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O que pode ser T4 livre alto ou baixo?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

O T4 livre pode estar alto no hipertireoidismo e na tireoidite sub-aguda, principalmente. Também pode estar elevado em algumas doenças não tireoidianas. Está baixo no hipotireoidismo primário (tireoidite de Hashimoto, mixedema idiopático, bócio endêmico), no hipotireoidismo secundário e na tireoidite sub-aguda avançada, principalmente.

Valores de referência ('normais' - da maioria da população):

Recém-nascidos: 2,6 a 6,3 ng/dL Adultos: 0,8 a 2,7 ng/dL

Obs: Os valores de referência podem variar em função do método e reagente utilizado, portanto, esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados de exames laboratoriais.

Em caso de exame T4L alterado, a interpretação do resultado deve ser realizada pelo médico que o solicitou, em conjunto com a história e o exame clínico. Para maiores informações, procure um médico clínico geral ou endocrinologista.

Qual é a melhor forma de parar o soluço?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem diversas técnicas que ajudam a parar o soluço. Contudo, aquela que parece ter melhores resultados é beber água, principalmente água gelada, porque a mudança abrupta da temperatura estimula a inervação torácica, regulando o funcionamento do diafragma.

Há ainda uma outra forma que era indicada para interromper o soluço, que vem caindo em desuso pelos riscos de engasgos e broncoaspiração, além de não se saber ao certo o seu mecanismo de ação; que seria beber água “ao contrário”, ou seja, inclinando o tronco para a frente ao invés de inclinar normalmente o copo.

Outras formas que comprovadamente auxiliam no término do soluço mais rapidamente, porém sem oferecer riscos para a saúde, são:

1. Prender a respiração

Prender a respiração por alguns segundos, e soltar o ar aos poucos. Esta manobra pode acabar com soluços leves, pois ajuda a relaxar o diafragma e diminui os impulsos nervosos que desencadeiam os espasmos do músculo;

2. Levar um susto

Também pode interromper o soluço, por provocar liberação de adrenalina, que tem efeito sobre o diafragma e sobre sua inervação;

3. Soprar contra resistência

Por exemplo, soprar contra a mão, pois aumenta a pressão intra-abdominal, aumentando a resistência sobre o diafragma, organizando seu funcionamento;

4. Soprar dentro de um saco ou uma bola de aniversário

Pelo mesmo mecanismo, aumentando a pressão intra-abdominal e consequente ajuste no funcionamento do diafragma.

O que é o soluço?

O soluço é o resultado de espasmos ou contrações involuntárias do diafragma, um músculo localizado abaixo dos pulmões, responsável por separar a cavidade torácica da cavidade abdominal, e fortemente relacionado a respiração.

Soluço persistente: o que fazer?

Em geral, os soluços desaparecem espontaneamente em pouco tempo e não precisam de nenhum tipo de avaliação ou tratamento. Porém, soluços persistentes podem ser tratados com medicamentos, hipnose e acupuntura.

Se mesmo assim permanecerem os soluções, embora seja raro, existem ainda opções cirúrgicas, como bloqueio do nervo e implante de marca-passo respiratório.

Portanto, se mesmo depois de realizar as técnicas sugeridas acima, o soluço permanecer por mais de 48 horas, procure um/a médico/a clínico geral ou médico/a de família para uma investigação e orientação de tratamento.

Qual o tratamento no caso de coágulo no cérebro?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento de um coágulo no cérebro geralmente é feito através de uma pequena cirurgia, em que se faz uma abertura do tamanho de uma moeda pequena no crânio, para drenar o hematoma. Se o coágulo estiver na meninge (capa fibrosa que recobre o cérebro), nem é preciso abrir o crânio.

Outra forma de tratamento, dependendo da localização e da extensão do hematoma, é através de medicamentos anticoagulantes, que "afinam" o sangue e dissolvem o coágulo cerebral.

O diagnóstico do coágulo é feito com os exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Um coágulo no cérebro aumenta a pressão interna do crânio e provoca a liberação de substâncias inflamatórias que podem levar a danos cerebrais irreversíveis. Em alguns casos podem causar a morte ou invalidez do/a paciente, por isso necessitam de tratamento médico urgente.

O tratamento dos coágulos cerebrais é feito pelo/a médico/a neurocirurgião/ã.

Histerectomia: como funciona a cirurgia de retirada do útero?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A histerectomia pode ser feita pela via vaginal, abdominal ou por laparoscopia. Normalmente, os métodos escolhidos para a cirurgia de retirada do útero são o vaginal ou o laparoscópico, pois são menos invasivos e o risco de infecções é menor.

Na histerectomia por via vaginal, é realizado um corte no interior da vagina para alcançar o útero. Esse tipo de cirurgia muitas vezes é usado para retirar o útero em casos de prolapso uterino-vaginal, sendo também usado em mulheres que não apresentam prolapso uterino e no tratamento do câncer de colo do útero.

A histerectomia pela via vaginal é realizada sob anestesia geral, raquidiana ou peridural. Dentre as vantagens desse método de cirurgia de retirada do útero estão o alívio do desconforto após a operação, um tempo menor de internamento e uma recuperação mais rápida no pós-operatório. Além disso, a incisão feita no interior da vagina não deixa uma cicatriz exposta.

Na histerectomia abdominal ou aberta, realiza-se um corte no abdômen pelo qual o útero é totalmente retirado. Em alguns casos, a cirurgia pode incluir a remoção dos ovários e das trompas. 

A histerectomia abdominal é uma cirurgia mais invasiva, embora seja um dos procedimentos mais utilizados para retirar o útero. A operação pode ser feita sob anestesia raquidiana, peridural ou geral. O tempo de internamento geralmente é maior do que na histerectomia pela via vaginal, assim como o tempo de recuperação.

Já a histerectomia por videolaparoscopia é feita através de pequenos furinhos que não medem mais de 10 milímetros cada. A retirada total ou parcial do útero pode ser realizada pela vagina ou por meio de um procedimento chamado morcelamento. O método corta o útero ainda na cavidade abdominal através de um aparelho (morcelador). Depois, o útero é retirado pelos pequenos orifícios por onde passam a microcâmera e as pinças cirúrgicas.

A grande vantagem da histerectomia laparoscópica é poder ser feita com menos cortes, o que diminui as chances de lesão em outros órgãos e tecidos próximos ao útero, como a bexiga. Além disso, esse tipo de cirurgia é menos invasivo que o método aberto, pelo que a dor no pós-operatório é menor, assim como as cicatrizes e o tempo de recuperação no pós-operatório.

A histerectomia por videolaparoscopia é feita sob anestesia geral, sendo especialmente indicada para mulheres com endometriose, já que o procedimento permite visualizar com precisão as lesões no útero e em outros órgãos, como intestino e bexiga, por exemplo.

Saiba mais em: Quando é aconselhável a retirada do útero?

Qual é o tempo de repouso após a histerectomia?

Após a histerectomia, a paciente deve permanecer em repouso relativo durante pelo menos 3 meses. O repouso é relativo porque as atividades diárias que não exigem esforço são permitidas. Contudo, deve-se evitar levantar pesos, praticar exercícios físicos e fazer movimentos bruscos nesse período.

Apesar dos esforços estarem proibidos nos 3 meses de pós-operatório, o tempo de recuperação após retirada do útero costuma variar de 2 a 6 semanas. O tempo é maior na histerectomia abdominal (6 semanas), enquanto que nos outros métodos a paciente costuma estar recuperada dentro de 2 a 3 semanas.

Quais são os efeitos da histerectomia?

Os únicos efeitos que a cirurgia de retirada do útero produz na mulher são a ausência de menstruação e a impossibilidade de gerar filhos. Os hormônios ovarianos continuam a ser produzidos na mesma (desde que os ovários não tenham sido retirados na cirurgia) e a operação não influencia a vida sexual e o prazer da mulher.

Veja também: Depois de retirar útero como fica a menstruação?

Como fica a vida sexual após a histerectomia?

A histerectomia não influencia a vida sexual nem o prazer da mulher. O prazer feminino está concentrado nas inervações do clitóris que se estende pela vagina e clitóris, pelo que a retirada do útero não irá prejudicar o desejo e as respostas aos estímulos sexuais.

Assim, se a cirurgia não diminuir muito o comprimento do canal vaginal (como em alguns casos avançados de câncer), a sensibilidade, a lubrificação e a resposta aos estímulos não serão afetadas.

Contudo, vale lembrar que após a histerectomia é necessário permanecer um período sem relações, conforme indicação médica.

Histerectomia engorda?

Não, histerectomia não engorda. As alterações mais significativas que a retirada do útero provoca no corpo da mulher são a ausência de menstruação e a impossibilidade de engravidar.

O receio de engordar pode estar relacionado com a associação que as pacientes fazem entre alterações hormonais e o aumento de peso. Porém, desde que os ovários sejam preservados, os hormônios femininos continuam a ser produzidos normalmente, sem nenhuma alteração no metabolismo da mulher.

Para maiores informações sobre a histerectomia, consulte o/a médico/a de família ou ginecologista.

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Meningite é contagiosa? Como ocorre a transmissão?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, meningite é contagiosa, principalmente a viral e a bacteriana, que são transmitidas de pessoa para pessoa através de gotículas de saliva ou secreção expelidas por indivíduos infectados ao falar, tossir, espirrar ou beijar.

No caso da meningite viral causada por enterovírus (vírus que habitam o intestino), a transmissão ocorre pelo contato com fezes infectadas pela via fecal-oral.

É importante lembrar que não é preciso estar com meningite para transmitir a doença. A pessoa pode ter o vírus ou a bactéria e não desenvolver meningite, mas pode transmitir a doença mesmo assim. Isso pode ocorrer na meningite meningocócica, por exemplo, em que a pessoa tem a bactéria na garganta, não está doente, mas pode transmitir o micróbio, sobretudo pelobeijo.

Para ocorrer a transmissão da meningite é necessário haver contato íntimo e prolongado (morar na mesma casa, compartilhar o mesmo quarto). Daí o convívio com pessoas doentes ou infectadas ser importante para o contágio.

As crianças com menos de 1 ano são as mais suscetíveis às meningites, pois ainda não desenvolveram anticorpos capazes de combater os vírus e as bactérias que causam a doença.

Como prevenir a meningite?
  • Tomar a vacina, que protege contra os tipos A, B, C, W e Y da meningite meningocócica (saiba mais em: Vacina para meningite B provoca alguma reação ou efeito colateral?);
  • Evitar locais com aglomeração de pessoas;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Lavar as mãos depois de ir ao banheiro;
  • Limpar e higienizar adequadamente os ambientes;
  • Detectar e tratar precocemente os casos de meningite para evitar que a doença seja transmitida.

Procure imediatamente um médico se tiver tido contato com alguém doente ou se apresentar algum dos sintomas da meningite.

Leia também:

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Qual a diferença entre meningite viral e bacteriana?

Tenho 17 anos, na minha 1ª vez não sangrou, na 2ª sangrou pouco e não parou ainda, não sai muito sangue mas estou preocupada, isto é normal?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O sangramento que ocorre na primeira relação geralmente é decorrente do trauma na membrana himenal, é em pequena quantidade e dura no máximo horas, geralmente só ocorre no ato sexual. Esse sangramento que está tendo parece mesmo uma menstruação desregulada.

O que pode causar leucopenia?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

A leucopenia pode aparecer como variação normal em algumas situações da vida, ou como sinal de vários tipos diferentes de doença. Entre elas, infecções, inflamações, doenças da medula óssea, da tireoide e do baço, doenças autoimunes e algumas doenças genéticas. Podem aparecer também como complicação do uso de alguns medicamentos, quimioterapia e radioterapia.

Trata-se da redução no número de células de defesa do corpo, chamadas leucócitos. O tratamento vai depender da causa, que deve ser investigada inicialmente pelo médico que solicitou o hemograma, o qual poderá encaminhar a algum especialista se achar necessário.

Saiba mais em: Leucograma: Para que serve e quais os valores de referência?

Tive relação sexual no 1° dia da menstruação, posso engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Durante a menstruação é muito raro a mulher engravidar, mas não podemos dar 100% de certeza. Isso porque, algumas vezes a mulher pode apresentar um pequeno sangramento, que chamamos de "escape", ao longo do ciclo, e confundir com menstruação.

Por isso dizemos que a única forma de prevenir uma gravidez indesejada, em quase 100% de eficácia, é com uso de contraceptivos, seja uso regular de anticoncepcional, método de barreira, como a camisinha, ou uso da pílula do dia seguinte.

A pílula só pode ser utilizada até 72h após a relação, e sua eficácia é maior, quanto antes for tomada. Contudo deve ser reservada realmente para essas situações de urgência, e com cuidado para que não seja frequente, pois, a concentração elevada de hormônios pode causar efeitos colaterais à mulher.

Tomar pílula do dia seguinte estando menstruada, posso engravidar?

Não. Se estiver menstruada você já praticamente não tem chances de engravidar, se ainda assim achar necessário tomar a pílula do dia seguinte, seja por não ter certeza da menstruação, ou outra questão, desde que seja dentro das 72 h após a relação, não há chances de engravidar.

Atenção ao uso excessivo ou desnecessário de medicação, pois pode ser prejudicial a sua saúde e equilíbrio hormonal.

Se observar a necessidade frequente do uso de contraceptivo de urgência, seja qual for a causa, orientamos a conversar com seu médico ou médica ginecologista, para avaliar um método contraceptivo mais eficaz, como dispositivo intrauterino (DIU), anticoncepcionais adesivos, injetáveis, trimestrais, entre outros. Atualmente existem muitas opções, o que facilita a melhor escolha para cada mulher.

Sempre vale ressaltar que, as relações sem proteção de barreira, além do risco de gravidez não planejada, oferecem risco de doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis, AIDS, HPV, gonorreia, entre tantas outras. Por isso o mais recomendado é sempre fazer uso de proteção de barreira durante as relações sexuais.

Para mais esclarecimentos agende uma consulta com médico/a ginecologista.

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