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Bronquite é contagiosa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A bronquite não é contagiosa. A bronquite é classificada em formas aguda e crônica. A forma aguda é uma reação inflamatória dos brônquios, decorrente principalmente de infecção por vírus ou bactérias (bronquite infecciosa). Neste caso, a pessoa contaminada pode transmitir esse vírus ou bactérias. Portanto, o contágio não é da bronquite, mas da "virose" ou infecção adquirida pela pessoa.

Já bronquite crônica não é transmissível, pois neste caso a doença é quase sempre consequência do tabagismo ou outras doenças crônicas.

Quais as causas da bronquite aguda?

A bronquite aguda é, na maioria dos casos, causada por infecções virais ou bacterianas, sendo transmitida da mesma forma que uma gripe: através da inalação de gotículas de saliva ou secreção expelidas pela pessoa infectada ao falar, tossir ou espirrar.

É importante lembrar que a bronquite aguda também pode ser provocada pela inalação de agentes químicos irritantes, como poeira, fumaça, tinta, entre outros. Nestes casos não existe contágio.

Saiba mais em: Pelo de gato dá asma ou bronquite?

Quais as causas da bronquite crônica?

A bronquite crônica, embora possa ser uma extensão da bronquite aguda, quase sempre é provocada pela fumaça do cigarro. Não há agentes infecciosos como vírus e bactérias, portanto ela não é contagiosa.

Como evitar o contágio e a transmissão de viroses que desencadeiam bronquite?
  • Lave as mãos frequentemente com água e sabão;
  • Evite colocar as mãos na boca ou no nariz;
  • Cubra a boca e o nariz quando for tossir ou espirrar, mas não use as mãos e sim o braço para cobrir o rosto; caso contrário, estará apenas evitando propagar os micróbios pelo ar, já que as mãos estarão carregadas de vírus ou bactérias e a doença poderá ser transmitida da mesma forma;
  • Abra portas e janelas para deixar o ar circular;
  • Evite permanecer por muito tempo em lugares fechados ou com grande aglomeração de pessoas.

O tratamento da bronquite é feito principalmente com medicamentos corticoides e broncodilatadores inalatórios.

O médico pneumologista é o responsável pelo tratamento de doenças que atingem o trato respiratório, como a bronquite.

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O que é disidrose?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Disidrose é uma doença de pele não contagiosa, caracterizada pela formação de pequenas bolhas (vesículas) nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, que podem ou não coçar. Essas vesículas geralmente se rompem depois de alguns dias e ocorre descamação e formação de crostas no local das lesões.

Dentre as causas da disidrose estão fatores emocionais, alergias, medicamentos e micoses, embora muitas vezes não tenha uma causa conhecida.

A disidrose afeta homens e mulheres de todas as idades, embora seja mais comum entre os 20 e os 40 anos de idade. O seu aparecimento é frequentemente associado ao estresse emocional ou ao suor excessivo nas mãos e nos pés, sobretudo durante o verão.

Quais os sintomas da disidrose?
  • Pequenas bolhas de água (vesículas), profundas, com base avermelhada, que surgem principalmente nas palmas das mãos e nas laterais dos dedos, podendo acometer também a planta dos pé;
  • Sensação de calor e coceira nos locais das lesões antes dos surtos;
  • As lesões podem ser dolorosas se o local estiver com rachaduras ou infeccionado;
  • Pode ou não causar coceira;
  • Posteriormente, é comum haver descamação e formação de crostas no local das lesões;
  • As unhas podem ficar com a forma alterada.

Os sintomas da disidrose tendem a desaparecer espontaneamente após uma a três semanas, na maioria dos casos. O intervalo entre os surtos pode durar semanas ou meses.

Quais as causas da disidrose?
  • Alergia a alguma substância específica, medicamentos ou alimentos;
  • Presença de fungos em alguma região do corpo;
  • Estresse emocional;
  • Doenças associadas;
  • Causas desconhecidas.

O tratamento da disidrose visa aliviar os sintomas, evitar o aparecimento de novas infecções e acelerar o processo de cura. A doença pode ser controlada através da identificação e retirada dos fatores desencadeantes.

O diagnóstico e o tratamento da desidrose são da responsabilidade do médico dermatologista.

O stress aumenta o nível de colesterol?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o stress pode aumentar o nível de colesterol. Segundo alguns estudos científicos, pessoas que passam por situações de stress podem ter aumentos temporários dos níveis de colesterol sanguíneo.

Contudo, após 3 anos de situações agudas de stress, há uma maior chance dos níveis de colesterol ficarem elevados permanentemente. Isso porque, sob stress, o fígado produz uma quantidade maior de colesterol e em quadros de stress constante, o corpo apresenta dificuldades em retirar o colesterol do sangue.

Esse aumento do colesterol pode estar relacionado com o fato do colesterol ser utilizado pelo organismo como matéria prima na produção de células (o colesterol compõe a membrana celular).

Sabe-se que em situações de stress, o corpo entra num estado de luta ou fuga. É uma reação primitiva e automática que ocorre no ser humano. 

Assim, como uma resposta ancestral do organismo, uma maior produção de colesterol permite facilitar a reparação dos danos, dos ferimentos, das perdas teciduais e de outros traumas decorrentes dessas reações (luta ou fuga).

Além disso, muitas pessoas em situação de estresse constante tendem a se alimentar de maneira inadequada ou não praticar atividade física, sendo que dieta desequilibra e sedentarismo também podem contribuir para o aumento do colesterol.

Face a isso, é importante tentar controlar o stress, detectando as suas fontes. O controle do stress pode travar essa resposta do organismo, prevenindo assim o aumento dos níveis de colesterol.

Consulte o seu médico de família ou clínico geral caso tenha dúvidas sobre o colesterol, stress e outros fatores de risco.

Saiba mais em: Colesterol VLDL alto é perigoso? Quais são os riscos?

O consumo de cápsulas de ômega 3 é desaconselhado em alguma situação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, o consumo de cápsulas de ômega 3 é desaconselhado e deve ser interrompido a partir do 8º mês de gravidez, até ao nascimento do bebê, uma vez que a sua ação vasodilatadora pode aumentar o risco de sangramento, principalmente no momento do parto.

Pacientes que tomam medicamentos anticoagulantes devem utilizar doses reduzidas de cápsulas de ômega 3, devido à ação anticoagulante do suplemento e capacidade de redução da viscosidade do sangue ("afina o sangue"), ambos associados ao uso da medicação, aumentam o risco de sangramentos. Por isso, nesses casos, a suplementação diária não deve ultrapassar os 500 mg de ômega 3.

O seu consumo diário, nas doses adequadas, traz diversos benefícios para a saúde do coração, dos vasos sanguíneos e outras estruturas. Alguns deles:

  • Diminui a agregação plaquetária, apesar de não haver um consenso, parece reduzir o risco de formação de coágulos, uma importante causa de infarto do miocárdio (ataque cardíaco);
  • Reduz os níveis de colesterol ruim e triglicerídeos;
  • Diminuição dos estados inflamatórios;
  • Reduz a pressão arterial;
  • Diminui a viscosidade do sangue, o que permite uma melhor circulação sanguínea, com melhor nutrição e oxigenação dos tecidos.

Saiba mais em: Quais são os benefícios do ômega 3?

É importante lembrar que o excesso de nutrientes, seja ele qual for (ômega 3, sais minerais, vitaminas entre outros), pode trazer malefícios para a saúde.

Por isso, a utilização de cápsulas de ômega 3 deve ser indicada por um médico ou nutricionista, que terão em consideração o histórico do paciente e a suas necessidades, indicando quanto, quando e como se deve tomar.

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Posso tomar Ômega 3 na gravidez?

Dor abdominal na gravidez é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dor abdominal na gravidez é "normal", ou melhor, comum, principalmente a partir do 2º trimestre de gestação e atinge a região inferior, o lado esquerdo e o lado direito do abdômen.

Essas dores abdominais normalmente estão relacionadas com a compressão das estruturas internas, causada pelo aumento do tamanho do útero e pelo estiramento dos ligamentos da pelve.

No início da gravidez a mulher pode sentir também algum desconforto abdominal, como se algo estivesse torcido dentro da barriga, semelhante a uma cólica menstrual. Isso é causado pelo aumento do fluxo sanguíneo na região pélvica para nutrir o embrião e dar continuidade à gestação.

No entanto, dor abdominal na gravidez, semelhante a uma cólica menstrual de intensidade forte, merece especial atenção. Quando ela surge depois de alguma atividade física, normalmente você descansa e ela passa. Caso a dor não desapareça, pode ser sinal de contrações uterinas que podem levar a um aborto ou parto prematuro.

É importante observar também se a dor abdominal vem acompanhada de outros sinais e sintomas, como sangramentos ou febre.

Outras possíveis causas de dor abdominal na gravidez são: constipação intestinal, gases intestinais, vermes intestinais, pedras nos canais urinários ou diverticulose.

Em qualquer caso de dor abdominal durante a gestação, um obstetra deve ser consultado.

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O que é endométrio?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Endométrio é a camada interna do útero.

Essa camada sofre alterações de acordo com estímulos hormonais, podendo espessar e reduzir ao longo do ciclo menstrual.

No início do ciclo menstrual, o endométrio se descama dando origem ao sangue menstrual ou menstruação. Após o final do sangramento, a camada inicia seu processo de espessamento até alcançar o pico máximo e novamente se descamar, encerrando o ciclo menstrual.

É nessa camada que ocorre a fixação do óvulo fecundação (nidação) e o posterior desenvolvimento da placenta e do embrião.

Em alguns desequilíbrios hormonais, o endométrio pode se espessar demasiadamente dando origem a algumas patologias ou ficar muito fino impossibilitando essa fixação.

A sua avaliação pode ser feita pelos exames de ultrassonografia e histerossalpingografia.

Como é o preparo para a histerossalpingografia?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A histerossalpingografia deve ser marcada entre o 5º e 10º dia após o primeiro dia de menstruação. É importante que a mulher tenha certeza de que não está grávida.

No dia anterior ao exame, o preparo inclui:

  • Abstinência sexual;
  • No período da tarde, tomar 1 comprimido de laxante (Dulcolax ou outro de sua Preferência), depois beber bastante líquidos, suco de laranja e ameixa. Fazer dieta leve (sem carnes, massas e pão).

No dia do exame, a mulher deve:

  • Estar de jejum de 4h antes do horário marcado para realização do exame;
  • 1 hora antes do exame, tomar 1 comprimido de Buscopan Composto®;
  • Trazer 1 absorvente íntimo.

Após o exame, é importante:

  • Fazer repouso de 8h;
  • Em caso de dor, tomar IBUPROFENO – 400 mg, 1 comprimido, por via oral, de 8 em 8 horas, no máximo por 2 dias.

Dependendo da clínica onde será realizado o exame, poderão ser fornecidas outras orientações, que devem ser seguidas pela paciente.

Leia também: O que é a prova de Cottè e para que serve?

Carcinoma basocelular nodular é grave? Quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Carcinoma basocelular nodular é um tipo de câncer de pele. Os carcinomas basocelulares estão entre as formas menos graves dos tumores malignos que atingem a pele, já que o seu crescimento é lento e o risco de metástase (disseminação do câncer para outros órgãos) é bastante baixo.

Os carcinomas basocelulares têm origem na camada basal da epiderme, que é a parte mais superficial da pele. Trata-se do tipo mais comum de câncer de pele, sendo mais frequente em pessoas de pele clara, olhos claros, cabelos loiros ou ruivos e que permanecem expostas ao sol por longos períodos sem proteção.

Carcinoma basocelular nodular

No entanto, o carcinoma basocelular nodular pode ser agressivo no local e causar deformidades que podem ser irreversíveis. O tumor pode ser invasivo à medida que cresce, destruindo os tecidos ao redor, incluindo cartilagem e ossos. Por isso é importante identificar e tratar esse câncer de pele precocemente.

Quais os sintomas do carcinoma basocelular nodular?

O carcinoma basocelular nodular caracteriza-se pela presença de um nódulo superficial liso e brilhante na pele, indolor, com bordas redondas e bem delimitadas. A lesão apresenta uma depressão ao centro que pode virar uma ferida com crosta e sangrar com facilidade. Quando isso acontece, as lesões são difíceis de cicatrizar.

O nódulo pode ser translúcido ou de coloração rosa, de aspecto perolado e muitas vezes com pequenos vasos sanguíneos presentes na sua superfície. O tumor pode levar até 2 anos para atingir meio centímetro de diâmetro.

As áreas do corpo mais atingidas pelo carcinoma basocelular nodular são o rosto, o couro cabeludo, as orelhas, o pescoço, as pernas, os ombros e as costas, por serem as mais expostas ao sol. Em casos mais raros, também pode surgir em áreas não expostas ao sol.

O diagnóstico do carcinoma basocelular nodular é feito pela análise das características da lesão e confirmado através de biópsia.

Qual é o tratamento para carcinoma basocelular nodular?

O tratamento do carcinoma basocelular nodular é realizado por meio de cirurgia, com a retirada completa do tumor. Em alguns casos, o tratamento pode ser feito através de criocirurgia com nitrogênio líquido, terapia fotodinâmica e aplicação local de medicamentos.

Uma vez que o carcinoma basocelular nodular raramente evolui com metástase, o tratamento precoce do tumor leva à cura na maioria dos casos.

Porém, uma característica do carcinoma basocelular é o seu reaparecimento, mesmo depois da completa remoção cirúrgica do tumor. Algumas pessoas acabam por desenvolver novamente esse tipo de câncer de pele dentro de um período de 5 anos.

O médico responsável pelo diagnóstico e tratamento de todos os tipos de câncer de pele é o dermatologista.