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Até que idade uma pessoa cresce?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A pessoa cresce até chegar à puberdade. Os homens costumam crescer, em média, até os 18 anos e as mulheres por volta dos 15 anos.

A criança tem a maior fase de crescimento durante o primeiro ano de vida, depois reduz a velocidade até chegar ao "estirão" da puberdade. Após a puberdade as cartilagens dos ossos se calcificam, devido ao estímulo hormonal, determinando o fim do crescimento.

Até que idade o homem cresce?

O homem cresce em média até os 18 anos, quando atinge a puberdade, mas esta fase do desenvolvimento variar de acordo com a sua herança genética, alimentação e hábitos de vida.

Portanto, o crescimento dos homens varia entre os 16 e os 20 anos, da seguinte maneira:

  • Do nascimento até o 1º ano = cresce 25 centímetros;
  • De 1 aos 3 anos = cresce 12,5 centímetros por ano;
  • Dos 3 anos até atingir a puberdade = cresce 10 a 12 centímetros ao ano.
Até que idade a mulher cresce?

A mulher cresce, por mais 2 a 3 anos após a primeira menstruação (menarca). A menarca é considerada normal desde os 9 até os 16 anos.

Sendo assim, o crescimento da mulher pode terminar já aos 11 ou 12 anos, quando a menarca ocorre entre os 9 e 10 anos, ou mais raramente, até os 18, quando a menstruação demora mais para acontecer. Em média, a mulher cresce até os 15 anos.

A curva de crescimento no sexo feminino é um pouco menor quando comparada ao sexo masculino, provavelmente devido à ação hormonal. Nas mulheres, o crescimento anual varia da seguinte forma:

  • Do nascimento até o 1º ano = cresce 25 centímetros;
  • De 1 aos 3 anos = cresce 12,5 centímetros por ano;
  • Dos 3 até atingir a puberdade = cresce 8 a 10 centímetros ao ano.
Como estimular o crescimento?

Fatores externos representam apenas 20% do estímulo do crescimento, porém, para muitas pessoas é uma diferença considerável, especialmente para quem tem uma expectativa de crescimento baixa.

Alimentação saudável, atividade física regular, sem a presença de peso ou estímulo em excesso e a boa qualidade de sono, são medidas que comprovadamente, estimulam o crescimento da pessoa.

No caso de baixa estatura por problemas de saúde, como doenças genéticas, doenças da tireoide e/ou desnutrição, existem tratamentos mais específicos. O médico endocrinologista é o responsável por identificar a causa e tratar o problema.

Como parar de crescer?

Interromper o crescimento está indicado nos casos de crescimento exagerado, que deve ser analisado de forma criteriosa por um especialista, no caso, um médico endocrinologista.

Uma pessoa muito alta devido a sua herança genética, os pais e/ou avós também altos, provavelmente não é um problema. Porém, pessoas que apresentam um crescimento anormal ao esperado e discordante da sua família, pode ser sinal de um problema, e por isso deve ser investigado.

Uma causa comum de crescimento anormal é o tumor benigno de hipófise. A hipófise é uma glândula localizada em baixo do cérebro, que produz entre outros hormônios, o GH (hormônio do crescimento). O tumor estimula uma produção exagerada de GH, que em concentrações elevadas, desenvolve a acromegalia, no adulto e gigantismo, na criança.

O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico. O endocrinologista é o médico responsável por essa avaliação e conduta.

Saiba mais sobre esse tema nos artigos:

Referências:

Sociedade brasileira de pediatria.

SBEM - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

O que é cervicite crônica com metaplasia escamosa?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A cervicite crônica com metaplasia escamosa é uma inflamação crônica que causa alterações do tecido que reveste o colo do útero. A metaplasia escamosa é o nome da alteração que pode ocorrer em resposta à infecção por alguns tipos de papilomavírus humanos (HPV).

O exame de papanicolau é utilizado para o diagnóstico precoce de alterações do revestimento do colo do útero. A cervicite crônica com metaplasia escamosa é a principal alteração investigada no exame. Isso porque o epitélio com metaplasia pode ter células atípicas, com displasia leve, moderada ou grave. A displasia grave pode ser precursora do câncer do colo uterino.

Toda mulher que tem ou já teve relações sexuais deve fazer o exame papanicolau. Ele permite o diagnóstico de lesões que podem ser precursoras de câncer e maior chance de cura. O tratamento pode ser realizado com laser, crioterapia, cauterização ou, no caso de câncer, radioterapia, quimioterapia ou cirurgias.

Leia também:

Referências:

Leitão IS. A cervicite crônica na mulher brasileira. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Saúde da Família da Universidade Federal de São Paulo para obtenção do título de Especialista em Saúde da Família. UNIFESP - UNA-SUS. 2020.

Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Papanicolau (exame preventivo de colo de útero). Fonte: Instituto Nacional do Câncer. 2011.

Ntanasis-Stathopoulos I, Kyriazoglou A, Liontos M, Dimopoulos MA, Gavriatopoulou M. Current trends in the management and prevention of human papillomavirus (HPV) infection. J BUON. 2020; 25(3): 1281-5.

Seios inchados fora do período menstrual: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Seios inchados fora do período menstrual podem ser causados por diversas situações, como a aproximação da menstruação (TPM), gravidez, amamentação, uso de anticoncepcional, alergia, presença de cistos e até tumores.

Na maioria das vezes ocorre pela oscilação natural dos hormônios, durante o ciclo menstrual, e não tem indicação de tratamento, a não ser que o incômodo interfira na qualidade de vida da mulher.

Portanto, se o inchaço for frequente, acometer apenas uma das mamas ou vir acompanhado de outros sintomas, como dor, febre e perda de peso, converse com seu médico de família, ou ginecologista para uma avaliação mais cuidadosa.

1. TPM (tensão pré-menstrual) e Alterações hormonais

Entre as causas mais frequentes estão a TPM (tensão pré-menstrual) e alterações hormonais. Nesses casos é normal que os seios fiquem inchados e doloridos devido à retenção de líquidos provocada pela mudança hormonal no corpo em determinadas fases do ciclo menstrual.

Durante a amamentação também é comum os seios mais inchados, algumas vezes até associado a dor (mastalgia), devido ao preaparo para a lactação.

2. Uso de anticoncepcionais

O uso regular de anticoncepcionais hormonais também podem causar aumento da mamas, como efeito colateral. Nesse caso, se o efeito interfere na qualidade de vida da mulher, deve avaliar junto com o ginecologista, a substituição da medicação.

Para as demais situações, de período fértil e gestação, após o nascimento do bebê, os sintomas desaparecem espontanemaente. Não há indicação de tratamento.

3. Alergia

A alergia nas mamas pode ocorrer pelo uso de cremes ou produtos de higiene, cremes e cuidados pessoais. Algumas mulheres apresentam ainda reação alérgica a diferentes tipos de tecidos de roupas íntimas, como sutiã de lycra ou rendas.

A alergia, embora mais comum na infância, pode ter início na idade adulta, por sensibilização. Portanto, na presença de seios inchados, com pequenas erupções, vermelhidão e coceira, procure um médico para avaliar uma reação alérgica, e dar início ao devido tratamento.

4. Cistos e tumores

Os cistos e tumores costumam ser encontrados na palpação, mas podem ser visualizados como inchaço, em uma das mamas, dolorosos ou não a palpação.

Se observar um cisto ou nódulo na mama, procure imediatamente um gineoclogista para avaliação.

Seios inchados pode ser gravidez?

Sim, se os seios estiverem inchados e doloridos e vierem acompanhados de atraso menstrual e outros sintomas, como cansaço, náuseas e sonolência, pode ser que esteja grávida.

Portanto, para saber exatamente por que os seus seios estão inchados fora do período menstrual, você deve procurar um ginecologista.

Conheça mais sobre esse assunto, nos seguintes artigos:

Dor no estômago na gravidez é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, na maioria das vezes, a dor no estômago na gravidez é normal. A dor de estômago é um sintoma muito comum durante a gestação e está relacionada ao aumento de determinados hormônios, alterações psicossomáticas e alterações anatômicas próprias da gravidez.

Durante a gravidez, o estômago passa a produzir maior quantidade de enzimas digestivas e ácido. Além disso, com o seu avanço, ocorre o aumento do tamanho do útero, empurrando o estômago para cima, o que favorece a ocorrência de refluxo gastroesofágico, e os sintomas de dor e queimação.

Para reduzir o sintoma, é importante diminuir o tamanho das porções de alimentos ingeridas, ou seja, comer menor quantidade de alimentos em cada refeição e realizar mais refeições por dia. Outra medida que reduz os sintomas, é não ingerir líquidos durante a refeição, evitando a dilatação do estômago.

Alimentos gordurosos e pesados também têm a digestão mais lenta, mais dificultada, o que pode prejudicar ainda mais os sintomas.

Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicação para aliviar as queixas.

Dor no estômago durante a gravidez pode ser intoxicação alimentar?

Se a dor no estômago vier acompanhada de diarreia, pode ser um sintoma de intoxicação alimentar, infecção no estômago ou no intestino. Nesses casos, recomenda-se manter uma boa hidratação para repor os líquidos que estão sendo perdidos, evitar alimentos gordurosos e apimentados e entrar em contato com médico/a obstetra assistente.

Se houver presença de sangue nas fezes, vômitos e ou febre, recomenda-se procurar um serviço de saúde para avaliação de emergência.

Dor no estômago durante a gravidez pode ser gastrite?

Dor no estômago acompanhada de náusea e queimação pode ter como causa uma gastrite sim. A gastrite é uma inflamação generalizada na parede do estômago, que pode causar edema e feridas superficiais.

O principal sintoma da gastrite é a dor constante no estômago em queimação, sobretudo na “boca do estômago”. A dor geralmente melhora quando a pessoa come e piora com o estresse.

Outros sintomas da gastrite incluem azia, perda de apetite, náuseas e vômitos.

A gastrite tem como uma das principais causas o aumento da produção de ácido gástrico, o que aumenta a acidez do trato digestivo alto, principalmente do estômago. O ácido gástrico em grande quantidade agride a mucosa que reveste a parede interna do órgão, causado uma reação inflamatória.

Porém, a gastrite também pode ser causada pela bactéria Helicobacter pylori, uma bactéria comum no estômago de cerca de 50% da população. A H. pylori também tem a capacidade de aumentar a acidez do suco gástrico, gerando um processo inflamatório da mucosa do estômago.

Outras causas conhecidas para dor no estômago são o estresse, uso de medicamentos, jejum prolongado, entre outras.

Para tratar a dor no estômago durante a gravidez, consulte seu/sua médico/a obstetra ou médico de família para identificar a causa e iniciar um tratamento adequado.

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O que é a leucocitose e quais são as causas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A leucocitose é o aumento do número de leucócitos (glóbulos brancos) no sangue. Pode ser causada pela presença de infecção no organismo, por situações como exercícios físicos, gravidez ou ainda leucemias. A leucocitose é confirmada quando o número de leucócitos está acima de 11.500 por milímetro cúbico de sangue.

Os leucócitos são responsáveis pela resposta do organismo a agentes causadores de doenças ou a situações estressantes e de esforço físico. São divididos em neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos.

Quais as causas da leucocitose?
  • Uso de certos medicamentos (agonistas adrenérgicos, como salbutamol (ou albuterol), corticoides, epinefrina, fator estimulador de colônias de granulócitos, heparina e lítio);
  • Tabagismo;
  • Cirurgia para retirar o baço;
  • Infecções, quase sempre causadas por bactérias;
  • Doença inflamatória, como artrite reumatoide ou alergia;
  • Leucemia ou doença de Hodgkin;
  • Queimaduras.

A quantidade normal de glóbulos brancos é de 4.500 a 11.000 por microlitro de sangue. Os valores de referência podem variar de acordo com o laboratório.

O aumento da quantidade dessa células no sangue é considerado uma leucocitose. Porém, a causa depende das suas características e do tipo de leucócito aumentado.

Quais são os tipos de leucocitose e suas causas? Leucocitose fisiológica

A leucocitose fisiológica ocorre em resposta a um estresse agudo do organismo, como no caso de exercícios físicos vigorosos, anestesia e gravidez.

Leucocitose reativa

A leucocitose reativa ocorre devido às infecções por bactérias, inflamações e em doenças que afetam o metabolismo do corpo.

Leucocitose patológica

Já as leucocitoses patológicas ocorrem em doenças como leucemia mieloide, leucemia linfoide e linfoma.

Leucócitos baixos: o que pode ser?

Níveis de leucócitos baixos no sangue é uma condição chamada leucopenia. Ocorre quando há menos de 4.500 leucócitos por microlitro de sangue. A leucopenia pode ser causada por:

  • Deficiência ou insuficiência da medula óssea, devido a infecção, tumor ou distúrbios de cicatrização;
  • Medicamentos para o tratamento de câncer ou outras doenças;
  • Doenças autoimunes, como lúpus;
  • Doença do fígado ou baço;
  • Tratamento com radioterapia;
  • Certas doenças virais, como mononucleose;
  • Infecções bacterianas muito graves (sepse);
  • Estresse emocional ou físico intenso, como lesões ou cirurgias.

Os medicamentos que podem baixar a contagem de leucócitos incluem: antibióticos, anticonvulsivantes, medicamentos antitireoidianos, arsênio, captopril, medicamentos quimioterápicos, clorpromazina, clozapina, diuréticos, bloqueadores de histamina-2, sulfamidas, quinidina, terbinafina e ticlopidina.

O médico que solicitou o exame de sangue é o responsável pela sua interpretação, que deve levar em conta a história do paciente, o exame clínico, o resultado de outros exames e a presença de outras doenças e condições.

Saiba mais em: Fiz exame de urina e o resultado dos leucócitos está elevado. O que pode ser?

Existe remédio para menstruação descer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Existe tratamento para menstruação descer, mas depende da causa do problema. As causas mais frequentes são a gravidez, o uso de anticoncepcional e os problemas hormonais.

Para cada um desses problemas, é indicado um tratamento. Sendo assim, no atraso menstrual, o mais indicado é procurar um ginecologista, para descartar a gravidez e avaliar a causa desse problema.

Vale lembrar que a falta de menstruação, chamada amenorreia, é considerada normal nas seguintes situações:

  • Antes da puberdade, em geral antes de 14 anos de idade;
  • Durante a gravidez;
  • Durante a amamentação e
  • Quando atinge a menopausa.
O que pode ajudar a menstruação descer? 1. Anticoncepcionais

Os anticoncepcionais são indicados em alguns casos, para regularizar a menstruação. Como por exemplo no início do ciclo menstrual da mulher, ou na síndrome do ovário policístico.

2. Acetato de medroxiprogesterona

Esse hormônio está indicado quando a mulher menstruava normalmente e começou a ter o ciclo irregular. Poré é fundamental excluir outras causas, como gravidez, presença de tumores ou distúrbios hormonais, antes de iniciar a medicação.

3. Chás

Alguns chás são indicados para ajudar a menstruação descer, como chá de canela, chá de arruda, chá de alecrim ou o chá de boldo. Isso porque são substâncias que estimulam o tônus da musculatura do útero e com isso, maior contração uterina, facilitando o descolamento do endométrio, e início do fluxo de sangue (menstruação).

Porém, são indicações sem qualquer comprovação científica. Além disso, são substâncias totalmente contraindicadas na suspeita de gravidez e para pessoas com problemas de coagulação.

Sendo mais uma vez recomendado, a avaliação médica antes de fazer uso dessas substâncias.

4. Hormônios da tireoide

Mulheres com distúrbios de tireoide precisam ser acompanhadas com endocrinologista e colher exames de sangue regularmente para regular o ciclo menstrual.

Algumas vezes os hormônios devem ser repostos, na forma de comprimios, para promover a menstruação regular.

5. Cirurgia

Casos de alterações anatômicas como hímen imperfurado, septo vaginal, entre outros, tem indicação de tratamento cirúrgico para a sua correção. Não existe remédio nesses casos que resolvam, por ser um problema físico, que impedem a passagem do sangue.

Outras situações como causas externas, psicológicas ou medicamentosas recebem tratamento referente a cada caso.

No caso de falta de menstruação por mais de três ciclos consecutivos ou que dure mais de 6 meses, recomendamos investigação médica com ginecologista, para diagnóstico e tratamento adequados.

Entenda melhor sobre a falta da menstruação no artigo: O que é amenorreia e quais as suas causas?

Referência:

  • FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
  • American Family Physician. DAVID A. et al.; Amenorrhea: An Approach to Diagnosis and Management. Volume 87, Number 11 - June 1, 2013.
É possível engravidar após laqueadura?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Sim, é possível engravidar após a laqueadura, mas a chance é muito pequena. A taxa de reversão espontânea da laqueadura é de 0,5% a 1%, e pode ocorrer independentemente da cirurgia que foi feita. O risco de gravidez após a laqueadura pela de técnica de Pomeroy, a mais utilizada no Brasil, é de um em 2 mil – muito menor que o da pílula anticoncepcional, que é de dois ou três para cada cem.

As mulheres que desejam engravidar após a realização da laqueadura, podem se submeter a cirurgia de reversão. A cirurgia é feita por laparoscopia e as tubas uterinas são religadas através de sutura. Também é retirada a região onde ficou a cicatriz da laqueadura. A anestesia pode ser raquidiana ou peridural e usualmente a mulher tem alta após 24 horas. A cirurgia é complexa, com duração de três a quatro horas.

Leia também: Mulher sem trompas pode engravidar?

A fertilidade só é restabelecida depois de 30 dias da da operação. Um grande parte das pacientes consegue engravidar após 6 a 12 meses. É importante referir que a probabilidade de engravidar é reduzida em 15 a 20%. Mesmo com essa redução, mulheres com menos de 35 anos têm 80% de probabilidade de engravidar depois da cirurgia.

O sucesso deste procedimento depende da condição atual das tubas. Se elas estiverem doentes, dilatadas ou com cicatrizes, o sucesso fica reduzido. Apesar disso, essa condição só pode ser verificada durante a cirurgia.

O médico ginecologista deverá ser procurado para orientá-la sobre a laqueadura e no caso de desejo de reversão.

O que é adenocarcinoma?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O adenocarcinoma é um tumor maligno, que deriva de células glandulares epiteliais secretoras. Este é um tumor que pode afetar vários órgãos do corpo humano: pulmões, intestinos, pâncreas, fígado, colo do útero, mama, esôfago, estômago, próstata, vesícula biliar.

Os adenocarcinomas são, normalmente, um tipo de câncer de agressividade elevada. A remoção cirúrgica é também bastante difícil, e por esse motivo o prognóstico costuma ser desfavorável.

Não se conhece precisamente as causas dos adenocarcinomas, mas antecedente familiar de câncer, idade avançada, tabagismo (no caso do câncer de pulmão especialmente), reposição hormonal (no caso de câncer de mama especialmente), qualidade da alimentação (no caso de câncer do trato gastrointestinal) são causas associadas ao surgimento de adenocarcinomas.

Os sintomas dos adenocarcinomas vão depender muito do órgão que eles estiverem comprimindo ou afetando com sua presença. Dependendo da localização, pode passar muito tempo antes que os adenocarcinomas podem evoluir comecem a provocar sintomas. Visto que os adenocarcinomas podem afetar muitos órgãos diferentes, os sintomas variam muito:

  • tosse com sangue, falta de ar, dor no tórax, perda de peso: associados ao adenocarcinoma de pulmão;

  • sangramento misturado nas fezes, anemia, dor abdominal, mudança no diâmetro nas fezes ou alteração do hábito intestinal (alternância constipação e diarréia): associado ao adenocarcinoma de cólon;

  • sangramento vaginal, dor nas relações sexuais, corrimento vaginal escuro e mal cheiroso: associados ao adenocarcinoma de colo de útero;

  • dor no abdome, icterícia e perda de peso: associados ao adenocarcinoma de pâncreas;

  • perda de apetite e de peso, enjôos e sensação de estômago cheio, intolerância a carnes e outros alimentos de digestão mais lenta, anemia: associados ao adenocarcinoma de estômago;

  • nódulo na mama, caroços na axila, saída de secreção espontaneamente pelo mamilo, associados ao adenocarcinoma de mama.

O diagnóstico pode ser feito por exames de imagem, como raio-x e tomografias, e, se possível, deve ser feita biópsia para diagnóstico histológico (que dividirá o câncer em pouco, moderadamente ou bem diferenciado). De maneira geral, os adenocarcinomas bem diferenciados tem melhor prognóstico e aqueles pouco diferenciados tem pior prognóstico. Quando descoberto, requer tratamento imediato, porque os adenocarcinomas são de rápida progressão e tendem a dar metástases com facilidade, permitindo ao câncer espalhar-se para outros órgãos que não o original.

O tratamento do adenocarcinoma inclui a remoção cirúrgica do tumor e cuidados com as possíveis complicações que ele tenha causado. Se o diagnóstico for tardio, a cirurgia pode não ser possível, restando o tratamento com quimioterapia e/ou radioterapia, que pode ser complementar mesmo se for possível a remoção cirúrgica.

Se descoberto no início, dependendo do órgão acometido e do grau de diferenciação do tumor, pode haver cura, contudo, só se pode considerar cura após seguimento clínico e radiológico por no mínimo cinco anos.

O médico que conduzirá o diagnóstico e o tratamento depende do sítio acometido, sendo que, na necessidade de quimioterapia, será o oncologista clínico que a prescreverá. No caso de tumores na mama, colo do útero e vagina, deve-se procurar um ginecologista; se pulmonar, pneumologista; se no trato gastrointestinal, gastrocirurgião ou proctologista.

Dependendo do estado do paciente e das complicações em virtude do próprio tumor ou do tratamento, deve ser procurado um pronto atendimento.

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