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Pré-diabetes sempre evolui para diabetes? Em quanto tempo isso pode acontecer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, pré-diabetes nem sempre evolui para diabetes. O paciente pode inclusive permanecer nessa situação a vida toda e não chegar a desenvolver diabetes.

O pré-diabetes é um estado intermediário entre a normalidade e o diabetes tipo 2 e indica que a pessoa tem um risco elevado de desenvolver diabetes, o que pode acontecer a qualquer momento.

Não existe um tempo determinado para o pré-diabetes evoluir para diabetes. A evolução vai depender de um tratamento adequado e também de fatores como a genética e a idade. Há casos em que, mesmo tomando todos os cuidados, o paciente acaba desenvolvendo diabetes.

O importante é detectar e tratar o pré-diabetes o mais cedo possível. O tratamento inclui:

  • Mudanças no estilo de vida - reduzem em até 40% o risco do pré-diabetes evoluir para diabetes:

    • Dieta adequada;
    • Perda de peso;
    • Exercício físico regular;
  • Medicamento (metformina) - reduz em 20% o risco do pré-diabetes evoluir para diabetes.

Embora nem sempre a medicação esteja indicada, para pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 35, a metformina tem se mostrado bastante eficaz no tratamento.

O pré-diabetes é uma condição séria que deve ser tratada, não só para prevenir a evolução para o diabetes mas também para evitar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Cabe ao médico endocrinologista avaliar a condição do paciente e prescrever o tratamento mais adequado.

Saiba mais em: Quais são os sintomas do pré-diabetes?

Tomei vacina contra catapora, ainda corro o risco de pegar catapora?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dificilmente, o risco de pegar catapora passa a ser muito baixo, e caso pegue a tendência é que seja uma forma mais leve da doença. A vacina contra a catapora (varicela) é bastante eficaz, principalmente contra as formas mais graves da doença e se for tomada em duas doses.

No Brasil a vacina contra a varicela está disponível no SUS, a primeira dose é tomada na formulação SCR-V (tetraviral) aos 15 meses e depois aos 4 anos. Na rede particular já pode ser tomada a partir dos 12 meses e depois repetir entre os 15 e 24 meses de idade.

Crianças mais velhas, jovens e adultos que não tiveram catapora podem também ser vacinados com duas doses, com intervalo de 1 a 2 meses entre cada uma.

O vírus da varicela causa a catapora que geralmente cursa com lesões de pele que surgem como pequenas manchas avermelhadas, e logo evoluem para vesículas (bolhas) que se rompem e formam crostas, além de causar sintomas como febre, mal estar e dores no corpo

Em crianças a evolução costuma ser benigna e se resolver mais rapidamente, já em jovens e adultos a doença pode se tornar mais grave com sintomas mais intensos e duradouros.

Além disso, o vírus da varicela fica latente no organismo e pode se reativado anos depois e causar o herpes zoster, popularmente conhecido como cobreiro, doença que causa lesões vesiculares na pele e acomete terminações nervosas, causando dor intensa.

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Fiz uma pausa do anticoncepcional menor, e agora?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não se preocupe, se já retornou o anticoncepcional basta continuar como de costume, e na próxima pausa faça os 7 dias, conforme o recomendado.

Lembrando que existem anticoncepcionais que recomendam pausa de 7 dias e outros que deve manter a medicação de forma contínua. Siga sempre as orientações do seu médico.

Mas nesse caso que retornou dois dias antes não se preocupe, porque a eficácia da medicação está mantida, você continua protegida pelo anticoncepcional, não tem risco de engravidar por ter adiantado o remédio, desde que faça o uso correto, de 01 comprimido todos os dias, no mesmo horário, sem esquecimentos. O atraso sim, dependendo de quanto tempo, pode reduzir a ação da medicação.

O que pode acontecer é sentir algum efeito colateral, como enjoo, náuseas e tontura nos primeiros dias, devido a ação do hormônio, mas não é um efeito comum. Em geral, o organismo já está habituado, por isso não apresenta qualquer alteração ou sintoma.

Leia também: Dúvidas sobre anticoncepcional

Vale lembrar que o anticoncepcional só protege a mulher quanto ao risco de gravidez, mas continua exposta ao risco de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como a gonorreia, HIV, sífilis e outras. A única maneira de se proteger quanto às DSTs é com uso de contraceptivos de barreira, como a camisinha.

Pode lhe interessar também: Quais são os tipos de DST e seus sintomas?

Para maiores esclarecimentos procure seu médico ginecologista.

Como é o tratamento para hiperplasia endometrial?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para hiperplasia endometrial depende do tipo de hiperplasia e da gravidade do caso. Pode incluir curetagem do tecido endometrial, uso de medicamentos hormonais com progesterona ou ainda histerectomia (remoção cirúrgica do útero).

O objetivo do tratamento da hiperplasia endometrial tem dois objetivos: controlar a hemorragia e prevenir a evolução da hiperplasia para câncer.

O tratamento medicamentoso é feito principalmente com progestágenos sintéticos como o levonorgestrel. O medicamento diminui a espessura do endométrio, ativando os receptores de progesterona e reduzindo os receptores de estrógeno.

Hiperplasia endometrial sem atipia

Mulheres que ainda não passaram pela menopausa e que apresentam hiperplasia endometrial sem atipia podem ser tratadas com baixas doses de progestágenos.

Quando a mulher pretende engravidar, pode-se optar pela indução da ovulação, que irá estimular a libertação de progestágenos endógenos.

Se a biópsia não revelar atipia, é indicado um tratamento de manutenção com acompanhamento a cada 6 ou 12 meses.

Hiperplasia endometrial com atipia

Já as mulheres em idade fértil com hiperplasia endometrial com atipia devem ser tratadas com altas doses de medicamentos e após o tratamento é feita uma nova biópsia do endométrio.

Se as atipias ainda estiverem presentes, a dose de progestágenos deve ser aumentada. Caso a mulher não pretenda engravidar, a remoção cirúrgica do útero (histerectomia) deve ser considerada.

Após a menopausa, o tratamento da hiperplasia endometrial com atipia é cirúrgico, com histerectomia.

O médico ginecologista é o especialista responsável pelo tratamento da hiperplasia endometrial.

Saiba mais em: 

O que é hiperplasia endometrial? Quais são os sintomas?

Pólipo endometrial causa dor? Quais são os sintomas?

Prednisolona: o que é, para que serve, como tomar e efeitos colaterais
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A Prednisolona é um anti-inflamatório esteroide utilizado principalmente nos casos de inflamação, dor e edema.

A medicação pode ser indicada também para outros tratamentos como, por exemplo, alergias, doenças endócrinas, problemas de pele, problemas na articulação, doenças autoimunes, doenças respiratórias e problemas oculares.

Quando associado a outros medicamentos, a prednisolona pode auxiliar no tratamento de câncer.

Indicações1. Alergias

O seu uso é igualmente indicado para rinite alérgica, dermatite de contacto e atópica e reações alérgicas a medicamentos. Pode ser indicado na forma de comprimidos ou pomadas.

2. Doenças endócrinas

Algumas doenças do sistema endócrino se beneficiam muito de corticoide, como doenças da glândula adrenal, doenças da tireoide e complicações do câncer.

3. Problemas de pele

Grande parte das doenças de pele, como micoses e dermatites são tratadas com corticoides, porém outras pioram com a medicação, por isso é importante fazer uso apenas com a indicação médica.

4. Problemas na articulação

É possível tratar reumatismo, artrite reumatoide, bursite, entre outras doenças articulares com prednisolona. Os resultados dependem da gravidade dos sintomas e doses utilizadas.

5. Distúrbios autoimunes

Usada no tratamento de doenças autoimunes, pela redução da imunidade natural, com menor formação de anticorpos. São exemplos as colagenoses, lúpus, psoríase e a cardite reumática aguda.

6. Doenças respiratórias

Tem indicação para os quadros agudos de asma, bronquite, pneumonias complicadas, sarcoidose, enfisema pulmonar e alguns casos de tuberculose.

7. Problemas oculares

Nos casos de conjuntivite alérgica, neurite ótica, úlceras de córnea e herpes zóster oftálmico, o uso de prednisolona é fundamental para tratar e para evitar complicações como a cegueira.

Outros problemas mais graves como distúrbios de sangue, como alguns casos de anemia, púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) e plaquetas baixas sem causa definida, também respondem bem ao tratamento com corticoides.

Assim como o tratamento paliativo de leucemias e linfomas.

Como tomar?

A dose de prednisolona varia muito em função da idade, peso, doença a ser tratada e a forma farmacêutica.

Pode ser usada em bebês, crianças e adultos.

O medicamento é encontrado em três diferentes formas: comprimidos de 5 ou 20 mg, xarope de 3 mg/ml ou 1mg/ml e solução em gotas de 11mg/ml.

O uso da medicação, a sua dose e a duração do tratamento devem ser orientados pelo/a médico/a.

Quais são os efeitos colaterais de Prednisolona?Efeitos coletaris mais comuns

Durante o tratamento com prednisolona os efeitos colterais mais relatados são o aumento do apetite e retenção de líquido, que levam ao aumento de peso; retardo na cicatrização de feridas; má digestão; fadiga, insônia, gastrite, azia e maior risco de úlceras gástrica.

Ainda, nas crianças com o uso prolongado de corticoides, observa-se um retardo no crescimento.

Efeitos raros

Apesar de serem considerados mais raros, também podem ocorrer problemas nos olhos como catarata, glaucoma, intolerância a carboidratos, aumento da necessidade de insulina ou hipoglicemiantes orais em pessoas diabéticas.

Quais as contraindicações?
  • Pessoas alérgicas à prednisolona ou algum componente da sua fórmula.
  • Em casos de infecções fúngicas sistêmicas ou infeções não controladas.
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando.

A prednisolona, como qualquer outro medicamento, somente deve ser utilizado com prescrição médica.

Existe diferença entre Prednisolona e Prednisona?

A prednisona é uma substância inativa que, quando ingerida, é ativada pelo fígado e transformada em prednisolona. Deste modo, a ação da prednisolona e da prednisona são as mesmas.

Para as pessoas que possuem problemas no fígado é mais vantajoso o uso da prednisolona, uma vez que esta não precisa agir na sua metabolização, para desempenhar as suas funções.

Para escolher que tipo de medicamento usar, consulte o/a seu/sua médico/a.

4 coisas que precisa saber sobre a Vasectomia
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A vasectomia é uma cirurgia realizada para deixar o homem estéril, através da interrupção do canal que leva os espermatozoides do testículo para o pênis. Trata-se de um procedimento muito simples, realizado com anestesia local e com tempo de duração de aproximadamente 20 minutos.

Após um tempo, as células que produzem os espermatozoides entram em hibernação e eles deixam de ser produzidos. Os espermatozoides acumulados são absorvidos e a produção só será retomada se houver reversão da vasectomia, dependendo também do tempo que as células ficaram latentes.

A vasectomia é indicada para homens acima de 25 anos ou que tenham pelo menos 2 filhos vivos, ou ainda nos casos em que a gravidez poderá gerar risco de vida para mulher.

1. De que forma é feita a cirurgia de vasectomia?

Primeiramente é realizada uma anestesia na região atrás do escroto, onde será feito um pequeno corte na pele.

O médico então irá localizar o ducto deferente, que são pequenos canais por onde percorrem os espermatozoides, e cortá-los. Assim impede o percurso dos espermatozoides pelo canal da urina (uretra).

Por fim, a pele é fechada com um ponto e é feito um curativo.

O procedimento é rápido e indolor. O paciente é liberado para voltar para casa logo a seguir ao procedimento.

2. Vasectomia é reversível?

A vasectomia pode ser reversível, mas o sucesso da cirurgia de reversão depende de cada caso e pode variar muito. Por exemplo, as chances de sucesso com a reversão num homem que fez vasectomia há mais de 5 anos são bem menores do que se ele tivesse feito a cirurgia há 2 anos.

Um outro ponto que é importante destacar é que a cirurgia de reversão é muito mais delicada que a vasectomia. O melhor é pensar na vasectomia como um método anticoncepcional irreversível, que deve ser usado se o homem estiver psicologicamente preparado para isso.

3. Pode falhar ou há risco de engravidar após a vasectomia?

Sim, pois podem estar espermatozoides vivos nas porções do canal que permaneceram intactas após a vasectomia. Enquanto esses espermatozoides não forem eliminados por ejaculação, existe o risco da mulher engravidar.

Para garantir que não há risco de gravidez, deve-se fazer um exame de espermograma para confirmar a presença de espermatozoides na ejaculação. Se o exame não detectar espermatozoides, a parceira já não irá engravidar.

4. Como é o pós-operatório da vasectomia?

Após a vasectomia, pode haver dor, desconforto e sensação de peso nos testículos, além de desconforto na região das virilhas. A recomendação é de repouso por 2 dias.

Em casa, é indicada a aplicação de gelo ou compressa fria no local durante 20 minutos, a cada 2 horas, para aliviar a dor e o inchaço.

Em caso de inchaço e formação de hematoma no saco escrotal, febre e calafrios, o médico deve ser informado.

Lembrando que para não haver risco de gravidez, é necessário que os canais não tenham espermatozoides vivos no seu interior. Para isso, é necessário aguardar 2 meses ou ter cerca de 20 ejaculações.

A confirmação de que o homem está definitivamente estéril é feita através do exame de espermograma.

A recuperação da vasectomia costuma evoluir sem complicações.

É válido ressaltar que a vasectomia não causa impotência ou outras disfunções sexuais.

O urologista é o médico que realiza a cirurgia de vasectomia e que pode esclarecer as dúvidas quanto ao procedimento.

É preciso repetir o albendazol de dose única?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Geralmente não é necessário repetir a dose única de albendazol, pois os parasitas causadores da maioria das verminose são completamente eliminados.

A dose única de albendazol é suficiente para erradicar os seguintes parasitas:

  • Ascaris lumbricoides (lombriga);
  • Ancylostoma duodenale;
  • Necator americanus;
  • Enterobius vermicularis;
  • Trichuris trichiura.

Entretanto, existem outros parasitas que podem precisar de um tratamento mais prolongado, havendo a necessidade de tomar mais de um comprimido, como:

  • Larva migrans cutânea (bicho geográfico);
  • Strongyloides stercoralis;
  • Giardia lamblia;
  • Taenia;
  • Neurocisticercose.

Em qualquer caso, se precisar fazer uso de albendazol, siga as recomendações do seu médico.

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Exame: granuloma no pulmão com 0,3 centímetro?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O granuloma é um pequeno nódulo, de origem inflamatória, que o organismo forma ao redor de algo que o corpo não reconhece mas também não consegue expulsar. Portanto, trata-se de uma reação do organismo contra um germe, cicatriz ou corpo estranho.

A maioria dos granulomas formados no organismo são lesões benignas, assim como no pulmão. Contudo para cada caso existe uma rotina de exames para seu diagnóstico definitivo e devido tratamento.

Alguns casos, como granulomas cicatriciais, recebem o tratamento apenas conservador, de acompanhamento. Nesses casos o médico pneumologista é o responsável pelo tratamento e acompanhamento.

Pode procurar pelo médico pneumologista ou cirurgião torácico. Porque para o tratamento de granuloma no pulmão sem indicação cirúrgica, o acompanhamento deve ser feito pelo pneumologista. E para os casos com indicação cirúrgica, pelo cirurgião torácico.

Inicialmente pode optar por qualquer um dos dois, pois ambos estão capacitados para avaliar o seu exame e definir qual a abordagem no seu caso.

Para os casos em que seja necessário biópsia pulmonar e ou tratamento de ressecção do granuloma, o médico cirurgião torácico deverá ser o responsável.

Causas de granuloma

As causas infecciosas mais comuns podem ser:

  • Tuberculose;
  • Hanseníase,
  • Pneumonias,
  • Sífilis,
  • Sarcoidose e
  • Listeriose.

Dentre as causas não infecciosas, podemos citar como mais comuns:

  • Febre reumática,
  • Artrite reumatoide,
  • Lúpus e
  • Doença de Crohn.

Para maiores informações e esclarecimentos, procure seu médico da família, que poderá acompanhar o caso ou confirmar a melhor opção de especialista no seu caso.