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É possível aumentar os seios de forma natural, sem cirurgia?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

É possível aumentar o volume dos seios de forma natural se houver aumento da gordura mamária devido ao ganho de peso ou aumento da massa muscular da região das mamas (músculo peitoral) por meio de exercícios físicos localizados.

Os seios crescem e se desenvolvem durante a evolução da puberdade. Algumas mulheres apresentam um desenvolvimento mamário discreto e as mamas parecem ter parado de crescer na infância.

Em alguns casos, o uso de hormônios femininos presentes em algumas pílulas pode estimular um maior desenvolvimento dos seios, no entanto, esse tipo de medicamento não deve ser usado apenas para esse propósito e sem orientação médica.

Outras práticas como a aplicação de produtos nos seios, embora muito divulgadas, não têm comprovação de segurança e eficácia.

Como é a cirurgia para aumentar os seios?

Na cirurgia para aumentar as mamas através de implantes de silicone, a prótese pode ser colocada atrás ou à frente do músculo peitoral.

Em mulheres muito magras e com pouca mama, pode-se optar pela colocação da prótese atrás do músculo para não deixar a pele muito marcada. Essa técnica também é muito usada em mulheres mastectomizadas, que já não têm mamas e só possuem pele e gordura.

Porém, a grande vantagem em colocar a prótese à frente do músculo é o pós-operatório, que é mais rápido, com menos dor e complicações.

Qual é o formato das próteses usadas para aumentar os seios?

As próteses de silicone usadas para aumentar os seios podem ser redondas ou anatômicas. As redondas deixam o colo mais bem mais preenchido. Já as anatômicas deixam as mamas com uma forma mais natural, com uma transição mais suave na sua porção superior.

Aumentar os seios pode causar estrias?

O aumento dos seios pela colocação de próteses de silicone pode causar estrias, se o volume da prótese for demasiado exagerado para a quantidade de pele disponível.

Aumentar os seios diminui a sensibilidade dos mamilos?

A sensibilidade do mamilo geralmente não fica alterada com a cirurgia. Porém, a colocação de próteses muito volumosas pode diminuir ou até mesmo eliminar a sensibilidade. Se o acesso cirúrgico for pelas auréolas, também há uma maior chance de diminuir essa sensibilidade.

Se eu aumentar os seios posso amamentar?

O aumento das mamas pela colocação de próteses de silicone não interfere com a amamentação, pois a glândula mamária não sofre ressecção.

Aumentar os seios pode causar câncer?

As próteses mamárias não causam câncer, não impedem a realização de mamografia, nem aumentam os riscos de desenvolver câncer de mama.

O ginecologista e o endocrinologista são os especialistas a serem consultados para aumentar as mamas naturalmente. Em caso de cirurgia, o cirurgião plástico é o responsável pelo procedimento.

Diverticulite tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Diverticulite tem cura e o tratamento é simples, na maioria dos casos. O tratamento inicial é feito com dieta leve e líquida, associada a medicamentos antibióticos e analgésicos, quando não há sinais de gravidade.

O objetivo do tratamento nos casos mais leves visa apenas aliviar os sintomas. Os divertículos não são retirados e a grande maioria das pessoas fica completamente curada em 3 dias.

Contudo, em casos mais graves de diverticulite ou quando há complicações como perfuração, sangramento e formação de abscesso, a pessoa precisa ficar internada. A terapia é feita à base de jejum e administração de antibióticos diretamente na veia.

Os tratamentos também são mais agressivos e incluem cirurgia para remoção da parte do intestino comprometida pelos divertículos e drenagem dos abscessos (quando de pequeno volume) por punção, através da pele.

Mesmo com o tratamento adequado, as recidivas da doença costumam ser frequentes. Nessas situações, a cirurgia pode ser programada de acordo com as necessidades dos pacientes.

Além dos medicamentos e da cirurgia, o tratamento da diverticulite também inclui alguns cuidados e medidas por parte do paciente, tais como:

⇒ Consumir alimentos com alto teor de fibras, como frutas, cereais integrais, vegetais e grãos, pois são excelentes para o processo digestivo como um todo, além de essenciais para um bom funcionamento intestinal, o que ajuda a prevenir a doença diverticular;

⇒ Evitar o uso de laxantes para combater as crises de constipação intestinal;

⇒ Tentar beber pelo menos 2 litros de líquido ao dia, pois ajuda na formação do bolo fecal;

⇒ Realizar atividades físicas com frequência, pois acelera o metabolismo e o trânsito intestinal.

Quando a cirurgia para tratar a diverticulite é indicada?

O tratamento cirúrgico é necessário nas seguintes situações: formação de grandes abscessos, diverticulite recorrente, falta de resposta aos medicamentos, obstrução intestinal, peritonite, formação de fístulas, paciente com diabetes ou imunidade baixa, sangramento intestinal frequente ou que persiste por mais de 2 dias.

Como é feita a cirurgia?

Na cirurgia de diverticulite feita em regime de urgência, é geralmente feita a retirada da porção do intestino afetada. Depois, o intestino é “ligado” à parede abdominal (colostomia) e a fezes são eliminadas para o exterior por essa abertura e caem numa bolsa especial.

Só após o desaparecimento completo da infecção e a recuperação completa do paciente é que o intestino é reconstituído e as fezes voltam a ser eliminadas normalmente pelo ânus.

Quando a cirurgia é planejada e não é feita em regime de urgência, o intestino é reconstituído durante o procedimento e a colostomia não é necessária.

Nesses casos, a cirurgia é pouco invasiva, feita por videolaparoscopia. Não são feitos grandes cortes no abdômen, apenas pequenas incisões por onde são introduzidos o laparoscópio e os instrumentos cirúrgicos. O tempo de recuperação também é menor, quando comparado com o outro procedimento cirúrgico.

O que é diverticulite?

A diverticulite é a inflamação de um ou mais divertículos, que são saliências parecidas com a ponta de um dedo de luva, que podem estar localizadas em várias áreas do trato gastrintestinal, principalmente entre as fibras musculares do intestino grosso.

Nesses divertículos, pode haver aprisionamento de pequena quantidade de fezes. As bactérias presentes nas fezes, sob determinadas condições, multiplicam-se e inflamam o tecido, causando a doença.

A diverticulite pode causar abscesso (acúmulo localizado de pus) ou perfuração intestinal. Neste segundo caso, as fezes na cavidade abdominal podem levar a uma condição muito grave, denominada peritonite (infecção generalizada na cavidade abdominal).

Como prevenir a diverticulite?

Para prevenir a diverticulite, recomenda-se perder peso (quando necessário), não fumar, evitar carne vermelha e gorduras de origem animal, praticar exercícios físicos regularmente, evitar tomar medicamentos sem necessidade e manter uma boa hidratação.

Também é muito importante aumentar a ingestão de alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais crus ou cozidos, além de alimentos integrais, como pão, arroz e massas.

Todas essas medidas favorecem a saúde e o funcionamento do intestino, auxiliando na prevenção da diverticulite.

No caso de suspeita de diverticulite, um médico, preferencialmente um gastroenterologista, deverá ser consultado para investigação e tratamento.

Veja também: Qual a dieta ou tratamento para quem tem diverticulose?

Qual é a função da Imunoglobulina A (IgA)?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A Imunoglobulina A (IgA) é um anticorpo que participa da imunidade das mucosas que recobrem órgãos como intestino, estômago e boca. Sua função é proteger a superfície das mucosas contra vírus, bactérias e outros micro-organismos invasores, impedindo a fixação e proliferação dos mesmos.

A IgA está presente no sangue e líquidos orgânicos como saliva, leite materno, colostro, lágrima e líquor (líquido que protege o cérebro e a medula espinhal), bem como em secreções respiratórias, intestinais, genitais e urinárias.

As mucosas constituem uma barreira física importante na defesa do organismo contra micro-organismos, por estar em contato direto com o meio externo e impedir a penetração de vírus e bactérias em órgãos internos. Produzem a maior parte dos anticorpos do corpo, sendo responsáveis pela produção de cerca de 70% das imunoglobulinas.

A produção de Imunoglobulina A pelo sistema imunológico é a principal forma de defesa das mucosas contra esses agentes externos nocivos ao organismo.

Na mucosa bucal, a Imunoglobulina A é a barreira imunológica mais importante, pois impede a fixação e penetração de micro-organismos.

A Imunoglobulina A é produzida por células de defesa conhecidas como linfócitos. Além de produzir anticorpos, esses glóbulos brancos também realizam a fagocitose de agentes estranhos, envolvendo e destruindo os mesmo.

Imunoglobulina A alta: o que pode ser?

A taxa de Imunoglobulina A pode estar alta em doenças que afetam as mucosas, como câncer, doenças inflamatórias do intestino, alcoolismo, entre outras.

Imunoglobulina A baixa: o que pode ser?

Se a IgA estiver baixa pode ser um sinal de que o organismo não está conseguindo produzir esse anticorpo em doses suficientes, como nos casos de imunodeficiência congênita (ao nascimento) ou adquirida (p. ex. AIDS).

A deficiência de IgA é a imunodeficiência congênita mais comum, com uma ocorrência média de 1 caso para cada 700 bebês que nascem vivos.

O nível de IgA também pode estar baixo em casos de doença celíaca e diarreia crônica ou devido ao uso de determinados medicamentos, como anticoncepcionais orais, hormônios (estrogênio) e anticonvulsivantes.

Bebês recém-nascidos infectados pelo vírus da rubéola, crianças infectadas pelo vírus Epstein-Barr ("doença do beijo") e pessoas submetidas a transplante de medula óssea também podem apresentar deficiência de Imunoglobulina A.

Quais os sintomas da deficiência de Imunoglobulina A?

Na maioria dos casos, a deficiência de IgA não provoca sintomas. Entretanto, a falta desse anticorpo pode levar à ocorrência de infecções recorrentes (sobretudo no sistema respiratório e gastrointestinal), reações alérgicas graves e doenças autoimunes.

O tratamento dos pacientes com deficiência de Imunoglobulina A que apresentam infecções recorrentes pode incluir antibióticos, preparados orais de IgA e IgG, entre outros métodos terapêuticos.

Vale lembrar também a importância do leite materno e do colostro, ricos em IgA e outros anticorpos, na proteção do bebê contra infecções.

O tratamento da deficiência de Imunoglobulina A é da responsabilidade do/a médico/a imunologista.

Leia também: Deficiência de IgA tem cura? Qual é o tratamento?

Como tratar uma picada de marimbondo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para a picada de marimbondo na maioria das vezes consiste em medidas de higiene e compressa gelada. Porém, em alguns casos pode evoluir com reação alérgica grave, e nesse caso é indicado procurar um atendimento médico com urgência.

O que fazer na picada de marimbondo? 1. Lavar a picada com água e sabão

A primeira medida a ser tomada é lavar o local com água e sabão, para evitar a entrada de germes e uma infecção no local.

2. Colocar gelo ou compressa gelada

Para aliviar os sintomas é indicado aplicar gelo ou compressa gelada sempre que sentir dor, ou desconforto, pelo menos 3 a 4x ao dia.

3. Manter o membro elevado

Elevar o membro onde ocorreu a picada também ajuda a reduzir o edema e aliviar os sintomas. A mão, por exemplo, pode aumentar consideravelmente de tamanho, causando dor e dificuldade de realizar atividades simples do dia a dia, como a higiene pessoal.

4. Pomadas antialérgicas

O uso de pomadas antialérgicas podem ser indicadas, com o objetivo de reduzir a reação alérgica ao veneno injetado pelo marimbondo, com isso reduz a dor e o edema local.

5. Corticoide e Antialérgico venoso - nos casos de reação alérgica grave!

Embora na maioria das vezes os sintomas sejam apenas locais e o tratamento descrito seja suficiente, alguns casos podem evoluir com uma reação alérgica mais grave, inclusive com risco de vida, se não for tratado rapidamente.

A reação alérgica grave, chamada choque anafilático, pode causar a morte se não for rapidamente tratada. O tratamento é feito com uso de corticoides e antialérgicos pela veia, em ambiente hospitalar.

Na suspeita de alergia, procure imediatamente uma emergência médica.

Quando procurar uma emergência?
  • Pessoas sabidamente alérgicas a insetos, como as abelhas, vespas e marimbondos,
  • Na presença de sintomas de alergia (inchaço na boca e no rosto, coceira, formigamento na pele, sensação de bolo na garganta e falta de ar),
  • Inchaço, dor e vermelhidão que durem mais de 1 semana.
Sintomas de picada de marimbondo
  • Dor intensa no local
  • Vermelhidão
  • Inchaço
  • Reação alérgica (mais raramente)
Vermelhidão e inchaço devido à picada de marimbondo.

Além dos sintomas habituais, na reação alérgica grave (choque anafilático), pode ocorrer um ou mais dos seguintes sintomas:

  • Inchaço importante nos lábios e rosto,
  • Coceira,
  • Chiado no peito, tosse,
  • Suor frio, calafrios,
  • Sensação de bolo na garganta e falta de ar.

Esses sinais e sintomas podem aparecer segundos após ou picada, ou até uma hora após a exposição ao veneno do inseto. Importante estar atento e na presença de um desses sintomas, procurar imediatamente uma emergência.

Quais são os tipos de marimbondos?

Os tipos de marimbondos mais encontrados no Brasil são o Marimbondo cavalo, Marimbondo amarelo e o Marimbondo mamangava.

Todas as espécies são consideradas pouco agressivas, os acidentes e ferroadas acontecem quando se sentem incomodados ou ameaçados.

Portanto, é importante manter-se afastado das colmeias e ninhos desses insetos, além de evitar situações que os incomode, como perfumes e cheiros fortes. Também não é indicado atear fogo nos ninhos, porque a fumaça torna os marimbondos mais agressivos.

Se encontrar um ninho de marimbondos é importante manter-se afastado e pedir ajuda de uma equipe especializada em eliminar esses insetos.

Qual a diferença da picada de abelha e do marimbondo?

A principal diferença entre as picadas de abelha e marimbondo, é que no caso da abelha, o inseto deixa o seu ferrão no local da picada, com uma bolsa de veneno que vai sendo liberado enquanto estiver na pele da pessoa.

O marimbondo não libera o seu ferrão, com isso transmite menos veneno, mas pode picar diversas vezes.

Sendo assim, na picada de abelha é fundamental como primeira medida, retirar o ferrão da pele, para interromper a entrada das toxinas no organismo. Na picada de marimbondo, não haverá o ferrão ou não tem urgência para retirá-lo.

As demais recomendações são as mesmas. Lavar com água e sabão, aplicar compressas geladas e elevar o membro. Pomada de antialérgico para acelerar a melhora dos sintomas e no caso de sintomas alérgicos, procurar uma emergência.

Veja também o que fazer no caso de uma reação alérgica e picadas de insetos nos artigos:

O que fazer em caso de reação alérgica?

Qual pomada usar para picada de insetos?

Picada de borrachudo é perigosa?

Referência:

  • Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) - Ministério da Saúde do Brasil.
  • ABAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.
Vermes em crianças: quais são os remédios seguros e quando podem ser dados?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Há diferentes remédios, indicados para matar vermes diferentes em crianças. São os vermífugos. Os remédios não evitam que as crianças tenham vermes.

As crianças são mais sensíveis aos efeitos tóxicos dos medicamentos para vermes. Por isso, não use os remédios por sua conta. Procure um médico ou a orientação de um farmacêutico.

Quando a criança tem vermes, o médico faz a escolha do melhor remédio considerando a segurança do medicamento para ela. O tratamento tem duração variável para conseguir eliminar o verme ou o protozoário.

É recomendada a administração periódica de anti-helmínticos para o controle de verminoses em grupos específicos de pessoas com maior risco. Nas crianças em idade pré-escolar e escolar (a partir dos 5 anos), na prática clínica é muito comum os médicos prescreverem os remédios sem necessidade de exame específico.

Conheça quais são os remédios seguros para cada faixa etária e algumas alternativas naturais que podem ajudar a evitar e eliminar os vermes.

Crianças com 2 anos ou mais

O principal remédio para verme em crianças é o albendazol. Ele é indicado porque consegue matar:

  • Uma ampla variedade de vermes intestinais (lombriga, ancilóstomo, oxiúros e solitária são os mais comuns)
  • Bicho geográfico (uma larva que forma rastros visíveis sob a pele)
  • Giárdia — não é um verme, é um protozoário (parasita intestinal microscópico)

Outro remédio utilizado para crianças com vermes é a nitazoxanida. É muito indicado porque é eficaz para eliminar diferentes vermes e pode curar giardíase, amebíase e rotavírus, entre outros. Deve ser dado para a criança com alimentos, sempre no mesmo horário.

O mebendazol também vale para diferentes vermes. Por isso, é outra alternativa bastante utilizada para eliminar vermes em crianças. Não deve ser dado para bebês com menos de 1 ano porque pode causar convulsões.

Crianças entre 1 e 2 anos

Os remédios que podem ser dados para crianças com essa idade são:

Albendazol

A dose é menor que a indicada para as crianças com mais de 2 anos. Devido à redução da dose, só funciona para eliminar lombrigas, ancilóstomo e trichuris em crianças com idade entre 1 e 2 anos.

Mebendazol

Pode ser dado para crianças entre 1 e 2 anos somente quando for indicado por um médico. Pode causar convulsões em crianças com menos de 1 ano.

Nitazoxanida

O remédio é seguro para as crianças entre 1 e 2 anos. Deve ser dado para a criança junto com alimentos, sempre no mesmo horário.

Levamizol

É um remédio bem tolerado, mas só serve para matar as lombrigas.

Crianças entre 6 meses e 1 ano

Para bebês com mais de 6 meses, o medicamento seguro é o levamisol. Só deve ser dado quando a verminose prejudicar o desenvolvimento ou o estado nutricional da criança. É eficaz apenas para eliminar as lombrigas.

A maioria dos remédios para vermes não é seguro para as crianças com menos de 1 ano. Por isso, os cuidados de higiene são a maior arma para elas continuarem saudáveis. Como o contato dos bebês pequenos com objetos e com os alimentos sempre depende de um adulto, se os adultos tiverem cuidado, a criança vai continuar saudável.

Remédios naturais para vermes

Como as crianças são mais sensíveis aos efeitos tóxicos dos remédios para vermes, eles só devem ser dados quando elas têm vermes. Já os remédios naturais, por serem alimentos, têm menos restrições e são melhor tolerados.

Alguns alimentos e chás têm efeito contra os vermes, ajudando a preveni-los e eliminá-los. Lave-os com água limpa e sabão antes de usá-los. Suas mãos e os utensílios usados para prepará-los também devem estar limpos.

As sementes de mamão papaia podem ser usadas para evitar e eliminar alguns vermes em crianças. Elas têm efeito contra os helmintos, como as lombrigas, o ancilóstomo e o trichuris. Podem ser ingeridas frescas ou secas. As sementes secas podem ser trituradas em um pouco de mel para serem dadas para a criança.

O coco é outro alimento com propriedades antiparasitárias. Dê preferência por comê-lo ao natural, em pedaços ou ralado.

Sementes de abóbora também são um remédio natural para quem tem Hymenoleps nana. É um parasita que causa verminose em humanos e roedores. O uso das sementes ajuda a eliminar os vermes.

A hortelã-pimenta tem efeito contra o verme que causa a barriga d’água (Schistosoma mansoni). O chá pode ser dado para as crianças que tenham o verme para ajudar a eliminá-lo.

Nunca exagere na quantidade dos remédios naturais, principalmente para crianças pequenas. Em excesso, eles também podem fazer mal.

Saiba mais sobre verminoses e parasitoses em:

Quais os melhores remédios para vermes?

Quais os sintomas de vermes no corpo?

Tomando remédio para verme posso comer doces?

Referências

Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamentos Científicos de Gastroenterologia e Infectologia. Parasitoses intestinais: diagnóstico e tratamento (2019-2021). 2020; 7: 2.

Okeniyi JAO, Ogunlesi TA, Oyelami OA, Adeyemi LA. Effectiveness of dried Carica papaya seeds against human intestinal parasitosis: a pilot study. J Med Food. 2007; 10(1): 194-6

Alhawiti AO, Toulah FH, Wakid MH. Anthelmintic Potential of Cucurbita pepo Seeds on Hymenolepis nana. Acta Parasitol. 2019; 64(2): 276-281

Dejani NN, Souza LC, Oliveira SRP, Neris DM, Rodolpho JMA, Correia RO, Rodrigues V, Sacramento LVS, Faccioli LH, Afonso A, Anibal FF. Immunological and parasitological parameters in Schistosoma mansoni-infected mice treated with crude extract from the leaves of Mentha x piperita L. Immunobiology. 2014; 219(8): 627-32.

Manisha DebMandal M, Mandal S. Coconut (Cocos nucifera L.: Arecaceae): in health promotion and disease prevention. Asian Pac J Trop Med. 2011; 4(3): 241-7.

UpToDate

Bulas dos medicamentos

Como cuidar do umbigo do bebê?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Veja como cuidar do umbigo do bebê recém nascido, antes e depois de cair o coto umbilical:

Antes de cair o coto:

  1. Lave bem as mãos antes de iniciar a limpeza do coto umbilical;
  2. Retire a fralda do bebê e umedeça as duas extremidades de um cotonete com álcool a 70%;
  3. Com uma das partes umedecidas, limpe ao redor do umbigo, de preferência com um único movimento circular e suave em torno do coto, pois assim evita espalhar a sujeira;
  4. Com o outro lado do cotonete, limpe também o coto umbilical;
  5. Utilize a quantidade necessária de cotonetes e álcool, até que o umbigo fique completamente limpo;
  6. Depois da limpeza, seque bem toda a área com um cotonete limpo e seco;
  7. Faça uma dobra na fralda do bebê para não tapar o umbigo. O coto deve ficar exposto até secar por completo, evitando a umidade e proliferação de micro-organismos.

Veja também: Com quantos dias cai o umbigo do bebê?

Depois que o coto cair:

  • Continue limpando o umbigo do bebê com álcool a 70%, várias vezes ao dia, até que esteja completamente cicatrizado;
  • Depois que cai o coto umbilical, o umbigo demora mais 7 a 10 dias para cicatrizar por completo;
  • Pequenos sangramentos são normais;
  • Pode surgir também uma carne esponjosa no umbigo do bebê, mas que não deve ser motivo de preocupação se não houver sinais de infecção, como vermelhidão e secreção com mau cheiro.

Algumas recomendações importantes em relação aos cuidados com o umbigo do bebê:

  • Limpe o umbigo do recém nascido sempre que mudar a fralda e após o banho, para evitar infecção;
  • Não use faixas, curativos oclusivos ou nenhum outro tipo de produto para cobrir o umbigo do bebê;
  • Nunca, em hipótese alguma, puxe o coto umbilical para tentar arrancá-lo, mesmo que ele pareça estar praticamente solto;
  • Entre em contato com o médico pediatra se a pele ao redor do umbigo estiver com vermelhão ou liberando secreção com mau cheiro ou pus.

Cuidar adequadamente do umbigo do bebê recém nascido é muito importante para evitar infecções, e o tétano umbilical, também conhecido como "mal dos 7 dias". 

Trata-se de uma doença gravíssima adquirida através da contaminação do coto umbilical, que provoca um comprometimento progressivo do sistema nervoso central, culminando em parada respiratória e morte.

A limpeza e os cuidados com o umbigo do recém nascido devem começar no momento do parto e continuar até à cicatrização completa do umbigo, após a queda do coto umbilical.

Para maiores esclarecimentos sobre como cuidar do umbigo do bebê, fale com o médico pediatra.

Antibiótico e corticoide podem atrasar a menstruação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Corticoides podem atrasar a menstruação, mas os antibióticos normalmente não provocam atraso menstrual, raras exceções. Em geral, a infecção para a qual o antibiótico foi prescrito é que pode atrasar o ciclo, não o medicamento em si.

Os principais medicamentos que podem atrasar a menstruação são os psiquiátricos e neurológicos, sobretudo quando são usados em doses muito elevadas ou por tempo prolongado, pois podem aumentar a secreção do hormônio prolactina e interferir no ciclo menstrual.

Alguns exemplos são os neurolépticos, como Risperidona, Haldol, Melleril e Equilid, com destaque para a Risperidona e o Equilid, que podem atrasar a menstruação mesmo em doses baixas.

Os tranquilizantes benzodiazepínicos normalmente só provocam atraso em doses muito altas e depois de um tempo prolongado de uso.

Já os medicamentos antidepressivos raramente atrasam a menstruação.

Leia também: Antidepressivo pode atrasar a menstruação?

Outros medicamentos que podem interferir no ciclo menstrual são os antipsicóticos, medicamentos quimioterápicos, imunossupressores e anti-hipertensivos.

Para maiores informações sobre o atraso menstrual causado por medicamentos, fale com o médico que receitou a medicação ou com o seu médico ginecologista.

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Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Isso provavelmente significa algum tipo de infecção ou inflamação, precisa procurar um médico para ver realmente o que é e fazer o tratamento.