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Batimentos cardíacos baixos: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os batimentos cardíacos são considerados baixos quando a frequência cardíaca é inferior a 60 batimentos por minuto, uma condição chamada bradicardia e que pode ter diversas causas.

Algumas causas que devem ser investigadas para um quadro de bradicardia são: Virose, doenças cardíacas, como arritmia cardíaca, cardiopatia dilatada; hipotireoidismo; doença de Lyme; febre tifoide; hipotermia (temperatura corporal inferior a 35ºC); hipercalemia (excesso de potássio no sangue); uso de drogas ou uso de certos medicamentos.

A bradicardia pode ter como causas ainda, defeitos com o marcapasso natural do coração ou na transmissão dos sinais elétricos do coração, gerando batimentos cardíacos que não capazes de satisfazer as necessidades de sangue e oxigênio do corpo.

Porém, atletas e pessoas bem condicionadas fisicamente podem ter uma frequência cardíaca de repouso baixa, com apenas 50 batimentos por minuto ou ainda menos. Nesses casos, a bradicardia é considerada normal, pois o coração de quem pratica exercícios físicos regularmente é mais eficiente para bombear o sangue e, por isso, precisa de menos contrações.

Quais são os sintomas da bradicardia?

A bradicardia pode causar tonturas, fraqueza, mal-estar, cansaço, falta de ar, tontura e até desmaios, já que os batimentos cardíacos lentos podem não ser capazes de levar todo o sangue com oxigênio necessário para o corpo.

A falta de ar pode surgir mesmo nas atividades diárias leves. Em geral, os sintomas dos batimentos cardíacos baixos se manifestam gradualmente, por isso muitas vezes são atribuídos ao cansaço ou envelhecimento ao invés do coração.

O diagnóstico da bradicardia é feito sobretudo através de exame físico e eletrocardiograma. Este último exame mostra os sinais elétricos que percorrem o coração e controlam os batimentos cardíacos. Através da análise desses sinais, é possível determinar o ritmo das batidas do coração.

Como saber se os batimentos cardíacos estão baixos?

Para saber se os batimentos cardíacos estão baixos, basta medir a pulsação. Para isso, você deve permanecer em repouso, de preferência deitado, durante pelo menos 5 minutos. Depois, coloque as pontas dos dedos indicador, médio e anelar logo abaixo do pulso, na base do polegar.

Pressione ou movimente os dedos para os lados, até sentir a pulsação. Use um relógio ou cronômetro para marcar o tempo e observe quantas vezes o seu coração bate durante 1 minuto.

Vale lembrar que contar as pulsações por 15 segundos e depois multiplicar por 4 para obter o número de batimentos cardíacos por minuto pode dar um resultado que não condiz com a realidade, já que a pulsação nem sempre é regular e pode oscilar.

Qual é o tratamento para batimentos cardíacos baixos?

O tratamento da bradicardia pode ser feito tratando a causa, geralmente através de medicamentos, e para casos mais graves ou refratários, o uso de marcapasso. O marcapasso corrige o ritmo dos batimentos cardíacos, fornecendo sinais elétricos muito semelhantes aos sinais naturais do coração, mantendo assim uma frequência cardíaca adequada.

A bradicardia tende a desaparecer quando a causa é eliminada ou tratada. Se você é uma pessoa sedentária e a sua frequência cardíaca é baixa (inferior a 60 bpm), procure o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para que a origem da bradicardia seja identificada e tratada.

Leia também:

Qual o tempo de recuperação da cirurgia para retirar pedra da vesícula?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tempo de recuperação da cirurgia para retirar pedra da vesícula é de cerca de uma semana. O procedimento, feito geralmente por laparoscopia, leva aproximadamente uma hora e requer 1 dia de internamento se não houver complicações.

Em poucos dias, a pessoa já pode voltar às suas atividades normais, podendo até receber alta no mesmo dia, em alguns casos. A dor no pós-operatório é pouca, devido ao tamanho reduzido dos cortes (cerca de 1 cm) e ao tipo de procedimento utilizado, além de poder ser controlada com analgésicos.

O/a médico/a cirurgiã/o pode recomendar uma dieta leve nos primeiros dias de pós-operatório e sem alimentos gordurosos nas primeiras duas semanas após a cirurgia. Depois desse período, a pessoa pode ter uma alimentação normal, sem restrições.

A cirurgia para retirar pedra da vesícula geralmente remove toda a vesícula biliar (colecistectomia) para evitar complicações e novos episódios de cálculo biliar.

Como é feita a cirurgia para retirar a vesícula?Cirurgia aberta

A cirurgia aberta para retirar a vesícula é realizada sob anestesia geral. É feita uma incisão de 12 cm a 17 cm na parte superior direita do abdômen, logo abaixo das costelas. A área é aberta para que o cirurgião possa observar a vesícula biliar e separá-la dos outros órgãos.

A seguir, o ducto biliar e os vasos sanguíneos que irrigam a vesícula são cortados. A vesícula biliar sobe suavemente e é removida do corpo.

Durante a cirurgia, pode ser realizado um exame semelhante ao raio-x, chamado colangiografia. Para fazer o exame, é injetado corante no ducto biliar e é feita uma radiografia. O corante ajuda a encontrar pedras que podem estar fora da vesícula biliar. Se outras pedras forem encontradas, elas poderão ser removidas com um instrumento especial.

Essa forma de cirurgia de retirada da vesícula biliar dura cerca de uma hora.

Cirurgia por laparoscopia

A forma mais comum de retirar a vesícula é através de um instrumento chamado laparoscópio (colecistectomia laparoscópica). A cirurgia é feita por meio de pequenos cortes no abdômen, através dos quais são introduzidas pinças cirúrgicas para tirar a vesícula. A cirurgia é acompanhada através de uma microcâmera, que também é introduzida na cavidade abdominal e permite visualizar o procedimento.

Quando a cirurgia para retirar a vesícula é indicada?

A remoção cirúrgica da vesícula biliar é indicada em casos de cálculos biliares e mau funcionamento da vesícula. Os sintomas nesses casos podem incluir má digestão (inchaço, acidez, gases), náuseas, vômitos, dor depois de comer (geralmente na parte superior direita ou média do abdômen).

A cirurgia aberta da vesícula biliar é indicada quando a cirurgia por laparoscopia não pode ser realizada com segurança ou não pode ser concluída com sucesso. Outras razões para retirar a vesícula através de cirurgia aberta:

  • Sangramento inesperado durante a laparoscopia;
  • Obesidade;
  • Pancreatite (inflamação do pâncreas);
  • Gravidez (3º trimestre);
  • Problemas graves no fígado;
  • Cirurgias anteriores na mesma área do abdômen.
Quais os riscos da cirurgia para retirar a vesícula?

Os riscos gerais da anestesia e da cirurgia incluem reações medicamentosas, problemas respiratórios, sangramento, formação de coágulos sanguíneos e infecção. No caso da cirurgia da vesícula biliar, podem ocorrer ainda:

  • Danos aos vasos sanguíneos que irrigam o fígado;
  • Lesão no ducto biliar comum;
  • Lesão no intestino delgado ou intestino grosso;
  • Pancreatite (inflamação do pâncreas).

O/a médico/a cirurgiã/o é o/a especialista responsável pela realização da cirurgia para retirar a vesícula biliar.

O que significa Papanicolau Classe II?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Papanicolau classe II significa que existem alterações nas células do colo do útero, possivelmente uma inflamação vaginal causada por problemas não relacionados ao câncer (neoplasias) ou outros tumores. No entanto, os resultados do Papanicolau não são mais fornecidos baseados na classes I, II, III, IV e V.

Deste modo, o que antes se chamava de Papanicolau Classe II, atualmente é classificado como alterações benignas do colo uterino provocadas por vaginites, cervicites e infecções sexualmente transmissíveis, que têm como sintoma principal os corrimentos vaginais. Entre estas doenças, as mais comuns são:

  • Tricomoníase,
  • Candidíase,
  • Clamídia,
  • Gonorreia,
  • Vaginose bacteriana,
  • Sífilis e
  • Herpes genital.

Antes de tornar-se câncer, as células do colo do útero sofrem alterações durante um longo período. Essa fase é chamada neoplasia intra epitelial cervical (NIC), que é classificada em NIC I, II e III, conforme o grau de alterações encontradas nas células do colo do útero avaliadas por meio de biópsia efetuada durante o exame de colposcopia. Este exame é feito com um colposcópio, equipamento semelhante à um microscópio que permite visualizar as paredes da vagina e o colo do útero.

As alterações benignas do colo do útero (Papanicolau classe II) podem evoluir para o câncer?

As alterações benignas do colo do útero raramente evoluem para o câncer, em torno de 2% apenas têm este desfecho.

Entretanto, quando não tratadas adequadamente ou mesmo quando não efetuado tratamento algum, estas alterações podem evoluir para complicações como doença inflamatória pélvica e infertilidade.

Tratamento das alterações benignas do colo do útero

As inflamações que provocam as alterações benignas no colo do útero (Papanicolau classe II), são tratadas de acordo com o agente causador das infecções e com os sintomas por ele provocados.

Podem ser utilizados antibióticos ou medicamentos antifúngicos em forma cremes, ou óvulos vaginais e comprimidos orais, de acordo com a orientação médico.

É importante que mesmo com as melhoras dos sintomas, você siga o tratamento até o final. Em alguns casos, o parceiro ou parceira também deve ser tratado.

O que é o exame de Papanicolau?

O exame de Papanicolau ou citologia oncótica cervical é o exame ginecológico para identificação do câncer do colo do útero. Para isso são retiradas células do colo do útero, através de uma leve raspagem com uma espátula de madeira e uma escovinha, e analisadas em laboratório. O exame deve ser realizado uma vez por ano pelas mulheres com vida sexual, principalmente entre os 25 e os 59 anos.

O ginecologista é o médico responsável pela avaliação do exame Papanicolau, diagnóstico das alterações encontradas e orientação sobre a necessidade de repetição do exame.

Se você quer saber mais sobre o exame Papanicolau, leia:

Referências

SMITH, E.R. et al. New Biological Research and Understanding of Papanicolaou’s Test. Diagn Cytopathol, (46)6: 507-515, 2018.

Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Rio de Janeiro: INCA, 2016. 114p.

Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. Brasília: SGOB, 2018.

Ultrassom Transvaginal
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Dúvidas e perguntas frequentes sobre Ultrassom, Ultrassom Transvaginal e Ecografia:

1 - Posso fazer ultrassom transvaginal sangrando?

Depende. Depende do motivo, depende da clínica que vai realizar o exame, depende do médico que vai realizar o exame...

2 - Posso fazer ultrassom transvaginal grávida?

Sim. Não precisa ter medo, não existe nenhum risco par o bebê e não causa aborto, eventualmente pode causar um pequeno sangramento (raro), porém nada que deve preocupá-la.

3 - Fiz ultrassom transvaginal e não mostrou nada, mas exame de gravidez é positivo?

O ultrassom transvaginal somente começa a mostrar o bebê (saco gestacional) a partir da 5 semana de gestação (segundo mês) antes disso não adianta fazer que não irá aparecer nada e ficará em dúvida se está ou não está grávida.

4 - A partir de quando dá para fazer ultrassom para ver uma gravidez?

Somente se essa gestação tiver mais de 5 semanas, ou seja mais de mês de atraso menstrual, antes disso não adianta.

5 - Ultrassom pode dar o sexo errado do bebê?

Sim. É difícil de acontecer, porém é algo possível sim.

6 - Fiz uma ultrassom  transvaginal  e deu cisto no ovário, isto é grave?

A grande maioria de cisto de ovários é formada por cistos funcionais (ovulatórios) ou cistos benignos, os cistos malignos são uma ocorrência rara. Como saber qual tipo é? Converse com seu médico somente ele pode dar o diagnóstico.

7 - O que significa ovários não visualizados?

Significa que o médico que fez o exame não conseguiu ver os ovários, ou porque não estão lá ou porque algo não permitiu a visualização.

8 - Hiperplasia ou Hipertrofia do endométrio, o que isso significa no resultado do meu ultrassom?

Tanto a hipertrofia quanto a hiperplasia do endométrio significam que existe um aumento da camada interna do útero (que é o endométrio), pelo ultrassom não dá para definir qual das duas é a causa desse aumento, então o médico coloca as duas interrogadas no exame (isso é rotina), para saber qual das duas e qual a causa e o que realmente significa somente com a continuação da investigação e realização de novos exames.

9 - O que é Fundo de Saco de Douglas Livre?

"Fundo de Saco de Douglas" é o nome dado (anatomia) a um local no abdômen localizado atras do útero e se está "livre" significa que não há nada lá.

10 - O que significa líquido em Fundo de Saco de Douglas?

Significa que há líquido lá, pode ser água (muitas situações e doenças), sangue (algum sangramento ou hemorragia intra-abdominal) ou pus (alguma infecção intra-abdominal).

11 - O que é útero em AVF?

Útero em AVF é uma das maneiras normais de posicionamento do útero e significa útero em ântero-verso flexão (dobrado para frente).

Como saber se a pílula do dia seguinte funcionou?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A única forma de saber se a pílula do dia seguinte funcionou é fazendo um teste de gravidez, de preferência, após uma semana de atraso da menstruação, no caso dos testes de farmácia.

A eficácia da pílula do dia seguinte é cerca de 98%, mas deve ser tomada até 72 horas após a relação sexual, de preferência nas primeiras 24 horas.

A pílula do dia seguinte evita a ovulação da mulher e impe que o espermatozoide se una ao óvulo. Se esta união já ocorreu, mas o ovo ainda não se fixou no útero, a pílula também atua.

Contudo, se já houve fixação do ovo no útero, a pílula já não pode fazer efeito e a gravidez está estabelecida.

Para saber mais sore pílula, você pode ler:

Pílula do dia seguinte engorda?

Sangramento após tomar pílula do dia seguinte é normal? Por que ocorre?

Quais os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte?

Quanto tempo duram os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte?

Minha namorada tomou a pílula do dia seguinte 3 vezes... pode causar alguma coisa séria a saúde?

Referência:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

O que fazer se ficar mais de uma semana sem evacuar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Se ficar mais de uma semana sem evacuar, pode ser necessário tomar algum laxante, fazer uma lavagem intestinal ou, em situações mais graves e emergenciais, fazer uma cirurgia para retirar o bolo fecal endurecido.

Ficar até 3 dias sem evacuar pode ser considerado normal para algumas pessoas, desde que não haja sintomas de prisão de ventre. Contudo, para a maioria da população, evacuar menos de 3 vezes por semana já pode ser considerado um sinal de intestino preso. 

O tratamento da constipação intestinal ou prisão de ventre, como é popularmente conhecida, inclui mudanças comportamentais e administração de medicamentos.

É essencial corrigir os hábitos inadequados para poder ficar livre dos medicamentos, uma vez que os laxantes podem resultar a curto prazo, mas não de forma definitiva.

Veja também: Qual é o melhor tratamento para acabar com a prisão de ventre?

Se não for devidamente tratada, a constipação intestinal pode trazer diversas complicações, tais como:

⇒ Impactação fecal e fecaloma (grande massa de fezes empedrada e endurecida que fica alojada no intestino grosso e obstrui o trânsito intestinal);

⇒ Síndrome do intestino irritável;

⇒ Úlcera estercoral (perda da integridade intestinal causada pela compressão da parede do intestino pelas fezes endurecidas impactadas);

⇒ Volvo intestinal (torção de uma alça do intestino que provoca obstrução intestinal); 

⇒ Perfuração intestinal;

⇒ Fissura anal;

⇒ Hemorroidas;

⇒ Diverticulose (herniações da parede do intestino grosso);

⇒ Câncer colorretal.

Saiba mais em: O que é prisão de ventre e quais são as suas causas?

Como prevenir a constipação intestinal?

Para prevenir a prisão de ventre, deve-se aumentar a ingestão de fibras, consumindo mais verduras, legumes e frutas (de preferência crus e com casca), pães, cereais, arroz e massas integrais, aveia, trigo integral e farelo de trigo.

As fibras aumentam o volume das fezes e favorecem a passagem do bolo fecal pelo intestino, contribuindo com o trânsito intestinal e a prevenção da prisão de ventre.

Contudo, se a pessoa não beber água suficiente, as fibras ficam mais secas e tornam-se mais difíceis de serem eliminadas, podendo prender o intestino. A água umedece e amolece o bolo fecal, sendo fundamental para prevenir esse "efeito rebote.

Por isso é muito importante beber pelo menos 2 litros de água por dia, ou seguir a indicação de 30 ml por cada Kg de peso. Por exemplo, uma pessoa com 70 kg deve ingerir 2,1 litros de água por dia (30 ml x 70 Kg = 2.100 ml).

Tomar sucos naturais, sem coar e sem adição de açúcar branco, também ajuda a soltar o intestino, uma vez que as frutas são ricas em água e fibras.

Veja aqui quais são os alimentos indicados em caso de prisão de ventre.

Ainda no que toca à alimentação, recomenda-se mastigar bem os alimentos e fazer entre 6 e 7 refeições por dia, reduzindo as porções nas grandes refeições (café da manhã, almoço e jantar).

Outra medida importante para prevenir e combater a constipação intestinal é ir ao banheiro sempre que tiver vontade de evacuar. Se demorar, a água das fezes é reabsorvida e elas ficam mais secas e difíceis de serem eliminadas.

Quem tiver o hábito de segurar a vontade pode estabelecer horários para ir ao banheiro. Lembrando que os movimentos intestinais são mais ativos após as refeições.

Praticar exercícios físicos regularmente, como caminhadas, por exemplo, também contribui para um funcionamento adequado do intestino e é sempre uma boa forma de combater a prisão de ventre.

No entanto, se ficar mais de uma semana sem evacuar ou tiver menos de 3 evacuações por semana, procure um médico de família, clínico geral ou gastroenterologista para fazer uma avaliação.

A prisão de ventre não é uma doença, mas as suas causas precisam ser investigadas para serem devidamente tratadas e evitar complicações.

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Prisão de ventre pode ser câncer?

Prisão de ventre na gravidez é normal? O que devo fazer?

Quais são os sintomas de prisão de ventre?

Coceira nas mãos: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Coceira ou "comichão" nas mãos pode ser sintoma de alergia a produtos químicos (dermatite), urticária, psoríase, pele seca ou ainda outras doenças dermatológicas. Veja quais são as principais causas de coceira nas mãos e saiba o que fazer em cada situação.

1. Dermatite ou eczema de contato

Trata-se de uma reação inflamatória na pele causada por algum agente que provoca irritação ou alergia. Pode ser dividida em dois tipos:

Dermatite irritativa: Causada por sabonete, sabão, detergente, solventes, entre outras substâncias químicas.

Dermatite alérgica: Surge após exposições repetidas a algum produto ou substância, podendo demorar anos para se manifestar. Geralmente é provocada pelo contato com produtos usados diariamente e frequentemente, como perfume, hidratante, esmalte, medicamentos de uso tópico, entre outros.

Quais são os sintomas da dermatite de contato?

A dermatite de contato causa coceira e vermelhidão, que podem vir acompanhadas de bolhas pequenas no local. No início, os sintomas da dermatite de contato se manifestam pelo aparecimento de coceira, inchaço e vermelhidão. A pele fica seca, podendo surgir crostas e escamas. Na fase crônica da dermatite de contato, a pele fica grossa e escamosa.

O que fazer:

Lavar as mãos com água para remover o agente irritante ou alérgeno que possa ainda estar na pele. Deve-se ainda aplicar cremes ou pomadas de corticoides para diminuir a inflamação da pele.

Pode ser necessário aplicar imunomoduladores tópicos para substituir ou associar aos corticoides.

Se a coceira for muito intensa, pode ser necessário tomar medicamentos antialérgicos por via oral ou corticoides orais ou injetáveis.

Usar emolientes e hidratantes para manter a pele úmida e ajudar na sua reparação e proteção é outra medida indicada para aliviar a coceira nas mãos. Devem ser usados na fase final da dermatite, quando a pele começa a secar e descamar. Também servem para prevenir a dermatite de contato.

2. Urticária

A urticária é um tipo de reação alérgica da pele, que manifesta-se através de lesões vermelhas e inchadas que coçam muito.

A urticária pode ser causada por antibióticos, analgésicos, anti-inflamatórios, vitaminas, corantes, conservantes e outros aditivos presentes nos alimentos, infecções, calor, frio, sol, atrito, vibração, picada de insetos, inflamação na glândula tireoide, lúpus eritematoso, alguns tipos de câncer, como linfomas, por exemplo.

Quais são os sintomas da urticária?

A urticária caracteriza-se pelo aparecimento de placas avermelhadas na pele que coçam. Os sintomas podem se manifestar em poucos minutos ou depois de horas que ocorreu o contato com o agente alérgeno.

Pode surgir em qualquer parte do corpo, com tamanhos variados. As placas podem se juntar, formando outras maiores. Em geral, cada placa dura menos de um dia. Quando uma placa desaparece, aparecem outras. Esse ciclo pode durar dias, mas normalmente não dura mais de 6 semanas.

As manchas avermelhadas podem ser esbranquiçadas no centro, podendo causar, além de coceira, sensação de queimação.

O que fazer:

A primeira coisa a fazer é identificar o que provoca a urticária e afastar-se da causa. Deve-se ainda evitar ingerir alimentos e bebidas com corantes e conservantes, como embutidos, enlatados, refrigerantes, sucos artificiais e outros alimentos industrializados, bem como peixe, frutos do mar, chocolate e ovo.

Também podem ser indicados medicamentos antialérgicos, corticoides e imunossupressores, de acordo com avaliação e indicação do médico dermatologista.

Casos graves de urticária, com angioedema (inchaço) ou anafilaxia (reação alérgica grave), devem ser tratados com urgência.

3. Psoríase

A psoríase é uma doença de pele não contagiosa, cujos sintomas aparecem e desaparecem de tempos em tempos. Suas causas estão relacionadas com o sistema imunológico, fatores ambientais e genéticos. A doença não tem uma causa definida, mas acredita-se que seja desencadeada por um ataque das células de defesa à pele.

Quais são os sintomas da psoríase?

A forma mais comum de psoríase leva à formação de placas avermelhadas e elevadas na pele, normalmente coberta por uma camada esbranquiçada, formada por células mortas. As placas podem coçar e tornar-se mais grossas se forem coçadas. Dependendo do tipo de psoríase, a coceira pode ser intensa.

As partes do corpo mais afetadas pela psoríase são os cotovelos, os joelhos, a cabeça, as unhas e porção inferior das costas (região lombar). As unhas podem ficar fracas e quebradiças.

Os sintomas da psoríase podem ser leves, moderados ou graves, conforme a extensão da área afetada da pele. Nas formas mais graves de psoríase, até 10% da pele pode ser atingida.

A psoríase pode se manifestar ainda por meio de bolhas purulentas com pele avermelhada ao redor, inflamações mais intensas, semelhantes a queimaduras, dor e aumento da frequência cardíaca.

O que fazer:

Nos casos leves de psoríase, o tratamento consiste em hidratar devidamente a pele, aplicar medicamentos de uso tópico na região das lesões e tomar sol diariamente.

Nos casos moderados, pode ser necessário fazer tratamentos com exposição à luz ultravioleta A (UVA), associando medicamentos que aumentam a sensibilidade da pele à luz. O tratamento também pode ser realizado com luz UVB, que provoca menos efeitos colaterais e pode inclusive ser feito por grávidas.

Em casos graves, são necessários medicamentos específicos por via oral ou injetável.

4. Pele seca

Coceira nas mãos também pode ser sinal de que a pele está seca e precisa ser hidratada. Isso acontece principalmente no inverno, quando os banhos são mais quentes e demorados e a pessoa transpira menos. Esses fatores, associados ainda às baixas temperaturas, diminuem a oleosidade da pele, deixando-a seca e mais suscetível a doenças.

O que fazer:

Aplicar cremes hidratantes nas mãos que tenham como base princípios ativos como ureia, lactato de amônio, óleos vegetais e ativos protetores, como silicone, que criam um tipo de película sobre a pele.

Aplicar um creme hidratante nas mãos de manhã e à noite, é uma forma de prevenir e tratar o ressecamento da pele durante os meses de inverno. Além disso, os cremes hidratantes ajudam a proteger a pele dos raios UV do sol, dos radicais livres e do aparecimento de rugas.

Todos os medicamentos citados devem ser usados sob orientação do/a médico/a dermatologista e os tratamentos não devem ser interrompidos antes do tempo, pois isso pode piorar o quadro.

Em caso de coceira nas mãos, consulte um/a médico/a dermatologista para que a causa do prurido seja devidamente diagnosticada e tratada.

Veja também:
Quanto tempo leva para exames de gravidez darem positivos?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O exame de gravidez pode dar positivo após 7 dias da fecundação, ou seja, em torno de uma a duas semanas após a relação sexual. Como o espermatozoide pode ficar viável na vagina por até 5 dias após a relação sexual e o óvulo disponível por 24 horas, a fecundação pode ocorrer em um prazo de até 6 dias após uma relação sexual.

Após a fecundação, o ovo (junção do óvulo com o espermatozoide) é transportado para o útero e inicia o processo de implantação. Apenas após a implantação do ovo é que inicia a produção do hormônio hCG, que só é produzido durante a gravidez. Esse hormônio pode então ser detectado pela urina ou sangue da mulher.

Em geral, os testes de gravidez podem ser feitos logo no primeiro dia de atraso menstrual ou cerca de 14 dias depois da ovulação.

Quando fazer o teste de gravidez de farmácia?

O teste de gravidez de farmácia feito com urina demora um pouco mais para acusar positivo, uma vez que a concentração do hormônio na urina é bem menor que no sangue.

Em geral, os testes de gravidez de farmácia mais caros costumam ser mais sensíveis e podem detectar uma gravidez alguns dias antes da menstruação atrasar. Contudo, alguns testes de farmácia são menos sensíveis, podendo dar resultados negativos quando, na verdade a mulher está grávida.

O ideal é esperar pela menstruação e, em caso de atraso superior a 7 dias, fazer o teste de gravidez de farmácia. Recomenda-se fazer o teste com a primeira urina do dia, pois está menos diluída e possui uma concentração maior de beta-hCG.

Para que a gravidez seja detectada no teste, é necessário que os níveis de beta-hCG estejam suficientemente altos para que o hormônio, produzido apenas na gestação, seja detectado no teste.

Só 8 dias após a fecundação, ou seja, 8 dias depois da união do óvulo com o espermatozoide, é que o hCG pode ser detectado na urina.

Quando fazer o exame de gravidez beta-hCG?

O exame beta-hCG pode detectar uma gravidez cerca de 12 dias depois da ovulação. O exame qualitativo fornece resultados “positivo” ou “negativo”, como os testes de gravidez de farmácia.

Já o exame de beta-hCG quantitativos, feitos em laboratório a partir do sangue, são mais precisos. Esse exame indica a quantidade da subunidade "beta" do hCG presente no sangue, onde a concentração desse hormônio é bem maior que na urina.

Nesses casos, a gravidez é confirmada quando o valor de beta-hCG é igual ou superior a 25 IU/l. Esse tipo de exame é o mais indicado, pois ao analisar a quantidade de beta-hCG na circulação sanguínea, é possível determinar o tempo aproximado de gestação.

É possível que essa relação sexual desprotegida tenha causado uma gravidez, porém a gravidez pode ter sido por relações sexuais que ocorreram em outros dias.

Para isso, é preciso conversar com sua amiga e saber detalhes sobre essas situações. O mais importante é vocês conversarem e consultarem um/a profissional de saúde para se informarem melhor e avaliarem em conjunto a necessidade ou não de teste de paternidade.