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Faz 1 semana que a menstruação está atrasada, estou grávida?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Há grande chance de estar grávida, mas deve esperar por 15 dias de atraso, se a menstruação atrasar mais do que 15 dias é preciso fazer o exame de gravidez. Ter relações sexuais desprotegidas durante o período fértil aumenta consideravelmente a chance de gravidez.

Para confirmar a gravidez é importante a realização de um teste de gravidez seja o teste de farmácia ou o exame de sangue, que detecta o hormônio beta HCG no sangue, o principal indicador de uma gravidez no seu estágio inicial.

Geralmente, recomenda-se que o teste seja realizado após 8 ou 15 dias de atraso menstrual, pois há uma quantidade maior de hormônio beta HCG circulante, que pode ser detectado.

Como saber qual o período fértil?

O período fértil na maioria das mulheres corresponde ao período geralmente no meio do ciclo menstrual, em que ocorre a liberação do óvulo.

Em mulheres que apresentam ciclos menstruais regulares de 28 dias, por exemplo, a ovulação ocorrerá possivelmente 14 dias após a menstruação, o período fértil considerado será de 3 dias antes da ovulação e 3 dias depois, portanto, será do 11º ao 17º dia do ciclo.

No entanto, é importante ressaltar que essa é apenas uma estimativa, pois o dia em que a mulher ovula pode variar de ciclo para ciclo. Sendo que para mulheres que apresentam ciclos menstruais irregulares pode ser mais difícil prever o momento da ovulação e seu período de fertilidade com precisão.

Para maiores esclarecimentos procure um médico de família ou ginecologista.

Que cuidados devo ter depois da episiotomia? Quanto tempo demora a cicatrização?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O principal cuidado a ter com a episiotomia é manter uma boa higiene local, lavando com água e sabonete durante o banho e após urinar e evacuar. Após as lavagens, é importante secar bem a cicatriz.

Outras recomendações e cuidados após a episiotomia:

  • As roupas, íntimas inclusive, devem ser de algodão e leves para permitir que a pele "respire" e não atrapalhe o processo de cicatrização;
  • Se a episiotomia doer e arder, o que é comum consulte o seu médico de família ou obstetra, em alguns casos podem ser indicados medicamentos antissépticos, anti-inflamatórios e analgésicos em spray ou pomada para aliviar o incômodo;
  • O inchaço pode ser controlado através de compressas frias, que devem ser aplicadas com um pano ou uma toalha limpa, durante 15 a 20 minutos;
  • Os absorventes internos só poderão ser usados após a cicatrização da episiotomia. Também é orientado esperar 1 mês para voltar a ter relações sexuais;
  • O retorno à atividade física deve esperar pelo menos 6 semanas. Casos em que são feitas muitas suturas, é necessário aguardar mais tempo;
  • Banhos de piscina não são indicados antes da cicatrização completa da episiotomia devido ao risco de infecções e complicações causadas por produtos químicos e bactérias presentes na água;
  • Quando tiver que se sentar, recomenda-se usar uma almofada com um buraco no meio, que pode ser adquirida numa loja de material ortopédico.
Qual é o tempo de cicatrização da episiotomia?

A episiotomia demora cerca de 10 dias para cicatrizar, lembrando que os pontos da sutura devem cair sozinhos.

Em geral, as episiotomias cicatrizam em pouco tempo e sem maiores consequências. Porém, alguns fatores podem interferir no processo de cicatrização, como:

  • Idade;
  • Má alimentação;
  • Obesidade;
  • Ansiedade e estresse;
  • Infecção;
  • Tabagismo;
  • Uso de drogas ilícitas.

Para maiores esclarecimentos, fale com o seu médico obstetra e siga sempre as suas orientações.

Estou com muita queda de cabelos, o que eu faço?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para queda de cabelos depende da sua causa, o que pode ser bastante variado. Os problemas genéticos e envelhecimento natural do organismo, são as causas mais comuns, e devem ser tratados com medicamentos e procedimentos que retardam a sua queda.

Nos casos de carência nutricional, anemia e problemas de ansiedade, a correção do problema pode resolver completamente a queda de cabelos.

Seja qual for a causa, precisa procurar um médico dermatologista, para investigar a fundo a causa da sua queda de cabelo, e iniciar o quanto antes o melhor tratamento, para o seu caso.

Tratamento para reduzir a queda de cabelos

São muitas as opções para tratamento de queda de cabelos atualmente. Após definir a causa do problema, o médico poderá indicar as melhores opções. Dentre elas podemos destacar:

1. Solução de minoxidil

A solução de minoxidil a costuma ser um dos tratamentos preconizados em diversos tipos de alopécia, como na alopécia androgenética, uma das causas mais frequentes de queda de cabelo.

As doses e modo de uso, deve ser definida caso a caso pelo médico especialista.

2. Solução de 17 alfa estradiol (Avicis®)

A solução tópica com 17 alfa estradiol, comercializado pelo nome Avicis®, é indicado para os casos de alopécia androgenética, porque age inibindo a enzima 5-alfa-redutase, responsável pela conversão da testosterona em diidrotestosterona, um hormônio que pode acelerar o processo de morte do fio.

A resposta ao tratamento é bastante variada, e não deve ser usado por mulheres grávidas, amamentando, ou menores de 18 anos.

3. Medicamentos orais (finasterida, anticoncepcionais combinados, progesterona e espironolactona)

Os medicamentos orais, como a finasterida, é mais um tratamento indicado na alopécia androgenética, mas pode ser usado em outras causas também.

Os anticoncepcionais combinados, progesterona e espironolactona, são indicados em queda de cabelo relacionada a alterações hormonais, por exemplo, a queda de cabelo associada a sindrome do ovário policístico.

4. Lasers que podem estimular o crescimento dos fios

Os procedimentos com laser de baixa intensidade, especialmente nos casos de alopécia de origem genética, oferecem boa resposta em estimular o crescimento dos fios e evitar a sua queda precoce.

5. Transplante de cabelo, nos casos mais acentuados

Alguns casos são indicados o transplante de cabelo. Porém, nem todos sçao elegíveis, é preciso que o fio tenha uma boa densidade, para suportar a sua retirada de uma região e implante em outra. A avaliação deve ser feito pelo médico especialista.

6. Ansiolíticos e antidepressivos para casos de transtornos de ansiedade

Embora não seja um tratamento espe´cifico para o fio do cabelo, nos casos em que os trasntornos de ansiedade e depressão sejam a causa da queda do caeblo, o tratamento mais eficaz será com medicamentos para esse problema.

O médico psiquiatra e/ou psicólogo também devem participar deste tratamento.

É possível prevenir a queda de cabelo?

Se a causa da queda de cabelos for a alopecia androgenética, não há como prevenir, já que se trata de um problema genético. Para outras situações, alguns cuidados podem ajudar a diminuir a queda de cabelo, como bons hábitos de vida, e cuidados com o cabelo.

Cuidados gerais para ajudar na queda de cabelo

A alimentação tem papel importante no tratamento da queda de cabelo. O consumo de frutas, verduras, proteínas e ferro é essencial para garantir o nascimento e o crescimento dos fios de cabelo.

Evitar o uso abusivo de produtos químicos, como alisamentos e tinturas à base de amônia, pois danificam os fios, deixando-os frágeis e quebradiços, o que acentua a queda de cabelos.

Ter um estilo de vida saudável, com uma alimentação balanceada, ajuda a evitar a queda de cabelos. O uso de suplementos também auxilia na prevenção da perda excessiva de cabelos.

Realizar atividade física de forma regular, ou acompanhamento psicológico, quando for necessário, auxilia tanto o equilíbrio hormonal quanto mental, favorecendo no tratamento.

Lavar os cabelos todos os dias não faz o cabelo cair, no entanto, se após lavar secar o cabelo com secador, é importante evitar temperaturas altas e manter uma distância de pelo menos 30 centímetros do cabelo, para não agredir os fios.

Além disso, evitar a tração, como puxar muito o cabelo com escova, na hora de secá-lo. Procure secar apenas com as mãos, quando for possível.

As pinturas no cabelo não devem ser feitas mais de uma vez por mês e aconselha-se evitar pintar os cabelos no mesmo dia de realizar outro tratamento danoso ao cabelo, como alisamento por exemplo.

É importante lembrar que a calvície deve ser tratada com profissional especializado, receitas caseiras e xampus fortificantes não são capazes de resolver o problema.

Vale lembrar que a queda de cabelo nem sempre é sinal de doença. É normal perder por dia cerca de 100 fios de cabelo, entretanto, cabe ao médico avaliar e definir o motivo e devidas orientações.

Tipos de queda de cabelo

A maior parte das doenças que causa queda de cabelo afetam o fio de duas formas principais:

Interferência no ciclo do folículo piloso (fio de cabelo)

Mudança de estação (Verão-Outono), má alimentação, cirurgias e uso de alguns medicamentos podem interferir no ciclo do cabelo e causar uma queda maior de fios. Se a queda de cabelos for muito intensa, pode-se notar a presença de menos cabelo no couro cabeludo.

Lesão da porção do folículo piloso responsável pela sua regeneração

Existem diversas doenças inflamatórias que atingem o couro cabeludo e podem causar queda de cabelo. Mesmo na calvície, a queda de cabelos é provocada por processos inflamatórios associados a fatores genéticos. Como resultado, as células que regeneram o fio de cabelo morrem, deixando os cabelos mais finos e frágeis.

Leia também as causas mais comuns de queda de cabelo no artigo: 13 causas da queda de cabelo e como tratar

Portanto, na observação de queda de cabelo, procure um/a médico/a dermatologista para que seja avaliado as características e as prováveis causas do problema.

Leia também: Queda de cabelo feminino, o que pode ser? Como tratar?

Referências:

  • SBD - Sociedade Brasileira de Dermatologia
  • Sung Won Lee, et al.; A Systematic Review of Topical Finasteride in the Treatment of Androgenetic Alopecia in Men and Women. J Drugs Dermatol. 2018 April 01; 17(4): 457–463.
Picolinato de cromo emagrece? Saiba como tomar e quais os seus efeitos colaterais
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O picolinato de cromo é um produto registrado pela ANVISA, na categoria de suplemento vitamínico e mineral, popularmente usado para fins de emagrecimento, porém ainda sem registro ou eficácia comprovada para esse fim.

Picolinato de Cromo x Emagrecimento

Embora ainda não esteja cientificamente comprovado que o produto promove o emagrecimento, alguns estudos evidenciaram esse resultado. Pesquisadores entendem que o produto seja capaz de estimular a redução do apetite e o desejo por comida, além de acelerar o metabolismo e impulsionar a queima de gordura. O que levaria a perda de peso.

O cromo é um mineral essencial que participa no metabolismo dos carboidratos, aumenta a tolerância do organismo à glicose e potencializa a ação da insulina. Além disso, auxilia na redução da formação de colesterol. Este mineral pode ser ingerido em sua forma natural por meio da alimentação.

Como tomar picolinato de cromo

A dose recomendada deve ser de 50 a 300 microgramas (mcg) por dia.

Entretanto, a suplementação com picolinato de cromo deve ser prescrita e orientada por médico/a ou nutrólogo. Seu uso deve ser associado a uma alimentação saudável e à prática de atividade física.

Contraindicações do picolinato de cromo
  • Insônia
  • Alterações de humor
  • Cefaleia (dor de cabeça)
  • Perda de minerais (ferro)
  • Vômitos
  • Diarreia
  • Surgimento de úlceras
  • Anemia
  • Problemas de fígado
Fontes naturais de cromo

O cromo pode ser encontrado em grãos integrais, frutas, vegetais, leguminosas alimentos de origem animal e alimentos integrais.

Grão integrais
  • Aveia
  • Linhaça
  • Chia
Frutas
  • Uva
  • Maçã
  • Laranja
  • Açaí
  • Banana
Vegetais
  • Espinafre
  • Brócolis
  • Tomate
  • Alho
  • Cenoura
  • Batata
Leguminosas
  • Soja
  • Milho
  • Feijão
Alimentos de origem animal
  • Frango
  • Carnes
  • Frutos do mar
  • Ovos
  • Leite e derivados
Alimentos integrais
  • Pão integral
  • Arroz integral
  • Massas integrais
  • Açúcar mascavo
  • Farinha de trigo integral
  • Levedura de cerveja

Não utilize suplementos alimentares sem orientação de um/a nutricionista ou nutrólogo/a e adote um estilo de vida que inclua uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos.

Leia mais:

7 Erros que você não pode cometer se quer emagrecer

Não consigo emagrecer, o que devo fazer?

Quais as causas e sintomas da hipoglicemia?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Praticamente todos os casos de hipoglicemia tem como causa o efeito adverso do tratamento com insulina ou hipoglicemiantes orais em pacientes diabéticos.

Ocorre principalmente naqueles que fazem injeções de insulina, o que é comum nos pacientes com diabetes tipo 1 ou diabetes tipo 2 em fase avançada.

Naqueles que não têm diabetes, o pâncreas é capaz de controlar de forma precisa os níveis de glicose no sangue. A insulina é produzida constantemente, sendo liberada em maior ou menor quantidade ao longo do dia, de acordo com os valores da glicemia.

É raro a hipoglicemia ocorrer em pacientes não diabéticos. Porém, quando surge, pode ter como causas:

  • Alcoolismo;
  • Cirrose ou hepatite grave;
  • Desnutrição ou dieta pobre em carboidratos;
  • Deficiência de cortisol;
  • Tumores do pâncreas;
  • Medicamentos: gatifloxacino, quinina, indometacina, lítio e pentamidina;
  • Cirurgias para redução do estômago.

Fadiga, dor de cabeça, irritação ou falta de energia após períodos de jejuns prolongados não significa, necessariamente, que a pessoa esteja com hipoglicemia.

Esses sinais são uma reação natural do corpo em relação à fome e não quer dizer que sejam causados pelos baixos níveis de açúcar no sangue. Para ser considerada como hipoglicemia, a glicemia tem que estar abaixo de 60 mg/dL.

Na maior parte dos casos, os sintomas de hipoglicemia só aparecem quando o valor da glicemia fica abaixo de 60 mg/dl.

A glicose é o principal combustível do corpo e quando os seus níveis no sangue ficam baixos, o corpo manifesta sinais e sintomas típicos, devidos não só ao sofrimento celular por falta de energia, principalmente dos neurônios, mas também à reação do sistema nervoso face à queda dos valores de glicose sanguínea.

Quando os níveis de glicose sanguínea tornam-se perigosamente baixos, além de estimular a produção de glucagon, o cérebro, sob estresse metabólico, também provoca um aumento da adrenalina, um hormônio inibe a insulina e estimula a liberação das reservas de glicose do fígado.

Níveis elevados de adrenalina, glucagon e outros hormônios contrarreguladores no sangue causam os sintomas adrenérgicos da hipoglicemia, também conhecidos como sintomas neurogênicos da hipoglicemia.

Alguns dos sinais e sintomas mais comuns:

  • Sudorese;
  • Tremores;
  • Nervosismo;
  • Calor;
  • Fome;
  • Taquicardia (coração acelerado);
  • Dormência nos lábios ou membros;
  • Dor de cabeça.

Em geral, os sintomas neurogênicos da hipoglicemia surgem quando a glicemia fica abaixo de 60 mg/dl. Pessoas mais sensíveis podem ter sintomas brandos com glicemias abaixo de 70 mg/dl.

Os sintomas neuroglicopênicos da hipoglicemia são aqueles que surgem por causa da falta de glicose para as células cerebrais. Geralmente ocorrem quando a glicemia fica abaixo de 55 ou 50 mg/dl.

Como a glicose é a principal fonte de energia dos neurônios, quando ela fica escassa, as células cerebrais passam a funcionar inadequadamente, podendo causar os seguintes sinais e sintomas:

  • Prostração;
  • Alterações de comportamento;
  • Perda da capacidade de raciocínio;
  • Letargia;
  • Incoordenação motora;
  • Discurso incoerente;
  • Alterações visuais;
  • Redução do nível de consciência;
  • Convulsões;
  • Coma.

Os últimos 3 sintomas descritos costumam surgir apenas em casos graves de hipoglicemia, com valores de glicose no sangue abaixo de 40 mg/dl. Valores de hipoglicemia menores que 30 mg/dl podem provocar a morte se não forem detectados e corrigidos.

Em caso de suspeita de hipoglicemia, um médico (preferencialmente um endocrinologista) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

Artrose tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Artrose não tem cura definitiva. Porém, com o tratamento, é possível reduzir a progressão da doença, melhorar os sintomas e manter a pessoa ativa. O objetivo não é propriamente curar a artrose, mas melhorar a função, a mecânica e o quadro clínico da articulação afetada.

O tratamento da artrose pode incluir medicamentos, fisioterapia, cuidados e mudanças de hábitos, uso de palmilhas e órteses, além de cirurgia. O tratamento varia conforme o paciente, a intensidade da dor e a rigidez da articulação.

Artrose de quadril Tratamento não medicamentoso da artrose

Como medidas não farmacológicas, recomenda-se praticar exercícios físicos regularmente, perder peso, descansar a articulação durante pelo menos 12 horas para aliviar a dor nas crises e usar palmilhas especiais.

Fisioterapia

A fisioterapia também está incluída no tratamento não medicamentoso da artrose. A terapia pode incluir uso de órteses, mobilizações, aplicação de calor, fortalecimento e alongamento muscular.

Medicamentos para artrose

Os medicamentos usados para tratar a artrose têm ação analgésica e anti-inflamatória. A medicação pode ser administrada por via oral, injetada diretamente na articulação (infiltração) ou aplicada sobre a pele (tópica).

Cirurgia para artrose

A cirurgia é indicada em casos de artrose que não respondem ao tratamento conservador ou quando a doença compromete a independência do paciente para realizar as suas tarefas diárias.

O tipo de procedimento cirúrgico irá depender da localização e do grau de acometimento da articulação afetada pela artrose.

Osteotomia

As osteotomias permitem corrigir desvios articulares e deslocar a carga para outras áreas da articulação.

Desbridamento artroscópico

O desbridamento artroscópico é indicado no tratamento da artrose de quadril. O objetivo da cirurgia é retirar o tecido ósseo que cresceu dentro da articulação.

Artroplastia

A artroplastia é muito usada no tratamento da artrose de quadril e joelho. O procedimento consiste em substituir a articulação acometida por uma artificial, diminuindo significativamente a dor e melhorando a funcionalidade em grande parte dos casos.

Artrodese

As artrodeses permitem fundir ("colar") permanentemente os ossos da articulação. Esse tipo de cirurgia é muito indicada para tratar artroses de tornozelo.

O que é artrose?

A artrose é uma doença degenerativa que afeta a cartilagem da articulação. As cartilagens articulares são nutridas pelo líquido sinovial, que, além de nutrir a cartilagem, lubrifica a articulação, permitindo que as cartilagens dos ossos se movimentem sem atrito.

Na artrose, as células que produzem o tecido conjuntivo da articulação morrem. Como resultado, começa a haver desgaste articular e os ossos, para compensar a falta de cartilagem, reagem, ficando mais grossos e formando pequenas saliências ósseas chamadas osteófitos.

Na coluna, esses osteófitos fazem lembrar um bico de papagaio devido ao seu formato, daí o nome popular da artrose na coluna “bico de papagaio”.

Durante a degeneração da cartilagem articular, muitas vezes se desenvolve um processo inflamatório na articulação, causando dor e inchaço. A artrose ocorre principalmente nos joelhos, nas mãos, nos quadris, na coluna vertebral e nos pés.

Quais são as causas da artrose?

A artrose pode não ter causa conhecida em alguns casos, sendo a genética a provável origem da doença nessas situações. Em outros, a doença pode ter como causas: traumatismos, fraturas, doenças articulares infecciosas, inflamatórias ou metabólicas, sobrecarga ou trabalho excessivo da articulação, excesso de peso, bem como deformidades na articulação ou nos membros.

Quais são os sintomas da artrose?

Os sinais e sintomas que caracterizam a artrose são a dor, a rigidez articular, a limitação dos movimentos e as deformidades, em casos mais avançados. A dor geralmente piora durante o dia, ao realizar movimentos e esforços, e melhora à noite, quando a pessoa está em repouso.

A intensidade da dor da artrose não é proporcional ao grau da lesão da articulação. Muitas pessoas com artrose avançada sentem poucas dores, enquanto que outras com artrose em estágios pouco avançados podem sentir muita dor.

A rigidez articular surge principalmente ao acordar pela manhã e normalmente não dura mais de meia hora.

Os sintomas da artrose normalmente evoluem muito lentamente. Em alguns casos, as manifestações ocorrem por surtos e a doença pode ficar vários meses ou anos sem apresentar sintomas.

Porém, à medida que a artrose evolui, aumenta a limitação dos movimentos e pode-se notar um aumento das dimensões da articulação. O processo inflamatório também pode causar inchaço da articulação afetada.

A limitação dos movimentos pode surgir já no início da artrose e pode deixar a pessoa incapaz de realizar as suas atividades de vida diária, como vestir-se ou alimentar-se, por exemplo. Já as deformidades, por outro lado, só aparecem nos casos mais avançados de artrose. Com os movimentos limitados, pode haver atrofia da musculatura.

A escolha do tratamento adequado da artrose é feita pelo/a médico/a reumatologista, de acordo com as especificidades de cada pessoa e com a articulação acometida.

Fezes roxas, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Fezes roxas podem ocorrer devido à digestão de beterraba, repolho roxo ou outro alimento que tenha pigmento roxo. As fezes do adulto normalmente têm coloração amarronzada. A mudança da cor das fezes pode indicar a ingestão de algum alimento ou medicamento colorido ou com corante, que é eliminado nas fezes, ou de algum distúrbio no organismo.

Alguns problemas, como a hepatite, podem deixar as fezes esbranquiçadas ou cinzas. Os sangramentos na boca, esôfago ou estômago deixam as fezes com coloração muito escura. Já o sangramento na parte final do intestino e ânus aparece nas fezes num tom vermelho vivo.

As alterações nas fezes quando causadas por um distúrbio no organismo, geralmente são acompanhadas de outros sinais e sintomas. Nessas situações, deve-se procurar atendimento médico.

O gastroenterologista é o médico responsável por diagnosticar e tratar os problemas relacionados aos intestinos.

Quais são as características de uma pessoa com síndrome de Down?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A pessoa com síndrome de Down apresenta algumas características típicas, como face achatada e arredondada, olhos oblíquos, dobras na pele das pálpebras, nariz pequeno e mais largo, uma única prega na palma da mão, e mais transversal, cabelos finos e pouca quantidade, além de diminuição do tônus muscular.

A língua da pessoa com síndrome de Down é a protusa, a boca costuma estar aberta e observa-se alterações dentárias. O pescoço é mais curto e as orelhas são mais baixas e pequenas.

Bebê com síndrome de Down

Também são características comuns da síndrome de Down: mãos curtas e largas, atraso na articulação da fala, dificuldades motoras e comprometimento intelectual, que reflete em dificuldade na aprendizagem.

Pessoas com síndrome de Down apresentam um déficit físico e mental. As crianças apresentam atraso no desenvolvimento motor e começam a falar e a andar mais tarde que o normal. Assim que aprendem a andar, apresentam pouco equilíbrio.

Crianças com síndrome de Down muitas vezes podem realizar as mesmas atividades que outras crianças, como falar, brincar e ir à escola. Porém, elas só adquirem essas habilidades mais tarde, numa idade que não pode ser determinada.

Por isso, existem programas especiais para bebês com síndrome de Down que podem contribuir muito para que essas crianças atinjam o máximo do seu potencial.

Como é feito o diagnóstico da síndrome de Down?

Apesar das características físicas da síndrome de Down, o diagnóstico é feito por exame específico, que detecta a trissomia do cromossomo 21. Lembrando que pessoas com síndrome de Down possuem material genético extra nesse par de cromossomos.

É recomendado que a criança com síndrome de Down seja estimulada desde o nascimento para que consiga superar algumas limitações impostas pela genética.

O acompanhamento da pessoa com síndrome de Down é feito por uma equipe multidisciplinar capaz de oferecer um cuidado diversificado e completo.