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Café corta o efeito do anticoncepcional?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não.  O consumo de café não corta o efeito dos anticoncepcionais, quando a medicação é utilizada de forma correta, sem interrupção, 1x ao dia, diariamente e sempre que possível no mesmo horário.

Situações que podem alterar ou cortar o efeito dos anticoncepcionais são em geral relacionadas ao uso de medicações como antibióticos, anticonvulsivantes, antirretrovirais e por vezes, situações de saúde como uma infecção ou presença de náuseas com vômitos.

Saiba mais sobre o assunto no link abaixo:

Vômito e Diarreia Podem Cortar o Efeito do Anticoncepcional?

Lembre-se sempre de informar ao médico que esteja lhe prescrevendo qualquer medicação, que faz uso de anticoncepcionais, evitando assim o risco de interação medicamentosa ou efeitos colaterais indesejáveis.

O médico/a ginecologista é o especialista nesta área, nos casos de dúvidas ou maiores esclarecimentos agende uma consulta.

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Desejo de comer terra na gravidez é normal?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

O desejo de comer terra na gravidez não é normal, mas pode ocorrer sem que haja uma explicação muito satisfatória para isso.

O desejo de comer terra (geofagia) ou outras coisas estranhas que não são alimentos é chamado de picamalácia ou pica. Essa vontade na gravidez pode estar relacionada à desnutrição materna; à falta de algum nutriente, como o ferro, cálcio e zinco e à alterações psicológicas, como estresse e ansiedade. Algumas pessoas também dizem sentir vontade de comer terra quando apresentam problemas digestivos e enjoo.

Comer terra durante a gravidez pode causar infecções, infestações por vermes, problemas no estômago e nos intestinos da mãe, além de poder afetar o desenvolvimento normal do bebê. Embora seja difícil para algumas mulheres conversar sobre isso, os desejos e o hábito de comer coisas estranhas devem ser discutidos com o médico para que ele auxilie na solução desse problema.

O obstetra e a enfermeira obstétrica são os profissionais indicados para esclarecer as dúvidas durante a gestação.

Como posso saber se o meu bebê tem icterícia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para saber se o seu bebê recém-nascido tem icterícia, observe se os olhos ou a pele dele: estão amarelos. Se ele tiver a pele clara, você também pode fazer o seguinte teste: pressione levemente o peito da criança com a ponta do dedo e repare se a pele fica amarelada quando você parar de fazer pressão.

Além da pele e dos olhos amarelados, a icterícia também pode deixar as fezes com menos cor, muitas vezes esbranquiçadas. A urina costuma ser escura ou ter coloração laranja forte.

A icterícia neonatal é mais intensa entre o 2º e o 3º dia após o nascimento, por isso geralmente a condição é identificada e tratada ainda na maternidade.

Porém, se você já estiver em casa e verificar que a pele e os olhos do seu bebê estão amarelados, entre em contato com o pediatra ou leve a criança para o hospital para ser avaliada.

A icterícia neonatal não é uma doença. Trata-se apenas de uma adaptação do metabolismo do recém-nascido e tende a desaparecer na primeira ou segunda semana de vida.

Qual a causa da icterícia em bebês?

A icterícia ocorre devido ao excesso de bilirrubina, uma substância de cor amarela que é resultante do metabolismo da hemoglobina. A hemoglobina transporta o oxigênio e está presente nos glóbulos vermelhos do sangue, sendo também a substância que dá a cor vermelha a essas células sanguíneas.

No recém-nascido, os níveis de bilirrubina normalmente estão mais elevados devido à maior quantidade de glóbulos vermelhos que ele possui. Contudo, o fígado do bebê ainda não é capaz de metabolizar esse excesso de bilirrubina, gerando a icterícia.

Como é o tratamento da icterícia em bebês?

O tratamento da icterícia neonatal é feito com fototerapia, que consiste na aplicação de luzes fluorescentes azuis na pele do bebê. Esses banhos de luz ajudam o corpo a metabolizar e excretar a bilirrubina.

Há casos em que a icterícia é causada por uma incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o bebê ou alguma outra doença. Quando isso acontece, os níveis de bilirrubina podem ficar perigosamente elevados e a icterícia pode surgir já no primeiro dia de vida. A fototerapia nesses casos é mais intensa e prolongada e o tratamento pode incluir até transfusão de sangue.

Vale lembrar que a icterícia neonatal normalmente não é prejudicial ao bebê. Apenas em casos muito raros, quando os níveis de bilirrubina estão extremamente altos, o recém-nascido pode sofrer danos neurológicos.

Contudo, na grande maioria dos casos, o organismo do bebê aos poucos elimina o excesso dessa substância e os olhos e a pele voltam à coloração normal.

Para maiores informações sobre a icterícia no bebê, fale com o médico pediatra.

O que significa “inflamação - inclui reparo típico” no laudo do papanicolau?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Quando o resultado do papanicolau diz que existe inflamação com reparo típico, isso quer dizer que o processo inflamatório está sendo resolvido pelo corpo. Isso porque geralmente a fase final do processo inflamatório é o reparo. Quando o reparo é típico, quer dizer que ele é normal - as alterações celulares são benignas. Por isso, não existe motivo para se preocupar quando o resultado do papanicolau é esse.

A inflamação identificada no papanicolau pode ser causada por vários fatores, tais como:

  • Agentes físicos - como relações sexuais, traumas e outros agentes mecânicos;
  • Agentes químicos, como medicamentos;
  • Acidez vaginal;
  • Alterações em decorrência do uso do DIU;
  • Alergias.

Caso tenha mais dúvidas sobre o resultado do seu exame, converse com seu ginecologista. Ele é o profissional capaz de dizer o que precisa ser feito em cada caso.

Leia também:

Referência:

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação-Geral de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Nomenclatura brasileira para laudos citopatológicos cervicais / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Coordenação-Geral de Prevenção e Vigilância, Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. – 3. ed. – Rio de Janeiro : Inca, 2012.

Minha axila esquerda está em carne viva e coçando...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Deve ser algum tipo de alergia ou infecção de pele, se for alergia pode ser por causa do desodorante. Diferentes condições podem desencadear vermelhidão e coceira nas axilas, entre elas tem-se a dermatite de contato, dermatite atópica, infecção por Candida ou mesmo dermatite seborreica. Consulte um médico para uma avaliação da lesão, diagnóstico e tratamento.

Dermatite de contato

A dermatite de contato é uma das principais causas de vermelhidão e coceira na região das axilas. É uma dermatite desencadeada por uma substância alérgena que ao entrar em contato com a pele provoca uma reação. Esse alérgeno pode estar presente em desodorantes, perfumes, sabonetes ou mesmo em tecidos que entrem em contato com a pele.

Geralmente, a pessoa nota uma associação entre o uso de um produto e o aparecimento das lesões que pode ser imediato ou demorar meses. Na presença de dermatite de contato é essencial suspender o uso do desencadeador dessa alergia, para que seja possível melhorar os sintomas.

Dermatite atópica ou eczema

O eczema é uma dermatite que geralmente se inicia ainda na infância, não é desencadeado por nenhuma substância alérgica em particular, mas sim por uma predisposição genética, que leva a uma reação alérgica na pele, provocando vermelhidão e intensa coceira.

A pele na dermatite atópica apresenta um aspecto ressecado. O eczema pode apresentar períodos de melhora ou de intensificação dos sintomas. As lesões são mais comuns nas regiões de dobras do corpo, como atras dos joelhos, no interior dos cotovelos ou nas axilas.

Candida

A candidíase é uma doença provocada pela presença da Candida na pele, um fungo, que se manifesta em regiões do corpo que são úmidas e quentes, por isso a região das axilas é um lugar comum de ser acometido pela Candida.

Esse tipo de infecção é mais frequente justamente durante o verão e períodos de maior calor, quando a sudorese intensa e o uso de roupas sintéticas e pouco ventiladas podem tornar a região das axilas propensas a adquirirem esse fungo.Os principais sintomas são erupção cutânea avermelhada, coceira intensa e inchaço da região.

Dermatite seborreica

É uma dermatite provocada pela produção excessiva de sebo e óleo na pele, acomete principalmente o couro cabeludo e o rosto, no entanto, outras áreas do corpo como axilas, nádegas e virilha também podem ser acometidas. Ocasiona vermelhidão, formação e descamação de placas amareladas ou esbranquiçadas de aspecto oleoso.

Caso apresente lesões nas axilas consulte um médico de família, clínico geral ou dermatologista para uma avaliação e tratamento mais adequado.

Quais os sintomas da gastroenterite? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da gastroenterite incluem: diarreia aquosa (fezes pastosas ou líquidas), fezes com sangue, muco ou pus (sinais de infecção bacteriana ou por parasitas), náuseas, vômitos, cólicas, perda de apetite, febre, dor de cabeça, boca seca e diminuição do volume de urina (sinais de desidratação).

Normalmente, os sintomas da gastroenterite duram somente alguns dias, podendo persistir por até uma semana em alguns casos.

Se a diarreia ou os vômitos forem intensos e persistentes, pode causar desidratação. Nessas situações, a pessoa pode ficar com os olhos mais fundos, a boca seca, ter a sensação de engrossamento da língua e apresentar diminuição do volume de urina, que tende a ficar mais escura.

O tratamento da gastroenterite depende do micro-organismo causador da infecção, mas sempre envolve medidas de hidratação e alívio dos sintomas.

Qual é o tratamento para gastroenterite viral?

No caso da gastroenterite causada por vírus, não há medicação específica. Podem ser utilizados medicamentos para aliviar os sintomas, como cólicas e náuseas.

Também é importante ingerir grande quantidade de líquidos, para repor as perdas, e fazer alimentação leve, em pequenas quantidades.

Sempre que possível, deve-se evitar ficar sem comer. Depois, conforme os sintomas vão melhorando, podem ser incluídos gradualmente na dieta alimentos moles e de fácil digestão.

Nos casos mais graves de gastroenterite, principalmente em crianças, pode ser necessário internamento hospitalar para receber um tratamento e hidratação adequados.

Qual é o tratamento para gastroenterite bacteriana?

Na gastroenterite causada por bactérias, como Shigella, Salmonella e E. coli, o tratamento é feito seguindo as mesmas recomendações para a gastroenterite viral, como a hidratação. Em algumas situações pode ser necessário o uso de antibióticos.

Qual é o tratamento para gastroenterite causada por parasitas?

Na gastroenterite causada por parasitas, como por exemplo a Giárdia, é necessário o uso de antibióticos antiparasitários, além disso são feitas as mesmas recomendações de tratamento que as demais formas de gastroenterite.

O que é gastroenterite?

A gastroenterite é uma inflamação e irritação que afeta o estômago e o intestino. As gastroenterites podem ser causadas por vírus, bactérias, parasitas e intoxicações alimentares.

A maioria dos casos de gastroenterite ocorre pela ingestão de alimentos ou água contaminados por bactérias, vírus ou parasitas.

Também pode haver transmissão de pessoa para pessoa, principalmente se uma pessoa infectada não lavar adequadamente as mãos após evacuar.

Como prevenir a gastroenterite?

A prevenção da gastroenterite consiste em lavar as mãos cuidadosamente antes de se alimentar e após utilizar o sanitário. Também é importante que frutas e vegetais sejam muito bem lavados e que carnes e ovos sejam totalmente cozidos.

Vale lembrar que a gastroenterite pode ser altamente transmissível. Por isso, pessoas doentes devem lavar muito bem as mãos depois de usar o banheiro e antes de manusear alimentos.

Para evitar a transmissão, recomenda-se que o paciente permaneça em casa durante pelo menos 48 horas, até que sintomas como diarreia e vômitos tenham cessado.

O tratamento da gastroenterite deve ser prescrito por médico de pronto atendimento, especialmente e principalmente naqueles casos em as fezes tem sangue, muco ou pus, ou nos casos que duram mais de 7 dias. Não deve ser utilizado medicamento para interromper a diarreia sem prescrição médica devido ao risco de agravamento da doença.

Vermelhidão no olho, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Vermelhidão no olho ou nos olhos pode ser sinal de diversas doenças com causas variadas, por isso os sintomas precisam ser investigados por um oftalmologista. Algumas das doenças que podem deixar os olhos vermelhos são:

  • Conjuntivite (viral e bacteriana): É uma das doenças que mais provocam vermelhidão nos olhos, principalmente na parte interna das pálpebras. A doença é contagiosa e normalmente afeta ambos os olhos, podendo ser mais intensa em apenas um deles. Além da vermelhidão, também causa secreção, lacrimejamento, ardência, fotofobia e coceira leve. Os sintomas e a doença geralmente desaparecem espontaneamente em até 10 dias. Em alguns casos pode ser necessário utilizar colírios com antibióticos ou anti-inflamatórios ou ainda pomadas;
  • Alergia ocular ou conjuntivite alérgica: É uma importante causa de vermelhidão nos olhos, sobretudo em crianças e indivíduos com histórico de rinite, bronquite e sinusite. Seus principais sintomas são coceira intensa nos olhos e inchaço nas pálpebras. Afeta os dois olhos, apresentando pouca ou nenhuma secreção, não é contagiosa e o tratamento faz-se com colírios antialérgicos;
  • Hemorragia subconjuntival (derrame no olho): causa vermelhidão intensa na área afetada do olho, mas não oferece riscos para a visão, apesar do aspecto visual desagradável. Também não causa dor e melhora entre 7 e 21 dias, mesmo sem tratamento;

  • Uveíte: Provoca vermelhidão nos olhos, próxima à íris, e se não for tratada pode comprometer definitivamente a visão. Os seus sintomas são: fotofobia, dor e visão embaçada, com pequenos pontos escuros que se movimentam. Geralmente afeta apenas um olho e o tratamento é feito com colírios específicos, normalmente associados a antibióticos, antivirais ou antifúngicos, podendo ainda ser necessária a prescrição de corticoides ou imunomoduladores nas formas autoimunes;
  • Blefarite ou olho seco: uma leve vermelhidão nos olhos e o paciente geralmente refere uma sensação de areia nos olhos, além de ardência e ressecamento. Os sintomas pioram em ambientes secos, com vento ou ar condicionado. Em geral, o tratamento é feito com o uso de lágrimas artificiais que dão mais conforto até que o quadro melhore.
  • Pterígio: Não deixa o olho vermelho o tempo todo e melhora com colírios lubrificantes ou vasoconstritores. Seus sintomas são: ardência, lacrimejamento e sensibilidade à luz.

Como a vermelhidão nos olhos incomoda, as pessoas tendem a pingar colírios sem prescrição médica na tentativa de resolver o problema, o que só disfarça os sintomas e agrava a situação. Os olhos vermelhos devem ser avaliados e tratados por um médico oftalmologista.

Qual o tratamento para hipotensão arterial?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para hipotensão arterial depende da causa da hipotensão, das características e da gravidade dos sintomas apresentados pelo paciente. Pessoas com hipotensão arterial que não manifestam sintomas e não possuem nenhuma doença de base, não precisam de tratamento.

Quando o tratamento é necessário, existem medidas a serem tomadas e diversos grupos de medicamentos capazes de aumentar ligeiramente a pressão arterial, afim de aliviar os sintomas da hipotensão arterial e prevenir complicações maiores, como queda da própria altura.

Podemos citar alguns dos medicamentos usados:

  • Simpaticomiméticos (epinefrina, metilsulfato de amezínio, midodrina, norfenefrina, foledrina e oxilofrina)

    • São frequentemente usados por causar o aumento do retorno venoso ao coração, estimulando o batimento cardíaco. Entre os possíveis efeitos colaterais estão: taquicardia, transtornos na micção e alterações do ritmo cardíaco;
  • Fludrocortisona: Atua nos rins, prevenindo que sal e água sejam eliminados, levando assim a um aumento do volume de sangue e consequentemente da pressão arterial
    • É utilizado sobretudo em pacientes com hipotensão ortostática;
  • Diidroergotamina: É um vasoconstritor que causa vasoconstricção, melhorando assim o retorno sanguíneo ao coração e prevenindo os sintomas de hipotensão ao se levantar
    • Está indicada principalmente em casos de hipotensão ortostática;
  • Eritropoietina: Estimula a maturação dos glóbulos vermelhos na medula óssea, que são as células responsáveis pelo transporte de oxigênio no sangue. Pode diminuir os sintomas da hipotensão ortostática grave.

No entanto, todos os tratamentos para hipotensão arterial que envolvem medicamentos, podem causar efeitos colaterais indesejáveis, como hipertensão arterial, por exemplo. Assim, recomenda-se tentar primeiro reduzir os sintomas da hipotensão arterial sem medicamentos.

Algumas medidas que podem ajudar a controlar os sintomas em casos de queda brusca da pressão arterial são:

  • Deitar-se numa posição confortável;
  • Elevar os pés, de maneira que fiquem mais altos que o coração e a cabeça;
  • Ingerir bastante líquido com pequenos goles, dando preferência aos sucos, no caso de estar sem comer nada há muito tempo;
  • Evitar o jejum e exposição solar em excesso.

Se essas medidas não aliviarem os sintomas em 15 minutos, a pessoa deve ser levada para um hospital rapidamente.

O tratamento da hipotensão arterial é da responsabilidade do médico cardiologista.

Saiba mais em: Pressão baixa na gravidez é normal? Quais os sintomas e o que fazer?