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Qual o tratamento para fascite plantar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento inicial da fascite plantar é feito com medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia. A medicação consiste de comprimidos administrados por via oral e serve para aliviar a dor e a inflamação. A fisioterapia baseia-se na realização de exercícios que promovem o alongamento da fáscia plantar, do tendão de Aquiles e dos músculos da panturrilha (barriga de perna).

Também é importante evitar atividades esportivas que possam piorar os sintomas como corrida de longas distâncias, saltos e balé, bem como a permanência em pé durante muito tempo.

O aquecimento da sola do pé (fáscia plantar) com movimentos de fricção antes de começar a andar, o rolamento do pé sobre uma bola pequena (tipo bola de tênis), o uso de palmilhas especiais com suporte para o arco plantar (curvatura da sola do pé) e a elevação do salto do sapato podem contribuir para o alívio dos sintomas da fascite plantar.

Além disso, pode ser recomendada a utilização de órteses (espécie de tala) para manter o alongamento da planta do pé durante à noite, além de tornozeleiras para o uso durante o dia.

Em alguns casos de fascite plantar, com sintomas muito intensos, são realizadas infiltrações com corticosteroides e anestésicos. A cirurgia somente é indicada quando não houver sucesso com o tratamento clínico.

O tratamento para a fascite plantar costuma ser demorado, podendo prolongar-se por cerca de 1 ano. A grande maioria dos casos é curada com o tratamento conservador. Muitas vezes a atividade pode ser mantida, mas é aconselhável diminuir o esforço e praticar atividades de baixo impacto, como nadar ou pedalar, por exemplo.

O que é fascite plantar?

A fascite plantar é uma inflamação dolorosa da fáscia plantar, uma faixa de tecido conjuntivo espessa que atravessa a planta do pé, ligando os dedos ao calcanhar. A fáscia plantar possui uma camada externa de gordura e auxilia na absorção dos impactos do pé, mantendo o formato arqueado da planta do pé.

Quanto mais curta a fáscia plantar, mais acentuado é o arco plantar. Fáscias longas deixam o arco do pé mais retificado, dando origem ao popularmente conhecido “pé chato”.

Quando a tensão na fáscia plantar é muito grande, podem surgir pequenos rompimentos na fáscia. Quando esse processo se torna repetitivo, o tecido fica irritado e inflamado, dando origem à fascite plantar.

Quais as causas da fascite plantar?

A fascite plantar é muito comum em pessoas que correm regularmente ou praticam outras atividades físicas que exercem tensão sobre o calcanhar. Outros fatores de risco para o desenvolvimento da inflamação incluem excesso de peso, gravidez, diabetes e o uso de calçados inapropriados.

Com o passar dos anos, a fáscia plantar também começa a perder a elasticidade e a sua camada de gordura vai ficando mais fina, o que diminui a sua ação protetora. Daí a inflamação ser mais frequente em pessoas entre 40 e 60 anos de idade.

Indivíduos com “pé chato”, que apresentam um arco plantar muito exacerbado ou têm uma marcha com um padrão anormal, também estão mais propensos a desenvolver fascite plantar. Isso porque esses fatores interferem na distribuição adequada do peso corporal e aumentam a tensão sobre a fáscia plantar.

Profissões que exigem que a pessoa permaneça em pé por muitas horas seguidas sobre superfícies duras também são um fator de risco para desenvolver fascite plantar.

O/a ortopedista ou o/a reumatologista são os/as especialistas indicados/as para definir o tratamento adequado para a fascite plantar.

Quem tem bexiga baixa pode engravidar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem tem bexiga baixa pode engravidar.

A bexiga caída, como também é conhecida, pode causar desconforto e até mesmo impedir o ato sexual, dependendo do grau do prolapso.

O tratamento da bexiga baixa depende da gravidade de cada caso. Nos casos de prolapsos mais leves, quando a bexiga ainda não está proeminente na vagina, é possível evitar a piora do quadro através de exercícios que fortalecem a musculatura do assoalho pélvico. 

Tais exercícios podem ser feitos através de técnicas como o biofeedback, que permite à mulher contrair e relaxar exatamente os músculos que devem ser trabalhados. Outra técnica é a eletroestimulação, através da qual as contrações musculares são feitas com uso de corrente elétrica.

O tratamento também pode ser feito com a colocação de um dispositivo na vagina (pessário) que sustenta a bexiga e mantém o órgão no seu lugar.

Já os casos mais graves de bexiga caída necessitam de tratamento cirúrgico. A bexiga é colocada de volta no lugar e uma malha é inserida para reforçar a região que está mais fraca.

Leia também: Quais os sintomas da bexiga baixa?; Bexiga caída, qual o tratamento?

Para maiores esclarecimentos, consulte o/a ginecologista, urologista ou médico/a de família.

Vitiligo tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O vitiligo não tem cura, mas há tratamentos que ajudam a reestabelecer a pigmentação natural da pele.

Vitiligo é uma despigmentação da pele resultado de um processo auto imune contra as células que produzem melanina, os melanócitos. A explicação exata do desenvolvimento desse processo ainda é desconhecida.

Há uma diversidade de opções de tratamento que dependerá da idade da pessoa, da extensão do corpo que foi afetado, das regiões de predominância e da presença de outras doenças associadas.

Essas opções constituem de corticoides tópicos, medicamentos imunossupressores, fototerapia, cuidados durante a exposição solar com constante uso de protetor solar, aplicação de laser e terapia de despigmentação.

O acompanhamento psicológico deve fazer parte do tratamento e é muito importante para a pessoa compreender a doença e receber suporte para manejo do estresse.

O tratamento deve ser orientado pelo/a médico/a dermatologista. 

As manchas de catapora podem ser permanentes?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, as manchas de catapora expostas ao sol podem tornar-se permanentes em pessoas mais susceptíveis. Para prevenir e tratar qualquer tipo de mancha na pele, inclusive as da catapora, é fundamental aplicar protetor solar diariamente para proteger a pele dos raios solares.

O filtro solar ideal deve ter um fator de proteção solar de no mínimo 30 (FPS), e proteger  contra os raios UVA e UVB.

Em alguns casos pode ser muito difícil tratar as manchas e as cicatrizes deixadas pela catapora. Mas há várias opções de tratamento dermatológico que podem amenizá-las como: laser, peelings, dermoabrasão, clareadores, entre outros tratamentos.

O laser pode estimular a produção de colágeno e deixar o relevo e a coloração da pele mais uniforme, tornando as marcas da catapora menores, menos evidentes e profundas.

Na dermoabrasão, é feita uma raspagem das camadas mais superficiais da pele que deixa a superfície da pele mais suave e ameniza as irregularidades das marcas da catapora.

Outra opção para suavizar as manchas da catapora são os cremes despigmentantes, que contêm substâncias clareadoras como a hidroquinona, o ácido glicólico e o ácido azeláico.

Já os peelings, como o de diamante ou cristal, melhoram a textura da pele e corrigem as irregularidades das cicatrizes, diminuindo as manchas da catapora. O tratamento pode ser feito com uma uma única aplicação.

Saiba mais em: Existe alguma forma de clarear manchas escuras na pele?

Para maiores informações sobre os possíveis tratamentos para as manchas da catapora, consulte um médico dermatologista.

Quem tem epilepsia pode dirigir?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Quem tem epilepsia pode dirigir veículos, desde que o quadro de epilepsia esteja controlado, a pessoa esteja ciente de suas responsabilidades, faça a medicação corretamente, e que não apresente crise há pelo menos 2 anos. 

Pacientes epilépticos que apresentam crises frequentes ou com intervalos inferiores a 1 ano não devem dirigir e estão impossibilitados de tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

O laudo médico para obtenção da CNH é emitido com assistência do médico que o acompanha, responsável por informar o seu grau de epilepsia, adesão e a forma como o tratamento é seguido. 

Dependendo da avaliação médica, a pessoa pode receber a habilitação na categoria "B", embora nem sempre possa exercer atividade remunerada como motorista, como dirigir um táxi, por exemplo.

Se, durante o exame médico, o paciente omitir a informação de que possui epilepsia, estará cometendo um crime de falsidade ideológica, com pena de prisão de 1 a 3 anos.

Leia também: O que fazer em caso de ataque epilético?

Portanto, quem tem epilepsia pode dirigir, mas depende de cada caso. A decisão é individualizada e depende de uma avaliação médica criteriosa, que pode envolver o/a médico/a neurologista que acompanha o/a paciente e o/a médico/a perito/a.

Saiba mais em: 

Epilepsia pode matar?

Quais são os sintomas de epilepsia?

Que cuidados mulher com pressão alta deve ter durante a gravidez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os cuidados com a pressão alta na gravidez devem ser bem rigorosos devido à alta prevalência de complicações na nossa população, entretanto variam conforme o caso e os riscos que a hipertensão arterial pode trazer àquela gestação.

Podemos citar entre os principais tipos de tratamentos e medidas:

  • Reduzir o ritmo das atividades diárias;
  • Incluir mais horários de repouso no dia;
  • Controlar a alimentação, diminuindo a ingestão de sal e gorduras;
  • Praticar atividades físicas leves, de baixo impacto, como hidroginástica;
  • Afastar-se do trabalho, se for muito estressante;
  • Uso de medicamentos anti-hipertensivos, nos casos mais complicados;
  • Internação hospitalar para repouso e monitoramento da pressão arterial, nos casos refratários ou de difícil controle.

A hipertensão arterial na gravidez ocorre quando os níveis pressóricos apresentam valores iguais ou maiores a 140 x 90 mmHg ("14 por 9"), podendo ser classificada de 4 formas:

  • Pré-eclâmpsia (hipertensão específica da gravidez): Quando a pressão alta surge após 20 semanas de gestação e a grávida apresenta perda de proteínas pela urina;
  • Hipertensão crônica: Quando é identificada antes da gravidez ou antes da 20ª semana de gestação;
  • Pré-eclâmpsia com hipertensão crônica: A gestante já era hipertensa e começou a perder proteínas na urina depois da 20ª semana de gravidez;
  • Hipertensão gestacional: Quando a pressão alta se manifesta em qualquer período da gravidez, mas sem os agravantes da pré-eclâmpsia.
Quais são os riscos da hipertensão na gravidez?

A pressão alta durante a gravidez pode trazer sérias complicações para a gestação, interferindo no crescimento fetal, no funcionamento dos rins da mulher, acidente vascular cerebral, hemorragias, entre outros.

Se a hipertensão não for detectada e tratada corretamente, pode evoluir para eclâmpsia e provocar convulsão na gestante, podendo causar a morte da mãe e/ou do bebê.

A hipertensão arterial não controlada, está entre as três principais causas de morte nas gestantes no Brasil, com índices bem acima dos valores aceitáveis mundialmente, por isso precisamos reforçar a importância de um pré-natal ainda mais rigoroso para esses casos, com tratamento e orientações adequadas.

Portanto, grávidas hipertensas devem ser acompanhadas de perto pelo médico obstetra, sendo considerada uma gravidez de risco, cuidando da correta adesão das medicações e mudanças de hábito de vida, visando uma gravidez saudável.

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Quais os sinais que podem indicar baixa testosterona?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Alguns dos sinais que podem indicar baixa testosterona são:

  • Diminuição da libido (desejo sexual);
  • Dificuldade de ereção;
  • Perda de massa muscular, diminuição da força muscular;
  • Rarefação de pelos;
  • Instabilidade emocional;
  • Distúrbios de sono;
  • Falta de concentração;
  • Aumento da gordura abdominal;
  • Osteoporose, dores ósseas.

Quando os níveis de testosterona estão baixos, os órgãos que são estimulados por esse hormônio têm sua resposta reduzida, trazendo muitas mudanças ao corpo.

A testosterona é um hormônio produzido nos testículos e nas glândulas suprarrenais, com a mesma importância para o homem, que o estrogênio para a mulher.

Porém, mesmo entre homens saudáveis, existe uma grande variação nos níveis de testosterona sem que sinalize um problema, e quando há mudanças nem todos irão sentir as mesmas alterações ou com a mesma intensidade.

Quais são as funções da testosterona?
  • Auxilia na síntese de proteínas, contribuindo para a massa muscular;
  • Desempenha um papel fundamental no comportamento sexual normal e na ereção;
  • Responsável pela produção de espermatozoides, portanto atua na fertilidade masculina;
  • Além de estar envolvida em diversas atividades metabólicas do corpo como:
    • Produção de células na medula óssea;
    • Aumento de massa muscular;
    • Formação do osso, reduz risco de osteoporose;
    • Metabolismo de lipídios, mantem níveis adequados de colesterol no sangue reduzindo risco de doenças cardiovasculares;
    • Metabolismo de carboidratos;
    • influencia no crescimento da próstata.

No entanto, a testosterona pode estar baixa devido ao envelhecimento natural do corpo, como na andropausa, uma condição hormonal caracterizada por baixa testosterona, que geralmente ocorre em homens com mais de 40 anos de idade.

Leia também: Quais os sinais de excesso de testosterona?

O/A médico/a endocrinologista ou urologista, são os responsáveis pelo diagnóstico e tratamento da testosterona baixa.

Colecistite crônica tem cura? Qual o tratamento adequado?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Sim tem cura. Basicamente o que pode funcionar é dieta pobre em gorduras (ideal é procurar um nutricionista) além de medicamentos específicos (varia de acordo com cada caso - tratamentos somente com o médico no consultório). Muitas vezes a solução é cirurgia de retirada da vesícula.