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Existem exames para detectar trombofilia durante a gravidez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, existem exames de sangue e estudos genéticos para detectar trombofilia durante a gravidez, porém, a gestação provoca alterações na coagulação sanguínea que interferem no resultado dos exames, portanto nem sempre está indicada a investigação nesta fase.

Não existe ainda um consenso, mas para a confirmação do diagnóstico de trombofilia, é indicado a repetição dos exames semanas ou meses após o parto.

Os exames para detectar trombofilia são de custo elevado e podem ser mais prejudiciais do que benéficos, por exemplo quando se apresentam alterados mas sem indicação de tratamento. O que por vezes causa grande ansiedade e angústia desnecessárias à gestante.

Veja também: Quais os riscos da trombofilia na gravidez?

Quando é necessário detectar trombofilia durante a gravidez?

Apenas sob determinadas circunstâncias é que o rastreio da trombofilia na gravidez é indicado. Algumas das indicações são:

  • Episódios anteriores de trombose;
  • 2 ou mais abortos espontâneos ("sem explicação") consecutivos, de fetos normais, como menos de 10 semanas de gestação;
  • 1 ou mais nascimentos prematuros (menos de 34 semanas) de fetos normais;
  • Pré-eclampsia grave;
  • Restrição grave do crescimento do feto;
  • Casos de tromboembolismo em familiar de 1º grau;
  • Familiar de 1º grau com trombofilia.

O médico obstetra é o especialista que deverá avaliar a necessidade de solicitar, ou não, os exames para detectar trombofilia durante uma gravidez.

Como é o exame holter 24 horas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para fazer o exame holter 24 horas, a pessoa fica com um gravador portátil que registra os seus batimentos cardíacos durante 24 horas. Não é preciso ficar internado para fazer o exame. O paciente leva o holter para casa, não precisar alterar a sua rotina, dorme com o aparelho e preenche um diário em que relata os sintomas que apresentou nesse período.

O aparelho usado é pequeno e cabe na palma da mão. Dele saem 4 eletrodos que são posicionados no tórax e registram os impulsos elétricos dos batimentos cardíacos. O monitor fica fixo na cintura.

No interior do equipamento está um pequeno chip que transforma a atividade elétrica em imagens gráficas correspondentes às batidas do coração.

Trata-se, portanto, de um eletrocardiograma com duração de 24 horas. Contudo, uma vantagem do holter é poder detectar arritmias esporádicas que não são observadas no curto espaço de tempo de um eletrocardiograma normal.

Depois, um programa de computador seleciona as imagens mais sugestivas de arritmia, o que permite ao médico interpretar os dados colhidos pelo aparelho e avaliar se os sintomas apresentados durante as 24 horas estão associados a algum tipo de arritmia cardíaca.

Leia também: O que é arritmia?

Enquanto estiver com o holter, a pessoa não deve se deitar em colchões magnéticos ou usar travesseiros do mesmo gênero, pois irão interferir e impedir a gravação dos impulsos elétricos emitidos pelo coração. O uso de equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos, como celular e micro-ondas, é permitido. 

Após retirar o holter, recomenda-se aplicar creme hidratantena pele onde os eletrodos ficaram aderidos e evitar a exposição solar do tórax durante 3 a 5 dias. Se observar lesões no local, entre em contato com o médico.

Não existem contraindicações para fazer o holter 24 horas, exceto em caso de feridas ou alergias que possam impedir a permanência do eletrodo no tórax do paciente durante as 24 horas.

Antes do exame, a pessoa deve tomar banho e não passar cremes no peito antes de colocar os eletrodos. Pacientes portadores de marcapasso devem apresentar os dados de identificação do aparelho para serem devidamente registrados. Sem essas informações, a interpretação do exame fica prejudicada e pode até mesmo impedir a sua análise.

O exame holter 24 horas serve para avaliar e diagnosticar arritmias, que são descompassos elétricos verificados nos batimentos do coração. 

O holter geralmente é solicitado em casos suspeitos, com sinais e sintomas que podem incluir palpitações, desmaios, tonturas e sensação de que os batimentos cardíacos estão muito lentos ou fora de ritmo.

Veja também: Quais os sintomas de arritmia cardíaca?

Ao detectar a arritmia, o holter também permite ao cardiologista avaliar o risco de morte súbita.

Geralmente o médico cardiologista é o especialista indicado para solicitar o exame e interpretar os seus resultados, conforme a historia, o exame clínico e os sintomas apresentados pelo paciente. No entanto, clínicos gerais e médicos de família também podem indicar e avaliar o exame. 

Saiba mais em:

Como interpretar o exame holter 24 horas?

Arritmia cardíaca tem cura?

Quando tomar a Perlutan?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Tome a injeção regularmente a cada 30 dias, independente da sua menstruação.

O dia indicado para tomar a primeira injeção do anticoncepcional injetável, deve ser entre o 7º e o 10º dia da menstruação. Exatamente como a ginecologista orientar.

Entretanto, as próximas injeções de Perlutan® devem ser administradas a cada 30 dias da primeira dose, independente do dia da menstruação seguinte. Então se a primeira aplicação foi no dia 10, deve contar 30 dias e agendar a nova aplicação.

Isso porque a menstruação, após o início do uso de qualquer tipo de anticoncepcional, sofre mudanças tanto no seu volume quanto na coloração do fluxo menstrual. O que torna bastante difícil diferenciar um sangramento menstrual do sangramento de "escape".

Além disso, a falta da menstruação ou atraso menstrual, também são efeitos colaterais esperados para essas medicações hormonais, sem que seja visto como um problema, mas poderia atrasar a aplicação da medicação e reduzir a sua eficácia.

Dessa maneira, a menstruação só pode ser usada como critério na primeira aplicação, depois não poderá ser mais o referência para a data da próxima injeção.

Para mais esclarecimentos nesse assunto, recomendamos fazer contato com seu/sua médico/a ginecologista assistente.

Leia também:

Quanto tempo a injeção mensal fica no corpo da mulher?

Posso tomar injeção 2 vezes ao mês já que desce 2 vezes ao mês?

O que pode ser quando a pessoa caga sangue?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sangramento ao defecar tem como causa mais comum a presença de hemorroida. Pode também ocorrer em outras doenças, o ideal é procurar um médico para uma avaliação e investigação sobre a causa do sangramento retal.

Entre as possíveis causas de sangramento retal estão a doença hemorroidária, fissuras anais, trauma local, parasitoses intestinais, presença de pólipos, diverticuloses, doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn e retocolite ulcerativa, ou mesmo tumores.

Para o correto diagnóstico algumas características do sangramento retal são avaliados pelo médico como se o sangramento é em pequena ou grande quantidade, se o sangue é vermelho vivo ou apresenta-se digerido (escuro) e outros sintomas que possam acompanhar esse quadro como dor para evacuar, dor abdominal, diarreia ou constipação, vômitos, perda de peso entre outras.

A presença de hemorroidas é umas das principais causas de sangramento retal. As hemorroidas são varizes anais que eventualmente podem sangrar, principalmente com o esforço evacuatória. Além do sangramento pode ocorrer dor no local.

Já as fissuras anais são pequenas fissuras que podem acometer a região anal e causam dor intensa durante a evacuação, eventualmente também podem causar sangramento em pequena quantidade.

Tanto as hemorroidas e as fissuras anais causam um sangramento vermelho vivo. Ambas as doenças também se beneficiam da adoção de uma dieta rica em fibras que permite o adequado funcionamento intestinal, já que os sintomas pioram com o esforço evacuatório.

A adequada ingesta de água e líquidos também é essencial para o funcionamento intestinal, da mesma forma que a prática de atividade e a longo prazo contribuem para a melhora dos sintomas.

Consulte o seu médico de família ou clínico geral caso esteja apresentando sangramento retal.

O que é colite e quais os seus sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A colite ulcerativa é uma doença inflamatória autoimune que acomete o intestino grosso. É autoimune porque o sistema imunológico do próprio indivíduo, por razões ainda desconhecidas, ataca os tecidos dessa região intestinal, provocando úlceras (lesões).

Essa resposta anormal do sistema imunológico pode ser desencadeada por vírus ou bactérias, mesmo que os micro-organismos já não estejam presentes.

Contudo, acredita-se que existem fatores hereditários que podem favorecer o desenvolvimento da colite ulcerativa, além de fatores de risco, como idade inferior a 30 anos e história de colite ulcerativa na família.

A colite ulcerativa pode afetar pessoas de qualquer idade, homens e mulheres. Porém, os sintomas tendem a aparecer entre os 15 e os 40 anos de idade e entre os 50 e os 80 anos. Pessoas que têm algum parente de 1º grau com doença inflamatória do intestino têm mais chances de desenvolver colite.

Quais são os sintomas da colite?

Os sinais e sintomas da colite incluem diarreia com presença de muco ou sangue nas fezes, cólica, urgência para evacuar, dor causada pela contração do esfíncter anal e desconforto abdominal.O estresse normalmente piora os sintomas.

Nos casos mais graves, podem surgir complicações como hemorragia, cansaço, febre, infecção intestinal, feridas na cavidade oral, perfuração do intestino, osteoporose, pedras nos rins, doenças da pele e das articulações, dilatação do intestino provocada por infecção (megacólon tóxico), perda de peso e até desnutrição.

A colite afeta a mucosa que recobre a porção interna do intestino grosso, que inflama e desenvolve pequenas feridas que podem sangrar. A inflamação do intestino também produz uma quantidade excessiva de secreção, que pode vir acompanhada de pus e sangue.

O tamanho da porção do intestino grosso afetada pela colite ulcerativa pode variar de poucos centímetros à totalidade do intestino, estando o reto (porção final do intestino) envolvido na maioria dos casos.

Os sintomas da colite ulcerativa podem variar conforme a gravidade da doença e com o tamanho da porção do intestino afetada. Os sinais e sintomas também apresentam uma variação na sua manifestação, alternando períodos ativos com outros assintomáticos.

Colite pode evoluir para câncer?

O processo inflamatório que acompanha a colite, associado ao tempo de duração e à extensão da enfermidade, pode resultar em câncer intestinal.

O risco de câncer de intestino é maior nos casos em que todo o intestino grosso é afetado e a doença já se instalou há mais de 10 anos.

Para prevenir a evolução para câncer intestinal, é muito importante avaliar frequentemente o intestino através do exame de colonoscopia, que também é utilizado para diagnosticar a colite ulcerativa.

Qual é o tratamento para colite?

O tratamento da colite é feito com restrições dietéticas e medicamentos para tratar ou prevenir as inflamações intestinais. A colite ulcerativa não tem cura. O tratamento tem como objetivo aliviar os sintomas e aumentar o tempo de intervalo entre as crises.

O tratamento da colite depende da gravidade e da extensão da doença, da quantidade e da gravidade das crises, bem como da resposta aos tratamentos que já foram realizados.

Nos casos agudos graves ou com crises muito frequentes, em que há lesões no intestino com grandes chances de evoluir para câncer, pode ser necessário realizar uma cirurgia. Algumas pessoas podem precisar ficar internadas para que as crises mais graves possam ser controladas adequadamente.

Vale lembrar que a alimentação das pessoas com colite ulcerativa é normal, sem restrições. A exceção é para os períodos de diarreia, em que se devem evitar as fibras e a lactose (açúcar presente no leite e seus derivados).

Os medicamentos mais usados para tratar a colite são os aminossalicilatos, que atuam no controle da inflamação, os corticoides, os imunomoduladores, entre outras medicações para alívio das dores e da diarreia ou para tratar outras infecções.

O/a gastroenterologista é o/a médico/a responsável pelo diagnóstico e tratamento da colite ulcerativa.

Útero inflamado pode ser perigoso? Como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

De modo geral, não é perigoso, pois as inflamações no útero são provocadas por germes que normalmente habitam essa região, como o fungo Candida sp., ou bactérias como a Chlamydia sp. ou Neisseria gonorrhoeae.

No entanto, a inflamação por outros germes como o HPV, pode sim ser grave, porque causa feridas que aumentam o risco de desenvolver o câncer de colo uterino.

Além disso, as infecções por Chlamydia sp. ou Neisseria gonorrhoeae, quando não tratadas, podem provocar a Doença Inflamatória pélvica (DIP). Doença que afeta o útero, trompas e ovários, relacionada a casos de infertilidade.

O tratamento das inflamações no útero depende da sua causa e do local acometido. Pode incluir o uso de antibióticos ou antivirais. Cabe ao ginecologista definir a melhor opção para cada caso.

Remédios para inflamação no útero

O tratamento das inflamações que afetam o útero é realizado com medicamentos orais, cremes ou óvulos vaginais de acordo com o agente causador da doença. Os medicamentos mais utilizados são:

Antifúngicos

Os medicamentos antifúngicos são indicados nos casos de candidíase, inflamação causada por Candida albicans. O tratamento tem duração de 3 a 14 dias e pode ser efetuado com:

  • Medicamentos orais: fluconazol, itraconazol ou cetoconazol,
  • Cremes vaginais: nistatina ou miconazol e
  • Óvulos vaginais: miconazol ou clotrimazol.

Quando em uso de óvulos ou cremes vaginais, é importante que você evite as relações sexuais.

Antibióticos

Os antibióticos orais e/ou injetáveis são utilizados nas inflamações uterinas causadas por bactérias como a clamídia e gonorreia. Os mais usados são:

  • Azitromicina: comprimido administrado por via oral em dose única,
  • Doxiciclina, eritromicina, levofloxacino ou ofloxacino: comprimidos administrados por via oral durante 7 dias e
  • Ceftriaxona: medicamento aplicado em dose única através de uma injeção.

Em doenças como clamídia ou gonorreia, os parceiros sexuais também devem ser tratados. Do mesmo modo, as relações sexuais devem ser evitadas até que ambos tenham sido tratados por pelo menos uma semana. As pessoas infectadas e seus parceiros sexuais devem se abster de relações sexuais até que tenham sido tratados por pelo menos uma semana.

Tratamento caseiro para inflamação no útero

Não há comprovação científica de que receitas caseiras como uso de chás são eficazes para o tratamento das inflamações no útero. Inclusive o uso destas receitas pode retardar o tratamento indicado e agravar a doença.

Por este motivo, recomendamos que na suspeita de inflamação uterina, procure um ginecologista ou médico de família, converse sobre as opções de tratamento, antes de tomar qualquer medicação mesmo que a princípio, seja um produto natural.

Sintomas de inflamações uterinas
  • Corrimento amarelado, cinza ou marrom com mau cheiro,
  • Sangramento fora do período menstrual,
  • Sangramento durante ou após as relações sexuais,
  • Dor durante o ato sexual,
  • Dor ao urinar,
  • Sensação de inchaço no baixo ventre ou útero e
  • Dor no baixo ventre.
Quando devo me preocupar?

Alguns sinais servem de alerta e podem ser um sinal de que a inflamação está piorando. Estes sinais incluem:

  • Aumento ou persistência de dor abdominal,
  • Aumento ou permanência do corrimento,
  • Sangramento depois das relações sexuais.

Se você está em tratamento e estes sintomas persistem é importante retornar ao ginecologista para nova avaliação ginecológica.

Para saber mais sobre inflamação no útero, você pode ler:

Quais os sintomas de inflamação no útero?

Quais são as causas de inflamação no útero?

Qual o tratamento para inflamação do útero?

Referências

Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines, 2019. UpToDate®

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia. Guidelines Manual in the lower genital tract and colposcopy. FEBRASGO, 2018.

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.

Quando a cirurgia de hérnia de disco é indicada?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A cirurgia de hérnia de disco, seja lombar ou cervical, geralmente está indicada quando os sintomas não melhoram com o tratamento conservador ou quando houver risco de sequelas para a pessoa.

O tratamento conservador é baseado em repouso, fisioterapia, acupuntura, redução de peso, quando necessário e medicamentos, analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares. Podendo variar de acordo com cada equipe, em geral, após 3 meses de tratamento, não havendo melhora do quadro, a cirurgia pode ser indicada.

Em algumas situações, o tratamento cirúrgico da hérnia de disco é considerado urgente, como:

  • Comprometimento neurológico motor - Perda de força em um membro;
  • Sinal ou evidência de compressão da medula por exames de imagem;
  • Dor incapacitante e
  • Perda de sensibilidade, por exemplo na região genital ou nos membros superiores/inferiores.

Contudo, a maioria das hérnias de disco respondem bem ao tratamento com fisioterapia, acupuntura, repouso e medicamentos. Apesar de não curar a hérnia, esses tratamentos têm como objetivo aliviar a dor e diminuir as limitações. Grande parte dos pacientes retomam as suas atividades depois de 1 mês de tratamento.

Apenas uma pequena parcela dos casos de hérnia de disco tem indicação cirúrgica, já que grande parte dos pacientes melhoram espontaneamente ou com tratamento.

Leia também: Qual o tempo de recuperação da cirurgia de hernia de disco?

Como é a cirurgia de hérnia de disco?

Existem hoje diferentes procedimentos cirúrgicos, que podem ser indicados de acordo com a localização da hérnia, gravidade e condições clínicas do paciente

Alguns procedimentos são menos invasivos, como tratamento através de laser e radiofrequência, com o objetivo de remover a hérnia e os fragmentos do disco, para aliviar a compressão dos nervos que saem da medula espinhal.

Outros mais invasivos, os quais exigem melhor condição clínica do paciente para que sejam realizados, como a cirurgia aberta e remoção completa da hérnia, com opção de estabilização da coluna. Por vezes estão indicadas próteses como substituição de disco intervertebral, até a instrumentação da coluna, com colocação de hastes e parafusos para estabilização, e nesse caso o procedimento é mais complexo.

O/A médico/a neurocirurgião/ã, é o/a mais indicado/a para indicação e realização da cirurgia de hérnia de disco.

Saiba mais em:

Hérnia de disco tem cura? Qual o tratamento?

Quais os sintomas de hérnia de disco?

Abaulamento discal: o que é, quais os sintomas e como tratar

Qual o tempo de recuperação da cirurgia de hernia de disco?

Referências

SBR. Sociedade Brasileira de Reumatologia.

SBOT. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Anticoncepcional pode causar nódulo ou câncer de mama?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Na verdade ainda não existe um consenso sobre esse assunto. Esse é um tema bastante estudado e controverso, com publicações constantes sobre o aumento do risco, benefícios e as características principais dos anticoncepcionais.

No entanto, no Brasil, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), defende que o uso dessas medicações, é sim segura e que não causa nódulo ou câncer de mama.

Dependendo das opções de vida da mulher e indicação do seu uso, a medicação é bastante benéfica. Especialmente com os anticoncepcionais mais novos, desde que devidamente indicados e acompanhados pelo ginecologista.

Quem tem fibroadenoma na mama pode tomar anticoncepcional?

Na grande maioria das vezes sim, um fibroadenoma não contraindica o uso de anticoncepcionais. Entretanto, no caso de nódulo sem diagnóstico, ou fibroadenoma em crescimento, deve ser primeiro avaliado pelo ginecologista assistente, de forma individual para analisar os fatores de risco e os benefícios.

Um nódulo ainda em investigação, história familiar de câncer de mama, história de tromboses, entre outras questões de saúde podem sim contraindicar essa medicação.

Em 2017, um trabalho grande sobre o assunto na Dinamarca, mostrou que sim, o uso do anticoncepcional hormonal foi relacionado ao aumento do risco de câncer de mama, quando comparado a mulheres que não o fazem. Porém, um risco ainda considerado baixo. Porém, concluiu também que existe um benefício no seu uso, de proteção contra o câncer de endométrio, ovário e intestino.

Portanto, é fundamental analisar caso a caso com um especialista, ginecologista ou mastologista.

Benefícios dos anticoncepcionais

Os pontos aceitos pela maioria dos pesquisadores nesta área mostram os seguintes fatores benéficos para o uso de anticoncepcionais:

1. O uso de medicamentos antigos, com dosagens maiores de hormônios aumentam o risco de câncer de mama;

2. O uso contínuo por mais de 10 anos, parece aumentar o risco de câncer de mama;

3. A história familiar de câncer, seja de mama ou outro órgão, aumenta o risco pela predisposição genética, por isso deve ser avaliado com mais cautela a sua indicação;

4. Obesidade, sedentarismo, uso abusivo de bebidas alcoólicas, são comprovadamente fatores de maior risco para câncer de mama, que pode aumentar ainda mais com a associação de anticoncepcionais;

5. Existem também evidências bem estabelecidas e aceitas de que a pílula anticoncepcional pode ajudar a prevenir além do câncer de ovário, endométrio e intestino, protegem contra:

  • Miomas;
  • Endometriose;
  • Pólipos;
  • Cistos no ovário;
  • Alguns tipos de infecção vaginais e as
  • Alterações benignas das mamas.

Leia mais sobre o assunto nos artigos:

Caroço no seio que se movimenta e não dói o que pode ser?

Além de impedir a gravidez, para que pode servir o anticoncepcional?

Fale com o/a seu/sua médico/a ginecologista sobre os eventuais riscos e os benefícios da pílula anticoncepcional e faça regularmente seu auto exame de mama.

Referência:

  • FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
  • Lina S Morch, et al.; Contemporary Hormonal Contraception and the Risk of Breast Cancer. N Engl J Med. 2017 Dec 7;377(23):2228-2239.