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Corrimento amarelo, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Corrimento amarelo com odor forte ou sintomas de coceira e dor ao urinar, pode ser sinal de infecção vaginal (vaginose), de origem bacteriana ou causada por protozoários (Tricomoníase).

Entretanto, corrimento amarelo-claro, sem cheiro, ou outros sintomas, pode sinalizar o início de uma gravidez, principalmente se estiver com atraso menstrual.

Para ter certeza é preciso uma avaliação pelo ginecologista. De toda forma, entenda um pouco mais sobre cada uma das situações.

Vaginose bacteriana

Na vaginose bacteriana, ocorre uma alteração da flora vaginal normal, com aumento de algumas bactérias, geralmente Gardnerella vaginalis, ocasionado a infecção. Nem sempre apresenta sintomas, mas quando ocorre, geralmente são: corrimento vaginal de cor amarela, branca ou acinzentada, com odor desagradável (peixe podre), ardência ao urinar e coceira na vagina.

O tratamento deve ser feito com antibióticos, em pomada e/ ou comprimidos, dependendo do grau da infecção e das condições de saúde da mulher.

A melhor maneira de evitar a vaginose bacteriana é:

  • evitar fazer duchas vaginais;
  • limitar o número de parceiros;
  • usar preservativo sempre, em todas as relações;
  • procurar fazer exames ginecológicos uma vez ao ano, no mínimo.
Tricomoníase

Na tricomoníase, o agente etiológico (causador da doença) é o protozoário Trichomonas vaginalis, cuja transmissão ocorre através do contato íntimo sem preservativo, ou seja, uma infecção sexualmente transmissível. Nesse caso, os sintomas são de: corrimento acinzentado, com mau cheiro, por vezes espumoso, dispareunia (dor nas relações sexuais) e disúria (dor ao urinar).

O tratamento da tricomoníase também é feito com antibióticos, e deve envolver ambos os parceiros. O tratamento é desaconselhado durante a gravidez.

Para evitar a doença, use sempre preservativos de barreira, como a camisinha, durante as relações sexuais.

Gravidez

No início da gestação, devido ao aumento de hormônios no sangue e aumento da vascularização do útero e órgãos sexuais femininos, não é raro a mulher apresentar algum tipo de corrimento.

O corrimento amarelado, ou amarelo-claro, sem cheiro ou coceira local, pode ser um dos sintomas iniciais da gravidez. O corrimento rosado ou amarronzado, em pequena quantidade, que dura de 2 a 3 dias, também pode ser um sinal, chamado de sangramento de nidação, que ocorre pela implantação do embrião na parede do útero.

Sendo assim, sempre que ocorrer sangramento ou corrimento, de qualquer cor ou tipo, procure imediatamente um ginecologista para avaliação. Ele poderá fazer o exame para averiguar se você está grávida ou não e lhe dar o tratamento e orientações ideais e serem seguidas.

Leia mais sobre esse assunto, nos artigos:

Manchas escuras na pele: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Manchas escuras na pele podem ter diversas causas. Na maioria dos casos, elas não representam nada de grave, como é o caso do melasma e das manchas causadas pelo sol, pela idade ou por queimadura de limão. No entanto, uma mancha escura na pele também pode ser sinal de melanoma, um tipo de câncer de pele agressivo e potencialmente fatal.

Dentre os principais tipos de manchas escuras na pele estão o melasma, as sardas, as manchas relacionadas com a idade, as queimaduras de limão, as manchas causadas por lesões, as pintas e o melanoma.

Melasma

Manchas de coloração castanha que surgem principalmente no rosto de mulheres com idade entre 30 e 50 anos. O melasma pode ter origem em fatores genéticos e externos, como uso de anticoncepcionais hormonais, gravidez e exposição solar sem proteção.

O melasma é crônico, mas pode ser controlado com o tratamento adequado. Eliminar definitivamente a mancha é difícil e ela pode voltar a aparecer. A exposição da pele à luz solar deixa as manchas mais escuras, por isso é muito importante aplicar protetor solar várias vezes ao dia.

Para prevenir o aparecimento do melasma, é fundamental utilizar protetor solar com um alto fator de proteção solar.

O tratamento do melasma é feito com a aplicação de cremes despigmentantes e ácidos, como o glicólico, retinoico e a hidroquinona. Os peelings superficiais também aceleram o clareamento da pele e ainda renovam a pele, melhoram a textura e as rugas.

Outras formas de tratamento para as manchas escuras do melasma incluem a luz intensa pulsada e o laser. O resultado com esses tratamentos costuma ser rápido, mas é necessário fazer uma manutenção para evitar o reaparecimento das manchas.

Sardas

Pequenas manchas escuras de coloração castanha escura, com limites bem definidos, que surgem principalmente no rosto, braços, ombros, pernas e tronco, que são áreas mais expostas ao sol. As sardas são comuns em pessoas de pele clara, mais sensíveis à luz solar, e ocorrem sobretudo nos locais que ficam mais expostos ao sol.

Pessoas com muitas sardas podem ter mais chances de desenvolver câncer de pele, por isso é muito importante a utilização de protetor solar desde a infância, já que as sardas costumam surgir na adolescência.

A melhor forma de prevenir e conter o aparecimento das sardas é através da aplicação diária de protetor solar.

O tratamento das sardas pode ser feito de várias maneiras. O uso de cremes despigmentantes é pouco eficaz nesse tipo de mancha.

Os melhores resultados são conseguidos através de peelings químicos, crioterapia com spray de nitrogênio líquido, laser e luz intensa pulsada.

Manchas relacionadas com a idade

As manchas senis são na realidade causadas pelos longos períodos de exposição ao sol ao longo da vida e não propriamente pela idade. Esse tipo de mancha apresenta coloração marrom e pode ter vários tamanhos, sendo mais comuns em pessoas de pele clara.

As manchas senis são mais escuras e maiores que as sardas. São mais comuns em adultos que ficaram muito expostos ao sol e surgem sobretudo no rosto, nos braços, no colo, nos ombros e nas mãos, que são as áreas mais expostas ao sol.

Queimadura de limão

Ocorre após a exposição solar da pele que teve contato prévio com limão. No início, o local apresenta vermelhidão intensa, enquanto que nos casos mais graves podem até surgir bolhas. Depois aparece a mancha escura de coloração castanha e cinzenta.

Manchas após lesões

Após a cicatrização de feridas, queimaduras, acne e outras lesões na pele, pode surgir uma mancha escura no local. Essas manchas são formadas pela melanina (substância que dá cor à pele) que extravasou das células destruídas pela ferida. Em geral, essas manchas diminuem com o tempo.

Pintas

Podem surgir em qualquer parte do corpo e estarem presentes desde o nascimento. As pintas podem apresentar tamanhos variados e uma coloração que pode ir do castanho-claro ao preto. Uma pinta também pode ser um sinal de câncer de pele, por isso é importante estar atento a qualquer tipo de alteração na forma e na cor da mancha.

Melanoma

Trata-se de um tipo de câncer de pele agressivo e que pode ser potencialmente fatal se não for diagnosticado precocemente. A mancha pode ter formato e coloração variados e não apresentar relevo. Manchas escuras com bordas irregulares, que aumentam de tamanho e apresentam diferentes tons de castanho ou preto devem ser vistas por um especialista o mais rápido possível.

O/a médico/a dermatologista é o/a especialista capacitado/a para diagnosticar o tipo de mancha e indicar o tratamento mais adequado em cada caso.

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Quais os efeitos colaterais da fluoxetina?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os efeitos colaterais da fluoxetina mais comuns, ou seja, que ocorrem em mais de 10% dos casos, podem ser: dor de cabeça, insônia, sonolência, nervosismo, ansiedade, cansaço (fadiga), tremor, diminuição da libido (desejo sexual), diarreia, náusea, boca seca e e diminuição do apetite.

Outros efeitos secundários da fluoxetina que são considerados frequentes incluem:

  • Palpitação, dor no peito, aumento da pressão arterial;
  • Tontura, dificuldade para dormir, sonhos anormais, agitação, esquecimento;
  • Constipação, flatulência, vômitos, alteração do paladar, aumento do apetite, perda ou ganho de peso;
  • Visão turva;
  • Micções frequentes;
  • Dor no ouvido, sinusite, sangramento no nariz;
  • Distúrbios da ejaculação, impotência, sangramentos ginecológicos;
  • Erupções da pele, coceira e rubor.

De cada 100 pessoas que tomam fluoxetina, até 10 delas podem manifestar alguns desses efeitos colaterais. Muitas vezes esses efeitos duram poucos dias após o início do seu uso. Depois, com o organismo mais adaptado, os sintomas podem desaparecer.

Para que serve fluoxetina?

A fluoxetina é usada principalmente no tratamento da depressão. O seu princípio ativo é o cloridrato de fluoxetina.

A fluoxetina também serve para tratar bulimia nervosa, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), tensão pré-menstrual (TPM), irritabilidade e mal-estar causado por ansiedade.

A fluoxetina eleva os níveis de serotonina no cérebro, uma substância associada à sensação de prazer e bem-estar. Por isso, o seu uso melhora os sintomas da depressão e dos outros transtornos para o qual o cloridrato de fluoxetina é indicado.

Quanto tempo demora para sentir os efeitos da fluoxetina?

Os efeitos da fluoxetina levam algumas semanas para serem sentidos. Se os sintomas persistirem, o médico que receitou o medicamento deve ser informado, pois pode ser necessário reajustar a dose.

Como tomar fluoxetina?

Os comprimidos de fluoxetina devem ser tomados com um copo de água e podem ser ingeridos independentemente das refeições. As doses de fluoxetina variam conforme a doença a ser tratada e são indicadas conforme a avaliação médica.

Vale lembrar que cabe ao médico avaliar a necessidade de aumentar ou diminuir a dose de fluoxetina, de acordo com cada caso.

Todas as reações adversas decorrentes do uso de fluoxetina ou qualquer outra medicação, devem ser informadas ao médico que receitou o medicamento. Pode ser necessário suspender ou trocar a medicação, ou até manter o mesmo tratamento, conforme os efeitos colaterais presentes e tolerância do paciente, que serão discutidos durante a avaliação médica.

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Ter um testículo maior que o outro é normal?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Ter um testículo um pouco maior que o outro é normal. Geralmente o testículo esquerdo fica ligeiramente mais abaixo que o direito o que também pode causar a impressão de tamanhos diferentes. 

É comum haver uma pequena diferença de tamanho entre os testículos. Porém, quando essa  diferença for maior, com aumento anormal ou atrofia de um dos testículos, pode ser um sinal de doença ou uso de medicamentos.

Alguns problemas que podem causar aumento ou diminuição no tamanho dos testículos são:

  • Orquiepididimite (infecção do testículo e epidídimo);
  • Hidrocele (acúmulo de líquido no saco escrotal);
  • Hérnia encarcerada;
  • Torção testicular;
  • Tuberculose testicular;
  • Uso de anabolizantes;
  • Tumores.

O autoexame testicular pode ser realizado para auxiliar a identificação de anormalidades testiculares. O exame deve ser feito de preferência após um banho morno para um maior relaxamento do escroto, da seguinte forma:

  1. Em pé e em frente a um espelho, examine os testículos com as duas mãos;
  2. Localize o epidídimo atrás do testículo, que é um canal emaranhado que coleta e armazena os espermatozoides;
  3. A seguir, procure identificar alterações nos testículos.

No autoexame dos testículos, verifique:

  • Anormalidades na pele do escroto (bolsa testicular),
  • Alterações do tamanho dos testículos,
  • Sensação de peso no escroto,
  • Dor ou desconforto no testículo ou escroto,
  • Inchaço e líquido no escroto.

Qualquer alteração identificada deve ser comunicada ao urologista, que é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento dos problemas dos genitais masculinos.

Câimbra na panturrilha: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Câimbra na panturrilha (batata da perna) pode ser causada por atividade física intensa, desidratação, mau condicionamento físico, má alimentação, deficiência de sais minerais ou ainda gravidez.

A câimbra é uma contração muscular involuntária, violenta e exagerada, que provoca dor intensa e paralisa a musculatura afetada. A câimbra ocorre quando o músculo deixa de ter as condições ideais para um contração muscular normal.

A câimbra na panturrilha acontece muitas vezes durante a noite, às vezes quando a pessoa está dormindo, quando os músculos estão relaxados após exercícios físicos intensos. No entanto, o espasmo também pode ocorrer durante o dia e no decorrer da prática de atividade física.

A causa mais comum de câimbra na panturrilha durante a atividade esportiva é a desidratação. No entanto, a água sozinha nem sempre é suficiente para evitar as câimbras, já que o corpo também perde muitos sais minerais. Para isso, as bebidas isotônicas são mais indicadas, pois repõem também os sais perdidos com a transpiração.

As câimbras musculares na panturrilha são comuns e podem ser interrompidas esticando suavemente o músculo afetado, que pode estar rígido ou mais volumoso. Geralmente ocorre quando o músculo está lesionado ou sobrecarregado.

Quais as possíveis causas de câimbra na panturrilha?
  • Atividade física intensa;
  • Desidratação durante esforços prolongados, por exemplo uma corrida;
  • Gravidez, principalmente no terceiro trimestre, devido ao ganho de peso e alterações posturais naturais dessa fase, que aumentam o esforço dos músculos da panturrilha;
  • Alteração nos eletrólitos do corpo, que também são conhecidos como sais minerais e atuam diretamente na contração muscular, tais como cálcio, magnésio e sódio;
  • Fratura ou stress nos ossos da perna, que podem provocar uma contração muscular involuntária ao redor da lesão como forma de proteção;
  • Diabetes, problemas na tireoide, hipoglicemia (pouco açúcar no sangue), abuso de álcool e outras situações que alterem o metabolismo normal do corpo;
  • Mal de Parkinson, Esclerose Lateral Amiotrófica e outras doenças neurológicas que afetam os nervos responsáveis pela contração muscular;
  • Varizes e insuficiência venosa;
  • Falta de preparo físico decorrente de longos períodos sem fazer exercícios;
  • Falta de vitaminas B1, B5 e B6;
  • Medicamentos diuréticos, como a Furosemida, e para hipertensão arterial, como o Nifedipino, entre outros tipos de medicamentos;
  • Insuficiência renal, menstruação.

Para diagnosticar a causa das câimbras, podem ser realizados exames de sangue para verificar os níveis de cálcio, potássio ou magnésio, a função dos rins e o funcionamento da tireoide.

O que fazer em caso de câimbra na panturrilha?

1) Puxe lentamente e suavemente a ponta do pé para cima, contrariando a contração muscular. Se não conseguir fazer isso sozinho, peça ajuda a alguém;

2) Respire fundo e continue o movimento até desaparecer a dor e o espasmo muscular;

3) Não faça movimentos bruscos para tentar vencer a câimbra, pois poderá piorar o problema;

4) Não faça alongamentos durante a câimbra para evitar lesões na musculatura.

O que fazer depois da câimbra?

1) Aplique uma compressa quente na panturrilha durante 20 minutos;

2) Massageie o local com movimentos circulares durante alguns minutos;

3) Faça alongamentos na panturrilha. Lembrando que o alongamento para ser eficaz precisa ser mantido durante pelo menos 20 segundos e sem "soquinhos".

4) Quando a dor aliviar, aplique gelo no local por 20 minutos.

Se o músculo ainda doer, podem ser indicados medicamentos anti-inflamatórios para ajudar a aliviar a dor. Se as câimbras musculares forem graves, poderão ser prescritos outros medicamentos.

Como prevenir câimbras na panturrilha?
  • Aumente o consumo de alimentos ricos em sódio, potássio, cálcio e magnésio, como tomate, banana, mamão, leite e derivados, couve, espinafre e brócolis;
  • Beba pelo menos 2 litros de água por dia;
  • Hidrate-se com bebidas isotônicas durante atividades físicas intensas;
  • Pratique atividade física regularmente, ao menos 3 vezes por semana;
  • Faça alongamentos antes e depois do exercício físico;
  • Diminua a intensidade dos exercícios, para que estejam dentro das suas capacidades.

Se as câimbras persistirem após os alongamentos e os cuidados indicados, forem muito frequentes, fortes ou durarem muito tempo para passar, o mais indicado é consultar um médico de família ou clínico geral, para que a causa das câimbras seja identificada e tratada.

O que é bartolinite? Tem cura?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Bartolinite é a inflamação de uma ou ambas as glândulas de Bartholin, e tem cura, com um tratamento relativamente simples.

As glândulas de Bartholin são duas glândulas acessórias dos genitais externos femininos (localizadas uma de cada lado da vagina). Têm a função de lubrificar a região da vagina, principalmente durante o coito.

Às vezes, a abertura de uma ou ambas estas glândulas fica obstruída, fazendo com que o líquido produzido volte para dentro da glândula. O resultado é relativamente indolor, muitas vezes sem sintomas quaisquer, e é chamado de cisto de Bartholin.

Às vezes, o líquido dentro do cisto pode ser infectado (invasão bacteriana), com formação de pus rodeado por tecido infectado e inflamado (abscesso), o que é denominado de Bartolinite aguda. Quando isso ocorre, surgem os sintomas.

Sintomas da Bartolinite aguda

Os principais sintomas da bartolinite aguda são a eliminação de pus e sinais de inflamação (o local fica avermelhado, quente, muito dolorido e inchado), semelhante a um furúnculo. Em estágios mais avançados, é perceptível um nódulo próximo da abertura vaginal. Algumas pacientes podem referir sensação de "bola" ou "caroço" na vagina, com eventual desconforto ao caminhar ou sentar, dispareunia (dor durante a relação sexual) e febre.

A infecção pode ser causada por diversos tipos de bactérias, tais como Neisseria gonorrhoeae (gonococo, causador da gonorreia), Chlamydia trachomatis​ (clamídia), que são sexualmente transmissíveis, como também por bactérias do trato intestinal (geralmente Escherichia coli) ou da pele (geralmente Staphylococcus aureus, mas também estreptococos).

Tratamento da Bartolinite

O tratamento da bartolinite aguda passa pelos seguintes procedimentos:

  • Tratamento com antibióticos;
  • Banhos de assento;
  • Drenagem cirúrgica;
  • Marsupialização;
  • Bartolinectomia.

Em caso de suspeita de bartolinite, um médico clínico geral ou preferencialmente um ginecologista deverá ser consultado para avaliação e tratamento.

Para que serve o exame de transaminase oxalacética?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O exame de transaminase oxalacética, também conhecido como TGO ou AST, é usado para detectar doenças e problemas no fígado e na bile. A transaminase oxalacética é uma enzima encontrada em todo o corpo, mas a sua maior concentração está no fígado. Por isso, quando ele sofre alguma lesão, a TGO extravasa para a corrente sanguínea e o exame apresenta valores altos.

A análise dos níveis de transaminase oxalacética é solicitada principalmente em casos suspeitos de lesões hepatobiliares. Os valores de referência da transaminase oxalacética variam entre 5 e 40 U/L, de acordo com cada laboratório.

Quando o nível de transaminase oxalacética está muito elevado, ou seja, 10 vezes superior aos valores normais, a pessoa pode estar com uma hepatite viral aguda. Após um período que varia entre 3 e 6 meses, as taxas de TGO tendem a normalizar.

Quando o exame de transaminase oxalacética é solicitado?

O exame de transaminase oxalacética pode ser solicitado na presença de sinais e sintomas de doença hepática, como dor na porção superior do abdômen, icterícia (pele e olhos amarelados), escurecimento da urina e coceira no corpo.

A análise dos níveis de transaminase oxalacética também pode ser indicada quando existe um risco elevado de doença hepática, como em casos de hepatite, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, uso de determinados medicamentos, entre outras condições.

Transaminase oxalacética alta: o que pode ser?

A transaminase oxalacética pode estar alta em várias condições e doenças que podem ou não estar relacionadas com o fígado, tais como:

  • Exposição a substâncias tóxicas, hepatite viral, pancreatite aguda;
  • Doenças musculares, radioterapia, diminuição do fluxo de sangue para o fígado;
  • Hepatite crônica, cirrose hepática, anemia hemolítica;
  • Derrame cerebral, câncer de fígado, doenças da bile;
  • Infarto, lesões musculares, ainda atividade física intensa.

Por essa razão, o resultado do exame de transaminase oxalacética é analisado juntamente com o exame de alanina aminotransferase (ALT), que também é produzida pelo fígado, entre outros exames hepáticos, como os de bilirrubina e albumina.

O/a médico/a que solicitou a análise de transaminase oxalacética é responsável pela interpretação dos resultados. Portanto, é importante levar o resultado dos exames em uma consulta de retorno para que o/a médico/a posso correlacionar esses resultados com o seu quadro clínico.

Para saber mais, leia também:

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Para que serve o exame de transaminase oxalacética?

O exame de TGP da minha filha está 73, o que isto significa?

Gosto amargo na boca durante a gravidez. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Gosto amargo na boca durante a gravidez, geralmente decorre de alterações hormonais naturais da gestação. A disgeusia, como chamamos a mudança no paladar, é um sintoma comum na gravidez, onde as mulheres experimentam gostos diferentes, que podem ser desagradáveis, sensação de boca amarga, sensação de azedo, ácido ou metálico na boca.

A causa ainda não foi determinada, mas existem diferentes teorias que procuram explicar as razões para essa modificação do organismo na mulher gestante, como o aumento dos hormônios, que alteram os sentidos de olfato e paladar.

Acredita-se que o aumento da produção de estrogênio desempenhe um papel importante nesses sintomas.

O aumento das papilas gustativas na língua durante a gestação, também poderia justificar no paladar e percepção de novos sabores.

Além do uso de vitaminas pré-natais, pílulas hormonais, antibióticos, entre outros medicamentos, que quando usados durante a gravidez, têm diversos efeitos colaterais e dentre eles pode haver a mudança de paladar e gosto amargo ou metálico na boca.

Para minimizar este sintoma, recomenda-se escovar os dentes frequentemente com pasta de dente de hortelã, gargarejar com soluções diluídas de bicarbonato de sódio e água, preparados pela mistura de 1/4 colher de sopa de soda de cozimento com uma xícara de água (neutraliza o nível de pH no interior da boca), mastigar ou chupar balas ou gomas; frutas cítricas, sucos, limonadas (o citrino presente nesses alimentos neutraliza o sabor metálico e também aumenta a produção de saliva que podem tirar o gosto). Finalmente, beber bastante água, que não só irá mantê-la hidratada, mas também irá ajudar na eliminação das toxinas do corpo. O gosto ruim na boca durante a gravidez não é um problema de saúde grave e não causará a você ou seu bebê qualquer dano. No entanto, pode incomodar, e os meios acima descritos minimizam este sintoma. De qualquer forma, é importante consultar o seu médico ginecologista para que ele esteja sempre informado de seus sintomas, possa diagnosticar a causa subjacente (se houver alguma, não fisiológica) e prescrever-lhe um tratamento.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos abaixo: