Hiperplasia foveolar é o aumento do número de células da camada interna do estômago, o que provoca um espessamento das pregas gástricas. A hiperplasia foveolar pode ser um fator de risco para desenvolver câncer de estômago.
As fovéolas são pequenas fossas ou depressões (criptas) localizadas na parede do estômago. O fundo dessas criptas é perfurado por numerosas glândulas. A hiperplasia foveolar é precisamente o aumento do número de células das fovéolas.
Esse tipo de hiperplasia pode ser encontrada na doença de Ménétrier, uma doença crônica rara que se caracteriza pelo crescimento de enormes pregas na parede do estômago. Essas pregas podem estar inflamadas ou apresentar úlceras.
A doença de Ménétrier também provoca o desaparecimento das glândulas do estômago e com isso a má absorção de proteínas, levando a quadro de hipoalbuminemia.
Além da hiperplasia foveolar, a doença de Ménétrier pode causar perda de peso, dor de estômago, náuseas, vômitos, sangramento e diarreia.
Uma parte dos casos da doença de Ménétrier pode evoluir para gastrite atrófica, com remissão dos sintomas ou com formação de pólipos aumentando o risco de evolução para câncer. A presença de transformações malignas pode requerer tratamento cirúrgico.
Leia também: Hiperplasia pode virar câncer?
Lembrando que hiperplasia é um aumento do número de células de um órgão ou tecido. Uma hiperplasia pode ser fisiológica ou patológica. Na fisiológica, a proliferação das células visa atender às necessidades do organismo, enquanto que na patológica, a hiperplasia geralmente é decorrente de um estímulo excessivo.
Para maiores informações, diagnóstico preciso e orientações quanto ao tratamento é fundamental que agende uma consulta com gastroenterologista.
Saiba mais em: Hiperplasia foveolar é grave? Qual é o tratamento?
Saber exatamente a diferença entre a tosse alérgica e a tosse comum ou "normal" pode ser bastante difícil, mesmo para profissionais da área de saúde.
Em geral, a tosse alérgica é mais seca e não apresenta sintomas como febre, fadiga ou falta de apetite.
Contudo, apenas esses dados não são suficientes para essa diferenciação. O diagnóstico definitivo da causa de uma tosse só poderá ser dado por um/uma médico/a, após colher informações pertinentes da história, avaliação clínica e quando necessário, exames complementares.
De qualquer forma, é primordial investigar como foi o início da tosse, a história clínica, como e quando iniciou, qual o horário, quais os sintomas associados, se costuma ter episódios de tosse, com que frequência, entre outros. Todos esses fatores auxiliam na definição do diagnóstico.
Nos casos de alergia, é muito comum episódios semelhantes frequentes, assim como a queixa de "coceira" na garganta, coriza, congestão nasal e lacrimejamento, embora não sejam sintomas obrigatórios.
O que pode causar tosse alérgica?A tosse alérgica pode ser causada pela exposição de algum agente, vírus ou elemento alérgeno que chamamos de elemento "gatilho", presentes no ar. As pessoas que têm alergia respiratória, podem desenvolver tosse persistente quando expostas a esses elementos "gatilho", desencadeando a crise alérgica. Dentre os agentes gatilho mais comuns podemos destacar:
- Poeira;
- Ácaros;
- Animais;
- Variações bruscas de temperatura;
- Poluição do ar;
- Fumaça de cigarro.
As principais e mais comuns causas de tosse alérgica são: asma brônquica, rinite e sinusite alérgicas.
A tosse é uma reação de defesa do corpo para expulsar elementos estranhos em contato com as vias respiratórias. A tosse serve para remover excesso de secreção, corpos estranhos e micro-organismos infecciosos das vias aéreas.
Contudo, a tosse exige atenção e deve ser motivo de preocupação se:
- Durar mais de 3 semanas;
- Ocorrer em bebês com menos de 1 ano de idade ou idosos;
- Vier acompanhada de febre, dificuldade para respirar, dores no corpo, dor de cabeça, prostração, queimação no estômago;
- Persistir depois de um episódio de engasgo;
- Apresentar secreção, principalmente amarelada ou esverdeada;
- Causar cansaço extremo.
Em qualquer um desses casos, consulte um médico de família, um clínico geral, ou vá diretamente a um pneumologista para que receber um diagnóstico e tratamento adequado.
Leia também:
O que fazer em caso de tosse alérgica infantil?
Sim, enjoo e dor pélvica, ou no baixo ventre, durante o período fértil é normal para algumas mulheres. As variações hormonais desse período podem estar por trás das náuseas, enquanto que a dor tipo cólica é decorrente da própria ovulação em si.
A dor no período fértil pode ser em cólica ou em pontada, de leve a moderada intensidade, ocorre sempre na mesma fase do ciclo menstrual e geralmente dura de minutos a horas, podendo ainda persistir por 2 ou 3 dias em alguns casos. É também chamada de dor do meio ou Mittelschmerz.
Os sintomas do período fértil variam bastante de mulher para mulher. Algumas podem ficar com as mamas inchadas e doloridas ou podem apresentar alterações de humor, aumento do apetite e da libido, ou ainda leve sangramento.
No entanto, os sintomas mais evidentes do período fértil são as modificações que ocorrem no muco vaginale o aumento da temperatura corporal. O muco fica mais abundante e transparente na ovulação, parecido com uma clara de ovo. Já o aumento da temperatura ocorre devido ao hormônio progesterona, que provoca uma ligeira elevação de 0,3ºC a 0,8ºC na temperatura do corpo.
A mulher pode verificar as alterações do muco introduzindo os dedos na vagina para obter uma amostra da secreção, enquanto que o aumento da temperatura deve ser medido com um termômetro logo pela manhã ao acordar, antes de sair da cama e fazer qualquer esforço.
Apesar dos enjoos e da dor serem normais no período fértil, eles também podem ser sintomas de diversos problemas de saúde, por isso é recomendável consultar um médico de família, clínico geral ou ginecologista caso eles persistam.
Leia também:
É normal ter sangramento durante o período fértil?
Se saiu sangue é porque houve alguma forma de traumatismo, fique tranquila isso as vezes pode acontecer, apenas é preocupante quando se torna algo recorrente, ou seja, sangrar todas as vezes.
Leia também: É normal o homem sangrar durante ou depois da relação sexual?
Bico de papagaio é o crescimento anormal de uma pequena saliência óssea (osteófito) entre duas vértebras da coluna cervical, torácica ou lombar. O nome "bico de papagaio" é devido à forma desse osteófito, que também é chamado de "esporão de galo".
O bico de papagaio é uma artrose que acomete a coluna vertebral. O osteófito surge em decorrência do desgaste do disco intervertebral, cuja função é estabilizar e absorver impactos na coluna. Com o desgaste, o disco perde essa capacidade e o organismo, como defesa, produz mais osso entre as vértebras para proteger e estabilizar a coluna.
Existem diversos fatores que podem causar esse desgaste no disco intervertebral, dentre eles o envelhecimento. Muitas vezes, o bico de papagaio está associado a outras doenças, como artrites.
A presença do bico de papagaio na coluna pode causar a compressão de raízes nervosas, provocando vários sintomas.
Quais os sintomas de bico de papagaio?Os sintomas de bico de papagaio podem incluir dor intensa no pescoço ou nas costas, rigidez, limitação dos movimentos, contraturas musculares, alteração da sensibilidade, formigamento nos braços ou pernas e diminuição da força muscular.
A dor no pescoço ou nas costas pode irradiar para ombros, braços ou pernas.
Os osteófitos ocorrem sobretudo em pessoas com mais de 50 anos de idade, devido ao desgaste natural que o disco intervertebral vai sofrendo ao longo da vida. Contudo, o bico de papagaio também pode surgir em indivíduos mais jovens.
Quais as causas do bico de papagaio?Sedentarismo, má postura, obesidade, traumatismos na coluna, predisposição genética e envelhecimento estão entre as principais causas de bico de papagaio.
Qual é o tratamento para bico de papagaio?O tratamento do bico de papagaio pode incluir repouso, uso de medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares (orais ou injetáveis), fisioterapia e exercícios específicos para a musculatura da coluna, como Pilates. Casos mais graves podem precisar de cirurgia.
O repouso, durante algumas horas ou dias, pode ser útil para aliviar as dores ou pelo menos não piorar os sintomas, principalmente se a pessoa tiver um trabalho que requer esforço físico.
A aplicação de calor no local, durante 20 minutos, também pode ajudar a aliviar as dores do bico de papagaio.
A fisioterapia pode exercer um importante papel no tratamento do bico de papagaio, atuando no alívio da dor e da inflamação e na melhora dos movimentos e da flexibilidade. Técnicas como RPG e Pilates podem trazer bons resultados, pois tonificam, alongam e fortalecem a musculatura que sustenta a coluna vertebral.
Quando as demais formas de terapia não produzem respostas satisfatórias ou dependendo do grau de compressão e da gravidade dos sintomas, a cirurgia pode ser a opção de tratamento mais indicada.
Porém, mesmo com o tratamento, o disco intervertebral não se regenera. Por isso, é importante controlar os fatores de risco e ter cuidados com a coluna no dia-a-dia.
O/a médico/a ortopedista ou neurocirurgião/ã é especialista indicado/a para diagnosticar e tratar bicos de papagaio.
A urina verde, verde clara ou verde limão pode ser causada pelo consumo de alimentos verdes (ricos em clorofila), suplementos alimentares ou corantes alimentares, como a anilina e a gardênia usados na indústria alimentar e na confeitaria.
Pode também ser um efeito colateral de certos medicamentos, sinal de uma infecção urinária ou de doenças do fígado e vesícula biliar.
A urina verde na gravidez pode ocorrer pelos mesmos motivos citados acima, por isso para definir qual é o problema e despistar uma infecção que pode prejudicar o bebê, o clínico geral ou o obstetra devem ser consultados o quanto antes.
Causas de xixi esverdeado1. AlimentosO consumo de alimentos verdes (ricos em clorofila), como espinafre, aspargos, as couves e os coentros, estimulam a absorção do pigmento verde, parece ser a causa mais comum de urina verde. Ocorre logo após o seu consumo, mas depois a coloração da urina se normaliza.
A beterraba, ruibarbo e sena, já são alimentos que também interferem na coloração da urina, tornando-a mais vermelha ou amarronzada.
2. Suplementos alimentaresSuplementos como a espirulina e certas algas, são muito utilizadas para ajudar no emagrecimento. No entanto, nesse caso, deve ser acompanhado por um profissional, médico ou nutricionista.
3. Corante alimentarOs corantes com anilina e gardênia, comuns no preparo de bolos e artigos de confeitaria, também modificam a cor da urina, para verde ou amarelo-esverdeada, mas apenas no dia do seu consumo. Depois a cor da urina retorna ao normal.
4. RemédiosOs remédios que geralmente deixam o xixi mais esverdeado, são o azul de metileno, utilizado para realizar exames de imagem; os antissépticos da via urinária, como sepurin® e cystex®, e ainda, a amitriptilina, um antidepressivo, usado também para casos de enxaqueca.
São diversas as doenças que podem alterar a cor do xixi, seja para esverdeada, vermelha, marrom ou rosada, mas as mais frequentes são: a infecção urinária e as doenças no fígado. Problemas nos rins, na vesícula biliar ou não sangue, são menos comuns, porém também podem interferir na cor e na quantidade da urina.
Na presença de xixi esverdeado, fale com o seu médico de família, ou urologista, para uma avaliação mais cuidadosa.
Saiba ainda mais sobre esse assunto, lendo os artigos abaixo:
- Urina escura: o que pode ser?
- Urina muito amarela: o que pode ser?
- Quando a cor da urina pode ser sinal de doenças?
- Exame de Urina: como se preparar e entender os resultados
Referência:
Ron Wald, et cols. Urinalysis in the diagnosis of kidney disease. UpToDate.: Jul 27, 2019.
Não, o ultrassom vaginal não consegue detectar qualquer doença no útero. As principais doenças no útero que podem ser diagnosticadas pela ultrassonografia transvaginal são:
- Miomas uterinos (tumores benignos);
- Câncer de colo de útero:
- Pólipos uterinos: Pequenos tumores que se desenvolvem na parede do útero e podem causar sangramento vaginal fora do período menstrual;
- Sangramento anormal do útero;
- Endometriose: Doença inflamatória causada por células do endométrio (camada interna do útero) que migram para outros locais como ovários ou para a cavidade abdominal, onde se multiplicam e provocam sintomas como sangramento excessivo.
Outras doenças e condições que podem ser detectadas pelo ultrassom transvaginal:
- Cistos no ovário;
- Tumores pélvicos;
- Gravidez ectópica: Gestação que ocorre fora do útero;
- Problemas menstruais;
- Alguns tipos de infertilidade.
A ultrassonografia transvaginal é um exame utilizado para avaliar os órgãos genitais internos da mulher (útero e ovários), sendo importante para detectar doenças, acompanhar a gravidez, controlar a ovulação em mulheres que querem engravidar ou que estão fazendo tratamento de infertilidade.
Para maiores informações sobre eventuais doenças do útero que podem ser diagnosticadas através do ultrassom vaginal, fale com o/a médico/a ginecologista.
A pangastrite enantematosa leve é uma inflamação de toda a mucosa do estômago que provoca sintomas como dor no estômago, sensação de queimação, náuseas e vômitos.
Pode ser provocada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas, medicamentos anti-inflamatórios como ibuprofeno, por infecção da bactéria H.pylori e por doenças autoimunes como a Doença de Crohn.
É também chamada de gastrite enantematosa e o seu tratamento envolve o uso de antibióticos e inibidores da produção de ácido gástrico como o omeprazol. Conheça um pouco mais sobre a pangastrite na sequência desse artigo.
Sintomas de pangastrite leveOs sintomas de pangastrite leve costumam surgir pouco tempo após as refeições e durar em torno de duas horas. Os sintomas mais comuns são:
- Dor no estômago,
- Sensação de queimação,
- Falta de apetite,
- Enjoo,
- Náuseas,
- Vômitos,
- Gases e arrotos.
Na medida em que o tempo passa, esses sintomas vão se tornando mais intensos.
Tratamento da pangastrite enantematosa leveO tratamento da pangastrite leve envolve o uso de medicamentos e hábitos alimentares saudáveis. A indicação do melhor tratamento é feita com base nos sintomas da doença e, se necessário, após a realização do exame de endoscopia digestiva alta (EDA).
Amoxicilina, ClaritromicinaAs pangastrites são geralmente causadas pela presença de uma bactéria chamada Helicobacter pylori que é identificada durante o exame de endoscopia digestiva. Nestes casos, o tratamento é feito com uso de antibióticos como amoxicilina e claritromicina.
Omeprazol, pantoprazol, esoprazolEstes medicamentos que inibem a produção de ácido clorídrico no estômago são indicados em doenças como a pangastrite. São remédios que ajudam a reduzir a irritação das paredes do estômago, provocada pela doença e promover a sua cicatrização.
Cimetidina, famotidina e nizatidinaHá medicamentos que inibem a secreção de ácidos no estômago induzidas pela histamina e gastrina e causam a redução do volume de suco gástrico no estômago. A cimetidina, nizatidina e famotidina são os mais usados.
Alimentação saudável ajuda a tratar a pangastrite leveA adoção de hábitos alimentares saudáveis faz parte, junto com os medicamentos, do tratamento da pangastrite leve. Você deve priorizar legumes e verduras cozidos, frutas, carnes magras, frango e peixe grelhados ou cozidos e ovos cozidos.
Devem ser evitados os alimentos gordurosos ou que irritam a mucosa do estômago. Estes alimentos incluem frutas ácidas, pimenta, frutas secas e cristalizadas, doces como os chocolates, café, refrigerantes, salsichas, linguiça, bacon, carnes gordas, alimentos enlatados ou em conserva e bebidas alcoólicas.
Quando devo me preocupar?Quando não tratada, a pangastrite pode evoluir para o estágio moderado ou grave da doença, o que pode provocar sintomas graves como:
- Dor e queimação de estômago que duram mais de 2 semanas
- Febre,
- Fraqueza,
- Vômito com sangue,
- Fezes escurecidas, pastosas e com odor forte (melena): este tipo de fezes são compostas por sangue digerido que transitou pelo sistema gastrointestinal.
Se você perceber qualquer um destes sintomas, especialmente, sangue no vômito ou nas fezes, busque atendimento em uma emergência hospitalar.
Para saber mais sobre pangastrite, leia:
Quais os sintomas da Pangastrite Enantematosa?
Pangastrite enantematosa moderada e urease positivo significa gastrite?
Referências:
- Angência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. Brasília: ANVISA, 2016.
- Ganguly, S.; Roy, S. Medicinal Plants and Herbs: A Review. International Journal of Pharmacy & Life Sciences, 6(3):4288-4290, 2019.
- Federação Brasileira de Gastroenterologia