicóticos. Contudo, mesmo quando o tratamento é eficaz, o fungo pode reaparecer.

Esmalte e pomada para micose de unha

Os esmaltes e as pomadas para micose de unha mais usados têm como princípios ativos o ciclopirox ou a amorolfina. O esmalte costuma ser mais eficaz que a pomada, pois penetra melhor na unha.

A amorolfina deve ser aplicada na unha uma vez por semana, enquanto que o ciclopirox deve ser aplicado no começo do tratamento em dias intercalados, depois a aplicação pode ser espaçada no decorrer do mês conforme orientação médica. Essa forma de tratamento é indicada quando a micose afeta poucas unhas e quando as unhas ainda não estão muito acometidas pela onicomicose. A aplicação dos medicamentos deve ser mantida por 6 a 12 meses, no mínimo.

Remédio para micose de unha

Os remédios para micose de unha mais usados são a terbinafina e o itraconazol. Também pode ser indicados o fluconazol e a griseofulvina, embora esses medicamentos sejam menos eficazes para curar a onicomicose.

O remédio para micose de unha deve ser tomado por 12 a 24 semanas, quando os fungos afetam as unhas dos pés. Para micose nas unhas das mãos, o tratamento tem um tempo de duração mais curto, de 6 a 12 semanas.

Laser e retirada da unha com micose

O laser também pode ser usado para tratar micose de unha, embora essa forma de tratamento seja menos eficaz que as pomadas e os remédios para curar a micose. Em alguns casos de onicomicose, pode ser necessário remover a unha afetada.

Como prevenir micose de unha?

Ter uma boa higiene e um bom estado de saúde ajudam a prevenir micoses nas unhas. Alguns cuidados são recomendados, como:

  • Não partilhar objetos de manicure ou pedicure;
  • Manter a pele dos pés e das mãos limpa e seca;
  • Cuidar adequadamente das unhas;
  • Lavar e secar bem as mãos após tocar em qualquer tipo de micose.

Procure um médico dermatologista se a micose de unha não desaparecer com o tratamento ou se houver sinais de infecção nos dedos, como dor, vermelhidão e eliminação de pus.

Leia também: Quais são os remédios usados para unha inflamada com pus?

Durante a pausa desse mês a menstruação veio diferente?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Provavelmente não aconteceu nada de errado, é comum que ocorram mudanças nas características da menstruação de mulheres que fazem uso de anticoncepcionais hormonais.

Isso por causa do mecanismo de ação dos medicamentos anticoncepcionais.

Como agem os anticoncepcionais?

Antes de entender os anticoncepcionais, é importante entender um pouco o ciclo menstrual normal.

Ciclo menstrual normal

O que acontece no organismo da mulher todos os meses, com o intuito de receber a gestação, é um aumento dos níveis de hormônios estrogêneo e progesterona, no meio do ciclo, que estimulam o "pico" hormonal de LH e FSH. Entende-se por "pico", um aumento acelerado desses hormônios, que por sua vez irão estimular os ovários, na seleção e preparo do óvulo. Além disso, estimulam a maior proliferação de células no endométrio (camada mais interna do útero), tornando esse útero mais volumoso e vascularizado.

O óvulo escolhido é preparado e lançado em uma das trompas, aonde deverá encontrar o espermatozoide, e o útero com sua camada mais espessa, se prepara para nutrir o óvulo fecundado.

Quando não ocorre a fecundação, os níveis de hormônios caem e acontece a descamação dessa camada mais espessa do útero, a menstruação.

Ciclo menstrual com anticoncepcional

Quando a mulher faz uso de anticoncepcionais, eles simulam o ciclo, entretanto mantendo os níveis de hormônios sempre estáveis, não permitindo os "picos" hormonais. Com isso não acontece a ovulação, nem o aumento da camada uterina (endométrio).

Dessa maneira, é esperado que para essas mulheres, a menstruação seja menos volumosa, visto que sua camada a descamar será mais fina. Portanto, podemos dizer que a redução do volume, quantidade de dias e coloração alterada em mulheres que fazem uso de anticoncepcionais, é um efeito esperado.

Contudo, outras situações podem causar alteração na menstruação, por isso deverá conversar com seu médico ginecologista sobre o assunto e seguir as orientações por ele oferecidas.

Pode lhe interessar também: Dúvidas sobre anticoncepcional

Quem tem gastrite pode tomar whey?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, quem tem gastrite pode tomar whey protein e o seu uso parece até produzir efeitos benéficos em casos de gastrite, pois pode ajudar a proteger a mucosa do estômago.

Quem não deve tomar whey protein:

  • Pessoas alérgicas ao leite, pois o whey é composto pelas proteínas extraídas do soro do leite;
  • Portadores de doença renal, principalmente cálculos renais, pois os minerais podem aumentar a produção de cálculos;
  • Portadores de doenças no fígado, pois o uso prolongado ou acima da dose ideal, pode sobrecarregar e causar maiores danos ao órgão.

O sistema imunológico de pessoas com alergia a proteína do leite, identifica a proteína como se fosse um corpo estranho no organismo e desencadeia uma série de reações alérgicas pelo corpo. Por isso, essa pessoa pode apresentar diversos sintomas, como crises de asma, presença de sangue ou muco nas fezes, diarreia, refluxo gastroesofágico e até gastrite.

Portanto, se a sua gastrite tiver como causa a alergia ao leite, você não deve tomar whey. Se não for essa a causa, em princípio pode consumir whey sem problemas, mas procure falar primeiro com o seu médico gastroenterologista ou nutricionista.

Lembrando que alergia ao leite é diferente de intolerância à lactose. A alergia está relacionada com a proteína do leite e desencadeia reações alérgicas, enquanto que a intolerância à lactose refere-se a uma dificuldade em digerir o açúcar (lactose) do leite.

Leia também:

Quem tem gastrite pode comer chocolate?

Quem tem gastrite deve evitar comer o quê?

5 alimentos que quem tem gastrite deve comer

Pressão 11x8 é perigosa ou normal?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A pressão 11x8 é considerada normal para a maioria das pessoas. No entanto, essa pressão pode ser considerada baixa se você apresentar mal-estar ou algum sintoma, como:

  • Tonturas;
  • Sensação de cansaço ou fraqueza;
  • Visão turva ou escura.

Nesses casos também há maior risco de quedas e desmaios.

Se apresentar sintomas quando a pressão está com valores próximos de 11x8, procure um médico para saber o que está causando o problema. Muitas vezes isso é causado pelo uso de medicamentos para o tratamento de hipertensão.

Leia também:

Referências:

Cautela J, Tartiere JM, Cohen-Solal A, Bellemain-Appaix A, Theron A, Tibi T, Januzzi Jr JL, Roubille F, Girerd N. Management of low blood pressure in ambulatory heart failure with reduced ejection fraction patients. European J Heart Failure. 2020; 22: 1357–65

Procter LD. Hipotensão arterial. Manual MSD.

Fiz exame de TSH e deu um pouca aumentado...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

è uma pequena alteração que isoladamente não confirma o diagnóstico de hipotireoidismo, precisa levar esse exame a um médico para continuar a investigação.

Qual a taxa de diabetes normal para uma criança de 4 anos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A taxa de glicemia normal para crianças é a mesma praticada para os adultos, atualmente o valor ideal de glicemia de jejum, deve ser de 70 até 99 mg/dl.

Valores acima de 99 mg/dl são considerados fora do limite de normalidade, porém não definem o diagnóstico de diabete mellitus. Existem critérios bem estabelecidos para a confirmação da doença.

Portanto, para avaliar o exame da criança e melhor interpretação dos dados e dúvidas da família, sugerimos procurar atendimento médico, com pediatra ou endocrinologista.

Diabetes mellitus

Para confirmar a diabete mellitus, é preciso preencher um dos critérios abaixo:

1. Sintomas de diabetes

Apresentar sintomas típicos de diabetes: Poliúria (maior volume de urina), polidipsia (muita sede) e polifagia (aumento do apetite). Ainda, perda de peso, glicosúria (glicose na urina) e cetonúria (corpos cetônicos na urina), associado à glicemia aleatória ≥ 200 mg/dl;

2. Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl; 3. Hemoglobina glicada ≥ 6,5%.

Ou seja, a única diferença, é que na faixa etária infantil, em geral os médicos procuram evitar o teste de tolerância oral a glicose, outro critério utilizado no rastreio diagnóstico para adultos. Na criança, esse exame só deve ser feito quando os primeiros exames não forem conclusivos.

Nesses casos o teste é realizado da seguinte maneira: Dosagem da glicemia duas horas após o teste de tolerância oral com glicose (75 g ou 1,75 g/kg), o resultado maior ou igual a 200 mg/dl, confirma o diagnóstico.

Diabetes infantil

O controle de glicose na criança já com diagnóstico de diabetes deve ser tão rigoroso quanto no adulto, no entanto os valores aceitos como adequados são um pouco maiores do que nos adultos por diversos motivos, um deles é o maior gasto calórico nessa faixa etária, pelas atividades e pelo seu desenvolvimento.

Sendo assim, segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, as taxas de glicose normais para criança com diabetes são:

Taxa normal de glicose nas crianças e adolescentes com menos de 18 anos
Glicemia de jejum 70 a 145 mg/dl
Glicemia 1 hora após as refeições 90 a 180 mg/dl
Glicemia antes de se deitar 120 a 180 mg/dl
Glicemia na madrugada (quando for preciso) 80 a 162 mg/dl
Pré-diabetes

A pré-diabetes é caracterizada pelos valores encontrados acima da normalidade, mas que ainda não preenchem os critérios para a diabetes. Sendo muito importante seu diagnóstico e tratamento, pois indica um alto risco para o desenvolvimento para diabetes no futuro, e pode ser evitado com devido tratamento de maneira precoce.

Os valores de glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dl, caracterizam o quadro de pré-diabetes.

A principal diferença entre essas condições são os tratamentos indicados.

Entenda mais sobre esse assunto nos artigos:

Referência:

Sociedade Brasileira de Diabetes.