As pomadas ginecológicas não fazem a limpeza do útero e só devem ser usadas quando indicadas por um ginecologista.
As pomadas ginecológicas têm substâncias diferentes, que servem, principalmente, para tratar infecções por fungos ou bactérias. Ao tratar essas infecções, pode-se considerar que as pomadas "limpam o útero" de:
- Inflamações;
- Infecções;
- Corrimentos cervicais;
- Lesões por condiloma acuminado (HPV).
Sempre que tiver coceira, ardor ou corrimento na região vaginal deve consultar um médico de família ou um ginecologista, para saber se existe necessidade de algum tratamento.
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Referência:
Albocresil. Bula do medicamento.
A disúria é um sintoma caracterizado por dor, ardência ou desconforto ao urinar. É comum acontecer em pessoas sexualmente ativas, sendo mais frequente em mulheres.
Geralmente está relacionado a infeções da via urinária, mas pode ser originada por outras causas como deficiência hormonal, ou fatores psicológicos.
O tratamento deverá ser baseado na causa do problema, conforme detalhamos a seguir.
Quais as causas da disúria?As causas mais frequentes de disúria são:
- Cistite (infecção de bexiga);
- Uretrite (infecção da uretra);
- Pielonefrite (infecção dos rins);
- Prostatite (infecção da próstata);
- Infeções sexualmente transmissíveis que acometem a uretra, vagina, pênis, bexiga e ou próstata;
- Deficiência hormonal, por exemplo na menopausa devido a diminuição de estrogênio e ressecamento da mucosa da vagina, pode haver incômodo e ardência local;
- Fatores psicológicos, como a crise de ansiedade e estresse, podem causar sintomas urinários, como urgência urinário e ardor.
Para encontrar a causa da disúria, o/a médico/a investigará a sua história clínica. Serão perguntados aspectos relacionados ao estado de saúde e sintomas detalhados dessa queixa.
O exame físico, que deve incluir a avaliação do abdome, dos órgãos genitais externos e, no caso da mulheres, pode ainda haver a necessidade de um exame ginecológico para algumas situações. É importante informar se houver secreção vaginal ou peniana e descrever o seu aspecto e características identificadas.
Exames laboratoriais como o exame de urina e a urocultura podem complementar essa investigação, pois determinam a presença ou ausência de bactérias na urina. Na suspeita de outras doenças associadas, poderá ser solicitado ainda exames de imagem, como ultrassonografia da via urinária e renal.
Os exames complementares serão solicitados de acordo com a sua história clínica, exame físico e hipóteses diagnósticas.
Como tratar a disúria?O tratamento da disúria, quando identificada a infecção, se baseia no uso de antibióticos orais. Quando a infecção já atinge a via urinária alta, ureteres e rim, é necessário internação hospitalar e antibioticoterapia venosa. Quando não há infecção, é indicado apenas antissépticos de via urinária.
Se o motivo da ardência for ressecamento da mucosa vaginal, ou questões psicológicas, o tratamento pode ser a base de cremes ou pomadas lubrificantes e orientações gerais.
E por fim, quando a disúria for secundária a doenças sexualmente transmissíveis (DST), o tratamento será específico para cada tipo de DST. O médico da família, urologista (no caso dos homens) ou ginecologista (no caso das mulheres), deverá identificar e prescrever a medicação adequada.
Para prevenir a disúria, é necessário prevenir as infeções urinárias e sexualmente transmissíveis. Algumas recomendações podem ajudar nessa prevenção:
- Beber muito líquido diariamente, especialmente água;
- Urinar sempre que tiver vontade, evitando "prender a urina";
- Urinar antes de dormir e após as relações sexuais;
- Realizar uma boa higiene genital;
- Praticar relações sexuais protegidas para evitar infeções sexualmente transmissíveis (uso de preservativo masculino ou feminino).
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Em caso de descolamento de placenta, a grávida deve ir imediatamente para um serviço de urgência/pronto socorro. Lá, a equipe médica irá verificar a frequência cardíaca do bebê, examinar a gestante, fazer exames de sangue e realizar ultrassom.
Embora o diagnóstico de um descolamento de placenta seja sobretudo clínico, uma vez que a ultrassonografia nem sempre detecta pequenos descolamentos, o ultrassom pode excluir a possibilidade de haver uma placenta prévia, outra causa provável de sangramento uterino.
Ao suspeitar de descolamento da placenta, a gestante deve permanecer em repouso absoluto para evitar o agravamento do quadro e aguardar a indução do parto ou a cesariana.
A gestante deve procurar auxílio médico imediatamente se observar algum dos seguintes sintomas de descolamento de placenta:
- Sangramento vaginal ou rompimento da bolsa com líquido sanguinolento;
- Dor abdominal ou na coluna lombar que surge de forma súbita;
- Contrações frequentes, com pouco espaço entre elas, ou uma contração que não termina;
- Deixar de sentir o bebê se mexer.
O descolamento de placenta deve ser diagnosticado e tratado pelo/a médico/a obstetra.
A Síndrome de Angelman é um distúrbio neurológico de origem genética que causa deficiência mental, comprometimento ou ausência da fala, epilepsia, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, alterações de comportamento, entre outros sinais e sintomas.
A doença é causada por uma anomalia em um gene transmitido pela mãe. A maioria dos casos de Síndrome de Angelman ocorre quando uma parte do cromossomo 15 materno é apagado.
Duas características comuns da Síndrome de Angelman é o andar desequilibrado, com as pernas estendidas e mais afastadas que o normal, e o sorriso constante dos pacientes. Essas características levaram o descobridor da síndrome a denominá-la "Síndrome da Marionete Feliz" (Happy Puppet).
A Síndrome de Angelman caracteriza-se por um grave atraso no desenvolvimento mental, comprometimento severo da fala, andar desequilibrado, convulsões e o comportamento típico de rir frequentemente com excitação.
Os pacientes com Síndrome de Angelman também apresentam características físicas peculiares. A boca é grande, o queixo é proeminente, os dentes são mais espaçados e a língua costuma ficar para fora da boca (língua protusa).
Os sinais e sintomas da Síndrome de Angelman tornam-se mais nítidos a partir dos 2 ou 3 anos de idade. Contudo, em alguns casos, já é possível observar atrasos no desenvolvimento entre o 6º e 12º mês de vida.
O diagnóstico da síndrome deve ser feito por um neurologista ou geneticista.
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O aumento do peso é um efeito comum para quem usa Noregyna. Isso ocorre porque os hormônios sexuais têm um papel importante na regulação do apetite, no comportamento alimentar e no metabolismo.
Normalmente o aumento de peso não é consequência da retenção de líquidos, que é um efeito muito pouco frequente. Há também quem emagreça ao usar o medicamento, mas este efeito é mais raro.
Por ser comum que exista aumento de peso, é importante que mulheres que usam Noregyna adotem medidas para manter o peso adequado, como uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos. Além de ajudarem na manutenção do peso, essas medidas contribuem para diminuir o risco de efeitos colaterais graves, como trombose, embolia pulmonar ou infarto.
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Referências:
Noregyna.Bula do medicamento.
Hirschberg AL, Sex hormones, appetite and eating behaviour in women. Maturitas. 2012; 71(3): 248-56
A dor na barriga do lado direito é uma queixa bastante frequente e na maioria das vezes está relacionada a situações simples, como o excesso de gases ou prisão de ventre.
No entanto, algumas vezes pode representar um problema mais grave como uma hepatite, apendicite ou um tumor.
Sendo assim, é importante ter atenção aos sintomas, e se a dor piorar ou vir associada a outros sintomas como febre alta, vômitos ou perda de peso, o ideal é que procure um clínico geral ou gastroenterologista para avaliação médica.
O que causa dor do lado direito da barriga?As causas mais relacionadas à dor na barriga no lado direito são:
- Gases: Dor de intensidade variada, do tipo cólicas (dor que vai e vem), ou do tipo pontadas, associada a "barulhos" na barriga e história de má alimentação;
- Prisão de ventre: Dor tipo cólica, mais localizada, inchaço na barriga, dificuldade de evacuar, com ou sem massa palpável na barriga (fezes endurecidas);
- Hepatite aguda: Dor forte do lado direito do abdome, próximo das costelas, associado a náuseas, vômitos, febre e icterícia (coloração amarelada da pele e olhos);
- Pedras na vesícula (Colecistite ou colelitíase): Dor tipo cólica, de forte intensidade, do lado direito da barriga, associada a náuseas e vômitos, que piora após uma alimentação gordurosa;
- Apendicite aguda: Dor na barriga, que pode ter início no umbigo e mais leve, que depois se mantém fixa na região mais baixa da barriga, à direita, associada a febre, náuseas e vômitos;
- Endometriose: Dor na barriga, que pode se localizar em diversas regiões, não só a direita, associada ao ciclo menstrual, quando os hormônios agem para a realização da ovulação;
- Gravidez ectópica à direita - Mulher em idade reprodutiva como dor intensa no baixo ventre, apenas de um lado (direito ou esquerdo), suor frio, mal-estar, náuseas e vômitos, com história de atraso menstrual, sugere a gravidez nas trompas;
- Tumor - Dor localizada, febre baixa e perda de peso. Os tumores em geral, são doenças silenciosas, que quando desenvolvem sintomas já estão em estágios avançados, dificultando um tratamento adequado.
Além destas, situações como cólicas menstruais, infecção urinária, pedra nos rins, gastroenterite, obstrução intestinal (fecaloma), vermes ou ansiedade podem causar uma dor localizada à direita.
O mais importante, deve ser compreender os sinais de perigo que indicam a necessidade de procurar um atendimento de urgência. Para outros casos, procure o seu médico de família ou gastroenterologista, que deverá iniciar uma avaliação mais criteriosa.
Quando devo procurar uma emergência?Os sinais de risco, que indicam a necessidade de procurar uma emergência imediatamente, são:
- Febre alta (maior que 38,5º),
- Náuseas e vômitos que não melhoram com a medicação habitual,
- Piora da diarreia,
- Sinais de desidratação (muita sede, boca seca, urina pouco),
- Presença de sangue na urina ou nas fezes,
- Coloração amarelada na pele ou nos olhos (parte branca) ou
- Confusão mental ou desorientação.
Referência:
FBG - Federação Brasileira de gastroenterologia.
Um parto normal após cesariana pode ser perigoso, se a mulher tiver antecedente de três ou mais cesáreas. Isso porque na cesárea o obstetra corta o útero numa região específica para poder retirar o bebê e nas cesarianas seguintes o local de abertura uterina é o mesmo da cicatriz anterior.
Por isso, acredita-se que após três cesáreas essa cicatriz passe a ser um local mais suscetível de rotura, tanto devido ao crescimento do útero durante a gravidez como e, principalmente, devido às contrações do trabalho de parto.
Alguns obstetras optam por parto cesariana se a mulher tiver antecedente de duas ou três cesarianas, pelo risco de rotura uterina (rompimento do útero), e com isso um risco de morte fetal e materna (por sangramento).
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O seu obstetra deverá orientá-la sobre a melhor opção para o parto.
Sempre existe um risco de morte quando uma cirurgia é realizada. No caso da cirurgia de retirada de vesícula, por envolver o abdômen, o risco de morte é considerado maior. Ainda assim, para pessoas sem problemas de saúde submetidas a uma cirurgia que não abre o abdômen (como a laparoscopia), o risco de morte é muito baixo.
O risco de morte durante e após a cirurgia de vesícula é maior para idosos ou em cirurgias de emergência. Também é mais alto quanto pior a condição de saúde da pessoa. Alguns problemas de saúde que aumentam o risco de morte devido à cirurgia são:
- Problemas cardíacos;
- Ter tido algum tipo de isquemia, incluindo acidente vascular cerebral;
- Desnutrição;
- Problemas nos pulmões, fígado e rins;
- Imunidade baixa;
- Diabetes;
- Problemas mentais, como demência;
- Obesidade.
A maioria das cirurgias para retirada da vesícula são realizadas por laparoscopia. Este tipo de cirurgia é mais seguro que a cirurgia em que o abdômen precisa ser aberto (laparotomia). A cirurgia laparoscópica também causa menor mal-estar pós-cirúrgico. Além disso, a pessoa fica menos tempo internada no hospital e se recupera mais rápido.
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Referências:
Lindenmeyer CC. Cálculos Biliares. Tratamento. Manual MSD.
Mohabir PK, Coombs AV. Cirugia. Risco Cirúrgico. Manual MSD.
Hajibandeh S, HajibandehS, Antoniou GA, Stavros A Antoniou SA. Meta-analysis of mortality risk in octogenarians undergoing emergency general surgery operations. Surgery. 2021;169(6):1407-16.