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Quais os sintomas da hipertensão arterial?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Na maioria dos casos, a hipertensão arterial não provoca sinais e sintomas. Geralmente eles só se manifestam quando a pressão arterial está muito elevada.

Embora muitas pessoas associem dor de cabeça a pressão alta, dificilmente a dor de cabeça é causada pelo aumento da pressão, isso pode ocorrer apenas quando os valores de pressão arterial estão muito elevados, acima de 200 mmHg de pressão sistólica.

Acima deste valor outros sintomas da pressão alta que podem estar presente são: dor no peito, tonturas, zumbido no ouvido, sangramento nasal, fraqueza, visão embaçada ou presença de pontinhos brilhantes na visão.

Quais são os sintomas da hipertensão arterial maligna?

A hipertensão arterial maligna tem evolução acelerada. Nesses casos, a pressão arterial está muito alta e as crises podem durar minutos ou horas.

Quando isso acontece, a pessoa pode manifestar: sonolência, confusão mental, distúrbio visual, náuseas, vômito, dor de cabeça, ansiedade, palpitação, suor frio, palidez, tremor nas mãos e dor no peito.

Hipertensão arterial provoca sempre dor de cabeça?

Geralmente, dor de cabeça ou na nuca não são sintomas de hipertensão arterial. A dor de cabeça ou na nuca causada pela pressão alta só ocorre quando a pressão arterial está muito elevada, geralmente acima de 200/110 mmHg.

Nervosismo e ansiedade são sintomas de hipertensão arterial?

Nervosismo e ansiedade não são sintomas de hipertensão arterial. Geralmente, o que acontece, é que a pessoa quando está ansiosa fica com a pressão arterial mais elevada. Não é a pressão alta que gera ansiedade, é o oposto.

Hipertensão arterial provoca sangramento nasal?

Na maioria dos casos, o sangramento nasal tem outra causa. Porém, nos casos mais graves de hipertensão arterial, pode haver sangramento pelo nariz.

Tontura é sintoma de hipertensão arterial?

Se a pressão subir muito subitamente para valores muito altos (acima de 200 mmHg na pressão máxima), é possível que o paciente refira algum grau de tontura ou sensação de cabeça leve.

Ondas de calor são sintomas de hipertensão arterial?

Ondas de calor e vermelhidão facial não são sintomas de pressão alta. O aumento da pressão arterial não provoca calores nem deixa a face mais avermelhada. O rubor e o calor facial ocorrem quando os vasos sanguíneos se dilatam no rosto.

Esse quadro pode surgir por diversos fatores, tais como exposição ao sol, calor, frio, alimentos picantes, bebidas quentes, reações a produtos de pele, estresse emocional, consumo de álcool ou exercício físico.

Em caso de suspeita de hipertensão arterial, consulte um médico clínico geral, médico de família ou, preferencialmente, um cardiologista. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, se este é seu diagnóstico correto, orientar e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

Qual o tempo de abstinência para o Espermograma?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

O tempo de abstinência sexual necessário para realizar o espermograma deve ser de 2 a 3 dias, porém o médico que solicitou o exame deverá orientar qual o tempo que ele considera necessário. A ausência de relações sexuais e masturbações é necessária porque as ejaculações frequentes causam alterações no esperma ejaculado para o exame, já uma abstinência prolongada, causa mudanças na movimentação (motilidade) e vitalidade dos espermatozoides podendo levar à erros na sua análise e interpretação . 

O espermograma é o exame realizado para identificar a qualidade e quantidade dos espermatozoides, e as características de sêmen. Geralmente, esse exame é realizado quando há suspeita de infertilidade masculina. É importante que a coleta do esperma ocorra sem perdas do volume inicial da ejaculação, mesmo que em pequenas quantidades, uma vez que a maior parte dos espermatozoides concentram-se nessa porção. Caso isso ocorra, deve-se comunicar o laboratório.

Como o volume ejaculado e a qualidade do sêmen dependem do grau de excitação, que pode estar prejudicada devido ao ambiente e condições de coleta, normalmente são colhidas pelo menos duas amostras de esperma, com intervalos de 15 dias a 3 meses entre elas,  para uma melhor avaliação.

Também pode lhe interessar o artigo: Entendendo os Resultados do Espermograma

O urologista é o especialista indicado para orientar sobre a realização do espermograma.

Quanto tempo após cesariana posso engravidar?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Após uma cesariana deve-se esperar de 18 a 24 meses para engravidar novamente, porque engravidar antes dos 18 meses após uma cesariana, pode trazer riscos à mulher e ao bebê devido à possibilidade de ocorrer ruptura uterina decorrente da fragilidade da parede do útero causada por gravidez e cesariana recente.

Outros problemas que podem ocorrer em intervalos curtos entre uma gravidez e outra são:

  • Anemia por falta de ferro (anemia ferropriva): devido à falta de tempo para o organismo materno recuperar o ferro perdido durante a gestação anterior.
  • Placenta prévia (quando a placenta fica implantada mais próximo do colo uterino): risco de sangramentos intensos, impossibilidade de parto normal, morte fetal.
  • Partos prematuros e baixo peso do bebê ao nascer.

O obstetra é o médico que deve ser consultado para orientar o espaçamento necessário entre duas gravidezes.

Leia também: Quanto tempo depois de perder o bebê posso engravidar?

Linfonodo e linfoma são a mesma coisa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, linfonodo e linfoma são coisas diferentes. Os linfonodos são pequenos órgãos de defesa localizados em várias partes do corpo, enquanto que o linfoma é um câncer do sistema linfático, do qual fazem parte os linfonodos.

O sistema linfático é formado por órgãos (linfonodos, amígdalas, baço) e uma grande rede de vasos parecidos com as veias, que estão distribuídos por todo o corpo. A função do sistema linfático é recolher o líquido que extravasou dos capilares sanguíneos (linfa), filtrá-lo e conduzi-lo de volta à circulação sanguínea. O sistema linfático também faz parte do sistema imune, protegendo o organismo contra vírus e bactérias invasoras.

Os linfonodos são pequenos órgãos ovoides localizados ao longo do trajeto dos vasos linfáticos. Eles atuam como filtros da linfa, podendo reter, destruir ou retardar a proliferação de micro-organismos (bactérias, vírus, protozoários) e células cancerígenas pelo corpo.

Os gânglios linfáticos armazenam e produzem glóbulos brancos, células de defesa que combatem infecções e doenças. Por isso, os linfonodos podem aumentar de tamanho e ficar doloridos quando há alguma infecção, pois estão reagindo aos micro-organismos invasores. É a chamada "íngua", nome popular para um linfonodo aumentado e dolorido.

Leia também: O que são linfonodos?

Já o linfoma é um tipo de câncer que começa nos linfócitos, células do sistema linfático encontradas principalmente nos linfonodos. O principal sinal da doença é o aumento dos gânglios linfáticos, principalmente nas regiões do pescoço, clavículas, axilas e virilhas.

Saiba mais em: Linfonodos aumentados pode ser câncer?

Existem 2 tipos de Linfoma: Linfoma de Hodgkin e Linfoma Não Hodgkin. Nos linfomas não Hodgkin, o crescimento dos linfonodos é rápido, enquanto que nos de Hodgkin eles crescem lentamente.

Em geral, os linfomas não deixam os linfonodos doloridos. Já a "íngua" geralmente é transitória e está relacionada com alguma infecção ou inflamação local, podendo ser dolorosa. Veja aqui quais são os sinais e sintomas do linfoma.

O diagnóstico do linfoma é feito através do exame físico associado à história clínica do/a paciente. A confirmação do diagnóstico é obtida com a biópsia do gânglio comprometido.

Na presença de aumento de algum gânglio e aparecimento de alguma íngua, procure o/a médico/a de família ou o/a clínico/a geral.

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O que significa duodenite enantematosa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A duodenite enantematosa é uma inflamação da porção inicial do intestino. Essa inflamação é detectada a partir do exame de endoscopia.

A duodenite, inflamação do duodeno, pode ser caracterizada em vários tipos. A duodenite enantematosa é aquela em que a mucosa intestinal está avermelhada e edemaciada. Isso pode ser devido a feridas ou hemorrragias produzidas no processo inflamatório.

A gravidade da duodenite pode ser classificada em leve, moderada e intensa a depender de como se apresentam as lesões.

A gastrite consiste em uma inflamação, porém na região do estômago. Ela também é classificada de acordo com suas especificidades e características das lesões.

Apesar da gastrite e a duodenite poderem vir acompanhadas no laudo da endoscopia, elas podem representar diferenças no diagnóstico e tratamento da patologia.

Todo exame deve ser apresentado ao/à profissional que solicitou para que o acompanhamento seja continuado e o tratamento seja efetivado, caso seja necessário. 

Existem tipos de sangue incompatíveis?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, há tipos de sangue incompatíveis, especialmente quando se trata de transfusões sanguíneas, e de gestação. Para receber uma transfusão é preciso analisar os tipos sanguíneos do receptor e do doador, para evitar uma reação do organismo que pode ser fatal.

Os tipos sanguíneos são determinados pela presença de antígenos na superfície dos glóbulos vermelhos. Os sistemas ABO e o sistema Rh são os principais a ser determinados. De acordo com o sistema ABO, são formados os tipos sanguíneos: A, B, AB e O. O Sistema Rh divide os tipos sanguíneos em Rh positivo, quando o antígeno está presente ou negativo, quando ausente.

A avaliação para transfusão e para a gestação serão abordadas com mais detalhes a seguir.

Tipos de sangue incompatíveis para uma transfusão
  • Tipo A - Os indivíduos com sangue A não podem receber sangue do tipo B nem do tipo AB, pois o antígeno B presente nessa hemácia vai causar uma reação e produção de anticorpos contra ele; poderá receber apenas dos tipos sanguíneos, A ou O.
  • Tipo B - Pessoas com sangue tipo B não podem receber do tipo A nem do AB, porque não reconehce os antígenos tipo A. Então só podem receber transfusões de tipo B ou O;
  • Tipo AB - Indivíduos com sangue tipo AB, podem receber transfusões de qualquer tipo sanguíneo, sendo por isso considerados o receptor universal.
  • Tipo O - Já pessoas com tipo sanguíneo O, só podem receber deles mesmo, qualquer outro tipo de sangue, A, B ou AB podem desencadear reação inclusive pode ser fatal. Em contrapartida, pode doar para todos os tipos, conhecido portanto, como doador universal.

Indivíduos com sangue Rh negativo só podem receber transfusões de Rh negativo, salvo raras exceções. Já indivíduos com Rh positivo podem receber transfusões de Rh positivo ou negativo.

Complementando a informação acima, então, o doador universal é o tipo O negativo, e o receptor universal, o tipo AB positivo.

Tipos de sangue incompatíveis para ter filhos

A importância maior é determinar o fator RH dos pais. Porque quando a mãe é RH negativo e pai RH positivo, o bebê tem grande chance de ser RH positivo. Com isso, durante a gestação e principalmente após o parto, libera volume maior de sangue para a corrente sanguínea da mãe.

Depois do primeiro parto de um bebê Rh positivo, ou da transfusão acidental de sangue Rh positivo, o sangue da mãe cria anticorpos anti-Rh+. Durante a segunda gravidez, esses anticorpos podem atravessar a placenta e uma doença chamada eritroblastose fetal, ou doença hemolítica do recém-nascido.

A doença pode causar anemia, mal formação fetal, problemas cardiológicos e até a morte do bebê. No entanto, hoje já existem tratamentos para esta condição, e mães com Rh negativo, com pesquisa positiva para esses anticorpos. O mais indicado é administrar na gestante, imunoglobulina anti-D (RhoGAM®) algumas semanas antes do parto ou nas primeiras 72 horas após o parto, de forma a impedir a formação dos anticorpos que poderiam criar complicações nas gestações seguintes.

A pesquisa do tipo sanguíneo (ABO e Rh), além da pesquisa de coombs indireto (se Rh negativo), deve ser feita no pré-natal de toda a gestante.

Para maiores informações, consulte o seu obstetra ou clínico geral.

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Referência:

ABHH - Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia.

Menstruação abundante pode ser sinal de menopausa?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, menstruação abundante pode ser sinal de que a menopausa (última menstruação) está mais próxima. Um dos sintomas que antecedem a menopausa é a irregularidade menstrual, com ciclos mais longos ou mais curtos e com alteração do fluxo.

A pré-menopausa começa aos 40 anos de idade e caracteriza-se por alterações da menstruação e sintomas como mudanças de humor, distúrbios do sono, falta de interesse sexual, entre outros. No final desse período, mais de 80% das mulheres começam a ter as conhecidas ondas de calor.

Por volta dos 45 anos de idade, tem início a perimenopausa. Essa fase antecede a chegada da menopausa, que em média ocorre entre os 48 e 50 anos, e se estende por até 12 meses depois da última menstruação. É marcada pelos mesmos sintomas da pré-menopausa, porém mais intensos.

Um dos principais sinais que indicam o início da perimenopausa é a alteração dos ciclos menstruais, que tornam-se mais irregulares (mais curtos ou mais longos), com variações também no fluxo, que pode ser mais abundante. Há mulheres que chegam inclusive a ter hemorragias.

Todos esses sintomas estão relacionados com o desequilíbrio na produção dos hormônios estrogênio e progesterona que ocorre nos ovários.

A menstruação deixa de existir após a menopausa e os demais sintomas desaparecem 2 ou 3 anos após a última menstruação, por volta dos 52 ou 53 anos de idade.

Informe o seu médico de família ou ginecologista sobre as suas alterações menstruais e esclareça as suas dúvidas sobre os sintomas da menopausa.

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Quais os sintomas da menopausa?

As 8 principais causas de menstruação prolongada e como parar o sangramento

Qual o tempo de cicatrização de queimadura?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tempo de cicatrização de uma queimadura depende do grau de profundidade da lesão:

Queimadura de 1º grau

Atinge apenas a epiderme, que é a camada mais superficial da pele: não chega a formar cicatriz e demora cerca de 4 dias para sarar.

Queimadura de 2º grau

Atinge também a derme, a camada de pele logo abaixo da epiderme: entre 14 e 30 dias para cicatrizar.

Queimadura de 3º grau

Atinge todas as camadas da pele, podendo chegar ao osso: pode demorar até um ano para cicatrizar e causar graves deformidades.

O que posso fazer para acelerar a cicatrização?

A melhor forma de acelerar a cicatrização da queimadura é evitando que a ferida infeccione. Para isso, a queimadura deve receber um tratamento adequado desde o início.

A primeira coisa que se pode fazer em caso de queimadura é mergulhar a área queimada em água fria durante vários minutos, pois limita a extensão da queimadura e acalma a dor. Não se deve passar pasta de dente, manteiga ou outras substâncias sobre a queimadura.

A seguir, é necessário dirigir-se a um pronto socorro para que seja avaliado o grau de profundidade da queimadura.

As queimaduras de 2º grau profundas e de 3º grau necessitam de um acompanhamento constante de um médico, de preferência com experiência no tratamento de queimaduras.

Para saber mais sobre queimaduras você pode ler:

Como tratar uma queimadura?

Queimaduras de 2º grau: como identificar e o que fazer

Referências

SBQ- Sociedade Brasileira de Queimaduras.